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Caderno de Resumos da III Mostra ABENFAR - PAHO/WHO

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<strong>III</strong> MOSTRA <strong>ABENFAR</strong> DE INTEGRAÇÃO ENSINO E SERVIÇO<br />

7 a 9 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2011<br />

Belo Horizonte, MG<br />

Dando continui<strong>da</strong><strong>de</strong> às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comemoração do centenário <strong>da</strong><br />

Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, a<br />

Associação Brasileira <strong>de</strong> Ensino Farmacêutico – <strong>ABENFAR</strong> realiza no período<br />

<strong>de</strong> 7 a 9 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2011, na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Belo Horizonte, a quarta edição do<br />

Fórum Nacional do Ensino Farmacêutico, com o tema central: “Formar para<br />

Transformar”.<br />

Como uma <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do Fórum, acontece a <strong>III</strong> <strong>Mostra</strong> <strong>ABENFAR</strong> <strong>de</strong><br />

integração ensino e serviço.<br />

A seguir estão listados os resumos selecionados, organizados <strong>de</strong> acordo<br />

com a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> encaminhamento para a comissão responsável.<br />

ISSN Nº 1984-3828 1


SUMÁRIO<br />

1. INTEGRAÇÃO ENSINO/ SERVIÇO: VIVÊNCIAS NA PRECEPTORIA DE<br />

ESTUDANTES DE FARMÁCIA<br />

Almei<strong>da</strong>, Francisca Maria De; Cruz, América De Lour<strong>de</strong>s Nogueira Da<br />

Diniz, Gerlania Martins; Miran<strong>da</strong>, Michelle Silva; Pereira, Ione Cristina Paiva;<br />

Soares De Britto, Maria Helena Seabra ......................................................10<br />

2. RODA FARMACÊUTICA: UM ESPAÇO PARA CONSTRUÇÃO DE<br />

HABILIDADES COM A INTEGRAÇÃO DO CONHECIMENTO TEÓRICO E<br />

PRÁTICO PARA UM MELHOR ATENDIMENTO FARMACÊUTICO<br />

Ayres, Lorena Rocha; Chrysostomo, Tais Na<strong>de</strong>r;<br />

Garcia-Andra<strong>de</strong>, Regina Célia.................................................................... 13<br />

3. PROJETO DE EDUCAÇAO POPULAR EM SAUDE E MEDICAMENTOS EM<br />

BAIRROS DA CIDADE SÃO LUÍS, MARANHÃO<br />

Ribeiro, Alane Andrelino; Souza, Joyce Helen Lavra; Silva, Rômulo Vieira;<br />

Maranhão, Marina Cristine Silva; Barbosa, Déllio Willians Silva;<br />

Reis, Leila Beltrão...................................................................................... 14<br />

4. AVALIAÇÃO DAS MATRIZES CURRICULARES DOS CURSOS DE<br />

GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS<br />

BRASILEIRAS<br />

Oliveira-Sá, D. A. B.; Silva, W. B. ................................................................ 16<br />

5. VIVÊNCIAS NA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS NO ÂMBITO DO<br />

COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA<br />

Feitosa, Georgia Fernan<strong>da</strong> Dos Santos; Moraes, Diogo Nascimento; Oliveira<br />

Castro, Abigail Trin<strong>da</strong><strong>de</strong>; Rabelo, Mariana Gracin<strong>da</strong> Almei<strong>da</strong> Dos Santos;<br />

Silva, Tiara Vitalino Da; Soares De Britto, Maria Helena Seabra<br />

................................................................................................................... 18<br />

6. EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA – RELAÇÃO NECESSÁRIA<br />

Costa, Luiz Henrique; Braga, Maria Helena ...............................................21<br />

7. ESTUDO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS NO CURSO DE FARMÁCIA DA<br />

UFMG<br />

Magalhães, Sérgia Maria Starling ...............................................................23<br />

ISSN Nº 1984-3828 2


8. O PERFIL DA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NA ÁREA DE SAÚDE NA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI). UM ESTUDO SOBRE ENSINO NA<br />

SAÚDE: O CASO DO CURSO DE FARMÁCIA<br />

Soares, Leonardo Ferreira; Brito, Cleiton Alves; Nascimento, Douglas Da<br />

Cruz; Santos, Rodolfo Ritchelle Lima ......................................................... 24<br />

9. USO RACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS NA COMUNIDADE ASSISTIDA<br />

PELA CRECHE ESCOLA DO APRISCO<br />

Thé, Patrícia Maria Pontes; Moreira-Silva, Luzia Izabel Mesquita; Arrais,<br />

Paulo Sérgio Dourado; Day, Sophia Cândido; Dantas, Mariana Nogueira;<br />

Capristano, Allana Bezerra ........................................................................ 25<br />

10. PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E APOIO À AMAMENTAÇÃO: NÍVEL DE<br />

CONHECIMENTO DOS FARMACÊUTICOS<br />

Me<strong>de</strong>iros, Joana De Oliveira; Moreira-Silva, Luzia Izabel Mesquita; Thé,<br />

Patrícia Maria; Vieria, Maria Marly Lopes; Giacomini, Sâmia Graciele Maia<br />

Oliveira; Arrais, Paulo Sergio Dourado ...................................................... 27<br />

11. ALIMENTOS FUNCIONAIS E NUTRACÊUTICOS NO CURRICULO DE<br />

FARMÁCIA<br />

Thé, Patrícia Maria Pontes; Moreira-Silva, Luzia Izabel Mesquita; Arrais,<br />

Paulo Sérgio Dourado .............................................................................. 29<br />

12. O CENTRO DE INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTO E A FORMAÇÃO DE<br />

FARMACÊUTICOS PARA O USO CORRETO DE MEDICAMENTOS: RELATO DE<br />

UMA EXPERIÊNCIA DO CENTRO DE ESTUDOS DO MEDICAMENTO<br />

Perini, Edson; Junqueira, Daniela Rezen<strong>de</strong> Garcia; Pádua, Cristiane<br />

Apareci<strong>da</strong> Menezes, Moraes, Alba Valéria Souto Mello; Cândido, Raissa<br />

Carolina Fonseca; Anício, Vivian Thaise Da Silveira; Cruz, Luana Faria;<br />

Alves, William Pereira ............................................................................... 31<br />

13. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA À CRECHE DO APRISCO: USO RACIONAL DE<br />

ANTIBIÓTICOS<br />

Thé, Patrícia Maria Pontes; Moreira-Silva, Luzia Izabel Mesquita; Arrais,<br />

Paulo Sérgio Dourado; Leal, Luzia Kalyne Almei<strong>da</strong> Moreira; Day, Sophia<br />

Cândido; Dantas, Mariana Nogueira ......................................................... 33<br />

14. PRÁTICAS INTEGRATIVAS DE ATENÇÃO À SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DO PET-<br />

SAÚDE/FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ<br />

Arrais, Paulo Sérgio Dourado; Alves, Renata De Sousa; Araújo, Maria<br />

Fátima Maciel ........................................................................................... 35<br />

ISSN Nº 1984-3828 3


15. INTERATIVIDADE ALUNO-PROFESSOR ATRAVÉS DE FÓRUNS VIRTUAIS DE<br />

DISCUSSÃO<br />

Moreira-Silva, Luzia Izabel Mesquita; Thé, Patrícia Maria Pontes; Monteiro,<br />

Mayara Morais; Régis, Jônatas José Santos; Arrais, Paulo Sergio Dourado<br />

.................................................................................................................. 37<br />

16. AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA (NÍVEL CENTRAL) NO<br />

MUNICÍPIO DE NITERÓI –RJ<br />

Cor<strong>de</strong>iro Bc, Araújo Rl, Figueiredo T R ...................................................... 39<br />

17. UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS HIPERTENSOS NO BAIRRO<br />

BARRETO – NITERÓI/RJ<br />

Cor<strong>de</strong>iro Bc, Alvarez M, Cardoso D, Castro P, Piccoli N, Pru<strong>de</strong>nte I, Silva T, Alho H,<br />

Altoé A, Carvalho A, Francisco Ap, Gil F, Machado I, Possas S, Santos C, Santos J,<br />

Silva K, Vargas P, Vieira G A ................................................................................ 41<br />

18. VIVENCIANDO A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA - ESTÁGIO EM FARMÁCIA<br />

COMUNITÁRIA I/UFF<br />

Cor<strong>de</strong>iro BC, Castilho SR, Miran<strong>da</strong> ES ....................................................... 43<br />

19. RELATO DE EXPERIÊNCIAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE<br />

Oliveira, Glacilei<strong>de</strong> Fonsêca Uribe De; Santos, Pryscilla Gabrielle Lima Dos ;<br />

Silva, Tiara Vitalino Da ;Valentim, Erisángela; Veloso, Marília Borgneth ;<br />

Soares De Britto, Maria Helena Seabra................................................... 45<br />

20. FITOTERAPIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA – PROJETO DE<br />

EXTENSÃO<br />

Gue<strong>de</strong>s, Alessandro; Loss, Gabriel Schnei<strong>de</strong>r; Klems, Ana Caroline; Damo,<br />

Nevoni Goretti. ........................................................................................... 48<br />

21. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA COMUNIDADE: ATIVIDADES DE<br />

EDUCAÇÃO EM SAÚDE VOLTADAS PARA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO<br />

Thé, Patrícia Maria Pontes, Moreira-Silva, Luzia Izabel Mesquita, Arrais,<br />

Paulo Sérgio Dourado, Leal, Luzia Kalyne Almei<strong>da</strong> Moreira, Capristano,<br />

Allana Bezerra, Oliveira, Maria De Fátima ................................................ 50<br />

22. O USO DE MAPAS CONCEITUAIS E PORTFÓLIOS COMO FERRAMENTAS<br />

MUDANÇAS NO ENSINO DA FARMÁCIA<br />

Perini, Edson; Junqueira, Daniela Rezen<strong>de</strong> Garcia ................................... 52<br />

23. AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE FARMÁCIA DAS UNIDADES DE SAÚDE<br />

Costa, Karla Calvette; Damo, Nevoni Goretti; Helena, Ernani Tiaraju De<br />

Santa; Sampaio Junior, Wilson .................................................................. 54<br />

ISSN Nº 1984-3828 4


24. CAMPANHA 5 DE MAIO - PELO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS: A<br />

EXPERIÊNCIA DOS ESTUDANTES DA UFMG<br />

Mattos, Leonardo Vi<strong>da</strong>l; Alecrim, Denyr Jeferson Dutra; Dilly, Daniel Amado;<br />

Siqueira, Aman<strong>da</strong> Lana De; Silveira, Micheline Rosa; Machado, Renes De<br />

Resen<strong>de</strong>..................................................................................................... 56<br />

25. INFLUÊNCIAS DO PROGRAMA INTERNATO RURAL DE FARMÁCIA NA<br />

FORMAÇÃO DOS ESTUDANTES.<br />

Pereira, Antonio Basílio, Siqueira, Aman<strong>da</strong> Lana De; Sousa, Samuel<br />

Rodrigues Almei<strong>da</strong> .................................................................................... 58<br />

26. PROGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA<br />

PADRONIZADA EM REDES DE FARMÁCIAS<br />

Ribeiro, Alane Andrelino; Barros, Clemilson Da Silva; Reis, Leila Beltrão... 59<br />

27. AS INFLUÊNCIAS DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE FARMÁCIA NO ENSINO<br />

FARMACÊUTICO<br />

Bonfim, Antonio Joaquim; Izidoro; Jans Bastos; Mattos, Leonardo Vi<strong>da</strong>l;<br />

Perini, Edson; Siqueira, Aman<strong>da</strong> Lana De; Tobaruela, Eric De Castro. ..... 61<br />

28. SIMULAÇÃO DE ATENDIMENTO FARMACÊUTICO: A EXPERIÊNCIA DA<br />

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA<br />

Trauthman, Silvana Cristina; Alano, Graziela Modolon; França, Tainã<br />

Formentin; Vieira, Ana Cristina; Galato, Dayani ......................................... 63<br />

29. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: INSTRUMENTALIZAÇÃO PARA A FORMAÇÃO EM<br />

ATENÇÃO FARMACÊUTICA<br />

Andra<strong>de</strong>, Betina; Rae<strong>de</strong>r, Denise Hoffmann; Kothe, Jeffersan; Bresolin, José<br />

Roberto; Maia, Laís Orlof; Surdi, Marla; Gesser, Marluci; Bernardo, Noemia<br />

Liege; Tessele, Priscila Batista; Giachini-Kessler, Rúbia Mara................ 65<br />

30. O ENSINO FARMACÊUTICO NA BAHIA: AVALIAÇÃO DAS MATRIZES<br />

CURRICULARES DOS CURSOS DE FARMÁCIA, 2011<br />

Fe<strong>de</strong>rico, Marilia Pinto; Pontes, Angela; Borges, Eustáquio Linhares; Dias,<br />

Eduardo Jorge Cavalcantii ........................................................................ 67<br />

31. ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO CURRICULAR - FARSUS NA SALA DE<br />

ESPERA<br />

Miran<strong>da</strong>, Maria Spínola; Ferreira, Junia R. D.; Pontes, Angela; Pereira, Neila<br />

De Paula; Carinhanha, Roseane; Costa, Taise D.; Verena, Ana; Alencar,<br />

Letícia; Ferreira, Gutemberg L. ................................................................ 69<br />

ISSN Nº 1984-3828 5


32. ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DA VIVENCIA EM UBS: EDUCAÇÃO EM SAÚDE<br />

CONTINUADA<br />

Silva, Milena Cristina Martins Da; Bastos, Mírian Letícia Carmo; Campos,<br />

Daniel Marques; Cardoso, Erica De Tássia Carvalho; Luz, Diandra Araujo<br />

Da; Pinheiro, Alana Miran<strong>da</strong>; Pontes, Anna Carolina Avelar De Araújo;<br />

Santos, Camila Costa Dos; Sarmento, Rosana Moura; Silva, A<strong>da</strong>lgiza<br />

Deniele Véras; Silva, João Victor Da Silva E; Silva, Livaldo Costa E; Silva,<br />

Mallone Lopes Da;<br />

Dolabela, Maria Fâni.................................................................................. 71<br />

33. COMPORTAMENTO EVOLUTIVO DOS PRINCIPAIS INDICADORES DO CURSO<br />

DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ: AMPLIAR PARA<br />

CONSOLIDAR<br />

Soares, Leonardo Ferreira; Me<strong>de</strong>iros, Maria Das Graças Freire; Brito,<br />

Cleiton Alves; Santos, Rodolfo Ritchelle Lima .......................................... 73<br />

34. O TRABALHO DO FARMACÊUTICO NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA ANÁLISE<br />

EXPLORATÓRIA DA PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO E DA ORIENTAÇÃO<br />

PRODUÇÃO PROFISSIONAL<br />

Sousa, Ied<strong>da</strong> Carolina; Ribeiro, Camila Simões; Scherer, Mag<strong>da</strong> Duarte Dos<br />

Anjos; Barberato, Luana; Oliveira, Andréia ................................................ 75<br />

35. ESTRUTURAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NAS UNIDADES DE<br />

SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DE SANTA CATARINA<br />

Rodrigues, Diego Trajano; Maciel, Caroline Vieira; Lora, Juliana; Becker,<br />

Indianara Reynaud Toreti.......................................................................... 77<br />

36. FITOTERAPIA RACIONAL: ASPECTOS ETNOBOTÂNICOS, TAXONÔMICOS,<br />

AGROECOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS<br />

Rossato, A.E.; Citadini-Zanette, V.; Santos, R.R.; Borges, M.S.; Cardoso,<br />

P.S.; Amboni, A.P.; Destro, B.; Lora, J.; Amaral, P.A. ............................. 79<br />

37. FARMÁCIA SOLIDÁRIA UNESC COMO CENÁRIO PARA INTEGRAÇÃO<br />

ENSINO-SERVIÇO.<br />

Matias, Dyeison Bernardo, Bresola, Joziane, Uggioni, Elaine Castagnetti<br />

Borges, Lora, Juliana, Rossato, Angela Erna, Becker, Indianara Reynaud<br />

Toreti ....................................................................................................... 82<br />

38. LEVANTAMENTO DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E DA PRÁTICA DE<br />

POLIFARMÁCIA EM PACIENTES HIPERTENSOS E DIABÉTICOS DO PSF/CAIC<br />

DO BAIRRO IMACULADA EM VARGINHA-MG<br />

ISSN Nº 1984-3828 6


SILVA, Wilson Bernar<strong>de</strong>s <strong>da</strong>; SILVA, Rosilaine C. <strong>da</strong>; SILVA, Leila <strong>da</strong><br />

................................................................................................................... 84<br />

39. EXPERIÊNCIAS, VIVÊNCIAS E IMPACTO NA FORMAÇÃO DE UM ESTUDANTE<br />

DE FARMÁCIA PARTICIPANTE DO PET-SAÚDE/ SAÚDE DA FAMÍLIA<br />

Pagnussat, Lidiane Riva; Luza, Katia; Dal'maso, Margareth A<strong>de</strong>lina Buaes;<br />

Reali, Luiza; Cervi, Mariza C.; Barelli, Cristiane ......................................... 86<br />

40. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA EM ADULTOS: O QUE MOBILIZA A<br />

APREENSÃO DE CONHECIMENTOS?<br />

Barelli, Cristiane; Scherer, Jose Ivo; Rosa Filho, Luiz Artur; Bruning,<br />

Guilherme E.; Gonçalves, Carla B.C.; Cervi, Mariza C............................... 88<br />

41. EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS PELOS ALUNOS DO CURSO DE FARMÁCIA<br />

NO ATENDIMENTO A POPULAÇÃO NA FARMÁCIA CENTRAL DO MUNICÍPIO<br />

DE PASSO FUNDO, RS.<br />

Hahn, Siomara Regina ............................................................................... 90<br />

42. VISITA DOMICILIAR INTERPROFISSIONAL COMO PRÁTICA FARMACÊUTICA<br />

NA ATENÇÃO PRIMÁRIA SAÚDE<br />

Barelli, Cristiane; Freitas, Alessandra R.; Pagnussat, Lidiane R.; Scherer;<br />

Jose Ivo; Gonçalves, Carla B.C.; Cervi, Mariza C. ......................................92<br />

43. O PREPARO DO GRADUANDO EM FARMÁCIA-BIOQUÍMICA DA<br />

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PARA ATUAR EM SITUAÇÕES<br />

EMERGENCIAIS: UMA ANÁLISE CURRICULAR.<br />

Castellar, Leonardo Dos Santos; Strasser, Marc.; Bacchi, Elfrie<strong>de</strong> Marianne. ......94<br />

44. CONTRIBUIÇÕES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ATENÇÃO<br />

FARMACÊUTICA NA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE<br />

Martins, Cristiane Vasconcelos Parente; Belarmino, Lívia Romão; Arru<strong>da</strong>,<br />

Régila Aguiar De; Almei<strong>da</strong>, Marilia Viana Albuquerque De; Silva, Sue Ellen<br />

Galdino ..................................................................................................... 97<br />

45. AVALIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE FARMÁCIA NO<br />

COMPONENTE CURRICULAR DE FARMACOLOGIA COM A UTILIZAÇÃO DA<br />

METODOLOGIA DE APRENDIZAGEM BASEADA EM TAREFAS<br />

Morais, Danyelle Cristine Marini De.......................................................... 99<br />

46. ENSINO BASEADO NA COMUNIDADE: INTEGRANDO SABERES NO<br />

ACOMPANHAMENTO DE IDOSOS<br />

Monte, Francisca Sueli; Micalli, Idivaldo Antonio; Araujo, Dina Maria; Ferrari,<br />

Marcio; Lemos, Telma Maria Araujo Moura; Rezen<strong>de</strong>, Adriana Augusto ..101<br />

ISSN Nº 1984-3828 7


47. EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO NA ASSISTÊNCIA<br />

FARMACÊUTICA NO ESTADO DO PARANÁ<br />

Grochocki, Mônica Cavichiolo; Correr, Cassyano; Pontarolli, Deise; Lamb,<br />

Lore; Otuki, Michel; Pontarolo, Roberto ....................................................102<br />

48. EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS INOVADORAS: DESENVOLVIMENTO DE UM<br />

MODELO DE PRÁTICA CLÍNICA NA PERSPECTIVA INTERDICIPLINAR<br />

DURANTE A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE MEDICINA E FARMÁCIA<br />

Willrich, Ilton Oscar; Bresolin, José Roberto; Bernardo, Noemia Liege;<br />

Moritz, Rogério Paulo; Drichel, Rosaura Rodrigues; Silva, Viviane<br />

Faria......................................................................................................... 104<br />

49. A ATUAÇÃO DO RESIDENTE FARMACÊUTICO EM UMA EQUIPE<br />

MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE<br />

Rodrigues Dos Santos, Marília; Oliveira Santos, Daniel; Petroli Frutuoso,<br />

Maria Fernan<strong>da</strong>; Fegadolli, Claudia; Matos Souza, Juliana; Taipina Pedro<br />

Feitosa, Fabrício ........................................................................................106<br />

50. RESIDÊNCIA EM ANÁLISES CLÍNICAS NO HU-UFJF: UM CONCEITO<br />

DIFERENCIADO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU<br />

Pinto, Alexandre Freire; Braga, Maria Helena; Matos, Renê Gonçalves;<br />

Oliveira, Murilo Gomes; Neves-Dos-Santos, Sandra ................................108<br />

51. O PROCESSO DE INSERÇÃO DE UMA EQUIPE DE RESIDÊNCIA<br />

MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA NA<br />

BAIXADA SANTISTA<br />

Heise, Maíra; Rodrigues Dos Santos, Marília; Silva Marinho, Cléria; Ramos,<br />

Ana Maria; Carrasco, Ana Virginia. ........................................................ 110<br />

52. FARMACIA ESCOLA DA UFSC NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: UNIDADE<br />

DE REFERÊNCIA DO COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA<br />

FARMACEUTICA EM FLORIANÓPOLIS<br />

Foopa, Aa; Matsu<strong>da</strong>, Ky; Cardoso, Makg; Rover, Mrm; Wagner. Ms; Pereira,<br />

Al; Souza, Ln;. Farias, Mr; Leite, Sn; Campos, C..................................... 111<br />

53. QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM DOENÇA DE CHAGAS<br />

ATENDIDOS NO SERVIÇO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA EM FORTALEZA–<br />

CE.<br />

Souza-Júnior, Alcidésio Sales, Thé, Patrícia Maria Pontes, Fonteles, Marta<br />

Maria De França, Arrais, Paulo Sérgio Dourado, Oliveira, Maria De Fátima<br />

................................................................................................................ 114<br />

54. O PLANO OPERATIVO COMO INSTRUMENTO DO PLANEJAMENTO<br />

ESTRATÉGICO SITUACIONAL NO CURSO DE GESTÃO DA ASSISTÊNCIA<br />

ISSN Nº 1984-3828 8


FARMACÊUTICA-ESPECIALIZAÇÃO A DISTÂNCIA: A EXPERIÊNCIA<br />

DIDÁTICO-PEDAGÓGICA<br />

Soares, Luciano; Dielh, Eliana; Farias, Mareni; Leite, Silvana N.; Campese,<br />

Marcelo; Manzini, Fernan<strong>da</strong>; Borba Jr., Gelso; Pupo, Guilherme; Bagatini,<br />

Fabiola. ......................................................................................................116<br />

55. CAPACITAÇÃO DE FARMACÊUTICOS QUE ATUAM NA ASSISTÊNCIA<br />

FARMACÊUTICA NO ESTADO DO PARANÁ<br />

Grochocki, Mônica Cavichiolo; Neto, José Dos Passos ............................117<br />

56. INSERÇÃO DE ALUNO DE FARMÁCIA EM EQUIPE DE ESTRATÉGIA DE<br />

SAÚDE DA FAMÍLIA, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL<br />

Cesila, Cibele Apareci<strong>da</strong>; Baldoni, André; Santos, Vânia Dos .................119<br />

57. PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DA DISCIPLINA DE ESTÁGIO EM FARMÁCIA I<br />

SOBRE O CURSO DE INTRODUÇÃO À PRÁTICA FARMACÊUTICA CLÍNICA<br />

Rodrigues Neto, Edilson Martins; Firmino, Paulo Yuri Milen; Oliveira, Bruna<br />

Esmeraldo; Firmino, Paulo Andrey Milen; Reis, Henry Pablo Lopes Campos;<br />

Silva, Luzia Izabel Mesquita Moreira Da; Fonteles, Marta Maria De França;<br />

Ponciano, Ângela Maria De Sousa; Romero, Nirla Rodrigues<br />

...................................................................................................................121<br />

58. ASSITÊNCIA FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO BÁSICA: EXPERIÊNCIA NA<br />

INSERÇÃO DO ACADÊMICO DE FARMÁCIA<br />

Rodrigues Neto, Edilson Martins; Nocrato, Miriam Nunes; Soares, Milena<br />

Marques; Fonteles, Marta Maria De França; Romero, Nirla Rodrigues; Arrais,<br />

Paulo Sergio Dourado................................................................................122<br />

59. MARKETING PROFISSIONAL E PROMOÇÃO DA SAÚDE: RESULTADOS DE<br />

UM PROJETO FARMACÊUTICO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL<br />

Rodrigues Neto, Edilson Martins; Magalhães, Thiago Cesar Pinto; Oliveira,<br />

Yara Santiago; Nobre, Nayara Jany Cavalcante; Magalhães, Lavinia Salete<br />

De Melo Maia; Ferreira, Maria Augusta Drago. .........................................123<br />

ISSN Nº 1984-3828 9


INTEGRAÇÃO ENSINO/ SERVIÇO: VIVÊNCIAS NA PRECEPTORIA DE<br />

ESTUDANTES DE FARMÁCIA<br />

Educação em Farmácia; Assistência Farmacêutica; Atenção Farmacêutica.<br />

ALMEIDA, FRANCISCA MARIA DE; CRUZ, AMÉRICA DE LOURDES NOGUEIRA DA<br />

DINIZ, GERLANIA MARTINS; MIRANDA, MICHELLE SILVA; PEREIRA, IONE<br />

CRISTINA PAIVA; SOARES DE BRITTO, MARIA HELENA SEABRA<br />

A Constituição Brasileira <strong>de</strong> 1988 refere que cabe ao Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS)<br />

or<strong>de</strong>nar a formação <strong>de</strong> recursos humanos nessa área, mas esta tarefa é ain<strong>da</strong> um<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio, <strong>da</strong><strong>da</strong>s as características <strong>da</strong>s instituições <strong>de</strong> ensino e o seu significativo<br />

distanciamento do sistema público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Ain<strong>da</strong> são restritos os espaços conjuntos<br />

entre as instituições formadoras e as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, dificultando o confronto entre<br />

as formas <strong>de</strong> “saber” e “fazer” conforme a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> requer. Nessa interação, há o risco<br />

<strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar a universi<strong>da</strong><strong>de</strong> como referência do saber legítimo, diminuindo o<br />

significado dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> como espaços <strong>de</strong> aprendizagem e produtores <strong>de</strong><br />

conhecimento. Por outro lado, a prática nos serviços não <strong>de</strong>ve ser entendi<strong>da</strong> como um<br />

espaço apenas <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> idéias, mas também <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> novas teorias.<br />

A ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> integração ensino e serviço, ora <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> sob forma <strong>de</strong> Estágio<br />

Supervisionado na Extensão, insere estu<strong>da</strong>ntes do Curso <strong>de</strong> Graduação em Farmácia,<br />

nos serviços <strong>de</strong> distribuição/dispensação <strong>de</strong> medicamentos <strong>da</strong> re<strong>de</strong> pública do SUS,<br />

nos três níveis <strong>de</strong> Atenção à Saú<strong>de</strong>. Com a duração <strong>de</strong> 20 semanas, esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> foi<br />

igualmente dividi<strong>da</strong> em duas etapas. A primeira, para visita aos serviços <strong>da</strong> Atenção<br />

Básica; e a segun<strong>da</strong>, para os <strong>da</strong> Média e Alta Complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Nas primeiras quatro<br />

semanas <strong>da</strong>s duas etapas, os Farmacêuticos dos serviços, previamente i<strong>de</strong>ntificados<br />

como Preceptores, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> pactuarem com a coor<strong>de</strong>nação do projeto, recebiam os<br />

estu<strong>da</strong>ntes, em grupos <strong>de</strong> no máximo dois, em duas visitas semanais, para<br />

acompanhamento <strong>de</strong> suas práticas diárias. Depois <strong>de</strong>ssas visitas, os estu<strong>da</strong>ntes<br />

elaboravam narrativas sobre o que observavam <strong>da</strong>s práticas profissionais e as<br />

encaminhavam através <strong>de</strong> e-mail, para um grupo na internet, do qual todos os<br />

participantes do projeto tinham livre acesso. Semanalmente aconteciam encontros na<br />

escola, para os quais todos os participantes também eram convi<strong>da</strong>dos. Nesses<br />

encontros semanais, ca<strong>da</strong> grupo <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes, escolhia uma narrativa para ler para o<br />

restante. A partir <strong>de</strong>ssas narrativas eram i<strong>de</strong>ntificados os problemas, os quais<br />

norteariam a aprendizagem <strong>da</strong>quela semana. Na quinta semana, <strong>da</strong>s duas etapas, os<br />

preceptores pactuavam a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> sua prática, caso essa necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> fosse<br />

i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> pelo grupo. Nas quatro semanas subseqüentes, a nova prática <strong>da</strong><br />

preceptoria era acompanha<strong>da</strong>. Quando não foi i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça,<br />

a mesma prática era segui<strong>da</strong>. Na última semana, <strong>da</strong>s duas etapas, foram feitas<br />

avaliações do processo, tanto através <strong>de</strong> perguntas e respostas, como do índice <strong>de</strong><br />

satisfação dos participantes. A participação dos estu<strong>da</strong>ntes foi obrigatória, mas os<br />

Preceptores tiveram livre escolha. Percebemos que o trabalho articulado entre os<br />

profissionais do SUS e a instituição formadora, constituiu-se numa proposta <strong>de</strong><br />

ISSN Nº 1984-3828 10


transformação dos serviços, bem como dos processos formativos, visto que os<br />

estu<strong>da</strong>ntes tiveram oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r através <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas e<br />

<strong>da</strong> busca <strong>de</strong> soluções para eles. A valorização do conhecimento que é cotidianamente<br />

produzido nas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, articulando-o com o que é criado na universi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

foi um passo fun<strong>da</strong>mental para a melhoria <strong>da</strong> formação <strong>de</strong> profissionais do SUS.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e Insumos<br />

Estratégicos. Departamento <strong>de</strong> Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos.<br />

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74 p.: il. Brasília, DF, 2006.<br />

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Estratégicos. Departamento <strong>de</strong> Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos.<br />

Relação Nacional <strong>de</strong> Medicamentos Essenciais: RENAME. Brasília, DF. 2010.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e Insumos<br />

Estratégicos. Departamento <strong>de</strong> Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos.<br />

Formulário terapêutico nacional 2010: Rename 2010/Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Secretaria<br />

<strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento <strong>de</strong> Assistência<br />

Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – 2. ed. – Brasília, DF. 2010.<br />

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Diretrizes Terapêuticas. Vol. I. 2ª ed. Brasília, DF. 2010.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria-Executiva. Departamento <strong>de</strong> Economia <strong>da</strong><br />

Saú<strong>de</strong> e Desenvolvimento. Padrão <strong>de</strong>scritivo <strong>de</strong> medicamentos: Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> Catalogadora<br />

do Catálogo <strong>de</strong> materiais do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Brasília, DF. 2011.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Atenção à Saú<strong>de</strong>. DAPES. Coor<strong>de</strong>nação<br />

Geral <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Mental, Álcool e Outras Drogas. Saú<strong>de</strong> Mental no SUS: as novas<br />

fronteiras <strong>da</strong> Reforma Psiquiátrica. Relatório <strong>de</strong> Gestão 2007-2010. Ministério <strong>da</strong><br />

Saú<strong>de</strong>: Brasília. 2011.<br />

ISSN Nº 1984-3828 11


CASTRO, M. S. Atenção Farmacêutica: efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do seguimento farmacoterapêutico<br />

<strong>de</strong> pacientes hipertensos não-controlados. UFRGS. Porto Alegre, RS. 2004.<br />

FEUERWERKER, L. C. M.; SENA, R. Contribuição ao movimento <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça na<br />

formação profissional em saú<strong>de</strong>: uma avaliação <strong>da</strong>s experiências UNI. Interface -<br />

Comunic, Saú<strong>de</strong>, Educ, v6, n10, p.37-50, 2002.<br />

IVAMA, A. M. et al. Consenso Brasileiro <strong>de</strong> Atenção Farmacêutica: proposta.<br />

Organização Panamericana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Brasília, DF. 2002.<br />

MARCOLINO, T.Q.; MIZUKAMI, M.G.N. Narratives, reflective processes and<br />

professional practice: contributions towards research and training. Interface - Comunic.,<br />

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MARIN, N.; LUIZA, V. L.; CASTRO, C. G. S. O. ; SANTOS, S. M.(ORG.). Assistência<br />

Farmacêutica para gerentes municipais. Rio <strong>de</strong> Janeiro. OPAS. 2003.<br />

World Health Organization (<strong>WHO</strong>). World Medicines Situation. Genebra: <strong>WHO</strong>, 2004.<br />

ISSN Nº 1984-3828 12


RODA FARMACÊUTICA: UM ESPAÇO PARA CONSTRUÇÃO DE<br />

HABILIDADES COM A INTEGRAÇÃO DO CONHECIMENTO TEÓRICO E<br />

PRÁTICO PARA UM MELHOR ATENDIMENTO FARMACÊUTICO<br />

Ro<strong>da</strong> farmacêutica; tratamento medicamentoso; orientação ao paciente.<br />

AYRES, LORENA ROCHA; CHRYSOSTOMO, TAIS NADER;<br />

GARCIA-ANDRADE, REGINA CÉLIA<br />

No Brasil, bem como em vários outros países, a atuação do farmacêutico vem, ao<br />

longo dos anos, sofrendo várias transformações que culminaram com uma valorização<br />

do atendimento personalizado ao paciente <strong>de</strong> acordo com a sua necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

farmacoterapêutica. Diante disso, muito tem sido discutido e investido em uma<br />

educação farmacêutica mais volta<strong>da</strong> para a assistência, porém, apesar dos esforços<br />

realizados, os profissionais ain<strong>da</strong> saem <strong>de</strong>spreparados para o mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />

Percebe-se, então, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se criar novos espaços, que permitam a<br />

construção <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, com intuito <strong>de</strong> trazer para a prática os conhecimentos<br />

técnicos adquiridos em relação ao tratamento e ao cui<strong>da</strong>do, que durante a graduação<br />

são construídos <strong>de</strong> forma fragmenta<strong>da</strong>, não permitindo a visualização do processo<br />

como um todo. Tendo em vista este cenário, o presente trabalho tem como objetivo<br />

propor a implantação <strong>de</strong> um espaço para discussão aberto a todos os estu<strong>da</strong>ntes do<br />

curso <strong>de</strong> graduação <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Farmacêuticas <strong>de</strong> Ribeirão Preto<br />

FCFRP-USP, intitulado “Ro<strong>da</strong> Farmacêutica”, em que serão discutidos temas<br />

relacionados ao tratamento medicamentoso e a orientação do paciente para melhor<br />

preparar esses acadêmicos para atuarem como profissionais que possam aten<strong>de</strong>r às<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> população, através do cui<strong>da</strong>do e <strong>de</strong> atendimento<br />

individualizado. Serão realiza<strong>da</strong>s 20 reuniões <strong>de</strong> 1 hora ca<strong>da</strong>, no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> um ano,<br />

on<strong>de</strong> serão discutidos temas relacionados a 20 medicamentos diferentes agrupados<br />

por classes, os quais estão inseridos na lista <strong>de</strong> medicamentos do Sistema Único <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> (SUS). A discussão será centra<strong>da</strong> na fisiopatologia <strong>de</strong> algumas doenças (mais<br />

prevalentes) e nos medicamentos usados para tratá-las, bem como a a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong><br />

utilização <strong>de</strong>stes e as orientações importantes que <strong>de</strong>vem ser feitas ao paciente. A<br />

ca<strong>da</strong> reunião terá um profissional convi<strong>da</strong>do que atua no serviço farmacêutico <strong>da</strong> re<strong>de</strong><br />

pública <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto, SP que trará suas experiências para a ro<strong>da</strong>,<br />

enriquecendo assim as discussões. Para as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Ro<strong>da</strong> Farmacêutica, está<br />

sendo elaborado um material com o conteúdo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> reunião, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ser<br />

utilizado como guia e nortear as discussões. Espera-se que com esse trabalho os<br />

estu<strong>da</strong>ntes possam se aproximar mais <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> e saiam <strong>da</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong>, para<br />

seus estágios ou empregos, mais bem preparados e capazes <strong>de</strong> resolverem os<br />

problemas relacionados à terapia medicamentosa com mais segurança e eficiência.<br />

Apoio financeiro: CNPq.<br />

ISSN Nº 1984-3828 13


PROJETO DE EDUCAÇAO POPULAR EM SAUDE E MEDICAMENTOS EM<br />

BAIRROS DA CIDADE SÃO LUÍS, MARANHÃO<br />

Educação em saú<strong>de</strong>; Política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; Uso <strong>de</strong> medicamentos.<br />

RIBEIRO, ALANE ANDRELINO; SOUZA, JOYCE HELEN LAVRA; SILVA, RÔMULO<br />

VIEIRA; MARANHÃO, MARINA CRISTINE SILVA; BARBOSA, DÉLLIO WILLIANS<br />

SILVA; REIS, LEILA BELTRÃO<br />

Educação popular em saú<strong>de</strong> envolve processos que contribuem para a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong><br />

atitu<strong>de</strong>s e conduta <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, facilitando o acesso ao saber e ao conhecimento<br />

em saú<strong>de</strong>, levando sempre em conta as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s e reivindicações<br />

<strong>de</strong>sta população. Consi<strong>de</strong>rando que o farmacêutico é um profissional <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e pela<br />

saú<strong>de</strong>, através principalmente do conhecimento sobre medicamentos, é seu <strong>de</strong>ver<br />

orientar e educar a população quanto ao uso racional dos medicamentos e sua relação<br />

no processo saú<strong>de</strong>-doença. Desta forma, o objetivo do presente projeto foi mobilizar,<br />

capacitar e multiplicar informações sobre as políticas <strong>de</strong> acesso e o uso do<br />

medicamento para reforçar o potencial popular; bem como contribuir para a<br />

consoli<strong>da</strong>ção dos princípios e diretrizes do SUS através <strong>da</strong> vivência prática e aplicação<br />

<strong>de</strong> conhecimento científico dos estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> Graduação em Farmácia. O projeto<br />

ocorreu na área contempla<strong>da</strong> pelo PSF do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Djalma Marques, que<br />

inclui os Bairros Parque Vitória, Ipem Turu e dois Assentamentos, no Município <strong>de</strong> São<br />

Luis/MA. O projeto foi <strong>de</strong>senvolvido em quatro etapas, a saber: 1. I<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s<br />

condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e trabalho, I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> risco e condições <strong>de</strong> acesso<br />

ao medicamento; 2. Capacitação dos estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> farmácia sobre educação popular<br />

em diferentes eixos temáticos (Doenças Tropicais, Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Mulher,<br />

Diabetes/Hipertensão, Antibióticos e Antiinflamatórios, Plantas Medicinais e<br />

Preparações <strong>de</strong> Fitoterápicos Populares); 3. Capacitação dos agentes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, pelos<br />

estu<strong>da</strong>ntes; 4. Participação interativa estu<strong>da</strong>ntes-agentes-comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, em forma <strong>de</strong><br />

campanha. Durante o projeto foram capacitados 150 estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> farmácia, 18<br />

agentes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e lí<strong>de</strong>res comunitários, além <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> assisti<strong>da</strong> pela<br />

campanha, on<strong>de</strong> foram promovidos conceitos e princípios em comunicação, educação<br />

e informação em saú<strong>de</strong> através <strong>da</strong> interação participativa entre educando, educador e<br />

contexto. Este tipo <strong>de</strong> ação tem proporcionado, aos participantes, mas principalmente<br />

aos discentes, a organização e entendimento do processo saú<strong>de</strong>-doença e <strong>da</strong><br />

importância <strong>da</strong> educação continua<strong>da</strong>; bem como a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> real e irrevogável <strong>da</strong><br />

percepção do valor pessoal na atuação em Saú<strong>de</strong>. Diante <strong>da</strong> experiência satisfatória<br />

na capacitação dos agentes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, houve o interesse <strong>de</strong> outros Programas <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família em capacitar também seus agentes pelo projeto, enten<strong>de</strong>ndo a<br />

importância <strong>de</strong>stas informações na atenção a saú<strong>de</strong>.<br />

ISSN Nº 1984-3828 14


BIBLIOGRAFIA<br />

<strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong> <strong>de</strong> educação popular e sau<strong>de</strong> / Ministerio <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. BRASIL.Conferência<br />

Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, VII. Anais. Brasília: MS, 1980.<br />

FERREIRA, N. R. F.; MOTTA,V. F. M. As políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,os movimentos sociais e a<br />

construção do sistema único <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Disponível<br />

em:acesso em<br />

21/04/11.<br />

ISSN Nº 1984-3828 15


AVALIAÇÃO DAS MATRIZES CURRICULARES DOS CURSOS DE<br />

GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS<br />

BRASILEIRAS<br />

Educação em Farmácia; Escolas <strong>de</strong> Farmácia; Política <strong>de</strong> Educação Superior.<br />

OLIVEIRA-SÁ, D. A. B.; SILVA, W. B.<br />

A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> qualifica<strong>da</strong> para o Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS)<br />

levou os cursos <strong>de</strong> graduação em saú<strong>de</strong> a uma revisão do direcionamento <strong>de</strong> sua<br />

formação curricular. Nos cursos <strong>de</strong> graduação em Farmácia a mu<strong>da</strong>nça ocorreu <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> 2002, quando as Diretrizes Curriculares Nacionais para as Graduações (DCNs)<br />

foram publica<strong>da</strong>s pelo Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação. No entanto o processo <strong>de</strong><br />

mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> um currículo mais tecnicista para uma formação generalista parece<br />

permea<strong>da</strong> por diversos problemas, que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a falta <strong>de</strong> qualificação pe<strong>da</strong>gógica<br />

docente até a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quar as novas diretrizes à diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> áreas <strong>da</strong><br />

formação Farmacêutica. Avaliar as matrizes curriculares dos cursos <strong>de</strong> Graduação em<br />

Farmácia <strong>da</strong>s Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Fe<strong>de</strong>rais brasileiras, <strong>de</strong>screvendo: a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cursos em Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Fe<strong>de</strong>rais por região: a carga horária média: total, <strong>de</strong> aulas<br />

práticas, <strong>de</strong> estágio e <strong>de</strong> matérias complementares; a divisão <strong>da</strong> carga horária por área<br />

do conhecimento. Estudo <strong>de</strong>scritivo observacional que utiliza como abor<strong>da</strong>gem a<br />

pesquisa documental (Minayo, 2000). O universo <strong>da</strong> pesquisa foi constituído pelos<br />

Cursos <strong>de</strong> Graduação em Farmácia <strong>da</strong>s Instituições Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> Ensino Superior<br />

(IFES) brasileiras. Deste universo foi estabelecido o objeto <strong>da</strong> pesquisa: as matrizes<br />

curriculares dos projetos pe<strong>da</strong>gógicos dos cursos <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong>s IFES brasileiras;<br />

para constituição <strong>da</strong> amostragem documental. Os <strong>da</strong>dos extraídos <strong>da</strong>s matrizes<br />

curriculares foram categorizados em relação à carga-horária; carga-horária/ciclo <strong>de</strong><br />

formação (básico e profissionalizante) e por área <strong>de</strong> conhecimento; carga-horária <strong>de</strong><br />

estágio obrigatório; carga-horária total; carga-horária <strong>de</strong> aulas práticas; carga-horária<br />

<strong>de</strong> práticas; carga-horária complementar; número <strong>de</strong> períodos. Foram avalia<strong>da</strong>s as<br />

matrizes curriculares <strong>de</strong> 33 IFES, sendo 3 <strong>da</strong> região Norte, 4 <strong>da</strong> Centro-Oeste, 5 <strong>da</strong><br />

região Sul, 10 região Su<strong>de</strong>ste e 11 região Nor<strong>de</strong>ste. A carga horária total média dos<br />

cursos é <strong>de</strong> 4.863 horas, as aulas práticas tem a média <strong>de</strong> 1.488,2 horas, a <strong>de</strong> estágio<br />

foi <strong>de</strong> 888,7 horas e a dos créditos complementares <strong>de</strong> 306,0 horas. As seguintes<br />

áreas do conhecimento foram categoriza<strong>da</strong>s: Alimentos, Análises Clínicas e<br />

Toxicológicas, Tecnologia <strong>de</strong> Medicamentos, Farmácia Social e Clínica, Ciências<br />

Biológicas e Ciências Exatas, estas representam respectivamente 3%, 9,7%, 16%,<br />

10%, 17,3% e 13,4% <strong>da</strong> carga-horária avalia<strong>da</strong>.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Educação e Cultura. Parecer CNE/CES 1.300/2001. Diretrizes<br />

Curriculares Nacionais dos Cursos <strong>de</strong> Graduação em Farmácia e Odontologia. Diário<br />

Oficial <strong>da</strong> União, Brasília, s. 1, p. 25, 7 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z., 2001.<br />

ISSN Nº 1984-3828 16


MINAYO, M. C. <strong>de</strong> S. O <strong>de</strong>safio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saú<strong>de</strong>. 7.<br />

ed.São Paulo: Hucitec, 2000. 269p.<br />

SILVERMAN, D. Interpretação <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos qualitativos: métodos, entrevistas, textos e<br />

interpretações. Porto Alegre; ArtMed, 2009. 376p.<br />

SILVA, W. B. A emergência <strong>da</strong> Atenção Farmacêutica: um olhar epistemológico e<br />

contribuições para o seu ensino. Florianópolis, SC, 2009. Programa <strong>de</strong> Pós-graduação<br />

em Educação Científica e Tecnológica (PPGECT), Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa<br />

Catarina. Tese (Doutorado em Educação Científica e Tecnológica).<br />

ISSN Nº 1984-3828 17


VIVÊNCIAS NA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS NO ÂMBITO DO<br />

COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA<br />

Educação em Farmácia; Assistência Farmacêutica; Atenção à Saú<strong>de</strong>.<br />

FEITOSA, GEORGIA FERNANDA DOS SANTOS; MORAES, DIOGO NASCIMENTO;<br />

OLIVEIRA CASTRO, ABIGAIL TRINDADE; RABELO, MARIANA GRACINDA ALMEIDA<br />

DOS SANTOS; SILVA, TIARA VITALINO DA; SOARES DE BRITTO, MARIA HELENA<br />

SEABRA<br />

Para facilitar o acesso aos medicamentos no Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS), a Política<br />

<strong>de</strong> Medicamentos no Brasil está regulamenta<strong>da</strong> e hierarquicamente distribuí<strong>da</strong> entre os<br />

três níveis <strong>de</strong> Atenção à Saú<strong>de</strong>. Na Atenção Secundária e Terciária, sob<br />

responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos Estados e <strong>da</strong> União, temos o Componente Especializado <strong>da</strong><br />

Assistência Farmacêutica (CEAF), para o tratamento <strong>de</strong> patologias raras, com alta<br />

morbi<strong>da</strong><strong>de</strong>, como doenças genéticas, por exemplo, quando o custo do tratamento é<br />

elevado, quer pelo valor unitário do medicamento, quer pela duração do seu uso. Estes<br />

últimos, quase sempre, são produzidos fora do país e requerem ain<strong>da</strong>, gastos <strong>de</strong><br />

importação. Portanto, para garantir que o acesso ao CEAF seja universal, torna-se<br />

imprescindível que seu uso seja norteado por protocolos clínicos e diretrizes<br />

terapêuticas, que estabeleçam critérios diagnósticos e acompanhamento dos<br />

resultados pelo profissional Farmacêutico, único profissional habilitado para realizar<br />

sua dispensação. Serviços Farmacêuticos <strong>de</strong> dispensação <strong>de</strong> medicamentos <strong>da</strong> Média<br />

e Alta Complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>, que incluíram a Farmácia Estadual <strong>de</strong> Medicamentos<br />

Especializados, a Central <strong>de</strong> Abastecimento Farmacêutico do Estado e a Farmácia<br />

Universitária. A inserção <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes do Curso <strong>de</strong> Farmácia <strong>de</strong> diferentes períodos,<br />

agrupados em duplas, nos serviços <strong>de</strong> dispensação do CEAF <strong>de</strong>u-se durante 10<br />

semanas, por meio <strong>de</strong> duas visitas em ca<strong>da</strong> uma. Em ca<strong>da</strong> semana todos os<br />

participantes do projeto eram convi<strong>da</strong>dos para uma reunião do gran<strong>de</strong> grupo, sendo<br />

obrigatória a presença dos estu<strong>da</strong>ntes. O Farmacêutico <strong>de</strong>sses serviços, <strong>de</strong>nominado<br />

Preceptor, foi previamente i<strong>de</strong>ntificado pela participação em projetos que envolviam a<br />

aca<strong>de</strong>mia e o serviço. Essa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> complementar, sob a forma <strong>de</strong> estágio, consistia<br />

no acompanhamento <strong>da</strong> prática do Preceptor pelo estu<strong>da</strong>nte e posterior relato do que<br />

fora observado na rotina, em forma <strong>de</strong> narrativas individuais, publica<strong>da</strong>s no grupo<br />

virtual, com acesso irrestrito a todos. Na reunião semanal, ca<strong>da</strong> dupla <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes<br />

escolhia uma <strong>de</strong> suas narrativa para ser socializa<strong>da</strong> com todos. Desse modo parecia<br />

que todos os estu<strong>da</strong>ntes haviam passado por todos os serviços. Dessas narrativas<br />

foram i<strong>de</strong>ntificados os problemas que a seguir transformaram-se em questões <strong>de</strong><br />

aprendizagem, cujas respostas foram busca<strong>da</strong>s ativamente no referencial bibliográfico<br />

disponibilizado no grupo virtual. Na meta<strong>de</strong> do processo os preceptores foram<br />

consultados para saber se concor<strong>da</strong>vam em inserir na sua prática algumas soluções<br />

para os problemas i<strong>de</strong>ntificados; caso concor<strong>da</strong>ssem os estu<strong>da</strong>ntes seguiriam<br />

acompanhando sua prática modifica<strong>da</strong>; caso negativo, os estu<strong>da</strong>ntes continuariam<br />

acompanhando sua prática como no começo. No final a avaliação do processo foi<br />

ISSN Nº 1984-3828 18


ealiza<strong>da</strong> por Grupo Focal. O aprendizado foi significativo, pois as narrativas<br />

propiciavam a problematização <strong>de</strong> uma situação e a consequente busca ativa <strong>de</strong> uma<br />

resposta à questão <strong>de</strong> aprendizagem que foi gera<strong>da</strong>, permitindo que o estu<strong>da</strong>nte<br />

vivenciasse uma situação real <strong>de</strong> dispensação do CEAF, evi<strong>de</strong>nciando a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s competências necessárias para o bom <strong>de</strong>sempenho<br />

profissional. O “estágio” promoveu a integração dos estu<strong>da</strong>ntes com profissionais do<br />

serviço, favorecendo a troca <strong>de</strong> conhecimentos científicos e <strong>de</strong> experiências pessoais.<br />

Essa vivência, por não ser contempla<strong>da</strong> na atual gra<strong>de</strong> curricular, possibilitou o<br />

aprendizado <strong>da</strong> Política Nacional <strong>de</strong> Medicamentos, possibilitando o preenchimento <strong>de</strong><br />

lacunas antes existentes na formação acadêmica <strong>de</strong>sse grupo.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

ALBUQUERQUE, VERÔNICA SANTOS; GOMES, ANDRÉIA PATRÍCIA; REZENDE,<br />

CARLOS HENRIQUE ALVES DE; SAMPAIO, MARCELO XAVIER; DIAS, ORLENE<br />

VELOSO e LUGARINHO, REGINA MARIA. A Integração Ensino-serviço no Contexto<br />

dos Processos <strong>de</strong> Mu<strong>da</strong>nça na Formação Superior dos Profissionais <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA, 32 (3): 356–362; 2008.<br />

BRASIL. Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Assistência <strong>de</strong> Média e Alta<br />

Complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> no SUS / Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. – Brasília, DF.<br />

CONASS, 2007. 248 p.<br />

BRASIL. Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Para enten<strong>de</strong>r a gestão do SUS.<br />

Coleção Progestores. Brasília: CONASS, 2007.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários Municipais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Nota Técnica conjunta: qualificação <strong>da</strong><br />

assistência farmacêutica. Brasília-DF, 2008.<br />

BRASIL. Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. O Sistema único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e a<br />

qualificação do acesso. CONASS. Brasília: CONASS, 2009.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. O SUS <strong>de</strong> A a Z : garantindo saú<strong>de</strong> nos municípios.<br />

Conselho Nacional <strong>da</strong>s Secretarias Municipais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. – 3. ed. – Brasília, DF. 2009.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Ciência, tecnologia e Insumos<br />

Estratégicos. Departamento <strong>de</strong> Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos.<br />

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Regulamenta e aprova, no âmbito do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, o Componente<br />

Especializado <strong>da</strong> Assistência Farmacêutica, contendo as alterações nos artigos 3, 15,<br />

16 e 63 e os Anexos I, II, <strong>III</strong>, IV e V, dispostas na Portaria GM/MS 3.439, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong><br />

novembro <strong>de</strong> 2010.<br />

ISSN Nº 1984-3828 19


BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Atenção à Saú<strong>de</strong>. Protocolos Clínicos e<br />

Diretrizes Terapêuticas. Vol. I. 2ª ed. Brasília, DF. 2010.<br />

KORNIS, G. E. M., BRAGA, M. H., ZAIRE, C. E. F. Os marcos legais <strong>da</strong>s Políticas <strong>de</strong><br />

Medicamentos no Brasil Contemporâneo (1990-2006). Rev. APS, v. 11, n. 1, p. 85-99,<br />

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MARCOLINO, T. Q e MIZUKAMI, M. G. N. Narrativas, processos reflexivos e prática<br />

profissional: apontamentos para pesquisa e formação. Interface - Comunicação Saú<strong>de</strong><br />

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VIEIRA, FABIOLA SULPINO. Possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> contribuição do farmacêutico para<br />

a promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. Ciência & Saú<strong>de</strong> Coletiva, 12(1):213-220, 2007.<br />

ISSN Nº 1984-3828 20


EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA – RELAÇÃO NECESSÁRIA<br />

Assistência Farmacêutica, Educação, Farmácia.<br />

COSTA, LUIZ HENRIQUE; BRAGA, MARIA HELENA<br />

A realização do I Fórum Nacional <strong>de</strong> Educação Farmacêutica: “O Farmacêutico que o<br />

Brasil Necessita” nos dia 13 e 14 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2007 representa a construção <strong>de</strong> um<br />

espaço <strong>de</strong>mocrático e autônomo <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate <strong>da</strong> política <strong>de</strong> formação dos profissionais<br />

farmacêuticos no país. Representou também a retoma<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma organiza<strong>da</strong> do tema<br />

educação farmacêutica em um novo contexto presente no país e em particular o <strong>da</strong><br />

construção <strong>da</strong> política pública <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> assistência farmacêutica. Construções<br />

importantes foram realiza<strong>da</strong>s a partir do processo recente <strong>de</strong> re<strong>de</strong>mocratização do país<br />

com a realização <strong>de</strong> inúmeras conferências temáticas que elaboraram propostas<br />

inovadoras para o Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. A realização <strong>da</strong> I Conferência Nacional <strong>de</strong><br />

Medicamentos e Assistência Farmacêutica em 2003 foi um marco no sentido <strong>da</strong><br />

construção <strong>da</strong> Política Nacional <strong>de</strong> Medicamentos e Assistência Farmacêutica (AF),<br />

quando buscou o apoio <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> para a garantia do acesso e uso racional <strong>de</strong><br />

medicamentos em consonância com os princípios do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Estes<br />

são espaços do processo do controle social sobre a politica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que se seguiu<br />

<strong>da</strong> aprovação pelo Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Política Nacional <strong>de</strong> Assistência<br />

Farmacêutica como parte integrante <strong>da</strong> Política Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (Resolução nº 338<br />

<strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2004). Com o fortalecimento <strong>de</strong>sta agen<strong>da</strong> a discussão <strong>da</strong> formação<br />

<strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ressurge com força, e a Associação Brasileira <strong>de</strong> Ensino<br />

Farmacêutico (<strong>ABENFAR</strong>) alinhou-se a este <strong>de</strong>bate, inclusive surge <strong>de</strong>ste, e tem<br />

<strong>de</strong>fendido a reorientação <strong>da</strong> educação farmacêutica volta<strong>da</strong> à garantia e efetivação dos<br />

princípios <strong>da</strong> universali<strong>da</strong><strong>de</strong>, integrali<strong>da</strong><strong>de</strong>, equi<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>scentralização nos serviços<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Neste sentido, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) <strong>de</strong> 2002, dos<br />

Cursos <strong>de</strong> Farmácia indicaram a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça na formação profissional,<br />

buscando aproximar-se dos avanços do SUS e <strong>da</strong> politica <strong>de</strong> AF. Formar, portanto,<br />

profissionais aptos à gestão dos serviços e execução <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> assistência à<br />

saú<strong>de</strong>, formação esta, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu início integra<strong>da</strong> aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Por sua vez<br />

esta formação <strong>de</strong>man<strong>da</strong> a plena realização <strong>da</strong> política nacional <strong>de</strong> assistência<br />

farmacêutica no SUS, com a organização dos serviços farmacêuticos integrados em<br />

Re<strong>de</strong>s Assistências a Saú<strong>de</strong> (RAS). As novas DCNs impõe a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

avaliação crítica e permanente <strong>da</strong> educação farmacêutica, uma vez que os serviços<br />

públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>m ca<strong>da</strong> vez mais por profissionais farmacêuticos. O SUS<br />

constituiu-se em um gran<strong>de</strong> campo <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>ste profissional, que precisa se<br />

recriar e aproximar-se <strong>da</strong> população. Para avançar, portanto, é necessário ter presente<br />

a estreita relação entre a formação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

que vem sendo ofereci<strong>da</strong> a população, e a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ste movimento <strong>de</strong><br />

transformação e fortalecimento do SUS, dos Serviços Farmacêuticos e <strong>da</strong> Educação<br />

Farmacêutica no Brasil.<br />

ISSN Nº 1984-3828 21


BIBLIOGRAFIA:<br />

<strong>ABENFAR</strong> – Associação Brasileira <strong>de</strong> Ensino Farmacêutico; Departamento <strong>de</strong><br />

Assistência Farmacêutica do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. I Fórum <strong>de</strong> Educação Farmacêutica:<br />

O Farmacêutico <strong>de</strong> que o Brasil necessita Relatório, Brasília, 2007.<br />

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CES 2, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> fevereiro<br />

<strong>de</strong> 2002 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso <strong>de</strong> Graduação em<br />

Farmácia. Disponível em: portal. mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/Farm.pdf. Acesso em:<br />

agosto, 2009.<br />

LEITE, SN; NASCIMENTO JR, JM; COSTA, LH; BARBANO, DB. I Fórum Brasileiro <strong>de</strong><br />

Educação Farmacêutica: O farmacêutico que o Brasil precisa. Interface. V. 12, n. 25, p.<br />

461-462, 2008.l<br />

MATTOS, R.A. Integrali<strong>da</strong><strong>de</strong>, Trabalho, Saú<strong>de</strong> e Formação Profissional: Algumas<br />

reflexões críticas feitas com base na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> alguns valores. In: Estado, Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

Formação Profissional em Saú<strong>de</strong> – Contradições e <strong>de</strong>safios em 20 anos <strong>de</strong> SUS.<br />

MATTA, G.A; LIMA, J.C.F. Editora Fiocruz. 2008.<br />

ISSN Nº 1984-3828 22


ESTUDO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS NO CURSO DE FARMÁCIA DA<br />

UFMG<br />

Meio ambiente, Currículo, Impacto Ambiental<br />

MAGALHÃES, SÉRGIA MARIA STARLING<br />

A discussão <strong>da</strong>s questões ambientais integra as diretrizes curriculares dos cursos <strong>de</strong><br />

farmácia. Reconhecendo a importância do tema, o Departamento <strong>de</strong> Farmácia social<br />

incluiu no currículo <strong>de</strong> graduação em farmácia <strong>da</strong> UFMG a disciplina obrigatória<br />

Epi<strong>de</strong>miologia e meio ambiente. Os problemas ambientais <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

produtivas permeiam to<strong>da</strong>s as profissões e contribuem para a formação <strong>de</strong><br />

profissionais comprometidos com a sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e a redução dos impactos<br />

ambientais nas suas áreas específicas <strong>de</strong> atuação. Particularmente na Farmácia, há<br />

uma gran<strong>de</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s potencialmente geradoras <strong>de</strong> impactos<br />

ambientais <strong>de</strong> natureza química e biológica, e o conhecimento do impacto <strong>da</strong>s<br />

intervenções e conseqüências sobre a saú<strong>de</strong> humana é uma discussão fun<strong>da</strong>mental.<br />

Pela reduzi<strong>da</strong> carga horária <strong>de</strong>dica<strong>da</strong> ao assunto a discussão tem se limitado a<br />

apresentação <strong>da</strong>s conseqüências sobre a saú<strong>de</strong> humana <strong>da</strong>s transformações ocorri<strong>da</strong>s<br />

ao longo do tempo sobre os compartimentos ambientais: solo, água e ar. Enfatiza-se a<br />

correlação entre a <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção ambiental e a ocorrência <strong>de</strong> contaminações humanas e<br />

epi<strong>de</strong>mias. O ensino ain<strong>da</strong> tem se restringido às aulas teóricas, porém trabalhos <strong>de</strong><br />

campo em setores específicos, voltados para a observação dos impactos ambientais<br />

do setor farmacêutico seriam fun<strong>da</strong>mentais para aprimorar a formação no que<br />

concerne particularmente ao tratamento <strong>de</strong> resíduos sólidos e dos efluentes líquidos e<br />

gasosos. Possivelmente, por se tratar <strong>de</strong> uma discussão recente e pelo distanciamento<br />

histórico do currículo <strong>de</strong> farmácia <strong>de</strong> tais questões, observam-se dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s entre<br />

alunos e professores no reconhecimento <strong>de</strong>ssa discussão no âmbito <strong>da</strong> farmácia e no<br />

espaço curricular que <strong>de</strong>ve ser a ela dirigido. Esse conteúdo reforça a criação <strong>de</strong><br />

massa crítica para a avaliação <strong>de</strong> impactos e adoção <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s mitigadoras.<br />

Consi<strong>de</strong>rando-se a importância <strong>de</strong>ssa temática enfatiza-se a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliar a<br />

discussão <strong>de</strong>ntro dos currículos <strong>de</strong> graduação em farmácia, reforçando-se a<br />

responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> social no cui<strong>da</strong>do ao meio ambiente.<br />

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O PERFIL DA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NA ÁREA DE SAÚDE NA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI). UM ESTUDO SOBRE ENSINO NA<br />

SAÚDE: O CASO DO CURSO DE FARMÁCIA<br />

Educação Farmacêutica; currículo; reforma curricular.<br />

SOARES, LEONARDO FERREIRA; BRITO, CLEITON ALVES; NASCIMENTO,<br />

DOUGLAS DA CRUZ; SANTOS, RODOLFO RITCHELLE LIMA.<br />

Na abor<strong>da</strong>gem clássica <strong>da</strong> formação em saú<strong>de</strong>, o ensino é tecnicista e preocupado<br />

com a sofisticação dos procedimentos e do conhecimento dos equipamentos auxiliares<br />

do diagnóstico, tratamento e cui<strong>da</strong>do, planejado segundo o referencial técnico/científico<br />

acumulado pelos docentes em suas respectivas áreas <strong>de</strong> especiali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou <strong>de</strong>dicação<br />

profissional. Tal perspectiva adota sistemas <strong>de</strong> avaliação cognitiva por acumulação <strong>de</strong><br />

informação técnico-científica padroniza<strong>da</strong>, a qual favorece a especialização precoce, e<br />

perpetua os mo<strong>de</strong>los tradicionais <strong>de</strong> prática em saú<strong>de</strong> (CECCIM & FEUERWERKER,<br />

2004b). Movimentos e organizações sociais em conjunto com as instituições do setor<br />

saú<strong>de</strong> no Brasil vêm ca<strong>da</strong> vez mais reivindicando a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> as escolas <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> repensarem suas metas e objetivos, como também reformularem seus<br />

currículos. A formação para o setor passou a ser objeto para a gestão do ensino, tendo<br />

sido marca<strong>da</strong> pela reflexão crítica e formulação <strong>de</strong> recomen<strong>da</strong>ções políticas dos<br />

gestores e conselheiros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Esta importante mobilização foi fun<strong>da</strong>mental para<br />

que a <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s novas diretrizes curriculares nacionais correspon<strong>de</strong>sse às<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s reconheci<strong>da</strong>s como relevantes ao SUS e à população (CECCIM E<br />

FEUERWERKER, 2004b). Analise do perfil <strong>da</strong> formação dos profissionais<br />

Farmacêuticos <strong>da</strong> UFPI voltados para as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

(SUS). Após análise do Projeto Político Pe<strong>da</strong>gógico do curso <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong> UFPI,<br />

fez-se um levantamento <strong>da</strong>s disciplinas que apresentavam na sua ementa intersecção<br />

com temas que remetessem a questões liga<strong>da</strong>s a Saú<strong>de</strong> Pública. Após análise<br />

qualitativa do projeto político pe<strong>da</strong>gógico do curso observou-se que em apenas 8 <strong>da</strong>s<br />

52 disciplinas obrigatórias elenca<strong>da</strong>s na gra<strong>de</strong> curricular abor<strong>da</strong>vam temas relevantes<br />

ao SUS. Das 23 disciplinas optativas, apenas 3 faziam alusão a temas relevantes em<br />

saú<strong>de</strong> pública. Tais resultados <strong>de</strong>monstram os entraves curriculares à formação dos<br />

espírito critico e reflexivo necessários para a sua atuação no SUS, o que implica em<br />

uma urgente reavaliação na perspectiva <strong>da</strong> construção <strong>de</strong> um currículo que <strong>de</strong>sperte o<br />

aluno para uma formação menos biologicista e conteudista e mais humaniza<strong>da</strong> na<br />

perspectiva do SUS. No entanto, numa perspectiva generalista, há iniciativas<br />

individuais <strong>de</strong> docentes tanto <strong>da</strong> área do medicamento quanto do diagnóstico que<br />

apontam para a construção do perfil do profissional voltado para as <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s do SUS,<br />

priorizando o aprendizado crítico e reflexivo, mesmo que não haja referencia a<br />

consi<strong>de</strong>rações sobre Saú<strong>de</strong> Pública nas ementas <strong>de</strong> suas disciplinas, com isto <strong>de</strong>ve-se<br />

envi<strong>da</strong>r esforços para uma premente reavaliação do projeto político pe<strong>da</strong>gógico do<br />

curso.<br />

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USO RACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS NA COMUNIDADE ASSISTIDA<br />

PELA CRECHE ESCOLA DO APRISCO<br />

Plantas medicinais; educação em saú<strong>de</strong>; fitoterápicos.<br />

THÉ, PATRÍCIA MARIA PONTES; MOREIRA-SILVA, LUZIA IZABEL MESQUITA;<br />

ARRAIS, PAULO SÉRGIO DOURADO; DAY, SOPHIA CÂNDIDO; DANTAS, MARIANA<br />

NOGUEIRA; CAPRISTANO, ALLANA BEZERRA<br />

O uso crescente <strong>de</strong> plantas medicinais e fitoterápicos e a idéia <strong>de</strong> que são isentos <strong>de</strong><br />

efeitos tóxicos têm favorecido o uso irracional <strong>de</strong>sses produtos, muitas vezes ain<strong>da</strong><br />

associados a outros medicamentos (Andreatini, 2000). Este problema foi vivenciado<br />

pelos integrantes do projeto <strong>de</strong> extensão Assistência Farmacêutica à Creche Escola do<br />

Aprisco, vinculado ao Curso <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará. Entre os<br />

professores/funcionários <strong>da</strong> creche é comum o uso <strong>de</strong> plantas medicinais, algumas<br />

cultiva<strong>da</strong>s na própria escola, para o tratamento <strong>de</strong> diversos sintomas/enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. A<br />

Creche-Escola do Aprisco, vincula<strong>da</strong> à Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Fortaleza, acolhe, a<br />

ca<strong>da</strong> ano letivo, cerca <strong>de</strong> 90 crianças na faixa etária <strong>de</strong> dois a cinco anos. Em virtu<strong>de</strong><br />

<strong>da</strong> carência geral <strong>de</strong> recursos e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma atenção primária à saú<strong>de</strong>,<br />

esta comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> foi escolhi<strong>da</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>stas ações <strong>de</strong> extensão.<br />

Neste cenário, estu<strong>da</strong>ntes do curso <strong>de</strong> Farmácia <strong>de</strong>senvolvem a prática <strong>da</strong> Assistência<br />

Farmacêutica. De acordo com a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> a Assistência<br />

Farmacêutica têm por objetivo, alcançar resultados terapêuticos <strong>de</strong>finidos na saú<strong>de</strong> e<br />

na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do paciente, através <strong>da</strong>s atitu<strong>de</strong>s, conhecimentos, valores éticos<br />

e funções na prestação <strong>da</strong> farmacoterapia (OPAS, 1993). Diante <strong>de</strong>sta reali<strong>da</strong><strong>de</strong> os<br />

integrantes do projeto <strong>de</strong>senvolveram ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> esclarecer as<br />

principais dúvi<strong>da</strong>s apresenta<strong>da</strong>s pela comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e alertar para os perigos<br />

relacionados ao uso indiscriminado <strong>da</strong>s plantas medicinais. Foram distribuídos fol<strong>de</strong>rs<br />

e proferi<strong>da</strong>s palestras sobre o uso racional <strong>de</strong> plantas medicinais enfatizando cui<strong>da</strong>dos<br />

relacionados à procedência <strong>da</strong>s plantas, ao modo <strong>de</strong> preparo <strong>da</strong>s diferentes<br />

formulações caseiras, cui<strong>da</strong>dos com o armazenamento e higiene e reações adversas.<br />

Aten<strong>de</strong>ndo a solicitação dos professores/funcionários foi <strong>da</strong><strong>da</strong> ênfase às proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

medicinais do maracujá (Passiflora edulis), goiabeira (Psidium guajava), capim-santo<br />

(Cymbopogon citratus), eucalipto (Eucalyptus globulus) e hortelã (Mentha piperita). A<br />

avaliação do grau <strong>de</strong> conhecimento dos professores/ funcionários <strong>da</strong> creche Aprisco<br />

revelou o interesse pelo uso <strong>da</strong>s plantas medicinais, ao mesmo tempo em que se<br />

verificou o <strong>de</strong>sconhecimento sobre a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> efeitos adversos e dúvi<strong>da</strong>s<br />

relaciona<strong>da</strong>s à forma <strong>de</strong> preparo <strong>de</strong> chás, infusões, macerações entre outras.<br />

Observou-se uma fitoterapia informal, não racional e também associa<strong>da</strong> ao uso <strong>de</strong><br />

medicamentos, o que po<strong>de</strong> levar à ocorrência <strong>de</strong> interações medicamentosas. O uso<br />

<strong>de</strong> plantas medicinais pela comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> se <strong>de</strong>ve a inúmeros fatores, incluindo fácil<br />

acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, baixo custo e a idéia que esses produtos são mais seguros que as<br />

drogas convencionais. A forma como as plantas medicinais vem sendo utiliza<strong>da</strong>s<br />

ISSN Nº 1984-3828 25


apresenta um risco potencial significativo à saú<strong>de</strong> dos usuários. Há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

acompanhamento e esclarecimento mais pontual sobre o assunto para melhor<br />

aproveitamento dos benefícios proporcionados pela fitoterapia. Neste contexto as<br />

ações <strong>de</strong> extensão <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s nos cursos <strong>de</strong> farmácia são importantes para <strong>da</strong>r<br />

suporte à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e promover o uso racional <strong>da</strong>s plantas medicinais.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

Andreatini, R. Uso <strong>de</strong> fitoterápicos em psiquiatria. Rev Bras Psiquiatr. v. 22, n.3,<br />

p.104-5, 2000.<br />

ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE SALUD (OPS). El papel <strong>de</strong>l farmaceutico en el<br />

sistema <strong>de</strong> atención <strong>de</strong> salud. Informe <strong>de</strong> la Reunión <strong>de</strong> la OMS, Tokio, Japón, 1993.<br />

Disponível em: . Acesso em: 19 jun<br />

2011.<br />

ISSN Nº 1984-3828 26


PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E APOIO À AMAMENTAÇÃO: NÍVEL DE<br />

CONHECIMENTO DOS FARMACÊUTICOS<br />

Aleitamento materno, farmacêuticos, serviços comunitários <strong>de</strong> farmácia, farmácias.<br />

MEDEIROS, JOANA DE OLIVEIRA; MOREIRA-SILVA, LUZIA IZABEL MESQUITA;<br />

THÉ, PATRÍCIA MARIA; VIERIA, MARIA MARLY LOPES; GIACOMINI, SÂMIA<br />

GRACIELE MAIA OLIVEIRA; ARRAIS, PAULO SERGIO DOURADO<br />

O farmacêutico, como profissional <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> tem papel importante nas ações <strong>de</strong><br />

promoção, proteção e apoio à amamentação, mas para isto é necessário que ele<br />

possua habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e competência para prestar uma orientação correta. O presente<br />

estudo buscou avaliar os conhecimentos dos farmacêuticos que atuam nas farmácias<br />

comerciais <strong>de</strong> Fortaleza-CE sobre aleitamento materno. Foi utilizado um questionário<br />

que abordou o perfil social dos profissionais, conhecimentos gerais sobre aleitamento<br />

materno e sobre a Norma Brasileira <strong>de</strong> Comercialização <strong>de</strong> Alimentos para Lactentes e<br />

Crianças <strong>de</strong> 1ª Infância, Bicos, Chupetas e Mama<strong>de</strong>iras (NBCAL) (BRASIL, 2006).<br />

Participaram do estudo 67 farmacêuticos que atuam em farmácias comunitárias no<br />

município <strong>de</strong> Fortaleza, selecionados por amostragem probabilística estratifica<strong>da</strong>. Os<br />

<strong>da</strong>dos foram analisados nos programas Epi Info v. 3.5.1 e SigmaPlot v. 10.0 sendo<br />

realiza<strong>da</strong> comparação entre as variáveis, com o valor <strong>de</strong> significância consi<strong>de</strong>rado para<br />

as análises comparativas <strong>de</strong> p


dos cursos <strong>de</strong> Farmácia. Ficou evi<strong>de</strong>ncia<strong>da</strong> a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> ações<br />

para a capacitação/atualização dos farmacêuticos sobre aleitamento materno. Sugerese<br />

que estas ações integrem iniciativas <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> classe e associações <strong>da</strong><br />

categoria, com a efetiva participação <strong>da</strong>s instituições <strong>de</strong> ensino superior em Farmácia.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL. Lei 11265 <strong>de</strong> 04 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2006. Regulamenta a comercialização <strong>de</strong><br />

alimentos para lactentes e crianças <strong>de</strong> primeira infância e também a produtos <strong>de</strong><br />

puericultura correlatos. Brasília: Diário Oficial Rep. Fed. Brasil; 04 jan. 2006. Seção 1,<br />

p.1-3.<br />

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ALIMENTOS FUNCIONAIS E NUTRACÊUTICOS NO CURRICULO DE<br />

FARMÁCIA<br />

Alimentos funcionais; nutracêuticos; legislação<br />

THÉ, PATRÍCIA MARIA PONTES; MOREIRA-SILVA, LUZIA IZABEL MESQUITA;<br />

ARRAIS, PAULO SÉRGIO DOURADO;<br />

Há muito tempo se reconhece a estreita relação entre a nutrição a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> e saú<strong>de</strong>.<br />

Atualmente existe um acentuado empenho mundial em melhorar a alimentação e<br />

reduzir os gastos com saú<strong>de</strong> por meio <strong>da</strong> prevenção <strong>de</strong> doenças crônicas, <strong>da</strong> melhoria<br />

<strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> expectativa <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> ativa. Um maior interesse <strong>da</strong>s pessoas por<br />

assuntos relacionados a alimentos saudáveis tem levado a utilização frequente <strong>de</strong><br />

termos como alimentos funcionais e nutracêuticos. Os alimentos funcionais se<br />

caracterizam por oferecer vários benefícios à saú<strong>de</strong>, além do valor nutritivo, po<strong>de</strong>ndo<br />

<strong>de</strong>sempenhar um papel potencialmente benéfico na redução do risco <strong>de</strong> doenças<br />

crônico-<strong>de</strong>generativas (TAIPINA, et al., 2002). O setor <strong>de</strong> alimentos funcionais registra<br />

gran<strong>de</strong> crescimento, tanto aqui no Brasil como no cenário mundial. A legislação<br />

brasileira não <strong>de</strong>fine alimento funcional, mas <strong>de</strong>fine alegação <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> funcional<br />

e alegação <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e estabelece as diretrizes para sua utilização,<br />

bem como as condições <strong>de</strong> registro para os alimentos com alegação <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

funcional e, ou, <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (BRASIL, 1999a). Já o termo nutracêutico não é reconhecido<br />

pela ANVISA. De acordo com HUNGENHOLTZ & SMID (2002) o termo nutracêutico<br />

abrange uma ampla varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentos e componentes alimentícios com apelos<br />

médico ou <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Sua ação varia do suprimento <strong>de</strong> minerais e vitaminas essenciais<br />

até a proteção contra várias doenças infecciosas. Entretanto, apesar <strong>de</strong>ste termo não<br />

ser oficial, o que se percebe é a sua ampla utilização, por profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

muitas vezes <strong>de</strong> forma equivoca<strong>da</strong>. Na disciplina <strong>de</strong> Bromatologia, oferta<strong>da</strong> para os<br />

alunos do oitavo semestre do Curso <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará,<br />

abor<strong>da</strong>-se um tópico sobre alimentos funcionais. Antes <strong>de</strong> se expor o assunto, faz-se<br />

uma son<strong>da</strong>gem do nível <strong>de</strong> conhecimento dos alunos sobre o tema. Em segui<strong>da</strong> são<br />

prestados esclarecimentos sobre as terminologias, enfatizando-se os aspectos <strong>da</strong><br />

legislação brasileira sobre os alimentos funcionais, Resoluções18 e 19 <strong>de</strong> 1999 <strong>da</strong><br />

ANVISA, e chamando-se a atenção para o fato do termo nutracêutico não ser<br />

reconhecido oficialmente. Percebe-se que a gran<strong>de</strong> maioria dos alunos nunca ouviu<br />

falar em alimentos funcionais, já o termo nutracêutico é mais utilizado. Os alunos não<br />

apresentam muito conhecimento sobre o assunto. Verifica-se a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

esclarecer as diferenças entre as terminologias e, principalmente, chamar a atenção<br />

dos futuros profissionais para o fato <strong>de</strong> que não existe, aqui no Brasil, um<br />

reconhecimento oficial dos nutracêuticos, em relação à terminologia, eficácia,<br />

segurança e quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. É importante que este assunto seja abor<strong>da</strong>do nos currículos<br />

dos cursos <strong>de</strong> farmácia com mais ênfase. Os profissionais farmacêuticos precisam<br />

ISSN Nº 1984-3828 29


estar <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente capacitados e informados sobre este assunto, tanto do ponto <strong>de</strong><br />

vista legal quanto científico.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária. Resolução n.<br />

18, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1999. Aprova o Regulamento Técnico que Estabelece as<br />

Diretrizes Básicas para Análise e Comprovação <strong>de</strong> Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s Funcionais e ou <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> Alega<strong>da</strong>s em Rotulagem <strong>de</strong> Alimentos. Brasília, 1999a.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária. Resolução n.<br />

19, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1999. Aprova o Regulamento Técnico <strong>de</strong> Procedimentos para<br />

Registro <strong>de</strong> Alimento com Alegação <strong>de</strong> Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s Funcionais e ou <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> em<br />

sua Rotulagem. Brasília, 1999b.<br />

HUNGENHOLTZ, J.; SMID, E. J. Nutraceutical production with food-gra<strong>de</strong><br />

microorganisms. Current Opinion in Biotechnology. v. 13, p. 497-507, 2002.<br />

TAIPINA, M. S.; FONTS, M. A. S.; COHEN, V. H. Alimentos funcionais – nutracêuticos.<br />

Higiene Alimentar. v. 16, n. 100, p 28-29, 2002.<br />

ISSN Nº 1984-3828 30


O CENTRO DE INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTO E A FORMAÇÃO DE<br />

FARMACÊUTICOS PARA O USO CORRETO DE MEDICAMENTOS: RELATO<br />

DE UMA EXPERIÊNCIA DO CENTRO DE ESTUDOS DO MEDICAMENTO<br />

Educação em Farmácia, Uso <strong>de</strong> medicamentos, Serviços <strong>de</strong> informação sobre<br />

medicamentos<br />

PERINI, EDSON; JUNQUEIRA, DANIELA REZENDE GARCIA; PÁDUA, CRISTIANE<br />

APARECIDA MENEZES, MORAES, ALBA VALÉRIA SOUTO MELLO; CÂNDIDO,<br />

RAISSA CAROLINA FONSECA; ANÍCIO, VIVIAN THAISE DA SILVEIRA; CRUZ,<br />

LUANA FARIA; ALVES, WILLIAM PEREIRA<br />

A superação dos problemas que o consumo <strong>de</strong> medicamentos trouxe para as<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>rnas está vincula<strong>da</strong> ao uso <strong>da</strong>s informações. Essa superação passa<br />

por transformações na formação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, em especial dos<br />

farmacêuticos. Relatar a experiência em curso no Centro <strong>de</strong> Estudos do Medicamento<br />

(Cemed/UFMG) dirigi<strong>da</strong> à diferenciação <strong>de</strong> alunos <strong>da</strong> graduação em suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação, compreensão e veiculação <strong>de</strong> informações científicas seguras visando<br />

à promoção do uso correto <strong>de</strong> medicamentos. I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> fontes seguras <strong>de</strong><br />

informações sobre medicamentos: os alunos acompanham uma relação <strong>de</strong> sites<br />

associados a boletins <strong>de</strong> farmacovigilância ou temas afins, além <strong>de</strong> realizarem busca<br />

livre em outras fontes <strong>de</strong> informações (ex.: Medscape, e-Farmaco, e-Summary).<br />

Elaboração <strong>de</strong> textos informativos: as informações são utiliza<strong>da</strong>s na edição do “Boletim<br />

Atrás <strong>da</strong> Estante”, mural exposto na Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia e veiculado na internet.<br />

Treinamento e formação teórica: os alunos <strong>de</strong>senvolvem ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s na forma <strong>de</strong> estudo<br />

tutelado, fortalecendo a formação em epi<strong>de</strong>miologia e busca estrutura<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

informações em saú<strong>de</strong>; produção <strong>de</strong> material didático; i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> temas <strong>de</strong><br />

interesse para elaboração <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> revisão sistemática ou análise <strong>de</strong> mercado<br />

para publicação em revistas especializa<strong>da</strong>s. To<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s são objeto <strong>de</strong><br />

discussão em reuniões semanais ordinárias. Quatro números do volume 7 (junho a<br />

setembro) do “Boletim Atrás <strong>da</strong> Estante” foram editados em 2011. Sua exposição física<br />

ain<strong>da</strong> se restringe à Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, mas sua expansão para outros ambientes<br />

está em an<strong>da</strong>mento. Na internet está disponível, por enquanto, em duas re<strong>de</strong>s sociais<br />

(Facebook e eBAH). Os alunos mantêm rotina semanal <strong>de</strong> revisão <strong>da</strong>s fontes e<br />

iniciaram as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do estudo tutelado em epi<strong>de</strong>miologia por meio <strong>de</strong> leitura dirigi<strong>da</strong><br />

e seminários seguidos <strong>de</strong> discussão. A formação para a busca estrutura<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

informações encontra-se em an<strong>da</strong>mento e a produção <strong>de</strong> material para uso didático<br />

ain<strong>da</strong> não foi inicia<strong>da</strong>. A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> temas <strong>de</strong> interesse para elaboração <strong>de</strong><br />

projetos <strong>de</strong> revisão sistemática ou análise <strong>de</strong> mercado aguar<strong>da</strong> aprovação <strong>de</strong> recursos<br />

em projeto encaminhado a fonte <strong>de</strong> fomento. Os alunos elaboram textos simples e<br />

didáticos após seleção e análise <strong>de</strong> conteúdo, importância e atuali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> literatura. A<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> gera o <strong>de</strong>safio <strong>da</strong> leitura, interpretação e elaboração do conteúdo informativo<br />

sobre o consumo seguro e racional <strong>de</strong> medicamentos, diferenciando a formação na<br />

ISSN Nº 1984-3828 31


capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> temas, leitura crítica e escrita para divulgação, porém<br />

com sustentação científica. Reuniões semanais <strong>de</strong> editoria tem permitido o exercício<br />

do trabalho em equipe, <strong>da</strong> argumentação e <strong>da</strong> li<strong>de</strong>rança. O estudo tutelado e a<br />

formação sobre busca estrutura<strong>da</strong> irá fortalecer a formação em conhecimentos que<br />

sustentam a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, e <strong>de</strong>senvolver a habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> argumentação e apresentações<br />

pública, permitindo a produção <strong>de</strong> revisões e análises críticas sobre o mercado <strong>de</strong><br />

medicamentos no Brasil, além <strong>da</strong> possível geração <strong>de</strong> artigos.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

International Society of Drug Bulletins and World Health Organization.<br />

<strong>WHO</strong>/PSM/PAR/2005.1. Starting or Strengthening a Drug Bulletin. A Practical<br />

Manual. 2005. Geneva: <strong>WHO</strong>, 2005, 149 p.<br />

ISSN Nº 1984-3828 32


ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA À CRECHE DO APRISCO: USO RACIONAL<br />

DE ANTIBIÓTICOS<br />

Assistência farmacêutica; educação em saú<strong>de</strong>; antibióticos<br />

THÉ, PATRÍCIA MARIA PONTES; MOREIRA-SILVA, LUZIA IZABEL MESQUITA;<br />

ARRAIS, PAULO SÉRGIO DOURADO; LEAL, LUZIA KALYNE ALMEIDA MOREIRA;<br />

DAY, SOPHIA CÂNDIDO; DANTAS, MARIANA NOGUEIRA<br />

A automedicação é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como o uso <strong>de</strong> medicamentos sem prescrição médica,<br />

on<strong>de</strong> o próprio paciente <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> qual fármaco utilizar, incluindo nessa <strong>de</strong>signação<br />

genérica a prescrição ou indicação <strong>de</strong> medicamentos por pessoas não habilita<strong>da</strong>s,<br />

como amigos, familiares e mesmo balconistas <strong>de</strong> farmácia (KOVACS & BRITO, 2006).<br />

O uso <strong>de</strong> medicamentos sem prescrição médica, principalmente, antimicrobianos, é<br />

uma prática frequente, principalmente na população <strong>de</strong> baixa ren<strong>da</strong>, <strong>de</strong>vido à<br />

dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento médico. Com isto ocorrem resultados in<strong>de</strong>sejáveis, como o<br />

aumento <strong>da</strong> resistência bacteriana aos antibióticos (LIMA &RODRIGUES, 2008). O<br />

objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi prestar esclarecimento sobre o uso racional <strong>de</strong> antibióticos a<br />

população assisti<strong>da</strong> pela Creche Escola do Aprisco (funcionários/professores e pais/<br />

responsáveis). Este assunto foi sugerido após discussão com os professores <strong>da</strong> creche<br />

que relataram os diversos problemas que enfrentam com os pais <strong>da</strong>s crianças<br />

relacionados à automedicação, principalmente quanto ao uso <strong>de</strong> antibióticos. A<br />

Creche-Escola do Aprisco, vincula<strong>da</strong> à Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Fortaleza, acolhe, a<br />

ca<strong>da</strong> ano letivo, cerca <strong>de</strong> 90 crianças na faixa etária <strong>de</strong> dois a cinco anos. Em virtu<strong>de</strong><br />

<strong>da</strong> carência geral <strong>de</strong> recursos e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma atenção primária à saú<strong>de</strong>,<br />

esta comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> foi escolhi<strong>da</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento do projeto <strong>de</strong> extensão<br />

Assistência Farmacêutica à Creche Escola do Aprisco, vinculado ao Curso <strong>de</strong><br />

Farmácia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará. As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pelo projeto<br />

são <strong>de</strong> caráter abrangente, situando como objetivos a organização <strong>de</strong> ações e serviços<br />

relacionados à educação em saú<strong>de</strong>, em suas diversas dimensões, enfatizando a<br />

interação com a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, através <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s. As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

realiza<strong>da</strong>s são direciona<strong>da</strong>s aos professores/funcionários, pais/responsáveis e as<br />

crianças. Os temas abor<strong>da</strong>dos são <strong>de</strong>terminados após discussão com os<br />

professores/funcionários <strong>da</strong> creche. Em processo conjunto, os integrantes do projeto<br />

selecionaram materiais <strong>de</strong> apoio, materiais ilustrativos, entre outros, para serem<br />

utilizados como suporte do trabalho. O assunto foi apresentado tendo-se o cui<strong>da</strong>do em<br />

utilizar linguagem clara e compreensível <strong>de</strong> forma a incentivar a participação do público<br />

alvo. Dúvi<strong>da</strong>s sobre o correto armazenamento e administração <strong>de</strong> medicamentos,<br />

diferença entre antiinflamatórios e antibióticos e efeitos adversos <strong>de</strong> medicamentos<br />

foram esclareci<strong>da</strong>s. Enfatizou a Resolução <strong>da</strong> ANVISA – RDC Nº 20, <strong>de</strong> 05 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong><br />

2011, que estabelece que a dispensação <strong>de</strong> medicamentos a base <strong>de</strong> antimicrobianos<br />

somente po<strong>de</strong>rá ser efetua<strong>da</strong> mediante receita <strong>de</strong> controle especial. Foram relatados<br />

ISSN Nº 1984-3828 33


os problemas vivenciados pela população, relacionados, principalmente, a <strong>de</strong>mora no<br />

atendimento médico, <strong>de</strong>vido à superlotação nos postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. O encontro<br />

proporcionou a integração <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> com os universitários, com troca <strong>de</strong><br />

experiências, atingindo a proposta do trabalho. Verificou-se gran<strong>de</strong> carência <strong>de</strong><br />

informações <strong>da</strong> população sobre questões aparentemente simples, relaciona<strong>da</strong>s aos<br />

medicamentos, um problema a ser enfrentado pelos futuros profissionais<br />

farmacêuticos.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

KOVACS, F.T; BRITO M. F. M. Percepção <strong>da</strong> doença e automedicação em pacientes<br />

com escabiose. An Bras Dermatol. 2006;81(4):335-40.<br />

LIMA, A. A. A. RODRIGUES, R. V. Automedicação - O uso indiscriminado <strong>de</strong><br />

medicamentos pela população <strong>de</strong> Porto Velho. [on line] Disponível<br />

em:http://www.unir.br/html/pesquisa/Pibic_XIV/pibic2006 [Capturado em:<br />

25.Abr.2008]<br />

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução - RDC nº<br />

20, <strong>de</strong> 05 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2011. Dispõe sobre o controle <strong>de</strong> medicamentos à base <strong>de</strong><br />

substâncias classifica<strong>da</strong>s como antimicrobianos, <strong>de</strong> uso sob prescrição médica,<br />

isola<strong>da</strong>s ou em associação e dá outras providências. Disponível em:<br />

Ac<br />

esso em: 07 set. 2011.<br />

ISSN Nº 1984-3828 34


PRÁTICAS INTEGRATIVAS DE ATENÇÃO À SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DO<br />

PET-SAÚDE/FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ<br />

Pet-Saú<strong>de</strong>; integração ensino-serviço; Farmácia.<br />

ARRAIS, PAULO SÉRGIO DOURADO; ALVES, RENATA DE SOUSA; ARAÚJO,<br />

MARIA FÁTIMA MACIEL<br />

A Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará (UFC) com seus cursos <strong>de</strong> graduação na área <strong>da</strong><br />

saú<strong>de</strong> a muito vem inserindo na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública do país profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

contribuindo para o fortalecimento <strong>da</strong>s ações no nível <strong>da</strong> atenção primária em saú<strong>de</strong>.<br />

Com a aprovação <strong>de</strong> seu projeto no Programa <strong>de</strong> Educação pelo Trabalho para a<br />

Saú<strong>de</strong> (Pet-Saú<strong>de</strong>) une esforços com a Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza<br />

para assegurar uma formação profissional com compromisso social e contribuindo para<br />

a consoli<strong>da</strong>ção do SUS. O presente trabalho tem por objetivo relatar a experiência do<br />

curso <strong>de</strong> Farmácia nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do PET-Saú<strong>de</strong>/UFC no período <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2009 a<br />

agosto <strong>de</strong> 2011. O Pet-Saú<strong>de</strong>/UFC tem por objetivo fortalecer a formação profissional<br />

em nível <strong>de</strong> graduação <strong>de</strong> alunos <strong>da</strong> área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> na Estratégia Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família,<br />

visando viabilizar a integração ensino-serviço entre os cursos <strong>da</strong> área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

UFC e a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção básica <strong>da</strong> Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza.<br />

Envolve os cursos <strong>de</strong> Farmácia, Medicina, Odontologia, Enfermagem, Educação<br />

Física, Psicologia e Fisioterapia. As áreas <strong>de</strong> atuação <strong>de</strong> tutores, preceptores e<br />

bolsistas estão localiza<strong>da</strong>s, principalmente, em três Secretarias Regionais (I, <strong>III</strong> e a V)<br />

do Município <strong>de</strong> Fortaleza. No total participam 28 Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família (CSF).<br />

Para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s ações dos eixos norteadores foram forma<strong>da</strong>s doze<br />

“Árvores multidisciplinares”, ca<strong>da</strong> uma com um tutor, cinco preceptores (profissionais<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> atenção básica e equipes NASF e Saú<strong>de</strong> Bucal) e trinta alunos. Ao curso<br />

<strong>de</strong> Farmácia foi <strong>de</strong>stinado duas tutorias, e conta com a participação <strong>de</strong> sete<br />

farmacêuticos preceptores e 60 alunos <strong>da</strong> farmácia. A proposta envolve a tría<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

formação acadêmica ensino, pesquisa e extensão e suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s em<br />

três gran<strong>de</strong>s eixos: promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, atenção à saú<strong>de</strong> integral e gestão em saú<strong>de</strong>.<br />

As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção e gestão <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> foram consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s comuns para todos<br />

os cursos. As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s tiveram a interdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong> como enfoque principal, on<strong>de</strong><br />

prepon<strong>de</strong>raram ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s foca<strong>da</strong>s nos cui<strong>da</strong>dos à saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> criança e adolescente, <strong>da</strong><br />

mulher e do idoso. Entre os fatores motivadores <strong>de</strong>stacam-se: a vivência com os<br />

profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, a aproximação com a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e sua reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s multidisciplinares, a realização <strong>de</strong> pesquisas <strong>de</strong> campo,<br />

oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação, a participação e<br />

troca <strong>de</strong> experiências nas ro<strong>da</strong>s <strong>de</strong> gestão do CSF e <strong>de</strong> conversa multidisciplinar e <strong>de</strong><br />

categoria, organiza<strong>da</strong> pelos tutores, e a oferta e participação dos atores do PET-Saú<strong>de</strong><br />

em Cursos e Oficinas do Pró-Saú<strong>de</strong>. Entre as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>stacam-se: dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

conciliar os horários <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s entre os alunos em um dia <strong>da</strong> semana; dificul<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> conciliar os dias do PET-SAÚDE com a facul<strong>da</strong><strong>de</strong>; a falta <strong>de</strong> infra-estrutura do CSF;<br />

ISSN Nº 1984-3828 35


violência na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>/tráfico <strong>de</strong> drogas que dificulta visitas a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e aos<br />

domicílios. O Pet-Saú<strong>de</strong> vem provocando as mu<strong>da</strong>nças necessárias na formação <strong>da</strong><br />

graduação em saú<strong>de</strong>, especialmente na Farmácia, fato este percebido como<br />

satisfatório pelos integrantes do programa.<br />

ISSN Nº 1984-3828 36


INTERATIVIDADE ALUNO-PROFESSOR ATRAVÉS DE FÓRUNS VIRTUAIS<br />

DE DISCUSSÃO<br />

Práticas pe<strong>da</strong>gógicas, Métodos <strong>de</strong> ensino,Tecnologia educacional<br />

MOREIRA-SILVA, LUZIA IZABEL MESQUITA; THÉ, PATRÍCIA MARIA PONTES;<br />

MONTEIRO, MAYARA MORAIS; RÉGIS, JÔNATAS JOSÉ SANTOS; ARRAIS, PAULO<br />

SERGIO DOURADO<br />

A quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem não está liga<strong>da</strong> somente às<br />

tecnologias em si, mas aos métodos para sua utilização como forma <strong>de</strong> dinamizar os<br />

processos educativos. A Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ve estar aberta à inovação educacional tanto<br />

nos conteúdos como também no plano <strong>da</strong>s metodologias. Com o aparecimento <strong>da</strong>s<br />

novas mídias, a divulgação dos conhecimentos e o fácil acesso às informações<br />

passaram a fazer parte <strong>da</strong>s características <strong>da</strong> educação mo<strong>de</strong>rna. A Internet tem um<br />

papel expressivo nesse processo, uma vez que está crescendo rapi<strong>da</strong>mente no mundo<br />

(Lobo Neto, 2000). As disciplinas do setor <strong>de</strong> Bromatologia do Curso <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong><br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará utilizam como ferramenta <strong>de</strong> apoio o SOLAR (Sistema<br />

Online <strong>de</strong> Aprendizagem) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 2009. O SOLAR é um ambiente virtual <strong>de</strong><br />

aprendizagem <strong>de</strong>senvolvido pelo Instituto UFC Virtual, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />

Ceará. Ele é orientado ao professor e ao aluno, possibilitando a publicação <strong>de</strong> cursos e<br />

a interação com os mesmos. A disponibilização do material didático <strong>da</strong>s disciplinas no<br />

ambiente “SOLAR” proporciona aos alunos acesso a documentos relacionados ao<br />

conteúdo abor<strong>da</strong>do em sala <strong>de</strong> aula e também a listas <strong>de</strong> exercício dinâmicas e links<br />

para sites relacionados. Para aumentar a interativi<strong>da</strong><strong>de</strong> entre discentes e docentes <strong>da</strong>s<br />

disciplinas <strong>de</strong>ste setor e facilitar o processo <strong>de</strong> aprendizagem, foram realizados fóruns<br />

virtuais <strong>de</strong> discussão sobre diferentes temas no ambiente “SOLAR”. Os Fóruns virtuais<br />

ficaram abertos por um período superior a 3 semanas. Os assuntos já apresentados<br />

em sala <strong>de</strong> aula foram utilizados nas discussões. Os alunos foram orientados a postar<br />

opiniões, artigos e outros materiais pertinentes ao assunto explorado. Para a disciplina<br />

<strong>de</strong> Bromatologia I foram realizados dois fóruns, observando-se cinco postagens no<br />

primeiro e setenta e oito postagens no segundo. Vale ressaltar que para a participação<br />

no primeiro fórum não foi atribuí<strong>da</strong> nota enquanto que para o segundo, aten<strong>de</strong>ndo-se a<br />

critérios previamente estabelecidos, a ca<strong>da</strong> aluno participante po<strong>de</strong>ria ser atribuído até<br />

um ponto na nota <strong>da</strong> terceira avaliação progressiva. Para esta turma <strong>de</strong> quarenta e<br />

nove alunos foi observa<strong>da</strong> uma média <strong>de</strong> 11,59 acessos/aluno durante o semestre<br />

letivo <strong>de</strong> 2011-1. Na disciplina <strong>de</strong> Bromatologia II, com um total <strong>de</strong> 53 alunos, foi<br />

realizado apenas um fórum. Foi observa<strong>da</strong> uma média <strong>de</strong> 12,64 acessos/aluno e<br />

quinze postagens, às quais não foram atribuí<strong>da</strong>s notas. Consi<strong>de</strong>rando-se o número <strong>de</strong><br />

acessos ao SOLAR e a participação nos fóruns, po<strong>de</strong>mos concluir que a interação<br />

professor-aluno através <strong>de</strong>sta ferramenta ain<strong>da</strong> precisa ser estimula<strong>da</strong>. É importante<br />

que este recurso continue a disposição dos discentes, bem como a exploração e<br />

ISSN Nº 1984-3828 37


utilização <strong>de</strong> outras ferramentas que o Ambiente SOLAR disponibiliza, <strong>de</strong> forma que o<br />

potencial facilitador do processo <strong>de</strong> aprendizagem seja plenamente alcançado.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

LOBO NETO, F. J. <strong>da</strong> S. Educação à distância: regulamentação, condições <strong>de</strong> êxito e<br />

perspectivas. [on-line], 2000. http://www.intelecto.net<br />

ISSN Nº 1984-3828 38


AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA (NÍVEL CENTRAL) NO<br />

MUNICÍPIO DE NITERÓI –RJ<br />

Ensino na Assistência Farmacêutica. Avaliação, Assistência Farmacêutica, SUS<br />

CORDEIRO BC, ARAÚJO RL, FIGUEIREDO TR<br />

Ain<strong>da</strong> que se reconheça o papel dos <strong>de</strong>terminantes sociais para o equacionamento dos<br />

problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no Brasil, não se po<strong>de</strong> esquecer que o medicamento é<br />

consi<strong>de</strong>rado uma <strong>da</strong>s tecnologias mais resolutivas do setor sanitário. Deste modo, a<br />

Assistência Farmacêutica (AF), organiza<strong>da</strong> primeiramente em nível municipal, <strong>de</strong>ve<br />

facilitar o acesso aos medicamentos consi<strong>de</strong>rados essenciais. Diagnosticar como se dá<br />

esta organização é importante ferramenta para a efetiva melhora <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. O objetivo<br />

<strong>de</strong>ste trabalho é a realização <strong>de</strong> uma avaliação <strong>da</strong> Assistência Farmacêutica, no nível<br />

central, em Niterói. O método empregado foi a avaliação normativa, conforme proposto<br />

por Donabedian (1984) quanto à estrutura, processo e resultado. Foram analisados<br />

<strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Assistência Farmacêutica e Central <strong>de</strong> Abastecimento<br />

Farmacêutico (CAF), que no Município <strong>de</strong> Niterói configuram um único órgão<br />

<strong>de</strong>nominado Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Farmácia (COFAR). O instrumento escolhido foi<br />

proposto por Cosen<strong>de</strong>y (2000), com indicadores vali<strong>da</strong>dos relacionados às diversas<br />

etapas constantes <strong>da</strong> Assistência Farmacêutica. Entre os diversos indicadores<br />

pesquisados quanto à estrutura, observou-se que a Assistência Farmacêutica está<br />

formalmente inseri<strong>da</strong> no organograma <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Niterói,<br />

apesar <strong>de</strong> ter uma Comissão <strong>de</strong> Farmácia e Terapêutica <strong>de</strong>sativa<strong>da</strong> e uma Relação<br />

Municipal <strong>de</strong> Medicamentos Essenciais (REMUME) <strong>de</strong>satualiza<strong>da</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007, e que a<br />

Central <strong>de</strong> Abastecimento Farmacêutico apresenta graves problemas, em especial<br />

quanto ao cui<strong>da</strong>do com a temperatura dos medicamentos armazenados. Alguns dos<br />

indicadores relacionados ao processo <strong>de</strong>monstraram que, dos 134 medicamentos<br />

constantes <strong>da</strong> REMUME, 10,4% não constavam <strong>da</strong> Relação Nacional <strong>de</strong><br />

Medicamentos Essenciais (RENAME) 2006, que <strong>de</strong>u origem à REMUME. Se<br />

compara<strong>da</strong> com a RENAME 2010, este percentual sobe para 30,6%. 36,4% dos<br />

medicamentos estavam em falta quando <strong>da</strong> contagem do estoque e 20,1% <strong>de</strong>les<br />

apresentavam valores incompatíveis quando compara<strong>da</strong> a contagem física com os<br />

<strong>da</strong>dos do sistema informatizado <strong>de</strong> estoque. Em relação às Boas Práticas <strong>de</strong><br />

Estocagem (BPE), 95,2% dos medicamentos seguiam 66,6% <strong>da</strong>s BPE, enquanto 4,8%<br />

seguiam apenas 33,4% <strong>da</strong>s BPE. Não foram analisados indicadores <strong>de</strong> resultado para<br />

a COFAR. Com base nos <strong>da</strong>dos obtidos, conclui-se que a AF em Niterói não cumpre<br />

uma série <strong>de</strong> priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s estabeleci<strong>da</strong>s pelos trabalhos publicados nesta área.<br />

Observa-se que os vieses encontrados não parecem estar relacionados com a<br />

capacitação dos profissionais, mas com dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s como a falta <strong>de</strong> estrutura física <strong>da</strong><br />

CAF para cumprimento <strong>da</strong>s BPE e com a <strong>de</strong>mora dos procedimentos necessários para<br />

a compra <strong>de</strong> materiais e serviços que melhorem e a<strong>de</strong>quem o ambiente <strong>da</strong> COFAR.<br />

ISSN Nº 1984-3828 39


BIBLIOGRAFIA<br />

DONABEDIAN A. La cali<strong>da</strong>d <strong>de</strong> la atención médica: <strong>de</strong>finición y métodos <strong>de</strong><br />

evaluación. México: S.A. LPMM; 1984. 2. COSENDEY MAE. Análise <strong>da</strong> implantação<br />

do programa Farmácia Básica: um estudo multicêntrico em cinco estados do<br />

Brasil. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Tese <strong>de</strong> Doutorado em Ciências, Fun<strong>da</strong>ção Oswaldo<br />

Cruz/ENSP; 2000. Disponível em: http://teses.cict.fiocruz.br/pdf/cosen<strong>de</strong>ymaed.pdf<br />

ISSN Nº 1984-3828 40


UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS HIPERTENSOS NO<br />

BAIRRO BARRETO – NITERÓI/RJ<br />

Atenção Primária à Saú<strong>de</strong>, Assistência Farmacêutica, SUS<br />

CORDEIRO BC, ALVAREZ M, CARDOSO D, CASTRO P, PICCOLI N, PRUDENTE I,<br />

SILVA T, ALHO H, ALTOÉ A, CARVALHO A, FRANCISCO AP, GIL F, MACHADO I,<br />

POSSAS S, SANTOS C, SANTOS J, SILVA K, VARGAS P, VIEIRA G<br />

A Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense (UFF), em parceria com a Fun<strong>da</strong>ção Municipal <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Niterói, foi uma <strong>da</strong>s Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s contempla<strong>da</strong>s nos Editais do Pró-Saú<strong>de</strong><br />

e, <strong>de</strong>pois, do Pet-Saú<strong>de</strong>. A partir <strong>da</strong> divulgação do resultado, diversas reuniões foram<br />

estabeleci<strong>da</strong>s para discutir a melhor forma <strong>de</strong> integrar os cursos <strong>de</strong> Educação Física,<br />

Enfermagem, Farmácia, Medicina, Nutrição e Odontologia, evitando-se práticas que<br />

reproduzissem a hegemonia <strong>de</strong> qualquer profissão sobre outras. Foi escolhi<strong>da</strong> a zona<br />

Norte <strong>de</strong> Niterói como campo para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do Pet-Saú<strong>de</strong>.<br />

Em especial, este relato trata do grupo Barreto I, responsável pelas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

realiza<strong>da</strong>s na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS) João Vizela e também no Programa Médico <strong>de</strong><br />

Família (PMF) Leopoldina. A opção metodológica feita pela UFF, <strong>de</strong> ter número igual<br />

<strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> curso nas equipes, assim como o fato <strong>de</strong>, entre os preceptores, não<br />

haver profissionais <strong>de</strong> alguns dos cursos participantes do Pet, inicialmente trouxe<br />

alguns estranhamentos. Desta maneira, optou-se por um rodízio entre os alunos e<br />

preceptores, com todos os alunos trabalhando nos dois locais (Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> João Vizela e<br />

PMF Leopoldina) e com todos os preceptores. Neste ínterim, discutiu-se o perfil<br />

populacional e epi<strong>de</strong>miológico do bairro, chegando-se à conclusão <strong>de</strong> realizar uma<br />

pesquisa em que pu<strong>de</strong>ssem ser visualiza<strong>da</strong>s as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e o acesso aos serviços<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> dos idosos hipertensos no bairro Barreto. Apesar <strong>da</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos ain<strong>da</strong><br />

não estar concluí<strong>da</strong>, resultados preliminares <strong>de</strong>monstram que 70% dos medicamentos<br />

utilizados pelos idosos hipertensos do bairro são classificados, pela classificação ATC,<br />

como medicamentos que atuam no sistema cardiovascular (C), 12% no trato alimentar<br />

e metabolismo (A) e 6% no sistema nervoso central (N). Cerca <strong>de</strong> 64% <strong>de</strong>les somente<br />

retiram os medicamentos na UBS ou PMF, 16% compram em farmácias e 17% tanto<br />

compram nas farmácias como retiram na re<strong>de</strong> seus medicamentos, sendo que<br />

aproxima<strong>da</strong>mente 23% <strong>de</strong>sses medicamentos não fazia parte <strong>de</strong> nenhuma relação <strong>de</strong><br />

medicamentos disponibilizados pela FMS/Niterói. Em torno <strong>de</strong> 38% dos idosos que<br />

usavam medicamentos relataram ter problemas com a a<strong>de</strong>são à terapia<br />

medicamentosa. Tendo em vista não apenas os resultados apresentados, mas também<br />

o processo utilizado, po<strong>de</strong>-se dizer que o grupo Pet Barreto I está conseguindo realizar<br />

seus objetivos, tanto na integração estu<strong>da</strong>ntes/preceptores/re<strong>de</strong> pública como na<br />

confecção conjunta <strong>de</strong> uma pesquisa orienta<strong>da</strong> pelo serviço. E os resultados<br />

apresentados orientam o setor público a tomar <strong>de</strong>cisões capazes <strong>de</strong> minimizar os<br />

problemas relacionados com a utilização dos medicamentos pela população estu<strong>da</strong><strong>da</strong>.<br />

ISSN Nº 1984-3828 41


BIBLIOGRAFIA<br />

ABRAHAO, Ana Lúcia et al . A pesquisa como dispositivo para o exercício no PET-<br />

Saú<strong>de</strong> UFF/FMS Niterói. Rev. bras. educ. med., Rio <strong>de</strong> Janeiro, v. 35, n. 3,<br />

Sept. 2011. Available from<br />

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-550220110003000<br />

19&Ing=en&nrm=iso.<br />

ISSN Nº 1984-3828 42


VIVENCIANDO A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA - ESTÁGIO EM<br />

FARMÁCIA COMUNITÁRIA I/UFF<br />

Ensino na Assistência Farmacêutica. Educação em Farmácia, Assistência<br />

Farmacêutica, SUS<br />

CORDEIRO BC, CASTILHO SR, MIRANDA ES<br />

Dentro <strong>da</strong>s expectativas que a formação generalista apresenta, a Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Farmácia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense (UFF) criou, em seu novo currículo, a<br />

disciplina <strong>de</strong> Estágio Supervisionado em Farmácia Comunitária I, que pela primeira<br />

vez, em sua história centenária, levava os alunos a conhecer a atenção básica em<br />

saú<strong>de</strong> in loco. Tal estágio representava oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> única <strong>de</strong> integração ensinoserviço,<br />

ain<strong>da</strong> que <strong>de</strong>vesse ser realizado <strong>de</strong> forma observacional, em função <strong>de</strong> sua<br />

localização nos períodos iniciais do curso. Consi<strong>de</strong>rando compromissos assumidos<br />

com o Pró-Saú<strong>de</strong> e após acordo com a Fun<strong>da</strong>ção Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (FMS) <strong>de</strong><br />

Niterói, ficou acertado que o Estágio aconteceria na Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Farmácia<br />

(COFAR) do município, na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS) João Vizela e Programa<br />

Médico <strong>de</strong> Família (PMF) Leopoldina e Maruí Gran<strong>de</strong>, to<strong>da</strong>s localiza<strong>da</strong>s no Bairro<br />

Barreto, zona norte <strong>de</strong> Niterói, e uma <strong>da</strong>s mais carentes do município. Vale ressaltar<br />

ain<strong>da</strong> que Niterói mantém, até hoje, seu programa inovador <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (PMF), uma <strong>da</strong>s<br />

fontes inspiradoras do Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família no Brasil. Tentando <strong>da</strong>r uma<br />

i<strong>de</strong>ia <strong>da</strong> abrangência <strong>da</strong> Assistência Farmacêutica (AF), os alunos realizam um terço<br />

do estágio na COFAR, realizando ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s relaciona<strong>da</strong>s com a logística do ciclo <strong>da</strong><br />

AF no nível central do município. Na UBS, acompanham ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s específicas <strong>da</strong><br />

farmácia, como a programação, armazenamento e dispensação, junto ao farmacêutico,<br />

e também acompanham ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s realiza<strong>da</strong>s por outros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Nos<br />

PMF, os alunos acompanham consultas dos médicos <strong>de</strong> família e visitas domiciliares,<br />

passando a enten<strong>de</strong>r como funciona o sistema referência/contra-refererência no<br />

município, além <strong>da</strong>s próprias farmácias localiza<strong>da</strong>s nos módulos. Apesar <strong>de</strong> a<br />

disciplina ain<strong>da</strong> estar se estruturando e sofrer com o número ca<strong>da</strong> vez maior <strong>de</strong> alunos,<br />

foi realiza<strong>da</strong> uma avaliação preliminar que apresentou alguns resultados capazes <strong>de</strong><br />

orientar os trabalhos. Assim, perguntados se os objetivos do estágio foram alcançados,<br />

85,7% dos alunos acreditavam que sim. Quando solicitados que se auto avaliassem,<br />

em uma escala <strong>de</strong> 1 a 10, os alunos <strong>de</strong>ram para si mesmos a nota 9,0. Em relação aos<br />

setores on<strong>de</strong> realizavam os estágios, as notas respectivamente foram 8,8 para a<br />

COFAR, 8,7 para a UBS e 6,7 para os PMF. Em face <strong>de</strong>stes resultados, procurou-se<br />

incrementar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s realiza<strong>da</strong>s, em especial nos PMF, com o <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong><br />

um monitor que passou por treinamento para acompanhar os alunos em tempo<br />

integral. Há muito ain<strong>da</strong> a ser feito, em função do ineditismo do Estágio para a<br />

Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia e para a FMS/Niterói. Muitas <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s programa<strong>da</strong>s<br />

esbarram, algumas vezes, na impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> execução em função <strong>da</strong> rotina diária<br />

preexistente nos serviços. Entretanto, po<strong>de</strong>-se pressupor que os objetivos inicialmente<br />

traçados foram alcançados e o fato dos alunos estarem em contato com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

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Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, o mais precocemente possível, sem dúvi<strong>da</strong> os tornará mais<br />

capacitados a se enten<strong>de</strong>rem como futuros profissionais compromissados com o<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />

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RELATO DE EXPERIÊNCIAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE<br />

Educação em Farmácia. Assistência Farmacêutica. Atenção Primária em Saú<strong>de</strong>.<br />

OLIVEIRA, GLACILEIDE FONSÊCA URIBE DE; SANTOS, PRYSCILLA GABRIELLE<br />

LIMA DOS ; SILVA, TIARA VITALINO DA ;VALENTIM, ERISÁNGELA; VELOSO,<br />

MARÍLIA BORGNETH ; SOARES DE BRITTO, MARIA HELENA SEABRA<br />

O <strong>de</strong>sconhecimento <strong>da</strong>s políticas <strong>de</strong> Assistência Farmacêutica e <strong>de</strong> Medicamentos<br />

vem contribuindo para a falta <strong>de</strong> qualificação no planejamento, controle,<br />

armazenamento e dispensação dos medicamentos <strong>da</strong> Atenção Primária em Saú<strong>de</strong><br />

(APS), dificultando o acesso dos usuários. Os espaços físicos <strong>da</strong>s farmácias não são<br />

a<strong>de</strong>quados, os medicamentos não são acondicionados <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente, a Vigilância<br />

Sanitária não <strong>de</strong>sempenha o seu papel <strong>de</strong> fiscalização a contento, parece não haver<br />

planejamento na entrega <strong>de</strong> medicamentos pela esfera <strong>de</strong> governo responsável, os<br />

psicotrópicos não são dispensados <strong>de</strong> acordo com a legislação específica e o<br />

receituário, quando existe, não é preenchido corretamente. Por outro lado, ain<strong>da</strong> está<br />

<strong>de</strong>ficiente a formação acadêmica do Farmacêutico na área dos medicamentos, com<br />

ênfase para o Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS). Serviços Farmacêuticos <strong>da</strong> re<strong>de</strong><br />

municipal do SUS: Centro <strong>de</strong> Atenção Psicossocial I (CAPS I), Assistência<br />

Farmacêutica <strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Ambulatório <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Mental e Central<br />

Estadual <strong>de</strong> Abastecimento Farmacêutico (Medicamentos Estratégicos), selecionados<br />

pela aptidão <strong>de</strong> acolhimento diário dos estu<strong>da</strong>ntes em horários pré-estabelecidos.<br />

Inicialmente, durante quatro semanas, os estu<strong>da</strong>ntes, agrupados <strong>de</strong> dois em dois,<br />

dirigiram-se duas vezes por semana para os serviços, a fim <strong>de</strong> acompanharem as<br />

práticas dos preceptores Farmacêuticos, <strong>de</strong>screvendo os fatos ocorridos no seu<br />

cotidiano, i<strong>de</strong>ntificando os problemas e pontuando as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s encontra<strong>da</strong>s,<br />

construindo assim suas narrativas individuais, que eram disponibiliza<strong>da</strong>s no grupo<br />

virtual. Semanalmente havia reunião presencial <strong>de</strong> todos, ocasião em que ca<strong>da</strong> grupo<br />

<strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes escolhia uma <strong>da</strong>s narrativas, ou faziam um resumo <strong>de</strong> algumas, ou <strong>de</strong><br />

to<strong>da</strong>s elas e as socializavam no gran<strong>de</strong> grupo. Deste modo, todos os estu<strong>da</strong>ntes se<br />

sentiam como se tivessem freqüentado todos os serviços. Também nessa ocasião, em<br />

vista dos problemas apresentados, eram i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s as questões <strong>de</strong> aprendizagem,<br />

as quais eram soluciona<strong>da</strong>s através <strong>da</strong> busca ativa no referencial bibliográfico indicado<br />

pela coor<strong>de</strong>nação do projeto. Na quinta semana, as soluções para os problemas<br />

i<strong>de</strong>ntificados, foram apresenta<strong>da</strong>s para a preceptoria e as mu<strong>da</strong>nças, quando aceitas<br />

foram pactua<strong>da</strong>s. Nas quatro semanas seguintes, a prática dos preceptores, tanto<br />

aqueles que aceitaram as pactuações, como os que não aceitaram, foram mais uma<br />

vez acompanha<strong>da</strong>s, gerando narrativas, que por sua vez foram socializa<strong>da</strong>s no gran<strong>de</strong><br />

grupo e quando foram i<strong>de</strong>ntificados novos problemas, mais questões <strong>de</strong> aprendizagem<br />

foram gera<strong>da</strong>s e através <strong>da</strong> busca ativa, foram respondi<strong>da</strong>s. Na décima semana, houve<br />

uma avaliação dos conhecimentos adquiridos. O relato do acompanhamento <strong>da</strong> prática<br />

diária <strong>de</strong> um serviço farmacêutico na APS, em forma <strong>de</strong> narrativa, foi bastante<br />

favorável para a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas e elaboração <strong>de</strong> questões <strong>de</strong><br />

aprendizagem, que foram soluciona<strong>da</strong>s através <strong>da</strong> busca ativa no referencial<br />

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ibliográfico fornecido. Esta forma <strong>de</strong> aprendizado contribuiu também para a melhoria<br />

<strong>da</strong> prática dos serviços, visto que dois <strong>de</strong>ntre os quatro preceptores, acataram as<br />

mu<strong>da</strong>nças propostas e mu<strong>da</strong>ram sua prática profissional. A metodologia utiliza<strong>da</strong>,<br />

basea<strong>da</strong> na problematização, tendo como sujeito o próprio estu<strong>da</strong>nte, facilitou o<br />

aprendizado necessário para influenciar também a prática profissional em serviços<br />

Farmacêuticos <strong>da</strong> Atenção Primária em Saú<strong>de</strong>.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL. Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Para enten<strong>de</strong>r a gestão do<br />

SUS. Coleção Progestores. Brasília: CONASS, 2007.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários Municipais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Nota Técnica conjunta: qualificação <strong>da</strong><br />

assistência farmacêutica. Brasília-DF, 2008.<br />

BRASIL. Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. O Sistema único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e a<br />

qualificação do acesso. CONASS. Brasília: CONASS, 2009.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. O SUS <strong>de</strong> A a Z : garantindo saú<strong>de</strong> nos municípios.<br />

Conselho Nacional <strong>da</strong>s Secretarias Municipais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. – 3. ed. – Brasília, DF. 2009.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Ciência, tecnologia e Insumos<br />

Estratégicos. Departamento <strong>de</strong> Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos.<br />

Diretrizes para estruturação <strong>de</strong> farmácias no âmbito do SUS. Brasília, DF. 2009.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e Insumos<br />

Estratégicos. Departamento <strong>de</strong> Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos.<br />

Relação Nacional <strong>de</strong> Medicamentos Essenciais: RENAME. 7. ed. Brasília:<br />

Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2010.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Portaria GM/MS nº 2.981 <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2009.<br />

Regulamenta e aprova, no âmbito do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, o Componente<br />

Especializado <strong>da</strong> Assistência Farmacêutica como parte <strong>da</strong> Política Nacional <strong>de</strong><br />

Assistência Farmacêutica, integrante do Bloco <strong>de</strong> Financiamento <strong>da</strong> Assistência<br />

Farmacêutica. Diário Oficial <strong>da</strong> República Fe<strong>de</strong>rativa do Brasil, 1º <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

2009.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Portaria n° 4217 <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010 Aprova as<br />

normas <strong>de</strong> financiamento e execução do Componente Básico <strong>da</strong> Assistência<br />

Farmacêutica. Diário Oficial <strong>da</strong> República Fe<strong>de</strong>rativa do Brasil. Brasília, 29 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010.<br />

ISSN Nº 1984-3828 46


KORNIS, G. E. M., BRAGA, M. H., ZAIRE, C. E. F. Os marcos legais <strong>da</strong>s Políticas<br />

<strong>de</strong> Medicamentos no Brasil Contemporâneo (1990-2006). Rev. APS, v. 11, n. 1, p.<br />

85-99, jan./mar. 2008.<br />

MARCOLINO, T. Q e MIZUKAMI, M. G. N. Narrativas, processos reflexivos e<br />

prática profissional: apontamentos para pesquisa e formação. Interface -<br />

Comunicação Saú<strong>de</strong> Educação, v12, n26, p.541-7, 2008.<br />

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FITOTERAPIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA – PROJETO DE<br />

EXTENSÃO<br />

Práticas integrativas <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong>; Fitoterapia; Plantas Medicinais; Extensão.<br />

GUEDES, ALESSANDRO; LOSS, GABRIEL SCHNEIDER; KLEMS, ANA CAROLINE;<br />

DAMO, NEVONI GORETTI.<br />

O exercício <strong>da</strong> fitoterapia é uma prática sociocultural, que vem sendo aceita e utiliza<strong>da</strong><br />

no mundo todo. Consi<strong>de</strong>rando que as questões como maior participação do paciente<br />

em relação a escolha e obtenção do seu tratamento “auto cui<strong>da</strong>do”, tradição e cultura,<br />

po<strong>de</strong> ser um auxiliar na a<strong>de</strong>são a terapêutica e são fatores que influenciam a<br />

utilização <strong>da</strong> fitoterapia. As políticas públicas têm oferecido consistência e segurança<br />

ao cenário regulatório <strong>de</strong> medicamentos fitoterápicos no Brasil, gerando confiança<br />

tanto aos usuários e profissionais envolvidos no uso <strong>de</strong>stes produtos, porém pouco tem<br />

avançado nos estudos ou fiscalização <strong>da</strong>s questões relativas as drogas vegetais ou<br />

produtos <strong>de</strong> uso popular. Nossos trabalhos indicam que esta terapia tem ampla<br />

aceitação e procura pelos idosos sendo o grupo etário que mais utiliza estes produtos,<br />

estando em plena expansão e sendo utiliza<strong>da</strong> como uma opção consciente, on<strong>de</strong><br />

questões como alto custo, falta <strong>de</strong> acesso aos medicamentos e ao Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

não são <strong>de</strong>terminantes para sua utilização. Dentre os problemas do uso <strong>de</strong> plantas<br />

medicinais e fitoterápicos <strong>de</strong>staca-se a falta <strong>de</strong> participação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

nesta prática. Estudo realizado com os médicos do ESF <strong>da</strong> SEMUS <strong>de</strong> Blumenau-SC<br />

mostrou a maior dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> relata<strong>da</strong> pelos profissionais estava na falta <strong>de</strong> informação<br />

científica, e este fato, implica muitas vezes apenas na observação do uso, sem<br />

qualquer intervenção do médico quanto às interações, reações adversas entre outros<br />

fatores. Estas dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s estão associa<strong>da</strong>s também a gran<strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

compreensão <strong>da</strong>s pesquisas com produtos fitoterápicos, que ocorrem com diferentes<br />

espécies, produtos e extratos, apresentando muitas vezes resultados contraditórios.<br />

Sendo recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> a busca <strong>de</strong> informação por produtos específicos. On<strong>de</strong> é comum<br />

que os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não avaliem o uso <strong>de</strong> plantas medicinais pelos seus<br />

pacientes e estes não relatem o uso <strong>de</strong>sta forma <strong>de</strong> tratamento, sendo este<br />

<strong>de</strong>sencontro um prejuízo a saú<strong>de</strong> do paciente, que utiliza medicamentos contínuos,<br />

on<strong>de</strong> a introdução <strong>de</strong> novos princípios ativos, sejam fitoterápicos ou não, po<strong>de</strong>m alterar<br />

a eficácia <strong>de</strong> um tratamento levando muitas vezes a internações ou troca do esquema<br />

terapêutico por <strong>de</strong>sconhecimento <strong>da</strong> introdução <strong>de</strong>ste novo produto. Neste sentido,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do profissional utilizar ou não a fitoterapia como uma opção terapêutica é<br />

essencial que seja criado um espaço para que ocorra a troca <strong>de</strong> informações entre<br />

médico e paciente. A falta <strong>de</strong>ste espaço e dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>stes profissionais em buscar<br />

informações específicas bem como uma formação muitas vezes superficial nesta área<br />

<strong>de</strong>ixa uma lacuna sobre uso <strong>da</strong> fitoterapia na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> contemporânea. O projeto<br />

PROFISC tem sido um instrumento para auxiliar os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

principalmente o os médicos a ampliar a criar esse espaço discussão sobre a<br />

fitoterapia e orientar o paciente e seus familiares ou cui<strong>da</strong>dores, quanto aos riscos ou<br />

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enefícios <strong>de</strong>sta prática, levando a diminuição dos riscos e ao aproveitamento <strong>de</strong>sta<br />

crescente área. Através <strong>de</strong> ações coletivas com palestras e oficinas em grupos <strong>de</strong><br />

idosos, Associação <strong>de</strong> diabéticos e palestras em grupos <strong>de</strong> apoio a pacientes<br />

hipertensos e diabéticos, bem como avaliações individuais com pacientes e<br />

encaminhamento <strong>da</strong>s observações aos profissionais do ESF quando necessário.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

GUEDES, A.; LEMOS, S. C.; VIEIRA, M.; PINHEIRO, R. M. O uso <strong>da</strong> fitoterapia pelos médicos<br />

do programa saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família <strong>de</strong> Blumenau-SC In: 12 Farmapolis, Florianópolis. Livro <strong>de</strong><br />

resumos, 2004.<br />

CASTELLAIN, R. C. L. Uso <strong>de</strong> plantas medicinais por um grupo <strong>de</strong> idosos atendidos no "Centro<br />

<strong>de</strong> Convivência para a Terceira I<strong>da</strong><strong>de</strong>" em Blumenau /SC. 2006.57 f, il. Trabalho <strong>de</strong> conclusão<br />

<strong>de</strong> curso - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau, Curso <strong>de</strong> Farmácia, Blumenau, 2006<br />

OHLWEILER, I. D. Avaliação <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> plantas medicinais por diabéticos. 2007.93 f, il.<br />

Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso - (Graduação em Farmácia),Centro <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>,<br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau, Blumenau, 2007.<br />

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ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA COMUNIDADE: ATIVIDADES DE<br />

EDUCAÇÃO EM SAÚDE VOLTADAS PARA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO<br />

Assistência farmacêutica; educação em saú<strong>de</strong>; hábitos alimentares<br />

THÉ, PATRÍCIA MARIA PONTES, MOREIRA-SILVA, LUZIA IZABEL MESQUITA,<br />

ARRAIS, PAULO SÉRGIO DOURADO, LEAL, LUZIA KALYNE ALMEIDA MOREIRA,<br />

CAPRISTANO, ALLANA BEZERRA, OLIVEIRA, MARIA DE FÁTIMA<br />

Com o aumento <strong>da</strong> obesi<strong>da</strong><strong>de</strong> no Brasil e <strong>da</strong>s doenças a ela associa<strong>da</strong>s, é necessário<br />

combinar orientações para a redução <strong>da</strong>s <strong>de</strong>ficiências nutricionais e prevenção <strong>da</strong>s<br />

doenças crônicas não transmissíveis (SICHIERI et al, 2000). Uma alimentação sadia e<br />

rica em nutrientes, po<strong>de</strong> ser alcança<strong>da</strong> com alimentos normalmente <strong>de</strong>sprezados<br />

(HARDISON et al., 2001). Reduzir o <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> alimentos, criar hábitos alimentares<br />

saudáveis e a<strong>de</strong>quados, amenizar os prejuízos e promover a melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas, é fun<strong>da</strong>mental (EVANGELISTA, 2001). O Projeto <strong>de</strong> Extensão<br />

Assistência Farmacêutica à Creche Escola do Aprisco vinculado ao curso <strong>de</strong> Farmácia<br />

<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará promove ações fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong>s na educação em<br />

saú<strong>de</strong> que almejam suprir as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> assisti<strong>da</strong> pela creche<br />

(funcionários/professores, pais/ responsáveis e as crianças), visando à melhoria <strong>da</strong><br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s executa<strong>da</strong>s visam buscar alternativas e apresentar<br />

soluções para problemas e aspirações <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, gerando benefícios coletivos<br />

tanto para os integrantes acadêmicos como para o grupo assistido. Através <strong>de</strong><br />

reuniões com a participação dos professores, bolsistas do projeto e funcionários <strong>da</strong><br />

creche são <strong>de</strong>finidos os temas a serem abor<strong>da</strong>dos. Verificou-se a importância <strong>de</strong> se<br />

enfatizar ações relaciona<strong>da</strong>s à educação nutricional, ressaltando a melhoria <strong>da</strong><br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, prevenção <strong>da</strong> obesi<strong>da</strong><strong>de</strong> e doenças crônico-<strong>de</strong>generativas. As<br />

ações <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s foram volta<strong>da</strong>s para a alimentação e nutrição incluindo<br />

alimentação saudável, higiene e manipulação <strong>de</strong> alimentos, aproveitamento integral <strong>de</strong><br />

alimentos e receitas não convencionais. Foram promovi<strong>da</strong>s palestras, distribuídos<br />

fol<strong>de</strong>rs e divulga<strong>da</strong>s preparações alimentares não convencionais, elabora<strong>da</strong>s com<br />

casca <strong>de</strong> abacaxi e banana com <strong>de</strong>gustação e distribuição <strong>de</strong> receitas. Após os<br />

encontros foram realiza<strong>da</strong>s avaliações, através <strong>de</strong> questionários, para se verificar o<br />

grau <strong>de</strong> satisfação <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e nível <strong>de</strong> entendimento <strong>da</strong>s informações<br />

transmiti<strong>da</strong>s. A interação com a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, com impacto sobre questões prioritárias<br />

<strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong>, é <strong>de</strong> relevância social. As ações contribuem para a divulgação<br />

<strong>da</strong> profissão farmacêutica e <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> junto à socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Durante as<br />

reuniões/palestras o público interage bastante com perguntas, relatos <strong>de</strong> experiências<br />

e sugestões. Através <strong>de</strong>sta interação percebeu-se a falta <strong>de</strong> informação <strong>da</strong> população<br />

sobre alimentação e nutrição. Foi observa<strong>da</strong> alta aceitabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s receitas não<br />

convencionais. Esta troca <strong>de</strong> experiências é importante para a formação dos alunos<br />

participantes do projeto e capacitação dos professores. As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s permitem a<br />

aplicação dos conhecimentos obtidos no Curso <strong>de</strong> Farmácia e, constituem uma<br />

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ferramenta valiosa <strong>de</strong> ampliação dos vínculos <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> com a população. O<br />

intercâmbio <strong>de</strong> experiências, entre a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e os universitários <strong>de</strong>senvolve nos<br />

dois segmentos o sentimento <strong>de</strong> cooperação e <strong>de</strong> aprendizagem mútua. A participação<br />

ativa e o interesse do público levam a equipe a consi<strong>de</strong>rar que os objetivos dos<br />

trabalhos foram atingidos. Ações volta<strong>da</strong>s para a educação em saú<strong>de</strong>, englobando<br />

alimentação saudável e a melhoria na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, são fun<strong>da</strong>mentais, uma vez<br />

que contribuem para o manejo a<strong>de</strong>quado dos alimentos e escolhas mais saudáveis.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

EVANGELISTA, José. Tecnologia <strong>de</strong> alimentos. 2. ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro/São Paulo:<br />

Atheneu, 2001.<br />

HARDISON, A. et al. Mineral composition of the banana (Musa acuminata) from the<br />

island of Tenerife. Food Chemistry, v. 73, p. 153-161, 2001.<br />

SICHIERI, R.; COITINHO, D. C.; MONTEIRO, J. B.; COUTINHO, W. F.<br />

Recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> Alimentação e Nutrição Saudável para a População Brasileira.<br />

Arq. Bras. Endocrinol. Metab., v. 44, n. 3, p. 227-232, 2000.<br />

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O USO DE MAPAS CONCEITUAIS E PORTFÓLIOS COMO FERRAMENTAS<br />

MUDANÇAS NO ENSINO DA FARMÁCIA<br />

Educação em Farmácia, Aprendizagem, Ensino<br />

PERINI, EDSON; JUNQUEIRA, DANIELA REZENDE GARCIA<br />

A ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> farmacêutica, e por consequência o ensino na área, caracterizou-se por<br />

sua forte dimensão tecnicista nas últimas déca<strong>da</strong>s. Nesse âmbito, o paciente tornou-se<br />

mais “uma abstração, uma mera estatística”. Mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> paradigma, seja na<br />

organização do setor saú<strong>de</strong>, seja na participação do farmacêutico na atenção ao<br />

paciente, <strong>de</strong>man<strong>da</strong>m mu<strong>da</strong>nças radicais nas posturas <strong>de</strong> ensino-aprendizagem,<br />

buscando melhor compreensão <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> filosófica e social <strong>da</strong> profissão. Relatar a<br />

experiência do uso <strong>da</strong>s técnicas do mapa conceitual e do portfólio no ensino para o<br />

primeiro período do curso <strong>de</strong> farmácia <strong>da</strong> UFMG e no planejamento <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong><br />

aperfeiçoamento para farmacêuticos do SUS. A técnica do mapa conceitual vem sendo<br />

aplica<strong>da</strong> aos alunos <strong>de</strong> primeiro período <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005. Até o momento foi usa<strong>da</strong> em três<br />

diferentes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s: <strong>de</strong>tecção dos conceitos previamente existentes sobre o trabalho<br />

farmacêutico; leitura, interpretação e reelaboração <strong>de</strong> textos; avaliação. O portfólio, por<br />

sua vez, tem sido introduzido como uma política <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> posturas no ensino<br />

na UFMG, assumido como instrumento <strong>de</strong> organização, avaliação e humanização.<br />

Para o planejamento <strong>de</strong> um curso direcionado a profissionais, essa técnica foi usa<strong>da</strong><br />

em 2005 num processo coletivo <strong>de</strong> criativi<strong>da</strong><strong>de</strong> (brainstorm) para as <strong>de</strong>finições <strong>de</strong><br />

escopo, áreas, conceitos e interconexões na elaboração <strong>de</strong> um programa em gestão<br />

<strong>da</strong> assistência farmacêutica no SUS. A aplicação do mapa conceitual na <strong>de</strong>tecção dos<br />

conceitos já existentes nos alunos que ingressam na facul<strong>da</strong><strong>de</strong> foi realiza<strong>da</strong> em quatro<br />

semestres seguidos, e <strong>de</strong>monstrou que os mesmos trazem para a universi<strong>da</strong><strong>de</strong> uma<br />

gama razoável <strong>de</strong> conceitos para a compreensão do trabalho farmacêutico, porém<br />

apresentam gran<strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> expressar uma compreensão mais orgânica <strong>de</strong> seus<br />

significados e interconexões. Como característica observou-se que o conceito<br />

„paciente‟ raramente aparece, ou aparece <strong>de</strong> forma isola<strong>da</strong> do contexto <strong>de</strong> atuação do<br />

farmacêutico. Como instrumento <strong>de</strong> leitura, interpretação e avaliação, tem sido<br />

aplicado nos últimos três anos promovendo melhor estruturação dos <strong>de</strong>bates em sala e<br />

<strong>da</strong> produção <strong>de</strong> textos. No planejamento <strong>de</strong> curso o mapa conceitual permitiu a<br />

i<strong>de</strong>ntificação, articulação e organização dos principais conceitos e áreas a serem<br />

trabalha<strong>da</strong>s, permitindo o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> um curso no qual um professor convi<strong>da</strong>do tinha<br />

a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r claramente sua inserção e qual a expectativa em relação a<br />

sua participação. O portfólio, cuja utilização iniciou-se em 2011, aponta para melhora<br />

na aproximação professor-aluno e uma humanização <strong>da</strong> relação do aluno com o curso.<br />

Ain<strong>da</strong> que produto <strong>de</strong> avaliação restrita ao julgamento subjetivo dos autores, as duas<br />

técnicas apresentam gran<strong>de</strong> potencial para transformação <strong>de</strong> práticas didáticas e <strong>de</strong><br />

mu<strong>da</strong>nças na postura docente, exigindo <strong>de</strong> professores e alunos participação mais<br />

ativa no aprendizado e na interação entre eles.<br />

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BIBLIOGRAFIA<br />

Santos, MRC. Profissão farmacêutica no Brasil: história, i<strong>de</strong>ologia e ensino. Ribeirão<br />

Preto: Holos, 1999. 156p.<br />

Freitas, EL.; Ramalho <strong>de</strong> Oliveira, D.; Perini, E. Atenção farmacêutica – teoria e prática:<br />

um diálogo possível? Acta Farm. Bonaerense v.25, n.3, p.447-453, 2006.<br />

ISSN Nº 1984-3828 53


AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE FARMÁCIA DAS UNIDADES DE SAÚDE<br />

Assistência Farmacêutica; Avaliação; Organização<br />

COSTA, KARLA CALVETTE; DAMO, NEVONI GORETTI; HELENA, ERNANI TIARAJU<br />

DE SANTA; SAMPAIO JUNIOR, WILSON<br />

A temática, acesso e uso racional <strong>de</strong> medicamentos (URM) tem mobilizado setores <strong>da</strong><br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil, Instituições <strong>de</strong> Ensino e profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, gerando discussões<br />

acerca <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> qualificação <strong>da</strong> gestão <strong>da</strong> Assistência Farmacêutica nos<br />

serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. No estudo “Melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Assistência Farmacêutica na<br />

Atenção Básica do SUS, Blumenau, SC”, (OPAS i / GCEM-FURB) objetivou-se<br />

i<strong>de</strong>ntificar os principais problemas presentes no processo <strong>de</strong> trabalho <strong>da</strong> assistência<br />

farmacêutica na atenção básica. O estudo teve como cenário o município <strong>de</strong><br />

Blumenau, SC, empregando metodologia qualitativa e quantitativa, a partir <strong>da</strong><br />

observação direta basea<strong>da</strong> em roteiro estruturado elaborado por profissionais do<br />

serviço e pelos membros do GCEM-FURB. A observação direta possibilita ao<br />

pesquisador um contato com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> e o roteiro estruturado confere objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> a<br />

esta observação. A versão final do instrumento com 11 páginas foi aplicado por<br />

profissional farmacêutica com formação em auditoria. O roteiro foi dividido em<br />

Aspectos Estruturais Construtivos; Recursos Humanos; Aspectos Legais;<br />

Equipamentos e Acessórios; Condições e Procedimentos <strong>de</strong> Recebimento,<br />

Armazenamento e Controle <strong>de</strong> Estoque; Condições e Procedimentos <strong>de</strong> Dispensação<br />

e Fracionamento; e Procedimentos operacionais Padrão. O instrumento foi<br />

<strong>de</strong>senvolvido a partir do manual <strong>de</strong> Indicadores <strong>de</strong> Avaliação <strong>da</strong> Assistência<br />

Farmacêutica no Brasil, Diretrizes para estruturação <strong>de</strong> farmácia no âmbito do SUS e<br />

RDC nº 44 (BRASIL, 2009; BRASIL, 2009a) e a<strong>da</strong>ptado para melhor se aplicarem a<br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong> local. Os <strong>da</strong>dos foram coletados por observação direta e registrados no<br />

roteiro <strong>de</strong> avaliação, sendo um roteiro para ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> visita<strong>da</strong>. As<br />

inconformi<strong>da</strong><strong>de</strong>s encontra<strong>da</strong>s foram fotografa<strong>da</strong>s. A amostra foi constituí<strong>da</strong> <strong>de</strong> três<br />

Ambulatórios Gerais com farmácia e onze uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s que possuíam equipe ESF com<br />

espaço <strong>de</strong> dispensação e/ou estoque <strong>de</strong> medicamentos. Após o levantamento dos<br />

<strong>da</strong>dos foi organizado uma oficina com os gestores e profissionais farmacêuticos <strong>da</strong><br />

Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Município, OPAS, Grupo GCEM. Nesta oficina, foram<br />

apresentados os resultados <strong>da</strong>s observações, cujo objetivo foi aprofun<strong>da</strong>r o estudo<br />

sobre os principais problemas presentes no processo <strong>de</strong> trabalho e na organização <strong>da</strong><br />

assistência farmacêutica na atenção básica. A partir <strong>da</strong> discussão <strong>da</strong> oficina levantouse<br />

a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> capacitar os profissionais que atuam na organização e entrega”<br />

dos medicamentos, em especial os farmacêuticos. Nesse sentido, foi organizado<br />

cursos com as seguintes temáticas: A prática <strong>da</strong> atenção farmacêutica (30h);<br />

Prescrição <strong>de</strong> medicamentos <strong>da</strong>s doenças mais prevalentes na atenção básica (30h);<br />

Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s comunicacionais e afetivas no manejo <strong>de</strong> pessoas que usam<br />

medicamentos (15h); Armazenamento e registro <strong>de</strong> medicamentos na atenção básica -<br />

Organização dos espaços (15h); e Dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s e problemas no uso <strong>de</strong> medicamentos<br />

(30h). A segun<strong>da</strong> etapa com o objetivo <strong>de</strong> avançar para o exercício <strong>da</strong> prática <strong>da</strong><br />

ISSN Nº 1984-3828 54


Atenção Farmacêutica foi <strong>de</strong>senvolvido com três profissionais farmacêuticos que<br />

participaram <strong>de</strong> todos os cursos, <strong>de</strong> Seguimento farmacoterapêutico com usuários<br />

portadores <strong>de</strong> Diabetes.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Diretrizes para estruturação <strong>de</strong> farmácias no âmbito<br />

do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Brasília, DF: Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2009.<br />

_____. Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária. Dispõe sobre Boas Práticas<br />

farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, <strong>da</strong> dispensação e <strong>da</strong><br />

comercialização <strong>de</strong> produtos e <strong>da</strong> prestação <strong>de</strong> serviços farmacêuticos em<br />

farmácias e drogarias e dá outras providências. RDC Nº44, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />

2009a.<br />

ISSN Nº 1984-3828 55


CAMPANHA 5 DE MAIO - PELO USO RACIONAL DE<br />

MEDICAMENTOS: A EXPERIÊNCIA DOS ESTUDANTES DA UFMG<br />

Educação em Farmácia. Estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> Farmácia, Farmácia<br />

MATTOS, LEONARDO VIDAL; ALECRIM, DENYR JEFERSON DUTRA; DILLY,<br />

DANIEL AMADO; SIQUEIRA, AMANDA LANA DE; SILVEIRA, MICHELINE ROSA;<br />

MACHADO, RENES DE RESENDE.<br />

O Uso Racional <strong>de</strong> Medicamentos (URM) é <strong>de</strong>finido pela Organização Mundial <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> (OMS) como a situação on<strong>de</strong> o paciente recebe a medicação a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> às suas<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s clínicas, nas doses correspon<strong>de</strong>ntes às suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s individuais,<br />

durante um período <strong>de</strong> tempo a<strong>de</strong>quado e ao menor custo possível para ele e para a<br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Porém, estima-se que cerca <strong>de</strong> 50% dos medicamentos são prescritos,<br />

dispensados ou vendidos <strong>de</strong> forma ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>. Consi<strong>de</strong>rando esse panorama e o<br />

farmacêutico como um dos principais atores <strong>de</strong>sse processo, a Executiva Nacional dos<br />

Estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> Farmácia (ENEFAR) promove anualmente a Campanha 5 <strong>de</strong> Maio -<br />

Pelo Uso Racional <strong>de</strong> Medicamentos, por meio <strong>de</strong> diversos centros e diretórios<br />

acadêmicos <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> Farmácia por todo o país. Esse trabalho tem como objetivo<br />

<strong>de</strong>screver a experiência do Diretório Acadêmico <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong><br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais (UFMG) na Campanha Pelo Uso Racional <strong>de</strong><br />

Medicamentos realiza<strong>da</strong> em Belo Horizonte no mês <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2011. Os objetivos<br />

centrais <strong>da</strong> campanha foram promover o contato do estu<strong>da</strong>nte com a população,<br />

orientá-la quanto ao uso correto <strong>de</strong> medicamentos, mobilizar os estu<strong>da</strong>ntes para uma<br />

ação conjunta, formá-los quanto ao tema e reforçar a importância do farmacêutico para<br />

a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. A organização <strong>da</strong> campanha se <strong>de</strong>u em três etapas. A primeira consistiu<br />

na divulgação <strong>de</strong>sta entre os estu<strong>da</strong>ntes <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong> UFMG, por<br />

meio <strong>de</strong> visitas a to<strong>da</strong>s as salas, fixação <strong>de</strong> painéis na facul<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sociais. A<br />

segun<strong>da</strong> foi a realização <strong>de</strong> um encontro <strong>de</strong> orientação aos estu<strong>da</strong>ntes, em que os 58<br />

presentes <strong>de</strong>bateram a respeito do URM, dos problemas que impe<strong>de</strong>m que este<br />

ocorra, dos responsáveis pela situação atual e <strong>de</strong> possíveis soluções. Estes foram<br />

orientados sobre como proce<strong>de</strong>r na campanha e como abor<strong>da</strong>r o público. A terceira e<br />

última etapa foi a realização <strong>da</strong> campanha. No dia 26 <strong>de</strong> maio, 45 estu<strong>da</strong>ntes foram até<br />

a Praça Sete, no centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> levando cartazes e panfletos informativos. Durante<br />

cerca <strong>de</strong> 3 horas a população foi abor<strong>da</strong><strong>da</strong>, recebendo orientações quanto ao uso<br />

correto <strong>de</strong> medicamentos. Ao fim do dia, os estu<strong>da</strong>ntes respon<strong>de</strong>ram a um questionário<br />

<strong>de</strong> avaliação <strong>da</strong> campanha, contendo 9 perguntas com respostas objetivas.<br />

Aproxima<strong>da</strong>mente 92% avaliaram a campanha como boa ou excelente e a<br />

consi<strong>de</strong>raram muito importante. Os estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong> UFMG se mostraram<br />

dispostos a participar <strong>de</strong> mais iniciativas volta<strong>da</strong>s ao público e consi<strong>de</strong>raram o tema<br />

muito importante, salientando a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> maior ênfase sobre o tema durante a<br />

graduação. O encontro <strong>de</strong> orientação mostrou que outras metodologias <strong>de</strong> ensino,<br />

basea<strong>da</strong>s na troca bilateral <strong>de</strong> conhecimento e experiências entre estu<strong>da</strong>ntes e<br />

docentes <strong>de</strong>veriam ser mais explora<strong>da</strong>s <strong>de</strong> maneira a tornar o ensino farmacêutico<br />

mais dinâmico e efetivo, facilitando a formação <strong>de</strong> um profissional qualificado, humano,<br />

ISSN Nº 1984-3828 56


critico e reflexivo. A campanha atingiu seus objetivos principais, levando um número<br />

importante <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes ao contato direto com a população, orientando-a quanto ao<br />

URM e levando o conhecimento <strong>da</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong> para socie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

EXECUTIVA NACIONAL DOS ESTUDANTES DE FARMÁCIA, EXECUTIVA<br />

REGIONAL SUL DOS ESTUDANTES DE FARMÁCIA. Cartilha <strong>de</strong> Formação para a<br />

Campanha 5 <strong>de</strong> Maio – Pelo Uso Racional <strong>de</strong> Medicamentos. Disponível em:<br />

http://enefar.files.wordpress.com/2008/04/cartilha-5-<strong>de</strong>-maio.pdf. Acessado em: 16 <strong>de</strong><br />

set. 2011.<br />

WORLD HEALTH ORGANIZATION. The rational use of drugs: report of the conference<br />

of experts. Nairobi 1985 Nov 25-29. Geneva: <strong>WHO</strong>; 1987.<br />

AQUINO, D. A. Por que o uso racional <strong>de</strong> medicamentos <strong>de</strong>ve ser uma<br />

priori<strong>da</strong><strong>de</strong>? Ciênc. saú<strong>de</strong> coletiva, Rio <strong>de</strong> Janeiro, v. 13, p. 733-736, 2008.<br />

ISSN Nº 1984-3828 57


INFLUÊNCIAS DO PROGRAMA INTERNATO RURAL DE FARMÁCIA NA<br />

FORMAÇÃO DOS ESTUDANTES.<br />

Internato não médico, assistência farmacêutica, SUS.<br />

PEREIRA, ANTONIO BASÍLIO, SIQUEIRA, AMANDA LANA DE; SOUSA,<br />

SAMUEL RODRIGUES ALMEIDA E<br />

Na Constituição Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> 1988 está estabelecido que todos os ci<strong>da</strong>dãos possuem<br />

direito ao acesso integral a saú<strong>de</strong>, sendo <strong>de</strong>ver do Estado garantir seu cumprimento.<br />

Para tanto, foi criado o Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS), muito bem sucedi<strong>da</strong> entre as<br />

reformas teóricas <strong>de</strong> âmbito social, <strong>de</strong> forma universal e igualitária. O SUS, <strong>de</strong> maneira<br />

<strong>de</strong>scentraliza<strong>da</strong>, transferiu a atenção primária à saú<strong>de</strong>, incluindo a assistência<br />

farmacêutica, para os municípios. Nesse contexto <strong>de</strong> assistência farmacêutica no SUS<br />

está inserido o Programa Internato Rural <strong>de</strong> Farmácia (PIRF) <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Farmácia <strong>da</strong> UFMG, sendo uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> teórico-prática <strong>de</strong> ensino. O PIRF<br />

consiste <strong>de</strong> um treinamento por meio do qual os alunos são preparados para que<br />

possam atuar em municípios, organizando a Assistência Farmacêutica no SUS e,<br />

consequentemente, o atendimento com digni<strong>da</strong><strong>de</strong> à população. O programa possibilita<br />

ao estu<strong>da</strong>nte adquirir conhecimentos teóricos sobre a legislação farmacêutica,<br />

dispensação, atenção farmacêutica, farmacologia, patologia e outras áreas<br />

relaciona<strong>da</strong>s. Além disso, é uma importante oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> contato do estu<strong>da</strong>nte com<br />

a população, possibilitando-lhe colocar em prática os conhecimentos adquiridos<br />

durante o Curso <strong>de</strong> Farmácia e os treinamentos recebidos. O crescimento pessoal e<br />

profissional do estu<strong>da</strong>nte participante do programa é um diferencial na formação<br />

acadêmica. É importante ressaltar que, <strong>de</strong> acordo com a Resolução nº 2 do Conselho<br />

Nacional <strong>de</strong> Educação (CNE) <strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong> Educação Superior (CES) <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong><br />

fevereiro <strong>de</strong> 2002, por meio <strong>da</strong> instituição <strong>da</strong>s novas Diretrizes Curriculares Nacionais<br />

do Curso <strong>de</strong> Graduação em Farmácia, tem-se como meta a formação <strong>de</strong> um<br />

profissional farmacêutico generalista e com perfil mais crítico e humanista, o que<br />

condiz com os objetivos pretendidos com o PIRF. Diante disso, é notória a gran<strong>de</strong><br />

influência do PIRF na formação <strong>de</strong> profissionais farmacêuticos melhor preparados para<br />

atuar na atenção à população, como profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Assim, há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

concentrar esforços para manter e melhorar o PIRF na Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong><br />

UFMG e, também, incentivar a expansão <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> programa para outras<br />

instituições <strong>de</strong> ensino farmacêutico, a fim <strong>de</strong> se formar novos profissionais mais<br />

completos para as politicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública em vigor e para as que po<strong>de</strong>m ser<br />

cria<strong>da</strong>s.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

PEREIRA, A. B.. Apostila para treinamento dos alunos que preten<strong>de</strong>m realizar<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s programa<strong>da</strong>s para o internato rural <strong>de</strong> Farmácia. Belo Horizonte: Facul<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Farmácia – UFMG.<br />

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PROGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA<br />

PADRONIZADA EM REDES DE FARMÁCIAS<br />

Garantia <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>; Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Comunitária;<br />

Farmacêuticos.<br />

RIBEIRO, ALANE ANDRELINO; BARROS, CLEMILSON DA SILVA; REIS, LEILA<br />

BELTRÃO.<br />

A prática do segmento farmacoterapêutico como novo serviço ain<strong>da</strong> requer um<br />

compromisso maior e continuo do profissional farmacêutico, com os resultados do<br />

tratamento do paciente e outros elementos. Assim, incentivar a implementação <strong>da</strong>s<br />

boas práticas farmacêuticas regulamenta<strong>da</strong>s, é um importante instrumento no direito<br />

do profissional farmacêutico <strong>de</strong> exercer o papel que lhe cabe na socie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Desenvolver programa <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos ao paciente na garantia <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

dos serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias <strong>de</strong> São Luís. Aproximar o<br />

farmacêutico do paciente, contribuindo em seu <strong>de</strong>sempenho como profissional <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e tornando as farmácias ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros estabelecimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; Promover a<br />

intervenção do farmacêutico na terapia farmacológica do paciente, em colaboração<br />

com outros profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e a conseqüente a<strong>de</strong>são; Fornecer subsídios ao<br />

profissional farmacêutico, para que ele realize os serviços farmacêuticos <strong>de</strong><br />

seguimento não farmacológico. Estabelecimento <strong>de</strong> parceria com enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s (ANVISA,<br />

CRF, SINFARMA), estruturação <strong>de</strong> cronograma <strong>de</strong> execução e planejamento.<br />

Divulgação através <strong>de</strong> mala direta (cartas convites aos farmacêuticos). Definições <strong>da</strong><br />

reunião <strong>de</strong> apresentação e dos treinamentos periódicos com os farmacêuticos <strong>da</strong>s<br />

farmácias participantes, através <strong>de</strong> educação continua<strong>da</strong>. Elaboração <strong>de</strong> protocolos<br />

clínicos <strong>de</strong> seguimento junto à equipe multidisciplinar, elaboração <strong>de</strong> termos <strong>de</strong><br />

consentimentos, cartilhas, manuais, fol<strong>de</strong>rs padronizados para a materialização dos<br />

serviços <strong>de</strong> formação implementados. Registros <strong>da</strong> documentação sobre as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>da</strong> capacitação realiza<strong>da</strong>s, carga horária e conteúdo ministrados através <strong>de</strong> programa<br />

estatísticos. Iniciar a implantação com projeto piloto para grupo <strong>de</strong> risco único,<br />

<strong>de</strong>senvolver sistema <strong>de</strong> registro <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos e <strong>de</strong> controle histórico, contínuo e pró-ativo.<br />

A implantação do projeto promoverá conhecimento sobre os princípios <strong>de</strong> boas<br />

práticas farmacêuticas em farmácias e drogarias, difundirá o uso racional <strong>de</strong><br />

medicamentos, importância <strong>da</strong> farmacovigilância e a atenção primaria a saú<strong>de</strong> nas<br />

farmácias e drogarias, contribuirá para a redução <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> intoxicações e <strong>de</strong> outros<br />

problemas relacionados ao medicamento. Desta forma, a importância do projeto está<br />

em direcionar a educação continua<strong>da</strong> para os profissionais farmacêuticos, inseridos<br />

nas farmácias comerciais e drogarias <strong>de</strong> São Luís-MA. A fim <strong>de</strong> motivá-los á exercer a<br />

atenção farmacêutica e dispensação plena, prática tão discuti<strong>da</strong> e com importantes<br />

avanços, corroborando para percepção <strong>da</strong> farmácia comercial como estabelecimento<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, beneficiando <strong>de</strong>sta forma usuários, farmacêuticos e gestores <strong>de</strong> farmácia e<br />

acima <strong>de</strong> tudo salvaguar<strong>da</strong>ndo a saú<strong>de</strong>.<br />

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BIBLIOGRAFIA<br />

SIMOES BARBOSA,Regina H. A „teoria <strong>da</strong> práxis‟: retomando o referencial marxista<br />

para o enfrentamento do capitalismo no campo <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>.Revista Trab. Educ. Saú<strong>de</strong>,<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, v. 8 n. 1, p. 9-26,mar./jun.2010<br />

PERETTA, M.; CICCIA, G. Reingeniería <strong>de</strong> la Práctica Farmacéutica. Buenos Aires:<br />

Editorial Médica Panamericana, 1998. 226p<br />

CIPOLLE,R.J.;STRAND,L.M,;MORLEY,P.C. El ejercicio <strong>de</strong> la atención farmacêutica.<br />

Madrid:McGraw-Hill/Interamericana,2000.652p<br />

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AS INFLUÊNCIAS DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE FARMÁCIA NO<br />

ENSINO FARMACÊUTICO<br />

Currículo; educação em Farmácia; estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> Farmácia.<br />

BONFIM, ANTONIO JOAQUIM; IZIDORO; JANS BASTOS; MATTOS, LEONARDO<br />

VIDAL; PERINI, EDSON; SIQUEIRA, AMANDA LANA DE; TOBARUELA, ERIC DE<br />

CASTRO.<br />

Os primeiros cursos <strong>de</strong> nível superior em Farmácia no Brasil surgiram em 1832, no Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro e Salvador, e, em 1837, em Ouro Preto, com a primeira instituição<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> Farmácia. A partir <strong>da</strong>í, o processo <strong>de</strong> criação dos cursos <strong>de</strong><br />

Farmácia no País foi se <strong>de</strong>senvolvendo paulatinamente até 1991 quando existiam 49<br />

cursos, sendo observado aumento acelerado a partir <strong>de</strong> 1997, chegando ao número <strong>de</strong><br />

237 em 2004, representando um crescimento <strong>de</strong> 238,57% e atingindo em 2008, 306<br />

cursos, <strong>de</strong>sproporcionali<strong>da</strong><strong>de</strong> observa<strong>da</strong> em relação a outros países e ao atual sistema<br />

<strong>de</strong> formação em pós-graduação. O presente trabalho tem como objetivo principal<br />

analisar a participação do Movimento Estu<strong>da</strong>ntil <strong>de</strong> Farmácia (MEF) nas mu<strong>da</strong>nças no<br />

ensino farmacêutico ao longo <strong>da</strong> história do curso <strong>de</strong> Farmácia em todo o país. Para<br />

isso, foi realiza<strong>da</strong> uma revisão <strong>de</strong> literatura, em busca <strong>de</strong> documentos e textos<br />

relacionados ao assunto. O crescimento do número <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> graduação, as<br />

mu<strong>da</strong>nças na profissão farmacêutica e a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> a<strong>de</strong>quação curricular às<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> profissão e <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> incentivaram o surgimento e fortalecimento<br />

<strong>de</strong> um movimento <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes engajados e em busca <strong>de</strong> melhorias no ensino<br />

farmacêutico. Após a plenária final do X Encontro Nacional <strong>de</strong> Estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> Farmácia<br />

(ENEF), realizado em Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte, São Paulo, em 1986, foi criado o Seminário<br />

Nacional sobre o Currículo <strong>de</strong> Farmácia (SNCF) e, paralelamente aos SNCF, foi criado,<br />

em 1993, o Encontro Nacional <strong>de</strong> Reforma Curricular (ENRF). Na plenária final do VII<br />

SNCF e IV ENRC, em 1995, foi encaminhado ao Ministério <strong>da</strong> Educação/ Conselho<br />

Nacional <strong>de</strong> Educação (CNE) um documento com as <strong>de</strong>liberações toma<strong>da</strong>s em todos<br />

os encontros e fóruns realizados pelos estu<strong>da</strong>ntes, a “Proposta <strong>de</strong> reformulação do<br />

ensino <strong>de</strong> Farmácia do Brasil”, publica<strong>da</strong> pela Executiva Nacional dos Estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong><br />

Farmácia (ENEFAR), em conjunto com a Fe<strong>de</strong>ração Nacional dos Farmacêuticos<br />

(FENAFAR), a qual embasou a criação do atual currículo. A participação do MEF nas<br />

reformulações do ensino farmacêutico é constante e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância, o assunto<br />

<strong>da</strong> reformulação curricular, por exemplo, é recorrente e foi tema do XXXIV ENEF, em<br />

Fortaleza, Ceará, em julho <strong>de</strong> 2011, com o objetivo <strong>da</strong> avaliação <strong>de</strong> como evolui a<br />

implantação do currículo generalista ao longo <strong>da</strong>s Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior (IES)<br />

pelo Brasil, que surgiu <strong>de</strong> acordo com a Resolução Nº 2, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2002,<br />

do Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação <strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong> Educação Superior, on<strong>de</strong> foram<br />

instituí<strong>da</strong>s as novas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso <strong>de</strong> Graduação em<br />

Farmácia, com o objetivo <strong>de</strong> formar profissionais farmacêuticos generalistas, mais<br />

humanistas e com senso crítico, <strong>de</strong> forma que trabalhem a serviço <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

tenham como foco o paciente. Nesse contexto, cabe aos estu<strong>da</strong>ntes acompanhar o<br />

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processo <strong>de</strong> reformulação e a<strong>da</strong>ptação do currículo, nas reivindicações <strong>de</strong> suas<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>de</strong> forma a garantir que as mu<strong>da</strong>nças sejam feitas sem prejudicar e excluir<br />

as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> sob as quais a construção do currículo foi pauta<strong>da</strong>,<br />

monitorando a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do ensino e didática docente, além <strong>da</strong> sugestão <strong>de</strong><br />

alternativas.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e Insumos<br />

Estratégicos. Departamento <strong>de</strong> Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. O<br />

ensino e as pesquisas <strong>da</strong> atenção farmacêutica no âmbito do SUS / Ministério <strong>da</strong><br />

Saú<strong>de</strong>, Brasília: Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2007. 107 p.: il. – (Série B. Textos Básicos <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong>)<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e Insumos<br />

Estratégicos. Departamento <strong>de</strong> Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. O<br />

ensino e as pesquisas <strong>da</strong> atenção farmacêutica no âmbito do SUS / Ministério <strong>da</strong><br />

Saú<strong>de</strong>, Brasília: Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2007. 107 p.: il. – (Série B. Textos Básicos <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong>)<br />

ENEFAR, O que é ENEFAR? Coor<strong>de</strong>nação Nacional, Gestão 2010-2011 “Integrar,<br />

Crescer e Mu<strong>da</strong>r – Rafael Schuab”. 2010. Disponível em:<br />

<br />

FENAFAR/ENEFAR. Proposta <strong>de</strong> Reformulação do Ensino <strong>de</strong> Farmácia no Brasil,<br />

São Paulo, Eikongraphic‟s, 1996.<br />

SPADA, Celso; et al. In: BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Educação. A trajetória dos cursos <strong>de</strong><br />

graduação na área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> – Farmácia. 2004. Brasília. Disponível em: <<br />

http://portal.sau<strong>de</strong>.gov.br/portal/arquivos/pdf/169a200_graduacao.pdf ><br />

ISSN Nº 1984-3828 62


SIMULAÇÃO DE ATENDIMENTO FARMACÊUTICO: A EXPERIÊNCIA DA<br />

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA<br />

Educação em farmácia. Simulação. Assistência farmacêutica<br />

TRAUTHMAN, SILVANA CRISTINA; ALANO, GRAZIELA MODOLON; FRANÇA,<br />

TAINÃ FORMENTIN; VIEIRA, ANA CRISTINA; GALATO, DAYANI<br />

A avaliação in loco <strong>de</strong> práticas clínicas é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como a mais fi<strong>de</strong>digna no<br />

processo educativo, embora problemas relacionados às habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, atitu<strong>de</strong>s e<br />

conhecimentos somente se consegue i<strong>de</strong>ntificar quando o futuro profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

está diante <strong>de</strong> um paciente real. Desta forma no curso <strong>de</strong> Farmácia foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> a<br />

avaliação por simulação <strong>de</strong> atendimento, também <strong>de</strong>nominado Exame Clínico Objetivo<br />

Estruturado, buscando um enfoque problematizador que contribua para a o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento competências clínicas pelo aluno. Apresentar a experiência do curso<br />

<strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong> Santa Catarina no processo <strong>de</strong> ensinoaprendizagem<br />

por meio <strong>da</strong> simulação <strong>de</strong> atendimento farmacêutico. Este trabalho<br />

possui duas secções, a primeira refere-se a um relato <strong>de</strong> experiência com abor<strong>da</strong>gem<br />

qualitativa <strong>da</strong> experiência do processo <strong>de</strong> simulações <strong>de</strong> atendimento farmacêutico<br />

realizado no período <strong>de</strong> 2005 e 2009 e a <strong>de</strong>scrição <strong>da</strong>s partes do instrumento (ficha <strong>de</strong><br />

avaliação). E a segun<strong>da</strong>, quantitativa apresenta<strong>da</strong> adotando-se estatística <strong>de</strong>scritiva,<br />

refere-se aos resultados <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong>ssas fichas na avaliação <strong>da</strong>s simulações<br />

realiza<strong>da</strong>s por formandos do referido curso. Este processo <strong>de</strong> avaliação é constituído<br />

por três etapas: a) preparação do cenário e dos casos; b) simulação; e c) avaliação.<br />

To<strong>da</strong> a simulação <strong>de</strong> atendimento se inicia no repasse <strong>da</strong>s informações que<br />

caracterizam minimamente o problema do paciente, outros <strong>da</strong>dos <strong>de</strong>vem ser<br />

investiga<strong>da</strong>s pelo acadêmico, a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> que segue é filma<strong>da</strong>, o que permite a análise<br />

<strong>da</strong> comunicação. Ao final <strong>da</strong> simulação é realizado o processo <strong>de</strong> avaliação, que se<br />

inicia com a leitura do caso, a análise do ví<strong>de</strong>o e a aplicação <strong>da</strong> ficha <strong>de</strong> avaliação<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>. Esta ficha é dividi<strong>da</strong> em cinco partes: <strong>de</strong>finição do problema, indicação<br />

farmacêutica, informações e orientações ao paciente, estilo <strong>de</strong> comunicação e<br />

resolução do problema. Foram avalia<strong>da</strong>s 291 fichas <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> simulações <strong>de</strong><br />

atendimento farmacêutico. A quantificação do <strong>de</strong>sempenho em <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> quesito<br />

estabelecido na ficha <strong>de</strong> avaliação tem adotado como critério o valor mínimo igual a<br />

zero e máximo <strong>de</strong>z. A nota obti<strong>da</strong> nos atendimentos variou <strong>de</strong> 0,4 a 10,0 com mediana<br />

<strong>de</strong> 7,3 e média <strong>de</strong> 7,0 (±2,02) o que representa 70,0% <strong>de</strong> rendimento. Foram<br />

encontra<strong>da</strong>s diversas limitações nos atendimentos simulados, <strong>da</strong>s quais se <strong>de</strong>stacam a<br />

falta <strong>de</strong> informações acerca do tratamento (65,1%), o estilo ina<strong>de</strong>quado <strong>de</strong><br />

comunicação (21,9%), a falha na i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do paciente (7,7%), e a<br />

seleção irracional do(s) medicamento(s) no atendimento por automedicação (5,3%). A<br />

simulação experimenta<strong>da</strong> na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> possibilitou aos acadêmicos a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> aprimorar as suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s na prestação do atendimento farmacêutico,<br />

além <strong>de</strong> aprofun<strong>da</strong>r os conhecimentos a respeito <strong>da</strong>s situações aplica<strong>da</strong>s. Os<br />

resultados apresentados mostram a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> reorientação curricular, para que<br />

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sejam oferta<strong>da</strong>s condições <strong>de</strong> melhorar as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação e <strong>de</strong><br />

conhecimento <strong>de</strong> medicamentos e problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> volta<strong>da</strong> à orientação a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong><br />

aos pacientes.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

FERNANDEZ, J.L.T.; FRANCO, B.P. Examen <strong>de</strong> ingenios para las ciências: Edipalaci<br />

frente a ECOE. Aten. Primaria, v.35, n.5, p.273, 2005.<br />

GALATO, D.; ALANO, G.M.; FRANÇA, T.F.; VIEIRA, A.C. Exame clínico objetivo<br />

estruturado (ECOE): uma experiência <strong>de</strong> ensino por meio <strong>de</strong> simulação do atendimento<br />

farmacêutico. Interface – Comunic., Sau<strong>de</strong>, Educ. v. 15, p. 309-320, 2010.<br />

GALATO, D.; ALANO, G.M.; TRAUTHMAN, S.C.; FRANÇA, T.F. Pharmacy practice<br />

simulations: performance of senior pharmacy stu<strong>de</strong>nts at a University in southern<br />

Brazil. Pharmacy Practice. v.9, n.3, p.136-140, 2011.<br />

GONZÁLEZ, M.P. et al. Evaluación <strong>de</strong> la competencia clínica <strong>de</strong> tutores <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> medicina familiar y comunitaria. Aten. Primaria, v.34, n.2, p.68-74, 2004.<br />

NEWBLE, D.I. Assessment of clinical competence. BJA, v.84, n.4, p.432-433, 2000.<br />

RUTTER, P.M.; HUNT, A. The <strong>de</strong>velopment of a managed learning environment using<br />

WedCT to faciliate 4 th year M. Pharm un<strong>de</strong>rgraduates ability to counsel patients en<br />

preparation for OSCEs. Pharm. Educ., v.3, n.1, p.63-66, 2003.<br />

WEISS, B.D. Are we competent to assess competence? Fam. Med., v.36, n.3, p.214-<br />

216, 2004.<br />

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE: INSTRUMENTALIZAÇÃO PARA A FORMAÇÃO<br />

EM ATENÇÃO FARMACÊUTICA<br />

Atenção Farmacêutica; Promoção em saú<strong>de</strong>; Educação em saú<strong>de</strong>.<br />

ANDRADE, BETINA; RAEDER, DENISE HOFFMANN; KOTHE, JEFFERSAN;<br />

BRESOLIN, JOSÉ ROBERTO; MAIA, LAÍS ORLOF; SURDI, MARLA; GESSER,<br />

MARLUCI; BERNARDO, NOEMIA LIEGE; TESSELE, PRISCILA BATISTA; GIACHINI-<br />

KESSLER, RÚBIA MARA<br />

A atenção farmacêutica orienta-se para o acompanhamento e educação do paciente,<br />

avaliação dos seus fatores <strong>de</strong> risco, bem como a prevenção e promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

juntamente com a vigilância <strong>da</strong>s doenças. No Brasil, a Organização Pan-Americana <strong>da</strong><br />

Saú<strong>de</strong> (OPAS) produziu o documento “Proposta <strong>de</strong> Concenso Brasileiro <strong>de</strong> Atenção<br />

Farmacêutica” que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a prática <strong>da</strong> atenção farmacêutica orienta<strong>da</strong> para a<br />

educação em saú<strong>de</strong>, orientação farmacêutica, dispensação, atendimento e<br />

acompanhamento farmacêutico, registro sistemático <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, mensuração e<br />

avaliação dos resultados. Lembrando que educação em saú<strong>de</strong> são combinações <strong>de</strong><br />

experiências <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong>linea<strong>da</strong>s em facilitar com que a pessoa alcance um<br />

efeito intencional sobre a própria saú<strong>de</strong>, e difere-se <strong>de</strong> promoção em saú<strong>de</strong> pelo fato<br />

<strong>de</strong> ter a plena compreensão e aceitação dos objetivos nas ações <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s e<br />

recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s. Com o objetivo <strong>de</strong> alcançar um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> formação, com<br />

profissionais capacitados para esta atuação integra<strong>da</strong> e uma intervenção<br />

multidisciplinar, docentes dos cursos <strong>de</strong> farmácia e fisioterapia, farmacêutica<br />

orientadora <strong>de</strong> estágio, acadêmicos <strong>de</strong> farmácia e fisioterapia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Vale<br />

do Itajaí (UNIVALI) <strong>de</strong>senvolveram uma oficina <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> integra<strong>da</strong> para<br />

um grupo <strong>de</strong> pessoas acima <strong>de</strong> 50 anos com diagnóstico <strong>de</strong> cardiopatias. As oficinas<br />

são realiza<strong>da</strong>s na Clínica <strong>de</strong> Fisioterapia <strong>da</strong> UNIVALI com periodici<strong>da</strong><strong>de</strong> semanal,<br />

to<strong>da</strong>s as quintas-feiras. São realiza<strong>da</strong>s mini palestras com duração <strong>de</strong> trinta minutos,<br />

on<strong>de</strong> são abor<strong>da</strong>dos temas variados sobre medicamentos. Estes encontros,<br />

<strong>de</strong>nominados pelos pacientes como “conversa” possuem a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> promover o<br />

interesse <strong>de</strong>stes para a importância <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência ao tratamento prescrito pelo médico,<br />

bem como a orientação farmacoterapêutica. A partir dos encontros surgiu a<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> intervenção clínica, por meio <strong>da</strong> reconciliação dos medicamentos, este<br />

atendimento ocorre após os encontros. São atendidos dois pacientes por semana,<br />

durante a entrevista o objetivo é avaliar os resultados dos medicamentos como a<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> a efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a segurança. O maior problema encontrado está<br />

relacionado com a a<strong>de</strong>são, uma vez que os pacientes <strong>de</strong>monstraram <strong>de</strong>sconhecer o<br />

benefício dos medicamentos prescritos na sua saú<strong>de</strong>.Po<strong>de</strong>-se perceber a partir <strong>de</strong>stas<br />

intervenções a veemência com que questionamentos e preocupações surgem, fazendo<br />

com que os novos profissionais farmacêuticos possam ser inseridos em um programa<br />

multidisciplinar <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, com aceitação e solicitação, especialmente dos próprios<br />

pacientes e <strong>de</strong> outros profissionais. Deste modo, o farmacêutico <strong>de</strong>sempenha suas<br />

funções perante a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, corresponsabilizando-se pelo bem estar do paciente e<br />

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trabalhando para que este não tenha sua quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> comprometi<strong>da</strong> por um<br />

problema evitável, <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> uma terapia farmacológica, sendo o medicamento um<br />

meio ou instrumento para se alcançar um resultado, seja este paliativo, curativo ou<br />

preventivo.<br />

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O ENSINO FARMACÊUTICO NA BAHIA: AVALIAÇÃO DAS MATRIZES<br />

CURRICULARES DOS CURSOS DE FARMÁCIA, 2011<br />

Educação em farmácia; avaliação, fi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> a diretrizes.<br />

FEDERICO, MARILIA PINTO; PONTES, ANGELA; BORGES, EUSTÁQUIO<br />

LINHARES ; DIAS, EDUARDO JORGE CAVALCANTII<br />

O ensino farmacêutico vem passando por mu<strong>da</strong>nças, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a aprovação <strong>da</strong>s<br />

Diretrizes Curriculares Nacionais- DCN (BRASIL, 2002), que <strong>de</strong>finem farmacêutico<br />

como profissional com formação generalista, humanista, crítica, reflexiva com<br />

competências e habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s para atuar nas áreas <strong>da</strong>s ciências farmacêuticas. As DCN,<br />

publica<strong>da</strong>s em 2002, foram aprova<strong>da</strong>s em 2001 e, portanto, estão completando <strong>de</strong>z<br />

anos <strong>de</strong> existência, porém ain<strong>da</strong> tem-se discutido e buscado estratégias para sua<br />

a<strong>de</strong>quação. Na Bahia, o ensino farmacêutico é centenário e até a última déca<strong>da</strong> havia<br />

apenas uma instituição <strong>de</strong> ensino superior para graduar esses profissionais, porém<br />

este cenário mudou e, segundo <strong>da</strong>dos do Instituto Nacional <strong>de</strong> Estudos e Pesquisas<br />

Educacionais Anísio Teixeira – INEP (BRASIL, s/d) e do Ministério <strong>da</strong> Educação<br />

(BRASIL, s/d), existem 15 (quinze) Cursos <strong>de</strong> Farmácia sendo ofertados no Estado.<br />

Este estudo objetivou mapear e analisar a situação atual do ensino farmacêutico<br />

baiano, e colocação dos egressos no mercado. Trata-se <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong>scritivo, on<strong>de</strong><br />

foram consultados sites oficiais sobre educação; as matrizes curriculares e os registros<br />

do CRF-BA sobre os egressos, em abril <strong>de</strong> 2011. Foram estu<strong>da</strong>dos Cursos <strong>de</strong><br />

Farmácia autorizados pelo Ministério <strong>da</strong> Educação e analisa<strong>da</strong>s as variáveis: natureza<br />

jurídica e localização <strong>da</strong> IES, ano <strong>de</strong> implantação <strong>da</strong> DCN, carga horária total, trabalho<br />

<strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso (TCC), ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> complementar, estágio e colocação dos<br />

egressos no mercado <strong>de</strong> trabalho.Os <strong>da</strong>dos foram processados através <strong>da</strong> utilização<br />

do Microsoft Office Excel e os resultados apresentados em tabelas e gráficos. Somente<br />

11 IES enviaram a respectiva matriz curricular. Das IES analisa<strong>da</strong>s observou-se que<br />

54,5% (6) eram priva<strong>da</strong>s, enquanto que, as públicas representaram 45,5% (5). Notouse<br />

que 54,5% (6) <strong>da</strong>s IES estão no interior do Estado e 45,5% (5) estão na capital. O<br />

Parecer nº 210/04 do Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação (BRASIL, 2004) recomendou<br />

implantação <strong>da</strong>s DCN até 2006, porém os <strong>da</strong>dos obtidos neste estudo mostraram que<br />

27,3% (3) <strong>da</strong>s IES não cumpriram esta exigência. Sobre a carga horária total foi<br />

observado que 100,0% (11) <strong>da</strong>s IES ofertam o curso com 4000h ou mais, aten<strong>de</strong>ndo,<br />

portanto, ao que está <strong>de</strong>terminado na Resolução CNE/CES nº 04/09 (BRASIL, 2009),<br />

resultado bem mais favorável ao encontrado por Fe<strong>de</strong>rico e Santos Junior (2007) on<strong>de</strong><br />

83,0% dos cursos analisados estavam abaixo <strong>de</strong>ssa faixa.To<strong>da</strong>s as IES estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />

apresentaram o TCC como disciplina; 45,5% (5) apresentaram ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

complementares com carga horária <strong>de</strong> 200 horas ou mais e, em 18,2% (2) a carga<br />

horária para estágio curricular foi inferior a 800 horas.Os egressos estão distribuídos,<br />

predominantemente em Farmácias e Drogarias e Laboratórios Clínicos. Existe a<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliação do estudo para as IES cuja matriz curricular não foi<br />

avalia<strong>da</strong>, o que foi uma limitação na pesquisa.Percebeu-se neste trabalho que algumas<br />

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situações <strong>de</strong>sfavoráveis <strong>de</strong>tecta<strong>da</strong>s em estudos anteriores, ain<strong>da</strong> persistem e outras,<br />

melhoraram. Tal fato po<strong>de</strong> indicar que a implantação <strong>da</strong>s DCN se fez <strong>de</strong> modo lento e<br />

gra<strong>da</strong>tivo, e ain<strong>da</strong> não foi concluído, motivando, portanto, a realização <strong>de</strong> mais estudos<br />

sobre o tema e ratificando a importância do MEC exigir, nos processos <strong>de</strong><br />

reconhecimento dos cursos, o cumprimento <strong>da</strong>s DCN.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Educação. Resolução CNE/CES nº 02 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong><br />

2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso <strong>de</strong> Graduação em Farmácia.<br />

Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação. Câmara <strong>de</strong> Educação Superior. Brasília-DF: Diário<br />

Oficial <strong>da</strong> União, 4 mar 2002. Seção 1, p.9.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Educação. Parecer Homologa nº 210 <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2004.<br />

Aprecia a Indicação CNE/CES 1/2004, referente à a<strong>de</strong>quação técnica e revisão dos<br />

Pareceres e/ou Resoluções <strong>da</strong>s Diretrizes Curriculares Nacionais do Cursos <strong>de</strong><br />

Graduação em Farmácia.Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação. Câmara <strong>de</strong> Educação<br />

Superior. Brasília-DF: Diário Oficial <strong>da</strong> União, 24 set 2004.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Educação. Resolução CNE/CES nº 04 <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2009.<br />

Dispõe sobre carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e<br />

duração dos cursos <strong>de</strong> graduação em Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação<br />

Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição e Terapia<br />

Ocupacional, bacharelados, na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> presencial.Conselho Nacional <strong>de</strong><br />

Educação. Câmara <strong>de</strong> Educação Superior. Brasília-DF: Diário Oficial <strong>da</strong> União, 07<br />

abr 2009. Seção 1, p.27<br />

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. e-MEC. Disponível em:<br />

http://emec.mec.gov.br/. Acesso em: 01 <strong>de</strong> mar <strong>de</strong> 2011.<br />

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SINAES. Disponível em:<br />

http://sinaes.inep.gov.br/sinaes/. Acesso em: 01 <strong>de</strong> mar <strong>de</strong> 2011.<br />

FEDERICO, M. P.; SANTOS JUNIOR, W. S. D. . Perfil dos cursos <strong>de</strong> Farmácia do<br />

Estado <strong>da</strong> Bahia. CRF-BA em Revista, v. 2, p. 16-20, 2007<br />

ISSN Nº 1984-3828 68


ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO CURRICULAR - FARSUS NA SALA DE<br />

ESPERA<br />

Praticas integrativas; Prevenção; Formação farmacêutica.<br />

MIRANDA, MARIA SPÍNOLA; FERREIRA, JUNIA R. D.; PONTES, ANGELA;<br />

PEREIRA, NEILA DE PAULA; CARINHANHA, ROSEANE; COSTA, TAISE D.;<br />

VERENA, ANA; ALENCAR, LETÍCIA; FERREIRA, GUTEMBERG L.<br />

Na inovação curricular, nem sempre temos a fórmula exata para abor<strong>da</strong>r novos<br />

conhecimentos e inserir novas metodologias fazendo com que corpo docente, discente<br />

e técnico possa absorvê-las e a<strong>de</strong>quá-las à nova reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Por este pressuposto, há<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> inspirar mu<strong>da</strong>nças e adoção <strong>de</strong> novos comportamentos. Precisa-se ir<br />

ao encontro <strong>de</strong> novos caminhos que possam entusiasmar os estu<strong>da</strong>ntes e docentes e<br />

para isso ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>ve ser aprendiz. Neste contexto, este projeto tem por finali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

contribuir para integrar, <strong>de</strong> maneira plena, estu<strong>da</strong>ntes <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong><br />

UFBA (FAR/UFBA), especialmente dos programas PERMANECER e PRÓ-SAÚDE,<br />

Laboratório <strong>de</strong> Análises Clínicas (LACTIFAR/SUS) e comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> SUS que freqüenta a<br />

facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, proporcionando condições satisfatórias, salutares e prazerosas<br />

ao ambiente universitário. Através <strong>da</strong> elaboração <strong>de</strong> oficinas que integram a teoria à<br />

prática, diversos temas foram abor<strong>da</strong>dos com os usuários SUS na sala <strong>de</strong> espera, a<br />

saber: Situação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do serviço SUS na FAR/UFBA e o que fazer para<br />

melhorar (abor<strong>da</strong>gem com a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>); Água: você tem se<strong>de</strong> <strong>de</strong> que?; Filtro solar,<br />

quem usa?; Dengue, leptospirose – prevenção; Câncer <strong>de</strong> colo <strong>de</strong> útero – prevenção;<br />

Anemias – prevenção, etc. Os resultados parciais <strong>de</strong>ssa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> têm sido positivos<br />

tanto para docentes e discentes quanto para os usuários do serviço do SUS. Como<br />

sugestões e críticas para melhoria do serviço, foram aponta<strong>da</strong>s pela comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />

melhoria no acesso para portadores <strong>de</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s especiais; melhor sinalização;<br />

disponibilização <strong>de</strong> cafezinho; aumento do número <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>ntes durante a triagem;<br />

menor prazo para entrega dos exames. Esses pontos já estão sendo contemplados na<br />

reforma física <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, que está em curso. Em relação aos temas apresentados,<br />

houve boa aceitação do público, com gran<strong>de</strong> envolvimento e entusiasmo na<br />

participação. Verificou-se, nessa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, a importância do serviço do SUS prestado<br />

pela Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, on<strong>de</strong> todos os segmentos consi<strong>de</strong>raram os mesmos<br />

como <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> superior aos <strong>de</strong>mais serviços disponíveis, especialmente em<br />

relação à varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> exames disponibilizados.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL, Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> - Saú<strong>de</strong> no Brasil: contribuições para agen<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa, 306p.<br />

Conferencia Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> - Brasil falando como quer ser tratado, 2003,189p.<br />

ISSN Nº 1984-3828 69


DEMO, P. Complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> e Aprendizagem: a Dinâmica não Linear do Conhecimento,<br />

2002, 200p.<br />

DEMO, Pesquisa Participante: Saber Pensar e Intervir Junto. 2004, 139p.<br />

LUZ, A.M.C Gestão educacional e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> social <strong>da</strong> educação.UFBA, 2007,120p<br />

ISSN Nº 1984-3828 70


ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DA VIVENCIA EM UBS: EDUCAÇÃO EM<br />

SAÚDE CONTINUADA<br />

PET- Farmácia, Atenção Primária à Saú<strong>de</strong> e Educação em Saú<strong>de</strong><br />

SILVA, MILENA CRISTINA MARTINS DA; BASTOS, MÍRIAN LETÍCIA CARMO;<br />

CAMPOS, DANIEL MARQUES; CARDOSO, ERICA DE TÁSSIA CARVALHO; LUZ,<br />

DIANDRA ARAUJO DA; PINHEIRO, ALANA MIRANDA; PONTES, ANNA CAROLINA<br />

AVELAR DE ARAÚJO; SANTOS, CAMILA COSTA DOS; SARMENTO, ROSANA<br />

MOURA; SILVA, ADALGIZA DENIELE VÉRAS; SILVA, JOÃO VICTOR DA SILVA E;<br />

SILVA, LIVALDO COSTA E; SILVA, MALLONE LOPES DA; DOLABELA, MARIA FÂNI.<br />

Os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no Brasil foram organizados em níveis <strong>de</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a<br />

atenção primária (baixa complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>) é a porta <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> do Sistema Único <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> (SUS). O PET- FARMÁCIA/UFPA realiza ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s educativas na atenção<br />

primária, abor<strong>da</strong>ndo temas relacionados aos programas presentes na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> Básica<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS). Preocupados com a importância <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> para a população,<br />

também são aplicados questionários para verificar a eficácia <strong>da</strong> educação em saú<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> pelo grupo na UBS. Avaliar quantitativamente o grau <strong>de</strong> informação do<br />

usuário, antes e após a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> realiza<strong>da</strong> pelo grupo PET-<br />

FARMÁCIA/UFPA na UBS <strong>de</strong> um bairro <strong>de</strong> Belém. Analisar o grau prévio <strong>de</strong><br />

conhecimento dos usuários que participaram <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> educativa. Pesquisar a<br />

aquisição <strong>de</strong> conhecimento após a realização <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> . Antes e <strong>de</strong>pois do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s pelo grupo PET- FARMÁCIA/UFPA, <strong>de</strong>sempenha<strong>da</strong>s<br />

por meio <strong>de</strong> palestras, ro<strong>da</strong>s <strong>de</strong> conversas e entregas <strong>de</strong> fol<strong>de</strong>rs foram aplicados<br />

formulários com perguntas a respeito do grau <strong>de</strong> conhecimento dos usuários sobre o<br />

tema, o contato com o assunto e sua importância, entre outras perguntas que<br />

admitiram as seguintes alternativas como resposta: muito; pouco; razoável e nenhum<br />

conhecimento, importância ou informação. Os formulários foram analisados<br />

calculando-se a porcentagem <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> resposta antes e <strong>de</strong>pois <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e então<br />

comparou-se os resultados. Nos formulários observou-se mediante porcentagem dos<br />

indivíduos entrevistados que antes <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pelo PET-<br />

FARMÁCIA/UFPA 13,5% consi<strong>de</strong>ravam enten<strong>de</strong>r muito sobre o assunto e 56%<br />

entendia pouco. 35% admitiram ter muito contato e 32% consi<strong>de</strong>ravam ter pouco<br />

contato com o tema. 30% <strong>da</strong>s pessoas afirmaram receber pouca informação <strong>de</strong><br />

profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> como médicos, enfermeiros, entre outros e 52% afirmaram<br />

nunca terem recebido informações a respeito dos temas. 58% consi<strong>de</strong>raram muito<br />

importantes trabalhos e campanhas que esclareçam sobre os temas. Depois <strong>da</strong>s<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s 30% dos participantes consi<strong>de</strong>raram enten<strong>de</strong>r muito sobre o assunto e 33%<br />

pouco. 63% admitiram ter muito contato com o tema e 22% pouco contato. 8,4%<br />

afirmou receber pouca informação <strong>de</strong> profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> sobre o tema e 59%<br />

nunca recebeu informação alguma. 88% dos entrevistados consi<strong>de</strong>rou muito<br />

importante trabalhos que esclareçam os temas. Desta forma a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

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participantes que entendia muito sobre os assuntos aumentou consi<strong>de</strong>ravelmente com<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, o que é muito importante pois o número <strong>de</strong><br />

entrevistados que admitiram ter muito contato com o tema aumentou <strong>de</strong> 35% para<br />

63%. O numero <strong>de</strong> pessoas que consi<strong>de</strong>rou receber pouca informação sobre os temas<br />

diminuiu, porém a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> indivíduos que nunca receberam informação alguma<br />

por parte <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> se manteve praticamente o mesmo. Por fim<br />

observou-se que a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> participantes que consi<strong>de</strong>raram muito importantes<br />

trabalhos que informem sobre os temas aumentou significativamente <strong>de</strong>monstrando a<br />

importância e eficácia do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong><br />

para a população. Com análise dos formulários foi comprova<strong>da</strong> a importância <strong>da</strong>s<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pelo grupo PET- FARMÁCIA/UFPA<br />

para a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> atendi<strong>da</strong>.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

Governo Fe<strong>de</strong>ral, Constituição <strong>da</strong> República Fe<strong>de</strong>rativa do Brasil, 1988. Disponível<br />

em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm. Acesso<br />

em: 28/05/2011.<br />

LEGISLAÇÃO DO SUS. Disponível em: <<br />

http://www.aids.gov.br/incentivo/manual/legislacao_sus.pdf>. Acesso em:<br />

28/05/2011.<br />

Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, ATENÇÃO BÁSICA E A SAÚDE DA FAMILIA. Disponível em:<br />

. Acesso em: 28/05/2011<br />

ISSN Nº 1984-3828 72


COMPORTAMENTO EVOLUTIVO DOS PRINCIPAIS INDICADORES DO<br />

CURSO DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ: AMPLIAR<br />

PARA CONSOLIDAR<br />

Currículo, diretrizes curriculares.<br />

SOARES, LEONARDO FERREIRA; MEDEIROS, MARIA DAS GRAÇAS FREIRE;<br />

BRITO, CLEITON ALVES; SANTOS, RODOLFO RITCHELLE LIMA.<br />

O curso <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong> UFPI tem 19 anos, este período está dividido em processo <strong>de</strong><br />

criação, reconhecimento e a<strong>de</strong>quações. A implantação do currículo generalista<br />

apresentou no seu <strong>de</strong>correr uma fase <strong>de</strong> transição até a consoli<strong>da</strong>ção atual. O<br />

presente estudo objetiva apresentar, em números, a fase <strong>de</strong> transição até a<br />

implantação do currículo generalista. Foi realiza<strong>da</strong> uma avaliação <strong>da</strong> evolução dos<br />

principiais indicadores do curso <strong>de</strong> farmácia do CCS/UFPI. Demonstra através <strong>de</strong><br />

gráficos o número <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes ingressantes, matriculados, diferença entre prováveis<br />

concluintes e concluintes e a taxa <strong>de</strong> sucesso <strong>da</strong> graduação (TSG) no curso <strong>de</strong><br />

farmácia, entre os anos <strong>de</strong> 2000 e 2009. Tabelas relacionam os conclu<strong>de</strong>ntes na<br />

duração padrão do curso (DPC = 4 anos) com o cancelamento <strong>de</strong> matrícula e o tempo<br />

médio para a integralização do curso no intervalo <strong>de</strong> 1992 a 2003, por período <strong>de</strong><br />

ingresso. Observou-se que o número <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes que ingressaram no curso <strong>de</strong><br />

Farmácia <strong>da</strong> UFPI via Vestibular/PSIU nos anos <strong>de</strong> 2000 a 2006 se manteve<br />

praticamente constante (35 vagas/ano). A partir do ano <strong>de</strong> 2007 esse número subiu<br />

para 50 vagas/ano. Entretanto, a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alunos que ingressaram via<br />

transferências foi pequena, sendo que a partir <strong>de</strong> 2006 esse valor chegou a zero. Os<br />

ingressos via PCS (Portadores <strong>de</strong> Curso Superior) foram mo<strong>de</strong>stos, apenas 11 em<br />

2000 e zero nos anos seguintes. Com relação às matriculas, levou-se em consi<strong>de</strong>ração<br />

só o alunos com matricula curricular e não somente o vínculo institucional. Consi<strong>de</strong>rouse<br />

unicamente o segundo semestre <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> ano, quando todos os alunos novos já<br />

terão ingressado. O número <strong>de</strong> matriculados foi crescente <strong>de</strong> 2007 a 2009, período em<br />

que a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vagas oferta<strong>da</strong>s também foi maior. O curso <strong>de</strong> Farmácia forma,<br />

em média, 25 alunos por aluno. Percebe-se que os conclu<strong>de</strong>ntes nos anos <strong>de</strong> 2005 e<br />

2006 foram 34 e 35, respectivamente, com uma que<strong>da</strong> abrupta nos dois anos<br />

seguintes, período <strong>de</strong> transição do currículo velho para o currículo generalista.<br />

Segundo o ministério <strong>da</strong> educação a taxa <strong>de</strong> sucesso <strong>da</strong> graduação é um indicador<br />

bastante utilizado nas estatísticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho dos cursos <strong>de</strong> graduação. Pois,<br />

indica a proporção dos alunos que entram e saem <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado curso. A TSG é<br />

calcula<strong>da</strong> dividindo-se o número <strong>de</strong> conclu<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado período, pelo<br />

número <strong>de</strong> ingressantes <strong>de</strong> um período X (DPC) anos atrás. No caso do curso <strong>de</strong><br />

Farmácia seria <strong>de</strong> 5 anos ou 10 períodos antes. A TSG i<strong>de</strong>al é 1,0 (um). No período <strong>de</strong><br />

2006 a 2009 a TSG <strong>de</strong> Farmácia caiu <strong>de</strong> 0,81 para 0,60, passando por valores<br />

baixíssimos nos anos <strong>de</strong> 2007 e 2008. O período <strong>de</strong> transição <strong>de</strong> currículos afetou<br />

alguns indicadores, porém a implantação do currículo generalista vem apresentando<br />

ISSN Nº 1984-3828 73


índices satisfatórios no que pese a este interstício entre implantação e conclusão <strong>da</strong>s<br />

primeiras turmas <strong>de</strong> generalistas.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

Projeto Político Pe<strong>da</strong>gógico do Curso <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />

Piauí.Teresina-PI. 88p. 2006.<br />

ISSN Nº 1984-3828 74


O TRABALHO DO FARMACÊUTICO NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA ANÁLISE<br />

EXPLORATÓRIA DA PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO E DA ORIENTAÇÃO<br />

PRODUÇÃO PROFISSIONAL<br />

Atenção básica, atenção farmacêutica, assistência farmacêutica.<br />

SOUSA, IEDDA CAROLINA; RIBEIRO, CAMILA SIMÕES; SCHERER, MAGDA<br />

DUARTE DOS ANJOS; BARBERATO, LUANA; OLIVEIRA, ANDRÉIA DE<br />

A estratégia <strong>de</strong> fortalecimento <strong>da</strong> atenção básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no Brasil inclui a ampliação<br />

<strong>da</strong>s equipes multiprofissionais, com competência para atuar na complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

processo saú<strong>de</strong>-doença, e neste contexto insere-se o farmacêutico. A profissão<br />

farmacêutica, ao longo <strong>de</strong> sua história, mudou. De elaborador <strong>de</strong> medicamentos, o<br />

farmacêutico se transformou também em ven<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> medicamentos e hoje constrói<br />

uma nova área <strong>de</strong> atuação, a “Atenção Farmacêutica”, evi<strong>de</strong>nciando a busca pela<br />

aproximação do profissional com o paciente e pela inovação no processo <strong>de</strong> trabalho.<br />

O presente estudo tem como objetivo conhecer e analisar a produção científica atual e<br />

os principais documentos sobre a prática do farmacêutico na atenção básica, bem<br />

como a normatização orientadora, as <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s e estratégias para a prática nessa<br />

área, aponta<strong>da</strong>s pela categoria profissional. Estudo exploratório <strong>de</strong>scritivo <strong>de</strong> revisão<br />

<strong>da</strong> literatura e análise documental sobre as práticas do farmacêutico na atenção<br />

básica. Coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos no período <strong>de</strong> agosto 2010 a abril 2011. A análise dos <strong>da</strong>dos<br />

foi realiza<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> freqüência com que os temas apareciam e foram estabeleci<strong>da</strong>s<br />

categorias-chave buscando estruturar um corpo coerente <strong>de</strong> informações. A revisão <strong>da</strong><br />

literatura evi<strong>de</strong>ncia que a produção científica na temática concentra-se na discussão <strong>da</strong><br />

Assistência Farmacêutica como integrante <strong>da</strong> AB, do uso racional <strong>de</strong> medicamentos,<br />

<strong>da</strong> inserção do farmacêutico no trabalho em equipe, <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação<br />

para AB, do uso <strong>de</strong> novas tecnologias e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vínculo com comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

com os usuários. Evi<strong>de</strong>ncia ain<strong>da</strong> que a atuação efetiva do farmacêutico é barra<strong>da</strong> por<br />

entraves como: condições precárias <strong>de</strong> infra-estrutura <strong>da</strong>s farmácias, dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

interação farmacêutico-usuário, predomínio significativo do mo<strong>de</strong>lo médico-curativo<br />

nos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Quanto à análise <strong>da</strong>s normas, apenas os documentos<br />

relacionados aos Núcleos <strong>de</strong> Apoio à Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família e à Política Nacional <strong>de</strong><br />

Atenção Básica trouxeram elementos sobre a prática farmacêutica na atenção básica.<br />

Os congressos <strong>da</strong> área têm mostrado uma tendência que reflete uma preocupação<br />

com a inserção efetiva do farmacêutico como profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e para uma prática<br />

volta<strong>da</strong> para o cui<strong>da</strong>do. Existe pouca produção na temática, que evi<strong>de</strong>ncia uma<br />

inserção profissional ain<strong>da</strong> incipiente, atuação do farmacêutico isola<strong>da</strong> <strong>da</strong> equipe e um<br />

risco <strong>de</strong> culpabilização do profissional pela falta <strong>de</strong>ssa integração. Algumas conquistas<br />

legais potencializam a atuação do farmacêutico na AB, <strong>de</strong>ntre elas, a <strong>de</strong>finição legal e<br />

adoção <strong>da</strong> Assistência Farmacêutica e <strong>da</strong>s Políticas <strong>de</strong> Medicamentos pelo SUS, bem<br />

como a PNAB e a criação do NASF. Entretanto, a construção <strong>de</strong> novas diretrizes que<br />

complementem as existentes e a sistematização do conhecimento produzido na prática<br />

faz-se necessários para nortear a atuação na atenção básica. O estudo evi<strong>de</strong>nciou a<br />

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necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> que a categoria tem em <strong>de</strong>senvolver muito mais o campo do que o núcleo<br />

<strong>de</strong> competência e responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional, ao mesmo tempo que <strong>de</strong> fortalecer a<br />

sua autonomia na prática profissional na AB.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

ARAÚJO, A. L. A. et al. Perfil <strong>da</strong> assistência farmacêutica na atenção primária do<br />

Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Ciência & Saú<strong>de</strong> Coletiva, 13(Sup):611-617, 2008 Disponível<br />

em:< http://re<strong>da</strong>lyc.uaemex.mx/pdf/630/63009707.pdf> Acesso em: 15/02/2011<br />

ARAÚJO, A.L.A.; FREITAS, O. Concepções do profissional farmacêutico sobre a<br />

assistência farmacêutica na uni<strong>da</strong><strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>: dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s e elementos para a<br />

mu<strong>da</strong>nça. Rev. Bras. Ciên. Farm., v.42, n.1, p.137-46, 2006. Disponível em: ,<br />

http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v44n4/v44n4a06.pdf Acesso em: 14/01/2011<br />

ARAÚJO, A.L.A.; UETA, J.M.; FREITAS, O. Assistência Farmacêutica como um<br />

mo<strong>de</strong>lo tecnológico em atenção primária à saú<strong>de</strong>. Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl., v.26,<br />

n.p.87-92, 2005. Dísponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v44n4/v44n4a06.pdf<br />

Acesso em: 25/02/2011<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. <strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong>s <strong>de</strong> atenção básica: Diretrizes do NASF.<br />

Brasília. 2009.<br />

OLIVEIRA, A.B.; OYAKAWA, C.N.; MIGUEL, M.D.; ZANIN, S.M.W.; MONTRUCCHIO,<br />

D.P. Obstáculos <strong>da</strong> Atenção Farmacêutica no Brasil. Rev. Bras. Ciên.Farm.,v.41, n.4,<br />

p.409-413, 2005.<br />

PEREIRA, L.R.L.; & FREITAS, O. A evolução <strong>da</strong> Atenção Farmacêutica e a<br />

perspectiva para o Brasil. Revista Brasileira <strong>de</strong> Ciências Farmacêuticas. vol. 44, n. 4,<br />

out./<strong>de</strong>z., 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v44n4/v44n4a06.pdf><br />

Acesso em:28/11/2010<br />

RICIERI, M.C. et al. O Farmacêutico no Contexto <strong>da</strong> Estratégia em Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família.<br />

Que Reali<strong>da</strong><strong>de</strong> é Essa? Visão Acadêmica, Vol. 7, No 2. 2006.<br />

VIEIRA,F.S. Possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> contribuição do farmacêutico para a promoção <strong>da</strong><br />

saú<strong>de</strong>.Ciência & Saú<strong>de</strong> Coletiva, 12(1):213-220, 2007.<br />

ISSN Nº 1984-3828 76


ESTRUTURAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NAS UNIDADES DE<br />

SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DE SANTA CATARINA<br />

Assistência Farmacêutica, Farmácias, Atenção Primária à Saú<strong>de</strong>.<br />

RODRIGUES, DIEGO TRAJANO; MACIEL, CAROLINE VIEIRA; LORA, JULIANA;<br />

BECKER, INDIANARA REYNAUD TORETI.<br />

Investir na estruturação e na organização dos serviços <strong>de</strong> assistência farmacêutica<br />

significa qualificar a aplicação dos recursos financeiros, na medi<strong>da</strong> em que um serviço<br />

organizado po<strong>de</strong> reduzir per<strong>da</strong>s, evitar o uso irracional <strong>de</strong> medicamentos, reduzir os<br />

erros <strong>de</strong> medicação, etc. Deste modo, não é possível a estruturação <strong>da</strong> Assistência<br />

Farmacêutica básica sem que as Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> disponham <strong>de</strong> farmácias com<br />

infra-estrutura física, recursos humanos e materiais que permitam a integração dos<br />

serviços. Com intuito <strong>de</strong> orientar gestores, farmacêuticos e profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do<br />

sistema público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na estruturação dos serviços farmacêuticos o Ministério <strong>da</strong><br />

Saú<strong>de</strong> publica as Diretrizes para Estruturação <strong>de</strong> Farmácias no Âmbito do SUS.<br />

(BRASIL, 2009). Avaliar se as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família <strong>de</strong> um município <strong>de</strong> Santa<br />

Catarina estão estrutura<strong>da</strong>s para o <strong>de</strong>senvolvimento dos serviços <strong>de</strong> Assistência<br />

Farmacêutica, segundo diretrizes aponta<strong>da</strong>s pelo Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Foram incluí<strong>da</strong>s<br />

na amostra to<strong>da</strong>s as farmácias <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família existentes no<br />

município (n=28). As dimensões avalia<strong>da</strong>s foram (BRASIL, 2009): a) Documentos e<br />

Procedimentos para Regularização <strong>da</strong> Farmácia; b) Serviços Farmacêuticos – Técnico<br />

Gerenciais (programação, solicitação/requisição, recebimento, estocagem, controle <strong>de</strong><br />

estoque); c) Serviços Farmacêuticos – Técnico Assistenciais (dispensação) e d) Área<br />

Física. A técnica <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos utiliza<strong>da</strong> foi observação in loco e entrevista com<br />

os enfermeiros responsáveis pelas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s. As visitas foram realiza<strong>da</strong>s sem aviso ou<br />

comunicado prévio, entre os meses <strong>de</strong> agosto e setembro <strong>de</strong> 2010. Os <strong>da</strong>dos foram<br />

registrados em formulário estruturado antecipa<strong>da</strong>mente elaborado. De acordo com os<br />

preceitos éticos vigentes, este projeto <strong>de</strong> pesquisa foi avaliado e aprovado pelo Comitê<br />

<strong>de</strong> Ética em Pesquisa – UNESC. No que diz respeito às condições ambientais <strong>de</strong><br />

estocagem necessárias para a garantia <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos medicamentos, 96% (n=27)<br />

<strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não realizam controle <strong>de</strong> temperatura e umi<strong>da</strong><strong>de</strong>, 11% (n=3)<br />

possuem medicamentos expostos à luz solar, 75% (n=21) <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s não possuem<br />

prateleiras em número suficientes. Em to<strong>da</strong>s as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s não há controle <strong>de</strong> estoque<br />

eficiente e a dispensação é realiza<strong>da</strong> por enfermeiros e/ou técnicos <strong>de</strong> enfermagem.<br />

Em 79% (n=22) <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s a área física não é exclusiva para a dispensação <strong>de</strong><br />

medicamentos. Os espaços físicos <strong>de</strong>stinados ao armazenamento e dispensação <strong>de</strong><br />

medicamentos são reduzidos além <strong>de</strong> não contarem, muitas vezes, com requisitos<br />

essenciais para preservar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do medicamento. A ausência do profissional<br />

habilitado, a ausência <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> estoque e a falta <strong>de</strong> padronização <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Assistência Farmacêutica em âmbito municipal é um dos fatores que tem dificultado<br />

a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> programação com consequente comprometimento do acesso ao<br />

medicamento e a garantia <strong>de</strong> seu uso racional. As farmácias disponibiliza<strong>da</strong>s nas<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do município em análise não aten<strong>de</strong>m, em muitos aspectos, as<br />

ISSN Nº 1984-3828 77


diretrizes do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. A qualificação <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Assistência<br />

Farmacêutica requer qualificação dos profissionais envolvidos no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, maior inserção <strong>de</strong> profissionais farmacêuticos na execução e<br />

gerenciamento <strong>de</strong>ssas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> informações sobre medicamentos<br />

e urgente rea<strong>de</strong>quação do espaço físico.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Políticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Departamento <strong>de</strong><br />

Atenção Básica. Política Nacional <strong>de</strong> Medicamentos (1999). 6ª Reimpressão. 40p. Ïl<br />

- (Série C. Projetos, Programas e Relatórios, n.25). Brasília: Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2002.<br />

BRASIL. Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Resolução n. 338, <strong>de</strong> 06 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2004.<br />

Aprova a Política Nacional <strong>de</strong> Assistência Farmacêutica. Diário Oficial <strong>da</strong> União,<br />

Po<strong>de</strong>r Executivo, Seção 1 n. 96, 20 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2004. Brasília: Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>,<br />

2004.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e Insumos<br />

Estratégicos. Departamento <strong>de</strong> Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos.<br />

Diretrizes para estruturação <strong>de</strong> farmácias no âmbito do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> /<br />

Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Secretaria <strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos,<br />

Departamento <strong>de</strong> Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – Brasília:<br />

Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2009. 44 p.<br />

Financiamento: Programa Institucional <strong>de</strong> Bolsas <strong>de</strong> Iniciação Científica<br />

(PIBIC/UNESC). Edital n°05/2010.<br />

ISSN Nº 1984-3828 78


FITOTERAPIA RACIONAL: ASPECTOS ETNOBOTÂNICOS,<br />

TAXONÔMICOS, AGROECOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS<br />

Fitoterapia. Plantas Medicinais. Etnobotânica.<br />

ROSSATO, A.E.; CITADINI-ZANETTE, V.; SANTOS, R.R.; BORGES, M.S.;<br />

CARDOSO, P.S.; AMBONI, A.P.; DESTRO, B.; LORA, J.; AMARAL, P.A.<br />

A Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Extremo Sul Catarinense (UNESC) visando compartilhar<br />

conhecimentos entre a Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e a Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre as plantas medicinais e<br />

sua utilização racional, mantém parceria <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 2000 com a Pastoral <strong>da</strong><br />

Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Diocese <strong>de</strong> Criciúma (SC), Regional Sul IV. Por tratar-se <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> com<br />

caráter multidisciplinar, interligando profissionais e saberes <strong>de</strong> diversas áreas do<br />

conhecimento, entre elas as <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e ambiental, as plantas são estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s e<br />

avalia<strong>da</strong>s quanto aos aspectos etnobotânicos, taxonômicos, agroecológicos,<br />

terapêuticos e sócio-econômicos. Compartilhar experiências e saberes sobre as<br />

plantas medicinais entre a Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e a Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>, com o intuito <strong>de</strong> resgatar o<br />

conhecimento popular, promover o uso racional <strong>da</strong> fitoterapia por meio <strong>de</strong> encontros<br />

com agentes <strong>da</strong> Pastoral <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Diocese <strong>de</strong> Criciúma (SC), Regional Sul IV e do<br />

incentivo à pesquisa científica <strong>de</strong> cunho acadêmico, além <strong>da</strong> formação <strong>de</strong> profissionais<br />

nesta área <strong>de</strong> interesse. Este projeto inicialmente capacita os acadêmicos<br />

bolsistas/voluntários, posteriormente realizam pesquisas em bibliografias e sites<br />

científicos sobre as plantas medicinais. Paralelamente ocorrem encontros mensais,<br />

<strong>de</strong>nominado “Compartilhando Saberes sobre Plantas Medicinais”, com as agentes <strong>da</strong><br />

Pastoral <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> interessa<strong>da</strong>s em compartilhar experiências sobre taxonomia, cultivo<br />

e uso terapêutico <strong>da</strong>s plantas medicinais. No ano <strong>de</strong> 2010 foram realizados 8<br />

encontros e estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s 8 plantas medicinais nos seus aspectos etnobotânicos,<br />

taxonômicos, agroecológicos e terapêuticos, sendo elas: Croton celtidifolius (Sangue<br />

<strong>de</strong> dragão), Equisetum hyemale (Cavalinha), Mentha piperita (Menta, hortelã), Hibiscus<br />

acetosella (Vinagreira), Physalis pubescens L. (Balãozinho, fisalis), Cordia currasivica/<br />

Cordia verbanacea ou Varrania verbanacea (Erva-baleeira, balieira.cordia, balieiracambará),<br />

Eugenia uniflora L. (Pitanga, pitangueira), Xylopia brasiliensens (Pin<strong>da</strong>íba,<br />

pin<strong>da</strong>úva), cujas informações foram apresenta<strong>da</strong>s nos encontros mensais<br />

“Compartilhando Saberes sobre Plantas Medicinais” e posteriormente compilados em<br />

uma Apostila. Também realizou-se em 2010 um encontro prático, no qual todo grupo<br />

visitou o horto-florestal <strong>da</strong> UNESC. Além disso, o grupo participou em 2010 <strong>da</strong> VI<br />

Jorna<strong>da</strong> Catarinense <strong>de</strong> Plantas Medicinais em Florianópolis, on<strong>de</strong> foi apresenta<strong>da</strong> a<br />

dinâmica do projeto nas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pôster e comunicação oral e também foi<br />

ministrado um curso sobre Plantas Medicinais <strong>da</strong> Região Sul, participamos <strong>da</strong> 1º<br />

Semana <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia <strong>da</strong> UNESC, na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pôster. Foi<br />

<strong>de</strong>senvolvido junto ao projeto três TCC, um Projeto <strong>de</strong> Iniciação Científica (PIC 170),<br />

um PIBIC, também teve a publicação <strong>de</strong> um artigo e a publicação <strong>de</strong> dois Boletins<br />

Informativos e atualmente aguar<strong>da</strong>-se a resposta para publicação <strong>de</strong> um livro realizado<br />

juntamente ao projeto. As interações e as conexões entre os conhecimentos científicos<br />

ISSN Nº 1984-3828 79


e populares têm apresentado expressiva relevância acadêmico/social, por possibilitar a<br />

melhoria <strong>da</strong> compreensão interdisciplinar sobre a taxonomia, cultivo e a utilização <strong>da</strong>s<br />

plantas medicinais. O compartilhamento <strong>de</strong> informações, resultante <strong>de</strong>ste projeto, se<br />

multiplica na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Criciúma e região por meio <strong>da</strong> prática e do convívio<br />

comunitário <strong>da</strong>s agentes <strong>da</strong> Pastoral <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> que participam dos encontros mensais.<br />

Estas repassam as informações às <strong>de</strong>mais agentes integra<strong>da</strong>s à Pastoral <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

Na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> o conhecimento gerado durante os encontros se materializa por meio<br />

<strong>da</strong> participação dos professores, acadêmico-bolsistas e voluntários, projetos <strong>de</strong><br />

pesquisa e trabalhos acadêmicos.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL.Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. ANVISA (Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária).<br />

Instrução Normativa no 5, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2010. Determina a publicação <strong>da</strong> "Lista<br />

<strong>de</strong> referências bibliográficas para avaliação <strong>de</strong> segurança e eficácia <strong>de</strong> fitoterápicos".<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Política Nacional <strong>de</strong> Plantas Medicinais e Fitoterápicos.<br />

Decreto Presi<strong>de</strong>ncial Nº. 5.813, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2006. Brasília, DF. Ministério <strong>da</strong><br />

Saú<strong>de</strong>. 2006.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Programa Nacional <strong>de</strong> Plantas Medicinais e<br />

Fitoterápicos. Brasília, DF. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2009.<br />

DI STASI, Luiz Cláudio. Plantas Medicinais: arte e ciência. Um guia <strong>de</strong> estudo<br />

interdisciplinar. São Paulo: Ed. NESP, 1996. 230 p.<br />

ELISABETSKY, Elaine. Etnofarmacologia. Cienc.Cult [online]. 2003, v.55, n.3, pp.35-<br />

36. YUNES, Rosendo Augusto; CALIXTO, João Batista. Plantas medicinais sob a<br />

ótica <strong>da</strong> química medicinal. Mo<strong>de</strong>rna. Chapecó, SC: UNOESC, 2001. 523 p.<br />

LORENZI, Harri; MATOS, F. J. <strong>de</strong> Abreu. Plantas medicinais no Brasil: nativas e<br />

exóticas. São Paulo: Instituto Plantarum, 2002. 512 p.<br />

OLIVEIRA Céli<strong>da</strong> Juliana <strong>de</strong>; ARAÚJO Thelma Leite <strong>de</strong>. Plantas medicinais: usos e<br />

crenças <strong>de</strong> idosos portadores <strong>de</strong> hipertensão arterial. Revista Eletrônica <strong>de</strong><br />

Enfermagem. v. 09, n. 01, p. 93 – 105, 2007.<br />

ROSSATO, Angela Erna; KRÜGER, An<strong>de</strong>rson Zilli. As políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para o uso <strong>de</strong><br />

plantas medicinais e fitoterápicos na re<strong>de</strong> pública brasileira. Revista Pesquisa e<br />

Extensão em Saú<strong>de</strong>, Criciúma, SC, v.2, n.1, p.45-58, 2005.<br />

SCHULZ, Volker; HÄNSEL, Rudolf; TYLER, Varro E. Fitoterapia racional: um guia <strong>de</strong><br />

fitoterapia para as ciências <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. São Paulo: Manole, 2002. 386 p.<br />

ISSN Nº 1984-3828 80


VANACLOCHA, Bernat Vanaclocha; FOLCARÀ, Salvador Cañigueral. Fitoterapia:<br />

va<strong>de</strong>mécum <strong>de</strong> prescripción. 4. ed. Barcelona: Masson, 2003. 1091 p.<br />

Fonte Financiadora: O presente projeto está sendo realizado junto a PROPEX e às<br />

Diretorias <strong>de</strong> Extensão <strong>da</strong> UNASAU e UNAHCE – UNESC, com recursos financeiros<br />

<strong>da</strong> própria Instituição, que o elevou a partir <strong>de</strong> 2008 a Projeto Institucional.<br />

ISSN Nº 1984-3828 81


FARMÁCIA SOLIDÁRIA UNESC COMO CENÁRIO PARA INTEGRAÇÃO<br />

ENSINO-SERVIÇO.<br />

Relações Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>-Instituição, Medicamentos, Assistência Farmacêutica.<br />

MATIAS, DYEISON BERNARDO, BRESOLA, JOZIANE, UGGIONI, ELAINE<br />

CASTAGNETTI BORGES, LORA, JULIANA, ROSSATO, ANGELA ERNA, BECKER,<br />

INDIANARA REYNAUD TORETI<br />

No Brasil, existem milhões <strong>de</strong> pessoas que não têm acesso aos medicamentos. Em<br />

contraparti<strong>da</strong> existem situações como a dispensação <strong>de</strong> medicamentos em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

além <strong>da</strong> necessária para o tratamento, as amostras grátis distribuí<strong>da</strong>s como forma <strong>de</strong><br />

propagan<strong>da</strong>, e o gerenciamento ina<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> medicamentos geram sobra <strong>de</strong><br />

medicamentos. Com a preocupação <strong>de</strong> otimizar sobras <strong>de</strong> medicamentos, visando o<br />

uso racional e o <strong>de</strong>scarte correto dos mesmos, foi cria<strong>da</strong> a Farmácia Solidária UNESC,<br />

em agosto <strong>de</strong> 2006, junto às Clínicas Integra<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> UNESC. Trata-se <strong>de</strong> um<br />

projeto <strong>de</strong> extensão, que conta com a participação ativa <strong>de</strong> acadêmicos do curso <strong>de</strong><br />

farmácia e voluntários, além <strong>de</strong> parcerias com Cruz Vermelha Brasileira (filial Criciúma)<br />

e Secretaria do Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Criciúma. Preten<strong>de</strong>-se através <strong>de</strong>ste, <strong>de</strong>monstrar<br />

os resultados obtidos pelo projeto no ano <strong>de</strong> 2010. Os medicamentos são obtidos por<br />

meio <strong>de</strong> doações <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, médicos, indústrias farmacêuticas e distribuidoras <strong>de</strong><br />

medicamentos. Além disso, campanhas <strong>de</strong> arreca<strong>da</strong>ção realiza<strong>da</strong>s periodicamente<br />

com apoio dos acadêmicos do Curso <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong> UNESC e voluntários contribuem<br />

para a manutenção dos estoques <strong>da</strong> farmácia. Todos os medicamentos doados são<br />

aceitos, sob quaisquer condições <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e/ou quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>. O material recebido<br />

em doação passa por uma avaliação técnica e, posteriormente, é disponibilizado<br />

mediante apresentação <strong>de</strong> prescrição médica. Os medicamentos arreca<strong>da</strong>dos são<br />

ca<strong>da</strong>strados em um sistema informatizado, com seu preço <strong>de</strong> custo. Além <strong>da</strong>s<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> arreca<strong>da</strong>ção e distribuição gratuita <strong>de</strong> medicamentos o projeto realiza<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> para a promoção do uso racional <strong>de</strong> medicamentos,<br />

através <strong>de</strong> palestras, divulgação em mídia eletrônica, rádio, tv, etc. No ano <strong>de</strong> 2010,<br />

foram realizados 26.778 atendimentos na Farmácia Solidária, sendo que 40,3%<br />

(n=10.786) <strong>de</strong>stes foram contemplados com medicamentos. O valor <strong>de</strong> medicamentos<br />

doados aos pacientes totalizou R$ 866.184,08. Além dos pontos fixos <strong>de</strong> coleta, foram<br />

realiza<strong>da</strong>s 06 campanhas para arreca<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> medicamentos, envolvendo 14.924<br />

participantes e R$1.007.143,57 em medicamentos arreca<strong>da</strong>dos. Foram segregados e<br />

<strong>de</strong>scartados 882,45kg <strong>de</strong> medicamentos impróprios para consumo. O projeto contou<br />

com a participação direta <strong>de</strong> 122 acadêmicos no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

além <strong>de</strong> voluntários. As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> divulgação, capacitação e educação em saú<strong>de</strong><br />

totalizaram 32 h/a, beneficiando diretamente 2.850 pessoas, entre profissionais <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> criciúma e usuários <strong>de</strong> medicamentos. Durante o ano o<br />

projeto conseguiu 24 inserções na mídia. Dois materiais técnicos foram elaborados,<br />

sendo estes dois flyers, um sobre o funcionamento <strong>da</strong> farmácia e outro sobre<br />

armazenamento domiciliar <strong>de</strong> medicamentos. Ambos foram confeccionados com<br />

captação <strong>de</strong> recursos externos e distribuídos à população durante as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

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divulgação do projeto. Através <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, a Farmácia Solidária UNESC evita a<br />

utilização irracional <strong>de</strong> medicamentos estocados em domicílio, diminuindo o risco <strong>de</strong><br />

intoxicações medicamentosas, bem como <strong>de</strong>sperdícios; contribui para o tratamento e<br />

restabelecimento <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> através do acesso gratuito aos medicamentos e garante um<br />

<strong>de</strong>scarte a<strong>de</strong>quado para os medicamentos com prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> vencido ou em más<br />

condições para consumo.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

MARIN, N.; Assistência farmacêutica para gerentes municipais; Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />

OPAS/OMS, 2003.<br />

OLIVEIRA, M.A., BERMUDEZ, J.A.Z., OSORIO-DE-CASTRO, C. G. S. Assistência<br />

Farmacêutica e Acesso a medicamentos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Editora Fiocruz; 2007. 112<br />

p.<br />

SCHENKEL, E. P.; FERNANDÉS, L. C.; MENGUE, S. S.; Como são armazenados os<br />

medicamentos nos domicílios?; Acta farmacéutica bonaerense - vol. 24 n° 2: 266 -<br />

70; 2005.<br />

SCHENKEL, E. P.; MENGUE, S. S.; PETROVICK, P. R.; Cui<strong>da</strong>dos com os<br />

medicamentos. 4. ed. Porto Alegre: UFRGS; Florianópolis:UFSC, 2004, p.33,37.<br />

VIEIRA, F. S.; Possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> contribuição do farmacêutico para a promoção <strong>da</strong><br />

saú<strong>de</strong>; Ciência & Saú<strong>de</strong> Coletiva, 12 (1):213-220, 2007.<br />

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LEVANTAMENTO DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E DA PRÁTICA<br />

DE POLIFARMÁCIA EM PACIENTES HIPERTENSOS E DIABÉTICOS DO<br />

PSF/CAIC DO BAIRRO IMACULADA EM VARGINHA-MG<br />

Polimedicação, Uso <strong>de</strong> Medicamentos, Interações <strong>de</strong> Medicamentos<br />

SILVA, Wilson Bernar<strong>de</strong>s <strong>da</strong>; SILVA, Rosilaine C. <strong>da</strong>; SILVA, Leila <strong>da</strong>.<br />

O uso racional <strong>de</strong> medicamento é prática importante para a população em geral<br />

e em especial para grupos específicos, no caso dos hipertensos e diabéticos,<br />

<strong>de</strong>vido à presença freqüente <strong>de</strong> múltiplas patologias, requerendo terapias<br />

diferentes, as quais po<strong>de</strong>m resultar no uso concomitante <strong>de</strong> vários<br />

medicamentos, <strong>de</strong>nominado polifarmácia. A polifarmácia é caracteriza<strong>da</strong> pela<br />

ingestão <strong>de</strong> 5 ou mais medicamentos, e esta associa<strong>da</strong> ao aumento do risco e<br />

<strong>da</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s RAM (Reação adversa ao medicamento), po<strong>de</strong>ndo causar<br />

toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> cumulativa, ocasionar erros <strong>de</strong> medicação, reduzir a a<strong>de</strong>são ao<br />

tratamento, elevar a morbimortali<strong>da</strong><strong>de</strong>, e também aumentar as chances <strong>de</strong><br />

ocorrer as interações medicamentosas. O presente estudo foi realizado a fim <strong>de</strong><br />

levantar junto à população hipertensa e diabética do PSF/CAIC do Bairro<br />

Imacula<strong>da</strong> em Varginha–MG, informações para evi<strong>de</strong>nciar a prática <strong>de</strong><br />

polifarmácia e a ocorrência <strong>de</strong> possíveis interações medicamentosas. Realizouse<br />

uma pesquisa <strong>de</strong>scritiva, do mês <strong>de</strong> maio a agosto <strong>de</strong> 2011, na população<br />

que frequenta a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, do PSF/CAIC no Bairro Imacula<strong>da</strong><br />

em Varginha/MG, autorizado pelo CEP <strong>da</strong> UNIFENAS sob nº 78/2011, on<strong>de</strong><br />

foram pesquisa<strong>da</strong>s 122 pessoas portadoras <strong>de</strong> Hipertensão e/ou Diabetes, para<br />

verificação <strong>da</strong> prática <strong>de</strong> polifarmácia e <strong>de</strong> possíveis interações<br />

medicamentosas. A análise <strong>da</strong>s interações medicamentosas foi feita através <strong>da</strong><br />

base <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos Drugs.com, pareando-se todos os medicamentos existentes na<br />

prescrição e, obtendo-se uma lista com as interações medicamentosas<br />

encontra<strong>da</strong>s, classificando-as como: Maiores, Mo<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s e Leves. O estudo<br />

levantou a prática <strong>de</strong> polifarmácia e potenciais interações medicamentosas, <strong>de</strong><br />

122 pacientes, com i<strong>da</strong><strong>de</strong> entre 22 a 91 anos (média= 56 anos), do PSF/CAIC<br />

Imacula<strong>da</strong>, sendo 34% dos pacientes do sexo Masculino e 66% do sexo<br />

Feminino. Do total <strong>de</strong> pacientes 45% utilizam mais <strong>de</strong> 5 medicamentos, o<br />

número <strong>de</strong> medicamentos tomados por dia foi <strong>de</strong> no mínimo 1 e no máximo 20.<br />

O elevado número <strong>de</strong> medicamentos por paciente apresentou num total <strong>de</strong> 301<br />

interações, sendo 154 interações diferentes. Dos pacientes pesquisados, 73%<br />

apresentaram pelo menos uma potencial interação. Elas se apresentaram <strong>da</strong><br />

seguinte forma: 10% Interações Maiores, 86% Interações Mo<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s e 4%<br />

Interações Leves. Com o estudo po<strong>de</strong>mos verificar que (45%) dos pacientes<br />

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prática a polifarmácia. Evi<strong>de</strong>nciou-se um elevado número <strong>de</strong> interações<br />

medicamentosas (301), on<strong>de</strong> 73% dos pacientes apresentam pelo menos uma<br />

interação potencial na medicação toma<strong>da</strong>. Dos pacientes que apresentam<br />

interações, 86% são interações que po<strong>de</strong> resultar em exacerbação <strong>da</strong>s<br />

condições clínicas do paciente e/ou requererem a troca <strong>da</strong> terapia, havendo a<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do estabelecimento <strong>de</strong> estratégias racionalizadoras, que permitam<br />

o uso consciente e seguro dos medicamentos.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

Alberti, K.; Zimmet, P.; Shaw, J. Diabet Med 2006, 23, 469-80.<br />

Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Hipertensão. Arq Bras Cardiol. 2005, 84, 1-2.<br />

ISSN Nº 1984-3828 85


EXPERIÊNCIAS, VIVÊNCIAS E IMPACTO NA FORMAÇÃO DE UM<br />

ESTUDANTE DE FARMÁCIA PARTICIPANTE DO PET-SAÚDE/ SAÚDE DA<br />

FAMÍLIA<br />

Farmácia, Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família, PET-Saú<strong>de</strong>.<br />

PAGNUSSAT, LIDIANE RIVA; LUZA, KATIA; DAL'MASO, MARGARETH ADELINA<br />

BUAES; REALI, LUIZA; CERVI, MARIZA C.; BARELLI, CRISTIANE .<br />

O Programa <strong>de</strong> Educação pelo Trabalho para a Saú<strong>de</strong> (PET-Saú<strong>de</strong>) constitui-se em<br />

uma <strong>da</strong>s atuais políticas indutoras dos Ministérios <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> e <strong>da</strong> Educação proposta<br />

para modificar a formação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, aten<strong>de</strong>ndo as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do<br />

país. O objetivo <strong>de</strong>ste resumo é relatar a contribuição <strong>da</strong>s experiências e vivências<br />

proporciona<strong>da</strong>s pelo PET-Saú<strong>de</strong>/Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família (SF) no processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong><br />

uma acadêmica <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, no período <strong>de</strong> 2009-<br />

2011. As experiências/vivências do PET-Saú<strong>de</strong> promovem: participação no processo<br />

<strong>de</strong> trabalho <strong>da</strong> equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família; aproximação com a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

incorporação <strong>de</strong> práticas pe<strong>da</strong>gógicas e treinamento <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s; <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> pesquisa científica; e o processo <strong>de</strong> educação permanente. Estas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

possuem caráter interdisciplinar e multiprofissional permitindo o contato com<br />

profissionais e estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> vários cursos, o que raramente ocorre na graduação.<br />

Também proporciona contato com os usuários dos serviços, levando a troca <strong>de</strong><br />

experiências e mútua aprendizagem, compreen<strong>de</strong>ndo que o saber acadêmico e<br />

popular <strong>de</strong>ve caminhar junto para efetiva promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>/prevenção <strong>de</strong> doenças, o<br />

que visto em uma perspectiva amplia<strong>da</strong>, na lógica <strong>da</strong> integrali<strong>da</strong><strong>de</strong> do cui<strong>da</strong>do e no<br />

contexto em que as pessoas vivem e adoecem, permite a prática do vinculo e do<br />

acolhimento, algo que nem sempre o balcão <strong>da</strong> farmácia permite. Neste contexto, o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento curricular se aproxima do mundo do trabalho diminuindo a distancia<br />

que existe entre a aca<strong>de</strong>mia/serviços/comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Acompanhar a rotina do serviço<br />

melhora a compreensão do funcionamento <strong>de</strong> uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>da</strong>s funções<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pelos profissionais, além <strong>de</strong> permitir a reflexão crítica sobre o futuro<br />

local <strong>de</strong> trabalho, com visão integral do processo saú<strong>de</strong>-doença e práticas mais<br />

humaniza<strong>da</strong>s. Essa contribuição na formação é ain<strong>da</strong> maior para o profissional<br />

farmacêutico já que este não está diretamente inserido na Atenção Primaria a Saú<strong>de</strong><br />

(APS). O PET-Saú<strong>de</strong> representa uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para os egressos enten<strong>de</strong>rem a<br />

importância e atribuições profissionais quando estiverem atuando na re<strong>de</strong>, pois a<br />

saú<strong>de</strong> coletiva sendo uma disciplina obrigatória, ain<strong>da</strong> não atrai o interesse dos alunos.<br />

E no PET o processo <strong>de</strong> aprendizagem fica mais dinâmico que as aulas tradicionais,<br />

valorizando <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s reais e promovendo oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s ao estu<strong>da</strong>nte <strong>de</strong> exercitar o<br />

comprometimento e <strong>de</strong> treinar habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, comunicação,<br />

li<strong>de</strong>rança e educação permanente. Os “PETianos” são <strong>de</strong>safiados a buscar<br />

informações sobre vários temas e estimulados ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisas<br />

aplica<strong>da</strong>s a APS, propondo e executando ações para modificar uma situação <strong>de</strong> risco e<br />

melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, valorizando o conhecimento apreendido<br />

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e do farmacêutico, fortalecendo sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional na equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, nem<br />

sempre vivenciados no curso <strong>de</strong> graduação. O PET-Saú<strong>de</strong>/SF <strong>de</strong> Passo Fundo/RS ao<br />

longo <strong>de</strong>stes três anos contribuiu significativamente na formação <strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nte <strong>de</strong><br />

farmácia que <strong>de</strong>verá ingressar no mercado <strong>de</strong> trabalho mais qualifica<strong>da</strong> e com<br />

conhecimentos mais próximos <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> APS, com uma visão diferencia<strong>da</strong> sobre<br />

o processo saú<strong>de</strong>-doença e a prática assistencial à saú<strong>de</strong> individual e coletiva.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SCTIE/DAF. I Fórum Nacional <strong>de</strong> Educação<br />

Farmacêutica: o farmacêutico <strong>de</strong> que o Brasil necessita – relatório final. Brasília:<br />

Editora do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2008. 68p.<br />

VINHOLES, E. R.; ALANO, G. M.; GALATO, D. A percepção <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre a<br />

atuação do Serviço <strong>de</strong> Atenção Farmacêutica em ações <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong><br />

relaciona<strong>da</strong>s à promoção do uso racional <strong>de</strong> medicamentos. Sau<strong>de</strong> soc, 18(2): 293-<br />

303, 2009.<br />

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APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA EM ADULTOS: O QUE MOBILIZA A<br />

APREENSÃO DE CONHECIMENTOS?<br />

Aprendizagem significativa; educação farmacêutica; educação permanente.<br />

BARELLI, CRISTIANE; SCHERER, JOSE IVO; ROSA FILHO, LUIZ ARTUR;<br />

BRUNING, GUILHERME E.; GONÇALVES, CARLA B.C.; CERVI, MARIZA C.<br />

O <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> tornar a aprendizagem significativa, tendo a interação social como<br />

pressuposto, integra o cotidiano <strong>da</strong>s experiências formativas. O processo <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r<br />

implica em mais que divulgação <strong>de</strong> conhecimentos. Deve contribuir para a formação<br />

profissional, mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> condutas. Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> precisam<br />

superar estes <strong>de</strong>safios e os cursos <strong>de</strong>vem estimular o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

competências e habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s capazes <strong>de</strong> promover a educação para a saú<strong>de</strong>. A partir<br />

<strong>da</strong>s diretrizes curriculares nacionais, aprova<strong>da</strong>s em 2002, o curso <strong>de</strong> graduação em<br />

farmácia almeja uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva. O egresso<br />

<strong>de</strong>verá atuar em todos os níveis <strong>de</strong> atenção, com base no rigor científico e intelectual.<br />

Contudo, nas praticas pe<strong>da</strong>gógicas ain<strong>da</strong> predominam mo<strong>de</strong>los ultrapassados,<br />

centralizados no professor, pela transmissão do conhecimento. Pouco eficaz e muito<br />

distante <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> que os profissionais irão encontrar no mundo do trabalho. O<br />

objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é relatar a experiência <strong>da</strong> oficina <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> adultos<br />

realiza<strong>da</strong> com acadêmicos <strong>de</strong> Farmácia que cursam a disciplina <strong>de</strong> Educação em<br />

Saú<strong>de</strong>. Esta tem como objetivo promover vivências em diferentes estratégias e<br />

técnicas pe<strong>da</strong>gógicas instrumentalizando os futuros profissionais nas ações <strong>de</strong><br />

promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e prevenção <strong>de</strong> doenças, media<strong>da</strong>s por práticas interativas que<br />

contemplem os princípios <strong>de</strong> aprendizagem dos adultos, conforme as diretrizes do<br />

SUS, aten<strong>de</strong>ndo também as políticas relativas à assistência farmacêutica. Esta oficina<br />

é realiza<strong>da</strong> nos primeiros encontros, para sensibilizar os estu<strong>da</strong>ntes e i<strong>de</strong>ntificar quais<br />

os elementos que mais mobilizam a aprendizagem, a partir do relato <strong>de</strong> experiências e<br />

vivencias pessoais. Foi utiliza<strong>da</strong> a técnica <strong>de</strong> Phillips 66 a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>, em vários ciclos: 1º<br />

ca<strong>da</strong> participante faz um relato por escrito <strong>de</strong> uma situação <strong>de</strong> aprendizagem pessoal<br />

marcante, <strong>de</strong>screvendo-a <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>; em segui<strong>da</strong>, em duplas, as experiências<br />

são compartilha<strong>da</strong>s; no 3ºmomento os ouvintes relatam em pequenos grupos o que<br />

ouviram; em ro<strong>da</strong><strong>da</strong>s sucessivas procura-se listar quais os elementos i<strong>de</strong>ntificados nos<br />

relatos capazes <strong>de</strong> mobilizar as aprendizagens dos participantes. Dos 23 estu<strong>da</strong>ntes<br />

os elementos mobilizadores <strong>de</strong> aprendizagem mais recorrentes foram: medo, <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong> superação, necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer os limites e autosuficiência. A persistência e a<br />

<strong>de</strong>dicação foram aponta<strong>da</strong>s como necessárias para aprendizagem significativa, assim<br />

como o apoio <strong>de</strong> amigos e familiares. Os <strong>de</strong>safios listados para farmaceuticos na<br />

pratica profissional foram: saber ouvir, respeitar as diferenças e li<strong>da</strong>r com o<br />

conhecimento prévio <strong>da</strong>s pessoas. Ao serem questionados sobre como foi ouvir o<br />

colega contando a sua experiência <strong>de</strong>stacou-se o <strong>de</strong>sconforto e a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

postura empática. To<strong>da</strong>s estas reflexões foram associa<strong>da</strong>s ao cotidiano dos serviços<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e nas relações farmacêutico-usuários e farmacêuticos-equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

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Repensar sobre o que mobiliza o aprendizado traz avanços a medi<strong>da</strong> que problematiza<br />

as praticas atuais e estimula o <strong>de</strong>senvolvimento e a busca <strong>de</strong> tecnologias leves mais<br />

efetivas no cui<strong>da</strong>do em saú<strong>de</strong>. Não obstante, impõe aos docentes que “revisitem” suas<br />

praticas. Exige <strong>da</strong>s instituições que estabeleçam diretrizes <strong>de</strong> formação docente<br />

capazes <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r as <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s <strong>de</strong> formação profissional compatíveis com o cui<strong>da</strong>do<br />

em saú<strong>de</strong> mais efetivo, qualificado, integral e humanizado.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e <strong>da</strong> Educação na<br />

Saú<strong>de</strong>. Departamento <strong>de</strong> Gestão <strong>da</strong> Educação em Saú<strong>de</strong>. Política Nacional <strong>de</strong><br />

Educação Permanente em Saú<strong>de</strong>. Brasília: Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2009. 64 p.<br />

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara <strong>de</strong> Educação Superior. Resolução<br />

CNE/CES 2, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do<br />

Curso <strong>de</strong> Graduação em Farmácia.<br />

POZO, J.I. Aprendizes e mestres: a nova cultura <strong>da</strong> aprendizagem. Porto Alegre:<br />

Artmed, 2002.<br />

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EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS PELOS ALUNOS DO CURSO DE<br />

FARMÁCIA NO ATENDIMENTO A POPULAÇÃO NA FARMÁCIA CENTRAL<br />

DO MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO, RS.<br />

Saú<strong>de</strong> Pública, Atenção Farmacêutica, Usuários<br />

*HAHN, SIOMARA REGINA<br />

A farmácia central do município <strong>de</strong> Passo Fundo, RS, possui farmacêuticos nas<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão do serviço, porém, não contempla ain<strong>da</strong> a prática <strong>da</strong> atenção<br />

farmacêutica, necessária para a a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> promoção do uso racional <strong>de</strong><br />

medicamentos.São atendidos em média 800 usuários que buscam medicamentos<br />

constantes <strong>da</strong> lista <strong>de</strong> medicamentos essenciais do município, além <strong>de</strong> outros<br />

conseguidos por or<strong>de</strong>m judicial.A infraestrutura <strong>da</strong> farmácia foi melhora<strong>da</strong> nos últimos<br />

meses, ficando em local mais acessível a população e com maior comodi<strong>da</strong><strong>de</strong>.Porém,<br />

em relação as orientações necessárias para a a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> compreensão quanto ao uso<br />

dos medicamentos, essas encontram barreiras para serem implementa<strong>da</strong>s, pois<br />

somente dois farmacêuticos atuam diretamente nessa uni<strong>da</strong><strong>de</strong> e estão com as função<br />

<strong>de</strong> gestão prioriza<strong>da</strong>s pela <strong>de</strong>man<strong>da</strong>.Por outro lado, os alunos do oitavo nível do curso<br />

<strong>de</strong> farmácia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, precisavam <strong>de</strong> um local on<strong>de</strong> pu<strong>de</strong>ssem<br />

exercitar a prática <strong>da</strong> atenção farmacêutica, para assim aproximar os conhecimentos<br />

adquiridos na aca<strong>de</strong>mia com as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do serviço.Desta forma, em agosto <strong>de</strong><br />

2011, na disciplina <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mentos <strong>da</strong> prática farmacêutica, orientados por um<br />

professor, iniciaram o atendimento nesse local.Na logística <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong><br />

medicamentos pela farmácia central, os usuários, são chamados por sistema <strong>de</strong> senha<br />

para que sejam entregues seus medicamentos por um funcionário do local.Nesse<br />

momento, os funcionários foram orientados a informar os usuários que havia um grupo<br />

<strong>de</strong> alunos que po<strong>de</strong>riam orientá-los a melhor forma <strong>de</strong> utilizar seus medicamentos e<br />

po<strong>de</strong>riam esclarecer dúvi<strong>da</strong>s quanto ao uso dos mesmos.Para isso, forma adota<strong>da</strong>s<br />

práticas como a utilização <strong>de</strong> etiquetas colori<strong>da</strong>s para i<strong>de</strong>ntificação dos medicamentos,<br />

figuras ilustrativas ( a<strong>da</strong>ptado do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> pictogramas 1 ), formas <strong>de</strong> conservação,<br />

explicações verbais e escritas quanto ao uso a<strong>de</strong>quado dos medicamentos.<br />

Aproxima<strong>da</strong>mente 20 usuários foram atendidos pelos alunos entre os meses <strong>de</strong> agosto<br />

e setembro. Em relação ao encaminhamento para o atendimento pelos alunos,foram<br />

encontra<strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s, pois os funcionários <strong>da</strong> farmácia, lembravam pouco <strong>de</strong><br />

encaminhar os mesmos para atendimento(talvez por não ser rotina no serviço), houve<br />

barreira por parte dos usuários que quando abor<strong>da</strong>dos, referiam já saber como utilizar<br />

os medicamentos, quer por informações recebi<strong>da</strong>s do prescritor, ou pelo uso a longo<br />

prazo dos mesmos.Isso po<strong>de</strong> ser observado na maioria dos atendimentos, on<strong>de</strong> os<br />

usuários, tinham como maior preocupação a aquisição dos medicamentos e não<br />

informações a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s sobre o seu uso. Porém, os que aceitavam ser atendidos<br />

pelos alunos, <strong>de</strong>monstravam ansiar por esclarecimentos quanto a interações, melhor<br />

horário para uso, e muitos relatavam <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> questionados, a utilização <strong>de</strong> outros<br />

medicamentos quer oriundos <strong>de</strong> prescrições <strong>de</strong> outros médicos ou por automedicação.<br />

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Analisando esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> em relação à inserção dos alunos no serviço, consi<strong>de</strong>ramos<br />

que a prática <strong>de</strong> orientação sobre o uso a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> medicamentos ain<strong>da</strong> é incipiente<br />

na reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> farmácia central, e a implantação <strong>da</strong> atenção farmacêutica no serviço<br />

público fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> em legislação nacional 2 , po<strong>de</strong> contribuir <strong>de</strong> forma positiva para<br />

a promoção do uso racional <strong>de</strong> medicamentos pela população atendi<strong>da</strong> nessa<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>,além <strong>de</strong> aprimorar o conhecimento dos alunos.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

DOWSE,R;EHLERS,M. Pictograms in pharmacy. International Journal of Pharmacy<br />

Practice,v.6.P.109-118,1998.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>.Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária.Resolução RDC<br />

nº 44,<strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2009.Dispõe sobre as Boas Práticas Farmacêuticas para o<br />

controle sanitário do funcionamento,<strong>da</strong> dispensação e <strong>da</strong> comercialização <strong>de</strong> produtos<br />

e <strong>da</strong> prestação <strong>de</strong> serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras<br />

providências.Diário Oficial <strong>da</strong> União, Brasília, 18 <strong>de</strong> ago.2009.<br />

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VISITA DOMICILIAR INTERPROFISSIONAL COMO PRÁTICA<br />

FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA SAÚDE<br />

Visita domiciliar; prática farmacêutica; uso correto <strong>de</strong> medicamentos.<br />

BARELLI, CRISTIANE; FREITAS, ALESSANDRA R.; PAGNUSSAT, LIDIANE R.;<br />

SCHERER; JOSE IVO; GONÇALVES, CARLA B.C.; CERVI, MARIZA C.<br />

A atuação do farmacêutico na atenção primária à saú<strong>de</strong>(APS) geralmente se restringe<br />

a dispensação nas farmácias básicas municipais. Des<strong>de</strong> a instituição do Núcleo <strong>de</strong><br />

apoio à saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família (NASF) em 2008, poucos municípios brasileiros incorporaram<br />

este mo<strong>de</strong>lo. O <strong>de</strong>sconhecimento sobre as atribuições do farmacêutico na APS é geral<br />

e abrange usuários, equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e o próprio profissional. O medicamento é um<br />

dos fatores que influenciam no estabelecimento e manutenção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, tornando-se<br />

necessário que a população esteja orienta<strong>da</strong> sobre como proce<strong>de</strong>r em relação ao seu<br />

uso, assegurando efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e segurança. Nosso objetivo foi relatar a experiência com<br />

intervenções educativas promovi<strong>da</strong>s junto à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> adscrita <strong>de</strong> uma equipe <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família (ESF) sobre uso correto <strong>de</strong> medicamentos, media<strong>da</strong>s pelo grupo<br />

PET-Saú<strong>de</strong>/Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família, através <strong>de</strong> visitas domiciliares. Trata-se <strong>de</strong> um estudo<br />

<strong>de</strong>scritivo, realizado na ESF Lava Pés, que abrange 6.000 habitantes/ 1200 famílias. O<br />

tema uso correto <strong>de</strong> medicamentos foi priorizado pela equipe. As visitas domiciliares<br />

foram agen<strong>da</strong><strong>da</strong>s pela enfermeira. No período <strong>de</strong> maio-junho <strong>de</strong> 2011 os pacientes<br />

foram visitados e todos os registros realizados preservaram o anonimato, a<br />

confi<strong>de</strong>nciali<strong>da</strong><strong>de</strong> e a não maleficência dos pacientes. As fragili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, potências e<br />

<strong>de</strong>safios <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s junto a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> adstrita, bem como as possíveis<br />

interferências <strong>de</strong>stas ações no cotidiano <strong>da</strong> ESF e no processo formativo do estu<strong>da</strong>nte<br />

<strong>de</strong> Farmácia foram avaliados pela reflexão entre os participantes do projeto. As visitas<br />

domiciliares ocorreram em 8 domicílios. Dos pacientes abor<strong>da</strong>dos, todos utilizavam<br />

medicamentos <strong>de</strong> uso crônico, sendo 3 homens e 5 mulheres. No geral os fármacos<br />

empregados eram indicados para o tratamento <strong>de</strong> hipertensão arterial e diabetes.<br />

Quando questionados sobre medicamentos <strong>de</strong> uso crônico, os pacientes não tinham<br />

dúvi<strong>da</strong>s em relação à posologia (horários e modo <strong>de</strong> tomar). Especificamente sobre o<br />

estoque domiciliar foi verificado em uma casa três embalagens <strong>de</strong> medicamentos<br />

vencidos e outra com dosagem diferente <strong>da</strong> prescrita. A paciente informou que<br />

entregaram errado na farmácia, e foi imediatamente orienta<strong>da</strong> a retornar ao serviço<br />

para substituição, inclusive <strong>de</strong>scartando corretamente os medicamentos vencidos.<br />

Ribeiro e Heineck (2010) realizaram um estudo em 285 domicílios em Ibiá-MG e<br />

verificaram uma média <strong>de</strong> 8,4 medicamentos/domicílio; em 93,5% <strong>da</strong>s famílias<br />

entrevista<strong>da</strong>s havia pelo menos um medicamento estocado, sendo os mais freqüentes:<br />

analgésicos, diuréticos, antibacterianos, anti-inflamatórios e antiácidos. No domicilio os<br />

usuários se sentem mais a vonta<strong>de</strong> para esclarecer duvi<strong>da</strong>s, permitindo maior vinculo<br />

com o farmacêutico. O trabalho interdisciplinar e multiprofissional oportunizado pelo<br />

PET-Saú<strong>de</strong>/ Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família favorece as ações <strong>de</strong> orientação sobre uso correto dos<br />

ISSN Nº 1984-3828 92


medicamentos e a<strong>de</strong>são aos tratamentos crônicos durante a visita domiciliar. Esta<br />

experiência <strong>de</strong>staca a atuação do farmacêutico na equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e seu papel na<br />

promoção do uso racional <strong>de</strong> medicamentos. Para isso é necessário mais que o<br />

conhecimento técnico-cientifico; requer habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s para problematizar as experiências<br />

dos usuários no ato <strong>de</strong> ensinar, empo<strong>de</strong>rando-o e tornando-o ativo nesse processo. A<br />

atuação do farmacêutico nas visitas domiciliares oportuniza uma possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ação,<br />

interagindo com a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e com outros profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, e legitimando seu<br />

espaço <strong>de</strong> atuação na APS.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Atenção à Saú<strong>de</strong>. Departamento <strong>de</strong><br />

Atenção Básica. Diretrizes do NASF- Núcleo <strong>de</strong> apoio à saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família (versão<br />

preliminar). Brasília: Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2009. 160 p.<br />

ORGANIZACIÓN MUNDIAL DA LA SALUD. Promoción <strong>de</strong>l uso racional <strong>de</strong><br />

medicamentos: componentes centrales. Genebra: OMS, 2002. Disponível em:<br />

. Acesso<br />

em: 15 nov. 2007.<br />

RIBEIRO, M.A.; HEINECK, I. Estoque domiciliar <strong>de</strong> medicamentos na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

ibiaense acompanha<strong>da</strong> pelo Programa Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família, em Ibiá-MG, Brasil. Sau<strong>de</strong><br />

soc. [online]. 2010, vol.19, n.3, pp. 653-663.<br />

VINHOLES, E.R.; ALANO, G.M.; GALATO, D. A percepção <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre a<br />

atuação do serviço <strong>de</strong> atenção farmacêutica em ações <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong><br />

relaciona<strong>da</strong>s à promoção do uso racional <strong>de</strong> medicamentos. Saú<strong>de</strong> Soc., 18(2): 293-<br />

303, 2009.<br />

ISSN Nº 1984-3828 93


O PREPARO DO GRADUANDO EM FARMÁCIA-BIOQUÍMICA DA<br />

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PARA ATUAR EM SITUAÇÕES<br />

EMERGENCIAIS: UMA ANÁLISE CURRICULAR.<br />

Situações emergenciais; análise curricular; saú<strong>de</strong> pública.<br />

CASTELLAR, LEONARDO DOS SANTOS; STRASSER, MARC.;<br />

BACCHI, ELFRIEDE MARIANNE.<br />

Segundo a International Fe<strong>de</strong>ration of the Red Cross, somente na última déca<strong>da</strong><br />

(2000-2009), houveram 7.184 <strong>de</strong>sastres noticiados, que juntos afetaram mais <strong>de</strong> 2,5<br />

bilhões <strong>de</strong> pessoas, totalizando mais <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> mortos, sendo mais <strong>de</strong> 90% em<br />

países <strong>de</strong> baixo ou médio <strong>de</strong>senvolvimento humano. Contudo, apesar <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> atuação do profissional farmacêutico em situações emergenciais, como consta no<br />

Código <strong>de</strong> Ética farmacêutica, no Brasil, há pouco conhecimento quanto à<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> atuar nessa área, <strong>de</strong>vido à <strong>de</strong>ficiência na abor<strong>da</strong>gem a esse tópico<br />

durante a graduação do profissional. Nessas situações, a prática farmacêutica<br />

compreen<strong>de</strong> a expansão <strong>da</strong> atuação do farmacêutico em assistência e atenção<br />

farmacêutica volta<strong>da</strong> para a área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, como preconizado pela Fe<strong>de</strong>ração<br />

Internacional dos Farmacêuticos, atuando principalmente na área <strong>de</strong> atenção primária.<br />

Em consequência, se torna essencial a eluci<strong>da</strong>ção do papel do farmacêutico para o<br />

estabelecimento <strong>de</strong> suas funções em tais situações, possibilitando o direcionamento na<br />

formação educacional e a capacitação técnica, facilitando resposta <strong>de</strong> máxima eficácia<br />

em um eventual evento <strong>de</strong>ssas proporções. O estudo visa eluci<strong>da</strong>r o contato do aluno<br />

<strong>de</strong> graduação do curso <strong>de</strong> Farmácia-Bioquímica <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências<br />

Farmacêuticas <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (FCF-USP) com o conteúdo<br />

correspon<strong>de</strong>nte à prática farmacêutica em situações emergenciais, a partir <strong>da</strong> análise<br />

curricular do curso. Foi realiza<strong>da</strong> a análise <strong>da</strong> gra<strong>de</strong> curricular do curso <strong>de</strong> graduação<br />

em Farmácia-Bioquímica <strong>da</strong> FCF-USP, por meio <strong>de</strong> análise documental, ao analisar-se<br />

a carga horária e as ementas <strong>da</strong>s disciplinas que estão relaciona<strong>da</strong>s aos conteúdos<br />

curriculares <strong>da</strong>s ciências humanas e sociais e às ciências farmacêuticas<br />

(correspon<strong>de</strong>ntes à saú<strong>de</strong> pública e à atenção e assistência farmacêutica), obti<strong>da</strong>s na<br />

base <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos online JúpiterWeb. Durante a análise, excluiu-se as disciplinas <strong>da</strong> área<br />

<strong>da</strong>s ciências farmacêuticas que não <strong>de</strong>man<strong>da</strong>m a interação com o paciente<br />

(irrelevantes do ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> durante as situações emergenciais). Foi<br />

analisa<strong>da</strong> somente a gra<strong>de</strong> <strong>da</strong>s disciplinas obrigatórias. Foram obti<strong>da</strong>s 6 disciplinas<br />

que atendiam aos requisitos estabelecidos, constando <strong>de</strong> carga horária <strong>de</strong> 30 horas<br />

ca<strong>da</strong> uma <strong>de</strong>las. Contudo, a abor<strong>da</strong>gem do tema não é evi<strong>de</strong>nte em nenhuma <strong>da</strong>s<br />

ementas e a única <strong>de</strong>ssas disciplinas que apresenta correlação com as situações<br />

emergenciais, sendo ela apenas indireta, é a <strong>de</strong> Primeiros Socorros. Apesar <strong>de</strong>sses<br />

eventos serem recorrentes em países em <strong>de</strong>senvolvimento, como o Brasil, as<br />

disciplinas <strong>da</strong> área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública (Epi<strong>de</strong>miologia e Farmacoepi<strong>de</strong>miologia) não<br />

apresentam a dimensão epi<strong>de</strong>miológica <strong>de</strong> tais situações. A<strong>de</strong>mais, não consta na<br />

ementa <strong>da</strong>s disciplinas <strong>da</strong> área <strong>da</strong>s ciências sociais o possível impacto <strong>da</strong> atuação do<br />

ISSN Nº 1984-3828 94


farmacêutico na prevenção e na reconstrução após essas situações. O papel <strong>da</strong><br />

universi<strong>da</strong><strong>de</strong> é preparar o profissional <strong>de</strong> forma que aten<strong>da</strong> <strong>da</strong> melhor forma possível<br />

os príncipios éticos <strong>da</strong> profissão e a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> população, o que não está sendo<br />

cumprido em relação ao preparo do profissional farmacêutico para respon<strong>de</strong>r às<br />

situações emergenciais. Por conseguinte, o <strong>de</strong>sconhecimento quanto à prática do<br />

profissional nessa área <strong>de</strong>corre <strong>da</strong> ausência <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem do tema durante a<br />

graduação, atrelado à baixa carga horária <strong>de</strong> disciplinas <strong>da</strong> área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

INTERNATIONAL FEDERATION OF THE RED CROSS. World Disasters Report<br />

2010: Focus on Urban Risk. Genebra: Suíça, 2010.<br />

NEMIRE R.E. et al. Public health matters: the role of the pharmacist and the<br />

aca<strong>de</strong>my. Currents in Pharmacy Teaching and Learning 2. 2010;2–11.<br />

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Good Pharmacy Practice: in community and<br />

hospital settings. Genebra: Suíça, 1996.<br />

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Declaration of Alma Ata. International<br />

Conference on Primary Health Care. Alma-Ata: USSR, 1978.<br />

WORLD HEALTH ORGANIZATION. The role of the pharmacist in the health care<br />

system: The Tokyo <strong>de</strong>claration. Tóquio: Japão, 1993.<br />

BRASIL, CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Código <strong>de</strong> ética <strong>da</strong> profissão<br />

farmacêutica. Disponível em http://www.crfsp.org.br/, acesso em 10/08/2011.<br />

HOLANDA, FÉDÉRATION INTERNATIONALE PHARMACEUTIQUE, The role of the<br />

pharmacist in crisis management: including manma<strong>de</strong> and natural disasters and<br />

pan<strong>de</strong>mics. Brasil, 2006.<br />

BRASIL, FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DA UNIVERSIDADE DE<br />

SÃO PAULO, Projeto político pe<strong>da</strong>gógico do curso <strong>de</strong> Farmácia-Bioquímica <strong>da</strong><br />

Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Farmacêuticas <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Disponível<br />

em<br />

http://www.fcf.usp.br/Ensino/Graduacao/PROJETO%20PEDAGÓGICO%20DO%20CU<br />

RSO%20DE%20FARMÁCIA-BIOQUÍMICA.pdf, acesso em 10/08/2011.<br />

BRASIL, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, Júpiterweb. Disponível em<br />

http://sistemas.usp.br/jupiterweb/, acesso em 10/08/2011.<br />

ISSN Nº 1984-3828 95


CASTELLAR, L. S. A atuação do farmacêutico em situações emergenciais. São<br />

Paulo, 2011. [Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso, Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Farmacêuticas<br />

<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo].<br />

BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Resolução CNE/CES 1.300/2001, Brasília,<br />

06/11/2001.<br />

ISSN Nº 1984-3828 96


CONTRIBUIÇÕES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ATENÇÃO<br />

FARMACÊUTICA NA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE<br />

MARTINS, CRISTIANE VASCONCELOS PARENTE; BELARMINO, LÍVIA ROMÃO;<br />

ARRUDA, RÉGILA AGUIAR DE; ALMEIDA, MARILIA VIANA ALBUQUERQUE DE;<br />

SILVA, SUE ELLEN GALDINO.<br />

O PRÓ-SAÚDE tem como características principais a abor<strong>da</strong>gem integral do processo<br />

saú<strong>de</strong>-doença, multidisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong>, ênfase para a atenção básica e diversificação dos<br />

cenários <strong>de</strong> prática. Nesse contexto uma <strong>da</strong>s estratégias adota<strong>da</strong>s no curso <strong>de</strong><br />

Farmácia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza-UNIFOR, consistiu na inclusão <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> Farmácia em Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família (USF). A possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar a<br />

Atenção Farmacêutica (ATENFAR) através do estágio curricular supervisionado em<br />

ATENFAR em uma USF emergiu como uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> implementação <strong>da</strong>s<br />

novas diretrizes curriculares do ensino farmacêutico no tocante a prerrogativa <strong>de</strong><br />

promover o contato do aluno a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos serviços, principalmente no âmbito do<br />

Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) nos diferentes níveis <strong>de</strong> atenção. A <strong>de</strong>tecção,<br />

prevenção e resolução dos problemas relacionados aos medicamentos (PRMs)<br />

exprimem o pilar fun<strong>da</strong>mental <strong>da</strong> ATENFAR e <strong>de</strong>man<strong>da</strong> que os procedimentos se<br />

realizem <strong>de</strong> forma ininterrupta, sistematiza<strong>da</strong> e documenta<strong>da</strong>. I<strong>de</strong>ntificar os problemas<br />

relacionados a farmacoterapia, propor medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> intervenção farmacêutica a partir<br />

dos PRMs <strong>de</strong>tectados em um grupo <strong>de</strong> pacientes diabéticos e hipertensos atendidos<br />

em uma USF. Pacientes voluntários <strong>de</strong> ambos os sexos foram convi<strong>da</strong>dos a participar<br />

do programa <strong>de</strong> ATENFAR. O seguimento farmacoterapêutico possibilitou registrar,<br />

acompanhar e avaliar os resultados <strong>da</strong> farmacoterapia <strong>de</strong> forma transparente e simples<br />

além <strong>de</strong> prover intervalo <strong>de</strong> tempo necessário para o estudo <strong>da</strong>s informações e<br />

compartilhar com a equipe multidisciplinar estratégias a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s. Os pacientes foram<br />

entrevistados pelos discentes sob a supervisão do professor <strong>de</strong> estagio e as<br />

informações foram registra<strong>da</strong>s. Os resultados foram analisados em sessões clinicas<br />

com estu<strong>da</strong>ntes e professor para i<strong>de</strong>ntificar, prevenir e resolver PRMs assim como<br />

analisar o estilo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> paciente que po<strong>de</strong>riam influenciar na terapêutica<br />

medicamentosa. Participaram do programa 50 pacientes. Destes 45,4% eram do<br />

gênero feminino. A prevalência <strong>de</strong> pacientes com PRM foi <strong>de</strong> 75,1%. Foram <strong>de</strong>tectados<br />

49 PRMs, com uma média <strong>de</strong> 1,46 PRM/paciente. Os PRMs mais freqüentes foram os<br />

<strong>de</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> (23,3%); efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> (33,1%) e segurança do medicamento (24,2%).<br />

As principais classes <strong>de</strong> medicamentos envolvidos foram anti-hipertensivos (56,1%),<br />

hipoglicemiantes (35,2%) e antiinflamatórios (19,1%). To<strong>da</strong>s as intervenções incidiram<br />

na aceitação e na efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do tratamento. O farmacêutico em conjunto com a equipe<br />

multidisciplinar fornece ao paciente um plano <strong>de</strong> atuação com aconselhamentos e<br />

sugestões sobre aspectos relacionados à saú<strong>de</strong>, farmacoterapia e monitoramento<br />

<strong>de</strong>sta visando assegurar a efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> terapia proposta. A participação dos alunos<br />

do curso <strong>de</strong> farmácia no PRÓ-SAÚDE permitiu uma intervenção oportuna em conjunto<br />

com a equipe multidisciplinar aju<strong>da</strong>ndo na promoção <strong>da</strong> a<strong>de</strong>são ao tratamento, no uso<br />

ISSN Nº 1984-3828 97


acional <strong>de</strong> medicamentos e na prevenção do surgimento <strong>de</strong> complicações<br />

relaciona<strong>da</strong>s aos medicamentos.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

<strong>ABENFAR</strong>. Associação Brasileira <strong>de</strong> Ensino Farmacêutico. I Fórum Nacional <strong>de</strong><br />

Educação Farmacêutica, intitulado “O Farmacêutico que o Brasil necessita”, Brasília, DF<br />

13 e 14 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2007. Disponível em:<br />

http://www.fnepas.org.br/pdf/relatorio_forum_nacional_educacao.pdf. Acesso em: 16 <strong>de</strong><br />

junho <strong>de</strong> 2011.<br />

VAN MIL, J. W.; SCHULZ, M.; TROMP, T.F. Pharmaceutical care, European<br />

<strong>de</strong>velopments in concepts, implementation, teaching, and research: a review. Pharm<br />

World Sci. 2004 Dec; 26(6):303–11. Disponível em:<br />

http://apps.who.int/medicinedocs/documents/s14094s/s14094s.pdf. Acesso em 10 <strong>de</strong><br />

agosto <strong>de</strong> 2011.<br />

ISSN Nº 1984-3828 98


AVALIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE FARMÁCIA NO<br />

COMPONENTE CURRICULAR DE FARMACOLOGIA COM A UTILIZAÇÃO<br />

DA METODOLOGIA DE APRENDIZAGEM BASEADA EM TAREFAS<br />

Estratégia <strong>de</strong> Ensino; Aprendizado; Farmacologia.<br />

MORAIS, DANYELLE CRISTINE MARINI DE<br />

A publicação <strong>da</strong>s Diretrizes para Cursos <strong>de</strong> Farmácia (Resolução CNE/CES 02 <strong>de</strong><br />

fevereiro <strong>de</strong> 2002) foi um avanço para a profissão farmacêutica, referente aos aspectos<br />

<strong>de</strong> integração <strong>da</strong>s diversas áreas <strong>de</strong> atuação do profissional farmacêutico. Contudo é<br />

um <strong>de</strong>safio para as Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior que necessitam transpor algumas<br />

barreiras, entre elas, promover a interdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong>, a mu<strong>da</strong>nça do perfil docente,<br />

bem como a implantação <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> ensino centra<strong>da</strong> no estu<strong>da</strong>nte, o qual <strong>de</strong>ixa<br />

o papel <strong>de</strong> receptor passivo e assume o <strong>de</strong> agente e principal responsável pela sua<br />

aprendizagem. Entre as várias metodologias utiliza<strong>da</strong>s atualmente nos cursos<br />

superiores a estratégia <strong>da</strong> Aprendizagem Basea<strong>da</strong> em Equipes (ABE) ou do inglês<br />

Team Based Learning (TBL) surgiu na educação superior nos últimos anos como um<br />

método capaz <strong>de</strong> intensificar a aprendizagem ativa autodirigi<strong>da</strong> e o pensamento crítico,<br />

que valoriza o apren<strong>de</strong>r a apren<strong>de</strong>r. O TBL é uma metodologia <strong>de</strong> ensino<br />

problematizadora que visa o ensino simultâneo <strong>de</strong> equipes na mesma sala <strong>de</strong> aula,<br />

com base em discussões <strong>de</strong> situações problemas, bem como estimula a curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do aluno a partir <strong>da</strong> compreensão do objeto <strong>de</strong> estudo, e não <strong>da</strong> sua memorização ou<br />

transferência <strong>de</strong> conhecimentos. Pesquisas mostram que esse ambiente <strong>de</strong><br />

aprendizagem, em pequenos grupos, quando comparado com a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> tradicional<br />

<strong>de</strong> aprendizagem competitiva e individualista, traz benefícios que inclui um maior<br />

sentimento <strong>de</strong> realização nos estu<strong>da</strong>ntes, além <strong>da</strong> utilização e aprendizagem <strong>de</strong><br />

raciocínio aprofun<strong>da</strong>do e pensamento crítico. O objetivo do presente trabalho foi<br />

implantar a técnica <strong>de</strong> Aprendizagem Basea<strong>da</strong> em Tarefas na disciplina <strong>de</strong><br />

Farmacologia do Curso <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong>s Facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s Integra<strong>da</strong>s Maria Imacula<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

Mogi Guaçu. A metodologia do trabalho baseou-se na organização do material didático<br />

disponibilizado aos discentes, bem como na elaboração <strong>de</strong> questões do TBL aplica<strong>da</strong>s<br />

ao final <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> tema. Os 33 alunos participaram <strong>de</strong> forma voluntária <strong>de</strong> um<br />

questionamento referente a metodologia. A metodologia TBL objetiva estimular o<br />

discente ao estudo, bem como aumentar sua compreensão sobre assunto. Quase a<br />

totali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos alunos 94% (31), consi<strong>de</strong>ra que o TBL facilitou o processo <strong>de</strong><br />

aprendizagem do conteúdo programático. Em relação aos motivos que promoveram<br />

esta facilitação 45% (15) acreditam que isso ocorre <strong>de</strong>vido às discussões em sala<br />

auxiliando a assimilação do conteúdo e 42% (14) afirmam que o TBL estimula o<br />

estudo, sendo necessário <strong>de</strong>dicar mais tempo a disciplina. Os alunos avaliaram <strong>de</strong><br />

igual proporção 42 % (14) o método TBL como proveitoso, eficaz e promotor <strong>de</strong><br />

interação, em contraparti<strong>da</strong> discor<strong>da</strong>m que o estudo não é inovador com a implantação<br />

<strong>de</strong>ste método. Os discentes compararam o método TBL em relação ao mo<strong>de</strong>lo<br />

tradicional <strong>de</strong> estudo, 64% (21) acham que esse método incentiva a comunicação e<br />

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argumentação, 48% (16), acreditam que essa metodologia promove mais o rendimento<br />

do conteúdo programático do componente curricular, 39% (13) acham que o TBL<br />

proporciona maior interação entre os estu<strong>da</strong>ntes. Portanto sugere-se que o ensino<br />

farmacêutico <strong>de</strong>va utilizar metodologias que estimulam o aprendizado, sendo o método<br />

TBL eficaz no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e competências, bem como po<strong>de</strong> ser<br />

utilizado em outros componentes curriculares.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BERMOND, M.D., et. Al. Mo<strong>de</strong>lo referencial <strong>de</strong> Ensino para uma Formação<br />

Farmacêutica com Quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Brasília: conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Farmácia, 2008.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Educação. Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação. Câmara <strong>de</strong><br />

Educação Superior. Resolução CNE/CES nº 2, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Fevereiro De 2002. Brasília,<br />

DF, 2002. Disponível em: .<br />

Acesso em: 10 <strong>de</strong> Nov. <strong>de</strong> 2010.<br />

POLIMENO, N.C. Doze conselhos para tornar efetiva a estratégia <strong>da</strong> aprendizagem<br />

basea<strong>da</strong> em equipes (Team Based Learning). Medical Teacher. v. 32, n. 2, 2010, p.<br />

118-122.<br />

SCHMIDT, H.G. Problem-based learning: rationale and <strong>de</strong>scription. Med Educ. v. 17,<br />

p.11-6, 1983<br />

ISSN Nº 1984-3828 100


ENSINO BASEADO NA COMUNIDADE: INTEGRANDO SABERES NO<br />

ACOMPANHAMENTO DE IDOSOS<br />

Educação Basea<strong>da</strong> em Competências; Assistência a Idosos; Educação em Farmácia.<br />

MONTE, FRANCISCA SUELI; MICALLI, IDIVALDO ANTONIO; ARAUJO, DINA<br />

MARIA; FERRARI, MARCIO; LEMOS, TELMA MARIA ARAUJO MOURA; REZENDE,<br />

ADRIANA AUGUSTO<br />

A formação do profissional farmacêutico com o perfil estabelecido nas Diretrizes<br />

Curriculares Nacionais e no Projeto Pe<strong>da</strong>gógico do Curso <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong><br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte (UFRN) exige cenários <strong>de</strong> prática que<br />

contemplem os aspectos humanísticos e permitam a sua integração aos <strong>de</strong>mais<br />

profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. A busca por este cenário nos conduziu a uma Instituição <strong>de</strong><br />

Longa Permanência <strong>de</strong> Idosos (ILPI) manti<strong>da</strong> por uma associação beneficente que<br />

acolhe atualmente 40 idosas. Entre as assisti<strong>da</strong>s pela ILPI são muito frequentes<br />

doenças como hipertensão, diabetes, Doença <strong>de</strong> Parkinson, Alzheimer e <strong>de</strong>ficiências<br />

nutricionais, o que resulta na ampla utilização <strong>de</strong> medicamentos neste grupo. To<strong>da</strong>via,<br />

a instituição não conta com ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> assistência farmacêutica. Com o objetivo <strong>de</strong><br />

promover ações <strong>de</strong> assistência farmacêutica e promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na ILPI, alunos e<br />

professores do Curso <strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong> UFRN organizaram uma ação integra<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

ensino-extensão, na qual foram avalia<strong>da</strong>s as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s relaciona<strong>da</strong>s a<br />

medicamentos e outras necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. A partir <strong>de</strong> um diagnóstico situacional<br />

os estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> Farmácia, orientados por professores <strong>de</strong> Farmacologia, Assistência<br />

Farmacêutica, Farmacotécnica, Cosméticos e Bioquímica Clínica, elaboram um plano<br />

<strong>de</strong> ação e executam semanalmente as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>linea<strong>da</strong>s. Os problemas<br />

<strong>de</strong>tectados na fase <strong>de</strong> diagnóstico situacional são discutidos com a equipe <strong>de</strong><br />

profissionais <strong>da</strong> ILPI (médico, nutricionista, enfermeira, fisioterapeuta) antes <strong>da</strong><br />

execução <strong>de</strong> qualquer ação. Entre as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s já realiza<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m ser cita<strong>da</strong>s como<br />

exemplos: avaliação laboratorial do estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong>s idosas (exames <strong>de</strong><br />

bioquímica), <strong>de</strong>senvolvimento e preparação <strong>de</strong> suplementos vitamínicos e <strong>de</strong><br />

formulações hidratantes, melhoria do acesso aos medicamentos, avaliação <strong>da</strong><br />

farmacoterapia, gerenciamento dos medicamentos e capacitação <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dores para o<br />

preparo e administração dos mesmos. A ação integra<strong>da</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> na ILPI<br />

possibilita a interdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong> e a multidisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong>, além <strong>de</strong> propiciar o exercício<br />

<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia. Entretanto, alguns <strong>de</strong>safios ain<strong>da</strong> precisam ser superados, como por<br />

exemplo, a subvalorização dos saberes humanísticos, em <strong>de</strong>trimento dos saberes<br />

tecnológicos, e a resistência a metodologias <strong>de</strong> ensino problematizadoras.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Curso <strong>de</strong> Farmácia.<br />

Projeto Político Pe<strong>da</strong>gógico. Natal: UFRN, 2002.<br />

ISSN Nº 1984-3828 101


EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO NA ASSISTÊNCIA<br />

FARMACÊUTICA NO ESTADO DO PARANÁ<br />

Integração ensino-serviço, assistência farmacêutica, avaliação <strong>de</strong> tecnologia em<br />

saú<strong>de</strong>.<br />

GROCHOCKI, MÔNICA CAVICHIOLO; CORRER, CASSYANO; PONTAROLLI,<br />

DEISE; LAMB, LORE; OTUKI, MICHEL; PONTAROLO, ROBERTO.<br />

Um dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios dos gestores públicos é a ampliação do acesso <strong>da</strong><br />

população a medicamentos <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> comprova<strong>da</strong>, em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> e ao menor custo possível. As <strong>de</strong>cisões quanto à alocação dos recursos<br />

disponíveis para essa disponibilização <strong>de</strong>ve ser fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> em evidências<br />

científicas, <strong>de</strong> modo que se encontrem soluções socialmente aceitáveis para conciliar<br />

as <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s ilimita<strong>da</strong>s à capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> financeira limita<strong>da</strong> do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

(SUS). A incorporação <strong>de</strong> tecnologias implica na necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> questionar se a<br />

melhora nos resultados obtidos é significativa diante do custo agregado à nova<br />

terapêutica; o gestor público necessita <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos que subsidiem a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />

sobre a disponibilização <strong>da</strong> tecnologia à população. Em outubro <strong>de</strong> 2007 o CNPq<br />

publicou edital <strong>de</strong> projetos na área <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> tecnologia em saú<strong>de</strong>; um grupo <strong>de</strong><br />

trabalho foi constituído com a participação do Grupo <strong>de</strong> Pesquisas em Práticas<br />

Farmacêuticas do Departamento <strong>de</strong> Farmácia do Setor <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná e o Centro <strong>de</strong> Medicamentos do Paraná (Cemepar),<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Estado <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> do Paraná responsável pela assistência<br />

farmacêutica no âmbito do estado. A primeira pesquisa <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>, “Avaliação<br />

econômica <strong>da</strong>s anticitocinas a<strong>da</strong>limumabe, etanercepte e infliximabe no tratamento <strong>da</strong><br />

artrite reumatoi<strong>de</strong> no estado do Paraná”, foi tema <strong>de</strong> mestrado <strong>de</strong> dois alunos do<br />

programa <strong>de</strong> pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, gerando cinco artigos em<br />

periódicos, 6 painéis em congressos, um capítulo <strong>de</strong> livro internacional (a ser<br />

publicado) e um capítulo no livro do Departamento <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia <strong>da</strong><br />

Secretaria <strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong><br />

(DECIT/MS), contendo o resumo <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> pesquisa. Com a estratégia consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>,<br />

outros temas passaram a ser contemplados. No inverno <strong>de</strong> 2009, a ocorrência <strong>de</strong><br />

elevado número <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> influenza A(H1N1) na população, resultou em expressivo<br />

número <strong>de</strong> pacientes tratados com o medicamento fosfato <strong>de</strong> oseltamivir,<br />

disponibilizado pelo Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Os estudos sobre a efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ste<br />

tratamento conduzidos no ano <strong>de</strong> 2010 foram tema <strong>de</strong> mestrado, com publicação <strong>de</strong><br />

três painéis em congresso, dois resumos expandidos em anais <strong>de</strong> congresso, dois<br />

artigos, quatro artigos submetidos e uma premiação (menção honrosa). Outros temas<br />

<strong>de</strong> importância para a saú<strong>de</strong> pública estão sendo contemplados, com doutorado em<br />

an<strong>da</strong>mento sobre a efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do tratamento com análogos <strong>de</strong> insulina<br />

disponibilizados a pacientes com diabetes mellitus tipo I, com dois artigos submetidos<br />

(um já aceito) e dois painéis em congresso. O grupo também conduz pesquisa<br />

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(doutorado) sobre a efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos antivirais no tratamento <strong>da</strong> Hepatite B, com<br />

publicação <strong>de</strong> dois artigos e quatro resumos em congressos. Além <strong>de</strong> proporcionar o<br />

compartilhamento <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e experiências, a produção <strong>de</strong> evidência em saú<strong>de</strong> e<br />

subsídios para a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão do gestor, contribui para aperfeiçoar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pelos profissionais em serviço e a formação acadêmica com<br />

conhecimento acerca do SUS, em especial <strong>da</strong> assistência farmacêutica. A integração<br />

entre os membros do grupo tem beneficiado ambas as partes, com o fortalecimento do<br />

grupo <strong>de</strong> pesquisa e proposição <strong>de</strong> novas condutas para os serviços farmacêuticos<br />

executados no estado.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e Insumos<br />

Estratégicos. Departamento <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia. Avaliação <strong>de</strong> tecnologias em<br />

saú<strong>de</strong>: seleção <strong>de</strong> estudos apoiados pelo Decit. Brasília: Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2011.<br />

116 p.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Portaria nº 3.916 <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1998. Aprova a<br />

Política Nacional <strong>de</strong> Medicamentos. Diário Oficial <strong>da</strong> União, Po<strong>de</strong>r Executivo, Brasília,<br />

DF, 10 nov. 1998.<br />

ISSN Nº 1984-3828 103


EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS INOVADORAS: DESENVOLVIMENTO DE<br />

UM MODELO DE PRÁTICA CLÍNICA NA PERSPECTIVA INTERDICIPLINAR<br />

DURANTE A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE MEDICINA E FARMÁCIA<br />

Medicina Familiar e Comunitária; Atenção Farmacêutica; Interdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

WILLRICH, ILTON OSCAR; BRESOLIN, JOSÉ ROBERTO; BERNARDO, NOEMIA<br />

LIEGE; MORITZ, ROGÉRIO PAULO; DRICHEL, ROSAURA RODRIGUES; SILVA,<br />

VIVIANE FARIA.<br />

Em 2005, O Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, por meio <strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e <strong>da</strong><br />

Educação na Saú<strong>de</strong> (SGTES) e o Ministério <strong>da</strong> Educação, por intermédio <strong>da</strong> Secretaria<br />

<strong>de</strong> Educação Superior (SESu) e do Instituto Nacional <strong>de</strong> Estudos e Pesquisas<br />

Educacionais Anísio Teixeira (INEP), lançou o Programa Nacional <strong>de</strong> Reorientação <strong>da</strong><br />

Formação Profissional em Saú<strong>de</strong> (Pró-Saú<strong>de</strong>). O Pró-Saú<strong>de</strong> visa incentivar a<br />

transformação do processo <strong>de</strong> formação, geração <strong>de</strong> conhecimento e prestação <strong>de</strong><br />

serviços à população para abor<strong>da</strong>gem integral do processo saú<strong>de</strong>-doença. Tem como<br />

eixo central a integração ensino-serviço, com a conseqüente inserção dos estu<strong>da</strong>ntes<br />

no cenário real <strong>de</strong> práticas que é a Re<strong>de</strong> SUS, com ênfase na atenção básica, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

início <strong>de</strong> sua formação. Espera-se formar ci<strong>da</strong>dãos profissionais críticos e reflexivos,<br />

com conhecimentos, habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s que estejam aptos a atuarem em um<br />

sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> qualificado e integrado. Com o intuito <strong>de</strong> alcançar este novo mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> formação se propôs a <strong>de</strong>senvolver um atendimento ampliado no ambulatório <strong>de</strong><br />

Medicina Familiar e Comunitária que funciona junto à uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família e<br />

Comunitária <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Vale do Itajaí (UNIVALI) integrando os alunos dos<br />

cursos <strong>de</strong> medicina e <strong>de</strong> farmácia. A formação amplia<strong>da</strong> tem como objetivo <strong>de</strong>terminar<br />

o processo <strong>de</strong> trabalho, o reconhecimento <strong>da</strong>s competências, habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, o foco <strong>de</strong><br />

intervenção e a interface entre os profissionais. O processo formativo ocorre com os<br />

acadêmicos do internato médico do nono período na disciplina <strong>de</strong> Medicina <strong>da</strong> Família<br />

e Comunitária e com os alunos <strong>de</strong> Farmácia do oitavo período que estão realizando o<br />

Estágio Integrado. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ocorre em dois encontros<br />

semanais. Num encontro é realiza<strong>da</strong> a apresentação e discussão <strong>de</strong> um artigo com<br />

relevância clínica e a apresentação <strong>de</strong> um seminário sobre evidências clínicas <strong>de</strong><br />

medicamentos mais utilizados na prática do ambulatório <strong>de</strong> Medicina Familiar e<br />

Comunitária. O outro encontro acontece durante o atendimento dos pacientes, on<strong>de</strong><br />

um aluno <strong>de</strong> medicina e um <strong>de</strong> farmácia avaliam o paciente com uma abor<strong>da</strong>gem<br />

integral, posteriormente dá-se a discussão clínica com os professores <strong>de</strong> ambos os<br />

curso. Os profissionais se colocam em simbiose para a busca <strong>de</strong> uma abor<strong>da</strong>gem<br />

integral do processo saú<strong>de</strong>-doença e <strong>da</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> através <strong>de</strong> uma prática<br />

clinica integrativa, o que permite uma avaliação <strong>da</strong> evolução clínica do paciente<br />

relacionando com a a<strong>de</strong>são ao tratamento, surgimento ou prevenção <strong>de</strong> reações<br />

adversas, interações medicamentosas, outras alternativas terapêuticas como a<br />

modificação do estilo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, abor<strong>da</strong>gem familiar, fitoterapia, acupuntura, entre outras.<br />

Este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> intervenção possibilita vislumbrar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong><br />

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interdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong>, aquele que se propõe na construção <strong>de</strong> práticas em saú<strong>de</strong> em<br />

que todos os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem reconhecer o seu papel e o do outro, para<br />

construir uma prática interativa alinha<strong>da</strong> à uma perspectiva e num cenário colaborativo<br />

amplo que se propõe a <strong>de</strong>senvolver um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> prática profissional comprometido<br />

com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> e as <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira.<br />

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A ATUAÇÃO DO RESIDENTE FARMACÊUTICO EM UMA EQUIPE<br />

MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE<br />

Atenção farmacêutica, Níveis <strong>de</strong> Atenção à Saú<strong>de</strong>, Educação Profissional em Saú<strong>de</strong><br />

Pública.<br />

RODRIGUES DOS SANTOS, MARÍLIA; OLIVEIRA SANTOS, DANIEL; PETROLI<br />

FRUTUOSO, MARIA FERNANDA; FEGADOLLI, CLAUDIA; MATOS SOUZA,<br />

JULIANA; TAIPINA PEDRO FEITOSA, FABRÍCIO.<br />

A proposta dos Programas <strong>de</strong> Residência Multiprofissional em Saú<strong>de</strong>, instituí<strong>da</strong> por<br />

meio <strong>de</strong> portaria envolvendo os Ministérios <strong>da</strong> Educação e Saú<strong>de</strong>, vem ao encontro <strong>da</strong><br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lar a formação <strong>de</strong> profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> para que estes se<br />

tornem aptos a trabalhar em um <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> atuação compartilha<strong>da</strong>, comum e<br />

específica. Assim, preten<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente às diferentes <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s<br />

advin<strong>da</strong>s <strong>da</strong> plurali<strong>da</strong><strong>de</strong> e diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> contextos vivenciados por ca<strong>da</strong><br />

indivíduo/família/comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> em seu território e que caracterizam o processo saú<strong>de</strong>adoecimento-cui<strong>da</strong>do.<br />

A atuação do farmacêutico em equipes multiprofissionais<br />

fortalece o papel <strong>de</strong>ste profissional na área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e, num contexto mais recente,<br />

propicia um olhar mais ampliado sobre as potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> sua atuação, transferindo<br />

o foco central do medicamento para atenção ao paciente, permitindo a consoli<strong>da</strong>ção <strong>de</strong><br />

seu papel social. O Programa <strong>de</strong> Residência Multiprofissional Integra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Atenção à<br />

Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, campus Baixa<strong>da</strong> Santista, tem como<br />

área <strong>de</strong> concentração a SAÚDE COLETIVA, apresentando como eixo transversal a<br />

“Atenção à saú<strong>de</strong> do indivíduo, família e sua re<strong>de</strong> social” e sete eixos perpendiculares,<br />

referentes às áreas profissionais <strong>de</strong> Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição,<br />

Psicologia, Serviço social e Terapia ocupacional. Os cenários nos quais os resi<strong>de</strong>ntes<br />

estão inseridos contemplam a área hospitalar e a atenção básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, nas<br />

seguintes linhas <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>do: saú<strong>de</strong> do adulto e idoso; saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> mulher e do recémnascido;<br />

saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> criança e do adolescente; saú<strong>de</strong> mental. Desenvolvimento: Em<br />

ambos os cenários as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s foram pauta<strong>da</strong>s em ações compartilha<strong>da</strong>s, visando à<br />

compreensão <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> núcleo profissional e à <strong>de</strong>tecção <strong>da</strong>s potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> equipe<br />

na perspectiva do cui<strong>da</strong>do específico e comum em busca <strong>da</strong> construção <strong>de</strong> um saber<br />

compartilhado, pautado na clinica amplia<strong>da</strong> e humanização do cui<strong>da</strong>do. Estas ações se<br />

<strong>de</strong>ram por meio <strong>de</strong> atendimentos conjuntos, aproximação <strong>da</strong> família para o cui<strong>da</strong>do,<br />

grupos educativos envolvendo pacientes e familiares, integração com a equipe dos<br />

serviços e construção <strong>de</strong> projetos terapêuticos singulares. A atuação do resi<strong>de</strong>nte<br />

farmacêutico nestes cenários foi pauta<strong>da</strong> na promoção do uso racional dos<br />

medicamentos, visando à promoção e recuperação <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e à prevenção <strong>de</strong><br />

agravos. Este contexto permitiu a sensibilização dos profissionais dos serviços e<br />

usuários quanto à importância <strong>da</strong>s ações educativas em saú<strong>de</strong> e às possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s do<br />

trabalho em equipe multiprofissional. A atuação dos resi<strong>de</strong>ntes farmacêuticos em seu<br />

campo <strong>de</strong> atuação específico compreen<strong>de</strong>u ações volta<strong>da</strong>s ao usuário <strong>de</strong><br />

medicamentos, o que se <strong>de</strong>u, principalmente, por meio do trabalho em grupo e<br />

ISSN Nº 1984-3828 106


atendimentos compartilhados. Cabe ressaltar também a crescente aproximação e<br />

reflexão junto aos prescritores quanto à farmacoterapia dos pacientes. A atuação<br />

multiprofissional permite o exercício <strong>de</strong> olhar para o processo saú<strong>de</strong>-adoecimentocui<strong>da</strong>do<br />

consi<strong>de</strong>rando as condições e histórias <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> população e sua re<strong>de</strong> social,<br />

minimizando a fragmentação <strong>da</strong> assistência à saú<strong>de</strong>. Para o farmacêutico, esta<br />

experiência é promissora para o envolvimento do profissional em um cui<strong>da</strong>do integral<br />

com enfoque no individuo e seu contexto distanciando-se <strong>da</strong> tradicional e arraiga<strong>da</strong><br />

atuação pauta<strong>da</strong> na medicalização para contexto atual que engloba a promoção <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e prevenção <strong>de</strong> doenças.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e <strong>da</strong> Educação na<br />

Saú<strong>de</strong>. Departamento <strong>de</strong> Gestão <strong>da</strong> Educação na Saú<strong>de</strong>. Residência Multiprofissional<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: experiências, avanços e <strong>de</strong>safios. Brasília: Ministéro <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2006.<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO. Programa <strong>de</strong> Residência Integra<strong>da</strong><br />

Multiprofissional em Atenção à Saú<strong>de</strong>: atenção à saú<strong>de</strong> do indivíduo, família e sua<br />

re<strong>de</strong> social. Santos, p.58, 2010.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Atenção a Saú<strong>de</strong>. Núcleo Técnico <strong>da</strong><br />

Política Nacional <strong>de</strong> Humanização. Clinica amplia<strong>da</strong>, equipe <strong>de</strong> referencia e projeto<br />

terapêutico singular. 2ª ed. Brasília: Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2007.<br />

ISSN Nº 1984-3828 107


RESIDÊNCIA EM ANÁLISES CLÍNICAS NO HU-UFJF<br />

UM CONCEITO DIFERENCIADO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU<br />

Educação Farmacêutica e Pós Graduação Residência; Farmácia; Educação em Saú<strong>de</strong><br />

PINTO, ALEXANDRE FREIRE; BRAGA, MARIA HELENA; MATOS, RENÊ<br />

GONÇALVES; OLIVEIRA, MURILO GOMES; NEVES-DOS-SANTOS, SANDRA<br />

Ao final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1970, com a expansão <strong>da</strong> Residência Médica no Brasil, a UFJF,<br />

por meio <strong>da</strong> equipe dirigente do Hospital Escola, implanta a Residência Médica.<br />

Influenciados por esta experiência foi elaborado projeto propondo a inserção <strong>da</strong><br />

Residência em Análises Clínicas (RAC). O processo para criação tramitou em diversos<br />

órgãos <strong>da</strong> UFJF, durante os anos <strong>de</strong> 1977-1978, e foi aprovado ao final <strong>de</strong>ste último<br />

ano. Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1978 é, então, realiza<strong>da</strong> a primeira seleção e, em janeiro <strong>de</strong><br />

1979, teve início o funcionamento <strong>da</strong> RAC no Hospital Escola <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina, atual Hospital Universitário (HU) <strong>da</strong> UFJF. Pioneira <strong>de</strong>sta área no Brasil, a<br />

RAC do HU-UFJF tem funcionado até a presente <strong>da</strong>ta, consubstanciando o<br />

aprimoramento <strong>da</strong>s Ciências Farmacêuticas no campo <strong>da</strong>s Análises Clínicas. O<br />

Laboratório Central é o instrumento <strong>de</strong> análises clínicas que realiza os procedimentos<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong>dos nas diversas clínicas e ambulatórios do HU-UFJF. A RAC encontra-se<br />

intimamente integra<strong>da</strong> neste hospital, bem como às outras equipes <strong>de</strong> Residência<br />

Médica e <strong>de</strong>mais Residências cria<strong>da</strong>s a partir do ano <strong>de</strong> 1998 - Enfermagem, Serviço<br />

Social, Psicologia, Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família, Odontologia Buco-Maxilo-Facial, Farmácia e,<br />

mais recentemente, Residência Multiprofissional. O resi<strong>de</strong>nte é selecionado por<br />

concurso público, a ca<strong>da</strong> final <strong>de</strong> ano, po<strong>de</strong>ndo candi<strong>da</strong>tar-se farmacêuticos formados.<br />

As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do pós graduando são <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s sob orientação tutorial permanente,<br />

articulando teoria e prática, em jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> trabalho equivalente aos <strong>de</strong>mais programas<br />

<strong>de</strong> residência. Assim, <strong>de</strong>senvolvem competências e habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s não só nas áreas<br />

técnicas específicas, mas, principalmente, nas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s cognitivas <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão, segurança, capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> convivência inter e transdisciplinar nas diferentes<br />

áreas <strong>de</strong> atuação. Após trinta anos <strong>de</strong> funcionamento ininterrupto, 91 alunos <strong>de</strong> pósgraduação<br />

estiveram no Laboratório Central até o ano <strong>de</strong> 2010, sendo que quatro<br />

<strong>de</strong>stes não concluíram. Foram 39 homens e 52 mulheres. O serviço em laboratório<br />

clínico absorveu o maior número <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes, representando aproxima<strong>da</strong>mente 43%<br />

do total, sendo 24 profissionais em laboratórios particulares e 15 em laboratórios<br />

públicos. O ensino <strong>de</strong> graduação absorveu 16 resi<strong>de</strong>ntes, dividindo-se igualmente em<br />

facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s particulares e universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas. O serviço militar absorveu um total <strong>de</strong><br />

13 egressos. Não foi possível i<strong>de</strong>ntificar o local <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> 9 concluintes. Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> pesquisa, a farmácia priva<strong>da</strong> e a farmácia pública absorveram três profissionais<br />

ca<strong>da</strong>. E o Serviço Fe<strong>de</strong>ral apenas um pós graduando. Essa experiência <strong>de</strong> Residência<br />

po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> exitosa, pois beneficiou o curso <strong>de</strong> Farmácia, por meio <strong>da</strong><br />

interação do pós graduando com os alunos <strong>de</strong> graduação e, também, os <strong>de</strong>mais<br />

cursos <strong>da</strong> área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> que tem como um dos espaços <strong>de</strong> ensino e aprendizagem o<br />

HU-UFJF. Este ambiente tem contribuído <strong>de</strong> forma diferencia<strong>da</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

trabalhos <strong>de</strong> pesquisa intimamente vinculados à docência e à assistência, numa<br />

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elação integra<strong>da</strong>, uma vez que a produção do conhecimento científico <strong>de</strong>verá estar<br />

volta<strong>da</strong> para a resolução <strong>de</strong> problemas colocados pela reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. Hoje, esta<br />

forma <strong>de</strong> educação continua<strong>da</strong>, além <strong>de</strong> incorpora<strong>da</strong> por diferentes universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

constitui uma <strong>da</strong>s políticas para fortalecimento do SUS, articula<strong>da</strong> entre os Ministérios<br />

<strong>da</strong> Educação e <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

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O PROCESSO DE INSERÇÃO DE UMA EQUIPE DE RESIDÊNCIA<br />

MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA NA<br />

BAIXADA SANTISTA<br />

Assistência hospitalar, Educação Profissional em Saú<strong>de</strong> Pública, Planejamento em<br />

saú<strong>de</strong>.<br />

HEISE, MAÍRA; RODRIGUES DOS SANTOS, MARÍLIA; SILVA MARINHO, CLÉRIA;<br />

RAMOS, ANA MARIA; CARRASCO, ANA VIRGINIA.<br />

O processo <strong>de</strong> consoli<strong>da</strong>ção do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS), criado em 1988, traz o<br />

<strong>de</strong>safio <strong>da</strong> transferência <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo técnico-assistencial médico e hospitalocêntrico<br />

para um mo<strong>de</strong>lo que valoriza a integrali<strong>da</strong><strong>de</strong>, coor<strong>de</strong>nação e humanização do cui<strong>da</strong>do.<br />

Neste contexto, surge a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lar a formação <strong>de</strong> profissionais aptos a<br />

trabalhar em um <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> atuações compartilha<strong>da</strong>s, comuns e específicas, capazes<br />

<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente as diferentes necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s advin<strong>da</strong>s <strong>da</strong> plurali<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> contextos vivenciados pelos indivíduos e população em seu território.<br />

Cenário: O serviço <strong>de</strong> alta complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>, por meio do Hospital Irman<strong>da</strong><strong>de</strong> Santa Casa<br />

<strong>de</strong> Misericórdia <strong>de</strong> Santos – São Paulo. As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s iniciais <strong>da</strong> equipe (constituí<strong>da</strong><br />

por dois grupos, ca<strong>da</strong> um composto pelas as áreas <strong>de</strong> serviço social, enfermagem,<br />

farmácia, fisioterapia, nutrição, psicologia e terapia ocupacional) foram pauta<strong>da</strong>s em<br />

ações comuns: quanto ao cenário, houve a contextualização do histórico <strong>da</strong> instituição,<br />

um dos hospitais mais antigos do Brasil, e apropriação dos serviços oferecidos, visto<br />

que é referência na baixa<strong>da</strong> santista. No que tange o trabalho em equipe, preten<strong>de</strong>use,<br />

compreen<strong>de</strong>r ca<strong>da</strong> área profissional que compõe o Programa <strong>de</strong> Residência, com<br />

intuito <strong>de</strong> vislumbrar as potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s atuações específicas e <strong>de</strong> núcleo comum.<br />

Num segundo momento, por se tratar <strong>de</strong> um Programa em processo <strong>de</strong> construção<br />

com propostas inovadoras, optou-se pelo planejamento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, através <strong>da</strong><br />

elaboração <strong>de</strong> ferramentas e estratégias <strong>de</strong> ações, <strong>de</strong> modo que viabilizassem o<br />

trabalho em equipe, promovendo atuações compartilha<strong>da</strong>s e a construção conjunta <strong>da</strong>s<br />

práticas. A saú<strong>de</strong> do adulto-idoso e materno-infantil foram as linhas <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos eleitas<br />

como alvos iniciais para atuação <strong>da</strong> equipe, por virem ao encontro <strong>da</strong>s priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s pelo Pacto <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> e por estarem aloca<strong>da</strong>s em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s que dispõem <strong>de</strong><br />

estrutura física e <strong>de</strong> recursos humanos que favorecem tais ações. Construção e<br />

consoli<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> práticas pauta<strong>da</strong>s na clinica amplia<strong>da</strong> durante a permanência <strong>da</strong><br />

equipe na uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, propiciou a sensibilização dos profissionais do serviço, quanto as<br />

práticas interdisciplinares permitindo a construção conjunta <strong>de</strong> projetos terapêuticos<br />

singulares. Vale ressaltar ain<strong>da</strong> que a interlocução entre saberes e práticas<br />

potencializou as ações, contemplando, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> atendimentos compartilhados no leito até<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em grupo, buscando a integrali<strong>da</strong><strong>de</strong> do cui<strong>da</strong>do no período <strong>da</strong> internação. A<br />

experiência relata<strong>da</strong> evi<strong>de</strong>nciou a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> transferência <strong>de</strong> práticas médicocentra<strong>da</strong>s<br />

para uma atuação multiprofissional e humaniza<strong>da</strong> do cui<strong>da</strong>do num cenário<br />

<strong>de</strong> alta complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>, contemplando trabalho com grupos, alta compartilha<strong>da</strong>, projeto<br />

terapêutico singular estendido a família. Permitiu, ain<strong>da</strong>, uma forma <strong>de</strong> pensar a<br />

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formação quanto a atuação multiprofissional, propiciando uma visão holística sobre as<br />

condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> população, suas histórias, suas re<strong>de</strong>s sociais e sua saú<strong>de</strong>. Desta<br />

forma, po<strong>de</strong>-se minimizar a fragmentação do indivíduo na assistência a saú<strong>de</strong> e as<br />

tensões entre comum e específico que permeiam o trabalho multiprofissional em busca<br />

<strong>da</strong> integrali<strong>da</strong><strong>de</strong> do cui<strong>da</strong>do.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRASIL. Constituição <strong>da</strong> República Fe<strong>de</strong>rativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Fe<strong>de</strong>ral,<br />

1988.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Políticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: O <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> construir<br />

e implementar políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> – Relatório <strong>de</strong> Gestão 2000. Brasília, p. 173-8.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e <strong>da</strong> Educação na<br />

Saú<strong>de</strong>. Departamento <strong>de</strong> Gestão <strong>da</strong> Educação na Saú<strong>de</strong>. Residência Multiprofissional<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: experiências, avanços e <strong>de</strong>safios. Brasília, 2006.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Portaria GM nº 699, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2006.<br />

MACHADO, FAS et. al. Integrali<strong>da</strong><strong>de</strong>, formação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, educação em saú<strong>de</strong> e as<br />

propostas do SUS – uma revisão conceitual. Rev. Cienc. Saú<strong>de</strong> Col.; 12(2): 335-342,<br />

2007.<br />

Regulamenta as diretrizes operacionais dos pactos pela vi<strong>da</strong> e <strong>de</strong> gestão. Brasília,<br />

2006c. Disponível em: . Acesso em: 10 set. 2011.<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO. Programa <strong>de</strong> Residência Integra<strong>da</strong><br />

Multiprofissional em Atenção à Saú<strong>de</strong>: atenção à saú<strong>de</strong> do indivíduo, família e sua<br />

re<strong>de</strong> social. Santos, 2010.<br />

ISSN Nº 1984-3828 111


FARMACIA ESCOLA DA UFSC NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE:<br />

UNIDADE DE REFERÊNCIA DO COMPONENTE ESPECIALIZADO DA<br />

ASSISTÊNCIA FARMACEUTICA EM FLORIANÓPOLIS<br />

Farmácia Escola, Assistência Farmacêutica.<br />

FOOPA, AA; MATSUDA, KY; CARDOSO, MAKG; ROVER, MRM; WAGNER. MS;<br />

PEREIRA, AL; SOUZA, LN;. FARIAS, MR; LEITE, SN; CAMPOS, C.<br />

No município <strong>de</strong> Florianópolis, a solicitação e dispensação <strong>de</strong> medicamentos do<br />

CEAF ocorrem exclusivamente na Farmácia Escola, um convênio entre a<br />

Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Florianópolis e a Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina,<br />

firmado em MARÇO DE 2008. A solicitação <strong>de</strong> medicamentos é realiza<strong>da</strong> na<br />

Farmácia Escola UFSC /PMF, e os documentos trazidos pelo usuário ou<br />

responsável, são encaminhados para a DIAF (Diretoria <strong>da</strong> Assistência<br />

Farmacêutica Estadual) que é a responsável pela operacionalização do CEAF em<br />

Santa Catarina, on<strong>de</strong> são avaliados e autorizados. A Farmácia Escola é o Centro <strong>de</strong><br />

Custo do município <strong>de</strong> Florianópolis, on<strong>de</strong> além <strong>da</strong> solicitação ocorre a<br />

dispensação e o acompanhamento mensal dos usuários, sendo que atualmente<br />

são 143 medicamentos padronizados pelo Componente Especializado <strong>da</strong> Assistência<br />

Farmacêutica. A Farmácia Escola UFSC /PMF, encontra-se localiza<strong>da</strong> Campus<br />

Universitário, tem uma área construí<strong>da</strong> <strong>de</strong> 339, 36 m2, conta com área <strong>de</strong><br />

acolhimento do usuário; área <strong>de</strong> atendimento com guichês individuais, on<strong>de</strong> é<br />

possível manter um vinculo com o usuário/ cui<strong>da</strong>dor; apresenta sistemas<br />

informatizados (SISMEDEX e INFOSAÚDE); e conta com salas on<strong>de</strong> são<br />

realizados procedimentos administrativos. Os recursos humanos disponíveis<br />

compreen<strong>de</strong>m 3 docentes do Centro <strong>de</strong> ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> - UFSC, 3<br />

farmacêuticos <strong>da</strong> Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Florianópolis; 4 farmacêuticos <strong>da</strong><br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina; 3 técnicos administrativos e 1 técnico <strong>de</strong><br />

enfermagem, além <strong>de</strong> 17 bolsistas, estu<strong>da</strong>ntes do curso <strong>de</strong> graduação em farmácia<br />

<strong>da</strong> UFSC. A Farmácia Escola realiza cerca <strong>de</strong> 300 atendimentos por dia com<br />

horário agen<strong>da</strong>do com antecedência ou através <strong>de</strong> senha, sendo que gran<strong>de</strong> parte<br />

<strong>de</strong>ste total correspon<strong>de</strong> a usuários do CEAF, porém também dispensa<br />

mendicamentos do Componente Básico (133) e alguns do Componente<br />

Estratégico (5), mais especificamente do Programa Tabagismo. Dados <strong>de</strong> abril <strong>de</strong><br />

2011 mostram que a Farmácia Escola UFSC/ PMF aten<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 4.329 usuários<br />

no CEAF, consi<strong>de</strong>rando que gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>stes retira o medicamento mensalmente.<br />

Já a Farmácia Básica, aten<strong>de</strong> em média 3.000 usuários por mês. Estes <strong>da</strong>dos<br />

levam a um número <strong>de</strong> 7.538 atendimentos por mês. A Farmácia Escola UFSC/<br />

PMF tem se mostrado um espaço fértil para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

ensino-aprendizagem, pesquisa, assistência, facilitando a aproximação <strong>da</strong>s mesmas<br />

em torno <strong>de</strong> eixos comuns <strong>de</strong> discussão: assistência farmacêutica e o uso<br />

racional <strong>de</strong> medicamentos no contexto do SUS. As ações têm promovido uma<br />

melhora notável na qualificação dos estu<strong>da</strong>ntes na lógica do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

ISSN Nº 1984-3828 112


(SUS) e do Uso Racional <strong>de</strong> Medicamentos (URM) e isso tem refletido na<br />

satisfação dos usuários em relação ao atendimento, visto que busca-se<br />

implementar conceitos como humanização, com a prática do acolhimento,<br />

assistência farmacêutica e promoção do acesso a medicamentos através do<br />

agen<strong>da</strong>mentos <strong>de</strong> horários para organizar a <strong>de</strong>man<strong>da</strong>, e com isto melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do serviço.<br />

ISSN Nº 1984-3828 113


QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM DOENÇA DE CHAGAS<br />

ATENDIDOS NO SERVIÇO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA EM<br />

FORTALEZA–CE<br />

Doença <strong>de</strong> Chagas; Atenção Farmacêutica, Benzoni<strong>da</strong>zol; Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.<br />

SOUZA-JÚNIOR, ALCIDÉSIO SALES, THÉ, PATRÍCIA MARIA PONTES, FONTELES,<br />

MARTA MARIA DE FRANÇA, ARRAIS, PAULO SÉRGIO DOURADO, OLIVEIRA,<br />

MARIA DE FÁTIMA<br />

O tratamento etiológico <strong>da</strong> Doença <strong>de</strong> Chagas (causa<strong>da</strong> pelo Trypanosoma cruzi)<br />

conta apenas com o benzoni<strong>da</strong>zol (BZ), que po<strong>de</strong> produzir toxici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

(hipersensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, aplasia medular, etc.) e tem eficácia parcial. Há poucos estudos<br />

que analisam quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> relaciona<strong>da</strong> à saú<strong>de</strong> em pacientes com doença <strong>de</strong><br />

Chagas e o tratamento com BZ. O objetivo do presente estudo é mensurar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vi<strong>da</strong> relaciona<strong>da</strong> à saú<strong>de</strong> (QVRS) dos pacientes chagásicos tratados com BZ em<br />

Fortaleza – CE. Estudo observacional <strong>de</strong> seguimento, 19 pacientes com doença <strong>de</strong><br />

Chagas com prescrição <strong>de</strong> BZ foram acompanhados no período <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2006<br />

a outubro <strong>de</strong> 2007. Os PRM foram classificados por juízes utilizando-se o Segundo<br />

Consenso <strong>de</strong> Grana<strong>da</strong> (2002). As reações adversas foram classifica<strong>da</strong>s pelo Centro <strong>de</strong><br />

Farmacovigilância do Ceará (CEFACE), utilizando o questionário proposto por Ciconelli<br />

et al (1997) para avaliar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> QV dos pacientes antes e após<br />

seguimento. Além disso, os testes <strong>de</strong> Mcnemar e Wilcoxon foram feitas para análise<br />

inerencial, consi<strong>de</strong>rando o nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> p


PASCHOAL, S. M. P. Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do idoso: elaboração <strong>de</strong> um instrumento que<br />

valoriza sua opinião. Dissertação (Mestrado) - Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

São Paulo, São Paulo, 2000.<br />

ISSN Nº 1984-3828 115


O PLANO OPERATIVO COMO INSTRUMENTO DO PLANEJAMENTO<br />

ESTRATÉGICO SITUACIONAL NO CURSO DE GESTÃO DA ASSISTÊNCIA<br />

FARMACÊUTICA-ESPECIALIZAÇÃO A DISTÂNCIA: A EXPERIÊNCIA<br />

DIDÁTICO-PEDAGÓGICA<br />

Planejamento, educação a distância, assistência farmacêutica<br />

SOARES, LUCIANO; DIELH, ELIANA; FARIAS, MARENI; LEITE, SILVANA N.;<br />

CAMPESE, MARCELO; MANZINI, FERNANDA; BORBA JR., GELSO; PUPO,<br />

GUILHERME; BAGATINI; FABIOLA.<br />

A Re<strong>de</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Aberta do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>/UNA-SUS, uma iniciativa do<br />

Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, constitui uma estratégia para viabilizar a formação e capacitação<br />

dos trabalhadores <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. O Curso <strong>de</strong> Gestão <strong>da</strong> Assistência Farmacêutica –<br />

Especialização a distância <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina tem como meta<br />

a formação <strong>de</strong> dois mil farmacêuticos atuantes na gestão pública <strong>da</strong> assistência<br />

farmacêutica em todo o Brasil. A gestão é um processo técnico que <strong>de</strong>man<strong>da</strong><br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> analítica na toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. No planejamento <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>-se com<br />

antecedência o que fazer para alterar condições insatisfatórias no presente. O objetivo<br />

<strong>de</strong>sse trabalho foi relatar o exercício e expressão do conteúdo <strong>de</strong> gestão por meio do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do Plano Operativo/PO como instrumento do Planejamento<br />

Estratégico Situacional (PES). O exercício sistemático do planejamento potencializa o<br />

alcance dos objetivos por reduzir as incertezas envolvi<strong>da</strong>s no processo <strong>de</strong>cisório. A<br />

partir <strong>da</strong> reflexão sobre a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aumentar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> governar, os<br />

estu<strong>da</strong>ntes agem sobre o seu local <strong>de</strong> atuação, levando em conta o território no qual se<br />

localizam, com vistas a consi<strong>de</strong>rar o contexto político, institucional e <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> local<br />

como um todo. Os momentos do PES (explicativo, normativo, estratégico e táticooperacional)<br />

foram a<strong>da</strong>ptados como etapas didáticas no processo <strong>de</strong> construção do<br />

PO por ca<strong>da</strong> estu<strong>da</strong>nte. Nesse exercício, preten<strong>de</strong>-se que o estu<strong>da</strong>nte <strong>de</strong>senvolva<br />

autonomia e habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança, articulação política, comunicação e<br />

planejamento participativo, no sentido <strong>de</strong> uma gestão mais <strong>de</strong>mocrática e inclusiva. Ao<br />

interagir com atores relevantes no sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu território para a construção<br />

coletiva do PO, o farmacêutico fortalece alianças para consecução <strong>da</strong>s ações<br />

planeja<strong>da</strong>s e para uma atuação mais significativa na gestão <strong>da</strong> assistência<br />

farmacêutica. No momento explicativo empregou-se o diagrama <strong>de</strong> causas e efeitos <strong>de</strong><br />

Ishikawa para consoli<strong>da</strong>r a explicação do problema, que foi priorizado em uma oficina<br />

organiza<strong>da</strong> e conduzi<strong>da</strong> pelo estu<strong>da</strong>nte. Um instrumento didático foi exclusivamente<br />

criado no ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem para apoiar essa construção durante o<br />

Curso. A avaliação do PO enfoca o processo e o movimento realizado pelo estu<strong>da</strong>nte<br />

no sentido <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar, convocar e conduzir os atores relevantes em seu contexto na<br />

construção coletiva do planejamento para a gestão <strong>da</strong> assistência farmacêutica.<br />

ISSN Nº 1984-3828 116


CAPACITAÇÃO DE FARMACÊUTICOS QUE ATUAM NA ASSISTÊNCIA<br />

FARMACÊUTICA NO ESTADO DO PARANÁ<br />

Integração ensino-serviço, assistência farmacêutica, pós-graduação.<br />

GROCHOCKI, MÔNICA CAVICHIOLO; NETO, JOSÉ DOS PASSOS.<br />

O crescimento do volume <strong>de</strong> recursos aplicados na área <strong>da</strong> assistência farmacêutica<br />

implica na necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> qualificação dos serviços ofertados. Como estratégia para a<br />

capacitação dos profissionais envolvidos, em abril <strong>de</strong> 2008 o Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong><br />

convidou Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior e Escolas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública a ofertar cursos<br />

<strong>de</strong> pós-graduação latu senso em Gestão <strong>da</strong> Assistência Farmacêutica. O objetivo era<br />

fomentar a qualificação <strong>da</strong> gestão e <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> assistência farmacêutica no setor<br />

público, nos estados e municípios brasileiros, com vagas <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a profissionais<br />

concursados e contratados do quadro efetivo dos níveis estadual e municipal. A Escola<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública <strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Estado <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> do Paraná foi contempla<strong>da</strong> pelo<br />

edital, e o curso iniciado em março <strong>de</strong> 2009. O processo <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> alunos foi<br />

realizado em duas etapas, sendo a primeira <strong>de</strong> caráter eliminatório, composta <strong>de</strong><br />

análise curricular, com observância <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong> formação acadêmica, inserção no<br />

Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e experiência profissional; uma segun<strong>da</strong> etapa, <strong>de</strong> caráter<br />

classificatório, composta <strong>de</strong> re<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> memorial com <strong>de</strong>scrição <strong>da</strong> trajetória<br />

acadêmica e profissional, justificativa para fazer o curso e expectativa <strong>de</strong> como o curso<br />

po<strong>de</strong> contribuir para a melhora <strong>da</strong> gestão <strong>da</strong> assistência farmacêutica e entrevista com<br />

ênfase no comprometimento profissional com o setor público, com a conclusão do<br />

curso e a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> implementar i<strong>de</strong>ias e conhecimento sobre a temática <strong>da</strong><br />

assistência farmacêutica. Os trinta e nove alunos selecionados <strong>de</strong>senvolvem ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

na gestão <strong>da</strong> assistência farmacêutica no âmbito estadual e municipal, em Centrais <strong>de</strong><br />

Abastecimento Farmacêutico, em farmácias <strong>de</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, centro <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, serviço <strong>de</strong> urgência e emergência, hospitais estadual e municipal. A seleção<br />

dos professores foi pauta<strong>da</strong> em critérios que incluíam, além do domínio do tema sob<br />

sua responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, a disposição <strong>de</strong> empregar metodologias <strong>de</strong> ensino que gerem<br />

um ambiente <strong>de</strong> reflexão, discussão e compartilhamento <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e experiências entre<br />

alunos e professores. Compõem a equipe docente professores <strong>de</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

fe<strong>de</strong>rais e estaduais, particulares e ain<strong>da</strong> profissionais do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. A<br />

<strong>de</strong>finição dos temas <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso solicita que o especializando<br />

reflita sobre sua prática profissional e tome uma <strong>de</strong>cisão sobre que tema preten<strong>de</strong><br />

interferir, contribuindo na mu<strong>da</strong>nça <strong>da</strong> sua reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho, tornando mais atrativo<br />

o tema a ser <strong>de</strong>senvolvido. A oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> encontros regulares em sala <strong>de</strong> aula, em<br />

ambiente que propicia a discussão e compartilhamento <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias entre alunos e<br />

professores, contribui para a formação que se preten<strong>de</strong>: crítico-reflexiva, com indivíduo<br />

capaz <strong>de</strong> trabalhar em equipe, <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e competências <strong>de</strong> forma a<br />

melhorar sua prática profissional. A formação <strong>de</strong> um ambiente propício à aproximação<br />

<strong>da</strong> aca<strong>de</strong>mia e do serviço é uma forma <strong>de</strong> qualificar os profissionais que atuam no<br />

ISSN Nº 1984-3828 117


Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, promovendo alterações no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

dos profissionais e um enriquecimento dos acadêmicos, que passam a conhecer a<br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho, po<strong>de</strong>ndo contribuir também na formação dos alunos <strong>de</strong><br />

graduação.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

DELORS, J. Educação: um tesouro a <strong>de</strong>scobrir. São Paulo: Cortez, 1998.<br />

BRASIL. Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Resolução n.° 338 <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2004.<br />

Aprova a Política Nacional <strong>de</strong> Assistência Farmacêutica. Diário Oficial <strong>da</strong> União, seção<br />

1, no, 96, quinta-feira, 20 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2004.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Ofício Circular nº 11/2008/Departamento <strong>de</strong> Assistência<br />

Farmacêutica/Secretaria <strong>de</strong> Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos/Ministério <strong>da</strong><br />

Saú<strong>de</strong>. Convi<strong>da</strong> Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior/Escolas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública a<br />

apresentar propostas <strong>de</strong> Curso <strong>de</strong> Pós-graduação (Latu senso) em Gestão <strong>da</strong><br />

Assistência Farmacêutica.<br />

ISSN Nº 1984-3828 118


INSERÇÃO DE ALUNO DE FARMÁCIA EM EQUIPE DE ESTRATÉGIA DE<br />

SAÚDE DA FAMÍLIA, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL<br />

Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família; Ensino, Assistência Farmacêutica<br />

CESILA, CIBELE APARECIDA; BALDONI, ANDRÉ; SANTOS, VÂNIA dos<br />

O farmacêutico não compõe a equipe obrigatória <strong>da</strong> Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família<br />

(ESF) mas po<strong>de</strong> atuar junto ao Núcleo <strong>de</strong> Apoio a Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Familia (NASF). Ribeirão<br />

Preto, consi<strong>de</strong>rado um polo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> regional <strong>da</strong> região Nor<strong>de</strong>ste, do Estado <strong>de</strong> São<br />

Paulo é dividido em 5 regiões distritais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, sendo a Distrital Oeste o local <strong>de</strong><br />

atuação <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (USP) por meio meio <strong>de</strong> convênio com a<br />

Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Apesar <strong>da</strong> sua importância econômica e no contexto <strong>da</strong><br />

saú<strong>de</strong> do Estado, não houve ain<strong>da</strong>, no municipio, a criação do NASF. Dessa forma<br />

para as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> graduação, pesquisa e extensão, junto a Atenção Básica a<br />

Saú<strong>de</strong> (ABS), os docentes <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Farmacêuticas <strong>de</strong> Ribeirão Preto<br />

(FCFRP/USP), que trabalham com as áreas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública e/ou Assistência<br />

Farmacêutica, tem <strong>de</strong>senvolvido suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s junto as ESFs já constitui<strong>da</strong>s. Permitir<br />

aos alunos <strong>de</strong> Farmácia um contato mais próximo com a ABS e ao mesmo tempo<br />

incorporar na equipe <strong>da</strong> ESF o conceito <strong>da</strong> importância do profissional farmacêutico. O<br />

trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido junto a um núcleo <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família do Distrito Oeste, que<br />

também é componente do PET-Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família. As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s se iniciaram com o<br />

ingresso na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um farmacêutico, pós-graduando, vinculado a FCFRP por<br />

meio do programa Educador em Saú<strong>de</strong>, <strong>da</strong> Pró-Reitoria <strong>de</strong> Graduação <strong>da</strong> USP. Após 8<br />

meses <strong>da</strong> presença <strong>de</strong>ste profissional foi incorpora<strong>da</strong> ao processo uma aluna bolsista<br />

do programa Apren<strong>de</strong>r com Cultura e Extensão <strong>da</strong> Pró-Reitoria <strong>de</strong> Extensão e Cultura<br />

<strong>da</strong> USP. A principal ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> realiza<strong>da</strong> foi o acompanhamento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos<br />

Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>s (ACS) e as consequentes ações <strong>da</strong> equipe do<br />

núcleo. No início procurou-se compreen<strong>de</strong>r a dinâmica <strong>de</strong> trabalho <strong>da</strong> equipe,<br />

permitindo <strong>de</strong>sta forma que a inserção tanto do farmacêutico, quanto <strong>da</strong> aluna se<br />

<strong>de</strong>sse <strong>de</strong> forma natural nas ações diárias <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, não estando, portanto, somente,<br />

vincula<strong>da</strong>s as ações volta<strong>da</strong>s ao medicamento. Priorizou-se o acompanhamento <strong>da</strong>s<br />

visitas domiciliares, a participação nas reuniões <strong>de</strong> equipe e a educação continua<strong>da</strong><br />

dos ACS. Posteriormente, as ações passaram a ser mais <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s ao uso correto do<br />

medicamento, estando atualmente em an<strong>da</strong>mento as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s vincula<strong>da</strong>s a este<br />

propósito. Foi perceptível a importância <strong>da</strong> inclusão do farmacêutico nas discussões<br />

dos casos clínicos com consequente inserção <strong>de</strong>finitiva <strong>da</strong> área <strong>de</strong> farmácia junto ao<br />

trabalho <strong>da</strong> equipe do núcleo. Há recorrentes solicitações <strong>da</strong> equipe para a fixação, na<br />

Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> um farmacêutico e a introdução <strong>de</strong> novos alunos. Esta inserção permitiu<br />

um maior acesso <strong>da</strong> FCFRP na ABS, com a incorporação <strong>de</strong>ste cenário <strong>de</strong> prática no<br />

conteúdo <strong>de</strong> duas disciplinas <strong>da</strong> graduação. A ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> foi positiva para<br />

o tratamento terapêutico dos pacientes, ressaltando a importância <strong>da</strong> inserção do<br />

farmacêutico na ESF, com reflexos positivos na gra<strong>de</strong> curricular do Curso e na<br />

formação dos alunos.<br />

ISSN Nº 1984-3828 119


BIBLIOGRAFIA<br />

ARAÚJO, A.L.A, FREITAS, O. Concepções do profissional farmacêutico sobre a<br />

assistência farmacêutica na uni<strong>da</strong><strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>: dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s e elementos para a<br />

mu<strong>da</strong>nça. Rev Bras Cienc Farm (São Paulo), v. 42, n.1, p.137-46, 2006.<br />

BRASIL. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Portaria nº 648/GM <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2006. Aprova a<br />

Política Nacional <strong>de</strong> Atenção Básica, estabelecendo a revisão <strong>de</strong> diretrizes e normas<br />

para a organização <strong>da</strong> Atenção Básica para o Programa Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família (PSF) e o<br />

Programa Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (PACS), 2006.<br />

PEPE, V.L.E.; OSÓRIO-DE-CASTRO, C.G.S. A interação entre prescritores,<br />

dispensadores e pacientes: informação compartilha<strong>da</strong> como possível beneficio<br />

terapêutico. Cad Saú<strong>de</strong> Públ, v.16, n.3, p.815-822, 2000.<br />

Financiamento: Bolsa do Programa Educador em Saú<strong>de</strong>/USP e Apren<strong>de</strong>r com Cultura<br />

e Extensão/USP<br />

ISSN Nº 1984-3828 120


PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DA DISCIPLINA DE ESTÁGIO EM FARMÁCIA I<br />

SOBRE O CURSO DE INTRODUÇÃO À PRÁTICA FARMACÊUTICA CLÍNICA<br />

Atenção Farmacêutica, Educação em Saú<strong>de</strong>, Farmácia Clínica<br />

RODRIGUES NETO, EDILSON MARTINS; FIRMINO, PAULO YURI MILEN;<br />

OLIVEIRA, BRUNA ESMERALDO; FIRMINO, PAULO ANDREY MILEN; REIS, HENRY<br />

PABLO LOPES CAMPOS; SILVA, LUZIA IZABEL MESQUITA MOREIRA DA;<br />

FONTELES, MARTA MARIA DE FRANÇA; PONCIANO, ÂNGELA MARIA DE SOUSA;<br />

ROMERO, NIRLA RODRIGUES<br />

GRUPO: CENTRO DE ESTUDOS EM ATENÇÃO FARMACÊUTICA (CEATENF/<br />

UFC)<br />

A Atenção Farmacêutica é uma prática centra<strong>da</strong> no paciente que tem como objetivo<br />

primário prevenir e resolver problemas relacionados ao uso <strong>de</strong> medicamentos,<br />

maximizando a farmacoterapêutica e reduzindo, aos menores níveis possíveis, os<br />

riscos, por meio <strong>de</strong> educação e intervenções farmacêuticas. O curso <strong>de</strong> Introdução à<br />

Prática Farmacêutica Clínica po<strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar nos acadêmicos o interesse por essas<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s clínicas e assistenciais. Objetivos: Avaliar a percepção dos alunos<br />

matriculados na disciplina <strong>de</strong> Estágio em Farmácia I (Drogaria, Farmácia Pública e<br />

Magistral), na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, sobre o curso acima citado. Métodos:<br />

Para tanto, foi aplicado um questionário aos 22 alunos matriculados na disciplina, no<br />

semestre 2011.2 O inquérito era composto por 05 blocos <strong>de</strong> perguntas (avaliação dos<br />

facilitadores, conteúdo e métodos, ambiente e organização, auto-avaliação do<br />

participante e, atendimento <strong>da</strong>s expectativas), totalizando 17 questões. Foram<br />

atribuídos escores, variando <strong>de</strong> 1 a 4, referindo-se à classificação insuficiente, regular,<br />

bom e excelente. Resultados: As médias encontra<strong>da</strong>s para ca<strong>da</strong> bloco <strong>de</strong> perguntas<br />

foram: análise dos facilitadores (3,70), conteúdo e métodos (3,57), ambiente e<br />

organização (3,57), auto-avaliação do participante (3,68) e atendimento <strong>da</strong>s<br />

expectativas (3,66). Conclusão: O curso foi avaliado positivamente pelos acadêmicos,<br />

o que revela uma boa estruturação e aceitação por parte dos participantes, além <strong>de</strong> ser<br />

verifica<strong>da</strong> a importância do tema na vivência profissional dos futuros farmacêuticos<br />

com relação à execução <strong>de</strong> funções assistenciais e clínicas ao paciente/usuário em<br />

diferentes locais <strong>de</strong> atenção á saú<strong>de</strong>.<br />

ISSN Nº 1984-3828 121


ASSITÊNCIA FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO BÁSICA: EXPERIÊNCIA NA<br />

INSERÇÃO DO ACADÊMICO DE FARMÁCIA<br />

Assistência Farmacêutica, Atenção Básica e Educação em Saú<strong>de</strong><br />

RODRIGUES NETO, EDILSON MARTINS; NOCRATO, MIRIAM NUNES; SOARES,<br />

MILENA MARQUES; FONTELES, MARTA MARIA DE FRANÇA; ROMERO, NIRLA<br />

RODRIGUES; ARRAIS, PAULO SERGIO DOURADO<br />

A atenção básica é caracteriza<strong>da</strong> por ações que englobam a promoção e proteção <strong>da</strong><br />

saú<strong>de</strong>, prevenção <strong>de</strong> agravos, tratamento e manutenção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. Fortaleza está<br />

dividi<strong>da</strong> em sete Secretárias Executivas Regionais (SER), com uma Farmácia Pólo em<br />

ca<strong>da</strong>, que conta com Assistência Farmacêutica (AF) integral e estrutura física<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para dispor <strong>de</strong> medicamentos padronizados. No Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família<br />

Roberto <strong>da</strong> Silva Bruno (CSF-RBS), existe farmácia pólo <strong>da</strong> SER IV on<strong>de</strong> estão<br />

alocados dois farmacêuticos (um responsável pela logística <strong>da</strong> AF e, outro, inserido no<br />

programa Núcleo <strong>de</strong> Apoio à Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família) e um acadêmico <strong>de</strong> Farmácia.<br />

Descrever as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s realiza<strong>da</strong>s pelo acadêmico <strong>de</strong> farmácia juntamente com os<br />

farmacêuticos no CSF-RBS. O estudo observacional e <strong>de</strong>scritivo foi realizado no ano<br />

<strong>de</strong> 2010 e até o mês <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011 e envolveu to<strong>da</strong> a equipe multiprofissional <strong>da</strong><br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Foram ministra<strong>da</strong>s aulas <strong>de</strong> atualização terapêutica para os<br />

profissionais prescritores e transcritores, focando a farmacologia clínica, visando<br />

maximizar a farmacoterapêutica e divulgar as inovações medicamentosas pactua<strong>da</strong>s,<br />

que muitas vezes não eram prescritas por <strong>de</strong>sconhecimento. Nesse contexto, foram<br />

realiza<strong>da</strong>s, também, diversas intervenções farmacêuticas junto aos profissionais<br />

competentes, oferecendo alternativas, sugestões terapêuticas e posológicas. Houve<br />

uma <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por parte dos Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> que levou a um curso<br />

sobre medicamentos dos programas <strong>de</strong> hipertensão e diabetes, com ênfase na<br />

utilização, armazenamento e informações básicas gerais para serem repassa<strong>da</strong>s a<br />

população. Soma<strong>da</strong>s a essas realizações também foram escritos trabalhos<br />

acadêmicos que tinham por objetivo avaliar o consumo <strong>de</strong> medicamentos, o que<br />

auxiliou nas ações <strong>de</strong> AF. Diante do exposto, percebeu-se que atuação do<br />

farmacêutico na atenção básica, tendo o auxilio <strong>de</strong> um acadêmico que ten<strong>de</strong> a inserir<br />

novas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ao serviço por meio do vínculo com a massa crítica <strong>da</strong> aca<strong>de</strong>mia,<br />

parece ser benéfica e <strong>de</strong>ve ser estimula<strong>da</strong> como forma <strong>de</strong> dinamizar e atualizar os<br />

profissionais <strong>da</strong> instituição. Preten<strong>de</strong>-se <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong><strong>de</strong> a essas ações só que com<br />

melhor documentação e registro para facilitar o processo <strong>de</strong> avaliação <strong>da</strong>s ações e<br />

feedback.<br />

ISSN Nº 1984-3828 122


MARKETING PROFISSIONAL E PROMOÇÃO DA SAÚDE: RESULTADOS<br />

DE UM PROJETO FARMACÊUTICO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL<br />

Projeto Farmacêutico, Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Social, Marketing Profissional<br />

RODRIGUES NETO, EDILSON MARTINS; MAGALHÃES, THIAGO CESAR PINTO;<br />

OLIVEIRA, YARA SANTIAGO; NOBRE, NAYARA JANY CAVALCANTE;<br />

MAGALHÃES, LAVINIA SALETE DE MELO MAIA; FERREIRA, MARIA AUGUSTA<br />

DRAGO.<br />

O Projeto Farmacêutico Gestor Social (PFGS) é formado por acadêmicos dos cursos<br />

<strong>de</strong> Farmácia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza e por<br />

profissionais farmacêuticos, tendo como objetivos Gerar no acadêmico habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

gestão e responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> social, as quais são pouco <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s durante a<br />

graduação e necessárias para ser um profissional atuante em qualquer âmbito, tendo<br />

ain<strong>da</strong> como foco a divulgação <strong>da</strong> profissão farmacêutica. O PFGS realiza ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

educativas, <strong>de</strong> prevenção e promoção à saú<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> bem-estar. Para tanto conta<br />

com o auxilio <strong>de</strong> outros profissionais e parcerias com enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, públicas e priva<strong>da</strong>s.<br />

Entre elas o Conselho Regional <strong>de</strong> Farmácia (CRF), Sindicato dos Farmacêuticos,<br />

Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e farmácias priva<strong>da</strong>s.<br />

Seus principais focos são a Semana <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Farmácia Vai à Praça e Farmacêutico<br />

sem Fronteiras. Este último acontece em outros municípios e consiste em prestação <strong>de</strong><br />

serviços farmacêuticos à população <strong>da</strong>s zonas urbana e rural, que geralmente não tem<br />

acesso. São realizados treinamentos periódicos, por profissionais <strong>da</strong> área ou afins,<br />

visando <strong>de</strong>senvolver habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s profissionais que serão fun<strong>da</strong>mentais na sua vi<strong>da</strong><br />

profissional. Os membros do PFGS são responsáveis pelo planejamento e execução<br />

dos eventos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a prospecção <strong>de</strong> parcerias, execução e análise. Descrever as<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e eventos realizados por esse projeto. Trata-se <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong>scritivoobservacional<br />

e <strong>de</strong> base documental. Em 06 anos <strong>de</strong> existência <strong>de</strong> projeto foram<br />

realiza<strong>da</strong>s cinco edições <strong>da</strong> Semana <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2 Farmácia vai a praça, 5<br />

Farmacêuticos sem fronteiras, participação na organização <strong>de</strong> 2 Corri<strong>da</strong>s do<br />

Farmacêutico, 1 Curso <strong>de</strong> Atualização em Farmacologia juntamente com o CRF-CE e<br />

eventos em outros municípios como Sobral, Camocim, Crateús e Cascavel, além <strong>da</strong><br />

participação na organização <strong>de</strong> movimentos <strong>de</strong> classe como a greve dos farmacêuticos<br />

ocorri<strong>da</strong> em agosto <strong>de</strong> 2011 em Fortaleza, que além <strong>de</strong> reivindicar direitos laborais<br />

divulgava a importância do profissional farmacêutico para a população. Durante a<br />

existência do PFGS muitas pessoas foram assisti<strong>da</strong>s por serviços ligados à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

farmacêutica, o que levou ao conhecimento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>sse profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

imprescindível para funcionamento do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e <strong>de</strong> outras áreas, além <strong>de</strong><br />

terem educação em saú<strong>de</strong>, prevenção e profilaxia, o que confirma a carência <strong>de</strong><br />

informação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> no acesso aos serviços por parte <strong>da</strong> população.<br />

Farmacêuticos, ex-participantes levaram adiante em sua vi<strong>da</strong> profissional as<br />

habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s quanto à solução <strong>de</strong> problemas e o constante envolvimento<br />

na responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> social e divulgação <strong>da</strong> profissão.<br />

ISSN Nº 1984-3828 123


IV FÓRUM DE EDUCAÇÃO FARMACÊUTICA<br />

<strong>III</strong> MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS DE INTEGRAÇÃO ENSINO E SERVIÇO<br />

BELO HORIZONTE – MG, 8 DE OUTUBRO DE 2011<br />

COMISSÃO ORGANIZADORA DO CD:<br />

Cristiane Barelli<br />

Ester Massae Okamoto Dalla Costa<br />

Maria Helena Seabra Soares <strong>de</strong> Britto<br />

ISSN Nº 1984-3828 124

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