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motivos da tentativa de suicídio expressos por homens ... - UFSM

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2 REVISÃO DE LITERATURA<br />

Com o intuito <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mentar a presente pesquisa, consi<strong>de</strong>ro o<strong>por</strong>tuno apresentar as<br />

dimensões que envolvem o fenômeno <strong>da</strong> <strong>tentativa</strong> <strong>de</strong> <strong>suicídio</strong> em <strong>homens</strong> trazendo as i<strong>de</strong>ias<br />

dos autores que a fun<strong>da</strong>mentaram.<br />

2.1 Concepções acerca do fenômeno do <strong>suicídio</strong><br />

O termo <strong>suicídio</strong> é <strong>de</strong>rivado do latim a partir <strong>da</strong>s palavras sui (si mesmo) e cae<strong>de</strong>s<br />

(ação <strong>de</strong> matar). É um fenômeno <strong>de</strong>scrito como existente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a pré-história e que evoluiu<br />

com significados conceituais diferentes ao longo <strong>da</strong> história humana (DIEHL; CORDEIRO;<br />

LARANJEIRA, 2011).<br />

Hipócrates (400 a.c) atribuía o <strong>suicídio</strong> à melancolia como uma consequência <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>pressão. Já Santo Agostinho (354-430) entendia o <strong>suicídio</strong> como algo relacionado ao pecado<br />

baseado do man<strong>da</strong>mento não matarás “ não matarás nem a ti próprio”. Em 967 na Inglaterra o<br />

<strong>suicídio</strong> se torna, então, um crime. Com Esquirol em 1827, o fenômeno do <strong>suicídio</strong> adquire a<br />

conotação <strong>de</strong> um problema psiquiátrico. Em 1976, o <strong>suicídio</strong> passou a ser compreendido em<br />

uma abor<strong>da</strong>gem mais biológica (CORRÊA; BARRETO, 2006).<br />

Para a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS, 2003), <strong>suicídio</strong> constitui-se em um ato<br />

<strong>de</strong>liberado, iniciado e levado a cabo <strong>por</strong> uma pessoa com pleno conhecimento ou expectativa<br />

<strong>de</strong> um resultado fatal. Observa-se, assim, que se convencionou chamar <strong>de</strong> <strong>suicídio</strong> apenas as<br />

mortes em que a pessoa, voluntária e conscientemente, executou um ato ou adotou um<br />

com<strong>por</strong>tamento, que acreditava levá-la à morte (CASSORLA, 2004).<br />

A palavra <strong>suicídio</strong> possui várias <strong>de</strong>finições, entre as quais uma <strong>de</strong>las encontra-se no ato<br />

<strong>de</strong> “terminar com a própria vi<strong>da</strong>”, agrega<strong>da</strong> a i<strong>de</strong>ias menos evi<strong>de</strong>ntes relaciona<strong>da</strong>s à<br />

motivação, à intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> e à letali<strong>da</strong><strong>de</strong> do ato (WERLANG; BOTEGA, 2004, p. 17-8).<br />

Além disso, o <strong>suicídio</strong> é todo o caso <strong>de</strong> morte que resulta direta ou indiretamente <strong>de</strong> um ato,<br />

positivo ou negativo, realizado pela própria vítima e que ela sabia que produziria este<br />

resultado. Assim, a <strong>tentativa</strong> é o ato assim <strong>de</strong>finido, mas interrompido antes que ele resulte em<br />

morte (DURKHEIM, 2000).<br />

O <strong>suicídio</strong> caracteriza-se como um fenômeno social, não suscetível a uma explicação<br />

estreitamente individual, e o <strong>de</strong>senvolvimento industrial, urbano e científico <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

provoca em algumas instituições sociais básicas, como a família e a igreja, uma per<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

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