1001, a empresa-mãe
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Conselho de amigo, e a compra de uma<br />
linha da Viação Brasil<br />
AViação Brasil, de Antônio Tatajiba, era pequena,<br />
com cerca de meia dúzia de carros.<br />
Pequena, mas valente. Com esses poucos ônibus,<br />
a Brasil fazia dura concorrência com a <strong>1001</strong>, na<br />
região de Campos, por onde rodava sua frota. Mas<br />
era praticamente impossível disputar com a <strong>empresa</strong><br />
de Jelson da Costa Antunes que, ainda por<br />
cima, comprou uma frota de ônibus altos, com<br />
porta central e banheiro embaixo. Batizados de<br />
superônibus, o empresário os colocou na mesma<br />
rota da Brasil. Esta não suportou a concorrência e<br />
acabou vendendo a linha Itaperuna - Rio de Janeiro<br />
para a <strong>1001</strong>, em 1987.<br />
Mas o curioso da história toda é que seu Jelson<br />
e seu Toninho da Brasil, como era conhecido<br />
Antônio Tatajiba, se tornaram grandes amigos. O<br />
dono da <strong>1001</strong>, com sua percepção aguçada, viu no<br />
empresário – que, com cinco, seis ônibus velhos,<br />
tentava bater a <strong>1001</strong> – um guerreiro. Tanto que<br />
na compra da linha, aconselhou Tatajiba a investir<br />
na exploração das outras linhas que a Brasil já tinha,<br />
garantindo espaço na região. E foi o que seu<br />
Toninho fez. E, nos dias de hoje, a Viação Brasil<br />
roda tranqüila pelo triângulo Bom Jesus, Campos,<br />
Itaperuna, bem organizada, com carros novos.<br />
Quantas vezes depois seu Toninho da Brasil<br />
convidaria seu Jelson da <strong>1001</strong> para um churrasco<br />
de costela de dia inteiro, para rememorar o episódio<br />
que pôs sua <strong>empresa</strong> nos trilhos…<br />
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