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jean piaget e merleau-ponty na construção do conhecimento

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O perío<strong>do</strong> pré-operatório é aquele que marca a passagem <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> sensório-motor para o pré-<br />

operatório, este é evidencia<strong>do</strong> pelo aparecimento da função simbólica ou semiótica, noutros termos, é o<br />

inicio da manifestação da linguagem. Neste caso, a inteligência é anterior ao surgimento da linguagem e<br />

neste caso "não se pode atribuir à linguagem a origem da lógica, que constitui o núcleo <strong>do</strong> pensamento<br />

racio<strong>na</strong>l" (COLL E GILLIÈRON, 1987, p. 32)<br />

O perío<strong>do</strong> das operações concretas é marca<strong>do</strong> pelo egocentrismo intelectual e social, ou seja,<br />

incapacidade de se colocar no ponto de vista de outros, e por outro la<strong>do</strong>, <strong>na</strong> capacidade da criança de<br />

estabelecer relações e coorde<strong>na</strong>r pontos de vista diferentes e de integrá-los de mo<strong>do</strong> lógico e coerente, que<br />

se apresenta como uma inovação se considera<strong>do</strong> a fase anterior. A criança começa a interiorizar as ações<br />

realizan<strong>do</strong> operações mentalmente e não mais ape<strong>na</strong>s através de ações físicas, lançan<strong>do</strong> mão de uma<br />

elaboração mental pura. (WADSWORTH, 2003, p. 105)<br />

O perío<strong>do</strong> operatório formal é distingui<strong>do</strong> pela ampliação das capacidades conquistadas pela<br />

criança <strong>na</strong> fase anterior, porque ela então, já consegue racioci<strong>na</strong>r sobre hipóteses <strong>na</strong> medida em que ela é<br />

capaz de formar esquemas conceituais abstratos e através deles executar operações mentais dentro de<br />

princípios da lógica formal. A criança passa ter a capacidade de discute valores morais de seus pais e<br />

construin<strong>do</strong> os seus próprios conceitos. De acor<strong>do</strong> com Piaget nesta fase, o indivíduo adquire a sua forma<br />

fi<strong>na</strong>l de equilíbrio, ou seja, ele consegue alcançar o padrão intelectual que persistirá durante a idade adulta,<br />

porém ainda, com seu desenvolvimento conseguirá a ampliação de <strong>conhecimento</strong>s tanto em extensão<br />

como em profundidade. (WADSWORTH, 2003, p. 133)<br />

Através de seus experimentos e a partir da elaboração da sua Teoria Cognitiva, Piaget propôs que<br />

a <strong>construção</strong> <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> ocorre quan<strong>do</strong> acontecem ações físicas ou mentais sobre objetos que,<br />

provocan<strong>do</strong> o desequilíbrio, resultam em assimilação ou, acomodação e assimilação dessas ações, ou seja,<br />

quan<strong>do</strong> o equilíbrio se rompe, o indivíduo age sobre o que o afetou buscan<strong>do</strong> se reequilibrar e isso é feito<br />

por adaptação e por organização e, assim, ocorre à <strong>construção</strong> de esquemas ou <strong>conhecimento</strong>. Noutros<br />

termos, quan<strong>do</strong> uma criança não consegue assimilar o estímulo, ela tenta fazer uma acomodação e após a<br />

acomodação, uma assimilação e após ela ser bem sucedida <strong>na</strong> assimilação ocorre fi<strong>na</strong>lmente o equilíbrio,<br />

geran<strong>do</strong> <strong>na</strong> criança um <strong>conhecimento</strong> novo em seus esquemas.<br />

Maurice Merleau-Ponty <strong>na</strong>sceu <strong>na</strong> França <strong>na</strong> cidade de Rochefort-sur-Mer em 14 de março de<br />

1908 e morreu no mesmo país <strong>na</strong> cidade de Paris aos 53 anos no dia 4 de maio de 1961. Merleau-Ponty foi<br />

um filósofo fenomenologista francês, que militou <strong>na</strong> linha <strong>do</strong> existencialismo, e dedicou a sua vida ao<br />

estu<strong>do</strong> filosófico <strong>do</strong> comportamento, no ramal da psicologia e todas as demais áreas <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> que<br />

ditavam sobre a interioridade <strong>do</strong> ser humano em relação à exterioridade com o mun<strong>do</strong>. Merleau-Ponty<br />

também considerou em sua obra a educação, e usou o seu arcabouço filosófico <strong>na</strong> <strong>construção</strong> de uma

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