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uma análise das políticas sociais e sua vinculação - Unioeste

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Com esse entendimento de dependência, Marini (1973) e Ouriques (1996) explicaram a<br />

superexploração do trabalho, compreendendo-a como conseqüência <strong>das</strong> relações<br />

desiguais de troca tecnológica entre os países centrais e os periféricos – estes últimos<br />

em invariável desvantagem, o que propiciou a redução dos seus mercados e impulsionou<br />

para baixo os preços dos seus produtos. Dessa forma, a burguesia dos países<br />

dependentes deparou-se com o acirramento em <strong>sua</strong>s relações econômicas, não lhes<br />

restando outra saída (no modo de produção capitalista) se não compensar <strong>sua</strong>s per<strong>das</strong><br />

recorrendo à superexploração do trabalho, entendido por Marini e Ouriques como rígido<br />

regime de regulação da força de trabalho, em que a acumulação de capital se dá a partir<br />

de <strong>uma</strong> intensa exploração do trabalhador e não apenas pelo aumento da <strong>sua</strong><br />

capacidade produtiva, como ocorre através do desenvolvimento tecnológico nos países<br />

economicamente hegemônicos, manifestada pela redução salarial, seguida pelo aumento<br />

da jornada ou intensidade de trabalho, em nome de um pacto desenvolvimentista que<br />

põe, sempre à frente do futuro próximo, a promessa da elevação salarial correspondente<br />

ao maior desgaste da força de trabalho.<br />

Nessa perspectiva, entendemos que a relação econômica dos países centrais com os<br />

periféricos pode ser definida pela prevalência dos interesses dos primeiros em detrimento<br />

dos segundos, tornando estes últimos dependentes, visto que os países centrais, em<br />

nome de seu desenvolvimento, apropriam-se inescrupulosamente da maior parte do<br />

excedente dos países periféricos, reduzindo-os ao estado de dependência enquanto<br />

houver capitalismo.<br />

Como resultado desse estudo, podemos destacar, dialeticamente, que o avanço de <strong>uma</strong><br />

nação se dá, necessariamente, em função do retrocesso de outra(s) e que, quanto mais<br />

desenvolvido for o mercado mundial, nessa organização capitalista, maior será a garantia<br />

de continuidade <strong>das</strong> relações econômicas que debilitam cada vez mais os países<br />

periféricos dependentes. Assim, no modo de produção capitalista não existem chances de<br />

superação da condição de dependência dos países periféricos. Conseqüentemente,

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