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Fórum Saúde e Democracia: uma visão de futuro para o Brasil

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conass documenta . n 12<br />

A Taxa <strong>de</strong> Mortalida<strong>de</strong> Infantil, segundo raça/cor da mãe (2000), também é<br />

inaceitável. Para mães brancas, é <strong>de</strong> 22,9; <strong>para</strong> mães negras, <strong>de</strong> 38,0; <strong>para</strong> as índias, <strong>de</strong><br />

94,0. (Programa das Nações Unidas <strong>para</strong> Desenvolvimento – PNUD <strong>Brasil</strong>, Atlas Racial<br />

<strong>Brasil</strong>eiro 2004 e FUNASA).<br />

Outra questão importante é a verda<strong>de</strong>ira epi<strong>de</strong>mia mo<strong>de</strong>rna das mortes violentas<br />

em adolescentes <strong>de</strong> 12 a 19 anos. A cada ano, quase 14 mil adolescentes são vítimas<br />

fatais da violência no <strong>Brasil</strong> (11.897 homens e 2.072 mulheres). Entre os adolescentes,<br />

as maiores vítimas, cerca <strong>de</strong> 6.000, são os meninos negros. (Estatísticas <strong>de</strong> Registro Civil,<br />

2002).<br />

Quanto ao saneamento básico no <strong>Brasil</strong>, 83% dos domicílios urbanos e apenas<br />

25% dos rurais recebem água da re<strong>de</strong> geral, sendo que existem problemas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

abastecimento, que po<strong>de</strong>m gerar a contaminação; 70% dos domicílios têm esgoto, mas<br />

apenas 35% <strong>de</strong>les são coletados e tratados; 80% têm lixo coletado, mas 60% <strong>de</strong>ste<br />

possui <strong>de</strong>stino fi nal ina<strong>de</strong>quado; além disso, existe <strong>uma</strong> profunda <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entre as<br />

regiões. (IBGE, PNAD 2004).<br />

Ainda quanto ao saneamento básico, o percentual da população sem acesso à<br />

água potável, em 2002, foi <strong>de</strong> 12,8%. Consi<strong>de</strong>rando, porém, a raça, foi <strong>de</strong> 20,7% <strong>para</strong> a<br />

negra e 6,1% <strong>para</strong> a branca; os anos <strong>de</strong> estudo, 23,2% <strong>para</strong> menos <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> estudo<br />

e 2,9% com oito ou mais anos <strong>de</strong> estudo; o estado, 48,2% no Piauí e 1% em São Paulo;<br />

a renda, 34,8% <strong>para</strong> os pobres e 0,5% <strong>para</strong> os ricos. Esse diferencial é inaceitável e<br />

signifi ca doenças em estado absolutamente bruto. (IBGE, PNAD 2004).<br />

A população sem acesso a esgotamento sanitário a<strong>de</strong>quado, em 2002, foi <strong>de</strong><br />

34,4%. Consi<strong>de</strong>rando, porém, a raça, foi <strong>de</strong> 45,5% <strong>para</strong> a população negra e 24,8% <strong>para</strong><br />

a branca; os anos <strong>de</strong> estudo, 48,7% <strong>para</strong> a população com menos <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> estudo e<br />

17,4% <strong>para</strong> a com oito ou mais anos <strong>de</strong> estudo; a localização geográfi ca, 83,5% no Mato<br />

Grosso do Sul e 2,9% no Distrito Fe<strong>de</strong>ral; a renda, 64,2% <strong>para</strong> os pobres e 8,4% <strong>para</strong> os<br />

ricos. (IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra <strong>de</strong> Domicílios – PNAD 2004).<br />

O percentual <strong>de</strong> domicílios que contam com coleta <strong>de</strong> lixo também varia entre as<br />

regiões. No <strong>Brasil</strong>, em 2004, foi <strong>de</strong> 85,8%; na Região Norte urbana, 89,1%; na Nor<strong>de</strong>ste,<br />

69,8%; na Su<strong>de</strong>ste 94,2%; na Sul, 87,4% e na Centro-oeste 86,8%.<br />

As diferenças nas taxas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil por condições <strong>de</strong> saneamento,<br />

segundo as gran<strong>de</strong>s regiões, no período <strong>de</strong> 1995/1999, são consi<strong>de</strong>ráveis. Enquanto no<br />

<strong>Brasil</strong>, em condições <strong>de</strong> saneamento a<strong>de</strong>quado, foi 32,5, no Nor<strong>de</strong>ste, com água a<strong>de</strong>quada<br />

e esgoto ina<strong>de</strong>quado, foi 71,9; já em condições ina<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> água e esgoto, 95,0. No Sul,<br />

<strong>para</strong> condições <strong>de</strong> saneamento a<strong>de</strong>quado, 27,8; com água a<strong>de</strong>quada e esgoto ina<strong>de</strong>quado,<br />

37,4%; em condições ina<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> água e esgoto, 54,2. (IBGE: Pesquisa Nacional por<br />

Amostra <strong>de</strong> Domicílios – PNAD).<br />

Quanto à utilização dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, a PNAD 2003 apontou que ainda<br />

existiam no <strong>Brasil</strong> importantes limitações <strong>de</strong> acesso aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. No entanto,<br />

mostrou também que, entre 1998 e 2003, houve melhora expressiva em vários dos<br />

indicadores <strong>de</strong> acesso analisados. (IBGE, Suplemento <strong>Saú<strong>de</strong></strong> PNAD 2003).

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