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uma análise das políticas sociais e sua vinculação - Unioeste

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nessa sociedade de classes, jamais um país periférico alcançará o mesmo<br />

desenvolvimento que os países centrais.<br />

Nesse contexto, a origem <strong>das</strong> <strong>políticas</strong> <strong>sociais</strong> está articulada com as relações de<br />

trabalho. Nele se pode observar sérias limitações no momento de garantir à maioria da<br />

população níveis mais justos em relação à qualidade de vida, ou seja, o atendimento <strong>das</strong><br />

necessidades básicas de cada indivíduo. Quando o trabalhador apenas produz e não<br />

usufrui os resultados de seu trabalho, a desigualdade é acirrada, as necessidades<br />

básicas não são atendi<strong>das</strong>, colocando em risco o próprio movimento do capitalismo. Em<br />

razão disso, o Estado passa a fomentar <strong>políticas</strong> públicas, objetivando amenizar as<br />

conseqüências da pobreza, a fim de diminuir a insatisfação da grande massa, a qual fica<br />

à margem do acesso à qualidade mínima de vida.<br />

A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa foram importantes momentos históricos<br />

em que a necessidade de tais <strong>políticas</strong> tornou-se mais evidente, época em que houve o<br />

acirramento da luta de classes, pois as classes populares sentiram os efeitos da guerra: o<br />

aumento da miséria e da pressão sobre os indivíduos, forçando o Estado a se<br />

reorganizar, para manter-se como garantidor e legitimador da ordem capitalista. Para<br />

acalmar as massas, a burguesia propôs um Estado que voltasse <strong>sua</strong> atenção para<br />

<strong>políticas</strong> imediatas e realizou <strong>uma</strong> certa abertura política para satisfazer as reivindicações<br />

populares, o que não foi o suficiente para acalmar os protestos da sociedade, já que no<br />

modo de produção capitalista, o Estado não visa à concretização de <strong>uma</strong> sociedade justa,<br />

o que, segundo Boron (2002), só seria possível com <strong>uma</strong> ruptura dessa organização<br />

social.<br />

Outro relevante marco histórico que retrata a existência de <strong>políticas</strong> <strong>sociais</strong>, porém em<br />

outros moldes, foi o período posterior à crise de 29, quando o Estado intensificou seu<br />

papel de agente ativo direcionador do processo capitalista, no qual a teoria<br />

desenvolvimentista, preconizada por Keynes, defendeu a intervenção do Estado na<br />

economia como imposição necessária no enfrentamento da crise, a qual foi vista como a<br />

única forma de evitar o colapso total do sistema. Para tanto desenvolveu <strong>políticas</strong> <strong>sociais</strong>

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