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Brinquedo Terapêutico Dramático - Unifesp

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HOSPITAL SÃO PAULO<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO<br />

Diretoria de Enfermagem<br />

BRINQUEDO TERAPÊUTICO DRAMÁTICO Página 1 de 4<br />

Resumo de Revisões Data<br />

Emissão inicial Dez/2006<br />

Primeira revisão Jan/2008<br />

Segunda revisão<br />

SUMÁRIO<br />

1. OBJETIVO: Aliviar a ansiedade das crianças oriundas de experiências atípicas à sua idade<br />

como a vivência de doenças, tratamentos e a própria hospitalização.<br />

2. APLICAÇÃO: À criança, a partir de 24 meses, e adolescente internado ou em unidade<br />

ambulatorial ou no pronto atendimento.<br />

3. RESPONSABILIDADES: Enfermeiros que conheçam a técnica e sejam preparados para sua<br />

utilização.<br />

4. MATERIAIS: Figuras representativas da família; figuras representativas de profissionais de<br />

saúde, figuras representativas de animais domésticos; objetos de uso hospitalar (que podem variar<br />

de acordo com o procedimento a ser dramatizado); objetos de uso doméstico; bonecos para<br />

realização de procedimentos; carro, telefone, mamadeira, revolver de plástico, material para<br />

desenho e pintura; blocos geométricos; impresso de evolução multiprofissional.<br />

5. DESCRIÇÃO:<br />

Descrição dos Passos<br />

Realizar a higienização das mãos conforme orientações da SCIH.<br />

Reunir todo o material necessário para a brincadeira dramática.<br />

Convidar a criança para brincar de uma determinada situação (exemplo, uma criança que está no<br />

hospital onde faz determinado tratamento) e escolher o local adequado (dar alternativas do local para<br />

brincar, que deve ser o mais conveniente para a criança e pode ser uma sala de recreação, cama ou<br />

quarto da criança, ou em qualquer outra área adequada).<br />

Avisar à criança que os brinquedos deverão ser devolvidos ao final da sessão.<br />

Avisar à criança do limite de duração da brincadeira (sessões de 15 a 45 minutos) e de que será<br />

avisada pouco antes que este tempo se esgotar.<br />

Apresentar o material à criança, mas não necessariamente identificá-las de imediato, apenas se a<br />

criança solicitar, procurando antes devolver a pergunta.<br />

Atuar de maneira não diretiva, ou seja, não sugerir quais brinquedos a criança deve usar, ou quais<br />

atividades deve desenvolver. Permitir à criança brincar com inteira liberdade.<br />

Não refletir o comportamento não-verbal e não tentar explicar o comportamento, nem sugerir que a<br />

criança esteja falando de si quando falar do boneco, refletir a criança apenas suas expressões<br />

verbais.<br />

Devolver as perguntas feitas pela criança, para que ela mesma tome as decisões na brincadeira.<br />

Auxiliar a criança a manusear o material, assumir uma personagem na brincadeira se solicitado e<br />

assisti-la na satisfação de alguma necessidade fisiológica.<br />

Observar e registrar todos os comportamentos manifestados durante a brincadeira.<br />

Controle de Emissão<br />

Elaboração Revisão Aprovação<br />

Vanessa Grespan Setz - COREN/SP: 72994 Profa. Dra. Circéa A .Ribeiro - COREN/SP: 4491 Maria Isabel S. Carmagnani - COREN/SP:16708<br />

Profa. Dra. Regina I. H.de Borba - COREN/SP: 15258 Luiza Hiromi Tanaka - COREN/SP: 18905<br />

Daniela Bicudo Angelieri - COREN/SP: 00849/05


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Diretoria de Enfermagem<br />

BRINQUEDO TERAPÊUTICO DRAMÁTICO Página 2 de 4<br />

Guardar todo o material, e solicitar que a criança ajude, quando possível.<br />

Fazer a evolução no impresso de evolução multiprofissional. Deve-se registrar a realização da sessão<br />

de brinquedo assim como as manifestações da criança e a compreensão do seu significado.<br />

RECOMENDAÇÕES<br />

Recomenda-se a utilização da material diversificado para permitir que a criança expresse<br />

livremente sentimentos regressivos, de raiva e/ou hostilidade e possa dramatizar situações<br />

domésticas e/ou hospitalares. A não disponibilidade de todo o material citado não deve ser<br />

impeditiva da aplicação do brinquedo. Neste caso deve-se utilizar o material disponível podendo<br />

ser inclusive o da própria criança se ela permitir.<br />

Não existe um número fixo de sessões, depende das necessidades de cada criança e das<br />

situações por elas vividas.<br />

Podem ser feitas sessões para grupos de crianças, embora o mais comum sejam sessões<br />

individuais.<br />

Além da pessoa que irá realizar a sessão, poderá participar a mãe ou outro membro da família se<br />

a criança pedir, com ressalva de explicar previamente os objetivos e a condução do brinquedo<br />

terapêutico dramático.<br />

Deve-se lembrar que brincar é uma necessidade básica da criança, cuja satisfação, tem<br />

precedência sobre as demais, a não ser que o organismo esteja em elevado estado de tensão,<br />

medo ou privação.<br />

Deve-se discutir com os demais profissionais a compreensão das manifestações da criança para<br />

que sejam planejados os cuidados e partir da mesma.<br />

INFORMAÇÕES ADICIONAIS:<br />

É um brinquedo estruturado para a criança aliviar a ansiedade por experiências atípicas de sua<br />

idade, que podem ser ameaçadoras e requerem mais do que brinquedo recreacional para resolver<br />

a ansiedade associada, entre as quais a vivência de doenças, tratamentos e a própria<br />

hospitalização (1) .<br />

O conhecimento da teoria e da técnica do brinquedo fornece o embasamento científico para a<br />

utilização deste tipo de brincadeira, como instrumento de intervenção de enfermagem.<br />

Sempre que possível, as crianças podem ser envolvidas em atividades para que seus<br />

comportamentos promovam saúde, durante toda a sua hospitalização. É mais provável que estes<br />

Controle de Emissão<br />

Elaboração Revisão Aprovação<br />

Vanessa Grespan Setz - COREN/SP: 72994 Profa. Dra. Circéa A .Ribeiro - COREN/SP: 4491 Maria Isabel S. Carmagnani - COREN/SP:16708<br />

Profa. Dra. Regina I. H.de Borba - COREN/SP: 15258 Luiza Hiromi Tanaka - COREN/SP: 18905<br />

Daniela Bicudo Angelieri - COREN/SP: 00849/05


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BRINQUEDO TERAPÊUTICO DRAMÁTICO Página 3 de 4<br />

comportamentos continuem em casa se o ensino começar durante a hospitalização.<br />

Quanto à limpeza dos brinquedos:<br />

- os brinquedos de borracha ou plástico deverão ser lavado com água a sabão neutro e após<br />

deverão ser friccionados com um pano umedecido com álcool 70%;<br />

- os bonecos de pano deverão ser limpos com um pano umedecido com álcool 70% e lavados<br />

sempre que necessário;<br />

- no caso de infusão de líquidos nos bonecos utilizar apenas água ou álcool se a tintura do<br />

material permitir;<br />

- os objetos de uso hospitalar deverão ser desprezados após o uso (se pérfuro-cortantes) e os<br />

demais devem ser descartados periodicamente e substituídos.<br />

Parecer COFEN N? 031/2004.<br />

Resolução COFEN Nº 295 DE 2004.<br />

Processo PCRI 51669.<br />

Figuras Representativas da Família e dos Profissionais de Saúde.<br />

Figuras Representativas de Objetos de Uso Doméstico.<br />

Figuras Representativas de Objetos de Uso Hospitalar.<br />

Fotos cedidas por Fabiane Amorim Almeida<br />

Figuras Representativas de Animais entre Outras.<br />

Figuras Representativas de Plantas entre Outras.<br />

Blocos Geométricos.<br />

Cenário montado por uma criança numa sessão de <strong>Brinquedo</strong> <strong>Dramático</strong>.<br />

Borba RIH. A asma infantil e o mundo social e familiar da criança. São Paulo; 2003. Doutorado<br />

[Tese em Enfermagem Pediátrica] – Universidade Federal de São Paulo.<br />

Controle de Emissão<br />

Elaboração Revisão Aprovação<br />

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:<br />

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Diretoria de Enfermagem<br />

BRINQUEDO TERAPÊUTICO DRAMÁTICO Página 4 de 4<br />

1. Steele S. Child heath and the family. Concept of Communication, New York: Massom; 1981. p.<br />

710-38.<br />

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:<br />

Maia EBS. Valorizando o brinquedo terapêutico como um instrumento de intervenção de<br />

enfermagem: o caminhar da enfermeira para essa sensibilização. São Paulo; 2005. Mestrado<br />

[Dissertação em Enfermagem Pediátrica] – Universidade Federal de São Paulo.<br />

Martins DMR; Ribeiro CA. Assistência de enfermagem à criança quando enfrenta experiências<br />

difíceis e/ou desagradáveis. Texto mimeografado. São Paulo; [s.d.].<br />

Novaes LHVS, Isaacsson CB, Sandrini AH, Dalmora CG, Gaspary LMB, Coghetto M, et. al. O<br />

brinquedo pode ser contagio? Rev. Paul. Pediatria 1997 junho; 15 (2): 77-81.<br />

Ribeiro CA, Borba RIH. Preparo da criança/adolescente para procedimentos hospitalares. In:<br />

Almeida FA, Llonch AS. Enfermagem pediátrica - série graduação. São Paulo: Manole. 2006. (No<br />

prelo)<br />

Ribeiro CA, Almeida FA, Borba RIH. A criança e o brinquedo no hospital. In: Almeida FA, Llonch<br />

AS. Enfermagem pediátrica - série graduação. São Paulo: Manole. 2006. (No prelo)<br />

Ribeiro CA, Maia EBS, Sabatés AL, Borba RIH, Rezende MA. Mesa redonda: o brinquedo e a<br />

assistência de enfermagem à criança. Enferm Atual São Paulo 2002 nov./dez.; 2 (24): 6-17.<br />

Vessey JA; Mahon MM. Therapeutic Play and the Hospitalized Child. Journal of Pediatric Nursing.<br />

1990 out.; 5 (5): 328-33.<br />

Controle de Emissão<br />

Elaboração Revisão Aprovação<br />

Vanessa Grespan Setz - COREN/SP: 72994 Profa. Dra. Circéa A .Ribeiro - COREN/SP: 4491 Maria Isabel S. Carmagnani - COREN/SP:16708<br />

Profa. Dra. Regina I. H.de Borba - COREN/SP: 15258 Luiza Hiromi Tanaka - COREN/SP: 18905<br />

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