1 S.O.S. FAMÍLIA DIVALDO PEREIRA FRANCO ... - PINGOS DE LUZ
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<strong>DIVALDO</strong>:<br />
Á nossa existência é feita de períodos. Há um no qual o jovem tem<br />
necessidade de viver as suas próprias experiências, eleger aquilo que lhe<br />
parece melhor. Se este jovem teve, na infância e no primeiro período da<br />
adolescência, um bom embasamento doutrinário, ele vai realizar outras<br />
experiências. E, naturalmente aquilo que está ensementado nele terá ocasião<br />
de oportunamente germinar, crescer e frondejar, albergando-o nas horas mais<br />
difíceis da sua existência.<br />
Se a pergunta parte dos pais, convém que instem para que o filho<br />
prossiga na participação das atividades doutrinárias. Instar sem impor. Insistir<br />
sem violentar, tendo porém, a preocupação de continuarem a dar os melhores<br />
exemplos, aqueles que são compatíveis com o que se ensina na Casa Espírita.<br />
As vezes, ocorre que o jovem, quando vai chegando à idade da reflexão<br />
e examina a conduta da família diante dos postulados que a Doutrina ensina,<br />
constata que algo está errado: ou o Espiritismo não é legítimo, porque não<br />
logrou modificar a família, ou a família não é honesta, porque não assimilou os<br />
postulados que diz abraçar. Assim, resolve pela realização das suas próprias<br />
buscas.<br />
Passado o período em que ele parece ter-se libertado do compromisso<br />
semanal que mantinha com a Casa Espírita, vale considerar que isto não nos<br />
deve constituir motivo de pesar nem de desânimo, pelo contrário, deve emularnos<br />
a acender mais a luz da esperança, e agora, ao invés de impor-lhe o<br />
estudo da doutrina, provar-lhe a excelência da vivência espírita.<br />
PERGUNTA:<br />
Como educar os nossos filhos com relação a casamento civil e<br />
religioso, se eles, apesar de não serem malcomportados em relação a<br />
casamento, passam por cima de todas as convenções? A minha filha<br />
perguntou se eu queria vê-la casada ou feliz. Isso porque eu não estava<br />
aprovando a união dela com um jovem desquitado.<br />
<strong>DIVALDO</strong>:<br />
Em Doutrina Espírita não temos casamento religioso, que é uma criação<br />
eclesiástica, teológica, para realizar um culto externo sem maior significado na<br />
área emocional da criatura. Lendo o Capítulo 22º, Allan Kardec escreveu em O<br />
Evangelho Segundo o Espiritismo, a respeito do matrimônio, explicando que o<br />
importante não é a fórmula com a qual se regularizam a herança e o respeito<br />
social diante das leis.<br />
O casamento surgiu como uma necessidade de evitar a poligamia, a<br />
corrupção sexual, a variação de parceiros, fazendo que o indivíduo se vincule a<br />
outro até quando o amor estiver presente, exigindo o respeito dos cônjuges.<br />
Jesus chegou a dizer que no começo não era assim, não havia uma fórmula. O<br />
casamento é uma conquista sócio-cultural da legalização de um sentimento<br />
existente. Nós, espíritas, somente consideramos o casamento através do ato<br />
civil, porque o importante é a eleição dos sentimentos de profundidade.<br />
Ocorre que a dissolução dos costumes faz que se elejam pessoas,<br />
graças à ação da libido em nosso comportamento emocional. E o prazer do<br />
sexo, o tormento do sexo que se busca aplacar e atender através das fórmulas<br />
das uniões apressadas, e, como é natural, das desuniões desesperadas. Porque,<br />
passado o ardor, acabado o combustível que mantém a labareda do<br />
desejo, acaba o interesse. Desde que não houve o sentimento de amor nem de<br />
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