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Fr. Luís de Cácegas – Vol.3

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A EAINHA NOSSA SENHORA<br />

SENHORA<br />

Esle, que lie o segundo volume na historia, he o primeiro na ven-<br />

tura. Hoje a logra na onzadia, <strong>de</strong> que eu hoje rne visto pêra o tributar<br />

á protecção <strong>de</strong> Vossa Magesta<strong>de</strong>, em cujo amparo, e auspicio se não atre-<br />

verá, nem a esqui val-a a enveja, nem a mor<strong>de</strong>l-a a calumnia. Livre elle,<br />

e seguro com este seguro real, daquella esquivança, e <strong>de</strong>sta mordacida<strong>de</strong>,<br />

entra aos reaes pés <strong>de</strong> Vossa Magesta<strong>de</strong> confiado, e sahe <strong>de</strong>lles<br />

prezumido, crescerião suas presunções a soberbas, se este vicio não en-<br />

contrara, nem <strong>de</strong>smentira as virtu<strong>de</strong>s religiosas que nelle se tratão, ainda<br />

que com estilo elegante, em argumento humil<strong>de</strong>; pois he a humilda<strong>de</strong><br />

monástica, o apoi(í a toda a perfeição evangélica.<br />

Não he. Senhora, a Vossa Magesta<strong>de</strong> dadiva, he divida; e divida por<br />

muitos direitos, todos procedidos <strong>de</strong> seu assumpto. He elle a historia<br />

<strong>de</strong> S. Domingos, particular do Reino <strong>de</strong> Portugal: por ser da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

S. Domingos, he todo, pois he ella toda <strong>de</strong> Vossa Magesta<strong>de</strong>, porque<br />

sendo Gusmão este sanctissimo Patriarcha, está vinculado ao natural sangue<br />

<strong>de</strong> Vossa Magesta<strong>de</strong> com hum travado parentesco, em que se competem<br />

tantos titulos <strong>de</strong> Régio, quantos séculos <strong>de</strong> antigo. Por ser também<br />

historia particular do Reino <strong>de</strong> Portugal, he também todo <strong>de</strong> Vossa<br />

Magesta<strong>de</strong> pollo Sceptro Portuguez que empunhou, meneado com<br />

liuma regência, acceitada com estranho valor, dimitida com singular <strong>de</strong>sapego,<br />

continuada com huma prudência, tanto como acertada, ditoza<br />

digo, já por lograr nas perigozas batalhas que Vossa Magesta<strong>de</strong> empren<strong>de</strong>o,<br />

tão gloriozas victorias, que fazendo pezares <strong>de</strong> tempo, e sem<br />

dar lugar ao <strong>de</strong>scuido, as escreve a fama, mais que em mármores, em<br />

diamantes, mais que em diamantes, em iramortal ida<strong>de</strong>s: já pollos feli-<br />

cissimos <strong>de</strong>sposorios da Sereníssima Infante, Rainha da Grão Bretanha,<br />

por lograrem os ânimos n'aquelle Reino Catholicos, <strong>de</strong>safogo no trato<br />

das cousas concernentes á religião Catholica, com huma poita aberta a<br />

maiores esperanças. He finalmente este volume todo <strong>de</strong>vido a Vossa Magesta<strong>de</strong><br />

por ser a matéria, <strong>de</strong> que trata, hum trato espiritual <strong>de</strong> vidas

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