a imagem nas imagens: leituras iconológicas - Jackbran.com.br
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20<<strong>br</strong> />
REVISTA LUMEN ET VIRTUS<<strong>br</strong> />
ISSN 2177-2789<<strong>br</strong> />
VOL. I Nº 2 MAIO/2010<<strong>br</strong> />
O mesmo se encontra em livros de emblemas, mesmo no século XVIII, <strong>com</strong>o na o<strong>br</strong>a Da<<strong>br</strong> />
Iconographia Emblematica ao Deus Trino (fig. 7), de 1779:<<strong>br</strong> />
Figura 7<<strong>br</strong> />
Oração interior, Da Iconographia Emblematica ao Deus Trino, 1779<<strong>br</strong> />
Assim, se nos ativermos mais uma vez à o<strong>br</strong>a de Mena, pode-se verificar que, após dois<<strong>br</strong> />
séculos em relação à de Donatello, muitos elementos encontrados nesta ainda permaneceram<<strong>br</strong> />
naquela, já que representavam uma longa tradição iconológica, mesmo que o espanhol tenha<<strong>br</strong> />
escolhido outras características para representar sua Madalena diante de um leque de escolhas de<<strong>br</strong> />
que dispunha.<<strong>br</strong> />
Isso se torna relevante, na medida em que as escolhas que os artistas faziam possuiam<<strong>br</strong> />
uma significação codificada. Aquilo que hoje pode ser lido <strong>com</strong>o um mero adorno, uma afetação,<<strong>br</strong> />
possuía significação naquele período e era decodificado por seus contemporâneos.<<strong>br</strong> />
As próprias <strong>imagens</strong> tornavam-se, elas mesmas, emblemas que deveriam ser lidos e<<strong>br</strong> />
interpretados, <strong>com</strong>o um meio multisígnico que busca, em sua hermenêutica, muito mais do que<<strong>br</strong> />
uma “mera” visualização e apreciação estética, mas sua interpretação. Isso porque, devido a “sua<<strong>br</strong> />
vocação ao alegórico, ao filosófico, à particularização de uma Weltanschauung” (BRANDÃO, 2010,<<strong>br</strong> />
p. 132), requeria do leitor mais do que a fruição, pois<<strong>br</strong> />
Antônio Jackson de Souza Brandão