Laços de Família Pergunta 774. Há pessoas que, do fato de os animais ao cabo de certo tempo abandonarem suas crias, deduzem não serem os laços de família, entre os homens, mais do que resultado dos costumes sociais e não efeito de uma lei da Natureza. Que devemos pensar a esse respeito? Resposta: “Diverso do dos animais é o destino do homem. Por que, então, querem identificá-lo com estes? Há no homem alguma coisa mais, além das necessidades físicas: há a necessidade de progredir. Os laços sociais são necessários ao progresso e os de família mais apertados tomam os primeiros. Eis por que os segundos constituem uma lei da Natureza. Quis Deus que, por essa forma, os homens aprendessem a amar-se como irmãos.” (205) Pergunta 775. Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família? Resposta: “Uma recrudescência do egoísmo.” (“O Livro dos Espíritos” Allan Kardec) 6
Introdução A magna questão da família é tema de sempre. Apesar de sabermos que a família é a unidade básica da sociedade, sua célula primeira, sua importância merece permanente vigilância e estudo de todos os segmentos da coletividade humana. Não pretendemos, aqui, fazer um estudo enciclopédico ou histórico da família, já que este livro não é o único, tampouco visa esgotar uma matéria tão complexa e delicada que envolve os dramas de almas que se amam e se odeiam na escalada das múltiplas existências. Considerando, sobretudo, que a família é um laboratório vivo de experiências e aprendizado, uma verdadeira escola para educação dos espíritos, na sua ansiosa busca da felicidade, que ainda não é deste mundo, mas pode nele começar. Devemos considerar, outrossim, que a visão espírita de família, difere das filosofias não reencarnacionistas. O Espiritismo apresenta a família como o instituto abençoado em que as criaturas humanas se reencontram com um programa de provas e expiações, com vistas ao futuro. Por outro lado, a família, na concepção espírita, antes de ser a reunião de corpos é o reduto sagrado de espíritos imortais. A visão reencarnacionista traz um entendimento que motiva as criaturas ao esforço pelo próprio progresso moral, através da renúncia, da boa vontade, da ajuda mútua, do perdão, da tolerância e muito mais, se se alcançar um grau de consciência desperta. A grande batalha que se trava no imo do ser humano, ainda se debita ao egoísmo, que gera os grandes problemas e até tragédias de conseqüências imprevisíveis. A consciência desperta pela razão e pela lógica dos ensinamentos espíritas leva a criatura a aceitar certas conjunturas decorrentes do passado, apresentadas em forma de antipatia, ódio, ciúmes, entre familiares. Igualmente se explicam atrações sexuais doentias entre pais e filhos, entre irmãos, adultério e até os incestos podem ter raízes em encarnações anteriores. Da mesma forma se podem explicar a simpatia, a afinidade e o amor que brotam espontaneamente entre as criaturas. Daí, o presente trabalho visa trazer uma contribuição aos pais, educadores, evangelizadores e à sociedade, numa tentativa de encontrar soluções que minorem o sofrimento oriundo da ignorância do que seja família e sua missão na Terra. A família não é somente foco de lutas e problemas, mas também fonte geradora de felicidade quando há entre todos os seus componentes a iluminação de princípios espirituais superiores. Reunimos nesta obra o que já foi escrito pelos Espíritos Joanna de Ângelis, Amélia Rodrigues, Benedita Fernandes, Manoel Philomeno de Miranda, em diversos títulos editados pela LEAL, pela FEB e outras editoras. Destacamos, igualmente, algumas questões inseridas na codificação Kardequiana e entrevistas com Divaldo Pereira Franco abordando a família e os problemas correlatos, como: pais, filhos, casamento, separação, vícios, educação para a vida e para a morte, resgate, influência da religião, sexo, evangelização infantil e juvenil, entre outros, já que o lar é a primeira escola e os pais os primeiros educadores. Como já vem sendo amplamente divulgado, este é o Ano internacional da Família, instituído pela ONU, em seu calendário oficial. A USE, União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, lançou no ano passado, a campanha “Viver em Família” com o slogan “Vamos apertar (mais) este laço”. A 7
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