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Bom sonhar coisas boas que o<br />
homem faz<br />
E esperar pelos frutos no quintal<br />
Sem polícia, nem a milícia, nem<br />
feitiço, cadê po<strong>de</strong>r ?<br />
Viva a preguiça viva a malícia que<br />
só a gente é que sabe ter<br />
Assim dizendo a minha utopia eu<br />
vou levando a vida<br />
Eu viver bem melhor<br />
Doido pra ver o meu sonho<br />
teimoso,um dia se realizar<br />
026 - CORAÇÃO LIVRE<br />
Jorge Trevisol<br />
Eu vejo que a juventu<strong>de</strong> tem muito<br />
amor<br />
Carrega a esperança viva no seu<br />
cantar<br />
Conhece caminhos novos não tem<br />
segredos<br />
Anseia pela justiça e <strong>de</strong>seja a paz<br />
Mas vejo também a dor da<br />
insegurança<br />
Que dói quando é hora certa <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cidir<br />
Tem medo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar tudo então se<br />
cansa<br />
Diz não ao caminho certo e não é<br />
feliz<br />
Hei juventu<strong>de</strong>, rosto do mundo<br />
Teu dinamismo logo encanta quem<br />
te vê<br />
A liberda<strong>de</strong> aposta tudo<br />
Não per<strong>de</strong> nada na certeza <strong>de</strong><br />
vencer<br />
Vai, ven<strong>de</strong> tudo que tens<br />
Dá a quem precisa mais<br />
Vem e segue-me <strong>de</strong>pois<br />
Vem comigo espalhar a paz<br />
Jesus convida, conta comigo<br />
Mas é preciso ter coragem <strong>de</strong><br />
morrer<br />
Coração livre, comprometido<br />
Partilha tudo sem ter medo <strong>de</strong><br />
per<strong>de</strong>r<br />
027 - COURO DE BOI<br />
Conheço um velho ditado, que é do<br />
tempo dos agáis.<br />
Diz que um pai trata <strong>de</strong>z filhos,<br />
<strong>de</strong>z filhos não trata um pai.<br />
Sentindo o peso dos anos sem<br />
po<strong>de</strong>r mais trabalhar,<br />
o velho, peão estra<strong>de</strong>iro, com seu<br />
filho foi morar.<br />
O rapaz era casado e a mulher <strong>de</strong>u<br />
<strong>de</strong> implicar.<br />
"Você manda o velho embora, se<br />
não quiser que eu vá".<br />
E o rapaz, <strong>de</strong> coração duro, com o<br />
velhinho foi falar:<br />
Para o senhor se mudar, meu pai eu<br />
vim lhe pedir<br />
Hoje aqui da minha casa o senhor<br />
tem que sair<br />
Leve este couro <strong>de</strong> boi que eu<br />
acabei <strong>de</strong> curtir<br />
Pra lhe servir <strong>de</strong> coberta aon<strong>de</strong> o<br />
senhor dormir<br />
O pobre velho, calado, pegou o<br />
couro e saiu<br />
Seu neto <strong>de</strong> oito anos que aquela<br />
cena assistiu<br />
Correu atrás do avô, seu paletó<br />
sacudiu<br />
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