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1 S.O.S. FAMÍLIA DIVALDO PEREIRA FRANCO ... - PINGOS DE LUZ

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27<br />

Filhos Alheios<br />

Ei-lo, rude e soberbo, que te afronta, desrespeitoso e ingrato, exaurindo-te<br />

as reservas de ânimo e deixando-te em lamentável estado emocional.<br />

Insensível aos teus apelos e indiferente às tuas colocações apresenta-se<br />

marcado por fundos traumas dos quais não tens culpa, olhar desvairado,<br />

parecendo estar a um passo da loucura, amedrontando-te e inspirando-te a desistência<br />

do ideal educativo.<br />

Tomando atitude vulgar, suas palavras são chulas ou brutais, passando,<br />

através do tempo, a desconsiderar-te, como se a tua fosse a tarefa de servi-lo<br />

e deixá-lo à vontade.<br />

É gentil, quando estás de acordo com os seus desejos absurdos, anelando<br />

por uma vida ociosa e desprezível. Tão pronto lhe falas em dever, obrigações,<br />

rebela-se, resmunga, desobedece e ameaça.<br />

Estás a ponto de o abandonar.<br />

Indagas-te, muitas vezes, pela criança indefesa e necessitada que<br />

recebeste nos braços, requerendo-te ternura e amor... Através das recordações<br />

revés o corpo frágil e enfermo que cuidaste e atendeste com esperanças de<br />

preparar um cidadão para o mundo, um homem para a sociedade!<br />

Não pode ser o mesmo, este agressivo adversário, o menino que<br />

albergaste no coração.<br />

*<br />

Ali está a mocinha petulante e voluntariosa, exigente e inquieta.<br />

Intoxicada por anseios de liberdade exagerada, extravasa amargura e fazse<br />

revoltada por depender das tuas mãos vigorosas que a impedem,<br />

momentaneamente, de complicar-se, tombando no fosso de dores que<br />

lamentará mais tarde.<br />

Astuta, pensa que te engana, traindo a tua confiança e fugindo ao maternal<br />

apoio que lhe dispensas, voluntariamente desconectando as engrenagens do<br />

equilíbrio.<br />

Observando-a, menina-moça audaciosa, perguntas pela criança fraca que<br />

te chegou, há pouco, e a quem amaste com devotamento e carinho.<br />

Parece que isto não pode acontecer contigo: receber urze após haver<br />

semeado flores e sorver fel na taça em que doaste linfa benfazeja! A realidade,<br />

porém, é mais forte do que os planos que acalentaste de felicidade, e temes<br />

não dispor de mais forças para continuar.<br />

Filhos alheios são, também, filhos de Deus.<br />

*<br />

Perguntas-te se valeu o investimento dos teus melhores anos de vida, que<br />

lhes ofertaste, em face dos resultados que recolhes.<br />

Toda a aplicação do bem, sempre retorna um dia. Não te assustes nem<br />

temas ante os precipitados momentos da alucinação que toma conta da<br />

atualidade histórica.<br />

Redobra a capacidade de amor e não te desapontes.<br />

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