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motivos da tentativa de suicídio expressos por homens ... - UFSM

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conhecimentos teórico do assunto disponíveis a mão, em que, busquei em todo o período <strong>de</strong><br />

coleta dos <strong>de</strong>poimentos conversar com a equipe sobre a temática do <strong>suicídio</strong>, sobre as ações<br />

<strong>de</strong> prevenção e situações que po<strong>de</strong>riam levar a ação suici<strong>da</strong>. Percebi ao falar sobre o assunto,<br />

que alguns profissionais tinham resistência para dialogar sobre o tema e alguns naturalizavam<br />

as situações <strong>de</strong> <strong>suicídio</strong> e <strong>tentativa</strong>s ocorri<strong>da</strong>s <strong>por</strong> usuários do serviço. Para Schütz (1979), o<br />

homem em atitu<strong>de</strong> natural está situado no mundo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e o conhecimento <strong>de</strong>ste homem é a<br />

sedimentação dos conhecimentos adquiridos ao longo <strong>de</strong> sua vi<strong>da</strong>.<br />

Segundo Padoin e Souza (2008), na etapa <strong>de</strong> ambientação há a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

movimento mediado pela subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, buscam-se os significados do silêncio, <strong>da</strong> fala, do dito<br />

e do não dito, procura-se respeitá-los e exercita-se a escuta. Nesta perspectiva, busquei<br />

exercitar esse movimento, e <strong>por</strong> meio <strong>de</strong> uma relação face-a-face <strong>de</strong> diálogo reconhecer o<br />

outro como um ser único e singular, mas também influenciado pelo meio social e cultural em<br />

que se encontra inserido no seu mundo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, com isso, há a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conseguir<br />

chegar a redução dos pressupostos.<br />

Chegar à atitu<strong>de</strong> fenomenológica <strong>de</strong> encontro com o outro, pressupõe ter clareza <strong>da</strong>s<br />

inquietações e do estranhamento do/a sujeito pesquisador/a <strong>de</strong> modo a apontar obscuri<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

inerentes à constituição do objeto <strong>de</strong> estudo (NEVES; SOUZA, 2003).<br />

4.6 Coleta <strong>da</strong>s informações<br />

Ao buscar compreen<strong>de</strong>r os <strong>motivos</strong> <strong>por</strong>que <strong>da</strong> <strong>tentativa</strong> <strong>de</strong> <strong>suicídio</strong> em <strong>homens</strong><br />

usuários <strong>de</strong> álcool e outras drogas, foi utiliza<strong>da</strong> a entrevista fenomenológica para a coleta <strong>da</strong>s<br />

informações, realiza<strong>da</strong> no mês <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2011.<br />

A distinção entre os <strong>motivos</strong> e causa é im<strong>por</strong>tantíssima para se compreen<strong>de</strong>r a sua<br />

aplicação e aprofun<strong>da</strong>mento no campo <strong>da</strong> entrevista numa abor<strong>da</strong>gem fenomenológica. As<br />

vivências pertencem à or<strong>de</strong>m dos <strong>motivos</strong> e precisam ser compreendi<strong>da</strong>s, necessitando que<br />

sejam previamente <strong>de</strong>scritas tal como se apresentam na experiência vivi<strong>da</strong>. Isto não tem na<strong>da</strong><br />

a ver com uma explicação causal busca<strong>da</strong> pela ciência positiva. É pela fenomenologia que se<br />

po<strong>de</strong> mostrar, <strong>de</strong>screver e compreen<strong>de</strong>r os <strong>motivos</strong> presentes nos fenômenos vividos e que<br />

mostram e se expressam <strong>de</strong> si mesmos na entrevista empática (CARVALHO, 1987).<br />

A entrevista, nesta abor<strong>da</strong>gem, acontece <strong>por</strong> meio <strong>da</strong> interação face a face, na qual há<br />

características <strong>de</strong> intersubjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> intercomunicação direta, aquelas que acontecem em<br />

presença vivi<strong>da</strong>. Os pensamentos são <strong>expressos</strong> através <strong>de</strong> combinações <strong>de</strong> palavras, as quais<br />

requerem um veículo para a sua transmissão <strong>de</strong> uma pessoa para a outra: sons que po<strong>de</strong>m ser<br />

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