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o papel dos edulcorantes na indústria de laticínios - Revista Laticínios

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46<br />

Matéria <strong>de</strong> capa<br />

A AplIcAção do AspArtAme em <strong>de</strong>rIvA<strong>dos</strong> do<br />

leIte<br />

Quando o açúcar é retirado <strong>de</strong> um alimento, aditivos <strong>de</strong>vem<br />

ser utiliza<strong>dos</strong> para preservar as proprieda<strong>de</strong>s que<br />

ele confere. Não só os <strong>edulcorantes</strong>, para proporcio<strong>na</strong>r<br />

o sabor doce, mas também agentes <strong>de</strong> corpo, para compensar<br />

a perda <strong>de</strong> volume e <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong> - dado que<br />

os <strong>edulcorantes</strong> em geral têm dulçor mais intenso que o<br />

açúcar e, portanto são utiliza<strong>dos</strong> em menor quantida<strong>de</strong>.<br />

Como agentes <strong>de</strong> corpo, em geral são utiliza<strong>dos</strong> os polióis<br />

e, para ajuste <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong>, as gomas. No caso das aplicações<br />

clássicas entre <strong>de</strong>riva<strong>dos</strong> <strong>de</strong> leite adoça<strong>dos</strong>, como<br />

iogurtes e leites fermenta<strong>dos</strong>, os aditivos usa<strong>dos</strong> <strong>na</strong> substituição<br />

do açúcar, além <strong>dos</strong> <strong>edulcorantes</strong>, têm como propósito<br />

ajustar a viscosida<strong>de</strong>, mais do que compensar volume,<br />

já que a parte uma vez ocupada pelo açúcar acaba<br />

sendo preenchida pelo próprio leite, aumentando o valor<br />

nutricio<strong>na</strong>l do produto, quando consi<strong>de</strong>rado como fonte<br />

<strong>de</strong> proteí<strong>na</strong>.<br />

A principal fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> da adição <strong>dos</strong> agentes <strong>edulcorantes</strong><br />

é, além <strong>de</strong> proporcio<strong>na</strong>r o sabor doce, atenuar a aci<strong>de</strong>z do<br />

produto, promovendo a melhoria do sabor e diminuição<br />

das calorias.<br />

O sabor e aroma fi<strong>na</strong>l das bebidas lácteas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m muito<br />

do tipo e da qualida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> ingredientes utiliza<strong>dos</strong> <strong>na</strong><br />

formulação do produto. Pesquisas recentes mostram que<br />

os fatores <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ntes para a aceitação e para a escolha<br />

<strong>de</strong>stes produtos estão no sabor e no seu aspecto nutritivo.<br />

O aspartame é obtido por síntese química a partir <strong>dos</strong><br />

aminoáci<strong>dos</strong> L-ácido aspártico e L-fenilalani<strong>na</strong>, sendo<br />

consi<strong>de</strong>rado um edulcorante artificial pelo processo <strong>de</strong> fabricação.<br />

Porém, sob a ótica nutricio<strong>na</strong>l, é um edulcorante<br />

metabolizável e , resulta da digestão <strong>de</strong>stes dois aminoáci<strong>dos</strong>,<br />

já conti<strong>dos</strong> em abundância no próprio leite. Sob<br />

esse aspecto, é uma opção <strong>de</strong> edulcorante quase óbvia<br />

para aplicação em produtos lácteos.<br />

Entretanto, por suas características <strong>de</strong> sabor, como um <strong>dos</strong><br />

<strong>edulcorantes</strong> <strong>de</strong> perfil mais próximo ao do açúcar, sem residuais<br />

in<strong>de</strong>sejáveis, como amargo ou metálico, tem sido<br />

largamente utilizado <strong>na</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>laticínios</strong>. Em bebidas<br />

lácteas convencio<strong>na</strong>is, se utiliza 4,5% a 6% <strong>de</strong> sacarose<br />

para proporcio<strong>na</strong>r o dulçor <strong>de</strong>sejado. Já uma bebida<br />

láctea com 0,025% <strong>de</strong> aspartame proporcio<strong>na</strong> o mesmo<br />

dulçor, sem diferença <strong>de</strong> sabor perceptível e ainda com a<br />

gran<strong>de</strong> vantagem <strong>de</strong> reduzir 52% das suas calorias.<br />

Além disso, o aspartame é um edulcorante perfeitamente<br />

estável <strong>na</strong>s condições <strong>de</strong> aplicação principalmente <strong>de</strong><br />

lácteos refrigera<strong>dos</strong>, como o iogurte, cujo pH típico <strong>de</strong>stas<br />

aplicações está <strong>de</strong>ntro da faixa <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> ótima<br />

do aspartame (vi<strong>de</strong> figura 1). A <strong>de</strong>gradação do aspartame<br />

aumenta à medida que o pH varia para fora <strong>de</strong>sta faixa<br />

– muito ácido, neutro ou básico – e em temperaturas<br />

crescentes (vi<strong>de</strong> figura 2). Nos lácteos refrigera<strong>dos</strong>, as condições<br />

<strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem e distribuição do produto para<br />

venda e <strong>de</strong> conservação no lar, não geram preocupação<br />

quanto à <strong>de</strong>gradação do aspartame, principalmente se<br />

consi<strong>de</strong>rarmos sua valida<strong>de</strong> relativamente curta. Os processos<br />

clássicos <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>na</strong> industrialização<br />

<strong>de</strong> alimentos (esterilização, pasteurização, UHT, etc. – vi<strong>de</strong><br />

fig. 3), em geral também não chegam a comprometer a<br />

formulação dado o curto tempo para uma <strong>de</strong>gradação<br />

significativa do aspartame.<br />

Efeito do pH (fig.1)<br />

Estabilida<strong>de</strong> X Calor (fig.2)<br />

Fonte: Ajinomoto Co. inc<br />

Fonte: Ajinomoto Co. inc

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