1 S.O.S. FAMÍLIA DIVALDO PEREIRA FRANCO ... - PINGOS DE LUZ
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Campanhas<br />
Sob os acordes maviosos da mensagem espírita que entesouras na mente,<br />
despertas, por fim, para a vida, desejando promover campanhas de<br />
enobrecimento.<br />
Para tanto, começa na intimidade do lar, exercitando desapego e<br />
renunciação.<br />
Se o fizeres, transferirás do largo campo do planejamento o ideal que<br />
acalentas para as rudes e valiosas experiências da ação, cultivando o bem em<br />
todas as latitudes.<br />
Remove, inicialmente, de velhas gavetas objetos que se constituem<br />
excessos, e das cômodas antigas retira tecidos e roupas usadas a se gastarem<br />
na inutilidade, oferecendo-lhes melhor aplicação.<br />
Objetos mortos, que conservam valores de duvidosa expressão,<br />
catalogados como “de estimação” se transformariam em pães e socorro para<br />
quantos sofrem ao lado da tua indiferença.<br />
Alfaias e baixelas cinzeladas, recordando antepassados queridos, poderiam<br />
tornar-se luz e esperança para aqueles que espreitam além da porta do teu<br />
domicílio.<br />
Desapega-te hoje dos haveres, antes que se consumam amanhã,<br />
expressando coerência com as aspirações que vitalizas.<br />
No entanto, se desejares traduzir melhor os sentimentos que atestam as<br />
tuas novas concepções através das campanhas que movimentas, faze mais.<br />
Leva adiante, a outrem, não somente o tecido surrado e gasto, mas também<br />
o novo, para que a tua dádiva signifique mais do que transferência do desvalor.<br />
Não apenas aquilo que não serve.<br />
Em verdade é nosso tudo quanto oferecemos.<br />
O que damos, possuímos, por demorar-se indestrutível dentro de nós.<br />
E como os pertences, de que somos somente mordomos transitórios,<br />
mudam de mãos ao impositivo do tempo e da morte, distribuamos aquilo que<br />
supomos possuir a fim de que possuamos realmente.<br />
*<br />
Amplia tuas campanhas, cedendo quando uma contenda negativa te<br />
ameace o equilíbrio.<br />
Esquece, quando ferido, sob apupos e ofensas. Doa as difíceis moedas da<br />
gentileza. E além das doações ao próximo faze ofertas a ti mesmo.<br />
Inicia a luta contra o egoísmo — velha roupa inútil que conservas no lar do<br />
orgulho.<br />
Faze a campanha sistemática contra a maledicência — veneno sutil que<br />
dissemina morte, e guardas nos vasos brilhantes da vaidade.<br />
Reage ao ciúme — companheiro míope da imperfeição que manténs<br />
disfarçada.<br />
Exila a ira — ácido perigoso que carregas em vasilhames trabalhados.<br />
Investe contra a vaidade própria — rainha da ilusão que ocultas<br />
jovialmente.<br />
Concede ao próprio espírito a luz do discernimento capaz de clarear-te por<br />
dentro, favorecendo-te com a limpeza dos antigos escaninhos onde viviam<br />
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