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Interpretação Interpreta<br />
Interpretação ão <strong>de</strong><br />
<strong>Textos</strong><br />
Dicas <strong>de</strong> compreensão <strong>de</strong> textos
Para ler e enten<strong>de</strong>r um texto é preciso atingir dois<br />
níveis <strong>de</strong> leitura:<br />
A Informativa/<strong>de</strong> reconhecimento e a Interpretativa<br />
A leitura Informativa<br />
o primeiro contato com o texto,<br />
extrair informações e preparar para a leitura interpretativa.<br />
Interpretativa:<br />
Durante a interpretação, grife palavras-chave, passagens importantes;<br />
tente ligar uma palavra à idéia-central <strong>de</strong> cada parágrafo.<br />
A última fase <strong>de</strong> interpretação concentra-se nas perguntas e opções<br />
<strong>de</strong> respostas.<br />
Marque palavras com NÃO, EXCETO, RESPECTIVAMENTE, etc, pois<br />
fazem diferença na escolha a<strong>de</strong>quada.<br />
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda <strong>de</strong> tempo. Leia a frase<br />
anterior e posterior para ter idéia do sentido global proposto pelo<br />
autor.
Dicas para você analisar, compreen<strong>de</strong>r<br />
e interpretar com mais proficiência.<br />
1º - Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando nós passamos<br />
a gostar <strong>de</strong> algo, compreen<strong>de</strong>mos melhor seu funcionamento.<br />
Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a nós mesmos.<br />
• Não se <strong>de</strong>ixe levar pela falsa impressão <strong>de</strong> que ler não faz<br />
diferença. Também não se intimi<strong>de</strong> caso alguém diga que você lê<br />
porcaria. Leia tudo que tenha vonta<strong>de</strong>, pois com o tempo você se<br />
tornará mais seleto e perceberá que algumas leituras foram<br />
superficiais e, às vezes, até ridículas. Porém elas foram o ponto<br />
<strong>de</strong> partida e o estímulo para se chegar a uma leitura mais<br />
refinada.<br />
2º - Seja curioso, investigue as palavras que circulam em seu meio.<br />
3º - Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura, um<br />
bom exercício para ampliar o léxico é fazer palavras<br />
cruzadas.<br />
• 4º - Faça exercícios <strong>de</strong> sinônimos e antônimos.
O que se preten<strong>de</strong> com a análise<br />
textual?<br />
• - i<strong>de</strong>ntificar o gênero; a tipologia; as figuras <strong>de</strong> linguagem;<br />
• - verificar o significado das palavras;<br />
• - contextualizar a obra no espaço e tempo;<br />
• - esclarecer fatos históricos pertinentes ao texto;<br />
• - conhecer dados biográficos do autor;<br />
• - relacionar o título ao texto;<br />
• - levantar o problema abordado;<br />
• - apreen<strong>de</strong>r a idéia central e as secundárias do texto;<br />
• - buscar a intenção do texto;<br />
• - verificar a coesão e coerência textual;<br />
• - reconhecer se há intertextualida<strong>de</strong>.
Fique atento a leituras <strong>de</strong> texto <strong>de</strong> todas as áreas<br />
do conhecimento, porque algumas perguntas<br />
extrapolam ao que está escrito.<br />
Texto:Po<strong>de</strong> dizer-se que a presença do negro representou sempre fator<br />
obrigatório no <strong>de</strong>senvolvimento dos latifúndios coloniais. Os antigos<br />
moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da<br />
indústria extrativa, na caça, na pesca, em <strong>de</strong>terminados ofícios mecânicos e<br />
na criação do gado. Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado<br />
e metódico que exige a exploração dos canaviais. Sua tendência espontânea<br />
era para as ativida<strong>de</strong>s menos se<strong>de</strong>ntárias e que pu<strong>de</strong>ssem exercer-se sem<br />
regularida<strong>de</strong> forçada e sem vigilância e fiscalização <strong>de</strong> estranhos.(Sérgio Buarque<br />
<strong>de</strong> Holanda, in Raízes)<br />
- Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram:<br />
a) os portugueses.<br />
b) os negros.<br />
c) os índios.<br />
d) tanto os índios quanto aos negros.<br />
e) a miscigenação <strong>de</strong> portugueses e índios.<br />
Resposta: Letra C. Apesar do autor não ter citado o nome dos índios, é possível<br />
concluir pelas características apresentadas no texto. Essa resposta exige<br />
conhecimento que extrapola o texto.
Antes mesmo <strong>de</strong> saber o conteúdo, nós já<br />
temos algumas pistas sobre o que<br />
encontraremos no texto<br />
• O tipo <strong>de</strong> texto com o qual nos <strong>de</strong>frontamos<br />
também é <strong>de</strong>nunciado em nosso primeiro contato<br />
com ele: uma entrevista, uma reportagem<br />
jornalística, uma crônica <strong>de</strong> futebol, um romance,<br />
um poema, uma propaganda, um e-mail etc.<br />
• Por que é importante perceber isso?
Alguns procedimentos que po<strong>de</strong>m ajudá-lo a<br />
se comportar criticamente diante da escrita:<br />
• procure i<strong>de</strong>ntificar que tipo <strong>de</strong> texto você está lendo;<br />
• verifique a ocorrência <strong>de</strong> variação lingüística e analise-a;<br />
• julgue a a<strong>de</strong>quação do texto à situação em que ele foi empregado;<br />
• i<strong>de</strong>ntifique as relações entre as partes do texto, que <strong>de</strong>nunciam sua<br />
estrutura;<br />
• i<strong>de</strong>ntifique as estratégias lingüísticas utilizadas pelo autor;<br />
• relacione o texto à cultura da época em que ele foi produzido,<br />
comparando-a com a da atualida<strong>de</strong>;
• i<strong>de</strong>ntifique termos cujo aparecimento freqüente<br />
<strong>de</strong>nuncia um <strong>de</strong>terminado enfoque ao assunto;<br />
• i<strong>de</strong>ntifique expressões que o remetem a outro<br />
texto;<br />
• localize trechos que refletem a opinião do autor;<br />
• i<strong>de</strong>ntifique traços que permitem relacionar o autor a<br />
certos grupos sociais e profissionais ou a correntes<br />
i<strong>de</strong>ológicas conhecidas;<br />
• procure evidências que permitem extrair conclusões<br />
não explicitadas no texto;<br />
– relacione textos apresentados,<br />
confrontando suas características e<br />
proprieda<strong>de</strong>s.<br />
posicione-se diante do texto lido, dando sua<br />
própria opinião. MAS USE SUA<br />
OPINIÃO APENAS SE ESTA FOR<br />
REQUISITADA.
AAíí, , Galera, Galera <strong>de</strong> Luís Fernando Veríssimo.<br />
No texto, o autor brinca com situações <strong>de</strong> discurso oral<br />
que fogem à expectativa do ouvinte.<br />
Jogadores <strong>de</strong> futebol po<strong>de</strong>m ser vítimas <strong>de</strong> estereotipação. Por<br />
exemplo, você po<strong>de</strong> imaginar um jogador <strong>de</strong> futebol dizendo<br />
“estereotipação”? E, no entanto, por que não?<br />
— Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera.<br />
—Minha saudação aos aficionados do clube e aos <strong>de</strong>mais esportistas,<br />
aqui presentes ou no recesso dos seus lares.<br />
— Como é?<br />
— Aí, galera.<br />
— Quais são as instruções do técnico?<br />
— Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho <strong>de</strong> contenção<br />
coor<strong>de</strong>nada, com energia otimizada, na zona <strong>de</strong> preparação,<br />
aumentam as probabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>, recuperado o esférico,<br />
concatenarmos um contragolpe agudo com parcimônia <strong>de</strong> meios e<br />
extrema objetivida<strong>de</strong>, valendo-nos da <strong>de</strong>sestruturação momentânea<br />
do sistema oposto, surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da<br />
ação.<br />
— Ahn?<br />
— É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça.<br />
— Certo. Você quer dizer mais alguma coisa?
Aí, Galera, <strong>de</strong> Luís Fernando Veríssimo.<br />
continuação<br />
— Posso dirigir uma mensagem <strong>de</strong> caráter sentimental, algo banal,<br />
talvez mesmo previsível e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por<br />
razões, inclusive, genéticas?<br />
— Po<strong>de</strong>.<br />
— Uma saudação para a minha progenitora.<br />
— Como é?<br />
— Alô, mamãe!<br />
— Estou vendo que você é um, um...<br />
— Um jogador que confun<strong>de</strong> o entrevistador, pois não correspon<strong>de</strong><br />
à expectativa <strong>de</strong> que o atleta seja um ser algo primitivo com<br />
dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão e assim sabota a estereotipação?<br />
— Estereoquê?<br />
— Um chato?<br />
— Isso.”
Três e questões e alguns<br />
comentários<br />
• Trata-se <strong>de</strong> uma entrevista que cria uma situação<br />
i<strong>de</strong>al que provoca o riso. O humor é aqui veiculado por<br />
meio do inesperado, em que cada expressão “erudita”<br />
do jogador soa como algo tão fora <strong>de</strong> contexto que, ao<br />
imaginarmos a situação, não <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> achar graça.<br />
A habilida<strong>de</strong> do autor consiste em explorar com<br />
inteligência uma situação hipotética <strong>de</strong> ina<strong>de</strong>quação<br />
lingüística para provocar o humor.<br />
• As duas primeiras questões propostas a seguir<br />
preten<strong>de</strong>m exatamente verificar a capacida<strong>de</strong> do<br />
aluno <strong>de</strong> julgar a ina<strong>de</strong>quação lingüística e<br />
relacioná-la com o inesperado; a terceira exige que<br />
o candidato consiga “traduzir” a gíria futebolística<br />
para a linguagem formal. Vamos a elas:
Q1. (ENEM) O texto retrata duas situações<br />
relacionadas que fogem à expectativa do<br />
público. São elas:<br />
A) a saudação do jogador aos fãs do clube, no início da entrevista, e a<br />
saudação final dirigida à sua mãe.<br />
B) a linguagem muito formal do jogador, ina<strong>de</strong>quada à situação da<br />
entrevista, e um jogador que fala, com <strong>de</strong>senvoltura, <strong>de</strong> modo<br />
muito rebuscado.<br />
C) o uso da expressão “galera”, por parte do entrevistador, e da<br />
expressão “progenitora”, por parte do jogador.<br />
D) o <strong>de</strong>sconhecimento, por parte do entrevistador, da palavra<br />
“estereotipação”, e a fala do jogador em “é pra dividir no meio e ir<br />
pra cima pra pegá eles sem calça”.<br />
E) o fato <strong>de</strong> os jogadores <strong>de</strong> futebol serem vítimas <strong>de</strong><br />
estereotipação e o jogador entrevistado não correspon<strong>de</strong>r ao<br />
estereótipo.
E quais são as respostas?<br />
• Q1. b) Não se imagina um jogador <strong>de</strong><br />
futebol utilizando um tipo <strong>de</strong> linguagem tão<br />
formal e com tanta <strong>de</strong>senvoltura.<br />
• Q2. e) Um professor universitário, num<br />
congresso internacional, não usaria<br />
coloquialismos como “a gente”, termos<br />
imprecisos como “as coisas como têm que<br />
ser”, nem flexão ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> infinitivo<br />
em “termos” .
Q2. (ENEM) O texto mostra uma situação em que a<br />
linguagem usada é ina<strong>de</strong>quada ao contexto.<br />
Consi<strong>de</strong>rando as diferenças entre língua oral e língua<br />
escrita, assinale a opção que representa também uma<br />
ina<strong>de</strong>quação da linguagem usada ao contexto:<br />
a) “o carro bateu e capotô, mas num <strong>de</strong>u pra vê direito” - um<br />
pe<strong>de</strong>stre que assistiu ao aci<strong>de</strong>nte comenta com o outro que vai<br />
passando.<br />
b) “E aí, ô meu! Como vai essa força?” - um jovem que fala para<br />
um amigo.<br />
c) “Só um instante, por favor. Eu gostaria <strong>de</strong> fazer uma<br />
observação” - alguém comenta em uma reunião <strong>de</strong> trabalho.<br />
d) “Venho manifestar meu interesse em candidatar-me ao cargo<br />
<strong>de</strong> Secretária Executiva <strong>de</strong>sta conceituada empresa” - alguém<br />
que escreve uma carta candidatando-se a um emprego.<br />
e) “Porque se a gente não resolve as coisas como têm que ser, a<br />
gente corre o risco <strong>de</strong> termos, num futuro próximo, muito<br />
pouca comida nos lares brasileiros” - um professor<br />
universitário em um congresso internacional.
Q3. (ENEM) A expressão “pegá eles<br />
sem calça” po<strong>de</strong>ria ser substituída, sem<br />
comprometimento <strong>de</strong> sentido, em língua<br />
culta, formal, por:<br />
a) pegá-los na mentira.<br />
b) pegá-los <strong>de</strong>sprevenidos.<br />
c) pegá-los em flagrante.<br />
d) pegá-los rapidamente.<br />
e) pegá-los momentaneamente
E quais são as<br />
respostas?<br />
• Q1. b) Não se imagina um jogador <strong>de</strong><br />
futebol utilizando um tipo <strong>de</strong> linguagem tão<br />
formal e com tanta <strong>de</strong>senvoltura.<br />
• Q2. e) Um professor universitário, num<br />
congresso internacional, não usaria<br />
coloquialismos como “a gente”, termos<br />
imprecisos como “as coisas como têm que<br />
ser”, nem flexão ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> infinitivo<br />
em “termos” .
Resumindo...<br />
• 01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;<br />
02. Se encontrar palavras <strong>de</strong>sconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o<br />
fim, ininterruptamente;<br />
03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos umas<br />
três vezes ou mais;<br />
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;<br />
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;<br />
06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor;<br />
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor<br />
compreensão;<br />
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto<br />
correspon<strong>de</strong>nte;<br />
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado <strong>de</strong> cada questão;<br />
10. Cuidado com os vocábulos: <strong>de</strong>stoa (=diferente <strong>de</strong> ...), não, correta,<br />
incorreta, certa, errada, falsa, verda<strong>de</strong>ira, exceto, e outras; palavras que<br />
aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a enten<strong>de</strong>r o que se<br />
perguntou e o que se pediu;
Lembre-se : a interpretação em textos para concursos<br />
não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada um, mas, sim, do que está escrito.<br />
"O que está escrito, escrito está."<br />
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a<br />
mais completa;<br />
12. Quando o autor apenas sugerir idéia, procurar um fundamento <strong>de</strong> lógica<br />
objetiva;<br />
13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;<br />
14. Não se <strong>de</strong>ve procurar a verda<strong>de</strong> exata <strong>de</strong>ntro daquela resposta, mas a<br />
opção que melhor se enquadre no sentido do texto;<br />
15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras <strong>de</strong>nuncia a resposta;<br />
16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, <strong>de</strong>finindo<br />
o tema e a mensagem;<br />
17. O autor <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> idéias e você <strong>de</strong>ve percebê-las;<br />
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos<br />
na interpretação do texto.<br />
Ex.: Ele morreu <strong>de</strong> fome.(adjunto adverbial <strong>de</strong> causa) <strong>de</strong>termina a causa na<br />
realização do fato (= morte <strong>de</strong> "ele").<br />
Ex.: Ele morreu faminto.<br />
(predicativo do sujeito= é o estado em que "ele" se encontrava quando<br />
morreu.;<br />
19. As orações coor<strong>de</strong>nadas não têm oração principal, apenas as idéias estão<br />
coor<strong>de</strong>nadas entre si;<br />
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza <strong>de</strong><br />
expressão, aumentando-lhe ou <strong>de</strong>terminando-lhe o significado.
Veja as diferenças entre analisar,<br />
compreen<strong>de</strong>r e interpretar<br />
• 1. O que se preten<strong>de</strong> com a análise textual?<br />
• - i<strong>de</strong>ntificar o gênero; a tipologia; as figuras <strong>de</strong> linguagem;<br />
• - verificar o significado das palavras;<br />
• - contextualizar a obra no espaço e tempo;<br />
• - esclarecer fatos históricos pertinentes ao texto;<br />
• - conhecer dados biográficos do autor;<br />
• - relacionar o título ao texto;<br />
• - levantar o problema abordado;<br />
• - apreen<strong>de</strong>r a idéia central e as secundárias do texto;<br />
• - buscar a intenção do texto;<br />
• - verificar a coesão e coerência textual;<br />
• - reconhecer se há intertextualida<strong>de</strong>.
Análise Textual<br />
. Qual o objetivo da análise?<br />
- levantar elementos para a compreensão e,<br />
posteriormente, fazer julgamento crítico.<br />
. Para compreen<strong>de</strong>r bem é necessário que o<br />
leitor:<br />
• - conheça os recursos lingüísticos.<br />
Por exemplo, a regência verbal não<br />
compreendida pelo leitor po<strong>de</strong> levá-lo ao erro.<br />
Veja: Assisti o doente é diferente <strong>de</strong> assisti<br />
ao doente. No primeiro caso, a pessoa ajuda ao<br />
doente; no segundo, ela vê o doente.<br />
-
-perceba as referências geográficas,<br />
mitológicas, lendárias, econômicas, religiosas,<br />
políticas e históricas para que faça as<br />
possíveis associações.<br />
- esclareça as suas dúvidas <strong>de</strong> léxico.<br />
- esteja familiarizado com as circunstâncias<br />
históricas em que o texto foi escrito. Por<br />
exemplo, para enten<strong>de</strong>r que, no poema Canção<br />
do Exílio, <strong>de</strong> Gonçalves Dias, o advérbio aqui e<br />
lá é, respectivamente, Portugal e Brasil, você<br />
tem que saber on<strong>de</strong> o poeta escreveu seu<br />
poema naquela época.<br />
- observe se há no texto intertextualida<strong>de</strong> por<br />
meio da paráfrase, paródia ou citação.
Atenção ao que se pe<strong>de</strong><br />
• Às vezes a interpretação está voltada<br />
a uma linha do texto e por isso você<br />
<strong>de</strong>ve voltar ao parágrafo para<br />
localizar o que se afirma. Outras<br />
vezes, a questão está voltada à idéia<br />
geral do texto.
Observe o uso<strong>de</strong> alguns verbos que são utilizados nos<br />
enunciados <strong>de</strong> muitas provas.<br />
1.Afirmar: certificar, comprovar, <strong>de</strong>clarar.<br />
2.Explicar: expor, justificar, expressar, significar.<br />
3.Caracterizar: distinguir, <strong>de</strong>stacar o caráter, as<br />
particularida<strong>de</strong>s.<br />
4.Consistir: ser, equivaler, traduzir-se por (<strong>de</strong>terminada<br />
coisa), ser feito, formado ou composto <strong>de</strong>.<br />
5.Associar: estabelecer uma correspondência entre<br />
duas coisas, unir-se, agregar.<br />
6.Comparar: relacionar (coisas animadas ou inanimadas,<br />
concretas ou abstratas, da mesma natureza ou que<br />
apresentem similitu<strong>de</strong>s) para procurar as relações <strong>de</strong><br />
semelhança ou <strong>de</strong> disparida<strong>de</strong> que entre elas existam;<br />
aproximar dois ou mais itens <strong>de</strong> espécie ou <strong>de</strong><br />
natureza diferente, mostrando entre eles um ponto <strong>de</strong><br />
analogia ou semelhança.
1. Justificar: provar, <strong>de</strong>monstrar, argumentar,<br />
explicar.<br />
2. Relacionar: fazer comparação, conexão, ligação,<br />
adquirir relações.<br />
3. Definir: revelar, estabelecer limites, indicar a<br />
significação precisa <strong>de</strong>, retratar, conceituar,<br />
explicar o significado.<br />
4. Diferenciar: fazer ou estabelecer distinção<br />
entre, reconhecer as diferenças.<br />
5. Classificar: distribuir em classes e nos<br />
respectivos grupos, <strong>de</strong> acordo com um sistema<br />
ou método <strong>de</strong> classificação; <strong>de</strong>terminar a classe,<br />
or<strong>de</strong>m, família, gênero e espécie; pôr em<br />
<strong>de</strong>terminada or<strong>de</strong>m, arrumar (coleções,<br />
documentos etc.).
Alguns verbos que são utilizados nos enunciados<br />
<strong>de</strong> muitas provas.<br />
1. I<strong>de</strong>ntificar: distinguir os traços característicos <strong>de</strong>; reconhecer;<br />
permitir a i<strong>de</strong>ntificação, tornar conhecido.<br />
2. Referir-se: fazer menção, reportar-se, aludir-se.<br />
3. Determinar: precisar, indicar (algo) a partir <strong>de</strong> uma análise, <strong>de</strong> uma<br />
medida, <strong>de</strong> uma avaliação; <strong>de</strong>finir.<br />
4. Citar: transcrever, referir ou mencionar como autorida<strong>de</strong> ou exemplo ou<br />
em apoio do que se afirma.<br />
5. Indicar: fazer com que, por meio <strong>de</strong> gestos, sinais, símbolos, algo ou<br />
alguém seja visto; assinalar, <strong>de</strong>signar, mostrar.<br />
6. Deduzir: concluir (algo) pelo raciocínio; inferir.<br />
7. Inferir-se: concluir, <strong>de</strong>duzir.<br />
8. Equivaler: ser idêntico no peso, na força, no valor etc.<br />
9. Propor: submeter (algo) à apreciação (<strong>de</strong> alguém); oferecer como opção;<br />
apresentar, sugerir.<br />
10. Depreen<strong>de</strong>r: alcançar clareza intelectual a respeito <strong>de</strong>; enten<strong>de</strong>r,<br />
perceber, compreen<strong>de</strong>r; tirar por conclusão, chegar à conclusão <strong>de</strong>;<br />
inferir, <strong>de</strong>duzir.<br />
11. Aludir: fazer rápida menção a; referir-se.
Leia o trecho e analise a<br />
afirmação que foi feita<br />
sobre ele<br />
.<br />
“Sempre fez parte do <strong>de</strong>safio do magistério administrar adolescente com hormônios em<br />
ebulição e com o <strong>de</strong>sejo natural da ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>safiar as regras. A diferença é que,<br />
hoje, em muitos casos, a relação comercial entre a escola e os pais se sobrepõe à<br />
autorida<strong>de</strong> do professor.” (VEJA, p. 63, 11 maio 2005.)<br />
• Frase para análise.<br />
• Desafiar as regras é uma atitu<strong>de</strong> própria do adolescente das escolas privadas. E esse é<br />
o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio do professor mo<strong>de</strong>rno.<br />
• 1 – Não é mencionado que a escola seja da re<strong>de</strong> privada.<br />
• 2 – O <strong>de</strong>safio não é apenas do professor atual, mas sempre fez parte do <strong>de</strong>safio do<br />
magistério. Outra questão é que o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio não é só administrar os <strong>de</strong>safios às<br />
regras, isso é parte do <strong>de</strong>safio, há também os hormônios em ebulição que fazem parte<br />
do <strong>de</strong>safio do magistério.
Atenção ao uso da paráfrase<br />
(reescritura do texto sem prejuízo do<br />
sentido original).<br />
• Veja o exemplo:<br />
• Frase original: Estava eu hoje cedo, parado em um sinal <strong>de</strong> trânsito, quando olho na<br />
esquina, próximo a uma porta, uma loirona a me olhar e eu olhava também.(Concurso<br />
TRE/ SC – 2005)<br />
• A frase parafraseada é:<br />
• a) Parado em um sinal <strong>de</strong> trânsito hoje cedo, numa esquina, próximo a uma porta, eu<br />
olhei para uma loira e ela também me olhou.<br />
• b) Hoje cedo, eu estava parado em um sinal <strong>de</strong> trânsito, quando ao olhar para uma<br />
esquina, meus olhos <strong>de</strong>ram com os olhos <strong>de</strong> uma loirona.<br />
• c) Hoje cedo, estava eu parado em um sinal <strong>de</strong> trânsito quando vi, numa esquina,<br />
próxima a uma porta, uma louraça a me olhar.<br />
• d) Estava eu hoje cedo parado em um sinal <strong>de</strong> trânsito, quando olho na esquina, próximo<br />
a uma porta, vejo uma loiraça a me olhar também.<br />
• Resposta: Letra C.<br />
• A paráfrase po<strong>de</strong> ser construída <strong>de</strong> várias formas, veja algumas <strong>de</strong>las.<br />
• a) substituição <strong>de</strong> locuções por palavras;<br />
• b) uso <strong>de</strong> sinônimos;<br />
• c) mudança <strong>de</strong> discurso direto por indireto e vice-versa;<br />
• d) converter a voz ativa para a passiva;<br />
• e) emprego <strong>de</strong> antonomásias ou perífrases (Rui Barbosa = A águia <strong>de</strong> Haia; o povo<br />
lusitano = portugueses).
Observe a mudança <strong>de</strong> posição<br />
<strong>de</strong> palavras ou <strong>de</strong> expressões<br />
nas frases.<br />
- Exemplos<br />
a) Certos alunos no Brasil não convivem com a falta <strong>de</strong><br />
professores.<br />
b) Alunos certos no Brasil não convivem com a falta <strong>de</strong><br />
professores.<br />
c) Os alunos <strong>de</strong>terminados pediram ajuda aos<br />
professores.<br />
d) Determinados alunos pediram ajuda aos professores.<br />
Explicações:<br />
a) Certos alunos = qualquer aluno<br />
b) Alunos certos = aluno correto<br />
c) Alunos <strong>de</strong>terminados = alunos <strong>de</strong>cididos<br />
d) Determinados alunos = qualquer aluno