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Vazamentos no condomínio - Jornal do Síndico

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CULTURA & LAZER<br />

Carnaval:<br />

a maior<br />

festa popular<br />

brasileira<br />

Pág. 12<br />

A<strong>no</strong> A<strong>no</strong> XV XV - - Edição Edição Edição 169 169 169 - - Fever Fevereir Fever eir eiro/09 eir o/09 - - Baixada Baixada Santista/SP Santista/SP - - 12.500 12.500 Exemplar Exemplares Exemplar es - - - www.jornal<strong>do</strong>sindico.com.br/baixadasantista<br />

www.jornal<strong>do</strong>sindico.com.br/baixadasantista<br />

Distribuição Mensal Gratuita: Santos, São Vicente, Praia Grande, Guarujá, Bertioga, Cubatão e Mongaguá<br />

<strong>Vazamentos</strong><br />

<strong>no</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong><br />

Seja qual for o local <strong>do</strong> vazamento,<br />

os condômi<strong>no</strong>s e síndicos preferem discutir<br />

entre si quem é o responsável pelo<br />

problema, enquanto a água vai<br />

minan<strong>do</strong> estruturas, paredes, geran<strong>do</strong><br />

mofo e jogan<strong>do</strong> dinheiro fora pelo ralo.<br />

Página 5<br />

MERCADO<br />

Infraestrutura<br />

de bairros<br />

interfere <strong>no</strong><br />

valor <strong>do</strong> imóvel<br />

Pág. 3<br />

PREVENÇÃO<br />

Crachá de<br />

identificação<br />

pode ajudar na<br />

segurança<br />

<strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong><br />

Pág. 11


2<br />

Fevereiro de 2009<br />

NOSSA MENSAGEM Os Editores<br />

Placar 2009 promete goleada?<br />

A resposta à pergunta acima depende de como será o mês<br />

de fevereiro em seu <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>. Por quê? Vejamos. Final de<br />

férias escolares, proximidade <strong>do</strong>s meses chuvosos e frios e o<br />

retor<strong>no</strong> à <strong>no</strong>rmalidade. É nesse clima que os <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s encaram,<br />

sempre, o segun<strong>do</strong> mês <strong>do</strong> a<strong>no</strong>. O verão já está <strong>no</strong>s<br />

seus últimos dias, levan<strong>do</strong> consigo o movimento de crianças e<br />

a<strong>do</strong>lescentes que desejam aproveitar ao máximo as férias escolares,<br />

mas dá espaço ao perío<strong>do</strong> intenso de chuvas e outros<br />

insetos, exigin<strong>do</strong> medidas preventivas, para garantir a segurança<br />

de to<strong>do</strong>s os condômi<strong>no</strong>s. Neste mês, também, é cobra<strong>do</strong><br />

o pagamento <strong>do</strong> Imposto Predial e Territorial Urba<strong>no</strong><br />

(IPTU), tanto <strong>do</strong>s condômi<strong>no</strong>s como <strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>. Como,<br />

então, enfrentar este perío<strong>do</strong>?<br />

Se por um la<strong>do</strong>, com o início das aulas, crianças e a<strong>do</strong>lescentes<br />

permitem que a tranqüilidade e o silêncio voltem a reinar<br />

nas áreas comuns, pois eles estarão mais sob os cuida<strong>do</strong>s de<br />

seus responsáveis, por outro, é preciso que a administração providencie<br />

os reparos em áreas de lazer e equipamentos, devi<strong>do</strong> ao<br />

mau e intenso uso <strong>no</strong> perío<strong>do</strong> de férias. Ou, a depender da situação<br />

cobrar a quem de direito o montante referente aos prejuízos.<br />

De qualquer forma, as áreas comuns de um <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong><br />

precisam continuar em condições de uso. Além <strong>do</strong> mais, equipamentos<br />

quebra<strong>do</strong>s comprometem a segurança <strong>do</strong>s usuários. Dar<br />

atenção às devidas medidas que evitem problemas por conta<br />

das “águas de março” é, também, investir em segurança.<br />

Fonte: Banco Central<br />

FEV/08 MAR/08 ABR/08 MAI/08 JUN/08 JUL/08 AGO/08 SET/08 OUT/08 NOV/08 DEZ/08 JAN/09<br />

IGP-M (FGV) 0,53 0,74 0,69 1,61 1,98 1,76 -0,32 0,11 0,98 0,38 -0,13 –––<br />

INPC (IBGE) 0,48 0,51 0,64 0,96 0,91 0,58 0,21 0,15 0,50 0,38 0,29 –––<br />

IPC (FIPE) 0,19 0,31 0,54 1,23 0,96 0,45 0,38 0,38 0,50 0,39 0,16 –––<br />

TR (%) 0,0243 0,0409 0,0955 0,0736 0,1146 0,1914 0,1574 0,1970 0,2506 1,1618 0,2149 0,1840<br />

POUPANÇA 0,5244 0,5411 0,5960 0,5740 0,6152 0,6924 0,6582 0,6980 0,7519 0,6626 0,7160 0,6849<br />

SAL. MÍNIMO 380,00 415,00 415,00 415,00 415,00 415,00 415,00 415,00 415,00 415,00 415,00 415,00<br />

CONTRIBUIÇÃO DO INSS<br />

Trabalha<strong>do</strong>r assalaria<strong>do</strong><br />

Salário contribuição Alíquota (%)<br />

Até R$ 911,70 ....................................................... 8,00<br />

De 911,71 até R$ 1.519,50 ................................... 9,00<br />

De R$ 1.519,51 até R$ 3.038,99 .......................... 11,00<br />

Obs.: Obs.: Emprega<strong>do</strong>r: alíquota 12%<br />

Fonte: Portaria MPS 77 (11.03.08) DOU 12/03/08<br />

Pagamento até o dia 10 <strong>do</strong> mês subseqüente ao de competência. Não<br />

haven<strong>do</strong> expediente bancário, o prazo é prorroga<strong>do</strong> para o 1º dia útil<br />

seguinte. A partir desse vencimento, multa de 4% (dentro de 30 dias),<br />

7% (de 30 a 60 dias) e 10% (acima de 60 dias). Juros de 1% ao mês. Na<br />

dúvida, consulte o Núcleo de Orientação ao Contribuinte <strong>do</strong> INSS pelo<br />

telefone: 0800-780-191.<br />

20% sobre a Folha, como parcela <strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>. 3% sobre a Folha,<br />

contribuição de acidebte de trabalho. 4,5% sobre a Folha, contribuição<br />

de terceiros (SESC, SENAI etc.).<br />

Salário Família: até R$ 472,43: R$ 24,23 (por cota)<br />

de R$ 472,43 até R$ 710,08: R$ 17,07 (por cota)<br />

Anteceden<strong>do</strong> esse perío<strong>do</strong> recomenda-se fazer a revisão<br />

de sistemas de calha, encanamento, rede de esgotos e instalação<br />

elétrica <strong>no</strong>s <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s para evitar problemas maiores.<br />

A inspeção predial preventiva é aconselhada a cada <strong>do</strong>is<br />

a<strong>no</strong>s para prédios de até 10 a<strong>no</strong>s de construção e gira em<br />

tor<strong>no</strong> de 1% a 2% <strong>do</strong> valor mensal da taxa de <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>.<br />

Segun<strong>do</strong> o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia<br />

de São Paulo (Ibape/SP), cerca de 80 a 90% <strong>do</strong>s<br />

imóveis brasileiros têm algum problema de segurança, esta<strong>do</strong><br />

de conservação, manutenção, desempenho, exposição<br />

ambiental, utilização e operação.<br />

Enquanto isso, a rotina de um <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> deve ser mantida,<br />

até porque o <strong>no</strong>vo a<strong>no</strong> precisa ser marca<strong>do</strong> por <strong>no</strong>tícias positivas,<br />

mesmo em perío<strong>do</strong> de crise financeira. E, para tanto, é preciso<br />

arrumar a casa até fevereiro para que o a<strong>no</strong> corra com tranqüilidade.<br />

Como tornar isto uma realidade? Cada <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong><br />

tem suas peculiaridades. O jeito de administrar o seu cotidia<strong>no</strong><br />

depende <strong>do</strong> tamanho, da quantidade de mora<strong>do</strong>res, sua localização,<br />

suas áreas comuns, dentre outros elementos que interferem<br />

na demanda mensal de cada comunidade.<br />

Sen<strong>do</strong> assim, este mês <strong>no</strong> ambiente con<strong>do</strong>minial propõe uma<br />

agenda de trabalho com ares de “início de jogo”. A depender<br />

como se dará o pontapé inicial, é possível prever o térmi<strong>no</strong> dessa<br />

rodada, que tem o <strong>no</strong>me de 2009.<br />

Bom fevereiro para to<strong>do</strong>s.<br />

OBRIGAÇÕES<br />

Admissão/Demissão: comunicar ao Ministério <strong>do</strong> Trabalho até o dia 7 <strong>do</strong><br />

mês seguinte.<br />

Recolhimento <strong>do</strong> FGTS: 8% sobre a Folha de Pagamento até o dia 7 <strong>do</strong><br />

mês seguinte.<br />

Recolhimento <strong>do</strong> PIS: 1% sobre a folha de pagamento até o 20º dia <strong>do</strong> mês<br />

seguinte. Recolher o ISS à Prefeitura Municipal, conforme a data da tabela<br />

divulgada pela prefeitura, sobre o serviço presta<strong>do</strong>.<br />

IMPOSTO DE RENDA<br />

Base de Cálculo Alíquota Parcela a deduzir<br />

Até R$ 1.434,59 ––– isento<br />

De R$ 1.434,60 até R$ 2.150,00 7,5% 107,59<br />

De R$ 2.150,01 até R$ 2.866,70 15% 268,84<br />

De R$ 2.866,71 até R$ 3.582,00 22,5% 483,84<br />

Acima de R$ 3.582,00 27,5% 662,94<br />

Deduções: Deduções: 1) 1) R$ 144,20 por dependente; 2) 2) Pensão alimentícia; 3) 3) Contribuição à Previdência<br />

Social; 4) 4) R$ 1.434,59 por aposenta<strong>do</strong>ria para quem já completou 65 a<strong>no</strong>s de idade;<br />

5) 5) Contribuição à Previdência Privada e Fapi; 6) 6) 6) Carnê-Leão. Fonte: MP 451, de 15/12/08.


Fevereiro de 2009 3<br />

HABITAÇÃO<br />

Infraestrutura de<br />

bairros compromete a<br />

valorização imobiliária<br />

Nem sempre os investimentos<br />

feitos nas áreas comuns<br />

<strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> são os<br />

únicos índices relevantes na<br />

hora de avaliar o valor de<br />

imóvel. Ganham cada vez<br />

mais peso nesta hora a infraestrutura<br />

<strong>do</strong> bairro, a<br />

proximidade de serviços públicos<br />

e as opções de compra<br />

e laser, pois, devi<strong>do</strong> à<br />

correria e aos congestionamentos<br />

de trânsito, os compra<strong>do</strong>res<br />

em potencial de<br />

imóveis das classes B e C, <strong>no</strong><br />

Brasil, estão optan<strong>do</strong> por locais<br />

que ofereçam tranquilidade<br />

e facilidade, diminuin<strong>do</strong><br />

o número de saídas <strong>do</strong><br />

bairro <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res.<br />

Mas, esta relação de<br />

proximidade pode, por outro<br />

la<strong>do</strong>, comprometer a<br />

venda de um imóvel, e peque<strong>no</strong>s<br />

detalhes, aparentemente<br />

imperceptíveis,<br />

pode oscilar o preço em<br />

tor<strong>no</strong> de 30%. Exemplo<br />

disso é a proximidade excessiva<br />

de paradas de ônibus<br />

muito movimentadas,<br />

que desvalorizam um imóvel,<br />

mas ele ficará mais desvaloriza<strong>do</strong><br />

se a região não<br />

contar com um serviço de<br />

transporte público.<br />

Prédios vizinhos a colégios,<br />

supermerca<strong>do</strong>s e bancos<br />

também perdem valor,<br />

porque as vias de acesso<br />

para esses estabelecimentos<br />

estão mais sujeitas a<br />

congestionamentos, e a<br />

qualidade de trânsito, hoje,<br />

é um <strong>do</strong>s aspectos muito<br />

considera<strong>do</strong> pelos futuros<br />

proprietários. Locais com terre<strong>no</strong>s<br />

desocupa<strong>do</strong>s podem,<br />

<strong>no</strong> futuro, abrigar uma obra<br />

capaz de tornar infernal o<br />

trânsito nas imediações. Escolas,<br />

shopping centres, estação<br />

de metrô, hospitais, feiras livres,<br />

bares e casas <strong>no</strong>turnas<br />

são outros estabelecimentos<br />

que desvalorizam um imóvel,<br />

mas não sem eles por perto<br />

fica difícil a vida em qualquer<br />

parte da cidade, mesmo as de<br />

peque<strong>no</strong> e médio porte.<br />

Adquirir imóveis<br />

próximos a lojas,<br />

supermerca<strong>do</strong>s e<br />

paradas de ônibus<br />

certamente traz<br />

comodidade aos<br />

mora<strong>do</strong>res, mas<br />

pode comprometer<br />

o valor de revenda,<br />

já que tranquilidade<br />

e segurança são<br />

itens que pesam,<br />

principalmente, em<br />

momentos de crise<br />

Parceria<br />

Por essas e outras, muitos<br />

<strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s têm toma<strong>do</strong><br />

medidas preventivas para<br />

preservar a qualidade de vida<br />

<strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res e o valor patrimonial<br />

através de iniciativas<br />

conjuntas com outros <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s<br />

junto aos órgãos públicos<br />

responsáveis pela ordenação<br />

<strong>do</strong> solo e pela liberação<br />

Andréa Mattos*<br />

de licença comercial, pois as<br />

perdas <strong>do</strong> valor de um imóvel<br />

acontecem da <strong>no</strong>ite para<br />

o dia, segun<strong>do</strong> consultores<br />

imobiliários.<br />

Muitos <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s já<br />

colocaram em prática a<br />

idéia e os resulta<strong>do</strong>s têm<br />

poupa<strong>do</strong> muitos deles de<br />

problemas futuros. De início,<br />

uma comissão de síndicos<br />

e mora<strong>do</strong>res de um<br />

bairro pode manter contatos<br />

com a prefeitura e conhecer<br />

as obras que estão<br />

sen<strong>do</strong> planejadas para o local,<br />

ou ao re<strong>do</strong>r dele. E, por<br />

tabela, a mesma comissão<br />

pode propor intervenções<br />

que mudaram a característica<br />

<strong>do</strong> bairro.<br />

Esta revolução imobiliária<br />

já extrapolou o eixo São<br />

Paulo-Rio de Janeiro, alcançan<strong>do</strong><br />

a maioria das capitais<br />

brasileiras. É o caso de Fortaleza,<br />

uma das principais cidades<br />

<strong>do</strong> Nordeste brasileiro,<br />

que <strong>no</strong>s últimos 10 a<strong>no</strong>s<br />

passou por mudanças <strong>no</strong> seu<br />

mapa urba<strong>no</strong> por conta da<br />

especulação imobiliária<br />

como consequência, principalmente,<br />

<strong>do</strong> turismo. Novas<br />

ruas e avenidas facilitam<br />

a ligação de bairros distantes,<br />

mas <strong>no</strong>bres, com o centro,<br />

o que até pouco tempo<br />

era inimaginável. Este trabalho<br />

de observação ajuda a<br />

prever se o local escolhi<strong>do</strong><br />

para mora será ou não um<br />

bom investimento.<br />

*<strong>Jornal</strong>ista e colabora<strong>do</strong>ra<br />

<strong>do</strong> <strong>Jornal</strong> <strong>do</strong> <strong>Síndico</strong><br />

FIQUE ATENTO<br />

Quan<strong>do</strong> chamar a polícia<br />

Infelizmente, há situações <strong>no</strong>s <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s que a presença<br />

de agentes policiais é necessária. Brigas entre condômi<strong>no</strong>s,<br />

familiares, funcionários são solucionadas com intervenção<br />

de terceiros, mas nem to<strong>do</strong>s os casos pedem esta<br />

medida. A polícia deve ser acionada quan<strong>do</strong> todas as iniciativas<br />

tomadas pelo síndico não foram suficientes, em qualquer<br />

ocasião. É o último recurso. A polícia deve ser chamada<br />

sempre quan<strong>do</strong> é colocada em risco a segurança <strong>do</strong>s funcionários<br />

e <strong>do</strong>s condômi<strong>no</strong>s, por exemplo. Alguns casos de<br />

problemas sérios, como agressões físicas a funcionários ou<br />

entre condômi<strong>no</strong>s, ameaças com armas, requerem a força<br />

policial, assim como casos de agressão física entre cônjuges<br />

ou pais e filhos. Um corpo de funcionários bem treina<strong>do</strong> é<br />

importante para que o <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> saiba identificar quais são<br />

os casos que merecem ou não ajuda policial. A polícia também<br />

deve ser comunicada quan<strong>do</strong> da suspeita de invasores,<br />

de carros rouba<strong>do</strong>s <strong>no</strong> estacionamento <strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>, furto<br />

de equipamentos das áreas comuns. O efetivo policial deve<br />

ser um alia<strong>do</strong> <strong>do</strong>s síndicos, sem dúvida.<br />

Seguranças em festas<br />

Com o objetivo de assegurar a segurança <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res<br />

e proprietários <strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>, controlan<strong>do</strong> e identifican<strong>do</strong><br />

to<strong>do</strong>s os visitantes cujos <strong>no</strong>mes estejam na lista de convida<strong>do</strong>s,<br />

a exigência de contratação de seguranças tem feito parte<br />

na liberação de salões de festa. Para uma festa de até 100<br />

convida<strong>do</strong>s, os <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s exigem a presença de <strong>do</strong>is profissionais<br />

de segurança; para mais de 100, quatro seguranças.<br />

Estes profissionais podem ser contrata<strong>do</strong>s pela administração<br />

e o custo será cobra<strong>do</strong> na taxa de <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> <strong>do</strong> proprietário<br />

que promoveu a festa, ou pelo promotor <strong>do</strong> evento. Estes<br />

seguranças deverão permanecer na área circunvizinha ao evento<br />

inclusive na área de recuo lateral e fun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> lote, se necessário,<br />

auxilian<strong>do</strong> na circulação de pessoas e veículos e buscan<strong>do</strong><br />

preservar a tranquilidade e segurança de vizinhos e da<br />

comunidade em geral. Quanto à segurança interna, os <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s<br />

tornam facultativa, fican<strong>do</strong> a critério <strong>do</strong> condômi<strong>no</strong><br />

que estiver realizan<strong>do</strong> o evento a contratação ou não de segurança<br />

própria para a parte interna da festa.


4<br />

Fevereiro de 2009<br />

VOCÊ PERGUNTA E J.S. RESPONDE Dr. Rudnei Maciel*<br />

1-) Tive um problema de<br />

infiltração que estragou<br />

to<strong>do</strong> meu armário. Apesar<br />

de ter <strong>no</strong>tifica<strong>do</strong> a sindica e<br />

o proprietário, não houve<br />

nenhuma solução. Trata-se<br />

de um problema grave, não<br />

é caso de manutenção,<br />

como tem si<strong>do</strong> feita <strong>no</strong> restante<br />

<strong>do</strong> imóvel. Há possibilidade<br />

de ajuizamento de<br />

ação contra o proprietário e<br />

<strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>, para ressarcir o<br />

armário? E só contra o proprietário,<br />

que não tomou<br />

nenhuma medida, é possível?<br />

Posso fazê-lo <strong>no</strong> Juiza<strong>do</strong> ou<br />

é necessário entrar com<br />

ação na Justiça Comum?<br />

R- O senhor pode entrar<br />

com ação para ressarcimento<br />

<strong>do</strong>s prejuízos ocorri<strong>do</strong>s, utilizan<strong>do</strong><br />

para isso o Juiza<strong>do</strong> Especial<br />

Cível que é mais rápi<strong>do</strong>.<br />

Se o problema era <strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>,<br />

o <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> deverá<br />

ser aciona<strong>do</strong>. Se o problema<br />

era da unidade específica,<br />

então o proprietário deverá<br />

ser aciona<strong>do</strong>.<br />

2-) A síndica de meu <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong><br />

proíbe entrada <strong>do</strong><br />

locatário/inquili<strong>no</strong> em suas<br />

reuniões, somente poden<strong>do</strong><br />

entrar com procuração. Inclusive<br />

nas convocações ela<br />

já coloca a observação que<br />

somente poderá participar<br />

com procuração. Conversan<strong>do</strong><br />

com ela referente à<br />

lei que garante a participação<br />

<strong>do</strong> locatário e inquili<strong>no</strong>,<br />

caso o proprietário não<br />

compareça, ela me falou<br />

que na convenção consta e<br />

não pode fazer nada. Gostaria<br />

de saber qual procedimento<br />

devo ter, caso seja<br />

barrada na reunião.<br />

R- Existe um princípio básico<br />

onde uma lei inferior não<br />

pode contrariar uma lei superior.<br />

Se assim o fizer, é nula.<br />

Isso significa que nenhuma<br />

lei pode contrariar a Constituição<br />

Brasileira. Da mesma forma,<br />

o regimento inter<strong>no</strong> não<br />

pode contrariar a convenção. E,<br />

<strong>no</strong> seu caso específico, a convenção<br />

não pode contrariar a<br />

lei (seja o Código Civil, seja a lei<br />

<strong>do</strong> inquilinato).<br />

Assim, <strong>no</strong>ssa recomendação<br />

é que converse com a síndica e<br />

exponha a ela que a lei é superior<br />

à Convenção. Caso ela não<br />

aceite, avise-a que entrará com<br />

ação <strong>no</strong> Juiza<strong>do</strong> Especial Cível,<br />

que não demandará advoga<strong>do</strong>s,<br />

e que solicitará a anulação da assembleia<br />

pela proibição de sua<br />

participação bem como demandará<br />

indenização por da<strong>no</strong>s morais,<br />

que é seu direito.<br />

Ao entrar com a ação, devem<br />

demorar em tor<strong>no</strong> de 3 meses.<br />

Peça uma indenização inferior a<br />

20 salários mínimos, caso contrário<br />

será necessário um advoga<strong>do</strong>.<br />

Caso a senhora tenha advoga<strong>do</strong>,<br />

pode solicitar indenização de até<br />

40 salários mínimos.<br />

O objetivo deve ser resolver a<br />

questão sem recorrer à justiça,<br />

mas se a síndica não aceitar sua<br />

argumentação, que ela pode inclusive<br />

confirmar com um advoga<strong>do</strong>,<br />

a solução será a Justiça (dê preferência<br />

ao Juiza<strong>do</strong> Especial Cível) e<br />

a indenização é seu direito.<br />

3-) Meu pai é locatário/inquili<strong>no</strong><br />

de um <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>,<br />

assim gostaria de saber se o<br />

mesmo pode votar em qualquer<br />

assembleia geral ou se há<br />

necessidade de procuração<br />

para ambas.<br />

R- Como seu pai é inquili<strong>no</strong>,<br />

ele pode votar em qualquer questão<br />

que não envolva taxas extraordinárias,<br />

caso o proprietário não<br />

esteja presente. Para isso, não há<br />

necessidade de procuração. Seu<br />

pai precisará de procuração apenas<br />

para votar em questões que<br />

envolvem taxas extraordinárias.<br />

Ou seja, seu pai pode votar até<br />

mesmo para eleição <strong>do</strong> síndico.<br />

4-) O síndico pode usar<br />

procurações para se manter<br />

<strong>no</strong> cargo e para aprovação de<br />

suas contas?<br />

R- Sim, o síndico pode se<br />

manter <strong>no</strong> cargo e aprovar suas<br />

contas se os mora<strong>do</strong>res tiverem<br />

da<strong>do</strong> procuração para ele neste<br />

senti<strong>do</strong>. Cabe aos condômi<strong>no</strong>s<br />

terem consciência para tomar<br />

cuida<strong>do</strong> ao passarem procurações<br />

para terceiros.<br />

5-) Gostaria de saber como<br />

tem que ser feita uma procuração<br />

para o inquili<strong>no</strong> votar na<br />

assembleia.<br />

R- A procuração é uma procuração<br />

<strong>no</strong>rmal, <strong>do</strong> tipo feito em<br />

cartório (mas que somente precisará<br />

ser reconhecida se a convenção<br />

assim indicar).<br />

Basta uma declaração <strong>do</strong> outorgante<br />

dizen<strong>do</strong> para quem ele<br />

outorga que poderes, poden<strong>do</strong><br />

indicar inclusive os poderes de<br />

forma detalhada ou genérica.<br />

Se desejar, ainda poderá colocar<br />

uma data de validade para a<br />

procuração. Se for possível passar<br />

a procuração, tanto melhor,<br />

pois evitará possíveis problemas<br />

junto ao <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>.<br />

O inquili<strong>no</strong> tem o direito, por<br />

lei, de votar em tu<strong>do</strong> que não<br />

envolva taxas extraordinárias,<br />

desde que o proprietário não esteja<br />

presente.<br />

6-) Faço parte da comissão<br />

administrativa <strong>do</strong> meu <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong><br />

e gostaria de saber quais<br />

os direitos reserva<strong>do</strong>s aos inquili<strong>no</strong>s<br />

em uma reunião que<br />

elegerá síndico e irá votar as<br />

alterações da convenção.<br />

R- Por lei, o síndico tem o direito<br />

de votar na assembleia qualquer<br />

item que não envolve taxas<br />

extras, desde que o proprietário<br />

não esteja presente. Assim, o inquili<strong>no</strong><br />

adimplente tem o direito<br />

de votar em síndico, desde que o<br />

proprietário não esteja presente<br />

e nem tenha envia<strong>do</strong> alguém em<br />

seu lugar como representante legal,<br />

ou seja, com procuração.<br />

Com relação às alterações da<br />

convenção, diz a Lei nº 9.267, de<br />

25 de março de 1996 que: "nas<br />

decisões da assembleia que não<br />

envolvam despesas extraordinárias<br />

<strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>, o locatário<br />

poderá votar, caso o condômi<strong>no</strong>loca<strong>do</strong>r<br />

a ela não compareça".<br />

Assim, o entendimento é que,<br />

não estan<strong>do</strong> presente o proprietário<br />

ou seu representante muni<strong>do</strong><br />

de procuração, o inquili<strong>no</strong><br />

poderá, sim, votar.<br />

Entretanto, trata-se de uma<br />

situação que costuma ser cercada<br />

de muitas dúvidas. Claro, não<br />

sen<strong>do</strong> da<strong>do</strong> ao inquili<strong>no</strong> o direito<br />

de voto, ele poderá acionar o<br />

<strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> na justiça e até mesmo<br />

anular a assembleia.<br />

7-) Resi<strong>do</strong> como inquilina<br />

em <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> há mais de um<br />

a<strong>no</strong>, nunca recebi nenhuma<br />

convocação para reunião (também<br />

sei que este ato de convocar<br />

é destina<strong>do</strong> aos condômi<strong>no</strong>s<br />

proprietários), tenho<br />

ti<strong>do</strong> problemas com vaga de<br />

garagem e outros de segurança,<br />

já escrevi em livros da portaria,<br />

e nada me foi respondi<strong>do</strong><br />

e nem fui procurada pelo<br />

mesmo (sen<strong>do</strong> totalmente ig<strong>no</strong>rada<br />

as mensagens); gostaria<br />

de saber o seguinte: Como<br />

o síndico não deixa comunica<strong>do</strong><br />

para os mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong><br />

sobre as reuniões e<br />

uma vez sen<strong>do</strong> inquilina, como<br />

comunicar o meu problema<br />

para os demais proprietários?<br />

Uma carta registrada para<br />

quem? Com relação às atas,<br />

não tenho obti<strong>do</strong> sucesso (já<br />

solicitei via oral para os funcionários<br />

solicitarem junto ao<br />

sindico e nenhuma resposta tenho<br />

também obti<strong>do</strong>), sei que<br />

tenho direito de saber <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s<br />

das atas, recorro onde?<br />

Qual cartório da cidade devo<br />

ir atrás e obter as atas desde<br />

que tenho residi<strong>do</strong> aqui?<br />

R- Nossa recomendação é<br />

que envie uma carta registrada ao<br />

síndico, solicitan<strong>do</strong> ao mesmo as<br />

informações que deseja e também<br />

que faça a divulgação aos<br />

mora<strong>do</strong>res (<strong>no</strong> hall de entrada <strong>do</strong><br />

prédio, por exemplo) para que<br />

possa participar das reuniões,<br />

ten<strong>do</strong> em vista que, por lei, a Sra.<br />

tem o direito de votar em questões<br />

que não envolvam taxas extraordinárias.<br />

Mande cópia para<br />

a imobiliária, de forma que ela<br />

tenha conhecimento da situação.<br />

Caso ele não lhe atenda, entre<br />

com ação <strong>no</strong> Juiza<strong>do</strong> Especial<br />

Cível, com o objetivo de garantir<br />

seu direito de participação nas<br />

assembleias que não envolvam<br />

taxas extraordinárias.<br />

Com relação às atas, a senhora<br />

pode também entrar com ação <strong>no</strong><br />

Juiza<strong>do</strong> Especial Cível, pois a <strong>do</strong>cumentação<br />

é de livre acesso, caso<br />

contrário como a senhora poderá<br />

respeitar as decisões? Infelizmente<br />

o registro da ata não é obrigatório,<br />

somente o da convenção.<br />

Para ter acesso, basta comparecer<br />

ao cartório de registro de imóveis<br />

onde o <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> está registra<strong>do</strong><br />

e ter acesso à convenção<br />

e às atas que porventura tiverem<br />

si<strong>do</strong> registradas (mas não são todas<br />

e há <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s que não registra<br />

nenhuma).<br />

8-) Poderá o presidente<br />

da assembleia ordinária ou<br />

extraordinária validar o<br />

manda<strong>do</strong> procuratório ao<br />

inquili<strong>no</strong> apenas para determinada<br />

assembleia consoante<br />

pauta <strong>do</strong>s assuntos ou<br />

será que poderá ser admitida<br />

em outras assembleias<br />

por tempo indetermina<strong>do</strong>s?<br />

R- A procuração é válida de<br />

acor<strong>do</strong> com possíveis restrições<br />

constantes na própria procuração.<br />

Se a mesma não fizer<br />

qualquer restrição, então ela<br />

será válida para todas as assembleias<br />

de acor<strong>do</strong> com os poderes<br />

estipula<strong>do</strong>s na procuração.<br />

Sua validade somente expirará<br />

se estiver expressa uma data<br />

para expiração ou então por<br />

anulação da procuração.<br />

9-) O inquili<strong>no</strong> pode ou<br />

não participar de reunião de<br />

<strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>! Se pode ou não<br />

votar? Qual na verdade é o<br />

direito <strong>do</strong> inquili<strong>no</strong>?<br />

R- O inquili<strong>no</strong> pode votar<br />

em questões que não envolvam<br />

despesas extraordinárias, desde<br />

que o proprietário não esteja<br />

presente à reunião.<br />

Ou seja, a grosso mo<strong>do</strong>, se<br />

a questão não envolve taxa extra<br />

e o proprietário não está<br />

presente, então o inquili<strong>no</strong><br />

pode participar e votar, conforme<br />

previsto na lei <strong>do</strong> inquilinato.<br />

Importante: como esse direito<br />

é previsto em lei, a convenção<br />

ou o regimento inter<strong>no</strong><br />

não podem revogar.<br />

*Advoga<strong>do</strong>, administra<strong>do</strong>r,<br />

professor <strong>do</strong> curso de<br />

Administração Con<strong>do</strong>minial da FA.RS<br />

e colabora<strong>do</strong>r <strong>do</strong> <strong>Jornal</strong> <strong>do</strong> <strong>Síndico</strong><br />

Quer anunciar em um jornal que<br />

circula to<strong>do</strong>s os meses <strong>no</strong>s<br />

<strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s da Baixada Santista?<br />

Então, ligue e veja como é fácil!!<br />

<br />

3251.7906 - 3252.4929


Fevereiro de 2009 5<br />

HIDRÁULICA<br />

Água <strong>no</strong>ssa, vazamento <strong>no</strong>sso<br />

Onde existe a presença de<br />

água, problemas com a rede hidráulica<br />

tornam-se comuns, seja<br />

nas unidades privativas, seja na tubulação<br />

geral de um prédio. Provocam<br />

<strong>do</strong>res de cabeça a pressão<br />

da água, os assentamentos da<br />

construção, que afetam a disposição<br />

<strong>do</strong> encanamento, ou as válvulas<br />

de descarga sanitária, que geram<br />

rupturas em junções. Há ainda<br />

a presença de encanamentos de<br />

cobre (destina<strong>do</strong>s à água quente)<br />

que devi<strong>do</strong> à sua proximidade com<br />

o encanamento de água fria, também<br />

podem apresentar problemas.<br />

Em <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s, não há<br />

como escapar de vazamentos.<br />

Seja qual for o local <strong>do</strong> vazamento,<br />

os condômi<strong>no</strong>s e síndicos<br />

preferem discutir entre si, e até<br />

<strong>no</strong> âmbito judicial, quem é o responsável<br />

pelo problema, enquanto<br />

a água vai minan<strong>do</strong> estruturas,<br />

paredes, geran<strong>do</strong> mofo e levan<strong>do</strong><br />

dinheiro pelo ralo. Há administra<strong>do</strong>res<br />

que optam em resolver<br />

as infiltrações sem questionar,<br />

e depois, com calma, descobrir os<br />

culpa<strong>do</strong>s. Eles sabem que, por<br />

mais caro que seja o custo <strong>do</strong> conserto,<br />

ele será me<strong>no</strong>r que o valor<br />

da conta de água. Mas quan<strong>do</strong> o<br />

problema é dentro das unidades,<br />

os proprietários não tomam nenhuma<br />

iniciativa sem antes confirmar<br />

quem vai pagar a conta.<br />

No a<strong>no</strong> passa<strong>do</strong>, uma mora<strong>do</strong>ra<br />

de Brasília foi obrigada, pela<br />

Justiça, a pagar uma conta de<br />

R$ 27 mil, por demorar em consertar<br />

a tubulação que passava<br />

por seu apartamento: R$ 10 mil<br />

pelos serviços e R$ 17 mil por indenização<br />

por da<strong>no</strong>s materiais à<br />

família vizinha. Os desembarga<strong>do</strong>res<br />

entenderam que o desgaste<br />

entre vizinhos poderia ter si<strong>do</strong><br />

evita<strong>do</strong> se todas as providências<br />

tivessem si<strong>do</strong> tomadas para solucionar<br />

o problema <strong>do</strong> vazamento.<br />

De acor<strong>do</strong> com o autor da<br />

ação, por causa de vazamentos<br />

provoca<strong>do</strong>s pela instalação de<br />

uma banheira de hidromassagem<br />

<strong>no</strong> apartamento vizinho, o casal<br />

teve de aban<strong>do</strong>nar o próprio<br />

quarto e <strong>do</strong>rmir na sala. Segun<strong>do</strong><br />

o autor, toda a família foi contaminada<br />

por <strong>do</strong>enças respiratórias<br />

e alérgicas, incluin<strong>do</strong> um bebê<br />

de três meses.<br />

Teste simples<br />

O ralo, e em especial o piso<br />

<strong>do</strong> banheiro, é considera<strong>do</strong> o vilão<br />

<strong>do</strong>s problemas de vazamentos<br />

em <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s. Os vaza-<br />

O ralo, e em especial<br />

o piso <strong>do</strong> banheiro,<br />

é considera<strong>do</strong> o vilão <strong>do</strong>s<br />

problemas de vazamentos<br />

em <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s<br />

Pela tubulação comum, em um <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>,<br />

passa tanto a água que chega a todas<br />

as unidades, como também ocorrem<br />

vazamentos que fazem estragos e geram<br />

desentendimentos entre mora<strong>do</strong>res.<br />

Pequenas medidas e testes simples ajudam<br />

a evitar problemas com vazamentos<br />

mentos acontecem devi<strong>do</strong> à falta<br />

de rejunte impermeabilizante ao<br />

re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> ralo e também <strong>no</strong> piso<br />

como um to<strong>do</strong>. Normalmente, as<br />

pessoas não dão muita atenção a<br />

peque<strong>no</strong>s buracos e quan<strong>do</strong> se<br />

dão conta já existe água passan<strong>do</strong><br />

por ali e não raro ocorre um<br />

buraco <strong>no</strong> gesso <strong>do</strong> forro <strong>do</strong> apar-<br />

tamento que fica abaixo. Para evitar<br />

tais dissabores, se faz necessária<br />

anualmente, ou quan<strong>do</strong> se<br />

percebe desgaste (o rejunte apresenta<br />

desgaste natural pelo uso)<br />

a manutenção, passan<strong>do</strong>-se a refazer<br />

o rejunto por to<strong>do</strong> o piso.<br />

Alguns testes simples atestam<br />

a existência de vazamentos <strong>no</strong><br />

ramal direto da rede. O primeiro<br />

deles começa com o fechamento<br />

<strong>do</strong> registro <strong>do</strong> cavalete. Em seguida<br />

é aberta uma torneira da<br />

rede. Após esperar que a água<br />

pare de correr, colocar um copo<br />

cheio d’água na boca da torneira.<br />

Se houver sucção da água <strong>do</strong> copo<br />

pela torneira, é sinal de que existe<br />

vazamento <strong>no</strong> ca<strong>no</strong> alimenta<strong>do</strong><br />

diretamente pela rede. Outro<br />

teste é feito observan<strong>do</strong> o movi-<br />

Andréa Mattos*<br />

mento <strong>do</strong> hidrômetro: se depois<br />

de fechadas todas as torneiras, e<br />

suspenso o consumo de água, e<br />

o hidrômetro mudar de posição<br />

após uma hora, é sinal de que<br />

existe vazamento <strong>no</strong> ramal diretamente<br />

alimenta<strong>do</strong> pela rede.<br />

Pode-se, também, com um<br />

simples teste, verificar se há vazamentos<br />

<strong>no</strong> reservatório <strong>do</strong><br />

edifício. A primeira medida é fechar<br />

o registro de saída <strong>do</strong> reservatório<br />

<strong>do</strong> subsolo e a torneira<br />

da bóia. Em seguida, marcar<br />

<strong>no</strong> reservatório o nível da água<br />

e, após uma hora, <strong>no</strong> mínimo,<br />

perceber se houve diminuição <strong>do</strong><br />

nível da água.<br />

*<strong>Jornal</strong>ista e colabora<strong>do</strong>ra <strong>do</strong><br />

<strong>Jornal</strong> <strong>do</strong> <strong>Síndico</strong>


6<br />

FIQUE POR DENTRO<br />

Revestimento sob suspeita<br />

Hoje, os pisos resistentes são uma grande <strong>no</strong>vidade, mas<br />

eles podem deixar de ser atraentes muito rápi<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> são<br />

danifica<strong>do</strong>s. Felizmente, até mesmo o pior da<strong>no</strong> é fácil de consertar,<br />

seja em um piso resistente de ladrilho ou com revestimento<br />

de vinil. Produtos moder<strong>no</strong>s para pisos resistentes incluem<br />

o ladrilho à base de vinil, ladrilho de vinil e piso coloca<strong>do</strong>,<br />

ladrilho de linóleo e piso coloca<strong>do</strong>, e, ladrilho de camurça<br />

e piso coloca<strong>do</strong>. Os consertos em ladrilho são muito simples,<br />

porque apenas os ladrilhos afeta<strong>do</strong>s devem ser repara<strong>do</strong>s. Se<br />

um ladrilho se soltar, ele pode ser cola<strong>do</strong> <strong>no</strong>vamente com<br />

uma cola específica. Caso uma das bordas se solte, talvez <strong>no</strong><br />

próprio ladrilho haja um acúmulo de cola antiga suficiente para<br />

colá-la. Para tanto, o ladrilho deve ser coberto com papel alumínio<br />

e, em seguida, com um pa<strong>no</strong> limpo. As bordas soltas<br />

devem ser aquecidas com um ferro, para amolecer a cola antiga<br />

e colá-lo <strong>no</strong>vamente. Quan<strong>do</strong> a cola tiver amoleci<strong>do</strong>, coloque<br />

um peso <strong>no</strong> ladrilho e deixe a cola secar durante várias<br />

horas ou de um dia para o outro. Se a cola antiga não for forte<br />

o suficiente para segurar o ladrilho, existe cola específica para<br />

esse tipo de material.<br />

Água corrói estruturas<br />

A água é um meio condutor de eletricidade devi<strong>do</strong> a sua<br />

carga natural de íons cálcio, magnésio, sódio, bicarbonato,<br />

sulfato, cloretos e nitratos. Os cloretos são os que se relacionam<br />

mais com a corrosão, já que, como outros íons, aumentam<br />

a condutividade elétrica da água, facilitan<strong>do</strong> e<strong>no</strong>rmemente<br />

o fluxo da corrente de corrosão. Um concreto<br />

bem <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>, com recobrimento e fator a/c (água/cimento)<br />

adequa<strong>do</strong>s, inclusive ao ambiente, estará protegen<strong>do</strong> as armaduras<br />

da corrosão pelo fato de fornecer um ambiente<br />

envolvente altamente alcali<strong>no</strong>, com um pH entre 12 e 13.<br />

No entanto, quanto mais permeável for a camada de recobrimento<br />

mais o concreto tornar-se-á ‘molhável’, permitin<strong>do</strong><br />

fácil acesso à água e aos gases, como o oxigênio, através<br />

de sua rede de vazios. Comumente, <strong>no</strong> entanto, existem,<br />

sempre, trincas e/ou fissuras em sua superfície, devi<strong>do</strong> a processos<br />

de cura insuficientes ou mesmo inexistentes, fazen<strong>do</strong><br />

com que aqueles elementos tenham fácil e rápi<strong>do</strong> acesso às<br />

armaduras. Além de ser um <strong>do</strong>s principais ‘elos’ da corrosão,<br />

a água também pode corroer o concreto.<br />

PELO BRASIL<br />

Fevereiro de 2009<br />

Parecer judicial sobre as antenas<br />

As empresas de telefonia celular costumam procurar os síndicos de alguns <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s,<br />

com o intuito de instalarem antenas <strong>no</strong> topo <strong>do</strong> edifício. Alguns condômi<strong>no</strong>s discordam,<br />

apesar de que esse tipo de locação proporciona ao caixa con<strong>do</strong>minial uma renda<br />

sedutora. Alguns entendem que há necessidade da concordância da unanimidade <strong>do</strong>s<br />

condômi<strong>no</strong>s, porque implicaria na alteração de fachada. Outros não. Há um acórdão de<br />

2007, na apelação nº 262.076-4/2, da 4ª Câmara <strong>do</strong> Tribunal de Justiça de São Paulo, que<br />

entendeu – por maioria de votos – que a “instalação de torre de captação de sinais de<br />

telefonia celular, <strong>no</strong> topo de prédio residencial, é matéria que deve ser deliberada por<br />

unanimidade, em assembléia marcada com especificação da matéria, inclusive o porte da<br />

antena e os serviços de concreto sobre a última laje, para que o condômi<strong>no</strong> possa votar<br />

de forma consciente”. O menciona<strong>do</strong> artigo diz que é dever <strong>do</strong> condômi<strong>no</strong> não alterar a<br />

forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas. Mas, <strong>no</strong> mesmo acórdão, um<br />

<strong>do</strong>s desembarga<strong>do</strong>res escreve que: “... há de se convir, porém, que a reclamada alteração<br />

estética é pouco visível, ao me<strong>no</strong>s com os elementos trazi<strong>do</strong>s”.<br />

Medi<strong>do</strong>res de água em Salva<strong>do</strong>r<br />

Obrigatória em cidades como São Paulo e Belo Horizonte, a medição individual de água<br />

pode gerar uma eco<strong>no</strong>mia em até 30% nas despesas <strong>no</strong> final <strong>do</strong> mês para cada mora<strong>do</strong>r.<br />

Em Salva<strong>do</strong>r, projeto de lei neste senti<strong>do</strong> está em tramitação na Câmara Municipal e pode<br />

ser aprova<strong>do</strong> a qualquer momento. Independentemente da lei, alguns <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s já a<strong>do</strong>tam<br />

o sistema. Mas, estes, ainda são poucos. Apesar <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s positivos da medição<br />

individual, muita gente ainda esbarra na falta de informação e <strong>no</strong> alto custo de implantação<br />

<strong>do</strong> sistema <strong>no</strong> padrão exigi<strong>do</strong> pela Embasa, a concessionária para o fornecimento de água<br />

<strong>no</strong> Esta<strong>do</strong>. A Embasa define o padrão técnico e a obra é custeada pelos condômi<strong>no</strong>s. As<br />

construções mais <strong>no</strong>vas da capital baiana já estão sen<strong>do</strong> entregues aos mora<strong>do</strong>res com a<br />

estrutura necessária para a medição individual, em alguns casos até o relógio já está instala<strong>do</strong>.<br />

Em edifícios com até quatro pavimentos ou <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s de até 20 casas, são instala<strong>do</strong>s<br />

medi<strong>do</strong>res individuais na entrada. Quan<strong>do</strong> há mais apartamentos, um aparelho instala<strong>do</strong> na<br />

portaria faz a leitura remota <strong>do</strong>s medi<strong>do</strong>res, que são coloca<strong>do</strong>s em cada porta, os da<strong>do</strong>s<br />

são forneci<strong>do</strong>s aos técnicos de medição na portaria.<br />

Projetos cariocas para qualidade de vida<br />

No mês de <strong>no</strong>vembro <strong>do</strong> a<strong>no</strong> passa<strong>do</strong>, durante a sessão plenária, foram aprova<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>is projetos discuti<strong>do</strong>s entre os verea<strong>do</strong>res que podem trazer benefícios para a cidade<br />

em relação ao meio ambiente. O primeiro projeto tem o objetivo de implantar a instalação<br />

de aquecimento de água por energia solar nas <strong>no</strong>vas construções. Sabe que o uso de<br />

aquece<strong>do</strong>res solares ainda é incipiente <strong>no</strong> Brasil. Os códigos de obra municipais não exigiam<br />

a instalação ou a preparação para instalação de coletores solares na construção e<br />

em reformas de edificações residenciais e comerciais e, portanto, não encorajavam os<br />

futuros mora<strong>do</strong>res a instalar aquece<strong>do</strong>res solares. Já o segun<strong>do</strong> projeto, tem o objetivo<br />

de regulamentar o replantio e a poda de árvores <strong>no</strong> município de Niterói, determinan<strong>do</strong><br />

locais prioritários e adequa<strong>do</strong>s para execução de arborização, como também informar<br />

quais os parâmetros para plantio das espécies. Tal projeto visa evitar transtor<strong>no</strong>s: plantio<br />

de espécies inadequadas em avenidas importantes da cidade por parte de órgãos municipais,<br />

trazen<strong>do</strong> riscos de acidentes; falta de procedimento adequa<strong>do</strong> para análise de supressão<br />

de árvores; procedimentos inadequa<strong>do</strong>s de podas e plantios.<br />

Vizinhos paulistas são briguentos<br />

Seja com rusgas simples ou com a violência extrema <strong>do</strong> assassinato, os paulista<strong>no</strong>s acabam<br />

brigan<strong>do</strong> seis vezes mais com o vizinho <strong>do</strong> que <strong>no</strong> temi<strong>do</strong> trânsito da cidade. É o que<br />

aponta levantamento feito pela Polícia Militar: das 35 mil chamadas diárias ao 190, 12%<br />

tratam de conflitos de vizinhança, enquanto o trânsito corresponde a 2% das queixas. Nos<br />

bairros <strong>no</strong>bres, onde a polícia também é chamada para acalmar “barraco chique”, as pendências<br />

se transformam em arrasta<strong>do</strong>s processos na Justiça. Na câmara de mediação <strong>do</strong><br />

Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais<br />

e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), as brigas entre vizinhos são 45% <strong>do</strong>s atendimentos.<br />

E, de acor<strong>do</strong> com uma pesquisa realizada pela administra<strong>do</strong>ra de imóveis paulistas<br />

com os mais de mil síndicos de seus <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s, o cachorro <strong>do</strong> vizinho é responsável por<br />

30% <strong>do</strong>s conflitos. As vagas na garagem respondem por 25% das queixas, seguidas <strong>do</strong>s<br />

vazamentos, com 12%, e das confusões com crianças e a<strong>do</strong>lescentes (8%).


Fevereiro de 2009 7<br />

HOMENAGEM<br />

Dia <strong>do</strong><br />

Zela<strong>do</strong>r<br />

A maioria das pessoas que<br />

moram em <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s tem<br />

um ajudante mais <strong>do</strong> que especial,<br />

principalmente naquelas<br />

horas de aperto. São os zela<strong>do</strong>res<br />

ou administra<strong>do</strong>res,<br />

como são conheci<strong>do</strong>s em alguns<br />

esta<strong>do</strong>s, que, <strong>no</strong> dia 11<br />

deste mês, são lembra<strong>do</strong>s pelos<br />

<strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s. Eles movimentam<br />

uma grande fatia <strong>do</strong><br />

merca<strong>do</strong> e <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s,<br />

<strong>no</strong>s prédios mais <strong>no</strong>vos, ganharam<br />

<strong>no</strong>vas funções e status,<br />

para dar conta às demandas de<br />

condômi<strong>no</strong>s. São considera<strong>do</strong>s<br />

até uma espécie de assessor<br />

direto <strong>do</strong> síndico, que deve estar<br />

sempre atento a tu<strong>do</strong> que<br />

acontece <strong>no</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>, e<br />

principalmente, deve ser de<br />

total confiança.<br />

Quan<strong>do</strong> o síndico não está<br />

presente, cabe ao zela<strong>do</strong>r tomar<br />

algumas providências dentro<br />

<strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>. Entre as<br />

atribuições <strong>do</strong> zela<strong>do</strong>r está a de<br />

fazer cumprir os regulamentos<br />

de edifício e determinações <strong>do</strong><br />

síndico e administra<strong>do</strong>ra. Em<br />

outras palavras, é na figura <strong>do</strong><br />

zela<strong>do</strong>r que convergem os interesses<br />

e necessidades de condômi<strong>no</strong>s,<br />

administra<strong>do</strong>ra, presta<strong>do</strong>res<br />

de serviços, fornece<strong>do</strong>res<br />

e os demais funcionários.<br />

Para garantir a segurança, eles<br />

controlam a entrada e saída de<br />

visitantes e está sempre atento<br />

ao uso das áreas de lazer e equipamentos<br />

de lazer.<br />

Mas é através de histórias<br />

destes profissionais que podemos<br />

conhecer melhor o trabalho<br />

deles. Há homens e mulheres<br />

que transformaram o <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong><br />

em suas segundas casas,<br />

alguns até são testemunhas<br />

de crescimento de crianças e<br />

a<strong>do</strong>lescentes, o acompanhamento<br />

intensivo de outros funcionários<br />

e a atualização das áreas<br />

comuns. Há outros que intermediaram<br />

brigas entre vizinhos<br />

e até parentes. Paciência<br />

é uma das qualidades exigidas<br />

para exercer a função, porque<br />

os mora<strong>do</strong>res podem chamar a<br />

qualquer hora, seja para trocar<br />

uma lâmpada ou socorrer em<br />

alguma emergência.<br />

Sen<strong>do</strong> assim, e por to<strong>do</strong>s<br />

estes motivos, comemoramos<br />

<strong>no</strong> dia 11 deste mês o Dia <strong>do</strong><br />

Zela<strong>do</strong>r. Os parabéns podem –<br />

e devem – vir acompanha<strong>do</strong>s de<br />

uma expressão de gratidão pelo<br />

muito que eles têm feito pelos<br />

condômi<strong>no</strong>s. Nós, <strong>do</strong> <strong>Jornal</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Síndico</strong>, fazemos coro a to<strong>do</strong>s<br />

os <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s e tornamos<br />

pública a <strong>no</strong>ssa homenagem a<br />

estes profissionais, que diariamente,<br />

contribuem para que a<br />

rotina da comunidade mantenha-se<br />

em ordem.<br />

ARTIGO<br />

Há muitas controvérsias<br />

sobre quem deve ser responsabiliza<strong>do</strong><br />

por um da<strong>no</strong>, roubo<br />

ou furto de algum bem<br />

ocorri<strong>do</strong> dentro de <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s.<br />

Nesses locais, a existência<br />

de segurança não é obrigatória.<br />

Mas e seu carro for<br />

furta<strong>do</strong> dentro <strong>do</strong> seu próprio<br />

prédio, de quem é a responsabilidade?<br />

Dos condômi<strong>no</strong>s?<br />

Da segura<strong>do</strong>ra? Do síndico?<br />

A princípio, o mora<strong>do</strong>r<br />

que tiver um bem furta<strong>do</strong><br />

dentro das dependências <strong>do</strong><br />

<strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> terá direito à indenização,<br />

desde que esteja<br />

expresso na convenção con<strong>do</strong>minial.<br />

Porém, existem várias<br />

exceções, que devem ser<br />

analisadas caso a caso. O <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong><br />

pode contratar seguro<br />

específico para este tipo de<br />

risco. Assim, tu<strong>do</strong> vai depender<br />

de como a convenção estabeleceu<br />

a resolução desse<br />

item, ou da contratação de<br />

um seguro de responsabilidade<br />

civil para essas situações.<br />

Mesmo assim, já se verificam<br />

ganhos de causa na justiça com<br />

base em itens de segurança<br />

instala<strong>do</strong>s <strong>no</strong> local.<br />

A contratação <strong>do</strong> seguro<br />

de um <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>, é obrigatório<br />

de acor<strong>do</strong> com o artigo<br />

13 da Lei nº 4.591/1964. O<br />

referi<strong>do</strong> dispositivo expressa<br />

que “proceder-se-á ao seguro<br />

da edificação ou <strong>do</strong> conjunto<br />

de edificações, neste caso,<br />

discriminadamente, abrangen<strong>do</strong><br />

todas as unidades autô<strong>no</strong>mas<br />

e partes comuns,<br />

contra incêndio ou outro sinistro<br />

que cause destruição <strong>no</strong><br />

to<strong>do</strong> ou em parte, computan<strong>do</strong>-se<br />

o prêmio nas despesas<br />

ordinárias <strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>”.<br />

No entanto, nem todas as<br />

apólices de seguro cobrem incidentes<br />

ocorri<strong>do</strong>s na gara-<br />

gem de um prédio. Depois que<br />

acontece um problema como o<br />

exemplifica<strong>do</strong>, em um <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong><br />

onde não há cobertura feita<br />

por um seguro de responsabilidade<br />

civil, ninguém quer ser o<br />

responsável pela não-contratação<br />

<strong>do</strong> serviço de cobertura garagista.<br />

Esse episódio, <strong>no</strong> entanto,<br />

não impede que muitos proprietários<br />

tenham decisões favoráveis<br />

na justiça contra o lugar<br />

onde mora.<br />

Isso, por que, de acor<strong>do</strong> com<br />

a lei, o <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> poderá, sim,<br />

ser responsabiliza<strong>do</strong> pelo furto<br />

ou da<strong>no</strong> quan<strong>do</strong> ficar estabeleci<strong>do</strong><br />

que há aparente segurança <strong>no</strong><br />

local (atualmente 90% <strong>do</strong>s edifícios<br />

mantêm vigias e esquemas<br />

de proteção), como vigia, porteiro<br />

eletrônico, câmeras de vídeo,<br />

mesmo se a convenção tiver cláusula<br />

de exclusão de responsabilidade<br />

nesses casos. Com base<br />

apenas na aparência da segurança,<br />

um condômi<strong>no</strong> pode acionar<br />

a justiça e ganhar uma causa contra<br />

o <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>.<br />

Entretanto, mesmo com a<br />

ocorrência de casos como esse,<br />

a lei não garante ganho de causa<br />

a to<strong>do</strong>s que tiverem seu veículo<br />

furta<strong>do</strong> ou danifica<strong>do</strong> dentro<br />

<strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>. A maioria<br />

<strong>do</strong>s prédios hoje ig<strong>no</strong>ra a necessidade<br />

de se contratar um seguro<br />

com cláusula garagista e<br />

preferem que esse tipo de problema<br />

seja resolvi<strong>do</strong> na convenção<br />

con<strong>do</strong>minial, optan<strong>do</strong> por<br />

se eximir de responsabilidade<br />

ou por indenizar a vítima por<br />

meio de rateio das despesas<br />

entre os mora<strong>do</strong>res, o que representa<br />

um acréscimo na taxa<br />

de <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>, até mesmo para<br />

o proprietário <strong>do</strong> veículo furta<strong>do</strong><br />

ou danifica<strong>do</strong> na garagem.<br />

Mesmo parecen<strong>do</strong> ser a<br />

melhor maneira de se evitar<br />

<strong>do</strong>res de cabeça, a contratação<br />

Antônio Sérgio Aqui<strong>no</strong> Ribeiro*<br />

Seguro nas garagens<br />

de um seguro que cubra<br />

eventuais despesas desse tipo<br />

exige que haja condições na<br />

apólice que precisam ser<br />

cumpridas para que o proprietário<br />

<strong>do</strong> bem tenha seu prejuízo<br />

ressarci<strong>do</strong> pela segura<strong>do</strong>ra.<br />

O contrato deve incluir,<br />

por exemplo, a cláusula de<br />

responsabilidade civil para<br />

guarda de veículos de terceiros<br />

ou garagista.<br />

Como ilustração, nas apólices<br />

existentes <strong>no</strong> merca<strong>do</strong>,<br />

é necessário informar se o<br />

<strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> mantém um ma<strong>no</strong>brista<br />

devidamente habilita<strong>do</strong><br />

para que da<strong>no</strong>s sejam cobertos.<br />

Se não houver, só poderão<br />

ser contratadas coberturas<br />

contra incêndio, roubo<br />

ou furto qualifica<strong>do</strong>. Isso acontece<br />

porque, por exemplo, se<br />

estou ma<strong>no</strong>bran<strong>do</strong> na garagem<br />

e bato o carro, sou eu o<br />

responsável pelo da<strong>no</strong>, e não<br />

o <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>.<br />

Há também outros casos<br />

particulares que merecem<br />

atenção. No caso de motos,<br />

por exemplo, é preciso que<br />

estas estejam fixadas ao solo<br />

ou em estruturas de construção<br />

por correntes fechadas<br />

com cadea<strong>do</strong> para que o bem<br />

seja segura<strong>do</strong>. Se o furto ocorrer<br />

fora destas condições, dificilmente<br />

haverá restituição<br />

pela segura<strong>do</strong>ra.<br />

No entanto, se a falta da<br />

corrente foi uma negligência<br />

<strong>do</strong> síndico, que não providenciou<br />

a instalação, ele poderá<br />

ser responsabiliza<strong>do</strong><br />

por erro ou omissões cometi<strong>do</strong>s<br />

exclusivamente <strong>no</strong><br />

exercício de sua função.<br />

*Advoga<strong>do</strong> <strong>do</strong> escritório<br />

Aqui<strong>no</strong> Ribeiro<br />

Advoga<strong>do</strong>s Associa<strong>do</strong>s<br />

Tel.: (13) 3223-3212


8<br />

COTIDIANO<br />

As trepadeiras nas<br />

cercanias <strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong><br />

Elas são as plantas mais versáteis<br />

em qualquer jardim. As trepadeiras<br />

são assim: acrescentam<br />

charme e romantismo a diversos<br />

projetos, integram ou separam os<br />

espaços <strong>no</strong> jardim com naturalidade,<br />

sejam na forma de cercas,<br />

caminhos com arcos, caramanchões<br />

ou simples e delicadas treliças.<br />

Apesar de tão úteis, é importante<br />

conhecer um pouco<br />

cada tipo de trepadeira e o mo<strong>do</strong><br />

com que se fixam. Assim, é possível<br />

adequá-las melhor ao uso e<br />

ao tipo de suporte. Elas são classificadas<br />

a partir <strong>do</strong> tipo de fixação.<br />

As trepadeiras com gavinhas,<br />

também conhecidas como sarmentosas,<br />

apresentam estruturas,<br />

que podem ser folhas ou ramos<br />

modifica<strong>do</strong>s, capazes de se<br />

enrolar <strong>no</strong> suporte, permitin<strong>do</strong><br />

assim a fixação e ascendência da<br />

planta. Como exemplo, o maracujá<br />

e o amor-agarradinnho. As<br />

trepadeiras volúveis têm caules e<br />

ramos jovens, capazes de se enrolar<br />

na estrutura, durante o crescimento<br />

da planta. Fixan<strong>do</strong>-se em<br />

suportes mais estreitos, como fios<br />

de nylon ou arame, e até mesmo<br />

colunas. Tumbérgia-azul, Madressilva,<br />

Sapatinho-de-judia são as<br />

mais conhecidas.<br />

As trepadeiras recomendadas<br />

para os muros altos e de grande<br />

extensão são aquelas com raízes<br />

adventícias, por emitir, diretamente,<br />

<strong>do</strong> caule, raízes modificadas<br />

que penetram e grudam <strong>no</strong><br />

suporte, com muita aderência. As<br />

buganvílias, muito conhecidas,<br />

não são trepadeiras, mas podem<br />

ser conduzidas sobre diversos suportes,<br />

desde que bem amarradas.<br />

Durante o crescimento, seus<br />

ramos iniciam eretos e pendem<br />

após atingir certo comprimento.<br />

Revestimento de muros<br />

Os muros geralmente são sisu<strong>do</strong>s,<br />

chegan<strong>do</strong> até ser antipáticos<br />

aos pedestres que passam<br />

pela calçada. Com uma trepadeira<br />

bem conduzida, os muros podem<br />

ganhar graciosidade e beleza,<br />

pois os contor<strong>no</strong>s naturais e<br />

curvilíneos da planta suavizam as<br />

linhas rígidas da construção. Além<br />

disso, o muro sempre ganha pelos<br />

me<strong>no</strong>s alguns centímetros em<br />

altura, favorecen<strong>do</strong> desta forma<br />

a privacidade e a proteção contra<br />

a poluição.<br />

Quem disse que<br />

muros, cercas e<br />

alambra<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

<strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> devem<br />

ser feios? As plantas<br />

são um recurso<br />

muito utiliza<strong>do</strong> por<br />

<strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s, que<br />

além de embelezar<br />

a fachada, garante<br />

privacidade e<br />

proteção contra<br />

a poluição<br />

Neste caso, podem ser usadas<br />

tanto trepadeiras volúveis e sarmentosas<br />

como arbustos escandentes.<br />

Só o manejo e o tutoramento<br />

serão diferentes. As trepadeiras<br />

necessitarão de suportes que<br />

as levem até o topo <strong>do</strong>s muros, indican<strong>do</strong><br />

o caminho. Estes suportes<br />

podem ser fixos ou temporários,<br />

disso vai depender a espécie escolhida<br />

e suas características. Trepadeiras<br />

lenhosas que engrossam o<br />

caule com o passar <strong>do</strong>s a<strong>no</strong>s, dispensarão<br />

os tutores depois de bem<br />

estabelecidas. Este tipo de trepadeira<br />

é o que dá mais altura e corpo<br />

ao coroamento <strong>do</strong>s muros,<br />

como as buganvílias. Coroamentos<br />

mais suaves podem ser feitos com<br />

ipoméias, por exemplo. Este tipo<br />

de utilização deve atentar para o<br />

bem estar <strong>do</strong>s pedestres também.<br />

Galhos espinhosos e compri<strong>do</strong>s,<br />

penden<strong>do</strong> sobre o caminho, podem<br />

ferir as pessoas e render sérios<br />

incômo<strong>do</strong>s. Melhor cuidar para<br />

que a trepadeira traga somente alegrias<br />

e flores, com amarrações e<br />

podas periódicas.<br />

Quanto mais áspera a parede<br />

ou muro, melhor para estas trepadeiras<br />

subirem. Ambas só podem<br />

ser cultivadas com sol ple<strong>no</strong><br />

ou meia-sombra e preferem que<br />

a construção não tenha acabamento,<br />

sen<strong>do</strong> apenas chapiscada com<br />

concreto. A falsa-vinha, <strong>no</strong> entanto,<br />

adere também em paredes<br />

com pintura ou com tijolo à vista.<br />

Cercas e alambra<strong>do</strong>s<br />

As cercas ou alambra<strong>do</strong>s podem<br />

ser revesti<strong>do</strong>s com trepadeiras.<br />

Para este tipo de suporte, as<br />

trepadeiras mais indicadas são as<br />

floríferas, de crescimento rápi<strong>do</strong>,<br />

principalmente as volúveis e com<br />

gavinhas. As cercas e portões com<br />

trepadeiras podem ser muito<br />

úteis, esconden<strong>do</strong> estruturas feias,<br />

e protegen<strong>do</strong> o <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> da<br />

poluição, seja ela provocada pelo<br />

pó ou pelo som. Além disso, elas<br />

resguardam a área interna e o jardim<br />

de olhares curiosos, garantin<strong>do</strong><br />

a privacidade <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res.<br />

Para que a cerca feche bem rápi<strong>do</strong>,<br />

recomendam-se mudas sadias,<br />

de um metro altura, a cada 2<br />

metros lineares da cerca. Quan<strong>do</strong><br />

bem conduzidas, adubadas e podadas,<br />

as cercas de trepadeiras<br />

ganham corpo e muitas flores, alteran<strong>do</strong><br />

a paisagem. Algumas espécies<br />

indicadas para este uso são<br />

a tumbérgia-azul, o lençol-branco,<br />

a ipoméia e o amor-agarradinho.<br />

*<strong>Jornal</strong>ista e colabora<strong>do</strong>ra <strong>do</strong><br />

<strong>Jornal</strong> <strong>do</strong> <strong>Síndico</strong><br />

DICAS<br />

Fevereiro de 2009<br />

Cravo e gergelim contra formigas<br />

Manter os ambientes limpos é a principal forma de evitar o<br />

“ataque” de formigas <strong>do</strong>mésticas, uma vez que seu controle é<br />

extremamente difícil. Elas instalam-se em frestas e rachaduras<br />

das construções e podem facilmente dividir a colônia em colônias<br />

me<strong>no</strong>res. O cravo-da-índia é repelente desse tipo de formiga.<br />

As cortadeiras saúvas têm o hábito de deixar trilhas <strong>no</strong>s locais<br />

onde coletam os vegetais, de forma que é simples seguir e descobrir<br />

onde está a colônia. No entanto, as quenquéns, além de<br />

buscar “suprimentos” durante a <strong>no</strong>ite, não deixam trilhas e por<br />

isso a sua localização e controle é mais difícil. Dentre os principais<br />

méto<strong>do</strong>s de controle, o uso de iscas formicidas e inseticidas<br />

em pó são os que mais se destacam. O gergelim e o agave são<br />

tóxicos para o fungo que serve de alimento às formigas. Colocar<br />

gergelim próximo aos ninhos pode ajudar <strong>no</strong> combate a essas<br />

pragas. Ao contrário <strong>do</strong> que muitos pensam, os pedaços vegetais<br />

carrega<strong>do</strong>s não servem para alimentação da colônia, mas sim,<br />

para alimentar uma espécie de fungo que, por sua vez, será o<br />

alimento das formigas.<br />

Crian<strong>do</strong> <strong>no</strong>vas garagens<br />

Nas grandes cidades <strong>do</strong> Brasil, uma vaga de garagem tem atingi<strong>do</strong><br />

o preço de até R$ 30 mil, em razão da raridade/dificuldade<br />

<strong>no</strong> local e <strong>do</strong> interesse <strong>do</strong> compra<strong>do</strong>r. Diante <strong>do</strong> aumento da<br />

procura por imóveis com mais vagas, sua quantidade tem si<strong>do</strong><br />

determinante para facilitar a comercialização. A maioria <strong>do</strong>s problemas<br />

referentes à garagem tem solução e cabe ao síndico buscar<br />

orientação técnica que, certamente, irá melhorar a convivência<br />

e valorizar todas as unidades. Às vezes, a instalação de paletes<br />

ou execução de uma obra cria <strong>no</strong>vas vagas. Nesse caso, caberá a<br />

to<strong>do</strong>s os proprietários, sem exceção, pagar a taxa extra necessária<br />

à criação de <strong>no</strong>vas vagas, quan<strong>do</strong> o problema for defeito de<br />

edificação e o <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> tiver "<strong>do</strong>rmi<strong>do</strong> <strong>no</strong> ponto" e perdi<strong>do</strong> o<br />

direito de acionar a construtora em decorrência da prescrição. A<br />

solução definitiva deve sempre ser acompanhada <strong>do</strong> registro na<br />

alteração da convenção <strong>no</strong> Cartório de Registro de Imóveis, que<br />

constará a <strong>no</strong>va regulamentação para evitar dúvidas e que dê tranquilidade<br />

a to<strong>do</strong>s os usuários.<br />

Equipamentos de desentupimento<br />

To<strong>do</strong>s os serviços de desentupimento, tanto em nível residencial,<br />

comercial, con<strong>do</strong>minial ou industrial, são realiza<strong>do</strong>s com<br />

equipamentos eletromotoriza<strong>do</strong>s. Para cada tipo de obstrução,<br />

existe um tipo específico de ponta desentupi<strong>do</strong>ra. Por exemplo,<br />

para entupimentos de colunas provenientes de sacadas com plantas,<br />

geralmente, a obstrução é devida ao acúmulo de raízes de<br />

plantas. Assim, utiliza-se uma ponta cortante. Para colunas das<br />

áreas de serviço e banheiros, as obstruções são causadas por<br />

cabelos, fios e similares. Neste caso, é utilizada uma ponta de rosca-sem-fim,<br />

que tem a função de puxar a sujeira, ou empurrar,<br />

conforme o senti<strong>do</strong> de rotação <strong>do</strong> cabo. Os cabos têm medida<br />

padronizada de 6 metros por lance. Isso facilita o cálculo da metragem<br />

de atuação, a partir da qual calculamos o custo <strong>do</strong> serviço,<br />

uma vez que esta depende da metragem total de encanamentos<br />

obstruí<strong>do</strong>s. Os equipamentos <strong>no</strong>s permitem realizar a maioria <strong>do</strong>s<br />

serviços de desentupimento, sem a necessidade de rompimento<br />

de ca<strong>no</strong>s, paredes etc. Em geral, basta um sifão, uma tampa de<br />

ralo, ou outro ponto de entrada que não necessita quebra.


Fevereiro de 2009 9<br />

JURISPRUDÊNCIA<br />

ÁREA COMUM<br />

Processo: REsp 214680 /<br />

SP - RECURSO ESPECIAL -<br />

1999/0042832-3<br />

Ministro Ruy Rosa<strong>do</strong> de<br />

Aguiar<br />

DJ 16/11/1999 p. 214<br />

LEXSTJ vol. 128 p. 228<br />

RSTJ vol. 130 p. 366<br />

Decisão: 10/08/1999<br />

CONDOMÍNIO. Área<br />

comum. Prescrição. Boa-fé.<br />

Área destinada a corre<strong>do</strong>r,<br />

que perdeu sua finalidade<br />

com a alteração <strong>do</strong> projeto e<br />

veio a ser ocupada com exclusividade<br />

por alguns condômi<strong>no</strong>s,<br />

com a concordância<br />

<strong>do</strong>s demais. Consolidada a<br />

situação há mais de vinte<br />

a<strong>no</strong>s sobre área não indispensável<br />

à existência <strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>,<br />

é de ser manti<strong>do</strong> o statu<br />

quo. Aplicação <strong>do</strong> princípio<br />

da boa-fé (supressio).<br />

Recurso conheci<strong>do</strong> e<br />

provi<strong>do</strong>.<br />

ACIDENTE<br />

QUEDA DE ESCADA<br />

Processo: REsp 471686 /<br />

MG - RECURSO ESPECIAL -<br />

2002/0125634-3<br />

Ministro Aldir Passarinho<br />

Junior<br />

DJ 27/08/2007 p. 256<br />

Decisão: 26/06/2007<br />

Ementa<br />

CIVIL E PROCESSUAL.<br />

ACIDENTE. QUEDA DE ES-<br />

CADA. AÇÃO DE INDENI-<br />

ZAÇÃO.<br />

RECURSO ESPECIAL.<br />

OMISSÕES NO JULGADO.<br />

NULIDADE. INEXISTÊNCIA.<br />

TRATAMENTO DESI-<br />

GUAL ENTRE AS PARTES.<br />

PREQUESTIONAMENTO.<br />

AUSÊNCIA.<br />

INADEQUAÇÃO DO<br />

GUARDA-CORPO. CULPA<br />

DA CONSTRUTORA. MATÉ-<br />

RIA FÁTICA.<br />

REEXAME. IMPOSSIBILI-<br />

DADE. RESPONSABILIDA-<br />

DE EXTRACONTRATUAL.<br />

JUROS DE MORA. SÚMULAS<br />

N. 282 E 356-STF, E 7 E 54-STJ.<br />

I. A deficiência de pré-questionamento<br />

impede a apreciação<br />

<strong>do</strong> recurso em toda a extensão<br />

pretendida pela parte.<br />

II. Enfrenta<strong>do</strong> o tema da aplicação<br />

da <strong>no</strong>rma NBR 9.077/1985,<br />

da ABNT, não se vislumbra omissão<br />

que possa inquinar o aresto<br />

estadual de nulidade, mas apenas<br />

o inconformismo da parte, que<br />

teve contrariada sua pretensão.<br />

III. Reconheci<strong>do</strong> pelo Tribunal<br />

estadual, sobera<strong>no</strong> <strong>no</strong> exame da<br />

prova, a culpa exclusiva da ré,<br />

construtora <strong>do</strong> edifício, cujas escadas<br />

não atenderam as especificações<br />

constantes da legislação<br />

municipal, a controvérsia recai <strong>no</strong><br />

óbice da Súmula n. 7 <strong>do</strong> STJ.<br />

IV. “Os juros moratórios fluem<br />

a partir <strong>do</strong> evento da<strong>no</strong>so, em<br />

caso de responsabilidade extracontratual”<br />

(Súmula n. 54 - STJ).<br />

V. Recurso especial não<br />

conheci<strong>do</strong>.<br />

PENHORA - ELEVADOR<br />

Processo: REsp 259994 / SP<br />

- RECURSO ESPECIAL - 2000/<br />

0049907-2<br />

Ministro Jorge Scartezzini<br />

DJ 22/11/2004 p. 345<br />

RSTJ vol. 192 p. 414<br />

Decisão: 21/09/2004<br />

Ementa<br />

PROCESSO CIVIL - RE-<br />

CURSO ESPECIAL - EMBAR-<br />

GOS À EXECUÇÃO - OBJETO<br />

DA PENHORA - ELEVADOR<br />

DE EDIFÍCIO DE APARTA-<br />

MENTOS EM CONDOMÍNIO<br />

- IMPOSSIBILIDADE - BEM<br />

DE USO COMUM DOS CON-<br />

DÔMINOS - ART. 3º DA LEI<br />

Nº 4.591/64 - DISSÍDIO PRE-<br />

TORIANO COMPROVADO.<br />

1. Esta Corte de Uniformização<br />

Infraconstitucional tem decidi<strong>do</strong><br />

que, a teor <strong>do</strong> art. 255 e parágrafos<br />

<strong>do</strong> RISTJ, para comprovação<br />

e apreciação <strong>do</strong> dissídio jurisprudencial,<br />

devem ser mencionadas<br />

e expostas as circunstâncias<br />

que identificam ou asseme-<br />

lham os casos confronta<strong>do</strong>s, bem<br />

como juntadas cópias integrais de<br />

tais julga<strong>do</strong>s ou, ainda, cita<strong>do</strong> repositório<br />

oficial de jurisprudência.<br />

In casu, foi realiza<strong>do</strong> o devi<strong>do</strong><br />

cotejo analítico, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong>, também,<br />

junta<strong>do</strong> o inteiro teor <strong>do</strong><br />

acórdão paradigma, motivo pelo<br />

qual se deve conhecer da divergência<br />

aventada.<br />

II. É inadmissível a penhora de<br />

eleva<strong>do</strong>r de edifício de apartamentos,<br />

porquanto se encontra<br />

incorpora<strong>do</strong> à estrutura <strong>do</strong> prédio,<br />

constituin<strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> de<br />

to<strong>do</strong>s e sen<strong>do</strong> insuscetível de divisão,<br />

de alienação em separa<strong>do</strong><br />

ou de utilização exclusiva por<br />

qualquer condômi<strong>no</strong>. Incidência<br />

<strong>do</strong> art. 3º da Lei nº 4.591/64.<br />

III. Precedente (REsp nº<br />

89.721/RJ).<br />

IV. Recurso conheci<strong>do</strong> e<br />

provi<strong>do</strong> para, reforman<strong>do</strong> o v.<br />

acórdão recorri<strong>do</strong>, desconstituir<br />

a penhora efetuada sobre<br />

os eleva<strong>do</strong>res <strong>do</strong> edifício de<br />

apartamentos em <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong><br />

ora recorrente.<br />

COBRANÇA DE<br />

QUOTAS CONDOMINIAIS<br />

Processo: REsp 187493 / SP<br />

- RECURSO ESPECIAL - 1998/<br />

0065071-7<br />

Ministro Luis Felipe Salomão<br />

DJe 28/10/2008<br />

Decisão: 16/10/2008<br />

Ementa<br />

COBRANÇA DE QUOTAS<br />

CONDOMINIAIS. PENHORA<br />

INCIDENTE SOBRE DIREITOS<br />

DE COMPROMISSO DE COM-<br />

PRA E VENDA, RELATIVO A<br />

IMÓVEL FINANCIADO PELO<br />

SFH. EMBARGOS DE TERCEI-<br />

RO QUE VISAM DESCONSTI-<br />

TUIR O ATO CONSTRITIVO,<br />

SOB A ALEGAÇÃO DE INTE-<br />

RESSE SOCIAL. IMPENHORA-<br />

BILIDADE AFASTADA. PREVA-<br />

LÊNCIA DO DIREITO DO<br />

CONDOMÍNIO. OBRIGAÇÃO<br />

“PROPTER REM”. SE A SU-<br />

POSTA AFRONTA A DISPOSI-<br />

TIVO LEGAL OCORRER NO<br />

JULGAMENTO DA APELA-<br />

ÇÃO, NECESSÁRIA A INTER-<br />

POSIÇÃO DOS EMBARGOS<br />

DE DECLARAÇÃO, A FIM DE<br />

QUE A MATÉRIA SEJA PRE-<br />

QUESTIONADA PELO TRIBU-<br />

NAL DE ORIGEM. DISSÍDIO<br />

NÃO DEMONSTRADO.<br />

1. Em sede de recurso especial<br />

não se examina argüição de<br />

ofensa a texto da Lei Maior.<br />

II. Se a questão federal surgir<br />

<strong>no</strong> julgamento da apelação, sem<br />

que sobre ela tenha o Tribunal<br />

local se manifesta<strong>do</strong>, cumpre ao<br />

recorrente ventilá-la em embargos<br />

de declaração, sob pena de a<br />

omissão inviabilizar o conhecimento<br />

<strong>do</strong> recurso por falta de pré<br />

questionamento.<br />

III. Precedentes das duas Turmas<br />

que integram a Segunda Seção<br />

deste Tribunal admitem a penhora<br />

de imóvel financia<strong>do</strong> pelo<br />

Sistema Financeiro de Habitação<br />

para pagamento de taxas con<strong>do</strong>miniais,<br />

não obstan<strong>do</strong> o fato de<br />

ser considera<strong>do</strong> bem de família,<br />

a teor <strong>do</strong> art.<br />

3º, IV, da Lei nº 8.009/90.<br />

IV. Hipótese em que o ato<br />

constritivo não recaiu sobre o<br />

imóvel em si, mas sobre os direitos<br />

que exerce o compromissário-compra<strong>do</strong>r.<br />

V. Ausência de interesse da<br />

entidade integrante <strong>do</strong> SFH para<br />

argüir a impenhorabilidade prevista<br />

na Lei nº 8.009/90.<br />

VI. Sen<strong>do</strong> a ação principal uma<br />

demanda de cobrança de despesas<br />

con<strong>do</strong>miniais (obrigação<br />

“propter rem”), não se pode afirmar<br />

que o interesse da promitente-vende<strong>do</strong>ra<br />

seja pre<strong>do</strong>minante<br />

em relação ao <strong>do</strong> Con<strong>do</strong>mínio.<br />

Precedente da 3ª Turma.<br />

VII. No tocante ao dissídio<br />

interpretativo, a recorrente não<br />

cui<strong>do</strong>u de cumprir o disposto <strong>no</strong><br />

art. 541, parágrafo único, <strong>do</strong><br />

CPC e 255, § 2º, <strong>do</strong> RISTJ, mencionan<strong>do</strong><br />

as circunstâncias que<br />

identifiquem ou assemelhem as<br />

hipóteses confrontadas.<br />

Recurso não conheci<strong>do</strong>.<br />

COBRANÇA. QUOTAS<br />

DE CONDOMÍNIO<br />

Processo: AgRg <strong>no</strong> REsp<br />

945935 / SP - AGRAVO REGI-<br />

MENTAL NO RECURSO ES-<br />

PECIAL - 2007/0094930-0<br />

Ministro Ari Pargendler<br />

DJe 03/11/2008<br />

Decisão: 02/09/2008<br />

CIVIL. COBRANÇA.<br />

QUOTAS DE CONDOMÍ-<br />

NIO. A responsabilidade pelo<br />

pagamento das quotas con<strong>do</strong>miniais<br />

pode recair tanto sobre<br />

o promitente compra<strong>do</strong>r<br />

como sobre o promitente vende<strong>do</strong>r,<br />

a depender das circunstâncias<br />

<strong>do</strong> caso concreto. Na<br />

hipótese em que o <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong><br />

não toma conhecimento da<br />

cessão de direitos, o cedente,<br />

titular <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> imóvel,<br />

é parte legítima na ação de<br />

cobrança, fican<strong>do</strong> afastada a<br />

responsabilidade <strong>do</strong> cessionário/adquirente.<br />

Agravo regimental<br />

não provi<strong>do</strong>.<br />

FURTO DE ENERGIA<br />

Processo: RHC 11794 / CE<br />

- RECURSO ORDINARIO EM<br />

HABEAS CORPUS - 2001/<br />

0106719-0<br />

Ministro Edson Vidigal<br />

DJ 04/02/2002 p. 419<br />

LEXSTJ vol. 151 p. 250<br />

Decisão: 27/11/2001<br />

PROVA INCONTRO-<br />

VERSA RECURSO EM HA-<br />

BEAS CORPUS. FURTO<br />

DE ENERGIA. NEGATIVA<br />

DE AUTORIA.<br />

Por se verificar, de forma<br />

patente, que o locatário não tinha<br />

conhecimento da fiação irregular<br />

<strong>no</strong> imóvel por ele aluga<strong>do</strong>,<br />

tampouco dela se beneficiava<br />

para diminuir o valor da<br />

sua conta de energia, impõese<br />

o trancamento da ação penal,<br />

por evidente ausência de<br />

justa causa.<br />

Recurso ordinário provi<strong>do</strong>.<br />

Fonte:www.stj.jus.br/SCON/<br />

jurisprudencia


10<br />

PAPO DE GARAGEM<br />

Cuida<strong>do</strong> com o que diz<br />

Durante a assembléia, o síndico ou mesmo o condômi<strong>no</strong> deve tomar cuida<strong>do</strong> com tu<strong>do</strong> o<br />

que fala. Algumas afirmações podem gerar condenações judiciais por calúnia e difamação. Sempre<br />

que faz declarações sobre gestões anteriores, o síndico pode assumir o risco de atribuir<br />

falsamente um fato defini<strong>do</strong> como crime. Segun<strong>do</strong> o entendimento <strong>do</strong> Tribunal de Justiça <strong>do</strong> Rio<br />

de Janeiro, o fato de estar prestan<strong>do</strong> contas de sua gestão, perante os condômi<strong>no</strong>s, não autoriza<br />

o síndico a fazer afirmações acusatórias sem nenhuma relevância para apreciação da matéria,<br />

principalmente em ações ocorridas antes de sua administração. Acusações feitas a funcionários<br />

também podem gerar problemas judiciais. O TJ/RJ caracterizou da<strong>no</strong> moral sobre um zela<strong>do</strong>r<br />

acusa<strong>do</strong> em assembléia de furto, favorecimentos em troca de propinas e de freqüentes desrespeitos<br />

às regras <strong>do</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>. A calúnia pode ser a declaração, em assembléia, por parte <strong>do</strong><br />

síndico, que determina<strong>do</strong> condômi<strong>no</strong> emitiu cheque sem fun<strong>do</strong>s, ou até a divulgação de carta<br />

aberta em <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> sobre o comportamento de algum mora<strong>do</strong>r.<br />

Manaus: problemas de cidade grande<br />

A cidade de Manaus, capital <strong>do</strong> Amazonas, voltou a ser um el<strong>do</strong>ra<strong>do</strong> econômico. Nos últimos<br />

seis a<strong>no</strong>s, o PIB cresceu quase 100% e a estimativa para este a<strong>no</strong> é de uma evolução de 9%, com<br />

geração de 120 mil empregos. No bairro de Ponta Negra, o mais <strong>no</strong>bre da cidade, o reflexo disso<br />

salta aos olhos com empreendimentos imobiliários de alto luxo. Às margens <strong>do</strong> rio Negro, apartamentos<br />

de luxo são comercializa<strong>do</strong>s por até R$ 2 milhões. Há, porém, um problema. Documentos<br />

da Procura<strong>do</strong>ria-Geral <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> atestam que alguns <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s estão sen<strong>do</strong> construí<strong>do</strong>s em terras<br />

públicas. Soma<strong>do</strong>s, os terre<strong>no</strong>s valem R$ 700 milhões. Outro problema vivi<strong>do</strong> pelos mora<strong>do</strong>res<br />

de Manaus, como conseqüência <strong>do</strong> crescimento da cidade, é a falta de segurança, que levou as<br />

pessoas a procurarem moradia mais segura, <strong>no</strong> caso os <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s verticais. Com a antiga legislação<br />

havia dificuldades na criação de projetos de <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s fecha<strong>do</strong>s de casas, de <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s<br />

unifamiliares, o <strong>no</strong>vo Pla<strong>no</strong> Diretor possibilita projetos de <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s fecha<strong>do</strong>s de casas.<br />

O milagre da sirene<br />

O <strong>no</strong>me oficial da rua é Neuza de Fátima Ferreira. Mas, atualmente, ficou mais conhecida<br />

como Rua da Sirene. Cansa<strong>do</strong>s da violência, desde o mês passa<strong>do</strong> os mora<strong>do</strong>res da via, que fica<br />

<strong>no</strong> Pinheirinho, na Zona Sul de Curitiba, botaram para funcionar um sistema alternativo de<br />

segurança. As sirenes, hoje, estão colocadas em 36 das 38 casas da rua. Quan<strong>do</strong> alguém vê na<br />

região um assalto ou qualquer outro motivo de alarme, enfia o de<strong>do</strong> <strong>no</strong> botão para alertar os<br />

vizinhos. E o resulta<strong>do</strong> já apareceu: o local não tem peque<strong>no</strong>s furtos, assaltos e outros crimes há<br />

um mês. Normalmente usam-se sirenes eletrônicas de 120 decibéis a 1 metro de distância,<br />

existem também sirenes que reproduzem a voz humana, a sirene de polícia e o lati<strong>do</strong> de um<br />

cachorro. Deve ser instala<strong>do</strong> em local de difícil acesso e que não abafe o som, de preferência,<br />

devem ser aplica<strong>do</strong>s <strong>no</strong> mínimo duas sirenes em locais opostos da edificação, para que em caso<br />

de sabotagem de uma delas a outra possa dar o alarme a tempo.<br />

Distrito Federal com imóveis de luxo<br />

Dentre a variada oferta de imóveis <strong>no</strong> Distrito Federal, é possível encontrar empreendimentos<br />

luxuosos, que são o sonho de consumo da maioria <strong>do</strong>s brasilienses. Eles têm um conceito específico<br />

e diferencia<strong>do</strong> e garantem conforto e qualidade de vida aos mora<strong>do</strong>res. Para satisfação das<br />

construtoras, esses apartamentos são muito procura<strong>do</strong>s por aqueles que podem pagar, muitas<br />

vezes, R$ 1 milhão, por exemplo, por uma unidade dentro <strong>do</strong> requinte de <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s de excelente<br />

qualidade. O imóvel de luxo é um produto exclusivo, que traz diversos diferenciais de arquitetura,<br />

acabamento, conforto e tec<strong>no</strong>logia. Normalmente, esses imóveis são amplos, possuem<br />

localização privilegiada, vizinhança atrativa e ambientes especiais. Além disso, tem que ter um<br />

acabamento de primeira, com mármore, granito ou porcelanato. Cada cliente tem uma preferência<br />

e o construtor tem que ter flexibilidade para atendê-lo. O público que adquire os apartamentos<br />

de luxo, com perfil bem defini<strong>do</strong>, também exige qualidade maior nesses empreendimentos.<br />

VALE A PENA LER<br />

A Lei <strong>do</strong> Bem de Família<br />

tem recebi<strong>do</strong> uma interpretação<br />

extremamente elástica<br />

por parte <strong>do</strong> Superior Tribunal<br />

de Justiça (STJ), permitin<strong>do</strong><br />

que o patrimônio residencial<br />

das pessoas fique protegi<strong>do</strong><br />

nas mais diversas circunstâncias.<br />

Mas, como<br />

acontece com as borrachas e<br />

elásticos, há sempre um limite<br />

máximo de flexão.<br />

Tal limite foi aponta<strong>do</strong> em<br />

decisão <strong>do</strong> STJ em recurso<br />

especial (518.711/RO) envolven<strong>do</strong><br />

dívida de casal separa<strong>do</strong><br />

de fato, sem partilha, em<br />

que cada cônjuge pretendia<br />

afastar da penhora o imóvel<br />

em que residia, sob a alegação<br />

de tratar-se de bem ampara<strong>do</strong><br />

pela Lei 8.009/90.<br />

A ementa <strong>do</strong> acórdão elucida<br />

bem a questão, não deixan<strong>do</strong><br />

margem de dúvida.<br />

Veja, na íntegra:<br />

“O Superior Tribunal de Justiça<br />

já consoli<strong>do</strong>u seu entendimento<br />

<strong>no</strong> senti<strong>do</strong> de que a<br />

proteção ao bem de família<br />

pode ser estendida ao imóvel<br />

<strong>no</strong> qual resida o deve<strong>do</strong>r solteiro<br />

e solitário. Esse entendimento,<br />

porém, não se estende<br />

à hipótese de mera separação<br />

de fato entre cônjuges, com a<br />

migração de cada um deles<br />

para um <strong>do</strong>s imóveis pertencentes<br />

ao casal, por três motivos:<br />

(I) primeiro, porque a sociedade<br />

conjugal, <strong>do</strong> ponto de<br />

vista jurídico, só se dissolve<br />

para separação judicial; (II) segun<strong>do</strong>,<br />

porque antes de realizada<br />

a partilha não é possível<br />

atribuir a cada cônjuge a propriedade<br />

integral <strong>do</strong> imóvel<br />

[em] que reside; eles são coproprietários<br />

de to<strong>do</strong>s os bens<br />

<strong>do</strong> casal, em frações-ideais;<br />

(III) terceiro, porque admitir<br />

que se estenda a proteção a<br />

<strong>do</strong>is bens de família em decorrência<br />

da mera separação de<br />

fato <strong>do</strong>s cônjuges-deve<strong>do</strong>res<br />

facilitaria a fraude aos objetivos<br />

da Lei”.<br />

O relatório <strong>do</strong> ministro<br />

Ari Pargendler esclarece que<br />

a sentença de primeiro grau<br />

reconhecera a responsabilidade<br />

solidária <strong>do</strong> casal pelos<br />

bens da sociedade deve<strong>do</strong>ra,<br />

Fevereiro de 2009<br />

Luiz Fernan<strong>do</strong> Queiroz*<br />

Limite ao bem<br />

de família<br />

por que esta fora dissolvida<br />

irregularmente, “mas excluiu<br />

da penhora o imóvel onde a<br />

mulher reside com a família,<br />

manten<strong>do</strong> a constrição sobre<br />

outros imóveis, inclusive sobre<br />

aquele em que o varão<br />

reside”. No tribunal de justiça<br />

a sentença foi mantida,<br />

porque “a Lei 8.009/90 destina-se<br />

a proteger não o deve<strong>do</strong>r,<br />

mas a sua família. Assim,<br />

a impenhorabilidade nela<br />

prevista abrange o imóvel<br />

residencial <strong>do</strong> casal ou da<br />

entidade familiar, não alcançan<strong>do</strong><br />

o deve<strong>do</strong>r que reside<br />

solitário após separação de<br />

fato da família”. Em seu voto,<br />

ministro julgou que o imóvel<br />

ocupa<strong>do</strong> pelo varão também<br />

deveria ser beneficia<strong>do</strong> pela<br />

impenhorabilidade, já que a<br />

separação ocorreu antes <strong>do</strong><br />

tempo em que praticaram a<br />

fraude e não depois.<br />

Em voto-vista, a ministra<br />

Nancy Andrighi discor<strong>do</strong>u da<br />

posição <strong>do</strong> ministro-relator,<br />

aduzin<strong>do</strong> que a proteção <strong>do</strong><br />

bem de família “não abrange<br />

apenas o deve<strong>do</strong>r solteiro.<br />

Abrange também o viúvo, o<br />

separa<strong>do</strong> judicialmente e o divorcia<strong>do</strong>”.<br />

No caso <strong>do</strong>s autos,<br />

contu<strong>do</strong>, “a separação <strong>do</strong>s<br />

cônjuges, aqui, é apenas de<br />

fato, não ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> homologada<br />

judicialmente, até este<br />

momento”. Por isso, “enquanto<br />

não dissolvida a sociedade<br />

conjugal, naturalmente, to<strong>do</strong>s<br />

os direitos e deveres a ela inerentes<br />

permanecem váli<strong>do</strong>s,<br />

inclusive <strong>no</strong> que diz respeito ao<br />

regime de bens”.<br />

Com a ministra Nancy<br />

Andrighi votaram os ministros<br />

Castro Filho, Humberto Gomes<br />

de Barros e Sidnei Beneti,<br />

cada qual manifestan<strong>do</strong><br />

suas razões. O tema é muito<br />

interessante, mas o espaço<br />

acabou. A íntegra <strong>do</strong> acórdão<br />

está publicada na Revista Bonijuris<br />

nº. 539, de outubro/08,<br />

encontran<strong>do</strong>-se disponível <strong>no</strong><br />

sítio www.bonijuris.com.br<br />

ou www.stj.gov.br.<br />

*Autor <strong>do</strong> Guia <strong>do</strong> Con<strong>do</strong>mínio<br />

IOB e colabora<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

<strong>Jornal</strong> <strong>do</strong> <strong>Síndico</strong>


Fevereiro de 2009 11<br />

SEGURANÇA<br />

O crachá faz diferença em <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s<br />

Os funcionários <strong>do</strong> seu <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong><br />

não utilizam crachás? Mas<br />

deveriam. Aparentemente um<br />

simples cartão plastifica<strong>do</strong> pendura<strong>do</strong><br />

<strong>no</strong> pescoço pode aparentar<br />

inutilidade, mas os crachás ainda<br />

hoje são vistos como um instrumento<br />

de segurança e eficiência <strong>no</strong><br />

serviço presta<strong>do</strong> pelos funcionários<br />

de uma empresa, o que inclui<br />

os <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s, sejam eles peque<strong>no</strong>s<br />

ou grandes. Os crachás, além<br />

de ser um instrumento de identificação,<br />

são vistos como instrumento<br />

capaz de controlar a entrada<br />

de pessoas estranhas à comunidade.<br />

Assim, eles devem ser ofereci<strong>do</strong>s<br />

a visitantes e presta<strong>do</strong>res<br />

de serviço, que entram na área <strong>do</strong><br />

<strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>, seja para trabalhar<br />

nas áreas comuns, ou nas unidades<br />

privativas. Esta medida maximiza<br />

a segurança em suas dependências<br />

e preserva de uma forma<br />

não ostensiva, a qualidade de vida<br />

<strong>do</strong>s condômi<strong>no</strong>s.<br />

Existem muitos tipos de crachá<br />

(código de barras, magnético,<br />

proximidade, botão etc.). Os crachás<br />

de código de barras, por terem<br />

boa apresentação e boa durabilidade<br />

(em média <strong>do</strong>is a<strong>no</strong>s),<br />

são atualmente os mais procura<strong>do</strong>s<br />

pelos <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s e, mesmo<br />

ten<strong>do</strong> mais tec<strong>no</strong>logia, são mais<br />

baratos. Mas to<strong>do</strong>s eles devem<br />

conter informações importantes.<br />

O crachá pode ser uma folha de<br />

papel plastificada, com os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

funcionário e o código de barras.<br />

Existem diversas espessuras de<br />

plástico (pola-seal), mas a mais recomendada,<br />

por sua durabilidade,<br />

é a de 0.010”, além de serem úteis<br />

em <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s que possuem rotatividade<br />

de funcionários. Com o<br />

uso e, principalmente, com o possível<br />

descui<strong>do</strong> <strong>do</strong> funcionário, o<br />

crachá pode apresentar ‘orelhas’<br />

nas pontas, por onde entrará a<br />

umidade e danificará o crachá. Tem<br />

a melhor relação custo/benefício.<br />

Crachás em PVC<br />

O crachá pode também ser de<br />

PVC e existem <strong>do</strong>is tipos. O pri-<br />

Dos mais simples aos mais<br />

sofistica<strong>do</strong>s, os crachás ainda<br />

são um instrumento de eficiência<br />

e segurança <strong>no</strong>s <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s.<br />

Eles identificam os funcionários,<br />

controlam a entrada de<br />

visitantes e ainda mostram que<br />

a administração preserva a<br />

qualidade <strong>do</strong>s serviços presta<strong>do</strong>s<br />

meiro tipo, mais antigo, é composto<br />

por uma folha de PVC opaco<br />

ou papel, com os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> funcionário<br />

e o código de barras, imprensa<strong>do</strong><br />

por duas outras folhas<br />

de PVC transparente, e fundi<strong>do</strong>s.<br />

O segun<strong>do</strong> tipo, mais comum, é<br />

constituí<strong>do</strong> por uma folha de<br />

PVC opaco onde são impressos<br />

os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> funcionário e o código<br />

de barras diretamente por<br />

uma impressora especial. To<strong>do</strong>s<br />

os <strong>do</strong>is tipos, com o tempo e,<br />

principalmente, a exposição ao<br />

calor, tornam-se quebradiços. O<br />

segun<strong>do</strong> tipo, além disso, perde<br />

a cor (desbota). Outro aspecto<br />

importante <strong>do</strong>s crachás é a sua<br />

inviolabilidade, ou seja, o código<br />

de barras não pode ser copia<strong>do</strong>,<br />

sob pena de o funcionário<br />

‘fabricar’ um crachá igual ao seu<br />

para que um amigo o use.<br />

O porta-crachá <strong>no</strong>rmalmente<br />

é associa<strong>do</strong> à presilha <strong>do</strong> tipo clipes<br />

e a cordões simples ou <strong>do</strong> tipo<br />

fita personalizada, sen<strong>do</strong> também<br />

que o próprio suporte pode levar<br />

alguma identificação. O porta-crachá<br />

leitoso ou em cores diversas,<br />

pode ser usa<strong>do</strong> na horizontal<br />

ou na vertical, de acor<strong>do</strong><br />

com o layout de seu crachá. O uso<br />

deste acessório é destina<strong>do</strong> a au-<br />

Andréa Mattos*<br />

mentar a durabilidade <strong>do</strong> crachá,<br />

pois evita quebras, mesmo porque<br />

dispensa a furação <strong>do</strong> crachá<br />

evitan<strong>do</strong> sua fragilidade.<br />

Mais tec<strong>no</strong>logia<br />

Nesses peque<strong>no</strong>s ‘adesivos’,<br />

existe muita tec<strong>no</strong>logia, capaz de<br />

evitar da<strong>no</strong>s e até cópias, possibilitan<strong>do</strong><br />

o uso <strong>do</strong> crachá por pessoas<br />

desautorizadas. Os crachás<br />

feitos com em PVC lamina<strong>do</strong>?ABS<br />

são uma prova de resistência ao<br />

calor e flexibilidade. São fabrica<strong>do</strong>s<br />

com o mesmo material utiliza<strong>do</strong><br />

para os cartões de crédito<br />

bancário e impresso por meio de<br />

termografia: processo capaz de<br />

realizar personalização de fotografia<br />

e da<strong>do</strong>s variáveis. Os da<strong>do</strong>s<br />

e a arte <strong>do</strong> cartão são reproduzi<strong>do</strong>s<br />

em uma impressora digital. Já<br />

os crachás de PVC cristal, confecciona<strong>do</strong>s<br />

através <strong>do</strong> processo de<br />

‘fundição’ com duas lâminas de<br />

PVC Cristal nas extremidades e<br />

entre elas uma lâmina de SPID<br />

onde contém os da<strong>do</strong>s variáveis,<br />

ou seja, as informações ficam protegidas<br />

na parte interna <strong>do</strong> Crachá<br />

e os preços de produção são<br />

mais competitivos.<br />

A tec<strong>no</strong>logia também está<br />

presente <strong>no</strong>s códigos de barra.<br />

Existem <strong>no</strong> merca<strong>do</strong> diversos<br />

padrões, como o código puro,<br />

criptografa<strong>do</strong> <strong>do</strong> mais simples ao<br />

mais complexo, modelo DIMEP,<br />

modelo T1000, modelo Top<br />

Data, tu<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com a necessidade<br />

<strong>do</strong> seu projeto.<br />

*<strong>Jornal</strong>ista e colabora<strong>do</strong>ra <strong>do</strong><br />

<strong>Jornal</strong> <strong>do</strong> <strong>Síndico</strong>


12<br />

Carnaval: a maior<br />

festa popular brasileira<br />

O<br />

Carnaval com o passar<br />

<strong>do</strong> tempo, sua arte, sua<br />

glória sua importância <strong>no</strong> cenário<br />

atual, tor<strong>no</strong>u-se uma festa<br />

das grandes massas, principalmente<br />

urbanas, demonstran<strong>do</strong><br />

que o gosto pelo evento é congênito,<br />

pronto a manifestar-se<br />

independente de cor, raça, situação<br />

social ou cultural.<br />

VIAGEM NO TEMPO<br />

A origem <strong>do</strong> carnaval vem<br />

de uma manifestação popular<br />

anterior a era cristã, ten<strong>do</strong> inicia<strong>do</strong><br />

na Itália, com o <strong>no</strong>me de<br />

Saturnálias Greco-romana.<br />

Baco e Momo dividiam as honras<br />

<strong>do</strong> festejo que acontecia<br />

<strong>no</strong>s meses de <strong>no</strong>vembro e dezembro,<br />

durante as comemorações<br />

de Roma, acontecia<br />

então nessa época uma quebra<br />

total de hierarquia em toda sociedade,<br />

escravos, filósofos e<br />

tribu<strong>no</strong>s misturavam-se em<br />

praça pública para festejar sem<br />

distinção ou preconceito. Ali<br />

to<strong>do</strong>s eram iguais.<br />

No Brasil, desde o perío<strong>do</strong><br />

colonial até a primeira República,<br />

o Carnaval foi introduzi<strong>do</strong><br />

com o “entru<strong>do</strong>”, que significa<br />

entrada, trazi<strong>do</strong> de Portugal. Até<br />

o a<strong>no</strong> de 1904, quan<strong>do</strong> foi proibi<strong>do</strong>,<br />

porém relativamente, pois<br />

prevaleceu o entru<strong>do</strong> brutal e<br />

alegre. Brincadeira de início violenta<br />

com o uso de água, farinha<br />

<strong>do</strong> rei<strong>no</strong>, fuligem, gema de<br />

ovo, cal que eram joga<strong>do</strong>s <strong>no</strong>s<br />

passantes desavisa<strong>do</strong>s, causan<strong>do</strong><br />

grandes constrangimentos,<br />

herança de costume português.<br />

Mais tarde então, por volta<br />

de 1940, outras formas de diversão<br />

foram a<strong>do</strong>tadas com<br />

mais civilidade, como os limões<br />

de cheiro perfuma<strong>do</strong> em forma<br />

de bombinha ovalada precursora<br />

da lança perfume.<br />

Os bailes de Carnaval durante<br />

o seu início, eram anima<strong>do</strong>s<br />

por polcas, valsas, quadrilhas,<br />

entretanto em 1946, houve<br />

uma mudança que iria i<strong>no</strong>var<br />

os carnavais futuros, apareceu<br />

<strong>no</strong> Rio de Janeiro um bate<strong>do</strong>r<br />

de bumbo, Zé Pereira, que<br />

era o <strong>no</strong>me da<strong>do</strong> ao Zabumba.<br />

Daí, então, to<strong>do</strong>s passaram a<br />

a<strong>do</strong>tar em seus grupos musicais<br />

o zabumba.<br />

Viva o Zé Pereira<br />

Viva o Carnal<br />

Viva a bebedeira<br />

Nos dias de Carnaval<br />

Com o tempo outros movimentos<br />

foram surgin<strong>do</strong>, outros<br />

grupos foram se forman<strong>do</strong>, sain<strong>do</strong><br />

não se sabe de onde, como o<br />

grito de guerra <strong>do</strong>s voluntários <strong>do</strong><br />

Deus Momo. Os jornais da época<br />

os classificavam como “Infernais”,<br />

“Diabólicos”, “Ensurdece<strong>do</strong>res”.<br />

Então, surgiu o uso <strong>do</strong> estandarte<br />

com o seu respectivo<br />

<strong>no</strong>me, que foram chama<strong>do</strong>s de<br />

grupos, porque com o estandarte<br />

à frente saíam cantan<strong>do</strong> e dançan<strong>do</strong><br />

nas batalhas de confete,<br />

com grande animação, essa apoteose<br />

acontecia <strong>no</strong> Centro de<br />

Diversão Miramar.<br />

Outros eventos, foram<br />

acontecen<strong>do</strong> em Santos, há de<br />

se destacar os concursos <strong>do</strong>s<br />

carros <strong>do</strong> corso, que eram elabora<strong>do</strong>s<br />

por famílias importantes<br />

da cidade, concorriam com<br />

seus belos carros enfeita<strong>do</strong>s aos<br />

concursos da época. Este desfile<br />

acontecia <strong>no</strong> Gonzaga, a tarde<br />

e a <strong>no</strong>ite desfilavam <strong>no</strong> Centro<br />

da Cidade porque proporcionavam<br />

maior iluminação.<br />

ÁGUA FOLIA<br />

Foi uma explosão social<br />

muito importante para o carna-<br />

val santista, como Santos, possui<br />

uma das melhores praias <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong>, os foliões da época<br />

aproveitaram para fazer o Banho<br />

de Mar a Fantasia, promovi<strong>do</strong><br />

pelo Bloco Pé <strong>no</strong> Fun<strong>do</strong>, <strong>do</strong><br />

pessoal <strong>do</strong> Clube Internacional<br />

de Regatas.<br />

O sucesso foi tão grande que<br />

outros grupos foram se forman<strong>do</strong><br />

para curtir o Banho da Dorotéia,<br />

que durante a<strong>no</strong>s, animou<br />

as festas que antecediam ao Carnaval.<br />

Dona Dorotéia vamos furar<br />

aquela onda, era muito espera<strong>do</strong>,<br />

turistas vinham de toda<br />

parte <strong>do</strong> país, para curtir com os<br />

santistas, esses momentos de<br />

alegria e descontração vivi<strong>do</strong>s na<br />

orla da praia, não tinha quem não<br />

gostasse, só participavam homens,<br />

detalhe, to<strong>do</strong>s vesti<strong>do</strong>s de<br />

mulher, mesmo as fantasias eram<br />

femininas, por sinal, muito bonitas<br />

levavam também em seus<br />

carros alegóricos muito chope,<br />

muita bebida alcoólica, sen<strong>do</strong><br />

este um <strong>do</strong>s motivos que termi<strong>no</strong>u<br />

com este evento.<br />

PRÉ-CARNAVAL<br />

Chama<strong>do</strong>s de batalha de confetes<br />

<strong>no</strong>s bairros, colocan<strong>do</strong> as-<br />

Por Lia Garanito*<br />

sim outras vias públicas em destaque<br />

como: Almirante Tamandaré,<br />

<strong>no</strong> Macuco, Praça Iguatemi<br />

Martins, merca<strong>do</strong>, Avenida Sena<strong>do</strong>r<br />

Pinheiro Macha<strong>do</strong>, Bernardi<strong>no</strong><br />

de Campos, Campo Grande,<br />

Avenida Pedro Lessa, <strong>no</strong> Estuário,<br />

atualmente na zona Noroeste,<br />

Santos.<br />

Destaque também para o<br />

Rei Momo e a Rainha, personagens<br />

importantes em to<strong>do</strong>s os<br />

carnavais. Eles são pessoas escolhidas<br />

por concurso, tem que<br />

possuir vários requisitos, pertencer<br />

realmente ao Samba, ter<br />

samba <strong>no</strong> pé, simpatia, graça e<br />

saber lidar com o povo em geral<br />

e ser exímio folião porque a<br />

este casal serão entregues as<br />

chaves da cidade o que significa<br />

a abertura oficial <strong>do</strong> Carnaval.<br />

São eles os anfitriões da maior<br />

festa popular, o Carnaval.<br />

CARNAVAL DO LITORAL<br />

Entre todas as cidades <strong>do</strong> litoral,<br />

tanto Norte como Sul há<br />

que se destacar a Baixada Santista,<br />

compreenden<strong>do</strong>, Santos,<br />

São Vicente, Praia Grande, Cubatão<br />

e Bertioga todas receptivas<br />

ao Carnaval.<br />

Fevereiro de 2009<br />

Santos tem tradição carnavalesca,<br />

sempre em destaque e<br />

pioneira, seguin<strong>do</strong> as grandes<br />

cidades com seu magnífico Carnaval<br />

como o Rio de Janeiro.<br />

Blocos, ranchos, batalha de<br />

confete, banho de Dona Dorotéia,<br />

desfile de blocos, Rei<br />

Momo e Rainha, festa <strong>no</strong>s requinta<strong>do</strong>s<br />

salões, como o Internacional<br />

de Regatas, Clube 15,<br />

Santos Futebol Clube entre<br />

outros, tu<strong>do</strong> isso são memórias<br />

<strong>do</strong> Carnaval de ontem<br />

Hoje, um <strong>do</strong>s <strong>no</strong>vos eventos<br />

que regasta essa tradição é<br />

o Carnabonde. Festa popular<br />

de rua, na Praça Mauá, <strong>no</strong> Centro<br />

de Santos, reúne os santistas<br />

e os visitantes com alegria e<br />

descontração, onde o povo<br />

pode cantar, dançar, jogar confete<br />

e serpentina com segurança<br />

e to<strong>do</strong> o apoio da Secretaria<br />

Municipal de Esporte.<br />

O Carnabonde acontece<br />

um sába<strong>do</strong> antes <strong>do</strong> Carnaval.<br />

Especialmente para essa festa<br />

são confeccionadas e vendidas<br />

<strong>no</strong> local, camisetas estampadas<br />

com o <strong>no</strong>me Carnabonde que<br />

servem de diversão e souvenires<br />

aos que participam.<br />

DESFILE DAS ESCOLAS<br />

DE SAMBA<br />

Este a<strong>no</strong>, a Secretaria de Esportes<br />

de Santos aumentou números<br />

de arquibancadas terá<br />

mais 2.000 lugares para que o<br />

povo possa torcer e curtir as<br />

suas escolas de samba preferidas.<br />

A passarela <strong>do</strong> Samba,<br />

Dráuzio da Cruz, fica localizada<br />

na Zona Noroeste.<br />

Já em São Vicente, o desfile<br />

das escolas de samba será realiza<strong>do</strong><br />

na Avenida Eduar<strong>do</strong><br />

Guedes Coelho <strong>no</strong> Bairro Cidade<br />

Náutica III entre Sest-Senat,<br />

com entrada gratuita.<br />

Em Cubatão, o desfile oficial<br />

acontecerá <strong>no</strong> dia 21 de fevereiro,<br />

na Avenida Beira Mar,<br />

Jardim Casqueiro.<br />

Importante salientar que o<br />

Carnaval é a vitrine, para um<br />

grande número de cidades brasileiras,<br />

porque aproveitam esta<br />

festa popular de euforia para<br />

atrair turistas. Sen<strong>do</strong> assim, é<br />

muito importante recebê-los<br />

bem e com grande hospitalidade.<br />

Carnaval o maior espetáculo<br />

da terra.<br />

*Colabora<strong>do</strong>ra <strong>do</strong><br />

<strong>Jornal</strong> <strong>do</strong> <strong>Síndico</strong>


Fevereiro de 2009 13<br />

DICAS<br />

Várias precauções em compras<br />

A não-entrega <strong>do</strong> produto é o problema mais reclama<strong>do</strong> nas<br />

compras feitas fora <strong>do</strong> estabelecimento comercial, ou seja, pela<br />

internet, telefone ou catálogo. Para se precaver de problemas<br />

deve-se solicitar informações sobre a empresa (razão social, CNPJ,<br />

endereço e telefone). Se a referência for apenas um número de<br />

caixa postal, será mais difícil localizar o fornece<strong>do</strong>r em caso de<br />

problemas. Solicitar também to<strong>do</strong>s os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> produto, como<br />

especificação, modelo, tamanho, cor, número de peças, entre<br />

outros. No caso de compras pela internet, imprima a tela <strong>do</strong> site.<br />

Para comprovar a oferta, guarde to<strong>do</strong> o material publicitário.<br />

Verificaque qual o prazo da garantia e quais as assistências técnicas<br />

disponíveis. Preste atenção aos endereços e à eventual taxa<br />

de cobrança pela retirada <strong>do</strong> produto. E sempre que possível,<br />

condicionar o pagamento à entrega <strong>do</strong> produto. Os cheques devem<br />

ser cruza<strong>do</strong>s e <strong>no</strong>minais à empresa. Deve-se checar se o<br />

consumi<strong>do</strong>r pagará o frete. Na hora da entrega, conferir a merca<strong>do</strong>ria,<br />

testar para ver se funciona, se foi entregue com todas as<br />

peças e acessórios e se contem manual de instruções em linguagem<br />

didática, termo de garantia e relação das assistências técnicas.<br />

E não deixe de exigir a <strong>no</strong>ta fiscal.<br />

Moradia e negócios<br />

<strong>no</strong> mesmo lugar<br />

Um <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>, além de ser um espaço residencial ou para<br />

uso comercial, deve ser encara<strong>do</strong> como um negócio. É o que<br />

dizem os arquitetos. Para eles, os investimentos realiza<strong>do</strong>s em<br />

áreas comuns podem ser o grande diferencial para valorizar<br />

as unidades e o patrimônio como um to<strong>do</strong>. E o <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong><br />

não precisa gastar uma fortuna com isso: precisa apenas investir<br />

direito. Há uma tendência de expansão das áreas comuns<br />

em <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>s, sejam empreendimentos residenciais<br />

ou comerciais, e daí o surgimento de apartamentos que são<br />

verdadeiros clubes, ou edifícios comerciais que incorporam<br />

serviços e facilidades que só eram vistos <strong>no</strong>s grandes escritórios.<br />

As áreas sociais podem ser restritas e abertas. As áreas<br />

restritas são acessadas apenas pelos condômi<strong>no</strong>s e raramente<br />

por visitantes. É o caso da piscina, salão de festas ou salas de<br />

reunião. Áreas abertas, por sua vez, têm mais importância na<br />

valorização <strong>do</strong> imóvel. Por ali passam to<strong>do</strong>s os usuários <strong>do</strong><br />

<strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>, desde o próprio condômi<strong>no</strong> a visitantes, clientes<br />

e fornece<strong>do</strong>res, <strong>no</strong> caso de prédios comerciais. O cuida<strong>do</strong><br />

com essas áreas é a parte mais importante.<br />

Mudanças sem contratempos<br />

Um dia de mudança <strong>no</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong> pode trazer muitos<br />

transtor<strong>no</strong>s aos condômi<strong>no</strong>s. Afinal, a mudança implica <strong>no</strong> trânsito<br />

de pessoas estranhas pelas áreas comuns. Além disso, o<br />

transporte de caixas, móveis, eletro<strong>do</strong>mésticos e outros objetos<br />

torna o uso <strong>do</strong> eleva<strong>do</strong>r concorri<strong>do</strong>. Enfim, se não houver<br />

rigor e cumprimento <strong>do</strong> regulamento, a mudança pode se transformar<br />

em um e<strong>no</strong>rme <strong>do</strong>r de cabeça. Muitos destes problemas<br />

residem basicamente na falta de comunicação entre quem<br />

está entran<strong>do</strong> ou sain<strong>do</strong> <strong>do</strong> prédio e a administração. Muitas<br />

mudanças não são programadas e comunicadas ao síndico ou<br />

ao zela<strong>do</strong>r com antecedência. É preciso evitar que aconteça<br />

mais de uma mudança <strong>no</strong> mesmo dia. Em caso de uma mudança<br />

muito grande, deve-se verificar, por exemplo, qual o tamanho<br />

<strong>do</strong> caminhão e se é possível que ele entre <strong>no</strong> <strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>.<br />

O uso de protetores <strong>no</strong>s eleva<strong>do</strong>res também é recomenda<strong>do</strong>.<br />

Além <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s dentro <strong>do</strong> prédio, a mudança exige também<br />

atenção com o estacionamento <strong>do</strong> caminhão na rua.<br />

É BOM SABER<br />

Exibir e prestar contas<br />

Dois temas entrelaça<strong>do</strong>s –<br />

exibição de <strong>do</strong>cumentos e prestação<br />

de contas – desafiam o bom<br />

andamento das relações con<strong>do</strong>miniais<br />

quan<strong>do</strong> o bom senso perde<br />

a primazia e o segre<strong>do</strong> ou a<br />

desonestidade contamina a administração<br />

<strong>do</strong> prédio.<br />

Onde há transparência e bons<br />

propósitos, tu<strong>do</strong> ocorre com naturalidade.<br />

O síndico deixa sempre<br />

à disposição <strong>do</strong>s condômi<strong>no</strong>s<br />

a <strong>do</strong>cumentação relativa às despesas<br />

comuns, elabora balancetes<br />

mensais para comunicar o resulta<strong>do</strong><br />

de sua atuação e presta contas<br />

anualmente à assembleia geral,<br />

relatan<strong>do</strong> as idas e vindas de<br />

sua gestão. Por confiarem <strong>no</strong> síndico,<br />

pouquíssimos condômi<strong>no</strong>s<br />

solicitam vista da papelada.<br />

O que fazer, porém, quan<strong>do</strong><br />

impera a desconfiança? Quan<strong>do</strong><br />

há suspeitas de superfaturamento,<br />

desvio, má administração? Teria<br />

os condômi<strong>no</strong>s o direito de<br />

exigir a exibição de <strong>do</strong>cumentos<br />

em mãos <strong>do</strong> síndico? Ou de demandar<br />

que preste contas a to<strong>do</strong><br />

o tempo de seus atos?<br />

Examinemos primeiro, a exibição<br />

de <strong>do</strong>cumentos. Não há na<br />

legislação brasileira, uma <strong>no</strong>rma<br />

específica que obrigue o representante<br />

legal <strong>do</strong>s condômi<strong>no</strong>s a<br />

mostrar <strong>no</strong>tas, recibos, extratos<br />

etc. a seus representa<strong>do</strong>s. O Código<br />

de Processo Civil regulamenta<br />

a ação de exibição de <strong>do</strong>cumentos<br />

(artigo 355 e seguintes),<br />

mas fixa regras gerais, que<br />

exigem que a parte requerente<br />

justifique o pedi<strong>do</strong>, demonstran<strong>do</strong>,<br />

entre outras coisas, “a finalidade<br />

da prova” e “as circunstâncias"<br />

indicativas de que se encontram<br />

em mãos <strong>do</strong> requeri<strong>do</strong>. Trata-se<br />

de medida judicial que deve<br />

ser evitada, em razão <strong>do</strong>s ônus<br />

que acarreta, em termos de custas<br />

e ho<strong>no</strong>rários.<br />

Melhor caminho a seguir é<br />

buscar a intervenção <strong>do</strong> conselho<br />

consultivo <strong>do</strong> prédio, instan<strong>do</strong>-o<br />

a persuadir o síndico a efetivar a<br />

demonstração solicitada, poden<strong>do</strong>-se,<br />

para tanto, marcar dia e<br />

hora, em sala nas dependências<br />

comuns, de preferência, para que<br />

o condômi<strong>no</strong> ou alguém em seu<br />

<strong>no</strong>me (conta<strong>do</strong>r, por exemplo)<br />

examine as contas e os comprovantes<br />

de despesas <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mí-<br />

nio. O custo é quase zero e o resulta<strong>do</strong><br />

será o mesmo que o de<br />

uma providência judicial.<br />

Lembra o TeleCon<strong>do</strong>, em parecer<br />

sobre o assunto, que “o síndico,<br />

enquanto representante <strong>do</strong><br />

<strong>con<strong>do</strong>mínio</strong>, detém a posse (e<br />

não a propriedade) de <strong>do</strong>cumentos<br />

comuns que dizem respeito a<br />

to<strong>do</strong>s os condômi<strong>no</strong>s, e seria inclusive<br />

demonstração de transparência<br />

em seu mandato deixar tais<br />

<strong>do</strong>cumentos disponíveis para<br />

consulta <strong>do</strong>s condômi<strong>no</strong>s”.<br />

Outra é a polêmica da prestação<br />

de contas. O dever de prestar<br />

contas está previsto <strong>no</strong> bojo<br />

das atribuições <strong>do</strong> síndico, de forma<br />

clara a explícita. Diz o Código<br />

Civil em vigor: “Art. 1.348.<br />

Compete ao síndico: [...] VIII -<br />

prestar contas à assembleia, anualmente<br />

e quan<strong>do</strong> exigidas;”.<br />

O síndico não presta contas a<br />

cada um <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res ou usu-<br />

Luiz Fernan<strong>do</strong> Queiroz*<br />

ários, individualmente ou em peque<strong>no</strong>s<br />

grupos, mas à assembleia<br />

geral <strong>do</strong>s condômi<strong>no</strong>s, reunida<br />

ordinariamente uma vez por a<strong>no</strong>.<br />

Todavia, tem a obrigação de prestar<br />

contas fora <strong>do</strong> tempo previsto<br />

sempre que estas lhe forem<br />

“exigidas”, o que pode ser to<strong>do</strong><br />

semestre, quadrimestre ou trimestre,<br />

se assim estiver delibera<strong>do</strong><br />

na convenção, <strong>no</strong> regimento<br />

ou em ata assemblear.<br />

De per si os co-proprietários<br />

não podem “exigir” a prestação de<br />

contas. Em coletividade, reuni<strong>do</strong>s<br />

em assembleia, ou, por analogia<br />

(Cód. Civil, art. 1.350, parág. 2º),<br />

utilizan<strong>do</strong>-se de convocação democrática<br />

através de edital assina<strong>do</strong><br />

por 1/4 (um quarto) <strong>do</strong>s condômi<strong>no</strong>s,<br />

isto será possível, sem<br />

margem para impugnação.<br />

*Autor <strong>do</strong> Guia <strong>do</strong> Con<strong>do</strong>mínio IOB e<br />

colabora<strong>do</strong>r <strong>do</strong> <strong>Jornal</strong> <strong>do</strong> <strong>Síndico</strong>


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20<br />

SÍNDICO TAMBÉM RI<br />

GRAVIDEZ INDESEJADA<br />

Durante o jantar, a patricinha<br />

anuncia para toda a família.<br />

- Mamãe... papai... acho que<br />

não dá mais pra esconder... estou<br />

grávida!<br />

- Como minha filha?, pergunta<br />

o pai embasbaca<strong>do</strong>.<br />

- Estou grávida!<br />

- E quem é o pai?, pergunta a<br />

mãe atônita.<br />

- Ora, eu sei lá! Vocês nunca<br />

me deixaram namorar firme!<br />

A TARADA E O GAÚCHO<br />

NADA MACHO<br />

Dois gaúchos pedalavam pela<br />

praça quan<strong>do</strong> um deles diz:<br />

- Bela bicicleta! Onde você<br />

comprou?<br />

- Não comprei. Ontem à <strong>no</strong>ite,<br />

eu estava passan<strong>do</strong> aqui quan<strong>do</strong><br />

me deparei com uma loira linda,<br />

alta, toda exuberante, andan<strong>do</strong><br />

de bicicleta!<br />

- E daí?<br />

- Daí que quan<strong>do</strong> ela me viu,<br />

ela veio corren<strong>do</strong> e se atirou <strong>no</strong>s<br />

meus braços...<br />

- E daí?<br />

- Daí ela arrancou a roupa todinha<br />

e disse: ‘Vem cá, meu gostoso,<br />

pega o que você quiser’.<br />

- Você fez bem em pegar a<br />

bicicleta... pelo jeito as roupas não<br />

iriam mesmo servir em ti!<br />

CACHORRO VELHO<br />

Uma senhora de 62 a<strong>no</strong>s leva<br />

seu cachorro velho em um safari.<br />

O cachorro se distraiu caçan<strong>do</strong><br />

borboletas e acabou perdi<strong>do</strong> <strong>no</strong><br />

meio da floresta!<br />

Um leopar<strong>do</strong> muito esperto<br />

já estava pronto para atacar,<br />

quan<strong>do</strong> o cachorro pula numa<br />

pilha de ossos que vê em sua<br />

frente e fala alto:<br />

- Nossa, que delícia que estava<br />

esse leopar<strong>do</strong>! Será que tem<br />

outro por aí?<br />

O leopar<strong>do</strong> ouvin<strong>do</strong> aquilo<br />

corre para trás de uma árvore.<br />

Um macaco sacana, ven<strong>do</strong> a<br />

cena, vai falar com o leopar<strong>do</strong>:<br />

- Ei, aquele cachorro te fez de<br />

idiota! Vai lá e pega ele!<br />

- Tá legal! Sobe aí nas minhas<br />

costas!, diz o leopar<strong>do</strong>.<br />

Perceben<strong>do</strong> o golpe <strong>do</strong> macaco,<br />

o velho cachorro fala alto:<br />

- Caramba! Cadê aquele<br />

macaco safa<strong>do</strong>, que disse que<br />

ia trazer outro leopar<strong>do</strong> e não<br />

voltou mais?<br />

O PORTUGUÊS<br />

E O GATO<br />

O português odeia o gato da<br />

esposa e resolve dar um fim <strong>no</strong><br />

coita<strong>do</strong>.<br />

Coloca o bichinho dentro de<br />

um saco, joga <strong>no</strong> porta-malas <strong>do</strong><br />

carro e o aban<strong>do</strong>na a 20 quadras<br />

de sua casa.<br />

Quan<strong>do</strong> retorna, lá está o gato<br />

em frente ao portão.<br />

Nervoso, o português repete<br />

a operação e aban<strong>do</strong>na o bichinho<br />

a 40 quadras de sua casa.<br />

Quan<strong>do</strong> retorna, <strong>no</strong>vamente<br />

encontra o gato em frente ao<br />

portão.<br />

Mais nervoso ainda, pega o<br />

gato e anda 10 quadras para direita,<br />

20 para a esquerda, 30 para<br />

baixo e diz:<br />

- Agora quero ver!<br />

Cinco minutos depois liga<br />

para a esposa.<br />

- Querida, o gato está por aí?<br />

- Ele está chegan<strong>do</strong>, Por que<br />

queri<strong>do</strong>?<br />

- Põe o filho da mãe na linha,<br />

que eu me perdi!<br />

REFORMAS<br />

NO MANICÔMIO<br />

O médico chefe <strong>do</strong> manicômio<br />

resolve construir uma piscina<br />

para ver como os loucos iriam<br />

se comportar diante dela.<br />

Justo <strong>no</strong> dia da inauguração<br />

da tal da piscina, acabou a água<br />

<strong>no</strong> bairro.<br />

Na hora <strong>do</strong> banho de sol,<br />

mesmo com a piscina vazia, to<strong>do</strong>s<br />

os malucos resolveram pular<br />

na piscina!<br />

Então, um <strong>do</strong>s enfermeiros<br />

viu um louco olhan<strong>do</strong> para os outros,<br />

<strong>do</strong> la<strong>do</strong> de fora da piscina e<br />

perguntou:<br />

- Ora, Jeremias. Por que você<br />

não pulou na piscina?<br />

O louco chamou o enfermeiro<br />

<strong>no</strong> canto e disse baixinho:<br />

- Vou te contar um segre<strong>do</strong>.<br />

Eu não sei nadar!<br />

BILHETE DEIXADO<br />

PELO FILHO<br />

O pai entra <strong>no</strong> quarto <strong>do</strong> filho<br />

e vê um bilhete em cima da<br />

cama. Ele lê o bilhete temen<strong>do</strong><br />

o pior:<br />

‘Caro Papai, é com grande<br />

pesar que lhe informo que eu<br />

estou fugin<strong>do</strong> com meu <strong>no</strong>vo<br />

namora<strong>do</strong>, Juan, um argenti<strong>no</strong><br />

muito lin<strong>do</strong> que conheci. Estou<br />

apaixona<strong>do</strong> por ele. Ele é muito<br />

gato, com to<strong>do</strong>s aqueles piercings,<br />

tatuagens e aquela super<br />

moto BMW que tem. Mas não<br />

é só por isso, descobri que não<br />

gosto de jeito nenhum de mulheres<br />

e, como sei que o senhor<br />

não vai consentir com isso, decidimos<br />

fugir e ser muito felizes<br />

<strong>no</strong> seu trailer.<br />

Ele quer a<strong>do</strong>tar filhos comigo,<br />

isso foi tu<strong>do</strong> que eu sempre<br />

quis para mim. Aprendi<br />

com ele que maconha é ótima,<br />

uma coisa natural, que não faz<br />

mal pra ninguém. Juan acha que<br />

eu, <strong>no</strong>ssos filhos a<strong>do</strong>tivos e os<br />

seus colegas gays vão viver em<br />

perfeita harmonia. Não se preocupe<br />

papai, eu já sei me cuidar,<br />

apesar <strong>do</strong>s meus 15 a<strong>no</strong>s<br />

já tive várias experiências com<br />

outros caras e tenho certeza<br />

que Juan é o homem da minha<br />

vida. Um dia eu volto, para que<br />

o senhor e a mamãe conheçam<br />

os <strong>no</strong>ssos filhos.<br />

Um grande abraço e até algum<br />

dia.<br />

De seu filho, com amor’.<br />

O pai quase desmaian<strong>do</strong> continua<br />

len<strong>do</strong>:<br />

‘Obs.: Pai, não se assuste. É<br />

tu<strong>do</strong> mentira e estou na casa da<br />

Mariana, <strong>no</strong>ssa vizinha gostosa.<br />

Só queria mostrar para senhor<br />

que existem coisas muito piores<br />

que as <strong>no</strong>tas vermelhas <strong>do</strong><br />

meu boletim que está na primeira<br />

gaveta.<br />

Abraço,<br />

Seu filho, burro, mas macho’.<br />

JACOZINHO<br />

Jacó levou o filho Jacozinho<br />

para um parque que havia chega<strong>do</strong><br />

na cidade.<br />

Chegan<strong>do</strong> lá, uma das atrações<br />

era um peque<strong>no</strong> avião que<br />

fazia passeios com as crianças.<br />

Ele se aproximou com Jacozinho<br />

e o piloto <strong>do</strong> avião dirigiu-se<br />

a ele e disse:<br />

- Então, que dar um passeio<br />

com o garoto. São R$ 50.<br />

Jacó, mão-de-vaca como sempre,<br />

diz:<br />

- Não. É muito cara.<br />

Jacozinho ficou furioso e começou<br />

a chorar.<br />

- Babai, babai leva Jacozinho,<br />

leva Jacozinho.<br />

O piloto comovi<strong>do</strong> com o<br />

choro <strong>do</strong> garoto disse:<br />

- Bem, vamos fazer o seguinte.<br />

Como o senhor está achan<strong>do</strong><br />

caro e seu filho quer muito ir,<br />

vamos fazer um trato. Eu levo<br />

vocês de graça. Mas não pode ter<br />

me<strong>do</strong>! Se gritar ou der um suspiro<br />

de me<strong>do</strong>, você me paga o<br />

passeio, ok?<br />

- Vamos Jacozinho, sobe. Rapaz<br />

sabe fazer negócio.<br />

O piloto então decolou e ficou<br />

olhan<strong>do</strong> pelo espelho o rosto<br />

de Jacó. Ele estava impassível.<br />

O piloto começou a fazer várias<br />

ma<strong>no</strong>bras e Jacó impassível. Deu<br />

mergulhos, loops, girou de cabeça<br />

para baixo, desligou o motor,<br />

raspou em uma árvore e Jacó<br />

nada. Ele desistiu e então pousou.<br />

Já <strong>no</strong> chão, virou-se para<br />

Jacó e perguntou:<br />

- Tu<strong>do</strong> bem, o senhor não me<br />

paga. Mas confesse, não teve vontade<br />

de gritar nenhuma hora?<br />

E Jacó:<br />

- Bem, para dizer a verdade,<br />

quan<strong>do</strong> Jacozinho caiu, eu<br />

quase gritei.<br />

O PAPAGAIO<br />

E O MÁGICO<br />

Um mágico trabalhava em<br />

um navio, fazen<strong>do</strong> shows para os<br />

passageiros. O público era diferente<br />

a cada semana, então o<br />

mágico sempre repetia os mesmos<br />

truques.<br />

O papagaio <strong>do</strong> capitão via os<br />

shows e começava a entender<br />

como o mágico fazia os truques.<br />

Quan<strong>do</strong> ele entendia um truque,<br />

começava a gritar <strong>no</strong> meio<br />

<strong>do</strong> show:<br />

- “Olha, ele está esconden<strong>do</strong><br />

as flores debaixo da mesa!” ou<br />

“Hei, por que todas as cartas são<br />

às de espada?”.<br />

O mágico ficava furioso,<br />

mas não podia fazer nada. Afinal<br />

de contas, era o papagaio<br />

<strong>do</strong> capitão. Então, um dia o<br />

navio afun<strong>do</strong>u.<br />

O mágico acabou agarra<strong>do</strong> a<br />

um pedaço de madeira <strong>no</strong> meio<br />

<strong>do</strong> mar e, por capricho <strong>do</strong> desti<strong>no</strong>,<br />

junto com o papagaio. Eles<br />

olharam um para o outro com<br />

ódio, mas não proferiram palavra<br />

alguma. Isto continuou por vários<br />

e vários dias.<br />

Finalmente, <strong>no</strong> quinto dia, o<br />

papagaio não se conteve e disse:<br />

- Ok, eu desisto!!!! Onde você<br />

enfiou a porra <strong>do</strong> navio?<br />

PAPAGAIOS SORTUDOS<br />

Desesperada, uma senhora<br />

procura um padre:<br />

- Padre, eu estou com um<br />

Fevereiro de 2009<br />

problema. Eu tenho duas papagaias,<br />

mas elas só sabem falar<br />

uma coisa.<br />

- O que elas falam?, perguntou<br />

o padre.<br />

- Olá, nós somos quengas!<br />

Vocês querem se divertir?, disse<br />

a senhora envergonhada.<br />

- Isso é terrível, respondeu o<br />

padre.<br />

- Eu sei, ganhei essas papagaias.<br />

Elas pertenciam a um prostíbulo.<br />

Não sei mais o que fazer.<br />

- Mas eu tenho uma solução<br />

para o seu problema, Leve suas<br />

papagaias para minha casa e eu as<br />

colocarei junto com meus <strong>do</strong>is<br />

papagaios, aos quais ensinei a rezar.<br />

Nunca vi <strong>do</strong>is papagaios tão<br />

fiéis. Eles passam o dia to<strong>do</strong> rezan<strong>do</strong><br />

fervorosamente.<br />

No dia seguinte, a mulher levou<br />

suas papagaias para a casa <strong>do</strong><br />

padre. Assim que foram colocadas<br />

na gaiola elas disseram:<br />

- Olá, nós somos quengas!<br />

Vocês querem se divertir?<br />

Ao ouvir isso, um papagaio<br />

olhou para o outro e disse:<br />

- Jogue o terço fora! Nossas<br />

preces foram atendidas...<br />

MÃE NO POÇO<br />

Dois garotinhos <strong>no</strong> recreio.<br />

- Onde está a sua mãe, Joãozinho?<br />

- Ela caiu dentro de um poço<br />

na semana passada.<br />

- Meu Deus <strong>do</strong> céu, que desgraça!<br />

E como ela está agora?<br />

- Eu acho que ela está melhor<br />

porque desde ontem ela não grita<br />

mais!<br />

TERREMOTO NO CEARÁ<br />

Depois <strong>do</strong>s terremotos ocorri<strong>do</strong>s<br />

na Ásia, o Gover<strong>no</strong> brasileiro<br />

resolveu cobrir to<strong>do</strong> o país. O<br />

então recém-cria<strong>do</strong> Centro Sísmico<br />

Nacional, poucos dias após<br />

entrar em funcionamento, já detectou<br />

que haveria um grande<br />

terremoto <strong>no</strong> Nordeste. Assim,<br />

enviou um telegrama à delegacia<br />

de polícia de Icó, uma cidadezinha<br />

<strong>no</strong> interior <strong>do</strong> Ceará. A mensagem<br />

dizia:<br />

“Urgente. Possível movimento<br />

sísmico na zona. Muito<br />

perigoso. Richter 7. Epicentro<br />

a 3 km da cidade. Tomem medidas<br />

e informem resulta<strong>do</strong>s<br />

com urgência!”<br />

Somente uma semana depois,<br />

o Centro Sísmico recebeu um<br />

telegrama que dizia:<br />

“Aqui é da polícia de Icó. Movimento<br />

sísmico totalmente desarticula<strong>do</strong>.<br />

Richter tentou se evadir,<br />

mas foi abati<strong>do</strong> a tiros. Desativamos<br />

as zonas. Todas as quengas<br />

estão presas. Epicentro, Epifania,<br />

Epicleison e os outros cinco<br />

irmãos estão deti<strong>do</strong>s. Não respondemos<br />

antes porque houve<br />

um terremoto aqui!”.

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