1 S.O.S. FAMÍLIA DIVALDO PEREIRA FRANCO ... - PINGOS DE LUZ
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Delinqüência, Perversidade e Violência<br />
A onda crescente de delinqüência que se espalha por toda a Terra assume<br />
proporções catastróficas, imprevisíveis, exigindo de todos os homens probos e<br />
lúcidos acuradas reflexões. Irrompendo, intempestivamente, faz-se<br />
avassaladora, em vigoroso testemunho de barbárie, qual se loucura de<br />
procedência pestilencial se abatesse sobre as mentes, em particular grassando<br />
na inexperiente Juventude, em proporções inimagináveis, aflitivas.<br />
Sociólogos, educadores, psicólogos e religiosos preocupados com a<br />
expressiva mole de delinqüentes de toda lavra, especialmente os perversos e<br />
violentos, aprofundam pesquisas, improvisam soluções, experimentam<br />
métodos mal elaborados, aderem aos impositivos da precipitação, oferecem<br />
sugestões que triunfam por um dia e sucumbem no imediato, tudo<br />
prosseguindo como antes, senão mais turbulento, mais inquietador.<br />
Os milênios de cultura e civilização parece que em nada contribuíram a<br />
benefício do homem, que, intoxicado pela violência generalizada, adotou<br />
filosofias esdrúxulas, em tormentosa busca de afirmações, mediante o<br />
vandalismo e a obscenidade, em fugas espetaculares para as “origens”.<br />
Numa visão superficial das conseqüências calamitosas desse estado sóciomoral<br />
decorrentes, asseveram alguns observadores que a delinqüência, a<br />
perversidade e a violência fluem, abundantes, dos campos das guerras sujas e<br />
cruéis, engendradas pela necessidade da moderna tecnologia em libertar os<br />
países super-desenvolvidos do excesso de armamentos bélicos e dos<br />
equipamentos militares ultrapassados, gerando focos de conflitos a céus<br />
abertos entre povos em fases embrionárias de desenvolvimento ou<br />
subdesenvolvidos, martirizados e destroçados às expensas dos interesses<br />
econômicos alienígenos, dominadores arbitrários, no entanto, transitórios...<br />
Indubitavelmente, a Humanidade vê-se compelida a responder por esse<br />
pesado ônus, fruto do egoísmo de homens e governos impenitentes, que<br />
fomentam as desgraças imediatas, geratrizes de males que tais...<br />
O homem condicionado à técnica da matança desenfreada e selvagem,<br />
atormentado pelo medo contínuo, submetido às demoradas contingências da<br />
insegurança, incerteza e angústia disso resultantes, adestrado para matar<br />
antes e examinar depois, a fim de a si mesmo poupar-se, obrigando-se a<br />
cruciais situações, ingerindo drogas para sustentar-se, açular sensações,<br />
aniquilar sentimentos, só, mui dificilmente, poderá reencontrar-se mesmo que<br />
transladado dos campos de combate para as comunidades pacíficas e<br />
ordeiras.<br />
A simples injunção de uma paz assinada longe do caos dos conflitos onde<br />
perecem vidas, ideais e dignidade jamais conseguirá transformar de improviso<br />
um “veterano” num pacato cidadão.<br />
Além desse fator odioso, com suas intercorrências, referem-se os<br />
estudiosos aos da injustiça social vigente entre as diversas classes humanas,<br />
de que padecem os proletários e os menos favorecidos sempre arrojados às<br />
posições subalternas ou nenhures, mal remunerados, ou sem salário algum,<br />
subnutridos, abandonados. Atirados aos redutos sórdidos das favelas, guetos e<br />
malocas, vivendo de expedientes, dependentes uns dos outros, em aventuras,<br />
urdem na mais penosa miséria econômica, da qual se derivam as condições<br />
mesológicas deploráveis — causas de enfermidades orgânicas e psíquicas de<br />
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