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Fr. Luís de Cácegas – Vol.3

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XV<br />

do Author: agora sao á luz esta segunda, que começa no anno <strong>de</strong> 139i,<br />

e prosegue a historia até o anno <strong>de</strong> 1513. No discurso <strong>de</strong>ste tempo se<br />

fundarão nesta Província oito Conventos <strong>de</strong> fra<strong>de</strong>s, e quatro iMosteiros<br />

<strong>de</strong> freiras; a saber, o Convento <strong>de</strong> Bemfica, o <strong>de</strong> Ceita, que <strong>de</strong>pois se<br />

mudou pêra Tangere; e o <strong>de</strong> Aveiro, Villa-Real, Azeitão, Abrantes, Pedrógão,<br />

e o da serra <strong>de</strong> Almeirim. Os Mosteiros <strong>de</strong> freiras são, o do<br />

Salvador em Lisboa, o <strong>de</strong> Jesu em Aveiro, Santa Anna em Leiria, e o<br />

<strong>de</strong> N. S. da Saudação em Monte mór o Novo.<br />

Fundarão-se os Conventos <strong>de</strong> Bemfica, Aveiro, Azeitão, Salvador, o<br />

Jesu <strong>de</strong> Aveiro, pêra recoletas, em que se guardassem as Constituições<br />

á risca, com observância mui exacta, governados por hum Vigairo geral,<br />

feito por eleição nos mesmos reformados; com sujeição porém em algumas<br />

cousas aos Provi nciaes da Província. Durou esta sujeição até os annos<br />

<strong>de</strong> 1468, mas d'ahi por diante forão isentos em tudo por Breve ApostoUco,<br />

que pêra isso se impetrou; o a experiência mostrou, que permaneceo<br />

a observância em todo o seu rigor, em quanto durou a separação.<br />

E como o Author nesta segunda parte encontrou logo com os rigores da<br />

reforma, cousa tanto <strong>de</strong> seu génio, por ser emprego <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>vação, e<br />

espirito, apurou mais o estilo; porque o movia o amor da observância,<br />

que quando o amor obriga a fallar, os c®lloquios <strong>de</strong>leitão, as razões convencem,<br />

e as doutrinas tem efficacia pêra mover, e assi se mostrou o<br />

Author nesta segunda parte Poeta em <strong>de</strong>leitar, Orador em persuadir, e<br />

Philosopho em obrigar a compor a vida; que são as três partes, em que<br />

se cifra a perfeição <strong>de</strong> hum historiador consummado. Não se exce<strong>de</strong>o a<br />

si mesmo; porque em tudo se dibuxou a si mesmo, porque tratou na<br />

Religião <strong>de</strong> dibuxar em si muito ao vivo tudo o que via, e lia dos ou-<br />

tros; e assi ficou sendo o exemplar <strong>de</strong> sua escritura em tudo o que es-<br />

creveo dos outros. Haverá por bem o benévolo, e pio Leitor, que se lhe<br />

não peça perdão das faltas d'esta obra, mas .antes ai viçaras <strong>de</strong> lhe offerecer<br />

huma lisonja ao gosto d'alma, e hum manjar <strong>de</strong>leitoso pêra o espi-<br />

rito.<br />

Yale.

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