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Boletim Informativo da Sociedade Paraibana de Arqueologia - Uepb

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<strong>Boletim</strong> <strong>Informativo</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Paraibana</strong> <strong>de</strong> <strong>Arqueologia</strong> - Nº 44<br />

sítio arqueológico não é bastante para um levantamento completo e nem tampouco é capaz<br />

<strong>de</strong> assegurar sua salvaguar<strong>da</strong>. Mesmo os órgãos encarregados <strong>de</strong> proteger estes locais<br />

não dispõem <strong>de</strong> pessoal ou verba para uma vigilância eficiente. Principalmente em se<br />

tratando <strong>de</strong> um território tão vasto e rico em ocorrências arqueológicas como é a Paraíba.<br />

Tendo em vista os fatos acima<br />

referenciados, os sócios e o <strong>Boletim</strong> <strong>Informativo</strong><br />

<strong>da</strong> SPA são <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia. Uma vez que<br />

muitas expedições são empreendi<strong>da</strong>s<br />

individualmente às diversas regiões do Estado<br />

pelos sócios <strong>da</strong> SPA para i<strong>de</strong>ntificar ou revisitar<br />

sítios arqueológicos e, <strong>de</strong>ssa forma, aumentar o<br />

número <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos sobre tais ocorrências e<br />

também atualizar o estado <strong>de</strong> conservação em<br />

que estes sítios se encontram.<br />

Geralmente, a SPA não promove estas<br />

expedições, pois as mesmas ocorrem <strong>de</strong>libera<strong>da</strong>mente e são custea<strong>da</strong>s pelos próprios<br />

expedicionários ou pelas instituições <strong>de</strong> interesse que por ventura estejam envolvi<strong>da</strong>s, mas<br />

a SPA sugere que ca<strong>da</strong> expedição envolvendo membros, coletiva ou individual, em especial<br />

aquelas que ocorram <strong>de</strong> maneira informal, seja registra<strong>da</strong> em relatório <strong>de</strong> campo e que<br />

estes <strong>da</strong>dos, escritos e ilustrativos, nos sejam enviados para que possamos notificar os<br />

objetivos e os resultados <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Mesmo que a expedição ocorra <strong>de</strong> maneira<br />

fortuita, se trate <strong>de</strong> uma simples visita a parentes no interior e que venha a possibilitar a<br />

<strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> sítio arqueológico, esta será <strong>de</strong> relevância para a história <strong>da</strong> arqueologia,<br />

pois o <strong>Boletim</strong> <strong>da</strong> SPA tem por objetivo historiar e reportar o an<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> arqueologia<br />

paraibana para que instituições <strong>de</strong> pesquisas, interessados no tema e órgãos fiscalizatórios<br />

possam acompanhar a marcha contemporânea <strong>de</strong> nossa arqueologia.<br />

A Paraíba é um dos estados brasileiros que mais assinala pesquisas amadoras e<br />

profissionais ao longo <strong>da</strong> História. Des<strong>de</strong> fins do século XVI que jesuítas, cronistas,<br />

viajantes, naturalistas, pesquisadores ou apenas curiosos nos trazem <strong>da</strong>dos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scobertas e estudos em sítios arqueológicos. To<strong>da</strong>via, muitas informações que <strong>de</strong>certo<br />

foram coleta<strong>da</strong>s em campo sobre indícios <strong>de</strong> nosso passado não foram lega<strong>da</strong>s à<br />

posteri<strong>da</strong><strong>de</strong> por falta <strong>de</strong> um simples relatório. As pesquisas <strong>de</strong> José <strong>de</strong> Azevedo Dantas na<br />

déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 20, por exemplo, que ocorreram <strong>de</strong> maneira amadora, foram ricamente<br />

registra<strong>da</strong>s, caso não fosse e não houvesse o envio do material a um arquivo público,<br />

jamais teria chegado aos nossos dias. Isso sem falar nas muitas outras que se configuram<br />

hoje em notas vagas esqueci<strong>da</strong>s nas páginas carcomi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> jornais ou folhetins raros e<br />

que po<strong>de</strong>m nos trazer informações valiosas <strong>de</strong> sítios arqueológicos que talvez nem mais<br />

existam. Portanto, é preciso que as pesquisas e visitas aos sítios arqueológicos, por mais<br />

simples que possa parecer, sejam registra<strong>da</strong>s e envia<strong>da</strong>s para publicação.<br />

A SPA foi cria<strong>da</strong> exatamente para <strong>de</strong>tectar, valorizar e reunir os agentes <strong>da</strong><br />

arqueologia paraibana, amadores e profissionais, e o <strong>Boletim</strong> <strong>da</strong> SPA veio com o objetivo<br />

<strong>de</strong> reportar esses estudos que venham a ocorrer: para que o futuro não acuse nossa<br />

geração <strong>de</strong> produtora <strong>de</strong> estudos estéreis. Pois a história <strong>da</strong> humani<strong>da</strong><strong>de</strong> está em marcha,<br />

amanhã já será futuro e, por isso, o que acontece hoje, se <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente registrado, será<br />

apontamento para nossa História.<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 2010<br />

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