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Boletim da Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro

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Aconteceu<br />

Bol. <strong>da</strong> SRRJ • Nº114/2004<br />

14<br />

Hanseníase <strong>de</strong> Lúcio, fenômeno <strong>de</strong> Lúcio<br />

e a síndrome <strong>do</strong> anticorpo antifosfolipídio<br />

√ Em 23 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2004, no Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Medicina (Dermatologia) <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> (UFRJ), como parte <strong>do</strong>s requisitos necessários à obtenção <strong>do</strong> título <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>utor em Medicina (Dermatologia), a Dra. Luna Azulay Abulafi a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u a tese intitula<strong>da</strong> Hanseníase <strong>de</strong> Lúcio,<br />

Fenômeno <strong>de</strong> Lúcio e a Síndrome <strong>do</strong> Anticorpo Antifosfolipídio. Os orienta<strong>do</strong>res foram os professores Dra. Maria<br />

Lei<strong>de</strong> Wand Del Rey <strong>de</strong> Oliveira, <strong>da</strong> UFRJ, e Dr. Roger Abramino Levy, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong><br />

(UERJ). A banca, composta pelos professores Dra. Al<strong>da</strong> Bozza, Dr. Juan Manoel P. Macieira, Mônica M. Azulay e<br />

Lúcia Maria S. <strong>de</strong> Azeve<strong>do</strong>, <strong>da</strong> UFRJ, e Cacil<strong>da</strong> <strong>da</strong> Silva Souza, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (USP)/campus Ribeirão<br />

Preto, aprovou a tese. Abaixo, o resumo:<br />

Introdução: O fenômeno <strong>de</strong> Lúcio (FL) ocorre em pacientes com lepra <strong>de</strong> Lúcio (LLu). Para alguns autores, as<br />

lesões cutâneas observa<strong>da</strong>s e sua histopatologia sugerem um substrato trombótico/oclusivo, enquanto para<br />

outros se trata <strong>de</strong> vasculite leucocitoclástica. A semelhança <strong>da</strong>s manifestações cutâneas <strong>do</strong> FL e <strong>da</strong> síndrome <strong>do</strong><br />

anticorpo antifosfolipídio (SAF) nos motivou a investigar a relação entre essas condições patológicas. Objetivos:<br />

Caracterizar clínica, laboratorial e histopatologicamente a LLu e o FL, correlacionan<strong>do</strong> este último com a SAF.<br />

Material e méto<strong>do</strong>s: Foram incluí<strong>do</strong>s sete pacientes com LLu e FL, submeti<strong>do</strong>s a: avaliação clínica; <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong><br />

anticorpos anticardiolipina (aCL), com verifi cação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência ao co-fator <strong>de</strong> coagulação β2-GP1 em seis<br />

<strong>de</strong>les; e biópsias <strong>de</strong> pele cora<strong>da</strong>s por hematoxilina-eosina (HE) e Fite-Faraco. Resulta<strong>do</strong>s: To<strong>do</strong>s apresentaram<br />

quadro clássico <strong>de</strong> LLu com FL, sem sinais <strong>de</strong> reação hansênica. Um paciente apresentava incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> física grau<br />

1, e seis, grau 2. Sete pacientes apresentaram um critério clínico, e cinco <strong>de</strong>les um critério laboratorial para SAF.<br />

O aCL <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> β2-GP1 foi positivo em seis pacientes. Quatro tinham fatores <strong>de</strong> risco para trombose. Os<br />

exames histopatológicos mostraram trombo nos vasos, obliteração/proliferação en<strong>do</strong>telial e espessamento <strong>da</strong><br />

pare<strong>de</strong>, além <strong>da</strong>queles próprios <strong>da</strong> lepra <strong>de</strong> Lúcio. Não foi encontra<strong>da</strong> vasculite leucocitoclástica. O FL regrediu<br />

apenas com a poliquimioterapia para multibacilares (PQT-MB). Conclusões: O padrão clínico encontra<strong>do</strong> neste<br />

estu<strong>do</strong> é idêntico àquele <strong>de</strong>scrito por Lúcio e Latapí. Os acha<strong>do</strong>s laboratoriais e histopatológicos <strong>do</strong> FL revelaram<br />

aspectos semelhantes aos encontra<strong>do</strong>s na SAF, sugerin<strong>do</strong> que o FL po<strong>de</strong>ria ser uma forma <strong>de</strong> SAF secundária à LLu.<br />

O tratamento com PQT-MB foi sufi ciente para a regressão <strong>do</strong> quadro.<br />

Aguar<strong>de</strong> novi<strong>da</strong><strong>de</strong>s!!!<br />

Novo Clube <strong>do</strong> Reumatismo em 2005

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