1 S.O.S. FAMÍLIA DIVALDO PEREIRA FRANCO ... - PINGOS DE LUZ
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Frutos de Delinqüência<br />
O delinqüente deve sempre ser considerado um espírito enfermo,<br />
padecendo injunções alienantes que o levam ao delito.<br />
Não obstante, cumpre à sociedade o dever de ensejar-lhe a reeducação e o<br />
tratamento, quando colhido nas malhas da Lei.<br />
Afastá-lo do convívio social, trabalhando pela sua reabilitação, a fim de que<br />
se transforme em cidadão útil, que contribua para o progresso da Humanidade,<br />
quanto à própria evolução moral, é dever impostergável de quantos pautam a<br />
vida pelos códigos de ética e de dignidade.<br />
Evitar-se aplicar no infrator os mesmos processos violentos de que ele usa<br />
para colimar os seus objetivos malsãos, constitui uma atitude de civilidade e<br />
cultura superiores.<br />
Impedir-se a usança de técnicas da agressividade ou da corrupção, ou os<br />
métodos da punição física, da coerção moral, da lavagem cerebral, significa<br />
utilização da Justiça que se propõe a soerguer o infeliz, embora implicitamente<br />
aplicando-lhe as penalidades que funcionam, como terapia retificadora e<br />
edificante.<br />
O delinqüente nem sempre se origina dos sórdidos guetos e favelas, onde<br />
fermenta o caldo de cultura da desagregação da personalidade, locais de<br />
fomento ao crime em razão dos fatores sócio-morais e econômicos que<br />
constringem e alucinam os que ali se encontram, mas de muitas outras<br />
comunidades e lares dignamente constituídos.<br />
Crimes repulsivos e hediondos, agressões revoltantes e homicídios<br />
dantescos, furtos e roubos acompanhados de estupros e lamentáveis<br />
perversidades, lutas físicas e chantagens impiedosas, lenocínios e viciações<br />
toxicômanas apresentam altas e alarmantes taxas da delinqüência que ora<br />
assola a Terra e dizima multidões em desespero...<br />
*<br />
Diante, no entanto, de delinqüentes de tal jaez, tenta o amor fraternal,<br />
revidando-lhes a impiedade com a onda positiva de que o amor se faz portador.<br />
No entanto, se o amor ainda não domina os teus sentimentos, a ponto de<br />
facultar-te a reação não agressiva, unge-te de compaixão e a piedade diluirá a<br />
violência que te assoma, alcançando o infrator que te fere, apagando as<br />
marcas da mágoa, que teimam por insculpir no teu íntimo como desejo de<br />
desforço.<br />
Não são, porém delinqüentes, somente, aqueles que se armam de<br />
agressividade, e, loucos, disseminam o medo, o crime brutal, aparvalhante.<br />
Delinqüem, também, os que exploram a ingenuidade dos jovens, arrojandoos<br />
nos antros da perdição; os que usurpam as parcas moedas do povo, no<br />
comércio escorchante de mercadorias de primeira necessidade; os<br />
profissionais liberais, que anestesiam a dignidade, falseando o juramento que<br />
fizeram de prometer servir e honrar o sacerdócio que abraçam, indiferentes,<br />
porém, aos problemas dos clientes, protelando suas soluções a custa de largas<br />
somas com que constroem sólidas fortunas, apesar de transitórias; os que<br />
espalham ondas de inquietação, urdindo tramas que aliciam outros partidários<br />
de emoção afetada; os que traem os afetos que lhes dedicam confiança e<br />
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