18.04.2013 Views

Ver/Abrir - Biblioteca Digital do IPG - Instituto Politécnico da Guarda

Ver/Abrir - Biblioteca Digital do IPG - Instituto Politécnico da Guarda

Ver/Abrir - Biblioteca Digital do IPG - Instituto Politécnico da Guarda

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Relatório de Estágio<br />

_______________________________________________________________________________________________________________<br />

Nome: Marta Luísa Ferreira Soares Capelo;<br />

Número: 6383<br />

Estabelecimento de Ensino: <strong>Instituto</strong> <strong>Politécnico</strong> <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong> - Escola Superior de<br />

Educação Comunicação e Desporto<br />

Orienta<strong>do</strong>r de estágio: Nelson Clemente Santos Dias Oliveira<br />

Nome <strong>da</strong> organização: Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal<br />

Mora<strong>da</strong>: Largo <strong>do</strong> Centro Cultural, n.º5, 6400-232- Lamegal;<br />

Tutor <strong>da</strong> organização: Miguel Bernardino Soares<br />

Data <strong>do</strong> inicio <strong>do</strong> estágio curricular: 12/07/2010<br />

Término <strong>do</strong> estágio curricular: 12/10/2010<br />

Marta Capelo I


Relatório de Estágio<br />

_______________________________________________________________________________________________________________<br />

Dedicatória<br />

Dedico este trabalho a to<strong>do</strong>s que, de alguma forma, me aju<strong>da</strong>ram e incentivaram na sua<br />

realização. De maneira especial aos meus familiares: pais, irmãos e também ao meu<br />

namora<strong>do</strong>.<br />

Marta Capelo II


Relatório de Estágio<br />

_______________________________________________________________________________________________________________<br />

Agradecimentos<br />

A concretização deste relatório não seria possível sem a colaboração de um conjunto de<br />

pessoas indispensáveis.<br />

Agradeço, em primeiro lugar, ao <strong>Instituto</strong> <strong>Politécnico</strong> <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong> e em especial à Escola<br />

Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD) que me deram oportuni<strong>da</strong>de de<br />

adquirir competências transversais para um bom exercício de funções na área de Animação<br />

Sociocultural. Agradeço também ao <strong>do</strong>cente Nelson Oliveira a orientação que me deu com<br />

bastante competência e dedicação.<br />

Não me posso esquecer de agradecer também à Instituição Centro Social Cultural e<br />

Recreativo de Lamegal (CSCRL) por este estágio enriquece<strong>do</strong>r, nomea<strong>da</strong>mente ao tutor<br />

Miguel Bernardino, à Dr.ª Sandra Bernardino Directora Técnica desta Instituição, e a to<strong>do</strong>s os<br />

funcionários que colaboraram <strong>da</strong> melhor forma possível.<br />

E por fim, deixo um especial agradecimento a to<strong>do</strong>s os i<strong>do</strong>sos que participaram activamente<br />

nas sessões por mim orienta<strong>da</strong>s e com quem partilhei momentos de alegria, de entusiasmo e<br />

diversão, onde ca<strong>da</strong> um tinha o poder de manifestar, de um mo<strong>do</strong> especial, as suas vivências e<br />

experiências.<br />

Marta Capelo III


Relatório de Estágio<br />

_______________________________________________________________________________________________________________<br />

Lista de siglas<br />

ADL - Apoio ao Domicilio de Lamegal<br />

CDL - Centro de Dia de Lamegal<br />

CSCRL - Centro Social, Cultural e Recreativo de Lamegal<br />

ESECD - Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto<br />

IEFP - <strong>Instituto</strong> de Emprego e Formação Profissional<br />

INE – <strong>Instituto</strong> Nacional de Estatística<br />

<strong>IPG</strong> - <strong>Instituto</strong> <strong>Politécnico</strong> <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong><br />

IPSS - Instituição Particular de Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de Social<br />

POC - Programa Ocupacional financia<strong>do</strong> <strong>do</strong> IEFP<br />

SAD - Sistema de Apoio Domiciliário<br />

UNESCO - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization<br />

Marta Capelo IV


Índice geral<br />

Índice de Esquemas .......................................................................................................... V<br />

Índice de Figuras .............................................................................................................. V<br />

Índice de Gráficos ............................................................................................................. V<br />

Índice de Tabelas .............................................................................................................. V<br />

Introdução ......................................................................................................................... 1<br />

Capítulo 1 - O envelhecimento na socie<strong>da</strong>de actual .................................................... 4<br />

1.1 A problemática <strong>do</strong> envelhecimento demográfico ................................................... 4<br />

1.2 Demografia em Portugal ......................................................................................... 6<br />

1.3 Dimensão Biológica ................................................................................................ 7<br />

1.4 Dimensão Social ..................................................................................................... 8<br />

1.5 Dimensão Psico-Afectiva........................................................................................ 9<br />

1.6 O Envelhecimento e o Tempo Livre ..................................................................... 10<br />

Capítulo 2 - Breve abor<strong>da</strong>gem conceptual <strong>da</strong> Animação Sociocultural .................. 14<br />

2.1 Definição de Animação Sociocultural .................................................................. 14<br />

2.2 Âmbitos <strong>da</strong> Animação Sociocultural .................................................................... 16<br />

2.3 Animação de I<strong>do</strong>sos .............................................................................................. 16<br />

Capítulo 3 - Breve Caracterização <strong>da</strong> Instituição Orienta<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Estágio ............ 19<br />

3.1 Respostas sociais para I<strong>do</strong>sos ............................................................................... 19<br />

3.2 Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal .................................................. 20<br />

3.2.1 Enquadramento geográfico <strong>da</strong> aldeia de Lamegal ......................................... 20<br />

2.2.2 Valências, objectivos e destinatários <strong>do</strong> CSCRL ........................................... 21<br />

2.2.3 Funcionários <strong>do</strong> Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal ................ 22<br />

2.2.4 Organização interna........................................................................................ 23<br />

2.2.5 Instalações e Activi<strong>da</strong>des existentes na Instituição ........................................ 24<br />

Capitulo 4 - O Estágio .................................................................................................. 26


4.1 O inicio <strong>do</strong> Estágio ............................................................................................... 26<br />

4.2 Objectivos <strong>do</strong> estágio ............................................................................................ 27<br />

4.3 Características <strong>do</strong> grupo de trabalho ..................................................................... 29<br />

4.4 Activi<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s .................................................................................... 30<br />

4.4.1 Físico - Motora ............................................................................................... 31<br />

4.4.2 Expressão Plástica .......................................................................................... 33<br />

4.4.3 Cognitiva ou Mental ....................................................................................... 34<br />

4.4.4 Expressão e Comunicação .............................................................................. 35<br />

4.4.5 Promotora de Desenvolvimento Pessoal e Social .......................................... 36<br />

4.4.6 Lúdica ............................................................................................................. 36<br />

4.4.7 Outras Activi<strong>da</strong>des ......................................................................................... 37<br />

4.5 Activi<strong>da</strong>des não Realiza<strong>da</strong>s .................................................................................. 37<br />

4.6 Dificul<strong>da</strong>des Senti<strong>da</strong>s ........................................................................................... 38<br />

Reflexão Final ................................................................................................................ 39<br />

Bibliografia ..................................................................................................................... 41<br />

Webgrafia ....................................................................................................................... 43<br />

Anexos


Índice de esquemas<br />

Esquema 1 – Factores que influenciam o tipo de envelhecimento no i<strong>do</strong>so ................. 17<br />

Índice de figuras<br />

Figura 1 - Concelho de Pinhel ........................................................................................ 21<br />

Figura 2 - Organograma <strong>do</strong> Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal............... 23<br />

Índice de gráficos<br />

Gráfico 1 - Transição Demográfica .................................................................................. 5<br />

Gráfico 2 – Pirâmide Etária <strong>do</strong> concelho de Pinhel (1991-2001)..................................... 7<br />

Gráfico 3 - I<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> CSCRL ........................................................................ 29<br />

Gráfico 4 - Sexo <strong>do</strong>s utentes desta Instituição ................................................................ 29<br />

Índice de tabelas<br />

Tabela 1 - Tempo livre <strong>do</strong>s diferentes grupos sociais .................................................... 10<br />

Tabela 2 - Número de valências de i<strong>do</strong>sos nas IPSS em 2000, em uni<strong>da</strong>des e % .......... 20


RELATÓRIO DE ESTÁGIO


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Introdução<br />

Para a finalização <strong>do</strong> curso é-nos solicita<strong>do</strong> a realização de um estágio curricular, com a<br />

finali<strong>da</strong>de de complementar a formação académica, através <strong>do</strong> exercício de tarefas e funções<br />

em Instituições. O estágio visa permitir que os alunos adquiram competências profissionais<br />

num contexto real de trabalho.<br />

Consideran<strong>do</strong> que existe um vasto leque de âmbitos onde os anima<strong>do</strong>res podem actuar e ten<strong>do</strong><br />

eu particular interesse pela Animação realiza<strong>da</strong> junto <strong>da</strong> “Terceira I<strong>da</strong>de”, optei por iniciar a<br />

minha activi<strong>da</strong>de profissional junto <strong>do</strong>s utentes <strong>do</strong> Centro Social Cultural e Recreativo de<br />

Lamegal (CSCRL).<br />

Importa referir que a Animação na “Terceira I<strong>da</strong>de” assume ca<strong>da</strong> vez maior relevância na<br />

nossa socie<strong>da</strong>de, pois desenvolveu-se significativamente nos últimos anos com o<br />

envelhecimento populacional, o qual conduziu a uma maior necessi<strong>da</strong>de de criar e organizar<br />

activi<strong>da</strong>des de animação para i<strong>do</strong>sos.<br />

O motivo que me levou a optar pela terceira i<strong>da</strong>de, prendeu-se com o facto de haver muitos<br />

autores que defendem que os i<strong>do</strong>sos na socie<strong>da</strong>de actual possuem uma imagem negativa <strong>da</strong><br />

vi<strong>da</strong>, basea<strong>da</strong> em características específicas, como a diminuição <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de vital, a<br />

ausência de recursos sociais e económicas. Esta imagem não corresponde à reali<strong>da</strong>de, pois<br />

ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so é diferente <strong>do</strong>s demais devi<strong>do</strong> à sua história, património genético e psicossocial<br />

(Correia, 2007).<br />

No respeitante à escolha <strong>da</strong> instituição, <strong>do</strong> CSCRL, ficou a dever-se, por um la<strong>do</strong> à<br />

proximi<strong>da</strong>de física (ser sedia<strong>da</strong> na aldeia <strong>da</strong> qual sou natural), por outro ao conhecimento e às<br />

relações de amizade com os seus utentes.<br />

O Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal é uma Instituição Particular de<br />

Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de Social (IPSS) que tem como objectivos a promoção cultural, artística e<br />

desportiva de to<strong>da</strong> a população <strong>da</strong> respectiva freguesia. Tem a sua sede na locali<strong>da</strong>de de<br />

Lamegal, freguesia situa<strong>da</strong> no concelho de Pinhel e distrito <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong>.<br />

Este relatório subdivide-se em quarto capítulos, sen<strong>do</strong> que no primeiro procura-se descrever o<br />

envelhecimento na socie<strong>da</strong>de actual em diferentes dimensões: demográfica, biológica, social e<br />

psico-afectiva. No segun<strong>do</strong> capítulo faz-se uma breve caracterização conceptual <strong>da</strong> Animação<br />

Sociocultural, onde procuro definir o conceito de Animação Sociocultural, os seus diversos<br />

Marta Capelo 1


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

âmbitos, bem como a necessi<strong>da</strong>de de realização <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des de animação direcciona<strong>da</strong>s<br />

para a terceira i<strong>da</strong>de. Subsequentemente no capítulo terceiro, a abor<strong>da</strong>gem passa <strong>do</strong> geral para<br />

o particular, <strong>da</strong>n<strong>do</strong>-se ênfase à IPSS denomina<strong>da</strong> CSCRL (sua situação geográfica,<br />

organização interna, seus destinatários, valências, objectivos, funcionários e<br />

equipamentos/instalações). Para uma melhor contextualização, começa-se por fazer uma<br />

breve introdução histórica à evolução <strong>da</strong>s instituições sociais para i<strong>do</strong>sos.<br />

No último capítulo refere-se, de maneira peculiar, o trabalho desenvolvi<strong>do</strong> durante o<br />

estágio curricular, descreven<strong>do</strong> os objectivos, as características <strong>do</strong>s utentes<br />

institucionaliza<strong>do</strong>s, as activi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s e não realiza<strong>da</strong>s e conclui-se referin<strong>do</strong> as<br />

dificul<strong>da</strong>des senti<strong>da</strong>s ao longo destes três meses.<br />

Marta Capelo 2


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Marta Capelo 3


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Capitulo 1 - O envelhecimento na socie<strong>da</strong>de actual<br />

As pessoas com i<strong>da</strong>de superior a sessenta e cinco anos estão a aumentar de forma<br />

significativa, o que faz com que o envelhecimento <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de seja um <strong>do</strong>s<br />

acontecimentos mais importantes desde mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> séc. XX até aos dias de hoje. Segun<strong>do</strong><br />

Osório (2007) o século XX pode ser defini<strong>do</strong> como o “século <strong>do</strong> envelhecimento”.<br />

Neste âmbito a Comissão <strong>da</strong>s Comuni<strong>da</strong>des Europeias analisou as respostas <strong>da</strong><strong>da</strong>s a um<br />

questionário europeu que decorreu, em 1992 alusivo ao tema “I<strong>da</strong>de e Atitudes”, no qual<br />

se questiona a necessi<strong>da</strong>de de alteração <strong>do</strong> significa<strong>do</strong> <strong>da</strong> expressão “terceira i<strong>da</strong>de”, por<br />

o mesmo ser desadequa<strong>do</strong> em virtude <strong>do</strong> aumento <strong>da</strong> esperança média de vi<strong>da</strong>, entre a<br />

população europeia. Assim sen<strong>do</strong>, a referi<strong>da</strong> Comissão propôs que este conceito de<br />

terceira i<strong>da</strong>de abranja apenas a faixa etária compreendi<strong>da</strong> entre os 55-74 anos. Mais<br />

propôs como nova designação a “quarta i<strong>da</strong>de”, abrangen<strong>do</strong> esta última os indivíduos<br />

com 75 ou mais anos de i<strong>da</strong>de (www.ine.pt).<br />

1.1 A problemática <strong>do</strong> envelhecimento demográfico<br />

O envelhecimento demográfico caracteriza-se por um aumento <strong>da</strong> proporção <strong>da</strong>s pessoas<br />

i<strong>do</strong>sas na população total.<br />

De acor<strong>do</strong> com os <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>do</strong> INE, respeitantes aos anos de 1960 e 2001, o fenómeno <strong>do</strong><br />

envelhecimento traduziu-se por um decréscimo de cerca de 36% <strong>da</strong> população jovem (0-<br />

14 anos) e um incremento de 140% <strong>da</strong> população i<strong>do</strong>sa (65 e mais anos).<br />

O crescimento desta faixa etária deve-se a factores como: o aumento <strong>da</strong> esperança de<br />

vi<strong>da</strong>, a diminuição <strong>da</strong>s taxas de mortali<strong>da</strong>de em to<strong>da</strong>s as i<strong>da</strong>des, aos avanços <strong>do</strong>s<br />

cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s sócio-sanitários e à diminuição abrupta <strong>da</strong> fecundi<strong>da</strong>de.<br />

Segun<strong>do</strong> Vicente (2007) este fenómeno deve-se à transição demográfica moderna<br />

(gráfico1), uma vez que as socie<strong>da</strong>des ocidentais passaram a registar crescimentos<br />

naturais bastante diminutos, estan<strong>do</strong> em causa, nalguns países, a própria substituição de<br />

gerações, em que as descendências médias já se situam muito abaixo <strong>do</strong>s 2,1 filhos por<br />

mulher.<br />

Marta Capelo 4


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Gráfico 1- Transição Demográfica<br />

Fonte: http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://fotos.sapo.pt<br />

A transição demográfica subdivide-se em quatro fases, sen<strong>do</strong> que a primeira fase é a <strong>da</strong><br />

pré-transição, caracterizan<strong>do</strong>-se por eleva<strong>da</strong>s taxas de Natali<strong>da</strong>de bem como por eleva<strong>da</strong>s<br />

taxas de Mortali<strong>da</strong>de. Tais factos conduzem à redução <strong>da</strong> taxa de Crescimento Natural. Na<br />

segun<strong>da</strong> fase - Fase de aceleração - dá-se um declínio <strong>da</strong> Taxa de Mortali<strong>da</strong>de como<br />

consequência de uma melhoria generaliza<strong>da</strong> <strong>da</strong>s condições de higiene e saúde. O nível de<br />

fecundi<strong>da</strong>de mantém-se inaltera<strong>do</strong>, originan<strong>do</strong> a aceleração <strong>do</strong> Crescimento Natural <strong>da</strong><br />

População. Na terceira fase - Fase de desaceleração há uma nova atitude face à vi<strong>da</strong> auxilia<strong>da</strong><br />

por meios modernos de intervenção na fecundi<strong>da</strong>de, o que conduz ao decréscimo <strong>da</strong><br />

Natali<strong>da</strong>de. A Mortali<strong>da</strong>de contínua a declinar, pese embora a um ritmo mais modera<strong>do</strong>, bem<br />

como o Crescimento Natural <strong>da</strong> população. Por último, na quarta fase - Pós-transição - há um<br />

registo na redução <strong>da</strong> Natali<strong>da</strong>de e Mortali<strong>da</strong>de, tenden<strong>do</strong> o Crescimento Natural a ser ca<strong>da</strong><br />

vez menor (Paúl e Fonseca, 2005).<br />

O Relatório <strong>da</strong> Divisão <strong>da</strong> População <strong>da</strong> ONU, relativo à evolução demográfica em 2025<br />

prevê que os sexagenários irão ultrapassar os jovens com menos de 15 anos, que a<br />

população com mais de 80 anos se vá multiplicar por seis e o número de centenários será<br />

dezasseis vezes maior <strong>do</strong> que actualmente (www.unric.org/pt/).<br />

Marta Capelo 5


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

1.2 Demografia em Portugal<br />

O peso <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos na estrutura populacional <strong>do</strong> nosso país, tem vin<strong>do</strong> a aumentar de<br />

forma significativa, devi<strong>do</strong>, por um la<strong>do</strong>, à diminuição <strong>do</strong>s nascimentos e por outro ao<br />

aumento de esperança média de vi<strong>da</strong>.<br />

Portugal reflecte fenómenos demográficos semelhantes aos <strong>do</strong>s países desenvolvi<strong>do</strong>s,<br />

ten<strong>do</strong> a sua pirâmide de i<strong>da</strong>des perdi<strong>do</strong> a forma triangular (que apresentava em 1991) e<br />

passa<strong>do</strong> a apresentar uma forma tipo “urna” devi<strong>do</strong> à diminuição <strong>da</strong>s taxas de<br />

mortali<strong>da</strong>de em to<strong>da</strong>s as i<strong>da</strong>des e à diminuição abrupta <strong>da</strong> fecundi<strong>da</strong>de nos últimos anos.<br />

Tais reali<strong>da</strong>des tornaram mais visível o aumento <strong>do</strong> número de i<strong>do</strong>sos, pois em três<br />

déca<strong>da</strong>s o grupo com 75 e mais anos duplicou. A percentagem de pessoas com 80 ou<br />

mais anos relativamente à população total passou de 1,2% em 1960 para 2,6% em 1991,<br />

segun<strong>do</strong> Llano (2006).<br />

Segun<strong>do</strong> os <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong> INE quanto há repartição <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos em território nacional (NUTS<br />

II), a mesma não é uniforme pois há uma maior concentração no Alentejo, Algarve e<br />

Centro.<br />

No respeitante ao concelho de Pinhel, é possível observar o mesmo fenómeno – o aumento<br />

significativo <strong>do</strong> envelhecimento <strong>da</strong> população (gráfico 2), segun<strong>do</strong> os Censos de 2001.<br />

Também o grupo etário 40-44 cresceu consideravelmente ao longo destes dez anos.<br />

Podemos verificar, igualmente, que to<strong>do</strong>s os grupos etários até aos 30 – 35 anos, têm<br />

decresci<strong>do</strong> de forma significativa de 1991 a 2001.<br />

Marta Capelo 6


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Gráfico 2 - Pirâmide Etária <strong>da</strong> População residente no concelho de Pinhel (1991-2001)<br />

Contu<strong>do</strong>, o processo de envelhecimento não é apenas um processo demográfico, pois o<br />

aumento <strong>da</strong> esperança média de vi<strong>da</strong> afecta também outras dimensões, entre as quais se<br />

destacam: a dimensão biológica, social e por último a psicológica.<br />

1.3 Dimensão Biológica<br />

A vi<strong>da</strong> de to<strong>do</strong> o ser vivo é dividi<strong>da</strong> em três fases: “fase <strong>do</strong> crescimento e<br />

desenvolvimento; fase reprodutiva e a senescência ou envelhecimento” (Cancela,<br />

2007:1).<br />

100 +<br />

90-94<br />

80-84<br />

70-74<br />

60-64<br />

50-54<br />

40-44<br />

30-34<br />

20-24<br />

10-14<br />

0-5<br />

600 400 200 0 200 400 600<br />

Na primeira fase, os órgãos crescem e desenvolvem-se, sen<strong>do</strong> nesta fase que o organismo<br />

adquire as capaci<strong>da</strong>des funcionais que mais tarde o torna apto a reproduzir-se. A<br />

reprodução será a capaci<strong>da</strong>de que melhor caracteriza a segun<strong>da</strong> fase. A terceira fase é<br />

marca<strong>da</strong> pelo declínio <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de funcional <strong>do</strong> organismo.<br />

Biologicamente, com o passar de anos, as limitações vão surgin<strong>do</strong> a par de uma série de<br />

alterações nas funções orgânicas e mentais (inclusive a rapidez de aprendizagem e a<br />

memória) devi<strong>do</strong> aos efeitos <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de sobre o organismo. Entretanto essas per<strong>da</strong>s podem<br />

ser compensa<strong>da</strong>s por ganhos em sabe<strong>do</strong>ria, conhecimento e experiência.<br />

O envelhecimento, <strong>do</strong> ponto de vista fisiológico, depende significativamente <strong>do</strong> estilo de<br />

vi<strong>da</strong> que a pessoa assume desde a infância ou a<strong>do</strong>lescência. O organismo envelhece como<br />

2001<br />

1991<br />

Marta Capelo 7


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

um to<strong>do</strong>, enquanto que os órgãos, teci<strong>do</strong>s, células e estruturas sub-celulares têm<br />

envelhecimentos diferencia<strong>do</strong>s (Cancela, 2007).<br />

Vicente (2007) sublinha a ideia que a velhice se manifesta de forma particular de<br />

indivíduo para indivíduo em função <strong>do</strong>s percursos pessoais e espaço social de inserção.<br />

Mas estas limitações não impedem o desenvolvimento de uma vi<strong>da</strong> plena, pois devi<strong>do</strong><br />

aos avanços médicos, a velhice pode ser encara<strong>da</strong> de uma forma saudável, sem <strong>do</strong>enças<br />

graves e problemáticas, o que faz com que os i<strong>do</strong>sos cheguem a i<strong>da</strong>des muito avança<strong>da</strong>s<br />

ain<strong>da</strong> autónomos e lúci<strong>do</strong>s.<br />

1.4 Dimensão social<br />

O isolamento, a inactivi<strong>da</strong>de e a atitude regressiva perante a socie<strong>da</strong>de são factores que<br />

afectam os i<strong>do</strong>sos.<br />

Com o desaparecimento progressivo de pessoas queri<strong>da</strong>s, como parentes e amigos, o i<strong>do</strong>so vai<br />

sentin<strong>do</strong>-se ca<strong>da</strong> vez mais só e mais relega<strong>do</strong>. O sentimento de solidão e de me<strong>do</strong> <strong>do</strong> futuro é<br />

traduzi<strong>do</strong> com frequência pelo desalento e pelo desinteresse tanto pela vi<strong>da</strong> como por temas<br />

relaciona<strong>do</strong>s com o cui<strong>da</strong><strong>do</strong> pessoal, com a higiene e a alimentação.<br />

A solidão é um <strong>do</strong>s maiores inimigos <strong>do</strong> homem e pode ser a causa de muitas <strong>do</strong>enças e<br />

distúrbios psíquicos. Sentir-se só fragiliza, deprime e entristece. O maior problema não é tanto<br />

o viver só, nem o estar só mas sim o sentir-se só (Geis, 2003).<br />

Segun<strong>do</strong> Cagigal cita<strong>do</strong> por Geis, (2003: 30) o “homem é um ser social, pois é feito para a<br />

relação com outros homens. Dois antropólogos tão distintos como M.Mead e Lévi-Strauss<br />

concor<strong>da</strong>m em certas grandes constantes humanas nas relações entre as pessoas: a<br />

necessi<strong>da</strong>de de companhia, <strong>da</strong> compaixão, a capaci<strong>da</strong>de de compreensão, a importância de<br />

tolerar, a necessi<strong>da</strong>de e o desejo de comunicar, constituição <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> comunitária […]”.<br />

Nas culturas pré modernas acreditava-se que a velhice trazia sabe<strong>do</strong>ria e conhecimento, o que<br />

não acontece nos dias de hoje, em que “o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> envelhecimento passou de uma<br />

concepção gerontocrática <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> para uma juvenilização, numa transição de <strong>do</strong>mínio e<br />

poder <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos para uma hipervalorização <strong>do</strong>s estilos juvenis que acarreta o risco de<br />

desvalorizar o papel <strong>da</strong>s gerações mais velhas na socie<strong>da</strong>de actual” (Osório 2007: 8).<br />

Marta Capelo 8


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

O saber <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos passou a ser visto pelos jovens como algo desactualiza<strong>do</strong>, Young e Tom<br />

Schuller (1991) defendem que a i<strong>da</strong>de se tornou um “mecanismo operativo” para confinar as<br />

pessoas a “papéis fixos e estereotipa<strong>do</strong>s” (Giddens, 2007).<br />

Um número eleva<strong>do</strong> de i<strong>do</strong>sos começa agora a explorar novas activi<strong>da</strong>des e novos mo<strong>do</strong>s de<br />

realização pessoal. Nas socie<strong>da</strong>des modernas os jovens e os i<strong>do</strong>sos são classifica<strong>do</strong>s de acor<strong>do</strong><br />

com a i<strong>da</strong>de e não segun<strong>do</strong> as suas características, iniciativas e identi<strong>da</strong>des.<br />

Segun<strong>do</strong> os mesmos autores os i<strong>do</strong>sos e os jovens deveriam unir-se de forma a libertar-se<br />

dessas categorias e a criar uma “socie<strong>da</strong>de sem i<strong>da</strong>des”, aju<strong>da</strong>n<strong>do</strong> a afastar a socie<strong>da</strong>de<br />

moderna <strong>do</strong> consumismo.<br />

A socie<strong>da</strong>de ensina o ser humano a ser “produtivo” e não o ensina a preparar-se para quan<strong>do</strong><br />

essa etapa de produtivi<strong>da</strong>de termina (Llano, 2006). As pessoas são obriga<strong>da</strong>s a a<strong>da</strong>ptarem-se a<br />

esta nova situação social que deveria ser de gozo e descanso <strong>da</strong>s etapas anteriores.<br />

Daí a importância de encontrar activi<strong>da</strong>des que levem os i<strong>do</strong>sos a sair <strong>do</strong> seu isolamento e os<br />

obriguem a contactar com o mun<strong>do</strong> exterior, relacionan<strong>do</strong>-se com as outras pessoas e<br />

encontran<strong>do</strong> o seu novo papel na socie<strong>da</strong>de.<br />

1.5 Dimensão Psico-Afectiva<br />

A teoria psicológica <strong>do</strong> “ciclo vital” defende a ideia que ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> existe um equilíbrio<br />

entre o crescimento (ganhos) e o declínio (per<strong>da</strong>s). Durante a velhice o declínio ocorre em<br />

maior proporção <strong>do</strong> que o crescimento, mas ambos ocorrem ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> (Osório, 2007).<br />

Um aspecto funcional <strong>da</strong> psicologia <strong>do</strong> envelhecimento está relaciona<strong>do</strong> com os estereótipos<br />

ou imagens erra<strong>da</strong>s, uma vez que o processo de envelhecimento é avalia<strong>do</strong> pelos seus efeitos<br />

negativos (improdutivi<strong>da</strong>de, per<strong>da</strong> de interesse na vi<strong>da</strong>, incapaci<strong>da</strong>de de a<strong>da</strong>ptação a novas<br />

situações, etc.) sem fazer distinção entre os conceitos de envelhecimento e velhice.<br />

Estes <strong>do</strong>is conceitos têm diferente significa<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com o Observatório de I<strong>do</strong>sos cita<strong>do</strong><br />

por Osório (2007). O conceito velhice aparece como um “esta<strong>do</strong> definitivo”, caracteriza<strong>do</strong><br />

pela ausência de futuro e de capaci<strong>da</strong>de de transformação rumo ao bem-estar, ou seja, a<br />

velhice é vista como etapa de “decadência, penúria económica, frustração, etc.”. O processo<br />

de envelhecimento constitui uma dimensão positiva que permite um desenvolvimento no<br />

âmbito <strong>do</strong> qual é possível e conveniente realizar activi<strong>da</strong>des.<br />

Marta Capelo 9


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

1.6 O Envelhecimento e o Tempo Livre<br />

A maior parte <strong>do</strong> tempo vivi<strong>do</strong> pelos i<strong>do</strong>sos no dia-a-dia é livre. O termo tempo livre pode ser<br />

designa<strong>do</strong> por “um conjunto dinâmico e complexo de ocupações, voluntariamente usa<strong>do</strong> para<br />

relaxar e divertir-se ou, ain<strong>da</strong>, para desenvolver a participação social, os gostos, os<br />

conhecimentos ou aptidões depois de ver-se liberta<strong>do</strong> <strong>da</strong>s obrigações profissionais, familiares,<br />

sociais e culturais” (Geis, 2003:33)<br />

Tabela 1- Tempo livre de diferentes grupos sociais<br />

Fonte: A<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> de Pilar Geis, 2003:33<br />

Crianças Jovens Adultos I<strong>do</strong>sos<br />

Tempo de Trabalho Horário escolar Universi<strong>da</strong>de Trabalho<br />

Tempo de não trabalho Locomoção Locomoção Locomoção<br />

Tempo livre<br />

(Lazer)<br />

Jogos<br />

Desportos<br />

Activi<strong>da</strong>des de lazer<br />

Viagens<br />

Jogos<br />

Desportos<br />

Teatro<br />

Concertos<br />

Compras<br />

Casa<br />

Jogos<br />

Desportos<br />

Teatro<br />

Activi<strong>da</strong>des culturais<br />

Viagens<br />

Marta Capelo 10<br />

Locomoção<br />

Compras<br />

Na tabela 1 podemos observar como quatro categorias etárias bem distintos ocupam o seu<br />

tempo ao logo <strong>do</strong> dia. O tempo de trabalho é to<strong>do</strong> o espaço de tempo ocupa<strong>do</strong> pelas<br />

obrigações. Ele tem um grande valor social já que é considera<strong>do</strong> como o mais importante e,<br />

de facto, é o que ocupa a maior parte <strong>do</strong> dia e ao qual são dedica<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os esforços. Na<br />

infância, as crianças passam a maior parte <strong>do</strong> dia no colégio, onde recebem alguns<br />

ensinamentos e adquirem alguns hábitos de conduta. O mesmo ocorre com os a<strong>do</strong>lescentes e<br />

os jovens que vão para a universi<strong>da</strong>de. O seu tempo de trabalho é dedica<strong>do</strong> à respectiva<br />

formação.<br />

A socie<strong>da</strong>de educa-nos de forma a preencher esse tempo de trabalho e não tem em conta os<br />

hábitos, as activi<strong>da</strong>des e a formação pessoal que é adquiri<strong>da</strong> durante o tempo de não trabalho<br />

ou lazer. A forma de preenchê-lo será um complemento ao tempo de trabalho, pois as<br />

activi<strong>da</strong>des que são realiza<strong>da</strong>s durante esse tempo são tão importantes e formativas quanto as<br />

que o são durante o tempo de trabalho.<br />

Muitas são as vezes em que os termos tempo livre, lazer e ócio são vistos como sinónimos, o<br />

que não é correcto, pese embora os mesmos estejam entre si relaciona<strong>do</strong>s.<br />

Casa


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Tanto o lazer como o ócio necessitam de tempo livre. A diferença está, segun<strong>do</strong> Rodrigues<br />

(2002), no contexto de liber<strong>da</strong>de.<br />

Ora, o termo lazer engloba activi<strong>da</strong>des que dedicamos a nós próprios, depois de cumprirmos<br />

as obrigações de trabalho (ou seja, nos momentos de lazer podemo-nos divertir, descansar,<br />

estu<strong>da</strong>r ou até mesmo trabalhar). O significa<strong>do</strong> de lazer inclui portanto as seguintes ideias:<br />

“aproveitar o tempo livre, esta<strong>do</strong> de permissão, de disponibili<strong>da</strong>de e de liber<strong>da</strong>de”.<br />

Já o termo ócio surge como a diminuição <strong>do</strong> horário de trabalho, quan<strong>do</strong> um tempo vazio<br />

surge na vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s indivíduos. Porém este tempo não pode ser apeli<strong>da</strong><strong>do</strong> de tempo livre, sen<strong>do</strong><br />

apenas um espaço temporal disponível. O ócio refere-se à não obrigação ou não trabalho,<br />

significan<strong>do</strong> “o que está permiti<strong>do</strong>” (latim- licere), (Coelho, s.d).<br />

Na terceira i<strong>da</strong>de tu<strong>do</strong> se transforma em tempo de não trabalho e em tempo livre, acarretan<strong>do</strong><br />

várias consequências para o i<strong>do</strong>so, entre as quais se destacam as seguintes: terminus <strong>da</strong> fonte<br />

de relação com um grupo social, existência de situações e de sensações de solidão, fácil<br />

ocorrência de situações depressivas, rejeição <strong>da</strong> nova situação, etc.<br />

É importante, então, que o tempo de ócio seja distribuí<strong>do</strong> de tal forma que permita o<br />

preenchimento <strong>do</strong> espaço vazio, através <strong>da</strong> realização de activi<strong>da</strong>des gratificantes.<br />

Deve-se, desta forma, aprender a valorizar o tempo livre e a aproveitá-lo. Começan<strong>do</strong>-se,<br />

desde logo na infância, onde se devem criar alguns hábitos para a realização de activi<strong>da</strong>des<br />

gratificantes e compensatórias que ocupem o tempo livre.<br />

Entre as barreiras que impossibilitam a concretização <strong>do</strong> ideal <strong>do</strong> lazer podemos citar: os<br />

estereótipos, o tempo disponível, o acesso a espaços de lazer e o factor económico. Para Malo<br />

cita<strong>do</strong> por Geis, (2003) “as activi<strong>da</strong>des de tempo livre estão muito condiciona<strong>da</strong>s à<br />

capaci<strong>da</strong>de económica, à classe social à qual se pertence, à cultura e à educação que se possui,<br />

aos hábitos e à saúde”.<br />

A Carta Internacional <strong>da</strong> Educação para o Lazer <strong>da</strong> Wold Leisure e Recreaction Association<br />

(1993) iguala o lazer a outros direitos humanos como a educação, o trabalho e a saúde. No seu<br />

artigo 2.4 consagra-se que “o lazer é um direito humano fun<strong>da</strong>mental, tal como a educação, o<br />

trabalho e a saúde, e ninguém devia ser priva<strong>do</strong> desse direito por questões de género,<br />

orientação sexual, i<strong>da</strong>de, raça, religião, esta<strong>do</strong> de saúde, incapaci<strong>da</strong>de ou situação<br />

económica”.<br />

Marta Capelo 11


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Para Osório (2007)., a melhor maneira de encarar a terceira i<strong>da</strong>de <strong>do</strong> ponto de vista <strong>da</strong><br />

educação é através <strong>do</strong>s tempos livres. A planificação de acções educativas orienta<strong>da</strong>s para o<br />

lazer e destina<strong>da</strong>s a este grupo etário, tornam o tempo livre mais satisfatório. A pe<strong>da</strong>gogia <strong>do</strong><br />

lazer deverá estabelecer linhas de investigação que combinem os desejos, interesses e<br />

aspirações desta população.<br />

Marta Capelo 12


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Marta Capelo 13


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Capitulo 2- Breve abor<strong>da</strong>gem conceptual <strong>da</strong> Animação<br />

Sociocultural<br />

Como vimos no capítulo anterior, o envelhecimento <strong>da</strong> população tende a aumentar, bem<br />

como o tempo livre à disposição <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so nesta fase <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong>. Segun<strong>do</strong> vários autores,<br />

através de programas e projectos relaciona<strong>do</strong>s com a Animação na terceira i<strong>da</strong>de, os i<strong>do</strong>sos<br />

podem alcançar bem-estar e satisfação (Osório, 2007).<br />

Tal como aflora<strong>do</strong> anteriormente, a cessação <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de profissional, a ausência de<br />

familiares e a per<strong>da</strong> ou diminuição <strong>da</strong>s relações sociais, conduzem as pessoas i<strong>do</strong>sas ao<br />

isolamento social, alimentam sentimentos de solidão, pessimismo, tédio, passivi<strong>da</strong>de e<br />

frustração, induzi<strong>do</strong>s pelo “não fazer na<strong>da</strong>”, pelo “não se sentirem úteis”, provocan<strong>do</strong> a<br />

exclusão social.<br />

O i<strong>do</strong>so pode optar por participar em activi<strong>da</strong>des direcciona<strong>da</strong>s para ele e, dessa forma,<br />

tornar-se agente <strong>do</strong> seu próprio desenvolvimento, dialogan<strong>do</strong> com a socie<strong>da</strong>de e interagin<strong>do</strong><br />

com as outras gerações. A Animação na terceira i<strong>da</strong>de tem uma função cultural, psicossocial,<br />

socioeducativa, entre outras, proporcionan<strong>do</strong> uma velhice mais digna e valorativa <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so,<br />

poden<strong>do</strong> contribuir para a prevenção de <strong>do</strong>enças, maior mobili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, sensação de<br />

bem-estar físico e psicológico (Correia, 2007).<br />

Antes de abor<strong>da</strong>rmos mais directamente este âmbito <strong>da</strong> Animação, iremos compreender<br />

melhor a definição <strong>do</strong> termo Animação Sociocultural e to<strong>do</strong>s os seus âmbitos.<br />

2.1 Definição de Animação Sociocultural<br />

De acor<strong>do</strong> com a UNESCO (1977), o termo Animação Sociocultural é defini<strong>do</strong> “como o<br />

conjunto de práticas sociais que têm como finali<strong>da</strong>de estimular a iniciativa, bem como a<br />

participação <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des no processo <strong>do</strong> seu próprio desenvolvimento e na dinâmica<br />

global <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> sócio-política em que estão integra<strong>do</strong>s”.<br />

Não é possível identificar com precisão a origem <strong>da</strong> Animação em Portugal. Sabe-se que<br />

começou “a soprar de França através <strong>do</strong>s ventos de mu<strong>da</strong>nça <strong>do</strong> mítico Maio de 68 procura a<br />

assunção de ci<strong>da</strong>dãos com ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia plena conferi<strong>da</strong> de uma democracia participativa e não<br />

ritualiza<strong>da</strong> e calen<strong>da</strong>riza<strong>da</strong>, de uma educação que ultrapassa o senti<strong>do</strong> formal e se estende à<br />

Marta Capelo 14


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

comuni<strong>da</strong>de, de uma cultura liga<strong>da</strong> ao compromisso que o homem tem com o outro<br />

homem”(Lopes, 2007: 3).<br />

Através <strong>da</strong> Animação Sociocultural procura-se gerar processos de participação, crian<strong>do</strong><br />

espaços para a comunicação de grupos e pessoas, ten<strong>do</strong> em vista o desenvolvimento social e<br />

cultural.<br />

Limón e Crespo (2002: 50) definem Animação Sociocultural como “elemento técnico que<br />

permite ayu<strong>da</strong>r a los individuos a tomar conciencia de sus problemas y de sus necesi<strong>da</strong>des y a<br />

entrar en comunicación a fin de resolver colectivamente esos problemas. La animación se<br />

implica en to<strong>do</strong>s los <strong>do</strong>minios de la activi<strong>da</strong>d humana, en to<strong>do</strong>s los problemas de la vi<strong>da</strong> en<br />

grupo, de la vi<strong>da</strong> de barrio, de la vi<strong>da</strong> urbana o rural”<br />

Segun<strong>do</strong> Lopes (2007) a Animação Sociocultural em Portugal estende-se, até aos dias de hoje,<br />

em seis fases: a primeira fase (de 1974 a 1976) caracteriza-se por ser a “fase revolucionária <strong>da</strong><br />

Animação Sociocultural”. Nesta fase, a Animação Sociocultural é vista como méto<strong>do</strong> eficaz<br />

para a intervenção na comuni<strong>da</strong>de. A segun<strong>da</strong> fase (de 1977 a 1980) é a “fase<br />

Constitucionalista <strong>da</strong> Animação”, onde to<strong>da</strong> a sua acção foi determina<strong>da</strong> por instituições que,<br />

a partir de uma lógica concentraccionista, assumiriam a centrali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> mesma. A terceira<br />

fase, designa<strong>da</strong> por “patrimonalista” (de 1981 a 1985), ficou caracteriza<strong>da</strong> por uma<br />

investigação centra<strong>da</strong> na preservação e recuperação <strong>do</strong> património cultural. Entre 1986 e 1990<br />

deu-se a passagem <strong>da</strong> Animação Sociocultural <strong>da</strong> esfera <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> poder central para o<br />

<strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> poder local. Na penúltima fase -“fase Multicultural e Intercultural”- projectou-se<br />

uma intervenção de valorização <strong>da</strong> acção educa<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> multiculturalismo (de 1991 a 1995).<br />

Em 1996 inicia-se a sexta e última fase, a qual se prolonga até aos dias de hoje. Esta<br />

caracteriza-se como a “fase <strong>da</strong> Globalização”, em que a Animação Sociocultural torna o ser<br />

humano protagonista e promotor <strong>da</strong> sua própria autonomia.<br />

Existem diversas formas de definir animação, desde o conceito de animação como “acção,<br />

intervenção ou actuação” (no qual importa o que o agente faz); ao conceito de animação<br />

sociocultural como “activi<strong>da</strong>de ou prática social” (onde o mais relevante é o que o agente<br />

promove, conjuntamente com o público-alvo). Há quem defina animação sociocultural como<br />

sen<strong>do</strong> um “méto<strong>do</strong> ou maneira de proceder” ou “uma técnica”, um “meio ou instrumento”;<br />

como “processo” (a animação como “programa, projecto”); como “função social” (deven<strong>do</strong><br />

estar presente em to<strong>da</strong>s as comuni<strong>da</strong>des); e, por último, a animação como “factor” (Trilla, sd).<br />

Marta Capelo 15


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

2.2 Âmbitos <strong>da</strong> Animação Sociocultural<br />

Ao falármos <strong>do</strong>s âmbitos de Animação, não podemos esquecer a perspectiva tridimensional<br />

relativa às estratégias de intervenção: “dimensão etária” (infantil, juvenil, de adultos e terceira<br />

i<strong>da</strong>de); “espaço de investigação” (Animação urbana, Animação rural); “plurali<strong>da</strong>de de<br />

âmbitos liga<strong>do</strong>s a sectores de áreas temática” (a educação, o teatro, os tempos livres, o<br />

turismo, etc.).<br />

Para designar as suas múltiplas funções e formas exactas de actuação to<strong>do</strong>s estes âmbitos<br />

envolvem um amplo conjunto de termos, entre eles situam-se por exemplo: a Animação<br />

Socioeducativa, a Animação Rural, a Animação <strong>da</strong> Terceira I<strong>da</strong>de, a Animação em Prisões,<br />

entre outros.<br />

É através destes diferentes âmbitos que a animação, partin<strong>do</strong> de diagnósticos previamente<br />

elabora<strong>do</strong>s, realiza programas que respon<strong>da</strong>m às necessi<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s indivíduos/ grupos (Lopes,<br />

2007).<br />

2.3 Animação de I<strong>do</strong>sos<br />

A Animação Sociocultural no âmbito <strong>da</strong> terceira i<strong>da</strong>de “surge em resposta a uma ausência ou<br />

diminuição <strong>da</strong> sua activi<strong>da</strong>de e <strong>da</strong>s relações sociais. Para preencher esse vazio, a Animação<br />

Sociocultural trata de favorecer a emergência de uma vi<strong>da</strong> centra<strong>da</strong> à volta <strong>do</strong> indivíduo ou <strong>do</strong><br />

grupo, a Animação Sociocultural concebe a ideia de progresso <strong>da</strong>s pessoas i<strong>do</strong>sas através <strong>da</strong><br />

sua integração e participação voluntária em tarefas colectivas nas quais a cultura joga um<br />

papel estimulante” (Lopes, 2007:4).<br />

No caso particular <strong>da</strong> terceira i<strong>da</strong>de, a Animação Sociocultural é um processo de intervenção<br />

que parte de uma reali<strong>da</strong>de concreta na tentativa de a modificar e/ou melhorar a to<strong>do</strong>s os<br />

níveis. A animação pode ser vista como um estilo de trabalho, uma pe<strong>da</strong>gogia activa para<br />

promover a participação <strong>do</strong>s indivíduos (Limón e Crespo, 2002).<br />

A intervenção na terceira i<strong>da</strong>de para ser bem implementa<strong>da</strong> deve actuar em duas dimensões: a<br />

dimensão “geral e circunscrita na política social” (protecção social, resolução <strong>da</strong>s<br />

necessi<strong>da</strong>des sociais); e a diminuição “específica na intervenção sócio educativa” (neste<br />

campo situam-se programas e activi<strong>da</strong>des dirigi<strong>da</strong>s à terceira i<strong>da</strong>de, numa perspectiva de<br />

educação permanente, de forma a adequar o i<strong>do</strong>so a contextos sociais e culturais) Para que a<br />

intervenção nestes <strong>do</strong>is campos seja completa, têm de se ter em consideração to<strong>do</strong>s os factores<br />

que determinam o envelhecimento (esquema 1)<br />

Marta Capelo 16


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Socie<strong>da</strong>de:<br />

novas politicas<br />

sociais; visão<br />

sobre o i<strong>do</strong>so;<br />

avanço <strong>da</strong><br />

medicina;<br />

melhoria <strong>da</strong>s<br />

condições de<br />

vi<strong>da</strong>.<br />

Esquema 1 – Factores influentes no tipo de envelhecimento no i<strong>do</strong>so<br />

Fonte: basea<strong>do</strong> no esquema de Paula Correia, 2007:14<br />

I<strong>do</strong>so: sexo,<br />

hereditarie<strong>da</strong>de<br />

, saúde, esta<strong>do</strong><br />

civil e profissão,<br />

história de vi<strong>da</strong>,<br />

nivel de<br />

escolarie<strong>da</strong>de,<br />

contextos,<br />

residência,<br />

poder<br />

económico,<br />

nivel social e<br />

cultural.<br />

Família: novos<br />

papéis sociais<br />

e<br />

profissionais,<br />

falta de tempo<br />

e condições.<br />

Ca<strong>da</strong> um destes factores pode ser avalia<strong>do</strong> de forma diferente, pois os efeitos variam de i<strong>do</strong>so<br />

para i<strong>do</strong>so. Ou seja, as relações diferem consoante o i<strong>do</strong>so, <strong>da</strong>í a necessi<strong>da</strong>de de responder<br />

eficazmente às suas necessi<strong>da</strong>des, desejos e expectativas. Os programas de animação devem<br />

ser a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong>s às situações de ca<strong>da</strong> indivíduo ou grupo (Correia, 2007).<br />

As várias finali<strong>da</strong>des <strong>da</strong> Animação <strong>da</strong> terceira i<strong>da</strong>de podem ter cabimento em múltiplos<br />

programas institucionais, tais como: promoção <strong>do</strong> bem-estar pessoal, grupal e comunitário<br />

<strong>do</strong>s indivíduos; tentar melhorar a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> e saúde integral (física, mental e social);<br />

fazer com que o processo de envelhecimento seja “normal” sem traumas, <strong>do</strong>res, etc;<br />

proporcionar o desenvolvimento <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des, habili<strong>da</strong>des e destrezas <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos;<br />

promover a realização pessoal <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos; motivar os i<strong>do</strong>sos de forma a torná-los mais<br />

activos, participantes, críticos, criativos, solidários e úteis na socie<strong>da</strong>de; estimular a educação<br />

e formação permanentes; desenvolver atitudes críticas perante a vi<strong>da</strong>, mediante a animação de<br />

grupos de reflexão e debate (Limón e Crespo, 2002 e Garcia, 1992).<br />

Em jeito de conclusão, podemos dizer que a Animação Sociocultural na terceira i<strong>da</strong>de se<br />

baseia numa Gerontologia Educativa, com o fim de auxiliar as pessoas i<strong>do</strong>sas a programar a<br />

evolução natural <strong>do</strong> seu envelhecimento e a promover novas activi<strong>da</strong>des, que conduzam à<br />

manutenção <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de física e mental.<br />

Família e<br />

amigos: redes<br />

de apoio<br />

social, tipo de<br />

relações .<br />

Instituições:<br />

quali<strong>da</strong>de , nivel<br />

de oferta, visão <strong>da</strong><br />

institucionalização<br />

Marta Capelo 17<br />

Tendências<br />

demográficas:<br />

esperança de<br />

vi<strong>da</strong> cresce; a<br />

natali<strong>da</strong>de<br />

diminui.


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Marta Capelo 18


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Capítulo 3 - Breve Caracterização <strong>da</strong> Instituição Orienta<strong>do</strong>ra <strong>do</strong><br />

Estágio<br />

Como forma de contextualização <strong>do</strong> meio institucional onde realizei o meu estágio, o<br />

presente capítulo inicia-se com uma breve referência histórica à evolução <strong>da</strong>s instituições<br />

sociais para i<strong>do</strong>sos.<br />

Feita tal referência, irei falar, em particular, na Instituição que escolhi para realizar o<br />

meu estágio curricular, ou seja, o CSCRL.<br />

3.1 Respostas sociais para I<strong>do</strong>sos<br />

Devi<strong>do</strong> ao envelhecimento progressivo <strong>da</strong> população, tem havi<strong>do</strong> uma constante e<br />

progressiva preocupação em criar, ao longo <strong>do</strong>s últimos séculos, respostas sociais para<br />

i<strong>do</strong>sos.<br />

Daí o surgimento de <strong>do</strong>is tipos de respostas sociais institucionaliza<strong>da</strong>s e diferencia<strong>da</strong>s<br />

nos serviços presta<strong>do</strong>s: o Serviço ao <strong>do</strong>micílio (alimentação, higiene, saúde, tratamento<br />

de roupa e outros) e as Instituições (Lares, Hospitais, Residências, Centros de Dia,<br />

Centros de Convívio e Universi<strong>da</strong>des Séniores).<br />

No século XV surgiram os primeiros equipamentos destina<strong>do</strong>s a apoiar a terceira i<strong>da</strong>de,<br />

designa<strong>do</strong>s por “asilos ou albergues”. É a partir desta <strong>da</strong>ta que a velhice começa a ser<br />

encara<strong>da</strong> de forma diferente, ou seja, como “<strong>do</strong>ença social”, em que o i<strong>do</strong>so deixa de ser<br />

conheci<strong>do</strong> pela sua experiência e passa a ser visto como fraco, inútil e improdutivo. Isto<br />

deveu-se ao facto de as socie<strong>da</strong>des ocidentais sobrevalorizarem a produtivi<strong>da</strong>de e o<br />

desenvolvimento (Correia, 2007: 4).<br />

Volvi<strong>do</strong>s cinco séculos, a socie<strong>da</strong>de e o Esta<strong>do</strong> acharam por bem melhorar os<br />

equipamentos cria<strong>do</strong>s, ten<strong>do</strong> surgi<strong>do</strong> os Lares de I<strong>do</strong>sos. Nos finais <strong>do</strong> século XX<br />

aparecem as primeiras valências de Centros de Dias e Centros de Convívio. Os Centros<br />

de Dia diferenciam-se <strong>do</strong>s Lares, na medi<strong>da</strong> em que são equipamentos mais “abertos”,<br />

sen<strong>do</strong> um misto de <strong>do</strong>micílio e internamento. Por sua vez, os Centros de Convívio estão<br />

mais vocaciona<strong>do</strong>s para a Animação de i<strong>do</strong>sos. A partir de 1976, começaram a surgir<br />

serviços de Apoio ao Domicilio, onde se procura levar os serviços existentes no Centro<br />

Marta Capelo 19


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

de Dia à casa <strong>do</strong> utente. Nos finais <strong>do</strong>s anos 90, o Sistema de Apoio ao Domicilio (SAD)<br />

começa a albergar o <strong>do</strong>mínio <strong>da</strong> saúde. Nos finais destes anos apareceram os Centros de<br />

Noite, as Universi<strong>da</strong>des, etc. (Jacob, 2008).<br />

De acor<strong>do</strong> com a Carta Social, 2004, “a grande maioria (82 por centro em 2000) <strong>da</strong>s<br />

respostas sociais para i<strong>do</strong>sos é executa<strong>da</strong> pelas IPSS, associações priva<strong>da</strong>s sem fins<br />

lucrativos. Sen<strong>do</strong> os restantes 18 por centro dividi<strong>do</strong>s entre o Esta<strong>do</strong> e os priva<strong>do</strong>s<br />

lucrativos” (Jacob, 2008: 16).<br />

Tabela 2- Número de valências de i<strong>do</strong>sos nas IPSS em 2000, em uni<strong>da</strong>des e %<br />

Fonte: DEPP (Luis Jacob, 2008: 18)<br />

Valência Número %<br />

Centro de Dia 1278 34<br />

SAD 1230 33<br />

Lar 769 20<br />

Centro de Convívio 384 9-10<br />

Total 3661 96-97<br />

Através <strong>da</strong> observação <strong>da</strong> tabela número <strong>do</strong>is podemos concluir que no ano 2000 a<br />

valência com maior representativi<strong>da</strong>de era a <strong>do</strong> Centro de Dia. Nesta tabela não estão<br />

representa<strong>da</strong>s apenas duas valências: o acolhimento familiar a i<strong>do</strong>sos (3%) e residências<br />

(1%).<br />

3.2 Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal<br />

Segun<strong>do</strong> os seus estatutos, o CSCRL é uma Instituição Particular de Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de Social,<br />

ten<strong>do</strong> por objectivos a promoção cultural, artística e desportiva de to<strong>da</strong> a população <strong>da</strong><br />

freguesia <strong>do</strong> Lamegal. O CSCRL foi cria<strong>do</strong> em Junho de 1981 (e a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> a IPSS em 1993),<br />

a sua sede situa-se na locali<strong>da</strong>de de Lamegal, freguesia <strong>do</strong> concelho de Pinhel, distrito <strong>da</strong><br />

Guar<strong>da</strong>.<br />

3.2.1 Enquadramento geográfico <strong>da</strong> aldeia de Lamegal<br />

Lamegal é uma aldeia situa<strong>da</strong> no interior <strong>do</strong> país, localiza<strong>da</strong> no concelho de Pinhel,<br />

distrito <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong>.<br />

Marta Capelo 20


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

A freguesia de Lamegal estende-se por uma área total de 2.169 hectares e localiza-se a cerca<br />

de 15 Km <strong>da</strong> sede de Concelho.<br />

Administrativamente, formam esta freguesia além <strong>da</strong> sede, as anexas/lugares: Freixinho,<br />

Penhaforte e Salgueiral.<br />

Figura 1 - Concelho de Pinhel<br />

Fonte: http://agen<strong>da</strong>.pt/UserFiles/mapa3138.jpg<br />

O topónimo pode ter fica<strong>do</strong> a dever-se à existência de lama, que deu origem à designação de<br />

Lamaçal, o que confirma a circunstância de a antiga vila se encontrar edifica<strong>da</strong> em terreno<br />

plano.<br />

Em tempos foi vila e sede de um concelho extinto há já muito tempo, <strong>do</strong> qual permanece o<br />

simbólico pelourinho. Não teve qualquer foral embora representasse uma pequena uni<strong>da</strong>de<br />

concelhia que prevaleceu até às primeiras reformas liberais <strong>do</strong> século passa<strong>do</strong>.<br />

Há vestígios de a freguesia ter si<strong>do</strong> povoa<strong>da</strong> por coevos e romanos. (www.lamegal.com).<br />

3.2.2 Valências, objectivos e destinatários <strong>do</strong> CSCRL<br />

As duas valências existentes no CSCRL são: o Centro de Dia de Lamegal (CDL) e o Apoio ao<br />

Domicilio de Lamegal (ADL).<br />

Marta Capelo 21


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Quanto aos serviços ofereci<strong>do</strong>s por ambas as valências destacam-se a lavagem de roupa e<br />

higiene pessoal.<br />

Os serviços diferem quan<strong>do</strong> se fala <strong>da</strong> confecção de refeições, enquanto que o CDL oferece<br />

três refeições: pequeno-almoço, almoço e jantar; o ADL efectua o transporte ao <strong>do</strong>micílio de<br />

apenas duas refeições: almoço e jantar.<br />

Um serviço <strong>do</strong> ADL é a higiene habitacional.<br />

Os objectivos de ambas as valências são: apoiar i<strong>do</strong>sos na situação de reforma<strong>do</strong>s ou com<br />

problemas sócio-familiares; desenvolver activi<strong>da</strong>des dinamiza<strong>do</strong>ras <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> social e cultural<br />

<strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de; fomentar a participação <strong>da</strong>s famílias em que os i<strong>do</strong>sos estão integra<strong>do</strong>s;<br />

interligar Gerações/I<strong>do</strong>sos/Jovens/Crianças; dinamizar Convívios Inter-Gerações; incentivar<br />

os menos Jovens e relembrar tradições já um pouco esqueci<strong>da</strong>s.<br />

Podem recorrer ao CSCRL, to<strong>da</strong>s as pessoas i<strong>do</strong>sas na situação de reforma<strong>do</strong>s ou com<br />

problemas sócio - familiares. A admissão é feita através de uma entrevista ao candi<strong>da</strong>to ou<br />

seu familiar a realizar pelo Presidente <strong>do</strong> CSCRL. A capaci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> mesmo é de 25 utentes.<br />

O CSCRL conta actualmente com 7 I<strong>do</strong>sos em ADL e 25 I<strong>do</strong>sos em CDL.<br />

3.2.3 Funcionários <strong>do</strong> Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal<br />

Nesta instituição trabalham, actualmente seis funcionárias: uma cozinheira, uma auxiliar de<br />

cozinha, duas aju<strong>da</strong>ntes de apoio ao <strong>do</strong>micílio, uma Directora Técnica e uma funcionária<br />

beneficiária <strong>do</strong> programa POC, ou seja, Programa Ocupacional financia<strong>do</strong> pelo IEFP.<br />

As referi<strong>da</strong>s funcionárias têm como deveres, além <strong>do</strong> acolhimento <strong>do</strong>s utentes, apoiá-los na<br />

realização <strong>da</strong>s diferentes tarefas consoante as suas necessi<strong>da</strong>des; cumprir o horário<br />

estabeleci<strong>do</strong>; zelar pela conservação <strong>do</strong>s equipamentos; tratar o i<strong>do</strong>so com carinho e respeito;<br />

respeitar dietas <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong>entes; estabelecer um bom relacionamento de trabalho entre si e<br />

de convívio com os demais utentes; acatar as ordens <strong>da</strong> direcção e executar quaisquer outras<br />

tarefas adequa<strong>da</strong>s à respectiva função que lhes sejam atribuí<strong>da</strong>s superiormente.<br />

Alguns <strong>do</strong>s deveres acima elenca<strong>do</strong>s foram os que nortearam a realização <strong>do</strong> meu estágio,<br />

pois trata-se de deveres que devem pautar o trabalho desenvolvi<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s os profissionais<br />

que trabalham com i<strong>do</strong>sos.<br />

Marta Capelo 22


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

3.2.4 Organização interna<br />

A Direcção <strong>do</strong> CSCRL é constituí<strong>da</strong> por três elementos, a saber: o Presidente, o Secretário e o<br />

Tesoureiro.<br />

No quotidiano <strong>do</strong> Centro de Dia a tarefa mais árdua é desempenha<strong>da</strong> pela Directora Técnica,<br />

pessoa responsável por garantir o bom funcionamento <strong>da</strong> Instituição (fazen<strong>do</strong> a gestão <strong>do</strong>s<br />

recursos existentes e aquisição <strong>do</strong>s bens necessários) e que sempre revelou uma especial<br />

preocupação e aproximação com os utentes.<br />

É claro que uma instituição destas só pode funcionar graças ao papel contributivo de to<strong>da</strong>s as<br />

funcionárias que labutam no dia-a-dia para que os utentes se sintam em “sua casa”.<br />

Figura 2- Organograma <strong>do</strong> Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal<br />

Direcção<br />

Presidente Secretário<br />

Directora Técnica<br />

Cozinheira<br />

Auxiliar de<br />

cozinha<br />

duas aju<strong>da</strong>ntes<br />

de cozinha<br />

POC<br />

Tesoureiro<br />

Marta Capelo 23


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

3.2.5 Instalações e Activi<strong>da</strong>des existentes na Instituição<br />

No CSCRL existem os seguintes divisões: um hall de entra<strong>da</strong>, uma cozinha, uma sala de<br />

convívio, um refeitório, instalações sanitárias, uma despensa, uma sala de higiene e uma<br />

lavan<strong>da</strong>ria (Anexo I).<br />

As activi<strong>da</strong>des de ocupação <strong>do</strong>s tempos livres desenvolvi<strong>da</strong>s nesta Instituição anteriores à<br />

minha chega<strong>da</strong>, eram as seguintes: o desporto sénior e manuali<strong>da</strong>des, ambas apoia<strong>da</strong>s pela<br />

Empresa Municipal Pinhel Falcão.<br />

Importa referir que à semelhança <strong>do</strong> que se passa noutras Instituições, por vezes os i<strong>do</strong>sos<br />

realizam activi<strong>da</strong>des semi-autónomas como jogos de cartas, <strong>do</strong>minó, <strong>da</strong>mas e lêem.<br />

Marta Capelo 24


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Marta Capelo 25


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Capítulo 4- O Estágio<br />

Neste capítulo preten<strong>do</strong> descrever o estágio. O estágio curricular é a última etapa na formação<br />

académica, na qual o aluno, depois de to<strong>do</strong>s os conhecimentos e aprendizagens reuni<strong>do</strong>s se<br />

confronta com a ver<strong>da</strong>deira reali<strong>da</strong>de institucional.<br />

4.1 O inicio <strong>do</strong> estágio<br />

No início <strong>do</strong> estágio, decidi conhecer os utentes <strong>do</strong> Centro de Dia e analisar as suas<br />

dificul<strong>da</strong>des, nível de dependência e interesses.<br />

A entrevista individual (Anexo II) foi a meto<strong>do</strong>logia que elegi para estabelecer o primeiro<br />

contacto com os i<strong>do</strong>sos. Tal meto<strong>do</strong>logia permitiu-me recolher os <strong>da</strong><strong>do</strong>s necessários para<br />

analisar com precisão as pretensões <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, bem como definir qual o horário mais<br />

conveniente para a realização <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des. Para além disso, possibilitou-me aprofun<strong>da</strong>r<br />

questões, recolher oralmente a informação e estabelecer uma maior interacção com os utentes.<br />

Na entrevista para definição <strong>do</strong> grau de dependência <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, recorri às Escalas de<br />

Activi<strong>da</strong>des Básica <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong> Diária - Escala de Lawton. Esta escala, referi<strong>da</strong> por Jacob (2008),<br />

tem como finali<strong>da</strong>de reunir os i<strong>do</strong>sos em três grupos concretos: dependentes, semi-autónomos<br />

e independentes.<br />

Após ter analisa<strong>do</strong> as entrevistas individuais realiza<strong>da</strong>s (Anexo III), pude concluir quais as<br />

activi<strong>da</strong>des mais adequa<strong>da</strong>s às necessi<strong>da</strong>des de ca<strong>da</strong> um.<br />

Foi então, que me deparei com as limitações que os utentes sofriam, pois a maioria deles<br />

padecia de restrições. Os que ain<strong>da</strong> tinham boa locomoção, por vezes detinham limitações<br />

noutros aspectos como por exemplo a nível cognitivo/mental ou limitações sensoriais a nível<br />

<strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s (má audição e/ou má visualização).<br />

Ten<strong>do</strong> em consideração os problemas/limitações sinaliza<strong>do</strong>s, procurei planear e realizar as<br />

activi<strong>da</strong>des mais aprecia<strong>da</strong>s pelos i<strong>do</strong>sos, sem nunca esquecer que as activi<strong>da</strong>des teriam de ser<br />

o menos dispendiosas possível, pois a Instituição possuía poucos recursos financeiros.<br />

Apesar <strong>da</strong> situação financeira não ser a melhor, contei com a aju<strong>da</strong> a to<strong>do</strong>s os níveis <strong>da</strong><br />

Instituição ao longo <strong>do</strong> meu estágio.<br />

Marta Capelo 26


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Após ter efectua<strong>do</strong> a análise <strong>da</strong>s entrevistas, procedi à realização de alguns jogos de<br />

apresentação (anexo VII, dias 15/07 e 16/07) a fim de criar os primeiros laços/empatia com os<br />

utentes. Tal tarefa ocupou praticamente a primeira semana de estágio.<br />

Na semana seguinte e em comum acor<strong>do</strong> com a Directora Técnica <strong>da</strong> Instituição, elaborei um<br />

Plano de Activi<strong>da</strong>des (Anexo IV). Neste plano constavam as seguintes activi<strong>da</strong>des: expressão<br />

físico- motora, expressão plástica, promotoras de desenvolvimento pessoal e social, lúdicas,<br />

cognitivas/mentais, de expressão e comunicação.<br />

Além <strong>do</strong> plano de activi<strong>da</strong>des, foi determina<strong>do</strong> que o primeiro dia <strong>da</strong> semana seria destina<strong>do</strong> à<br />

recolha/planificação <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des a realizar durante a semana que se avizinhava, bem como<br />

auxiliar/colaborar com os serviços administrativos.<br />

As minhas priori<strong>da</strong>des ao longo deste estágio passaram por várias fases: a contextualização<br />

(na qual procurei que os i<strong>do</strong>sos tomassem consciência <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des que fui<br />

realizan<strong>do</strong>); a participação (sempre que pude reforcei a ideia que os utentes tinham acerca <strong>do</strong><br />

direito de escolher/realizar as activi<strong>da</strong>des que mais apreciassem); a estimulação (visei<br />

proporcionar momentos nos quais os i<strong>do</strong>sos se sentissem “capazes de conseguir”, ou seja<br />

procurei fazer com que os i<strong>do</strong>sos não tivessem pensamentos negativos e comportamentos<br />

passivos); e a integração (de forma a tornar os i<strong>do</strong>sos protagonistas <strong>da</strong> defesa <strong>do</strong>s seus<br />

sentimentos, ou seja, fomentar o aban<strong>do</strong>no de sentimentos de marginalização social),<br />

(Serrano, 2008).<br />

4.2 Objectivos <strong>do</strong> estágio<br />

Ao chegar ao Centro de Dia, assisti a situações em que a participação <strong>do</strong> utente na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

instituição era quase nula. Assim, tentei organizar/debater a troca de experiências vivencia<strong>da</strong>s<br />

para que eles tivessem a oportuni<strong>da</strong>de de expressar a sua opinião, o que lhes permitiu reforçar<br />

a auto-estima, aprender, aproveitar a vi<strong>da</strong> e aumentar as suas interacções sociais.<br />

Tracei como objectivos gerais a aplicação e o desenvolvimento <strong>do</strong>s conhecimentos técnicos,<br />

científicos e pe<strong>da</strong>gógicos adquiri<strong>do</strong>s durante a minha formação teórico-prática. Tu<strong>do</strong> isto no<br />

senti<strong>do</strong> de valorizar os i<strong>do</strong>sos, recorren<strong>do</strong> a vários tipos de activi<strong>da</strong>des.<br />

Os objectivos específicos deste estágio incidem sobre as necessi<strong>da</strong>des manifesta<strong>da</strong>s pelo<br />

grupo. Por várias vezes planifiquei realizar activi<strong>da</strong>des, as quais não pude executar, devi<strong>do</strong> ao<br />

facto de os utentes estarem mais entusiasma<strong>do</strong>s com outro tipo de activi<strong>da</strong>des. A forma que<br />

Marta Capelo 27


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

tinham de se expressar era dizen<strong>do</strong>: “podemos fazer isso mais tarde, apetecia-me tanto<br />

continuar o que começámos ontem”.<br />

Os objectivos que tentei alcançar foram:<br />

Estu<strong>da</strong>r a situação, necessi<strong>da</strong>des e solicitação <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos que frequentam o Centro de Dia;<br />

Conseguir a participação <strong>do</strong> maior número de i<strong>do</strong>sos nas activi<strong>da</strong>des;<br />

Estimular nos participantes a possibili<strong>da</strong>de de mu<strong>da</strong>nça e de melhoria <strong>da</strong>s suas relações<br />

interpessoais;<br />

Aumentar a sua auto-estima a partir de um processo de participação e criativi<strong>da</strong>de;<br />

Promover o desenvolvimento pessoal através <strong>da</strong> realização de várias activi<strong>da</strong>des;<br />

Fomentar a participação directa e indirecta <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos;<br />

Motivar os i<strong>do</strong>sos para adquirirem e actualizarem conhecimentos num quadro de educação<br />

permanente;<br />

Aju<strong>da</strong>r os i<strong>do</strong>sos a alcançar o bem-estar físico e mental,<br />

Manter uma forma de vi<strong>da</strong> mais autónoma e independente, superan<strong>do</strong> os problemas que<br />

pudessem surgir no seu quotidiano;<br />

Quebrar a rotina;<br />

Estimular a expressão verbal e não verbal;<br />

Estimular as funções cognitivas<br />

Disponibilizar experiências de lazer escolhi<strong>da</strong>s pelos próprios i<strong>do</strong>sos;<br />

Libertar emoções.<br />

Em suma, oferecer não só uma ocupação regular <strong>do</strong> tempo, mas também uma melhoria <strong>da</strong><br />

condição física e saúde, num ambiente lúdico e descontraí<strong>do</strong>, em contacto com outros i<strong>do</strong>sos.<br />

É necessário promover junto deste grupo etário a realização de activi<strong>da</strong>des que sejam<br />

gratificantes e motiva<strong>do</strong>ras, que ajudem os i<strong>do</strong>sos a superar em esta<strong>do</strong>s anímicos baixos,<br />

depressões, além de fazer com que se sintam úteis e activos. Por outro la<strong>do</strong> é importante que<br />

os mesmos sirvam de ponto de referência social, supon<strong>do</strong> um vínculo de união entre os<br />

participantes e o meio.<br />

Marta Capelo 28


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

4.3 Características <strong>do</strong> grupo de trabalho<br />

Antes de colocar em prática as activi<strong>da</strong>des, procurei, primeiramente, conhecer o grupo alvo<br />

<strong>da</strong>s mesmas, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> particular atenção às suas peculiari<strong>da</strong>des e características.<br />

Ao longo <strong>do</strong> estágio foram visíveis entre os i<strong>do</strong>sos sentimentos de inutili<strong>da</strong>de e pouca<br />

esperança no futuro. Perante tais atitudes, procurei demonstrar-lhes que podiam e podem ser<br />

muito úteis de varia<strong>da</strong>s formas.<br />

No que diz respeito ao público-alvo, entre as características mais relevantes que os i<strong>do</strong>sos<br />

apresentavam, encontravam-se as seguintes: a maioria <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos tem a i<strong>da</strong>de compreendi<strong>da</strong><br />

entre os 75 e os 84 anos (como se pode observar no gráfico 2);<br />

12<br />

10<br />

Gráfico 3 - I<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> CSCRL<br />

Quanto ao sexo, nesta instituição o masculino é o mais <strong>do</strong>minante possuin<strong>do</strong> mais seis<br />

elementos que o feminino (gráfico 4).<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

I<strong>da</strong>des<br />

- de 65 de 65 a 74 de 75 a 84 + de 85<br />

Gráfico 4- Sexo <strong>do</strong>s utentes desta Instituição<br />

Sexo<br />

Feminino<br />

Marta Capelo 29<br />

I<strong>da</strong>des<br />

Masculino


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

A maior parte <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos possuíam estatutos desfavoreci<strong>do</strong>s, devi<strong>do</strong> às suas antigas profissões<br />

(operários, carpinteiro, etc.);<br />

A situação económica era deficitária, com pensões insuficientes;<br />

To<strong>do</strong>s se consideravam católicos praticantes;<br />

Em tempos a agricultura era o meio de subsistência;<br />

A maior parte deles vive de forma independente, com fraca capaci<strong>da</strong>de económica, contan<strong>do</strong><br />

por vezes apenas com a aju<strong>da</strong> <strong>do</strong> seu cônjuge e com a <strong>do</strong>s vizinhos.<br />

Quanto ao nível de autonomia, podemos verificar que a maior percentagem de i<strong>do</strong>sos são<br />

autónomos, poden<strong>do</strong> participar livremente em to<strong>da</strong>s as activi<strong>da</strong>des. Também existe uma<br />

percentagem, embora pequena, de utentes semi-autónomos que puderam desenvolver as<br />

activi<strong>da</strong>des com mais cui<strong>da</strong><strong>do</strong> por se encontrarem com algumas dificul<strong>da</strong>des (anexo III).<br />

Rapi<strong>da</strong>mente cheguei à conclusão que os i<strong>do</strong>sos são um grupo com particulari<strong>da</strong>des<br />

específicas, não deven<strong>do</strong> ser pressiona<strong>do</strong>s para participar nas activi<strong>da</strong>des planea<strong>da</strong>s.<br />

4.4 Activi<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s<br />

Conforme referi anteriormente, o Plano de Activi<strong>da</strong>des apenas se baseava em agrupar as<br />

activi<strong>da</strong>des e não em activi<strong>da</strong>des isola<strong>da</strong>s. Tal plano visou orientar-me na diversificação <strong>da</strong>s<br />

activi<strong>da</strong>des, bem como na sua organização de forma mais adequa<strong>da</strong>. No início de ca<strong>da</strong> mês,<br />

procedi à elaboração de um Plano de Activi<strong>da</strong>des diferente, ten<strong>do</strong> por intuito mu<strong>da</strong>r um pouco<br />

a ordem <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des. Assim, houve meses em que procurei <strong>da</strong>r maior ênfase às activi<strong>da</strong>des<br />

de expressão plástica, e outros em que o acento tónico foi coloca<strong>do</strong> nas activi<strong>da</strong>des de<br />

expressão cognitiva, por exemplo.<br />

Refira-se, para uma melhor compreensão, que quan<strong>do</strong> elaborei o Plano de Activi<strong>da</strong>des<br />

respeitante aos meses de Setembro e Outubro (Anexo IV) coloquei o seguinte símbolo<br />

“_______”, quan<strong>do</strong> pretendi referir que naquela <strong>da</strong>ta se deslocou ao CSCRL uma funcionária<br />

<strong>da</strong> Empresa Municipal de Pinhel, denomina<strong>da</strong> “Pinhel Falcão”. Nessas <strong>da</strong>tas, prestei apoio na<br />

parte administrativa.<br />

De regresso às activi<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s, importa ain<strong>da</strong> esclarecer que as mesmas<br />

inicialmente se agrupavam em seis grupos distintos, no entanto, no decurso <strong>da</strong>s mesmas optei<br />

por convergir <strong>do</strong>is desses grupos num só, pois no meu entender quer as Activi<strong>da</strong>des de<br />

Marta Capelo 30


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Expressão e Comunicação quer as Activi<strong>da</strong>des Promotoras de Desenvolvimento Social e<br />

Pessoal, visam a realização <strong>do</strong>s complementares objectivos.<br />

Para uma melhor sintetização <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s, optei por elaborar um Cronograma<br />

(anexo V), através <strong>do</strong> qual é facilmente perceptível quais as activi<strong>da</strong>des mais e menos<br />

realiza<strong>da</strong>s. É possível também analisar que, na parte final <strong>do</strong> estágio, as activi<strong>da</strong>des de<br />

Expressão Plástica tiveram primazia sobre as restantes, devi<strong>do</strong> ao interesse de um i<strong>do</strong>so, o<br />

qual demonstrou um interesse particular por esse tipo de activi<strong>da</strong>des.<br />

Tal como já referi, as activi<strong>da</strong>des estavam dividi<strong>da</strong>s em diferentes grupos: Activi<strong>da</strong>des Físicas<br />

ou Motoras; Activi<strong>da</strong>des Cognitivas ou Mentais; Activi<strong>da</strong>des de Expressão Plástica;<br />

Activi<strong>da</strong>des de Expressão e Comunicação; Activi<strong>da</strong>des Promotoras de Desenvolvimento<br />

Pessoal e Social e Activi<strong>da</strong>des Lúdicas.<br />

As activi<strong>da</strong>des Físicas basearam-se em exercícios de motrici<strong>da</strong>de, coordenação e mobili<strong>da</strong>de<br />

“de forma a manter ou melhorar os índices de independência <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so”. As activi<strong>da</strong>des<br />

Cognitivas são activi<strong>da</strong>des intelectuais e sensoriais que “visam manter o cérebro e o sistema<br />

nervoso” <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so “activo”. As activi<strong>da</strong>des Expressivas são manuais e de expressão artística.<br />

As activi<strong>da</strong>des de Desenvolvimento Pessoal e Social “pressupõem o aumento <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des<br />

de relacionamento”; e as activi<strong>da</strong>des Lúdicas têm como objectivo “divertir as pessoas e o<br />

grupo, ocupar o tempo, promover o convívio e divulgar conhecimentos” (Jacob, 2008).<br />

4.4.1 Físico- Motora<br />

Como já foi dito, com o avançar <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de, as capaci<strong>da</strong>des vão-se perden<strong>do</strong>, chegan<strong>do</strong> ao<br />

ponto de se perder “o esquema corporal”. Através <strong>da</strong> realização de activi<strong>da</strong>des físicas, os<br />

i<strong>do</strong>sos podem “readquirir estas competências e prevenir o seu declínio”. O exercício físico<br />

regular pode aju<strong>da</strong>r o i<strong>do</strong>so a sentir-se mais forte e apto; a locomover-se sem cair; combater<br />

muitas <strong>do</strong>enças típicas <strong>da</strong> velhice; “aumentar a força e resistência muscular; aumentar a<br />

flexibili<strong>da</strong>de; aumentar o fluxo sanguíneo; diminuir lesões musculares; melhorar a<br />

coordenação, a digestão e a excreção e ain<strong>da</strong> promover o convívio” (Jacob, 2008).<br />

De acor<strong>do</strong> com o site “hoops.pt”, a diminuição <strong>da</strong> aptidão e desempenho físico podem ser<br />

retar<strong>da</strong><strong>do</strong>s ou melhora<strong>do</strong>s pela prática de exercícios físicos, pois há evidências que cerca de<br />

50% <strong>da</strong>s per<strong>da</strong>s funcionais <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so se devam ao sedentarismo. O sedentarismo representa um<br />

risco para a saúde <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, enquanto que o exercício físico permite ao i<strong>do</strong>so desenvolver uma<br />

atitude positiva e dinâmica quanto à saúde e ao bem-estar.<br />

Marta Capelo 31


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Em diversos casos, a per<strong>da</strong> <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de funcional deve-se à falta de motivação para a acção,<br />

uma vez que o i<strong>do</strong>so vai-se a<strong>da</strong>ptan<strong>do</strong> a um estilo de vi<strong>da</strong> sedentário, que mais tarde lhe trará<br />

problemas como “a rigidez torácica, maior acumulação de massa gor<strong>da</strong>, vícios posturais<br />

acentua<strong>do</strong>s problemas cardiovasculares e <strong>do</strong>enças resultantes <strong>do</strong> envelhecimento (hipertensão,<br />

arteriosclerose, diabetes) ” Llano (2006: 19).<br />

Existe uma relação intrínseca entre a saúde e o estilo de vi<strong>da</strong> (hábitos sociais e culturais), por<br />

isso os i<strong>do</strong>sos, bem como to<strong>do</strong>s os outros grupos etários, devem ter sempre presente na sua<br />

mente que o corpo humano foi projecta<strong>do</strong> para a acção e não para a inactivi<strong>da</strong>de.<br />

O cansaço, as <strong>do</strong>res e a i<strong>da</strong>de em si são algumas <strong>da</strong>s desculpas <strong>da</strong><strong>da</strong>s pelos i<strong>do</strong>sos para a não<br />

realização <strong>da</strong>s sessões, sen<strong>do</strong> necessário motivá-los e consciencializá-los que uma vi<strong>da</strong> mais<br />

activa nesta etapa pode trazer-lhes muitos benefícios.<br />

Quanto à intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s sessões, sou apologista <strong>da</strong> mesma ideia que diversos autores como<br />

Geis (2003:81), segun<strong>do</strong> a qual a intensi<strong>da</strong>de “deverá ser progressiva, ou seja, começan<strong>do</strong><br />

suavemente para ir aumentan<strong>do</strong> e, por fim diminuir”. Desta forma, conclui-se que to<strong>da</strong> a<br />

sessão de activi<strong>da</strong>de física tem três partes: parte inicial ou aquecimento (anexo VI) que dura<br />

aproxima<strong>da</strong>mente 30 minutos, onde se coloca o organismo em movimento “desde o sistema<br />

locomotor até aos órgãos internos”; a segun<strong>da</strong> parte ou principal onde se tenta atingir os<br />

objectivos propostos anteriormente; e a parte final, que se caracteriza pelo momento de<br />

retorno à calma, ou seja; tem como objectivo relaxar e tranquilizar os i<strong>do</strong>sos.<br />

No registo <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des (anexo VII), encontra-se apenas a segun<strong>da</strong> parte ou parte principal.<br />

No total esta sessão não ultrapassava os 60 minutos.<br />

As activi<strong>da</strong>des de Expressão Físico – Motoras desenvolvi<strong>da</strong>s ao longo <strong>do</strong> estágio foram: jogos<br />

de apresentação (dia 16/07, anexo VII); exercícios com arcos e bolas (dia 23/07); exercícios<br />

de aeróbica (dia 28/07); jogos simples como: jogo <strong>do</strong> pau, jogo com arcos, uma mão, passar a<br />

bola (dia 03/08), jogo <strong>do</strong> papel higiénico, enfiar a caneta na garrafa, pé mágico, jogo <strong>do</strong>s<br />

balões (dia 10/08); exercícios para trabalhar a mobili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s quadris (dia 13/08); exercícios<br />

de flexibili<strong>da</strong>de (29/09); exercícios com bastões (17/08); jogo <strong>do</strong> bowling (24/08); exercícios<br />

de respiração (27/08); exercícios de tonificação muscular e mobili<strong>da</strong>de (27/08); exercícios<br />

sem deslocamento (09/09) e caminha<strong>da</strong>s (dia 01/07 e 22/09). To<strong>da</strong>s estas activi<strong>da</strong>des estão<br />

descritas minuciosamente no anexo VII, assim como a suas observações/avaliações.<br />

Marta Capelo 32


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Anteriormente à minha chega<strong>da</strong>, já os utentes desta instituição tinham ti<strong>do</strong> contacto com este<br />

tipo de activi<strong>da</strong>des.<br />

4.4.2 Expressão Plástica<br />

A função destas activi<strong>da</strong>des é “proporcionar ao i<strong>do</strong>so a possibili<strong>da</strong>de de se exprimir através<br />

<strong>da</strong>s artes plásticas e <strong>do</strong>s trabalhos manuais”. Assim, o i<strong>do</strong>so tem hipótese de <strong>da</strong>r “largas à sua<br />

imaginação e criativi<strong>da</strong>de” através de diferentes formas de expressão: pintura, desenho,<br />

escultura, etc. Com o desenvolvimento destas activi<strong>da</strong>des, o i<strong>do</strong>so mantém a sua motrici<strong>da</strong>de<br />

fina, e a sua precisão manual, assim como a coordenação psicomotora (Jacob, 2008).<br />

De acor<strong>do</strong> com o site www.verlaine.pro.br, a arte “proporciona um prazer eminentemente<br />

social, de interacção colectiva. Ela tem a capaci<strong>da</strong>de de unir as pessoas em torno <strong>da</strong> exigência<br />

que ela nos coloca de interpretação <strong>do</strong> seu significa<strong>do</strong>”. A arte pode conjugar <strong>do</strong>is factores<br />

muito importantes: a interacção colectiva e a percepção <strong>do</strong> valor próprio <strong>do</strong> indivíduo.<br />

As activi<strong>da</strong>des plásticas realiza<strong>da</strong>s durante o perío<strong>do</strong> de estágio foram: a análise subjectiva de<br />

uma pintura (23/07); análise de texturas (23/07); colagens (30/07); bandeiras festivas (11/08);<br />

frascos colori<strong>do</strong>s (25/08) e diversos trabalhos manuais escolhi<strong>do</strong>s pelos próprios utentes (dia<br />

1/09) como: o gafanhoto (02/09); o feiticeiro (08/09); a borboleta (16/09); a antena (22/09) e<br />

candelabro (7/10). No anexo X encontram-se as fotos <strong>do</strong>s respectivos trabalhos manuais e no<br />

anexo VII a sua descrição detalha<strong>da</strong>.<br />

Estas sessões tinham a duração de 90 minutos aproxima<strong>da</strong>mente.<br />

Acrescenta-se que, esta activi<strong>da</strong>de também já não era desconheci<strong>da</strong> <strong>do</strong>s utentes deste Centro<br />

de Dia.<br />

Este grupo de activi<strong>da</strong>des foi, sem dúvi<strong>da</strong>, o mais aprecia<strong>do</strong> pelos utentes, uma vez que,<br />

muitos deles participavam nas activi<strong>da</strong>des. Alguns deles <strong>da</strong>vam ideias enquanto que outros<br />

realizaram trabalhos manuais com muito empenho.<br />

A activi<strong>da</strong>de na qual houve maior adesão por parte <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos foi a construção de bandeiras<br />

festivas (dia 11/08 anexo VII). Pensei nesta activi<strong>da</strong>de visto que se avizinhava uma festa na<br />

Freguesia, na qual foi inaugura<strong>do</strong> um imóvel pertencente ao CSCRL. Assim, com a aju<strong>da</strong> <strong>do</strong>s<br />

utentes <strong>do</strong> Centro de Dia, foi possível <strong>da</strong>r cor à aldeia, através <strong>da</strong> colocação de bandeirinhas<br />

de diversas cores (azul, amarelo, roxo, vermelho, verde e branco).<br />

Marta Capelo 33


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Esta activi<strong>da</strong>de foi a que mais participantes teve, na medi<strong>da</strong> em que alguns deles puseram<br />

mãos à obra, fazen<strong>do</strong> as bandeiras, outros pensaram nos locais mais indica<strong>do</strong>s para serem<br />

coloca<strong>da</strong>s e outros aju<strong>da</strong>ram na sua colocação.<br />

Não posso terminar este ponto sem salientar um caso particular. Houve um i<strong>do</strong>so deste Centro<br />

de Dia que se entusiasmou muito nestas activi<strong>da</strong>des. Ao longo <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> ele trabalhou como<br />

carpinteiro. Talvez tenha si<strong>do</strong> por isso que ele tenha demonstra<strong>do</strong> tanto a sua habili<strong>da</strong>de.<br />

Além de propor e escolher muitas <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s, to<strong>da</strong>s as sextas-feiras me pedia<br />

ideias para pôr em prática trabalhos manuais que ele pretendia realizar no fim-de-semana<br />

(anexo X, mais precisamente fotos 29,41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48 e 49). Esta situação fez-<br />

me sentir realiza<strong>da</strong> profissionalmente.<br />

4.4.3 Cognitiva ou Mental<br />

Estu<strong>do</strong>s relativos ao “desenvolvimento intelectual demonstram que as aptidões cognitivas<br />

atingem o seu pico pelos 30 anos, continuam estáveis até à déca<strong>da</strong> <strong>do</strong>s 50- 60 anos e, a partir<br />

<strong>da</strong>í começam a diminuir. O declínio acelera-se a partir <strong>do</strong>s 70 anos” (Cancela, 2007: 8).<br />

As per<strong>da</strong>s de capaci<strong>da</strong>de cognitiva podem ser bastante atenua<strong>da</strong>s se o i<strong>do</strong>so mantiver uma boa<br />

activi<strong>da</strong>de cognitiva e contactos sociais regulares. Ou seja, através de alguns exercícios<br />

mentais o i<strong>do</strong>so pode aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral, retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de memória<br />

e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de perceptiva e prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças degenerativas<br />

(Jacob, 2008).<br />

As activi<strong>da</strong>des cognitivas que fui realizan<strong>do</strong> com os i<strong>do</strong>sos, eram a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s à sua situação<br />

mental. Realizámos pequenos jogos tais como: jogos de diferenças; jogo de seguir números;<br />

descobrir a ci<strong>da</strong>de; palavras ao contrário; conta flores (dia 24/09); jogos de memória (dia<br />

12/08); su<strong>do</strong>ku (dia 07/09 e 24/09); sopas de letras (dias: 20/07, 19/08 e 31/08) e puzzles (dia<br />

5/08). Outra activi<strong>da</strong>de cognitiva que realizámos ao longo destas sessões foi a análise óptica<br />

de diversas imagens (dia 28/09- anexo VII). As sessões tinham a duração de 60 minutos<br />

aproxima<strong>da</strong>mente.<br />

Apesar <strong>da</strong>s limitações próprias <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de, os i<strong>do</strong>sos encararam estes jogos cognitivos com<br />

muito empenho. No início, estas activi<strong>da</strong>des não foram bem aceites pelos i<strong>do</strong>sos na<br />

generali<strong>da</strong>de, alguns deles queixavam-se que as mesmas lhes “faziam <strong>do</strong>er a cabeça”. Porém,<br />

com o passar <strong>do</strong> tempo, eles foram ven<strong>do</strong> o quão importantes tais activi<strong>da</strong>des podem ser no<br />

seu futuro.<br />

Marta Capelo 34


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Algumas activi<strong>da</strong>des como o Su<strong>do</strong>ku e a Sopa de Letras revelaram-se mais complica<strong>da</strong>s de<br />

assimilar. Assim sen<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> isso se verificava tentei fazer uma pequena introdução ao<br />

jogo numa <strong>da</strong>s sessões e só iniciávamos a sessão em si na sessão subsequente. Desta forma,<br />

na sessão seguinte os i<strong>do</strong>sos teriam de se lembrar <strong>da</strong>s regras e objectivos <strong>do</strong> jogo e tentar<br />

coloca-los em prática. No início era sempre complica<strong>do</strong> para eles, os quais diziam: “isso já é<br />

demais para esta cabeça, isto é muito complica<strong>do</strong> para mim”. Mas, a pouco e pouco, eles<br />

verificaram que eram jogos bastante fáceis, chegan<strong>do</strong> mesmo a admitir isso no final.<br />

No caso particular <strong>da</strong> Sopa de Letras, após notar que o jogo não estava a ser muito bem aceite<br />

pelos i<strong>do</strong>sos, decidi realizar algumas a<strong>da</strong>ptações e fazer uma Sopa de Letras diferente, na qual<br />

os nomes a procurar seriam os nomes <strong>do</strong>s utentes e funcionários <strong>da</strong> instituição (ver o dia<br />

19/08 no anexo VII). Refira-se que, fiquei impressiona<strong>da</strong> com a rapidez de raciocínio que eles<br />

revelaram ao descobrir as palavras pretendi<strong>da</strong>s. Desse dia em diante os i<strong>do</strong>sos não<br />

demonstraram mais nenhuma dificul<strong>da</strong>de nessa activi<strong>da</strong>de.<br />

4.4.4 Expressão e Comunicação<br />

Enquanto que nas activi<strong>da</strong>des plásticas os i<strong>do</strong>sos “se exprimem através de objectos”, nas<br />

activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação “eles transmitem os seus sentimentos e emoções<br />

através <strong>da</strong> voz, <strong>do</strong> comportamento, <strong>da</strong> postura e <strong>do</strong> movimento” (Jacob, 2008).<br />

Neste grupo encontravam-se activi<strong>da</strong>des como conversas/comentários de jornais e revistas,<br />

expressão dramática, recolha de jogos antigos e de músicas <strong>do</strong> seu tempo e análise de imagens<br />

com ilusão óptica (no anexo VII encontra-se a descrição detalha<strong>da</strong> de to<strong>da</strong>s as activi<strong>da</strong>des).<br />

Estas activi<strong>da</strong>des não tinham uma duração limita<strong>da</strong> em termos temporais.<br />

Nas conversas/comentários de jornais e revistas, foram debati<strong>do</strong>s temas, tais como: quais as<br />

posturas correctas, ten<strong>do</strong> em vista a prevenção <strong>do</strong> sedentarismo (dia 29/07); o Alcoolismo um<br />

problema actual ou de sempre (dia 05/08); a Gripe A (dia 25/08); a Reciclagem (03/09);<br />

Guinness Word Record (dia 8/10). Além destes, também efectuámos uma pequena recolha de<br />

jogos (dia 15/07) e de músicas (22/07) <strong>do</strong> seu tempo. Nas sessões destina<strong>da</strong>s e este fim<br />

também discutimos/debatemos aspectos positivos e negativos <strong>da</strong> viagem (dia 15/09).<br />

Os exercícios de expressão dramática realiza<strong>do</strong>s, agruparam-se em <strong>do</strong>is grupos diferentes. O<br />

primeiro <strong>do</strong>s grupos é constituí<strong>do</strong> basicamente por jogos físicos e verbais, que se destinam a<br />

criar um ambiente propício à prática <strong>da</strong> expressão dramática. Estes jogos visam, contribuir<br />

para o desenvolvimento <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des expressivas <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos. O segun<strong>do</strong> grupo constitui-se<br />

Marta Capelo 35


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

por activi<strong>da</strong>des de desenvolvimento sensorial e <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des de atenção e concentração,<br />

em que é privilegia<strong>da</strong> a comunicação não verbal. Este tipo de activi<strong>da</strong>des visa estabelecer uma<br />

relação de confiança e de cumplici<strong>da</strong>de entre os vários participantes.<br />

To<strong>da</strong>s estas activi<strong>da</strong>des incentivavam os utentes para se relacionarem uns com os outros de<br />

forma a proporcionar trocas de experiências e vivências.<br />

Este grupo de activi<strong>da</strong>des foi também considera<strong>do</strong> muito váli<strong>do</strong> pelos utentes deste Centro de<br />

Dia. Uma <strong>da</strong>s maiores necessi<strong>da</strong>des senti<strong>da</strong>s e revela<strong>da</strong>s por eles era conversar e partilhar<br />

saberes. Este tipo de activi<strong>da</strong>des permitiu-lhes estabelecer contacto com o mun<strong>do</strong> actual, na<br />

medi<strong>da</strong> em que os temas abor<strong>da</strong><strong>do</strong>s eram contemporâneos.<br />

4.4.5 Promotora de Desenvolvimento Pessoal e Social<br />

Este grupo de activi<strong>da</strong>des tem como finali<strong>da</strong>de o desenvolvimento de competências pessoais e<br />

sociais <strong>da</strong> pessoa como elemento de um grupo; a estimulação <strong>do</strong> autoconhecimento; a<br />

interacção entre a pessoa e o grupo e a dinâmica <strong>do</strong> grupo (Jacob, 2008).<br />

Estas activi<strong>da</strong>des foram as que menos realizámos, pois ao fim de um mês de as estar a<br />

executar, optei por juntá-las ao grupo <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des de Expressão e Comunicação.<br />

Os jogos realiza<strong>do</strong>s foram: o pensamento positivo; o brasão familiar os objectivos pessoais<br />

(dia 22/07); e os jogos de confiança (dia 29/07) (vide anexo VII, no qual se encontra a<br />

descrição detalha<strong>da</strong> de to<strong>da</strong>s as activi<strong>da</strong>des). As sessões tiveram a duração de 60 minutos.<br />

4.4.6 Lúdica<br />

Estas activi<strong>da</strong>des visavam o divertimento <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, a promoção <strong>do</strong> convívio e a divulgação<br />

de conhecimentos, artes e saberes. Este grupo de activi<strong>da</strong>des estava mais vocaciona<strong>do</strong> para “o<br />

lazer, o entretenimento e a brincadeira” (Jacob, 2008).<br />

As activi<strong>da</strong>des lúdicas realiza<strong>da</strong>s ao longo deste estágio diferiam muito entre si. Realizámos<br />

jogos de mesa - cartas (dia 17/07), <strong>do</strong>minó (dia 06/10), pictionary (dia 14/07), quatro em linha<br />

(dia 27/08), monopoly (dia 09/09); e estabelecemos um primeiro contacto entre os i<strong>do</strong>sos e os<br />

computa<strong>do</strong>res (dia 24/08). Para além disso, visualizámos alguns filmes, realizamos jogos com<br />

provérbios (dia 20/07 e 20/08) e ain<strong>da</strong> construímos e executámos um jogo futebol em papel<br />

(dia 18/08).<br />

Os filmes visualiza<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> estágio foram os seguintes: “A comunicação <strong>do</strong>s animais”<br />

(dia 16/07), “Fátima” (dia 27/07) e “A luta pela vi<strong>da</strong>” (06/08).<br />

Marta Capelo 36


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Acresce referir que, neste âmbito, também idealizámos e planeámos a realização de uma<br />

viagem, que se concretizou no dia 14/09 (anexo VII). Para tanto, elaborei suportes de<br />

divulgação <strong>da</strong> mesma (anexo VIII).<br />

Em geral, houve boa adesão <strong>do</strong>s participantes a estas activi<strong>da</strong>des. No decurso <strong>da</strong>s mesmas<br />

foram visíveis alguns problemas de integração de alguns <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos devi<strong>do</strong> às suas posições<br />

individuais.<br />

4.4.7 Outras activi<strong>da</strong>des<br />

Além <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des descritas anteriormente, coloquei em prática uma panóplia de<br />

activi<strong>da</strong>des que se passam a elencar: exposição e ven<strong>da</strong> de peças de artesanato (realiza<strong>da</strong> no<br />

dia 12/08 - anexo VII); e a comemoração <strong>do</strong>s dias internacionais <strong>da</strong> paz (dia 21/09) e o <strong>do</strong> dia<br />

<strong>da</strong> fotografia (26/08 - anexo VII).<br />

Durante o perío<strong>do</strong> de estágio, também tive o prazer de participar na comemoração <strong>do</strong> Dia<br />

Internacional <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so, promovi<strong>da</strong> pelo Município de Pinhel, a qual teve lugar no dia um de<br />

Outubro. No anexo IX encontra-se o cartaz alusivo a esta activi<strong>da</strong>de.<br />

4.5 Activi<strong>da</strong>des não realiza<strong>da</strong>s<br />

Durante o perío<strong>do</strong> de estágio além <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des descritas, idealizei promover outras, que<br />

infelizmente, ou por questões económicas ou por falta de tempo, não puderam ser realiza<strong>da</strong>s.<br />

Algumas delas são as que passo a descrever:<br />

Activi<strong>da</strong>des relaciona<strong>da</strong>s com a valorização <strong>do</strong> espaço rural, como por exemplo um teatro<br />

no qual seriam relembra<strong>da</strong>s tradições antigas quase já esqueci<strong>da</strong>s pelos mora<strong>do</strong>res desta<br />

aldeia. Esta ideia surgiu devi<strong>do</strong> às conversas diárias que tinha com os utentes desta<br />

instituição, nas quais os mesmos me contavam reitera<strong>da</strong>mente hábitos e costumes que eles<br />

tinham na sua juventude, os quais me eram desconheci<strong>do</strong>s. Um desses costumes era os<br />

denomina<strong>do</strong>s “serões”. Esta activi<strong>da</strong>de não foi concretiza<strong>da</strong> devi<strong>do</strong> à escassez de tempo<br />

pois três meses não foram suficientes.<br />

Activi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s no âmbito <strong>da</strong> valência: Apoio ao Domicílio<br />

Esses i<strong>do</strong>sos usufruem de serviços como a confecção de alimentação, de serviços de<br />

higiene, e tratamento de roupa. A minha pretensão era criar activi<strong>da</strong>des adequa<strong>da</strong>s às suas<br />

características específicas de forma a combater o isolamento, desmotivação e ociosi<strong>da</strong>de<br />

destes i<strong>do</strong>sos.<br />

Marta Capelo 37


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

4.6 Dificul<strong>da</strong>des senti<strong>da</strong>s<br />

Foram vários os obstáculos com que me deparei ao longo <strong>do</strong> estágio, os quais considero ter<br />

supera<strong>do</strong> no decurso desta etapa <strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong>.<br />

A rotina/quotidiano <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos como a i<strong>da</strong> à horta e a realização de pequenos trabalhos<br />

<strong>do</strong>mésticos influenciaram muito a sua participação. O mesmo acontece no que diz respeito às<br />

consultas médicas <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, as quais, por serem frequentes, me obrigaram a alterar a<br />

programação <strong>da</strong>s sessões.<br />

Ao longo destes meses também surgiram outras dificul<strong>da</strong>des, que procurei ultrapassar. Refiro<br />

algumas delas a título de exemplo: as ideias fixas e incontestáveis de alguns <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos (os<br />

quais não aceitavam ideias contrárias às suas), a violência física executa<strong>da</strong> por um <strong>do</strong>s<br />

utentes, pois, enquanto alguns i<strong>do</strong>sos chegam a esta i<strong>da</strong>de e só querem tranquili<strong>da</strong>de na sua<br />

vi<strong>da</strong>, outros tornam-se agressivos, devi<strong>do</strong> a factos passa<strong>do</strong>s, tais como o aban<strong>do</strong>no familiar e a<br />

solidão.<br />

Outra <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des com que me deparei foi a imprevisibili<strong>da</strong>de revela<strong>da</strong> pelos i<strong>do</strong>sos.<br />

Tu<strong>do</strong> influenciava a participação destes nas activi<strong>da</strong>des leva<strong>da</strong>s a cabo: pequenas <strong>do</strong>res de<br />

cabeça, falta de descanso, entre outras. Pude constatar que o sucesso de uma boa sessão<br />

dependia em grande parte <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de espírito <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so. Algumas <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des mais<br />

elabora<strong>da</strong>s não eram tão bem aceites pelos i<strong>do</strong>sos como outras mais simples e pouco<br />

aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />

O perío<strong>do</strong> de estágio abrangeu duas épocas muito importantes na aldeia: a chega<strong>da</strong> de<br />

familiares vin<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estrangeiro e as “vindimas”. Ambas as épocas me dificultaram um pouco<br />

a execução <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des, uma vez que eram muitos os i<strong>do</strong>sos que me diziam “hoje não vai<br />

<strong>da</strong>r para ficar consigo, os meus filhos estão cá pouco tempo, tenho de aproveitar to<strong>do</strong>s os<br />

momentos”. Tais factos faziam-me ter sentimentos contraditórios, por um la<strong>do</strong> ficava feliz por<br />

ver os i<strong>do</strong>sos com os olhos a brilhar a olhar para os seus filhos, por outro la<strong>do</strong> ficava triste por<br />

ter poucos participantes nas activi<strong>da</strong>des.<br />

Marta Capelo 38


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Reflexão final<br />

Partilho <strong>da</strong> mesma opinião que Trilla (s.d) e outros autores, nos termos <strong>da</strong> qual a designação<br />

“Animação Sociocultural” não é a mais adequa<strong>da</strong> para intitular esta profissão. Sou <strong>do</strong><br />

entendimento que a designação “Dinamização Sociocultural” seria mais adequa<strong>da</strong>, pois<br />

enquanto o termo animação sugere que se parta <strong>do</strong> zero, o conceito dinamizar, indicia<br />

acelerar/activar qualquer coisa já existente.<br />

Ao longo destes três anos de formação teórica fiquei com a percepção que são poucos os<br />

instrumentos teóricos lecciona<strong>do</strong>s acerca <strong>da</strong> Animação de I<strong>do</strong>sos. Apesar de haver uma<br />

disciplina (de opção) com essa designação, os alunos são direcciona<strong>do</strong>s para outros “ramos”<br />

<strong>da</strong> Animação sem poder optar por outra via.<br />

Através deste estágio pude verificar que a animação é o “parente pobre” <strong>da</strong>s priori<strong>da</strong>des nos<br />

diversos tipos de instituições. A instituição tem de responder às diversas necessi<strong>da</strong>des <strong>do</strong><br />

i<strong>do</strong>so, não só as necessi<strong>da</strong>des básicas como a alimentação, a higiene e os cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s médicos,<br />

mas também preocupar-se com a vi<strong>da</strong> social <strong>do</strong>s utentes. Ou seja, deve não só dirigir to<strong>do</strong>s os<br />

seus recursos (humanos, materiais e financeiros) especialmente para as necessi<strong>da</strong>des<br />

anteriormente fala<strong>da</strong>s, mas também ter em conta que a animação é um serviço imprescindível,<br />

pois pode contribuir, para a melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s utentes (Jacob, 2008).<br />

Considero que, em termos gerais, os objectivos que me propus concretizar com a realização<br />

deste estágio foram atingi<strong>do</strong>s, pois é possível constatar que foi cria<strong>da</strong> uma apetência nos<br />

i<strong>do</strong>sos para melhorar a sua quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>, assumin<strong>do</strong> um papel activo, participan<strong>do</strong> nas<br />

activi<strong>da</strong>des, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> a sua opinião e geran<strong>do</strong> uma dinâmica de quebra com a monotonia <strong>da</strong>s<br />

suas vi<strong>da</strong>s e incrementação <strong>da</strong>s suas relações sociais.<br />

No decurso destes meses, pude observar o quão maravilhoso é ver pessoas i<strong>do</strong>sas<br />

envelhecerem sau<strong>da</strong>velmente, com autonomia e capaci<strong>da</strong>de para resolverem sozinhas os seus<br />

próprios problemas, viverem de forma independente e activa sem se preocuparem com o<br />

envelhecimento. É assim que to<strong>do</strong>s nós nos deveríamos sentir quan<strong>do</strong> alcançarmos esta etapa<br />

<strong>da</strong> nossa vi<strong>da</strong>, considera<strong>da</strong> por muitos “sombria”.<br />

É neste âmbito que se revela fulcral o papel desempenha<strong>do</strong> pelo anima<strong>do</strong>r sociocultural,<br />

pessoa que nos dê afecto, simpatia e nos proporcione o acesso a uma vi<strong>da</strong> mais activa e mais<br />

criativa, alguém que nos faça melhorar as nossas relações e comunicações com ou outros,<br />

para assim alcançarmos uma melhor participação na vi<strong>da</strong> em comuni<strong>da</strong>de.<br />

Marta Capelo 39


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

O trabalho com i<strong>do</strong>sos pode ser um trabalho bastante desgastante a nível psíquico, mas é sem<br />

dúvi<strong>da</strong> compensa<strong>do</strong>r. Os i<strong>do</strong>sos são uma fonte de sabe<strong>do</strong>ria, adquiri<strong>da</strong> pelas vivências e<br />

trabalho desenvolvi<strong>do</strong> ao longo <strong>da</strong>s suas vi<strong>da</strong>s.<br />

Partilho a mesma ideia que Oliveira (2008), segun<strong>do</strong> a qual não é apenas necessário<br />

programar uma educação contínua nos i<strong>do</strong>sos, mas também é necessário educar os mais<br />

jovens para respeitar e apreciar os valores que os i<strong>do</strong>sos lhes podem transmitir, ao mesmo<br />

tempo que se levam os i<strong>do</strong>sos a não olhar com desconfiança para os mais novos. Só assim se<br />

poderão mu<strong>da</strong>r os estereótipos existentes na socie<strong>da</strong>de actual acerca <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos.<br />

Em jeito de conclusão, o estágio curricular permitiu-me aplicar os conhecimentos teóricos<br />

ministra<strong>do</strong>s na ESECD e, ao mesmo tempo, permitiu-me também conhecer melhor o<br />

funcionamento interno <strong>do</strong> CSCRL.<br />

O mesmo permitiu-me reconhecer a importância assumi<strong>da</strong> pelas diversas respostas sociais na<br />

terceira i<strong>da</strong>de. O apoio <strong>da</strong><strong>do</strong> aos i<strong>do</strong>sos revela-se fun<strong>da</strong>mental para que o envelhecimento seja<br />

saudável e com menos preocupações.<br />

Este estágio revelou-se muito enriquece<strong>do</strong>r para mim, quer a nível profissional quer a nível<br />

pessoal, pois tive o prazer de adquirir novas experiências no contacto com os i<strong>do</strong>sos. Assim,<br />

subscrevo na íntegra os ensinamentos <strong>do</strong>s autores Horn e Cattell no respeitante aos estu<strong>do</strong>s<br />

realiza<strong>do</strong>s sobre a inteligência flui<strong>da</strong> e a inteligência cristaliza<strong>da</strong>: “o envelhecimento traduz-se<br />

em per<strong>da</strong>s mais liga<strong>da</strong>s à inteligência flui<strong>da</strong> e mecânica” (aspectos fun<strong>da</strong>mentais <strong>do</strong><br />

conhecimento) “e em ganhos liga<strong>do</strong>s à inteligência cristaliza<strong>da</strong>” (isto é, aspectos experienciais<br />

e culturais) (Oliveira, 2008: 96).<br />

Percebi que a solidão, o frio <strong>da</strong>s noites de inverno passa<strong>do</strong> em casas com poucas condições de<br />

habitabili<strong>da</strong>de e o afastamento <strong>do</strong>s filhos são factos que tornam <strong>do</strong>lorosa esta etapa <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />

<strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos; e se a isso juntarmos a per<strong>da</strong> de autonomia, as dificul<strong>da</strong>des de acesso a serviços de<br />

saúde, a desigual<strong>da</strong>de de oportuni<strong>da</strong>des de participação na vi<strong>da</strong> social económica e cultural<br />

verificamos a grande necessi<strong>da</strong>de de existência de programas e projectos de Animação<br />

Sociocultural.<br />

Este estágio estimulou-me a dedicar-me mais ao estu<strong>do</strong> nesta área, que “constitui um <strong>do</strong>s<br />

âmbitos mais promissores para o futuro <strong>da</strong> Animação Sociocultural”. A Animação na terceira<br />

i<strong>da</strong>de não tem como estratégia “<strong>da</strong>r mais anos à vi<strong>da</strong>, mas sim, <strong>da</strong>r mais vi<strong>da</strong> aos anos”<br />

(Lopes 2007:337).<br />

Marta Capelo 40


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Bibliografia<br />

BEJA, Francisco; et al. (s.d). Jogos e Projectos de Expressão Dramática (1.ª ed.). Porto:<br />

Porto Editora;<br />

CANCELA, Diana (2007). O Processo de envelhecimento. O Portal <strong>do</strong>s Psicólogos.<br />

Consulta<strong>do</strong> dia 6/Nov, 2010, em www.psicologia.com.pt;<br />

CARVALHO, Cristina (2009). Dinâmicas para I<strong>do</strong>sos (2.ªed.). Brasil: Petrópolis;<br />

COELHO, Cirilo, MORAES, Enny (s.d). Lazer na terceira i<strong>da</strong>de: activi<strong>da</strong>des e<br />

possibili<strong>da</strong>des Consulta<strong>do</strong> em 17/Out, 2010, em www.efdeportes.com;<br />

CORREIA, Paula (2007). Velhos são os trapos: mito ou reali<strong>da</strong>de? O Portal <strong>do</strong>s Psicólogos.<br />

Consulta<strong>do</strong> a 6/Nov, 2010, em www.psicologia.com.pt;<br />

GEIS, Pilar (2003). Activi<strong>da</strong>de Física e Saúde na Terceira I<strong>da</strong>de (5.ªed.). Porto Alegre:<br />

Artmed;<br />

GEIS, Pilar; RUBÍ, Maika (2003). Terceira I<strong>da</strong>de - Activi<strong>da</strong>des Criativas e Recursos Práticos<br />

(1.ª ed.). Porto Alegre: Artmed;<br />

GIDDENS, Anthony (2007). Sociologia (5.ª ed.). Lisboa: Fun<strong>da</strong>ção Calouste Gulbenkian;<br />

JACOB, Luis (2007). Animação de I<strong>do</strong>sos (3.ª ed.). Porto: Ambar;<br />

LEÃO, Eliseth (2008). Música para i<strong>do</strong>sos institucionaliza<strong>do</strong>s: percepção <strong>do</strong>s músicos<br />

atuantes. Revista Esc Enferm USP. Consulta<strong>do</strong> dia 12/Jul, 2010, em<br />

www.scielo.br/pdf/reeusp/v42n1/10.pdf;<br />

LIMA, Margari<strong>da</strong> Pedroso (2004). Posso Participar (1.ª ed.). Porto: Ambar;<br />

LIMÓN, Maria Rosário, CRESPO, Juan A (2002). Grupos de debate para mayores (1. ª ed.).<br />

Madrid: Narcea;<br />

LLANO, Mendes (2006). Para Envelhecer Sau<strong>da</strong>velmente (3.ª ed.). Cacem: A. Manz<br />

Produções;<br />

LOPES, Marcelino (2006). Animação Sociocultural em Portugal (1.ª ed.). Amarante: Câmara<br />

Municipal de Chaves e de Valpaços;<br />

Marta Capelo 41


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

LOPES, Marcelino (2007). A Animação Sociocultural em Portugal Revista Iberoamericana,<br />

vol.1, Out/Fev, 2007, em http://www.lazer.eefd.ufrj.br;<br />

OLIVEIRA, José (2008). Psicologia <strong>do</strong> Envelhecimento (3.ª ed.). Lisboa: Legis Editora;<br />

OLIVEIRA, Paulo (2007). Viver ca<strong>da</strong> vez mais: um retorno ao éden? – Impactos <strong>do</strong><br />

envelhecimento demográfico na quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s mais velhos. Fórum Sociológico.<br />

Consulta<strong>do</strong> dia 17/Out, 2010, em www.forumsociologio.pt;<br />

OSÓRIO, Agustin Requejo; et al. (2007). As Pessoas I<strong>do</strong>sas (1.ª ed.). Liboa: <strong>Instituto</strong> Piaget;<br />

PAÚL, Constança; FONSECA, António (2005). Envelhecimento em Portugal (1.ª ed.).<br />

Lisboa: s.e;<br />

PERES, Américo Nunes; LOPES, Marcelino (2007) Animação Sociocultural Novos Desafios<br />

(1.ª ed.). s.l: Associação Portuguesa de Animação e Pe<strong>da</strong>gogia (APAP);<br />

RODRIGUES, Minélia (2002). O lazer <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so: barreiras a superar. Revista Brasileira de<br />

Ciência & Movimento. Consulta<strong>do</strong> dia 13/Out, 2010, em<br />

www.portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM;<br />

SERRANO, Glória (2008). Elaboração de projectos sociais (1.ª ed.). Porto Editora;<br />

SOUSA, Liliana; et al. (2006). Envelhecer em Família (2.ª ed.). Porto: Ambar;<br />

TRILLA, Jaume (s.d). Animação Sociocultural. (1.ªed.). Horizontes Pe<strong>da</strong>gógicos;<br />

VICENTE, Maria (2007). Envelhecimento Demográfico e alargamento <strong>do</strong> tempo de trabalho<br />

– O debate inacaba<strong>do</strong>. Implicações sócio-económicas e busca de novos paradigmas. Fórum<br />

Sociológico. Consulta<strong>do</strong> dia 17/Out, 2010, em www.forumsociologio.pt;<br />

Marta Capelo 42


Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

Webgrafia<br />

http//:www.centrobenenzon.com.br/ - consulta<strong>do</strong> no dia 10 de Setembro de 2010;<br />

http//:www.lamegal.com - consulta<strong>do</strong> no dia 05 de Setembro de 2010;<br />

http:// cui<strong>da</strong>mos.com/ - consulta<strong>do</strong> dia 13 de Outubro de 2010;<br />

http://juventudei<strong>do</strong>sa.blogspot.com/ - consulta<strong>do</strong> dia 12 de Julho de 2010;<br />

http://proverbios.aborla.net/pa.php/ - consulta<strong>do</strong> dia 12 de Julho de 2010;<br />

http://revistaforumsociologico.com/ - consulta<strong>do</strong> dia 16 de Julho de 2010;<br />

http://www.ap<strong>da</strong>sc.com/ - consulta<strong>do</strong> dia 30 de Julho de 2010;<br />

http://www.ine.pt/ - consulta<strong>do</strong> dia 20 de Setembro de 2010;<br />

http://www.portal<strong>do</strong>envelhecimento.net/ - consulta<strong>do</strong> no dia 9 de Setembro de 2010;<br />

http://www.unric.org/pt/ - consulta<strong>do</strong> no dia 12 de Setembro de 2010;<br />

http://www.verlaine.pro.br/ - consulta<strong>do</strong> no dia 12 de Setembro de 2010.<br />

Marta Capelo 43


Lista de anexos:<br />

Anexo I – Equipamentos/Instalações;<br />

Anexo II – Entrevista;<br />

Anexo III – Analise <strong>da</strong> entrevista;<br />

Anexo IV – Plano de Activi<strong>da</strong>des;<br />

Anexo V – Cronograma;<br />

Anexo VI – Exercícios de aquecimento;<br />

Anexo VII – Registo de Activi<strong>da</strong>des;<br />

Anexo VIII – Suportes de divulgação <strong>da</strong> viagem;<br />

Anexo IX – Cartaz <strong>do</strong> Dia Internacional <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so;<br />

Anexo X - Fotos


Fotos <strong>do</strong>s equipamentos/ instalações<br />

<strong>do</strong> CSCRL


Ilustração 6- Cozinha<br />

Fotos <strong>do</strong>s equipamentos/instalações<br />

Ilustração 1- Hall de entra<strong>da</strong> Ilustração 2- Jardim junto ao CSCRL<br />

Ilustração 4- Sala de convívio Ilustração 3- Refeitório<br />

Ilustração 5- Lavan<strong>da</strong>ria


Ilustração 8- Sala de higiene<br />

Ilustração 7- Sanitários


Exercícios de Aquecimento<br />

Ilustração 9- Exercícios de aquecimento<br />

Fonte: retira<strong>do</strong> <strong>do</strong> livro Animação de I<strong>do</strong>sos, de Luís Jacob (2008:56)


Entrevista


Análise <strong>da</strong>s Entrevistas


Planos de Activi<strong>da</strong>des


Cronograma


Exercícios de Aquecimento


Registo <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des


Suportes de divulgação <strong>da</strong> Viagem<br />

(cartaz e panfleto)


Cartaz <strong>do</strong> Dia Internacional <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so


Fotos


Ilustração 10- Frascos colori<strong>do</strong>s<br />

Ilustração 12- Borboleta<br />

Ilustração 14- Activi<strong>da</strong>de de Expressão Plástica<br />

Ilustração 16- Viagem<br />

Ilustração 11- Activi<strong>da</strong>de de Expressão Fisico -<br />

Motora<br />

Ilustração 13- Activi<strong>da</strong>de de Expressão Plástica<br />

(frascos colori<strong>do</strong>s)<br />

Ilustração 15- Preparação <strong>da</strong> uma sessão<br />

Ilustração 17- Viagem


Ilustração 18- Viagem<br />

Ilustração 20 – Conversa/Comentário de uma notícia<br />

Ilustração 23- Ilustração 24 – Conversa/Comentário<br />

de uma notícia<br />

Ilustração 27- Ilustração 28 – Conversa/Comentário<br />

de uma notícia<br />

Ilustração 19- Viagem<br />

Ilustração 21 - Ilustração 22 – Conversa/Comentário<br />

de uma notícia<br />

Ilustração 25 - Ilustração 26 – Conversa/Comentário<br />

de uma notícia<br />

Ilustração 29- Utente e os seus trabalhos manuais


Ilustração 30- Borboleta<br />

Ilustração 33 - Ilustração 34 – Conversa/Comentário de<br />

uma notícia<br />

Ilustração 36- Gafanhoto e outros trabalhos manuais<br />

Ilustração 38 – Trabalhos manuais realiza<strong>do</strong>s<br />

Ilustração 31- Ilustração 32 – Conversa/Comentário de<br />

uma notícia<br />

Ilustração 35 – Alguns trabalhos realiza<strong>do</strong>s ao longo<br />

destes meses<br />

Ilustração 37 - Candelabro<br />

Ilustração 39 - Gafanhoto


Ilustração 40- To<strong>do</strong>s os trabalhos manuais realiza<strong>do</strong>s<br />

Ilustração 42 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim<br />

Ilustração 44 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim<br />

Ilustração 46 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim<br />

Ilustração 41 – Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim<br />

Ilustração 43 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim<br />

Ilustração 45 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim<br />

Ilustração 47 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim


Ilustração 48 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim<br />

Ilustração 49 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim


Com o fim de conhecer melhor os utentes desta Instituição na qual irei estagiar eu Marta<br />

Luísa Ferreira Soares Capelo, aluna <strong>do</strong> curso de Animação Sociocultural <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong><br />

<strong>Politécnico</strong> <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong>, resolvi realizar uma entrevista. Não só para conhecer melhor os<br />

utentes deste Centro de Dia a nível de dependência (Autónomo, semi-autónomo e dependente)<br />

mas também para saber quais as activi<strong>da</strong>des que eles gostariam mais de realizar ao longo<br />

destes três meses.<br />

Da<strong>do</strong>s pessoais:<br />

Nome:_________________________________________________________________<br />

Sexo: F ____ M____<br />

Naturali<strong>da</strong>de: _________________<br />

I<strong>da</strong>de____<br />

Quanto a dependência<br />

As seguintes perguntas pertencem às escalas de activi<strong>da</strong>de Básica de Vi<strong>da</strong> Diária – Escala de<br />

Lawton, e tem como finali<strong>da</strong>de agrupar os i<strong>do</strong>sos em três grupos concretos: dependentes,<br />

semi-autónomos e independentes.<br />

Assinale com um (X) aquele que considera certo.<br />

1. Quanto ao telefone<br />

Recebe e faz ligações sem assistência<br />

Assistência para ligações ou telefone especial<br />

Incapaz de usar telefone<br />

2. Quanto a viagem<br />

Viaja sozinho<br />

Viaja exclusivamente acompanha<strong>do</strong><br />

Incapaz de viajar<br />

3. Quanto a compras<br />

Faz compras, se forneci<strong>do</strong> o transporte


Faz compras acompanha<strong>do</strong><br />

Incapaz de fazer compras<br />

4. Preparo de refeições<br />

Planeja e cozinha refeições completas<br />

Prepara leves, com aju<strong>da</strong> nas pesa<strong>da</strong>s<br />

Incapaz<br />

5. Trabalho <strong>do</strong>méstico<br />

Tarefas pesa<strong>da</strong>s<br />

Tarefas leves, com aju<strong>da</strong> nas pesa<strong>da</strong>s<br />

Incapaz<br />

6. Toma de medicamentos<br />

Toma remédios sem assistência<br />

Necessita de lembretes ou de assistência<br />

Incapaz de tomar medicamentos<br />

7. Dinheiro<br />

Preenche cheques e paga contas<br />

Assistência para cheques e contas<br />

Incapaz<br />

Dificul<strong>da</strong>des<br />

1. Sente dificul<strong>da</strong>des em se movimentar?<br />

Sim__ Não__<br />

2. Tem dificul<strong>da</strong>des de audição?<br />

Sim__ Não__<br />

3. Tem dificul<strong>da</strong>des de visão?<br />

Sim__ Não__


Activi<strong>da</strong>des<br />

Que tipo de activi<strong>da</strong>des gostaria de executar nesta instituição? Assinale com um (X) to<strong>da</strong>s as<br />

activi<strong>da</strong>des as quais acha interessantes.<br />

4. Activi<strong>da</strong>des Físicas e Desportos<br />

Sim__ Não__<br />

Yoga<br />

Ginástica geriátrica<br />

Natação<br />

Excursões e Passeios<br />

Caminha<strong>da</strong>s<br />

Dança<br />

Jogos tradicionais<br />

Jogo <strong>do</strong> Boccia<br />

Activi<strong>da</strong>des aquáticas para i<strong>do</strong>sos<br />

Sim Não<br />

5. Activi<strong>da</strong>des que exercitem o nível cognitivo (mental) <strong>do</strong> individuo.<br />

Sim__ Não__<br />

6. Activi<strong>da</strong>des Plásticas<br />

Sim__ Não__<br />

Jogo <strong>da</strong>s Diferenças<br />

Jogo <strong>do</strong> Labirinto<br />

Jogo de Memória;<br />

Sopa de Letras<br />

Puzzles<br />

Su<strong>do</strong>ko<br />

Sim Não


Escultura<br />

Pintura<br />

Tapeçaria e bor<strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

Colagens<br />

Desenho<br />

7. Activi<strong>da</strong>des de expressão e <strong>da</strong> comunicação<br />

Sim__ Não__<br />

8. Activi<strong>da</strong>des lúdicas<br />

Sim__ Não__<br />

Dança<br />

Expressão dramática<br />

Música<br />

Turismo Sénior<br />

(viagem de 5-20 dias)<br />

Visitas culturais<br />

(duração máxima de 2 dias)<br />

Jogos de magia<br />

Jogos de mesa<br />

Iniciação à Informática/Internet<br />

Activi<strong>da</strong>des liga<strong>da</strong>s à ciência<br />

Sim Não<br />

Sim Não<br />

Rábulas e paródias (ane<strong>do</strong>tas, histórias, provérbios)<br />

Cinema<br />

Teatro<br />

Sim Não<br />

9. Além destas activi<strong>da</strong>des há alguma que lhe desperte algum interesse?


Sim__ Não__<br />

Qual? ________________________________________________________<br />

10. Que locais gostaria de visitar?<br />

a. _________________<br />

b. _________________<br />

c. _________________<br />

11. Que tipo de filme gosta?<br />

_____________________________________________________________<br />

Horário que lhe é mais conveniente<br />

Assinale com um (X) aquele que considera certo<br />

09:30-10:00<br />

10:00-11:00<br />

11:00-12:00<br />

Segun<strong>da</strong> Terça Quarta Quinta Sexta<br />

12:00-13:00 ----------- ------- --------- --------- -------<br />

13:00-14:00<br />

14:00-15:00<br />

15:00-16:00<br />

16:00-17:00<br />

17:00-18:00<br />

18:00- 19:00 ----------- ------- --------- --------- -------


Quanto à dependência<br />

Podemos verificar na Ilustração 1 que no Centro Social Cultual e Recreativo de Lamegal a<br />

maior percentagem de i<strong>do</strong>sos são autónomos, poden<strong>do</strong> participar livremente em to<strong>da</strong>s as<br />

activi<strong>da</strong>des. Também existe uma percentagem, embora pequena, de utentes semi-autónomos<br />

que puderam desenvolver as activi<strong>da</strong>des com mais cui<strong>da</strong><strong>do</strong> por se encontrarem com algumas<br />

dificul<strong>da</strong>des. Quanto ao número de i<strong>do</strong>sos dependentes este é muito reduzi<strong>do</strong>.<br />

Quanto às dificul<strong>da</strong>des<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Dependência<br />

Ilustração 1 - Nível de Dependência <strong>do</strong>s utentes<br />

Dificul<strong>da</strong>des<br />

Movimentação Audição Leitura<br />

n.º de utentes<br />

Ilustração 2 - Dificul<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s utentes desta instituição<br />

n.º de utentes


Na Ilustração 2 podemos verificar que as dificul<strong>da</strong>des mais senti<strong>da</strong>s entre os utentes desta<br />

Instituição são sem dúvi<strong>da</strong>, a movimentação e a leitura. A maior parte <strong>do</strong>s utentes denota<br />

pouca formação escolar. A má audição é um problema pouco frequente entre os i<strong>do</strong>sos desta<br />

Instituição.<br />

Activi<strong>da</strong>des<br />

Após a realização desta entrevista, verificámos que existem <strong>do</strong>is tipos de activi<strong>da</strong>des que<br />

to<strong>do</strong>s ou utentes gostariam de realizar, tais como: as activi<strong>da</strong>des cognitivas/mentais e as<br />

lúdicas. Seguem-se as activi<strong>da</strong>des físicas e desportivas que são as preferi<strong>da</strong>s <strong>do</strong>s utentes. E<br />

para finalizar as activi<strong>da</strong>des plásticas e de expressão e comunicação são as últimas a aparecer<br />

nas preferências <strong>do</strong>s mesmos.<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Activi<strong>da</strong>des Fisicas<br />

e desportivas<br />

Activi<strong>da</strong>des<br />

cognitivas/mental<br />

Ilustração 3 - Activi<strong>da</strong>des propostas<br />

De segui<strong>da</strong> iremos apresentar quais os tipos de activi<strong>da</strong>des que podem ser desenvolvi<strong>da</strong>s em<br />

ca<strong>da</strong> grupo diferencia<strong>do</strong>, acima referi<strong>do</strong>.<br />

Activi<strong>da</strong>des Físicas e Desportivas<br />

Activi<strong>da</strong>des<br />

plásticas<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

expressão e<br />

comunicação<br />

Activi<strong>da</strong>des ludicas<br />

Relativamente às activi<strong>da</strong>des físicas e desportivas propostas aos i<strong>do</strong>sos, estes consideram os<br />

jogos tradicionais e a ginástica geriátrica as activi<strong>da</strong>des mais interessantes (vide Ilustração 4).<br />

Sim<br />

Não


Refira-se que, metade <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos a quem foi realiza<strong>da</strong> a entrevista, considera que as<br />

caminha<strong>da</strong>s e a <strong>da</strong>nça são as activi<strong>da</strong>des mais interessantes.<br />

Quanto às activi<strong>da</strong>de aquáticas são poucos os i<strong>do</strong>sos a demonstrar interesse em querer praticá-<br />

las.<br />

Jogos Tradicionais<br />

Activi<strong>da</strong>des aquaticas<br />

Ginástica geriátrica<br />

Ilustração 4 -Activi<strong>da</strong>des Físicas e Desportivas propostas<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão e de comunicação<br />

Ao nível <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des de expressão e de comunicação os utentes gostaram de to<strong>da</strong>s as<br />

activi<strong>da</strong>des propostas: <strong>da</strong>nça, música e expressão dramática. (Ilustração 5)<br />

Activi<strong>da</strong>des Lúdicas<br />

Activi<strong>da</strong>des Físicas e Desportivas<br />

Dança<br />

Caminha<strong>da</strong>s<br />

0 1 2 3 4 5 6 7<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão e de<br />

comunicação<br />

Música<br />

Expressão dramática<br />

Dança<br />

0 2 4 6<br />

Ilustração 5 - Activi<strong>da</strong>des de expressão e de comunicação propostas<br />

Não<br />

Sim<br />

Não<br />

Sim


De entre as activi<strong>da</strong>des lúdicas propostas, os jogos de mesa são os preferi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s utentes,<br />

seguin<strong>do</strong>-se as rábulas e paródias (Ilustração 5).<br />

As activi<strong>da</strong>des liga<strong>da</strong>s à ciência, as i<strong>da</strong>s ao teatro e ao cinema e as visitas culturais/turismo<br />

sénior são escolhi<strong>da</strong>s em igual número pelos i<strong>do</strong>sos. Muitos deles nunca foram ao cinema.<br />

Curiosamente, a informática foi a única activi<strong>da</strong>de que eles acharam pouco interessante.<br />

Ilustração 6 - Activi<strong>da</strong>des Lúdicas propostas<br />

Importa referir que relativamente às restantes perguntas, to<strong>do</strong>s responderam <strong>da</strong> mesma forma.<br />

Sen<strong>do</strong> que não indicaram qualquer local que gostassem de visitar, pois adiantavam “eu<br />

gostava de ir a qualquer lugar”.<br />

Os tipos de filmes mais solicita<strong>do</strong>s foram: “filmes de animais” (vi<strong>da</strong> selvagem). A maior parte<br />

<strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos gostam de to<strong>do</strong> o tipo de filmes, só um é que afirmou não gostar de os visualizar.<br />

Quanto ao horário possível para a realização <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des, to<strong>do</strong>s concor<strong>da</strong>ram que o<br />

primeiro turno seja <strong>da</strong>s 10:00h às 12:00h, e o turno <strong>da</strong> tarde comece as 14:30h e termine às<br />

16:30.<br />

Activi<strong>da</strong>des liga<strong>da</strong>s à ciencia<br />

Informática<br />

Jogos de Mesa<br />

Jogos de Magia<br />

Turismo Sénor/ Visitas culturais<br />

Activi<strong>da</strong>des Lúdicas<br />

Teatro<br />

Cinema<br />

Rabulas e paródias<br />

0 2 4 6 8<br />

Não<br />

Sim


Plano de Activi<strong>da</strong>des - Julho<br />

10:00- 12:00 Activi<strong>da</strong>des Lúdicas<br />

14:30- 16:30 Animação Cognitiva<br />

Plano de Activi<strong>da</strong>des - Agosto<br />

10:00-<br />

12:00<br />

14:30-<br />

16:30<br />

Terça Quarta Quinta Sexta<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

Expressão e<br />

Comunicação 1<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

Expressão Físico –<br />

Motora 1<br />

Activi<strong>da</strong>des<br />

promotoras de<br />

desenvolvimento<br />

pessoal e social<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

Expressão e<br />

Comunicação 2<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

Expressão Plástica<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

Expressão Físico –<br />

Motora 2<br />

Terça Quarta Quinta Sexta<br />

Activi<strong>da</strong>des Lúdicas 1<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

Expressão Físico –<br />

Motora 1<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

Expressão Plástica<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

Expressão e<br />

Comunicação 1<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

Expressão e<br />

Comunicação 2<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

expressão Físico –<br />

Motora 2<br />

Animação Cognitiva Activi<strong>da</strong>des Lúdicas 2


Plano de Activi<strong>da</strong>des – Setembro/Outubro<br />

10:00-<br />

12:00<br />

14:30-<br />

16:30<br />

Terça Quarta Quinta Sexta<br />

Animação Cognitiva<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

expressão Físico –<br />

Motora<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

Expressão Plástica<br />

Activi<strong>da</strong>des Lúdicas<br />

1<br />

________<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

Expressão e<br />

Comunicação 1<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

Expressão e<br />

Comunicação 2<br />

Activi<strong>da</strong>des Lúdicas 2


Cronograma – Julho<br />

Activi<strong>da</strong>des<br />

Elaboração <strong>do</strong>s Inquéritos<br />

Preenchimento <strong>do</strong>s inquéritos<br />

Coordenação <strong>do</strong>s inquéritos<br />

Pictionary<br />

Buraco (jogo de cartas)<br />

Recolha de Jogos Antigos<br />

Jogo: eu conheço…<br />

Jogos de apresentação<br />

Visualização de um filme<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para a<br />

semana seguinte<br />

Jogo <strong>do</strong>s Provérbios<br />

Sopa de letras<br />

Jogo: seguir números<br />

Imitar o chefe<br />

O sério<br />

O rei man<strong>da</strong><br />

O que estás a fazer…<br />

Somos nós<br />

Marmela<strong>da</strong><br />

Enchimento <strong>do</strong> balão<br />

Estátua<br />

Papagaio de papel<br />

O que está mal<br />

Pensamento positivo<br />

Cronograma<br />

Dias <strong>do</strong> mês de Julho<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 27 28 29 30 31


Brasão familiar<br />

Objectivos pessoais<br />

Recolha de músicas <strong>do</strong> seu<br />

tempo<br />

Analise subjectiva de uma<br />

pintura<br />

Análise de Texturas<br />

Exercícios com arcos e bolas<br />

Jogo <strong>da</strong>s diferenças<br />

Gestos<br />

Muitos gestos<br />

Feito de…<br />

Isto é…<br />

Circuito de movimentos<br />

Exercício de aeróbica<br />

Jogos de confiança<br />

Conversas/ comentários de<br />

noticias<br />

Colagens<br />

Legen<strong>da</strong><br />

Activi<strong>da</strong>des de Expressão Físico – Motora<br />

Activi<strong>da</strong>des de Expressão Plástica<br />

Activi<strong>da</strong>des de Expressão e Comunicação<br />

Activi<strong>da</strong>des Promotoras de Desenvolvimento Social e Pessoal<br />

Activi<strong>da</strong>des Lúdicas<br />

Activi<strong>da</strong>des de Expressão Cognitiva<br />

Activi<strong>da</strong>des propostas pela directora técnica (escritório)<br />

Outras Activi<strong>da</strong>des


Cronograma - Agosto<br />

Activi<strong>da</strong>des<br />

Visionamento de um filme<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para a<br />

semana seguinte<br />

Jogos de Provérbios<br />

Sopa de letras<br />

Conversas/Comentários de<br />

noticias<br />

Informática<br />

Jogo <strong>do</strong> pau<br />

Jogo com arcos<br />

Uma mão<br />

Passar a bola<br />

Bandeiras festivas<br />

Isto é…<br />

Era uma vez…<br />

Pingue-pongue<br />

Animais<br />

Puzzles<br />

Jogo <strong>do</strong> papel higiénico<br />

Enfiar a caneta na garrafa<br />

Pé mágico<br />

Balões<br />

O que está mal…<br />

Cronograma<br />

Dias <strong>do</strong> mês Agosto<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 27 28 29 30 31


Falta algo…<br />

Sorrisos e caretas<br />

Segre<strong>do</strong>s<br />

Exposição e ven<strong>da</strong> de<br />

artesanato<br />

Jogo de memória com cartas<br />

Exercícios para trabalhar a<br />

mobili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s quadris<br />

Exercícios de flexibili<strong>da</strong>de<br />

Exercícios com bastões<br />

Futebol de papel<br />

Gato e Rato<br />

Sons e Emoções<br />

Encontrar o som<br />

Quem falou<br />

Romeu e Julieta<br />

Adivinhar sons<br />

Jogo Bowling<br />

Frascos colori<strong>do</strong>s<br />

Dia mundial <strong>da</strong> fotografia<br />

Exercícios de respiração<br />

Exercício de tonificação<br />

muscular e mobili<strong>da</strong>de<br />

Quatro em linha<br />

Preparação <strong>do</strong>s suportes de<br />

divulgação <strong>da</strong> viagem<br />

Exercícios sem deslocamentos<br />

posição de pé


Cronograma - Setembro<br />

Activi<strong>da</strong>des<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para a<br />

semana seguinte<br />

Conversas/Comentários de<br />

noticias<br />

Informática<br />

Escolha de activi<strong>da</strong>des<br />

manuais<br />

Caminha<strong>da</strong><br />

Gafanhoto<br />

Su<strong>do</strong>ku<br />

Sueca<br />

Feiticeiro<br />

Monopoly<br />

Viagem<br />

Dia Internacional <strong>da</strong> Paz<br />

Cronograma<br />

Dias <strong>do</strong> mês Setembro<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 27 28 29 30 31


Cronograma - Outubro<br />

Activi<strong>da</strong>des<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para a<br />

semana seguinte<br />

Borboleta<br />

Antena<br />

Recolha de produtos <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

pela Segurança Social<br />

Descobrir a ci<strong>da</strong>de<br />

Palavras ao contrário<br />

Conta flores<br />

Análise de imagens com ilusão<br />

óptica<br />

Exercícios na barra ou<br />

espal<strong>da</strong>r<br />

Dominó<br />

Candelabro<br />

Cronograma<br />

Dias <strong>do</strong> mês de Outubro<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 27 28 29 30 31


Dia 12/07<br />

Mês de Julho<br />

Conhecimento <strong>da</strong> Instituição, <strong>do</strong>s seus utentes, <strong>do</strong> regulamento e mo<strong>do</strong>s de conduta.<br />

Elaboração de uma entrevista com o objectivo de conhecer melhor os utentes <strong>do</strong> Centro<br />

Social Cultural e Recreativo de Lamegal, saber as suas limitações, o seu grau de<br />

dependência (autónomo, semi-autónomo e dependente) e as activi<strong>da</strong>des que estes<br />

gostariam mais de realizar durante este perío<strong>do</strong>.<br />

Dia 13/07<br />

Preenchimento <strong>da</strong>s entrevistas. Atentas as dificul<strong>da</strong>des demonstra<strong>da</strong>s pelos utentes, a<br />

resposta foi <strong>da</strong><strong>da</strong> oralmente, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> eu que posteriormente as reduzi a escrito.<br />

Dia 14/07<br />

Local: Sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

Objectivos<br />

14:00h-<br />

15:00<br />

Jogo de<br />

mesa:<br />

Pictionary<br />

Pictionary <br />

<br />

Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de<br />

memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de<br />

perceptiva;<br />

Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />

degenerativas.<br />

15:00-<br />

16:00<br />

Jogo de<br />

cartas<br />

Coordenação <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong>s entrevistas.<br />

Realização de um jogo de mesa - Pictionary. Este jogo permite ao i<strong>do</strong>so desenhar uma<br />

palavra, pensar e dizer diferentes sinónimos para as diferentes palavras. É um jogo<br />

mental que tem como objectivo aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral, retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong><br />

per<strong>da</strong> de memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de perceptiva, bem como de prevenir o<br />

surgimento de <strong>do</strong>enças degenerativas.<br />

Cartas Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />

Aumentar o conhecimento de outros<br />

jogos de cartas, que os i<strong>do</strong>sos não<br />

tenham conhecimento;<br />

Promover o convívio e a interacção<br />

entre utentes.


A realização de um jogo de cartas não conheci<strong>do</strong> pelos i<strong>do</strong>sos teve como objectivo<br />

aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral e desenvolver um jogo com diferentes regras.<br />

De segui<strong>da</strong> solicitei que fossem eles a indicar novos jogos, ten<strong>do</strong> fica<strong>do</strong> a conhecer os<br />

seguintes jogos: o “Burro relincham”, “o Burro conta<strong>do</strong>” e o “Burro”, que desconhecia<br />

até então jogos.<br />

Avaliação/Observação: Apesar de ter o cui<strong>da</strong><strong>do</strong> de avisar os utentes acerca horário <strong>da</strong>s<br />

activi<strong>da</strong>des, poucos compareceram. São muitos os i<strong>do</strong>sos que estão em suas casas até à<br />

hora <strong>da</strong>s refeições. Alguns ain<strong>da</strong> têm o tempo ocupa<strong>do</strong> com a sua horta. Pude verificar<br />

que os i<strong>do</strong>sos estão bastante limita<strong>do</strong>s a nível mental ao executar um jogo que tinha<br />

como finali<strong>da</strong>de descobrir uma palavra através <strong>da</strong> minha mica e desenho. Alguns<br />

queixaram-se, dizen<strong>do</strong> que se sentiam cansa<strong>do</strong>s e estavam a ficar com <strong>do</strong>res de cabeça.<br />

Ao realizar o jogo de cartas foram poucos os i<strong>do</strong>sos que o compreenderam pois<br />

estavam-se sempre a lamentar que “já não era para a cabeça deles”


Dia 15/07<br />

Local: Sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Recolha de jogos Papel<br />

11:00 “Antigos”<br />

Caneta<br />

14:00-<br />

15:00<br />

Activi<strong>da</strong>de de<br />

expressão e<br />

comunicação<br />

Recolha de jogos “Antigos”<br />

Fiz uma lista com to<strong>do</strong>s os jogos que a pouco e pouco os utentes se iam lembran<strong>do</strong>. De<br />

segui<strong>da</strong> vou apresenta-la:<br />

To<strong>do</strong>s tradicionais<br />

Jogo <strong>do</strong> botão;<br />

Jogo <strong>do</strong> anel;<br />

“Varre varre vassourinha”<br />

Cabra cega;<br />

Jogo <strong>do</strong> lenço;<br />

Jogo <strong>do</strong> lenço – em que se circula por fora de uma ro<strong>da</strong>;<br />

“Quente, morno e frio”<br />

Bom Barqueiro<br />

Fito (com pedras);<br />

Malha;<br />

Objectivos<br />

Troca de experiencias e<br />

vivencias;<br />

Reviver acontecimentos<br />

passa<strong>do</strong>s;<br />

Valorizar os seus<br />

conhecimentos e mostrar que o<br />

seu contributo pode ser<br />

fun<strong>da</strong>mental para que estes<br />

jogos não caiam em<br />

esquecimento<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de<br />

memória.<br />

Cadeiras Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de<br />

memória;<br />

Permitir a troca de ideias, opiniões<br />

e emoções.<br />

Reviver experiências.


Chona (pareci<strong>do</strong> com a malha mas com a diferença em que o material é feito de<br />

madeira);<br />

Relão (apanha<strong>da</strong>);<br />

“Ó vizinha dá-me lume ”<br />

Martelinho<br />

Necas<br />

Capar a água (pedras na água);<br />

Berlinde;<br />

Traganinho;<br />

Pilha três (agarra<strong>da</strong>);<br />

Arco (arco de madeira, com qual as crianças corriam umas atrás <strong>da</strong>s outras);<br />

Jogo <strong>da</strong> Barra/palanca;<br />

Jogo <strong>do</strong> Ferro;<br />

Raoula;<br />

Jogo <strong>do</strong> saco;<br />

Cor<strong>da</strong>;<br />

Sapo (pareci<strong>do</strong> com a malha mas com pedras);<br />

Pião:<br />

“Raia bota fora”;<br />

“Cuspinho”.<br />

Pião de Bronca (maior que o anterior).<br />

Activi<strong>da</strong>de de comunicação e expressão: Jogo: “Eu conheço…”<br />

Os i<strong>do</strong>sos formam uma ro<strong>da</strong> <strong>da</strong>n<strong>do</strong> as mãos uns aos outros e de costas volta<strong>da</strong>s para o<br />

centro <strong>da</strong> ro<strong>da</strong>. O jogo tem início com um <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, tiran<strong>do</strong> à sorte, a dizer:”Eu sou<br />

amigo de um senhor/senhora que é …(descreve fisicamente) e gosta de…”.<br />

O jogo que está a ser indica<strong>do</strong> terá de dizer: “Sou eu, a/o (nome de mãos <strong>da</strong><strong>da</strong>s) ”. Em<br />

segui<strong>da</strong>, é este i<strong>do</strong>so que vai falar a outro e assim sucessivamente.<br />

O jogo termina com to<strong>do</strong>s os joga<strong>do</strong>res vira<strong>do</strong>s para o centro <strong>da</strong> ro<strong>da</strong>.<br />

Este jogo tem como objectivos: retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de memória, permitir a troca<br />

de ideias opiniões e emoções e reviver experiências.


Avaliação/Observação: No horário de manhã só tive três pessoas para participar na<br />

activi<strong>da</strong>de mas à tarde pude contar com mais três pessoas a executarem as activi<strong>da</strong>des<br />

propostas.<br />

O número de participantes aumentou mas ain<strong>da</strong> são poucos a participar nas activi<strong>da</strong>des.<br />

Notei que o jogo de cartas aprendi<strong>do</strong> no dia anterior já era conheci<strong>do</strong> e aceite por to<strong>do</strong>s<br />

os utentes<br />

Dia 16/07<br />

Local: Sala de convivo<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

10:00-<br />

11:30<br />

14:30-<br />

16:30<br />

Na sessão <strong>da</strong> manhã realizámos alguns jogos de apresentação e alguns jogos de<br />

exploração <strong>do</strong> corpo.<br />

Jogos de apresentação:<br />

Jogos de bola<br />

Activi<strong>da</strong>des de<br />

expressão físico-<br />

motora<br />

Visualização de<br />

filmes<br />

Separar os i<strong>do</strong>sos em <strong>do</strong>is grupos se for necessário. Colocá-los de mãos <strong>da</strong><strong>da</strong>s em forma<br />

de círculo. Podem se realizar três tipos diferentes de jogos com bola.<br />

No primeiro a anima<strong>do</strong>ra dá a bola a um i<strong>do</strong>so <strong>do</strong> círculo, (escolhi<strong>do</strong> ao acaso). De<br />

segui<strong>da</strong> esse utente terá de lançar a bola a outro colega. Ao mesmo tempo que lança a<br />

bola terá de dizer o seu nome.<br />

Bola; Aumentar <strong>do</strong> auto-<strong>do</strong>mínio,<br />

Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des<br />

físicas,<br />

Combater o sedentarismo e o<br />

stress,<br />

Cassete ou<br />

DVD;<br />

Leitor de<br />

cassetes ou de<br />

DVD s<br />

Aumentar a auto-estima.<br />

Divertir as pessoas e o<br />

grupo;<br />

Promover o convívio e<br />

divulgar os<br />

conhecimentos, artes e<br />

saberes.


O segun<strong>do</strong> jogo é idêntico ao acima referi<strong>do</strong>, mas no momento em que o utente lança a<br />

bola terá de dizer não o seu nome mas sim o <strong>do</strong> colega a quem está a lançar a bola.<br />

O último jogo com bola consiste em passar à boa a pessoa que se encontra à nossa<br />

direita e dizer o seu nome.<br />

Ritmo<br />

Este jogo divide-se em três partes.<br />

Na primeira parte, os i<strong>do</strong>sos devem bater duas vezes na parte superior <strong>da</strong>s pernas, de<br />

segui<strong>da</strong> devem bater as palmas também duas vezes consecutivas e por fim estalar os<br />

de<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s duas mãos, começan<strong>do</strong> pela mão direita e terminan<strong>do</strong> na esquer<strong>da</strong>. Após essa<br />

coordenação de movimentos os i<strong>do</strong>sos devem dizer o nome ao mesmo tempo que<br />

estalam os de<strong>do</strong>s <strong>da</strong> mão direita e ao mesmo tempo que estalam os de<strong>do</strong>s <strong>da</strong> mão<br />

esquer<strong>da</strong> devem dizer o nome <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so que se encontra à sua esquer<strong>da</strong>.<br />

Na segun<strong>da</strong> parte, os utentes com a mesma coordenação de movimentos, mas em vez de<br />

dizer o seu nome quan<strong>do</strong> estalam os de<strong>do</strong>s <strong>da</strong> mão direita, devem dizer o nome <strong>da</strong><br />

pessoa que se encontra no seu la<strong>do</strong> direito e dizer o seu nome quan<strong>do</strong> estalar os de<strong>do</strong>s<br />

<strong>da</strong> mão esquer<strong>da</strong> (ou seja o inverso <strong>da</strong> anterior).<br />

Na terceira parte, também com a mesma coordenação de movimentos, ao estalar a mão<br />

direita o i<strong>do</strong>so deve dizer o nome <strong>da</strong> pessoa que se encontra à sua direita, ao estalar os<br />

de<strong>do</strong>s <strong>da</strong> mão esquer<strong>da</strong> tem de dizer o nome <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so que se encontra no la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong>.<br />

Rima com o nome<br />

A anima<strong>do</strong>ra deve colocar os i<strong>do</strong>sos em círculo. De segui<strong>da</strong> ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so terá de fazer<br />

uma rima com o seu nome.<br />

Nomes<br />

Ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so pensa nas iniciais <strong>do</strong> seu nome e inventa uma activi<strong>da</strong>de ten<strong>do</strong> aquelas<br />

como ponto de parti<strong>da</strong>. Por exemplo: Francisco Beja – fabricar bolas; José Manuel Topa<br />

– jogar mal ténis; Cristina Madureira – contar moscas. Em ro<strong>da</strong> e à vez, ca<strong>da</strong> utente diz<br />

o seu nome e a sua activi<strong>da</strong>de.


E em jogos seguintes, ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so inventa uma activi<strong>da</strong>de para o colega que se encontra<br />

à sua direita ou à sua esquer<strong>da</strong>.<br />

Excelências<br />

Aos pares, tem uma conversa inserin<strong>do</strong> a palavra “excelência” entre ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s<br />

palavras <strong>da</strong> frase. Por exemplo, um diz: “eu, excelência, posso, excelência, sentar-me,<br />

excelência, aqui, excelência?”, e o outro, responde: “não, excelência, a, excelência,<br />

cadeira, excelência, está, excelência, parti<strong>da</strong>, excelência”, etc.<br />

Exploração expressiva <strong>do</strong> corpo:<br />

Parar … Continuar<br />

A anima<strong>do</strong>ra terá o papel de bater as palmas em diferentes ritmos. Os i<strong>do</strong>sos terão de<br />

estar atentos e com o mesmo ritmo bater os pés. Quan<strong>do</strong> a Anima<strong>do</strong>ra parar eles terão<br />

de parar sucessivamente.<br />

Tocar no nosso corpo<br />

Com o objectivo de conhecer as diferentes partes <strong>do</strong> nosso corpo, com a mão direita e<br />

esquer<strong>da</strong>. A anima<strong>do</strong>ra vai dizen<strong>do</strong> uma acção como por exemplo: tocar com a mão<br />

direita na face; toca no queixo; no peito; no rabo; na perna; no pé. Os i<strong>do</strong>sos têm de<br />

fazer essa acção.<br />

Espelho<br />

Colocar os i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong>is e <strong>do</strong>is, frente e frente. De segui<strong>da</strong> a anima<strong>do</strong>ra vai dizen<strong>do</strong> para<br />

os utentes tocarem com uma <strong>da</strong>s suas mãos nas diferentes partes <strong>do</strong> corpo. Se o colega<br />

se afasta <strong>do</strong> espelho o outro também se deve afastar.<br />

“Tocar com a mão direita na face, no queixo, no peito, no rabo, na perna, no pé, etc.<br />

Activi<strong>da</strong>des lúdicas: Na sessão <strong>da</strong> tarde visualizámos um filme: “A Comunicação <strong>do</strong>s<br />

animais” (45 minutos).<br />

Avaliação/Observação: Na parte na manhã to<strong>do</strong>s os i<strong>do</strong>sos que se encontravam na<br />

instituição realizaram as activi<strong>da</strong>des propostas com alegria e entusiasmo.


Na parte <strong>da</strong> tarde os i<strong>do</strong>sos compareceram ao visionamento <strong>do</strong> filme mas queixaram-se<br />

pois apesar de ser em português continha alguns comentários de um historia<strong>do</strong>r inglês.<br />

Dia 19/07<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />

Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />

Dia 20/07<br />

Local: Sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

10:00-<br />

11:30<br />

14:30-<br />

16:30<br />

Jogos e Rábulas:<br />

Provérbios<br />

começa<strong>do</strong>s por “A”<br />

Jogos de<br />

animação mental:<br />

sopas de letras,<br />

seguimento de<br />

números.<br />

Activi<strong>da</strong>des lúdicas: Jogos e Rábulas<br />

Para desenrolar esta activi<strong>da</strong>de, começámos por pesquisar e recolher vários provérbios<br />

começa<strong>do</strong>s por “A”.<br />

Após esse procedimento dividimos esses provérbios em duas pequenas frases nas quais<br />

a primeira frase era composta pela parte inicial <strong>do</strong> provérbio e a segun<strong>da</strong> ou seja o final<br />

era coloca<strong>do</strong> separa<strong>da</strong>mente.<br />

De segui<strong>da</strong> imprimimo-los em letras bastantes grandes.<br />

Desenrolar <strong>da</strong> sessão<br />

Dois papéis<br />

(parte inicial <strong>do</strong><br />

provérbio e parte<br />

final)<br />

Revistas com<br />

jogos mentais<br />

Desenvolver aptidões<br />

<strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos a nível de<br />

memória e leitura.<br />

Desenvolver o<br />

raciocínio abstracto;<br />

Desenvolver a<br />

criativi<strong>da</strong>de;<br />

Aumentar a activi<strong>da</strong>de<br />

cerebral;<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos de<br />

per<strong>da</strong> de memória e <strong>da</strong><br />

acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de<br />

perceptiva;<br />

Prevenir o surgimento<br />

de <strong>do</strong>enças<br />

degenerativas.


A to<strong>do</strong>s os i<strong>do</strong>sos foi entregue a parte inicial de um provérbio o objectivo <strong>do</strong> jogo era<br />

encontrar no meio de 10 diferentes o final <strong>do</strong> mesmo.<br />

De segui<strong>da</strong> dividimos os i<strong>do</strong>sos em grupos e fizemos um pequeno jogo no qual<br />

entravam os provérbios anteriormente fala<strong>do</strong>s e mais alguns começa<strong>do</strong>s pela mesma<br />

letra. O jogo decorreu <strong>da</strong> seguinte maneira: após a leitura <strong>do</strong> inicio de um provérbio os<br />

i<strong>do</strong>sos teriam de tentar adivinhar o seu final.<br />

No final <strong>da</strong> sessão perguntámos se ain<strong>da</strong> se lembravam de mais alguns provérbios<br />

começa<strong>do</strong>s por “A”,<br />

Com este jogo pôde testar as aptidões <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos a nível de memória e leitura.<br />

Activi<strong>da</strong>de cognitiva: Jogos de animação mental<br />

Os i<strong>do</strong>sos foram ensina<strong>do</strong>s a preencher sopas de letras de diversas formas, infelizmente<br />

sentiram muitas dificul<strong>da</strong>des em avistar as palavras pois têm já algumas limitações ao<br />

nível <strong>da</strong> visão. Para um melhor envolvimento tive de optar por lhes pedir apenas a<br />

definição <strong>do</strong>s objectos/animais presentes nas revistas compra<strong>da</strong>s e procurar eu mesma a<br />

palavra.<br />

Quantos a jogos de seguir números de forma a obter imagens, eles já mostraram mais<br />

interesse e dedicação.<br />

Avaliação/Observação: A sessão <strong>da</strong> manhã correu como espera<strong>do</strong>, os i<strong>do</strong>sos<br />

mostraram-se muito empenha<strong>do</strong>s com o jogo <strong>do</strong>s provérbios.<br />

Na sessão <strong>da</strong> tarde não se mostraram tão interessa<strong>do</strong>s pois a nível de visão as<br />

dificul<strong>da</strong>des já são muito visíveis. Não revelaram interesse em activi<strong>da</strong>des nas quais a<br />

paciência é fun<strong>da</strong>mental.


Dia 21/07<br />

Local: Sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Exercícios de expressão<br />

11:30<br />

dramática<br />

14:30-<br />

16:30<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: exercício de expressão dramática<br />

Imitar o chefe<br />

Organizam-se os i<strong>do</strong>sos numa ro<strong>da</strong> (senta<strong>do</strong>s em cadeiras) e escolhe-se um utente para<br />

ser o primeiro a começar o jogo. Este é o chefe e propõe uma acção (bater palmas, tocar<br />

num pé, baixar o tronco, etc.)<br />

To<strong>do</strong>s os <strong>da</strong> ro<strong>da</strong> imitam, reproduzin<strong>do</strong> o movimento proposto e, a um sinal <strong>do</strong><br />

anima<strong>do</strong>r, previamente estabeleci<strong>do</strong> (por exemplo um assobio), o utente seguinte na<br />

ro<strong>da</strong> passa a ser o chefe, propon<strong>do</strong> um novo movimento. O jogo só termina quan<strong>do</strong><br />

to<strong>do</strong>s os utentes tiverem passa<strong>do</strong> pelo papel de chefe.<br />

O Sério<br />

Na mesma organização que o anterior, escolhe-se um utente para ser o primeiro a<br />

começar o jogo. Esse é o sério, os outros utentes à vez têm de tentar que ele se ria<br />

fazen<strong>do</strong>-lhe caretas, macaca<strong>da</strong>s, contan<strong>do</strong> ane<strong>do</strong>tas, dizen<strong>do</strong> palavras engraça<strong>da</strong>s, etc.<br />

Quan<strong>do</strong> o sério se rir, cede o seu lugar àquele que venceu.<br />

O Rei man<strong>da</strong><br />

Exercícios de expressão<br />

física - motora<br />

Objectivos<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong><br />

de memória;<br />

Permitir a troca de ideias,<br />

opiniões e emoções.<br />

Reviver experiências.<br />

Aumentar <strong>do</strong> auto-<strong>do</strong>mínio,<br />

Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des<br />

físicas,<br />

Combater o sedentarismo e o<br />

stress,<br />

Aumentar a auto-estima.


Com os i<strong>do</strong>sos organiza<strong>do</strong>s como no jogo anterior, o anima<strong>do</strong>r começa o jogo, frente<br />

aos utentes, assumin<strong>do</strong> o papel de Rei. Para isso diz por exemplo, “o Rei man<strong>da</strong> rir!, o<br />

Rei man<strong>da</strong> comer uma banana!”.<br />

Percebi<strong>do</strong> o jogo, o anima<strong>do</strong>r deve <strong>da</strong>r a vez de Rei a um <strong>do</strong>s utentes.<br />

O que estás a fazer?<br />

Com os i<strong>do</strong>sos coloca<strong>do</strong>s em círculo, o anima<strong>do</strong>r começa o jogo, frente aos utentes<br />

miman<strong>do</strong> uma acção, por exemplo, varrer o chão. O utente <strong>do</strong> seu la<strong>do</strong> direito terá de<br />

lhe perguntar: “O que estás a fazer?”, ao que ele deve responder, por exemplo, estou a<br />

lavar pratos!, isto é a resposta não pode coincidir com a acção que está a mimar.<br />

Somos nós<br />

Com os i<strong>do</strong>sos organiza<strong>do</strong>s em pares, la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong>, o anima<strong>do</strong>r dá a ca<strong>da</strong> par um pe<strong>da</strong>ço<br />

de cor<strong>da</strong> ou fio. Um elemento <strong>do</strong> par segura uma ponta <strong>do</strong> fio com a mão direita e o<br />

outro segura a ponta com a mão esquer<strong>da</strong>. As mãos são passa<strong>da</strong>s para trás <strong>da</strong>s costas <strong>do</strong><br />

parceiro, fican<strong>do</strong> o par abraça<strong>do</strong>. Nessa posição eles terão de <strong>da</strong>r um nó na sua cor<strong>da</strong>.<br />

Além dessa acção podem se realizar diferentes acções.<br />

Marmela<strong>da</strong><br />

Com os i<strong>do</strong>sos numa ro<strong>da</strong>, um utente escolhi<strong>do</strong> pelo anima<strong>do</strong>r terá de sofrer um<br />

interrogatório no qual terá de responder sempre “Marmela<strong>da</strong>”. As perguntas são feitas à<br />

vez e por ordem, pelos colegas <strong>da</strong> ro<strong>da</strong>, e o i<strong>do</strong>so que responde não pode dizer nenhuma<br />

outra palavra, nem rir-se, procuran<strong>do</strong> manter um ar natural.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora:<br />

Enchimento <strong>do</strong> balão<br />

Sopro: Com os utentes agrupa<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is a <strong>do</strong>is, um <strong>do</strong>s elementos deve emitir um sopro, e<br />

o outro vai-se mol<strong>da</strong>r como se fosse um balão, consoante o sopro <strong>do</strong> seu colega, até<br />

rebentar.<br />

Bomba: Igual à última fase, mas em vez de soprar deve com o pé fingir que está a<br />

encher o balão com uma bomba de ar.


“ Estatua”<br />

Colocar os utentes <strong>do</strong>is a <strong>do</strong>is. Um elemento fica com o papel de escultor e o outro é a<br />

estátua. O utente que ficou com o papel de escultor deve mol<strong>da</strong>r o outro colega à sua<br />

vontade. Por fim invertem-se os papéis.<br />

Papagaio de papel<br />

Um <strong>do</strong>s utentes faz de menino na praia, e outro faz de papagaio de papel. O menino<br />

controla o papagaio, o outro elemento deve fazer o movimento como se fosse um<br />

papagaio a ser manipula<strong>do</strong> (para isso deve manter o corpo relaxa<strong>do</strong>).<br />

“O que está mal?”<br />

Neste jogo escolhe-se um voluntário entre os utentes. O voluntário sai <strong>da</strong> sala. De<br />

segui<strong>da</strong>, são troca<strong>do</strong>s elementos <strong>do</strong>s utentes como relógios, roupa, óculos. O voluntário<br />

regressa à sala e tenta observar o que está mal e ver a quem pertence aquele objecto.<br />

Avaliação/Observação: Nesta sessão <strong>da</strong> manhã os i<strong>do</strong>sos participaram activamente nos<br />

jogos de dramatização, houve muitas risa<strong>da</strong>s e alegria. Foi a primeira sessão em que vi a<br />

alegria estampa<strong>da</strong> nas suas caras e que ouvi este jogo é muito diverti<strong>do</strong>!!.<br />

À tarde realizámos activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora mas houve menos<br />

participação de i<strong>do</strong>sos devi<strong>do</strong> à visita de familiares.


Dia 22/07<br />

Local: Sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Activi<strong>da</strong>des de<br />

11:30<br />

desenvolvimento<br />

14:30-<br />

16:30<br />

Activi<strong>da</strong>des promotoras de desenvolvimento pessoal:<br />

Pensamento positivo<br />

Começa-se por uma ponta <strong>do</strong> grupo e pede-se para dizem um acontecimento negativo.<br />

O colega <strong>do</strong> la<strong>do</strong> deve dizer um pensamento positivo sobre o referi<strong>do</strong> acontecimento.<br />

Brasão familiar<br />

O objectivo deste jogo é fazer com que a pessoa se conheça melhor, perguntan<strong>do</strong> coisas<br />

como por exemplo: Qual o animal é que gostarias de ser?, Qual foi o maior fracasso que<br />

teve?, Qual o seu lema de vi<strong>da</strong>? Qual foi o maior sucesso que obteve?, Quais os<br />

objectivos para os próximos dez anos?, Diga uma coisa que as pessoas não sabem a seu<br />

respeito?.<br />

pessoal<br />

Recolha de músicas<br />

<strong>do</strong> seu tempo<br />

Objectivos pessoais<br />

Pedir a ca<strong>da</strong> elemento <strong>do</strong> grupo para apresentar uma meta ou objectivo pessoal a curto<br />

prazo um poucas palavras: “Que coisas querem e podem fazer agora ou <strong>da</strong>qui a um<br />

mês?”. Dar um minuto para as pessoas pensarem. Este jogo tem como objectivo a<br />

partilha de experiências.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: recolha de músicas <strong>do</strong> seu tempo.<br />

Avaliação/Observação: De manhã partilhámos muitas histórias de vi<strong>da</strong> pois os i<strong>do</strong>sos<br />

tinham muita vontade de contar as suas aventuras e vitórias.<br />

Objectivos<br />

Incentivar os utentes para se<br />

relacionarem uns com os outros de<br />

forma a proporcionar trocas de<br />

experiencias e vivencias;<br />

Troca de ideias, opiniões,<br />

sugestões e vivencias


À tarde recolhi com eles poucas músicas, pôde notar que já estão muito limita<strong>do</strong>s a<br />

nível mental e que têm pouca vontade de realizar activi<strong>da</strong>des que os façam “puxar” pela<br />

memória.<br />

Dia 23/07<br />

Local: Sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Análise de<br />

11:30<br />

uma pintura<br />

14:30-<br />

16:30<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica<br />

Análise subjectiva de uma pintura de Pablo Picasso- Guernica.<br />

Recolha e análise de diferentes texturas de objectos <strong>da</strong> sala de convívio.<br />

No final <strong>da</strong> sessão os utentes teriam de fazer um exercício de memória no qual teriam de<br />

se lembrar de to<strong>do</strong>s os objectos que usaram na realização <strong>do</strong> exercício anterior.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: exercícios com arcos e bolas<br />

O anima<strong>do</strong>r coloca os arcos em diferentes posições. De segui<strong>da</strong> os i<strong>do</strong>sos terão de<br />

acertar dentro <strong>do</strong> arco. Ganha quem conseguir acertar mais vezes.<br />

De segui<strong>da</strong> com a aju<strong>da</strong> de cadeiras e mesas <strong>da</strong> sala de convívio fizemos uma baliza. À<br />

medi<strong>da</strong> que eram coloca<strong>da</strong>s três bolas segui<strong>da</strong>s dentro <strong>da</strong> respectiva baliza o i<strong>do</strong>so<br />

vencia.<br />

Dia 26/07<br />

Exercícios<br />

com arcos e<br />

bolas<br />

Arcos;<br />

bolas<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />

Objectivos<br />

Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />

possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />

através <strong>da</strong>s artes plásticas de forma<br />

a fazer com que ele dê largas à sua<br />

imaginação e criativi<strong>da</strong>de;<br />

Desenvolver a precisão manual.<br />

Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />

Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />

Combater o sedentarismo e o stress,<br />

Aumentar a auto-estima.


Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />

Dia 27/07<br />

Local: Sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Visionamento Cassete<br />

11:30<br />

de um filme<br />

Leitor de<br />

cassetes<br />

14:30-<br />

16:30<br />

Activi<strong>da</strong>des<br />

cognitivas<br />

Activi<strong>da</strong>des lúdicas: visionamento <strong>do</strong> filme: “Fátima”<br />

Objectivos<br />

Divertir as pessoas e o grupo;<br />

Promover o convívio e<br />

divulgar os conhecimentos,<br />

artes e saberes.<br />

Desenvolver o raciocínio<br />

abstracto;<br />

Desenvolver a criativi<strong>da</strong>de;<br />

Aumentar a activi<strong>da</strong>de<br />

cerebral;<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de<br />

memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e<br />

veloci<strong>da</strong>de perceptiva;<br />

Prevenir o surgimento de<br />

<strong>do</strong>enças degenerativas<br />

Activi<strong>da</strong>des cognitivas: jogos <strong>da</strong>s diferenças e desenho com contagem de números


Dia 28/07<br />

Local: Sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Exercícios de expressão<br />

11:30<br />

dramática<br />

14:30-<br />

16:30<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação – Expressão Dramática<br />

Gestos<br />

Exercícios de expressão<br />

físico - motora<br />

Organizar os i<strong>do</strong>sos em fila. A anima<strong>do</strong>ra ensina ao primeiro i<strong>do</strong>so <strong>da</strong> fila, sem que os<br />

outros vejam, uma sequência de gestos (por exemplo esfregar o nariz, bater as palmas e<br />

cruzar os braços). O i<strong>do</strong>so aprende os gestos e vai buscar o colega seguinte, <strong>da</strong> fila, a<br />

quem ensina os gestos, que aquele ensinará, por sua vez, a outro colega. O jogo segue<br />

até que o último i<strong>do</strong>so <strong>da</strong> fila conheça a sequência de gestos, altura em que esta é<br />

compara<strong>da</strong> com a sequência que o primeiro i<strong>do</strong>so aprendeu.<br />

Num segun<strong>do</strong> jogo, a sequência é inverti<strong>da</strong> por um <strong>do</strong>s utentes.<br />

Muitos gestos<br />

Com os utentes em ro<strong>da</strong>, senta<strong>do</strong>s, o anima<strong>do</strong>r escolhe um utente para começar uma<br />

sequência de gestos. O i<strong>do</strong>so começa por dizer que tarefa se propõe fazer (exemplo:<br />

fazer uma omelete) e mima um primeiro gesto (por exemplo: partir um ovo). O colega à<br />

sua direita repete este gesto e acrescenta-lhe um segun<strong>do</strong> (neste caso, parte o ovo e a<br />

seguir mexe-o com um garfo). O terceiro joga<strong>do</strong>r repete os <strong>do</strong>is gestos anteriores e<br />

acrescenta, por sua vez, mais um gesto à sequência anterior.<br />

Objectivos<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong><br />

de memória;<br />

Permitir a troca de ideias,<br />

opiniões e emoções.<br />

Reviver experiências.<br />

Aumentar a auto-<strong>do</strong>mínio,<br />

Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des<br />

físicas,<br />

Combater o sedentarismo e o<br />

stress,<br />

Aumentar a auto-estima.


O jogo continua até que a tarefa seja concluí<strong>da</strong>, neste caso, até que a omelete fique<br />

pronta e o último joga<strong>do</strong>r a possa comer!<br />

Feito de…<br />

Com os i<strong>do</strong>sos organiza<strong>do</strong>s numa ro<strong>da</strong>, o primeiro a jogar diz: “isto é feito de…” (cola,<br />

geleia, penas, ar. água, dinamite, etc.) e passa o objecto imaginário ao colega <strong>da</strong> direita.<br />

Este recebe o objecto, reagin<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com as características deste (por exemplo, se<br />

o objecto for feito de cola, os joga<strong>do</strong>res podem ter dificul<strong>da</strong>de em libertar-se <strong>do</strong><br />

objecto). O segun<strong>do</strong> joga<strong>do</strong>r passa, por sua vez, o objecto ao colega seguinte, mas<br />

primeiro mu<strong>da</strong>-lhe a proprie<strong>da</strong>de, dizen<strong>do</strong> também: “isto é feito de…”. O jogo<br />

prossegue à volta, de mo<strong>do</strong> a que to<strong>do</strong>s os joga<strong>do</strong>res recebam e passem o objecto<br />

imaginário.<br />

Variante: o objecto que é passa<strong>do</strong> na ro<strong>da</strong> é atira<strong>do</strong> em movimento cruza<strong>do</strong>,<br />

transforman<strong>do</strong>-se no ar. Assim, o i<strong>do</strong>so que o atira diz, por exemplo: “Isto é uma<br />

bomba!” e lança-o de acor<strong>do</strong> com essa proprie<strong>da</strong>de. Por sua vez, o i<strong>do</strong>so a quem o<br />

objecto é dirigi<strong>do</strong>, no momento em que o recebe, diz, por exemplo: “Isto é um jornal” e<br />

mima o gesto de apanhar um jornal, e não uma bomba.<br />

A maçã<br />

Com os utentes em ro<strong>da</strong>, o anima<strong>do</strong>r propõe uma tarefa, por exemplo, descascar uma<br />

maçã. A tarefa vai sen<strong>do</strong> mima<strong>da</strong>, por ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so, à vez, numa sequência ordena<strong>da</strong> de<br />

gestos, com a particulari<strong>da</strong>de de a maçã ir varian<strong>do</strong> de tamanho ao longo <strong>da</strong> ro<strong>da</strong>.<br />

Assim, o primeiro joga<strong>do</strong>r passa a maçã para o colega <strong>da</strong> direita e diz: “<strong>do</strong>brar!”. O<br />

segun<strong>do</strong> joga<strong>do</strong>r tem, então de mimar o descascar uma maça com o <strong>do</strong>bro <strong>do</strong> tamanho<br />

<strong>da</strong>quela que o colega anterior tinha na mão.<br />

O jogo continua, com a maçã a <strong>do</strong>brar de tamanho de ca<strong>da</strong> vez que é passa<strong>da</strong> na ro<strong>da</strong>,<br />

até que o tamanho seja tal que o joga<strong>do</strong>r que tem de a descascar deci<strong>da</strong> que já não é<br />

possível continuar. Neste caso, passa a maçã e diz, muito simplesmente: “metade!” e a<br />

maçã passa a diminuir de tamanho. À medi<strong>da</strong> que vai circulan<strong>do</strong>, até que fique<br />

demasia<strong>do</strong> pequena e alguém precise de a fazer, de novo, crescer.<br />

Isto é…


Numa ro<strong>da</strong>, o anima<strong>do</strong>r/a põe a circular um objecto imaginário (por exemplo: uma bola,<br />

um lápis, um grilo, um copo cheio de água, uma faca, um bebé, um espelho, etc.),<br />

dizen<strong>do</strong>: “isto é… ”. Ca<strong>da</strong> utente, um silêncio, recebe o objecto <strong>da</strong> maneira que lhe<br />

parece mais adequa<strong>da</strong> e mantém-no o tempo suficiente para se compenetrar dele e sentir<br />

que, de facto, tem aquele objecto nas mãos.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora:<br />

Em círculo, de pé ou senta<strong>do</strong>s em cadeiras. Trata-se de um circuito no qual são<br />

combina<strong>do</strong>s movimentos marca<strong>do</strong>s (tipo <strong>da</strong>nça) e expressão corporal (trabalho inter-<br />

relação).<br />

Na parte A, serão marca<strong>do</strong>s os calcanhares, as pontas, calcanhar – ponta - calcanhar,<br />

complican<strong>do</strong> os movimentos em função <strong>da</strong> autonomia <strong>do</strong> grupo.<br />

Na parte B, serão feitos distintos tipos de sau<strong>da</strong>ções em função <strong>da</strong> “i<strong>da</strong>de imaginária”<br />

estabeleci<strong>da</strong>. A marcha também deve corresponder à i<strong>da</strong>de.<br />

Caminhar como pessoas de 98 anos. Cumprimentar com um leve giro de<br />

cabeça para a direita ou para a esquer<strong>da</strong>.<br />

80 anos completos. Dar a mão de forma convencional.<br />

70 anos. Enérgicos. Unir ambas as mãos com os colegas.<br />

Homens vigorosos de 50 anos. Dar tapas nas costas.<br />

Executivos de 30 anos. Não olhar, não tocar, esquivar-se, acenar com a mão<br />

direita, marchar perna esquer<strong>da</strong> e alternar.<br />

A<strong>do</strong>lescentes. Puxar a orelha<br />

Em colunas alinha<strong>da</strong>s.<br />

Exercício aeróbio. Passos de aeróbica de baixo impacto uni<strong>do</strong>s e representações<br />

de distintos desportos:<br />

Futebol: <strong>da</strong>r três chutos com a perna direita, em diagonal para o la<strong>do</strong><br />

esquer<strong>do</strong>, e parar ao ouvir o apito (o arbitro apita). Dar três chutos com a<br />

perna esquer<strong>da</strong>, em diagonal para a direita.<br />

Posição estática: boxe. Afastar as pernas na largura <strong>do</strong>s quadris, elevar os<br />

braços à altura <strong>da</strong> boca, manter os cotovelos semi- flexiona<strong>do</strong>s e os punhos


Dia 29/07<br />

fecha<strong>do</strong>s. Bater frontalmente, estenden<strong>do</strong> alterna<strong>da</strong>mente um braço e o outro<br />

para cima (acima <strong>da</strong> altura <strong>da</strong> cabaça).<br />

Basquete: <strong>da</strong>r <strong>do</strong>is passos para a direita. Estender os braços em cruz com as<br />

palmas <strong>da</strong>s mãos bem abertas, de frente para o espelho (defenden<strong>do</strong> a cesta).<br />

Voltar simulan<strong>do</strong> picar, com a mão direita, a bola. Fazer o mesmo com o la<strong>do</strong><br />

esquer<strong>do</strong>: ir defenden<strong>do</strong> a cesta e voltar pican<strong>do</strong> a bola.<br />

Footing: caminhan<strong>do</strong> no mesmo lugar. Dependen<strong>do</strong> <strong>da</strong> autonomia <strong>do</strong> grupo,<br />

fazer com deslocamento.<br />

Esqui: <strong>do</strong>is passos para a direita, e flexionar as pernas. Dar <strong>do</strong>is tempos e, com<br />

os braços em movimento de remar ou de mover o esqui, flexionar os<br />

cotovelos.<br />

Bicicleta: no mesmo lugar, elevar as pernas frontalmente (coincidir com o<br />

deslocamento para frente). Dar quatro passos. Manten<strong>do</strong> as pernas para a<br />

frente e a coluna recta (abaixa<strong>da</strong>); <strong>da</strong>r quatro passos para trás, ou qualquer tipo<br />

de variante, dependen<strong>do</strong>, <strong>da</strong> autonomia <strong>do</strong> grupo.<br />

Local: Sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

Objectivos<br />

10:00- Jogos de confiança Acelerar o conhecimento mútuo<br />

11:30<br />

<strong>do</strong> grupo;<br />

Partilhar experiências;<br />

Desenvolver a autentici<strong>da</strong>de <strong>do</strong><br />

grupo<br />

14:30-<br />

16:30<br />

Conversa/comentários<br />

de noticias<br />

Incentivar os utentes para se<br />

relacionarem uns com os outros<br />

de forma a proporcionar troca de<br />

experiencias e vivencias;<br />

Trocar ideias, opiniões;<br />

Transmitir sentimentos e<br />

emoções.<br />

Activi<strong>da</strong>des promotoras de desenvolvimento pessoal e social: jogos de confiança:<br />

Ca<strong>da</strong> elemento conta ao grupo uma experiência, um segre<strong>do</strong>, um me<strong>do</strong> ou uma<br />

emoção. No fim trocam opiniões (eu tive me<strong>do</strong> <strong>da</strong> escuridão e tenho problemas<br />

devi<strong>do</strong> a isso).


Uma pessoa irá conduzir outra através de obstáculos. A pessoa que for conduzi<strong>da</strong><br />

pelo colega fica com os olhos fecha<strong>do</strong>s. Quem conduzir coloca os seus braços sobre<br />

o ombro <strong>do</strong> colega e durante alguns minutos conduzirá, em silêncio o seu parceiro,<br />

por entre os obstáculos previamente coloca<strong>do</strong>s na sala. Decorri<strong>do</strong> um certo tempo<br />

revezam os papéis e o exercício prossegue.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: conversa/comentário de noticias – Posturas<br />

correctas, ten<strong>do</strong> em vista a prevenção <strong>do</strong> sedentarismo e <strong>do</strong> imobilismo<br />

Dia 30/07<br />

Local: Sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

10:00-<br />

11:30<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: colagens<br />

As colagens podem ser realiza<strong>da</strong>s como os seguintes materiais e superfícies, ten<strong>do</strong> em<br />

conta que ca<strong>da</strong> cola tem uma finali<strong>da</strong>de própria (cola de madeira, cola branca, cola<br />

super forte, etc.):<br />

Colagens Cola branca<br />

Cola de madeira;<br />

Revistas/jornais<br />

Restos de madeira;<br />

Lãs;<br />

Teci<strong>do</strong>s<br />

Colagens com recortes de revistas, livros e jornais;<br />

Colagens com restos de madeira, serradura, lãs, teci<strong>do</strong>s, etc.<br />

Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />

possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />

através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />

forma a fazer com que ele dê<br />

largas à sua imaginação e<br />

criativi<strong>da</strong>de;<br />

Desenvolver a precisão<br />

manual.


Dia 2/08<br />

Agosto<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />

Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />

Dia 3/08<br />

Local: sala de computa<strong>do</strong>res/ sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

10:00-<br />

11:30<br />

14:30-<br />

16:30<br />

Activi<strong>da</strong>des lúdicas: conceitos elementares de informática.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora:<br />

Jogo com arcos<br />

Com este jogo pretende-se passar o arco por to<strong>do</strong> o corpo, entran<strong>do</strong> pelos pés, subin<strong>do</strong><br />

pelas pernas e sain<strong>do</strong> pela cabeça. Pode-se fazer um círculo com vários participantes e<br />

vários arcos.<br />

Informática Computa<strong>do</strong>res <strong>Abrir</strong> novas<br />

possibili<strong>da</strong>des de contacto<br />

com outras pessoas e<br />

Exercícios de<br />

expressão físico<br />

– motora<br />

Variantes: fazer ro<strong>da</strong>r o arco ou passá-lo a um amigo e tentar enfiar um arco mais<br />

pequeno num pau ou atirar este para um arco maior.<br />

Jogo <strong>do</strong> pau<br />

Colocar o pau apoia<strong>do</strong> em <strong>do</strong>is suportes, passar por cima, saltan<strong>do</strong> ou passan<strong>do</strong> uma<br />

perna de ca<strong>da</strong> vez. A partir de uma certa altura pode-se passar por baixo.<br />

Uma mão<br />

Pau;<br />

Arcos.<br />

reali<strong>da</strong>des;<br />

Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />

Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des<br />

físicas,<br />

Combater o sedentarismo e<br />

o stress,<br />

Aumentar a auto-estima.


Em pé, com a mão direita tocar na nuca, na testa, no nariz, no ombro, no peito, no<br />

cotovelo, na anca, no joelho e no pé. Repetir coma mão esquer<strong>da</strong>.<br />

Passar a bola<br />

Uma bola para to<strong>do</strong> o grupo. O anima<strong>do</strong>r joga a bola, diz o nome de um país e depois<br />

passa a bola com a mão para um colega. Assim, sucessivamente, ca<strong>da</strong> pessoa joga a<br />

bola, diz o seu nome e passa-a. Quem deixar cair a bola ou não disser um nome, perde.<br />

Uma variante é atirar a bola ao ar, dizer um nome, a seguir outro nome, e tentar apanhá-<br />

la.<br />

Dia 4/08<br />

Local: Sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

10:00-<br />

11:30<br />

Construção de<br />

bandeiras<br />

Folhas de papel<br />

de se<strong>da</strong><br />

colori<strong>da</strong>s,<br />

Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />

possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />

através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />

Cordel,<br />

forma a fazer com que ele dê<br />

Tesouras,<br />

largas à sua imaginação e<br />

Cola<br />

criativi<strong>da</strong>de;<br />

Desenvolver a precisão<br />

manual.<br />

14:30- Exercícios de<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong><br />

16:30 expressão<br />

dramática<br />

<br />

de memória;<br />

Permitir a troca de ideias,<br />

opiniões e emoções.<br />

Reviver experiências.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: construção de bandeiras decorativas para a festa que<br />

se avizinha.<br />

Procedimentos:<br />

1. Dobra uma folha de papel de se<strong>da</strong> ao meio, três vezes:<br />

2. Dobra mais uma vez, mas no senti<strong>do</strong> vertical, como mostra a figura;<br />

3. Faz um corte na diagonal (de um canto ao outro <strong>da</strong> folha);<br />

4. Estende um cordel, espalha a cola no cordel (ou na bor<strong>da</strong> <strong>da</strong>s bandeirinhas) e<br />

cola-as.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: exercícios de expressão dramática


Isto é…<br />

Com os i<strong>do</strong>sos em ro<strong>da</strong>, o anima<strong>do</strong>r pega num objecto qualquer (moe<strong>da</strong>, um porta-<br />

chaves, um sapato etc.) e passa-o ao primeiro utente à sua direita, dizen<strong>do</strong>: “Isto é um<br />

papagaio”. O utente estranha a afirmação e pergunta ao anima<strong>do</strong>r: “Um quê?”. O<br />

anima<strong>do</strong>r insiste, coma convicção e naturali<strong>da</strong>de: “Um papagaio!”. O utente, uma vez<br />

esclareci<strong>do</strong>, passa o objecto ao colega <strong>da</strong> direita, informan<strong>do</strong>-o: “Isto é um papagaio!”.<br />

O colega estranha, naturalmente, tal afirmação e pergunta: “Um quê”. O i<strong>do</strong>so, que não<br />

ficou de to<strong>do</strong> convenci<strong>do</strong>, devolve a pergunta e o objecto ao anima<strong>do</strong>r: “Um quê?”, ao<br />

que o anima<strong>do</strong>r responde, obviamente: “Um papagaio!”. O utente faz passar de novo a<br />

informação e o objecto, confirman<strong>do</strong> ao colega seguinte: “Um papagaio!”, que, por sua<br />

vez, passa o objecto ao colega seguinte, com a mesma informação: “Isto é um<br />

papagaio”. O jogo prossegue em ro<strong>da</strong>, numa sequência alucinante de “Um quê?” e “Um<br />

papagaio”<br />

Variante: depois de os utentes estarem familiariza<strong>do</strong>s com a estrutura <strong>do</strong> jogo, o<br />

anima<strong>do</strong>r pode pôr em circulação <strong>do</strong>is objectos, em simultâneo, em senti<strong>do</strong> oposto (por<br />

exemplo: “Isto é um papagaio!”, para o objecto que circula para a direita, e “Isto é um<br />

hipopótamo!”, para o objecto que circula para a esquer<strong>da</strong>).<br />

Era uma vez, um gato maltês<br />

Com os i<strong>do</strong>sos numa ro<strong>da</strong>, o anima<strong>do</strong>r pede que se ponha a circular a frase: “Era uma<br />

vez um gato maltês; tocava piano e falava francês”, dizen<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> aluno, na sua vez, uma<br />

só palavra <strong>da</strong> frase. Isto é, o primeiro utente diz “Era”, o segun<strong>do</strong> “uma”, o terceiro<br />

“vez”, e assim sucessivamente, recomeçan<strong>do</strong> a frase tantas vezes, quantas as<br />

necessi<strong>da</strong>des.<br />

Variantes:<br />

Manten<strong>do</strong> a estrutura verbal <strong>do</strong> jogo anterior, ca<strong>da</strong> utente deve levantar os braços<br />

antes de dizer a palavra;<br />

Ao mesmo tempo que diz a palavra levanta um <strong>do</strong>s braços;<br />

Quan<strong>do</strong> diz a palavra o joga<strong>do</strong>r <strong>do</strong> seu la<strong>do</strong> direito faz o movimento <strong>do</strong> exercício<br />

anterior.<br />

Pingue-pongue


Com os utentes organiza<strong>do</strong>s em pares, frente a frente, o anima<strong>do</strong>r propõe uma serie de<br />

temas de jogo, a por exemplo (países, marcas de automóveis, animais, etc.). Ca<strong>da</strong> par<br />

joga uma parti<strong>da</strong> de pingue-pongue, atiran<strong>do</strong> palavras, um ao outro, dentro <strong>do</strong> tema. O<br />

utente que começa escolhe o tema e o primeiro a falhar ou repetir palavras perde a<br />

parti<strong>da</strong>.<br />

Variante: as palavras não obedecem a um tema, mas a uma regra tão simples como ca<strong>da</strong><br />

palavra ter de começar com a última letra <strong>da</strong> palavra anterior, não sen<strong>do</strong> permiti<strong>do</strong>s<br />

plurais (por exemplo: bacia, ananás, sapato, óculos, etc.).<br />

Animais<br />

Em ro<strong>da</strong>, os i<strong>do</strong>sos percorrem o abecedário, ten<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> um de inventar uma frase que<br />

contenha, obrigatóriamente e por esta ordem, um verbo, o nome de um animal e um<br />

nome de um país, começa<strong>do</strong>s pela mesma letra. Por exemplo: “pesquei uma pesca<strong>da</strong> em<br />

Portugal”.


Dia 5/08<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Conversa/comentário<br />

11:30<br />

de noticias<br />

14:30-<br />

16:30<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: Conversa/Comentário de notícia acerca <strong>do</strong><br />

problema - Alcoolismo<br />

Activi<strong>da</strong>de cognitivas: Puzzles<br />

Preparação: Estes puzzles foram feitos através de fotos escolhi<strong>da</strong>s por mim através <strong>do</strong><br />

site: http://www.flash-gear.com/npuz/ .<br />

Objectivos<br />

Incentivar os utentes para<br />

se relacionarem uns com os<br />

outros de forma a<br />

proporcionar trocas de<br />

experiências e vivências;<br />

Trocar ideias, opiniões,<br />

sugestões e vivencias<br />

Puzzles Puzzles Divertir as pessoas e o<br />

grupo;<br />

Promover o convívio e<br />

divulgar os conhecimentos,<br />

artes e saberes.


Dia 6/08<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

10:00- Exercícios de<br />

Aumentar a auto-<strong>do</strong>mínio,<br />

11:30<br />

percepção visual<br />

Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des<br />

físicas,<br />

Combater o sedentarismo e o<br />

stress,<br />

Aumentar a auto-estima.<br />

14:30- Visionamento de Cassete; Divertir as pessoas e o<br />

16:30 um filme<br />

Leitor de grupo;<br />

cassetes. Promover o convívio e<br />

divulgar os conhecimentos,<br />

artes e saberes.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: exercícios de percepção visual<br />

O que está mal?<br />

Escolhe-se um i<strong>do</strong>so. Este terá de sair <strong>da</strong> sala por uns instantes; de segui<strong>da</strong> os outros<br />

trocam um objecto entre eles (exemplo: óculos).<br />

O que havia saí<strong>do</strong> tem agora a missão de descobrir o objecto que está mal e a quem<br />

pertence.<br />

Falta algo…<br />

Com a mesma estrutura que o jogo anterior, desta vez os i<strong>do</strong>sos estão de olhos fecha<strong>do</strong>s<br />

e não vêem sair um <strong>do</strong>s elementos <strong>do</strong> grupo.<br />

Após ele ter saí<strong>do</strong> é pergunta<strong>do</strong> a um <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos qual foi o utente que saiu.<br />

Activi<strong>da</strong>des lúdicas: visionamento de um filme de vi<strong>da</strong> selvagem – “A luta pela vi<strong>da</strong>”<br />

Dia 9/08<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />

Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.


Dia 10/08<br />

Local: sala de computa<strong>do</strong>res/ sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

10:00-<br />

11:30<br />

14:30-<br />

16:30<br />

Activi<strong>da</strong>de lúdica: conceitos básicos de informática (utilização <strong>do</strong> Word para escrever<br />

pequenas frases sobres os i<strong>do</strong>sos participantes, como utilizar o rato e diversas outras<br />

teclas).<br />

Activi<strong>da</strong>de de expressão físico-motora:<br />

Jogo <strong>do</strong> papel higiénico<br />

Colocar os i<strong>do</strong>sos em filas senta<strong>do</strong>s. Entregar ao primeiro <strong>da</strong> fila um rolo de papel<br />

higiénico. Este passa-o por cima <strong>da</strong> cabeça, e os demais levantam os braços. Os<br />

participantes devem ir desenrolan<strong>do</strong> o papel, até que sobre apenas o rolo de cartão.<br />

Enfiar a caneta na garrafa<br />

Pegamos numa garrafa de vidro grosso, e colocamo-la no solo. Em segui<strong>da</strong> atamos um<br />

metro de cordel a uma caneta. O joga<strong>do</strong>r pode fazer diversos jogos como por exemplo:<br />

colocar-se de pé e agarran<strong>do</strong> a ponta <strong>do</strong> cordel colocar a caneta no interior <strong>da</strong> garrafa;<br />

atar o cordel à cintura de mo<strong>do</strong> a que o cordel fique pendura<strong>do</strong> nas costas, à altura <strong>do</strong>s<br />

joelhos.<br />

A um sinal <strong>do</strong> anima<strong>do</strong>r o joga<strong>do</strong>r tenta meter o lápis na garrafa, sem usar as mãos.<br />

Pé mágico<br />

Informática Computa<strong>do</strong>res <strong>Abrir</strong> novas<br />

possibili<strong>da</strong>des de<br />

contacto com outras<br />

Exercícios de<br />

expressão<br />

físico - motora<br />

Papel higiénico;<br />

Garrafa;<br />

Caneta/lápis;<br />

Livro<br />

Balões<br />

Como o objectivo de desenvolver a motrici<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s membros inferiores, nesta<br />

activi<strong>da</strong>de o i<strong>do</strong>so tenta virar as páginas de um livro com um <strong>do</strong>s seus pés.<br />

pessoas e reali<strong>da</strong>des;<br />

Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />

Desenvolver as<br />

capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />

Combater o sedentarismo<br />

e o stress,<br />

Aumentar a auto-estima.


Balões<br />

Primeiro encher os balões e posteriormente cheios podem-se fazer inúmeros jogos, tais<br />

como: mexer nos balões com os pés descalços, ro<strong>da</strong>r os balões nas mãos, passar o balão<br />

por debaixo <strong>da</strong> perna, <strong>do</strong> braço ou <strong>do</strong> tronco, ro<strong>da</strong>r os pulsos sem deixar cair os balões,<br />

etc.<br />

Dia 11/08<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

10:00- Bandeiras<br />

Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />

11:30<br />

festivas<br />

possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />

através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />

forma a fazer com que ele dê<br />

largas à sua imaginação e<br />

criativi<strong>da</strong>de;<br />

Desenvolver a precisão manual.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: aperfeiçoamento, finalização e exposição <strong>da</strong>s<br />

bandeiras festivas.<br />

Com a aju<strong>da</strong> de vários utentes foi possível esta activi<strong>da</strong>de. Até à <strong>da</strong>ta esta foi a<br />

activi<strong>da</strong>de que mais participantes obteve. Como a festa de Nossa Senhora <strong>da</strong> Assunção<br />

seria realiza<strong>da</strong> na locali<strong>da</strong>de na sexta-feira seguinte to<strong>do</strong>s quiseram aju<strong>da</strong>r, alguns na<br />

sua construção e outros na sua exposição.<br />

Para a sua colocação ao ar livre contámos com vários jovens <strong>da</strong> locali<strong>da</strong>de que se<br />

mostraram interessa<strong>do</strong>s em aju<strong>da</strong>r. Sem a sua aju<strong>da</strong> está fase seria muito mais<br />

complica<strong>da</strong>.


Dia 12/08<br />

Local: sala de convívio/ sala de exposições<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Exercícios de<br />

11:30<br />

expressão<br />

14:30-<br />

16:30<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação – Expressão Dramática<br />

Sorrisos e caretas<br />

Com os i<strong>do</strong>sos senta<strong>do</strong>s numa ro<strong>da</strong>, o anima<strong>do</strong>r escolhe um utente para começar o jogo,<br />

fazen<strong>do</strong> um sorriso e fingin<strong>do</strong> que o retira com a mão (como se fosse uma máscara).<br />

Com o sorriso na mão e com a expressão facial neutra, o aluno atira-o a um colega.<br />

Aquele que apanha o sorriso coloca-o na cara e transforma-o numa careta, que retira e<br />

atira, por sua vez, a outro colega. Este recebe a careta, coloca-a e transforma-a num<br />

sorriso, que a seguir retira e atira ao joga<strong>do</strong>r seguinte. O jogo prolonga-se numa<br />

sequência alterna<strong>da</strong> de sorrisos e caretas.<br />

Segre<strong>do</strong>s<br />

dramática<br />

Exposição e<br />

ven<strong>da</strong> de<br />

artesanato<br />

Exercícios de<br />

expressão cognitiva<br />

Objectivos<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de<br />

memória;<br />

Permitir a troca de ideias, opiniões e<br />

emoções.<br />

Reviver experiências.<br />

Vender materiais para a<br />

construção de um lar<br />

Desenvolver o raciocínio<br />

abstracto;<br />

Desenvolver a criativi<strong>da</strong>de;<br />

Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de<br />

memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e<br />

veloci<strong>da</strong>de perceptiva;<br />

Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />

degenerativas<br />

Na mesma sequência <strong>do</strong> jogo anterior, o anima<strong>do</strong>r põe em circulação uma frase<br />

segre<strong>da</strong>n<strong>do</strong>-a ao utente que está à sua direita. Por exemplo: “gosto muito de ovos<br />

estrela<strong>do</strong>s com batatas fritas!”. O utente, por sua vez, segre<strong>da</strong> esta mesma frase ao<br />

colega seguinte. Quan<strong>do</strong> a frase chegar ao último aluno, o que está à esquer<strong>da</strong> <strong>do</strong>


anima<strong>do</strong>r, já pode ser dita em voz alta, para que seja compara<strong>da</strong> com o segre<strong>do</strong> dito pelo<br />

anima<strong>do</strong>r. Numa segun<strong>da</strong> volta, deve ser um utente a pôr um segre<strong>do</strong> seu em circulação.<br />

Exposição e ven<strong>da</strong> de Artesanato<br />

O CSCRL promoveu uma exposição de artesanato na qual não faltaram ren<strong>da</strong>s e<br />

bor<strong>da</strong><strong>do</strong>s, e muitos outros trabalhos feitos <strong>do</strong> mesmo material.<br />

To<strong>do</strong> este material foi ofereci<strong>do</strong> pela comuni<strong>da</strong>de para a aju<strong>da</strong> na construção de um Lar<br />

de I<strong>do</strong>sos na locali<strong>da</strong>de.<br />

Com este fim montámos esta exposição.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão cognitiva: jogo de memória com cartas<br />

Colocam-se as cartas <strong>do</strong> avesso numa mesa em diversas filas sempre na horizontal.<br />

Os utentes coloca<strong>do</strong>s em círculo terão de virar uma carta e encontrar esse mesmo<br />

número ou figura nas restantes cartas coloca<strong>da</strong>s em cima <strong>da</strong> mesa, ten<strong>do</strong> apenas uma<br />

hipótese de acertar.<br />

Quan<strong>do</strong> o i<strong>do</strong>so não consegue encontrar a imagem pretendi<strong>da</strong> vira de novo as cartas e<br />

passa a vez ao utente <strong>da</strong> direita.<br />

Quan<strong>do</strong> acerta são manti<strong>da</strong>s as cartas nessa mesma posição.<br />

O jogo termina quan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os conjuntos de cartas forem encontra<strong>do</strong>s.


Dia 13/08<br />

Local: recinto <strong>da</strong> instituição<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

14:30- Exercícios de expressão<br />

16:30 físico – motora<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora:<br />

Após os exercícios de aquecimento os utentes realizaram activi<strong>da</strong>des com cadeiras.<br />

Com a coluna recta e paralela ao encosto <strong>da</strong> cadeira, com as plantas <strong>do</strong>s pés apoia<strong>da</strong>s no<br />

chão e com as pernas paralelas no prolongamento <strong>da</strong> pélvis (esqueleto <strong>da</strong> pelve) esta é<br />

forma<strong>da</strong> pelos ossos: Cóccix, Sacro e Osso <strong>do</strong> quadril.<br />

Deixar a cabeça recta e o olhar bem à frente, a nuca estendi<strong>da</strong>, e o esqueleto apoia<strong>do</strong><br />

sobre o seu suporte natural. Com as nádegas coloca<strong>da</strong>s nem muito para a frente (para<br />

evitar curvar a coluna) e nem muito para trás (para não arquear a região lombar).<br />

Como o objectivo de trabalhar a mobili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s quadris realizaram-se as seguintes<br />

activi<strong>da</strong>des:<br />

Balanço <strong>da</strong>s duas partes salientes <strong>da</strong> pélvis. Fazer oscilação para a frente e para<br />

trás, arre<strong>do</strong>n<strong>da</strong>n<strong>do</strong> a pélvis. Ao ir para a frente, inspirar; uma vez que o<br />

movimento <strong>da</strong> pélvis já tem uma inércia, imaginar que, balançan<strong>do</strong>, amplia-se<br />

um pouco o movimento ao restante <strong>da</strong>s costas;<br />

Desenhar círculos com as nádegas, sentin<strong>do</strong> uma grande tranquili<strong>da</strong>de e<br />

relaxamento;<br />

Manten<strong>do</strong> um pé apoia<strong>do</strong> no chão, elevar a outra perna até ficar na horizontal;<br />

Elevar as duas pernas ao mesmo tempo.<br />

Objectivos<br />

Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />

Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des<br />

físicas,<br />

Combater o sedentarismo e<br />

o stress,<br />

Aumentar a auto-estima.


Dia 16/08<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />

Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />

Dia 17/08<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Exercícios com Bastões<br />

11:30<br />

bastões<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: exercícios com bastões<br />

Segurar o bastão com as mãos, horizontalmente ao chão. Erguer os braços de<br />

forma que o bastão passe por cima <strong>da</strong> cabeça, fican<strong>do</strong> atrás desta.<br />

Segurar o bastão com as mãos, horizontalmente ao chão, e balançá-lo para a<br />

direita e para a esquer<strong>da</strong>.<br />

Segurar o bastão com as duas mãos, horizontalmente ao chão e, por trás <strong>da</strong><br />

cintura, separá-lo levemente <strong>do</strong> corpo e voltar.<br />

Partin<strong>do</strong> <strong>da</strong> posição anterior, flexionar a cabeça para a frente e voltar.<br />

Segurar o bastão sobre a cabeça, com os braços estica<strong>do</strong>s. Abaixá-lo na mesma<br />

altura <strong>da</strong> cintura e, simultaneamente, erguer uma <strong>da</strong>s pernas, flectin<strong>do</strong>-a. Voltar<br />

à posição inicial e fazer o mesmo com a outra perna.<br />

Flexionar o tronco para a frente, com os braços estica<strong>do</strong>s e o bastão ergui<strong>do</strong>.<br />

Segurar o bastão na horizontal, por trás <strong>da</strong> cintura, e flexionar levemente o<br />

tronco para a frente.<br />

Segurar o bastão, horizontalmente ao chão, com as mãos nas extremi<strong>da</strong>des.<br />

Flexionar as pernas, manten<strong>do</strong> ten<strong>do</strong> a coluna recta.<br />

Objectivos<br />

Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />

Desenvolver <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>des<br />

físicas,<br />

Combater o sedentarismo e o<br />

stress,<br />

Aumentar a auto-estima


Dia 18/08<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

Objectivos<br />

10:00- Futebol de Seis<br />

Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />

11:30<br />

papel<br />

<br />

palhas,<br />

Plasticina,<br />

possibili<strong>da</strong>de de se exprimir através<br />

<strong>da</strong>s artes plásticas de forma a fazer<br />

Mesa,<br />

com que ele dê largas à sua<br />

Pe<strong>da</strong>ço de imaginação e criativi<strong>da</strong>de;<br />

papel. Desenvolver a precisão manual.<br />

14:00- Conversa/ Incentivar os utentes para se<br />

16:30<br />

comentário de<br />

relacionarem uns com os outros de<br />

forma a proporcionar trocas de<br />

notícias<br />

experiencias e vivencias;<br />

Trocar ideias, opiniões, sugestões e<br />

vivencias<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: futebol de papel<br />

Como fazer:<br />

1. Primeiro vamos fazer as balizas: Pega em quatro <strong>da</strong>s palhinhas e põe-lhes um<br />

pe<strong>da</strong>ço de plasticina numa <strong>da</strong>s pontas, de maneira a se aguentarem de pé.<br />

2. Ca<strong>da</strong> palhinha é um poste <strong>da</strong>s balizas, em ca<strong>da</strong> ponta <strong>da</strong> mesa coloca duas, com<br />

o mesmo tamanho: um palmo teu, ou <strong>do</strong>is.<br />

3. Faz uma bolinha de papel muito pequena, de maneira a conseguires empurrá-la<br />

Como jogar:<br />

sopran<strong>do</strong> na palhinha.<br />

Ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so tem uma palha. Se forem mais <strong>do</strong> que <strong>do</strong>is joga<strong>do</strong>res, ca<strong>da</strong> equipa<br />

tem uma cor de palhinhas.<br />

Ca<strong>da</strong> joga<strong>do</strong>r (ou equipa) tem uma baliza.<br />

Tens que ir sopran<strong>do</strong> a bola de papel dentro <strong>do</strong> "campo de futebol" (é a mesa)<br />

até à baliza <strong>do</strong> outro joga<strong>do</strong>r.<br />

Ca<strong>da</strong> vez que se marca um golo ganha-se um ponto. Aquele que chegar primeiro<br />

aos 10 golos é o grande vence<strong>do</strong>r.<br />

Depois de ca<strong>da</strong> golo, o jogo recomeça com a bolinha ao meio <strong>da</strong> mesa.


Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: Conversa/Comentário acerca <strong>do</strong>s - Sonhos e o<br />

seu significa<strong>do</strong><br />

Dia 19/08<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Exercícios de Fita ou<br />

11:30<br />

expressão dramática lenço.<br />

14:00-<br />

16:30<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: exercício de expressão dramática<br />

Gato e Rato<br />

Jogos de animação<br />

mental<br />

Dois i<strong>do</strong>sos, um Gato e um Rato, de olhos ven<strong>da</strong><strong>do</strong>s, ocupam os extremos <strong>da</strong> sala. O<br />

objectivo <strong>do</strong> jogo consiste em o Gato tocar no Rato. A atenção de ambos deve<br />

concentrar-se em se ouvirem um ao outro.<br />

Sons e emoções<br />

Com os utentes senta<strong>do</strong>s numa ro<strong>da</strong>, o anima<strong>do</strong>r pede a ca<strong>da</strong> um, na sua vez, para fazer<br />

um som (por exemplo: porta a ranger, automóvel a arrancar ou a travas, vozes de<br />

animais, uma determina<strong>da</strong> frase dita em linguagem inverti<strong>da</strong>, uma determina<strong>da</strong> frase<br />

dita com raiva, com tristeza, etc.)<br />

Variante: escolher um som e passá-lo em ro<strong>da</strong>, para ver quantas variantes deste mesmo<br />

som se consegue produzir.<br />

Encontrar o som<br />

Objectivos<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de<br />

memória;<br />

Permitir a troca de ideias, opiniões e<br />

emoções.<br />

Reviver experiências.<br />

Desenvolver o raciocínio abstracto;<br />

Desenvolver a criativi<strong>da</strong>de;<br />

Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de<br />

memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de<br />

perceptiva;<br />

Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />

degenerativas


Com os i<strong>do</strong>sos aos pares, ca<strong>da</strong> utente, de olhos ven<strong>da</strong><strong>do</strong>s, tem de encontrar o seu<br />

parceiro, que emite um som para assinalar a sua presença.<br />

O jogo complica-se quan<strong>do</strong> é permiti<strong>do</strong> ao emissor <strong>do</strong> som circular pela sala.<br />

Quem falou<br />

Um i<strong>do</strong>so, de olhos ven<strong>da</strong><strong>do</strong>s, senta-se no centro <strong>da</strong> sala. Outro i<strong>do</strong>so aproxima-se e diz,<br />

disfarçan<strong>do</strong> a voz, uma frase estipula<strong>da</strong> (por exemplo: “está um lin<strong>do</strong> dia, não está?”). O<br />

i<strong>do</strong>so na berlin<strong>da</strong> tem duas tentativas para adivinhar o autor <strong>da</strong> voz. Se acertar, fica de<br />

novo na berlin<strong>da</strong>, se falhar, o outro toma o seu lugar.<br />

Romeu e Julieta<br />

Com os i<strong>do</strong>sos senta<strong>do</strong>s em círculo, um utente é o Romeu e ven<strong>da</strong> os olhos. Outro<br />

utente é a Julieta. O Romeu tem de apanhar a Julieta e para isso pergunta: “onde estás,<br />

Julieta?”. Esta tenta escapar ao Romeu, mas tem de responder-lhe imediatamente:<br />

“estou aqui!”, sempre que o Romeu chama por ela.<br />

Adivinhar sons<br />

Com os utentes de olhos fecha<strong>do</strong>s, o anima<strong>do</strong>r produz uma sequência de sons,<br />

utilizan<strong>do</strong> objectos e mobiliário <strong>da</strong> sala (por exemplo: rasgar papel, bater com um lápis<br />

na mesa, deixar cair uma moe<strong>da</strong>, etc.). Segui<strong>da</strong>mente, um i<strong>do</strong>so tenta adivinhar a<br />

sequência de sons.<br />

O jogo pode prosseguir, sen<strong>do</strong> agora um utente a inventar a sua sequência de sons.<br />

Activi<strong>da</strong>de cognitiva: jogos de animação mental -Sopa de letras original - com os nomes<br />

<strong>do</strong>s utentes e funcionários<br />

Realização: decidi realizar esta sopa de letras diferente, para incentivar e mostrar aos<br />

i<strong>do</strong>sos que esta activi<strong>da</strong>de pode ser diverti<strong>da</strong> e ao mesmo tempo desenvolver a sua<br />

agili<strong>da</strong>de mental.<br />

SOPAS DE LETRAS<br />

Procura lembrar-te <strong>do</strong>s nomes <strong>da</strong>s pessoas que te rodeiam e descobre-os nos<br />

seguintes rectângulos!


1) Nome de alguns utentes deste Centro de Dia<br />

D F H J K D<br />

P K G H F A<br />

C G X D H I<br />

G P H J G F<br />

A M E L I A<br />

U Q T E Y N<br />

2) Nome de algumas funcionárias<br />

Q W E R T Z<br />

V B N M C X<br />

A S D F G H<br />

E P I O K J<br />

E D F G H A<br />

I S A B E L<br />

G E R T Y U<br />

H A J L O I<br />

G F N D S A<br />

B V C H X Z<br />

N M K J A F<br />

T E A S D O<br />

Q W E R T Y<br />

M Y Q E D U<br />

M T A M F I<br />

B R S A G O<br />

C E D R H P<br />

Z W F I J Ç<br />

S Q G A K L<br />

E R T Y U I<br />

S G H K M K<br />

Q J J K B Y<br />

A H F P O I<br />

Z G U J H T<br />

X F G L F G<br />

D P I R E S


Dia 20/08<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

Objectivos<br />

10:00- Exercícios com Bastões. Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />

11:30<br />

bastões<br />

Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />

Combater o sedentarismo e o stress,<br />

Aumentar a auto-estima<br />

14:00- Jogos <strong>do</strong>s Papéis com Divertir as pessoas e o grupo;<br />

16:30<br />

provérbios provérbios Promover o convívio e divulgar os<br />

conhecimentos, artes e saberes.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: continuação <strong>do</strong>s exercícios com bastões:<br />

Segurar o bastão com as duas mãos, erguen<strong>do</strong> os braços por cima <strong>da</strong> cabeça.<br />

Fazer ligeiramente inclinações laterais como o tronco para a direita e para a<br />

esquer<strong>da</strong>.<br />

Segurar o brasão com as duas mãos e levá-lo para trás e para a frente <strong>do</strong> corpo,<br />

sem soltá-lo.<br />

Segurar o brasão com uma <strong>da</strong>s mãos, perpendicularmente ao chão, e levá-lo de<br />

uma mão para a outra.<br />

Colocar o bastão no chão e fazer pequenos deslocamentos de um la<strong>do</strong> para o<br />

outro <strong>do</strong> mesmo.<br />

Colocar o bastão no chão e deslizar to<strong>da</strong> a planta <strong>do</strong> pé ao longo dele.<br />

Apoiar-se sobre o bastão com uma <strong>da</strong>s mãos, balançar uma e outra perna.<br />

Segurar o brasão horizontalmente ao chão. Cruzar os braços e girá-lo.<br />

Segurar o brasão horizontalmente ao chão. Dar um passo com uma <strong>da</strong>s pernas<br />

para a frente e estender os braços, colocan<strong>do</strong> o brasão para a frente como se<br />

alguém o estivesse puxa<strong>do</strong>.<br />

Activi<strong>da</strong>de lúdica: provérbios começa<strong>do</strong>s por B e C


Dia 23/08<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />

Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />

Dia 24/08<br />

Local: sala de computa<strong>do</strong>res/ sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

Objectivos<br />

10:00- Informática Computa<strong>do</strong>res <strong>Abrir</strong> novas possibili<strong>da</strong>des de<br />

11:30<br />

contacto com outras pessoas e<br />

reali<strong>da</strong>des;<br />

14:00- Jogo <strong>do</strong> Material <strong>do</strong> Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />

16:30<br />

bowling jogo<br />

Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />

Combater o sedentarismo e o stress,<br />

Aumentar a auto-estima<br />

Activi<strong>da</strong>de lúdica: conceitos básicos de informática (utilização <strong>do</strong> Word para escrever<br />

pequenas frases sobres os i<strong>do</strong>sos participantes, como utilizar o rato e diversas outras<br />

teclas).<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: Jogo Bowling


Dia 25/08<br />

Local sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Frascos colori<strong>do</strong>s Folhas de<br />

11:30<br />

papel,<br />

Frascos de<br />

sal fino,<br />

Giz de<br />

várias<br />

cores,<br />

Frascos de<br />

vidro de<br />

iogurte<br />

vazio,<br />

Funil,<br />

Pe<strong>da</strong>ços<br />

de teci<strong>do</strong> e<br />

cordel.<br />

14:00- Conversa/comentário<br />

16:30<br />

de noticias<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: frascos colori<strong>do</strong>s<br />

Como fazer:<br />

1. Põe-se o plástico em cima de uma mesa, bem estica<strong>do</strong>.<br />

2. Faz-se um monte de sal para ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s cores <strong>do</strong> giz.<br />

3. Esfrega-se ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s paus de giz nos montes de sal até ganharem cor.<br />

4. Põe-se o funil na boca <strong>do</strong> frasco de iogurte.<br />

5. Começa-se a pôr o sal colori<strong>do</strong> dentro <strong>do</strong> frasco. Uma cor de ca<strong>da</strong> vez.<br />

6. Quan<strong>do</strong> o frasco estiver cheio, pega-se no pe<strong>da</strong>ço de teci<strong>do</strong> re<strong>do</strong>n<strong>do</strong> e tapa-se.<br />

7. Usa-se o cordel para fechar a "tampa" de teci<strong>do</strong><br />

Objectivos<br />

Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />

possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />

através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />

forma a fazer com que ele dê<br />

largas à sua imaginação e<br />

criativi<strong>da</strong>de;<br />

Desenvolver a precisão manual.<br />

Incentivar os utentes para se<br />

relacionarem uns com os outros<br />

de forma a proporcionar trocas<br />

de experiências e vivências;<br />

Troca de ideias, opiniões,<br />

sugestões e vivências<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: Conversa/comentário de jornais – Gripe A


Dia 26/08<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Celebração <strong>do</strong> dia mundial Máquina<br />

11:30<br />

<strong>da</strong> fotografia<br />

<br />

fotográfica;<br />

Imagens<br />

Dia mundial <strong>da</strong> Fotografia<br />

Para este dia preparei um dia diferente para os utentes, fiz-lhes uma apresentação sobre<br />

o surgimento <strong>da</strong> fotografia, a primeira foto que existiu, etc.<br />

De segui<strong>da</strong> fizemos um jogo com imagens e por último disse-lhes se eles gostariam de<br />

apreender a tirar fotos. Eles gostaram <strong>da</strong> ideia e com isso fizemos uma pequena<br />

activi<strong>da</strong>de.<br />

Jogo <strong>da</strong>s imagens<br />

Com um conjunto de imagens vira<strong>da</strong>s ao contrário pedi aos i<strong>do</strong>sos para tirarem uma e<br />

responderem as seguintes perguntas:<br />

O que vê na foto?<br />

Que sentimento consegue ver através desta imagem?<br />

Lembra-se de algum acontecimento que o tenha marca<strong>do</strong> pareci<strong>do</strong> com o que vê<br />

nesta imagem?<br />

Conte uma história com estas imagens.<br />

Olha a foto!<br />

Nesta activi<strong>da</strong>de os i<strong>do</strong>sos puderam aprender a usar uma máquina fotográfica.<br />

Tinham como missão tirar 10 fotos diferentes (dentro e fora a instituição), de segui<strong>da</strong> ao<br />

vê-las no ecrã <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r teriam de saber identificá-las.<br />

Objectivos<br />

Proporcionar um dia<br />

diferente;


Dia 27/08<br />

Local: sala de convívio/ recinto <strong>da</strong> instituição<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Exercícios de<br />

11:30<br />

respiração<br />

14:00-<br />

16:30<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: exercícios de respiração:<br />

Com to<strong>do</strong> o grupo em um extremo <strong>da</strong> sala e de frente para o outro extremo, deslocar-se<br />

ao longo <strong>da</strong> mesma. Fazer com que o grupo de desloque ao longo de to<strong>da</strong> a sala,<br />

contan<strong>do</strong> o número de respirações efectua<strong>da</strong>s no deslocamento.<br />

Ao chegar ao outro extremo, deve perguntar o número de respirações ao grupo.<br />

Propôr a realização de mais um deslocamento, tentan<strong>do</strong> alongar o tempo de expiração e<br />

consideran<strong>do</strong> a respiração ab<strong>do</strong>minal. Perguntar ao grupo se o número de respirações<br />

diminuiu.<br />

Jogo de mesa:<br />

quatro em linha<br />

Os resulta<strong>do</strong>s são comprova<strong>do</strong>s comparan<strong>do</strong>-se o inicio <strong>do</strong> exercício com o seu final.<br />

Exercício de tonificação muscular e mobili<strong>da</strong>de<br />

Em colunas alinha<strong>da</strong>s ao círculo fazer os seguintes movimentos:<br />

Com as pernas afasta<strong>da</strong>s na largura <strong>do</strong>s quadris, simular o movimento de<br />

cavalgar com leve flexão de joelhos (muito recomendável para a osteoporose).<br />

2Manter a posição estática: o baço gira sobre a cabeça (mobilização de ombros,<br />

de braços e de pulsos).<br />

A cavalo: deslocamento lateral ou frontal. Manter a flexão e <strong>da</strong>r palma<strong>da</strong>s nos<br />

glúteos.<br />

Quatro<br />

em linha<br />

Objectivos<br />

Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />

Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />

Combater o sedentarismo e o stress,<br />

Aumentar a auto-estima<br />

Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de<br />

memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e<br />

veloci<strong>da</strong>de perceptiva;<br />

Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />

degenerativas.


Activi<strong>da</strong>de lúdica: Jogo de mesa: quatro em linha.<br />

Dia 30/08<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />

Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />

Preparação <strong>do</strong>s suportes de divulgação <strong>da</strong> viagem realiza<strong>da</strong> a Vila Nova de Gaia.<br />

Dia 31/08<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

Objectivos<br />

10:00- Sopa de letras Desenvolver o raciocínio abstracto;<br />

11:30<br />

Desenvolver a criativi<strong>da</strong>de;<br />

Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de<br />

memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de<br />

perceptiva;<br />

Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />

degenerativas<br />

14:00- Exercícios de<br />

Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />

16:30<br />

deslocamentos<br />

Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />

Combater o sedentarismo e o stress,<br />

Aumentar a auto-estima<br />

Activi<strong>da</strong>de cognitiva: sopa de letras.<br />

Eles mostraram muitas facili<strong>da</strong>des em encontrar as palavras, faziam aquilo à disputa e<br />

bastante rápi<strong>do</strong> foi muito gratificante observar a grande evolução deles na pratica destes<br />

exercícios.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: exercícios sem deslocamentos posição de pé:<br />

Com o objectivo de melhorar a mobili<strong>da</strong>de articular e sentir o movimento <strong>do</strong>s braços.<br />

Fizeram-se os seguintes exercícios:<br />

O pássaro. Elevar os cotovelos ao inspirar, deixan<strong>do</strong>-os cair soltos ao expirar.<br />

O abraço. Esfregar as mãos vigorosamente até aquecê-las. Estender os braços de<br />

forma que a palma <strong>da</strong> mão fique vira<strong>da</strong> para o la<strong>do</strong> contrário ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> corpo e


com os de<strong>do</strong>s estendi<strong>do</strong>s. Recolher os braços quan<strong>do</strong> se expirar e cruzá-los<br />

diante <strong>do</strong> peito, sentin<strong>do</strong> que to<strong>do</strong> o perímetro <strong>do</strong> corpo foi abarca<strong>do</strong> até as mãos<br />

alcançarem os ombros ou, se for possível, as costas.<br />

Senta<strong>do</strong>s em uma cadeira ou de pé, estender as mãos sobre a cabeça, de forma<br />

que as palmas fiquem vira<strong>da</strong>s para cima. Descer as mãos até a altura <strong>do</strong><br />

abdómen, entrelaçan<strong>do</strong>-as e, lentamente, erguen<strong>do</strong>-as, inspiran<strong>do</strong> ao erguer os<br />

braços e expiran<strong>do</strong> ao descê-los.<br />

O gato. Entrelaçar as mãos na altura <strong>do</strong> abdómen e expirar lentamente. Empurrar<br />

Dia 01/09<br />

<strong>do</strong> abdómen e expirar lentamente. Empurrar o abdómen e o peito de forma<br />

delica<strong>da</strong>, e abarcar as costas, alongan<strong>do</strong>-as em abóba<strong>da</strong>s, como um gato, para<br />

criar espaços entre as vértebras. Voltar à vertical inspiran<strong>do</strong>.<br />

Local: sala de convívio<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica<br />

Setembro<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

10:00- Escolha de trabalhos Fotocópias com Maior participação<br />

11:30<br />

a realizar<br />

trabalhos manuais<br />

<br />

<strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos;<br />

14:00- Caminha<strong>da</strong> Aumentar o auto-<br />

16:30<br />

<strong>do</strong>mínio,<br />

Desenvolver as<br />

capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />

Combater o<br />

sedentarismo e o stress,<br />

Aumentar a auto-estima<br />

Escolha de alguns trabalhos manuais pelos utentes. Para uma maior participação <strong>da</strong>s<br />

activi<strong>da</strong>des propusemos aos i<strong>do</strong>sos que escolhessem em diversas fotocópias quais as<br />

activi<strong>da</strong>des mais interessantes para eles. Antes disso tivemos que fazer uma pesquisa<br />

aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong> em diversas obras relaciona<strong>da</strong>s com artes plásticas.<br />

Eles mostraram-se muito interessa<strong>do</strong>s, deram muitas ideias e substituíram vários<br />

materiais mais difíceis de encontrar por outros mais simples.


Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: caminha<strong>da</strong> até a Ribeira com fim de recolher<br />

material para as activi<strong>da</strong>des: canas, pedras, paus e canas de várias dimensões.<br />

Dia 02/09<br />

Local: escritório/ sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

10:00- Elaboração <strong>do</strong>s<br />

Divulgação <strong>da</strong> viagem;<br />

11:30<br />

suportes de<br />

divulgação <strong>da</strong><br />

Revelar os locais escolhi<strong>do</strong>s<br />

para esta viagem;<br />

14:00-<br />

16:30<br />

viagem<br />

Gafanhoto Boca<strong>do</strong>s de<br />

bambu verde,<br />

de grossuras<br />

diferentes;<br />

Faca,<br />

Cola,<br />

Boca<strong>do</strong> de<br />

arame grosso<br />

maleável.<br />

Continuação <strong>da</strong> elaboração <strong>do</strong>s suportes de divulgação <strong>da</strong> viagem.<br />

Desenvolvimento de algumas activi<strong>da</strong>des ordena<strong>da</strong>s pela directora técnica.<br />

Activi<strong>da</strong>des de Expressão Plástica Gafanhoto<br />

Como senti que os utentes mais activos se encontravam muito entusiasma<strong>do</strong>s com o<br />

material recolhi<strong>do</strong> no dia anterior e como me apercebi que estavam com uma enorme<br />

vontade de executar essas activi<strong>da</strong>des, deixei a sessão que tinha prepara<strong>do</strong> de la<strong>do</strong> e<br />

começámos a realizar o “gafanhoto” em canas.<br />

Como fazer: escolha o boca<strong>do</strong> mais grosso de bambu, para fazeres a parte externa <strong>do</strong><br />

corpo <strong>do</strong> gafanhoto.<br />

Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />

possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />

através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />

forma a fazer com que ele dê<br />

largas à sua imaginação e<br />

criativi<strong>da</strong>de;<br />

Desenvolver a precisão<br />

manual.<br />

Nivela e suaviza o melhor possível a parte correspondente ao nó, que será a cara <strong>do</strong><br />

gafanhoto. Faz um corte transversal no bambu e forma as asas a partir dele. Faz outro<br />

corte por baixo este corte transversal, e forma a parte inferior <strong>da</strong>s asas a partir dele.


Escolhe uma parte menos grossa <strong>do</strong> mesmo bambu, que possa entrar na parte já<br />

trabalha<strong>da</strong>, e corta um novo, que tenha o mesmo cumprimento <strong>do</strong> anterior.<br />

Faz o corte que mostra o desenho <strong>da</strong> direita neste boca<strong>do</strong> de bambu, para formar a parte<br />

de trás <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong> insecto. Encaixa um boca<strong>do</strong> dentro <strong>do</strong> outro e une os <strong>do</strong>is com um<br />

pouco de cola.<br />

Ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s patas de trás é feita com <strong>do</strong>is boca<strong>do</strong>s de bambu, corta<strong>do</strong>s no senti<strong>do</strong><br />

oblíquo na altura <strong>do</strong>s pontos de contacto, o que permite que a posição <strong>da</strong>s patas possa<br />

variar com um ângulo mais ou menos aberto. Faz <strong>do</strong>is furos na metade <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong><br />

gafanhoto. Enfia um boca<strong>do</strong> de arame por dentro destes furos e encaixa as duas partes<br />

de ca<strong>da</strong> pata nas duas pontas <strong>do</strong> arame. Vira um pouco as pontas <strong>do</strong> arame, para<br />

formares os pés.<br />

Faz uns pequenos furos na cabeça, para encaixares <strong>do</strong>is boca<strong>do</strong>s de bambu, forman<strong>do</strong> os<br />

olhos e <strong>do</strong>is boca<strong>do</strong>s compri<strong>do</strong>s para formarmos as antenas. Encaixa <strong>do</strong>is boca<strong>do</strong>s de<br />

bambu na parte de baixo <strong>da</strong> cabeça, para formarmos as patas dianteiras.<br />

Avaliação/Observação: um <strong>do</strong>s utentes foi carpinteiro durante to<strong>da</strong> a sua vi<strong>da</strong>, foi<br />

muito gratificante para mim vê-lo entusiasma<strong>do</strong> neste tipo de activi<strong>da</strong>des.<br />

Com estas activi<strong>da</strong>des vi que ele se sentia muito útil e assim verifiquem <strong>do</strong>s <strong>do</strong>s meus<br />

objectivos a ser cumpri<strong>do</strong>.<br />

Dia 03/09<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Conversa/<br />

11:30<br />

comentário de<br />

noticias<br />

Objectivos<br />

Incentivar os utentes para se<br />

relacionarem uns com os outros de<br />

forma a proporcionar trocas de<br />

experiencias e vivencias;<br />

Troca de ideias, opiniões, sugestões e<br />

vivencias<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: conversa/comentário sobre o que é Reciclar.


Neste sessão falámos sobre as vantagens e desvantagens <strong>da</strong> reciclagem, o que eram os<br />

ecopontos e quais as suas cores.<br />

No final <strong>da</strong> sessão fiz um pequeno jogo em que dizia um determina<strong>do</strong> material<br />

reciclável a ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so, ele apenas respondia a cor <strong>do</strong> ecoponto onde este deveria ser<br />

deposita<strong>do</strong>. (exemplo: ao dizer cartão eles terão de responder rapi<strong>da</strong>mente azul).<br />

Dia 06/09<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />

Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />

Dia 07/09<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Jogo <strong>do</strong><br />

11:30<br />

su<strong>do</strong>ku<br />

14:00-<br />

16:30<br />

Animação cognitiva: jogo <strong>do</strong> Su<strong>do</strong>ku.<br />

Avaliação/Observação: como foi a primeira vez que realizámos este jogo <strong>do</strong>tei que os<br />

i<strong>do</strong>sos relevaram algumas dificul<strong>da</strong>des na sua execução, não compreenden<strong>do</strong> muito bem<br />

as regras <strong>do</strong> jogo.<br />

Activi<strong>da</strong>de lúdica: A pedi<strong>do</strong> de alguns i<strong>do</strong>sos jogámos um <strong>do</strong>s jogos mais conheci<strong>do</strong>s<br />

de cartas - sueca.<br />

Jogo de cartas:<br />

sueca<br />

Objectivos<br />

Desenvolver o raciocínio abstracto;<br />

Desenvolver a criativi<strong>da</strong>de;<br />

Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de<br />

memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de<br />

perceptiva;<br />

Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />

degenerativas<br />

Cartas Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de<br />

memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de<br />

perceptiva;<br />

Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />

degenerativas.


Dia 08/09<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora<br />

10:00-<br />

11:30<br />

Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

Feiticeiro Pinha grande<br />

aberta;<br />

Dois ganhos de<br />

pinheiro; ~<br />

Uma laranja;<br />

Três caroços e<br />

penas de<br />

tamanhos,<br />

formas e cores<br />

diferentes<br />

Activi<strong>da</strong>de plástica: Feiticeiro<br />

Nesta sessão terminámos o trabalho anterior “Gafalhoto”, e começámos outro trabalho<br />

designa<strong>do</strong> como “Feiticeiro”.<br />

Como fazer: Arranja uma pinha que se mantenha bem equilibra<strong>da</strong> sobre o la<strong>do</strong> que<br />

serve de base. Espeta uma laranja na parte de cima <strong>da</strong> pinha. Faz o rosto na laranja com<br />

três caroços de nêspera: <strong>do</strong>is formam os olhos e um a boca. Espeta as penas na parte de<br />

cima, para fazer o enfeite na cabeça. Os braços são feitos com galhos de pinheiro,<br />

encaixa<strong>do</strong>s entre as escamas <strong>da</strong> pinha.<br />

Avaliação/Observação: Nesta sessão surgiu um pequeno incidente um <strong>do</strong>s utentes fez<br />

um pequeno golpe no de<strong>do</strong> com a sua navalha ao tentar cortar um pe<strong>da</strong>ço de madeira,<br />

com a aju<strong>da</strong> <strong>da</strong> directora técnica o problema foi resolvi<strong>do</strong> rapi<strong>da</strong>mente. A motivação <strong>do</strong><br />

i<strong>do</strong>so era tanta que nem esse pequeno golpe o fez parar.<br />

Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />

possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />

através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />

forma a fazer com que ele dê<br />

largas à sua imaginação e<br />

criativi<strong>da</strong>de;<br />

Desenvolver a precisão manual.


Dia 09/09<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

10:00-<br />

11:30<br />

14:00-<br />

16:30<br />

Activi<strong>da</strong>de lúdica: praticamos um jogo de mesa – Monopoly.<br />

Avaliação/Observação: os i<strong>do</strong>sos a<strong>do</strong>raram este jogo principalmente os <strong>do</strong> sexo<br />

masculino.<br />

Monopoly Monopoly Divertir as pessoas e o<br />

grupo;<br />

Promover o convívio e<br />

divulgar os<br />

conhecimentos, artes e<br />

Exercícios sem<br />

deslocamentos<br />

Activi<strong>da</strong>de de expressão física-motora: exercícios sem deslocamento posição de pé:<br />

Rotação de braços. De pé e com as costas rectas, realizar rotações com braços.<br />

Primeiro alterna<strong>da</strong>mente para a frente e para trás; a seguir simultaneamente com<br />

os <strong>do</strong>is braços, também para frente e para trás. Fazer o exercício suave r<br />

lentamente;<br />

De pé, costas rectas e mãos cruza<strong>da</strong>s sobre o abdómen. Elevar os braços sobre a<br />

cabeça e balançá-los para trás três vezes. A seguir, baixá-los e colocar as mãos<br />

na cintura.<br />

De pé e com as costas rectas. Com os braços estendi<strong>do</strong>s, balançá-los para a<br />

frente e para trás.<br />

De pé e com as costas rectas. Com os braços para a frente e para trás.<br />

De pé, com as costas rectas e os braços flexiona<strong>do</strong>s na altura <strong>do</strong> peito. Levar as<br />

mãos à cabeça sem mover os cotovelos <strong>do</strong> lugar. A seguir, cruzar os braços e<br />

retornar à posição inicial, inspirar e expirar.<br />

saberes.<br />

Aumento <strong>do</strong> auto<strong>do</strong>mínio,<br />

Desenvolver <strong>da</strong>s<br />

capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />

Combater o sedentarismo<br />

e o stress,<br />

Aumentar a auto-estima


Dia 10/09<br />

Local: sala de convívio<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: continuação <strong>do</strong>s trabalhos desenvolvi<strong>do</strong>s na sessão<br />

anterior.<br />

Avaliação/Observação: Muitos <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos relevaram muito interesse neste tipo de<br />

activi<strong>da</strong>des, então a partir desta <strong>da</strong>ta irei <strong>da</strong>r mais secções neste ramo. To<strong>do</strong>s os i<strong>do</strong>sos<br />

dão sugestões e revelam aspectos positivos e negativos <strong>do</strong>s possíveis materiais a ser<br />

usa<strong>do</strong>s nas activi<strong>da</strong>des.<br />

Dia 13/09<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />

Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />

Dia 14/09<br />

Viagem a Vila Nova de Gaia.<br />

Na preparação desta activi<strong>da</strong>de ajudei em to<strong>do</strong>s os procedimentos:<br />

1. Envio <strong>do</strong> orçamento à Câmara Municipal de Pinhel;<br />

2. Escolha <strong>do</strong>s pontos a visitar;<br />

3. Programa;<br />

4. Realização <strong>do</strong>s meios de divulgação.<br />

Avaliação/Observação: Infelizmente não pude realizar esta viagem pois calhou no dia<br />

em que tive de executar o exame de inglês.<br />

Dia 15/09<br />

Local: sala de convívio<br />

Activi<strong>da</strong>de de expressão e comunicação: conversa sobre a viagem; na qual discutimos<br />

os pontos que gostaram mais de ver, o que poderia ter corri<strong>do</strong> melhor e se gostaram de<br />

realizar este tipo de activi<strong>da</strong>des.


Dia 16/09<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

10:00-<br />

11:30<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: realização de uma borboleta feita em junco.<br />

Como fazer: corta a palha em boca<strong>do</strong>s mais ou menos <strong>do</strong> mesmo tamanho. Dobra-os ao<br />

meio, evitan<strong>do</strong> parti-los. Forma as asas com os boca<strong>do</strong>s de palha <strong>do</strong>bra<strong>do</strong>s. Em segui<strong>da</strong>,<br />

<strong>do</strong>bra e coloca as duas palhas de cima e as duas de baixo, que completam estas asas.<br />

Coloca sobre a silhueta forma<strong>da</strong> três forma<strong>da</strong> três palhas de ca<strong>da</strong> la<strong>do</strong>, <strong>do</strong>bra<strong>da</strong>s como<br />

na inclinação. Estes boca<strong>do</strong>s de palha têm que estar generosamente impregna<strong>do</strong>s de<br />

cola, pois são eles que mantêm o conjunto uni<strong>do</strong>. Cola mais <strong>do</strong>is boca<strong>do</strong>s de palha,<br />

como reforço, por baixo.<br />

Escolhe uma espiga sem grão para formares o corpo <strong>da</strong> borboleta. Cola na base um<br />

boca<strong>do</strong> de palha e enfia <strong>do</strong>is filamentos <strong>da</strong> ponta <strong>da</strong> espiga dentro dele, bastante<br />

impregna<strong>do</strong>s de cola. Apara as asas <strong>da</strong> borboleta, depois de estar to<strong>da</strong> monta<strong>da</strong> e a cola<br />

seca. Usa uma tesoura bem afia<strong>da</strong>.<br />

Dia 17/09<br />

Borboleta Boca<strong>do</strong>s de palha<br />

de trigo ou de outro<br />

cereal;<br />

Cola;<br />

Uma espiga de<br />

trigo<br />

Local: sala de convívio<br />

Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />

possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />

através <strong>da</strong>s artes plásticas<br />

de forma a fazer com que<br />

ele dê largas à sua<br />

imaginação e criativi<strong>da</strong>de;<br />

Desenvolver a precisão<br />

manual.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: continuação <strong>do</strong>s trabalhos realiza<strong>do</strong>s anteriormente.<br />

Avaliação/Observação: Não eram estas as activi<strong>da</strong>des que eu tinha planea<strong>do</strong> para os<br />

i<strong>do</strong>sos mas este dia eles voltaram a pedir para realizar estas activi<strong>da</strong>des. Houve um<br />

aborrecimento entre <strong>do</strong>is utentes <strong>da</strong> instituição, e um deles não se sentiu bem após


tomar o pequeno-almoço, devi<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s esses motivos decidi deixar de la<strong>do</strong> as<br />

activi<strong>da</strong>des que tinha planea<strong>do</strong>.<br />

Dia 20/09<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />

Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />

Dia 21/09<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

10:00-<br />

11:30<br />

Comemoração<br />

<strong>do</strong> dia<br />

internacional <strong>da</strong><br />

Mensagem <strong>do</strong><br />

secretário-geral <strong>da</strong><br />

ONU<br />

Incentivar os utentes<br />

para se relacionarem<br />

uns com os outros de<br />

forma a proporcionar<br />

Paz<br />

trocas de experiencias<br />

e vivencias;<br />

Troca de ideias,<br />

opiniões, sugestões e<br />

vivencias<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: comemoração <strong>do</strong> Dia Internacional <strong>da</strong> Paz.<br />

Leitura <strong>da</strong> mensagem <strong>do</strong> Secretário - Geral <strong>da</strong> ONU- Kofi Annan por ocasião <strong>do</strong> Dia<br />

Internacional <strong>da</strong> Paz (2006).<br />

Após a leitura <strong>da</strong> mensagem fizemos um minuto de silêncio em nome <strong>da</strong> paz.<br />

Avaliação/Observação: Os i<strong>do</strong>sos ficaram muito sensibiliza<strong>do</strong>s com este discurso, e<br />

aproveitaram para pedir desculpa aos restantes utentes por acções passa<strong>da</strong>s.


Dia 22/09<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

Objectivos<br />

10:00- Caminha<strong>da</strong> Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />

11:30<br />

Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />

Combater o sedentarismo e o stress,<br />

Aumentar a auto-estima<br />

14:00- Antena Tábua; Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a possibili<strong>da</strong>de<br />

16:30<br />

Palitos de se exprimir através <strong>da</strong>s artes<br />

<br />

<br />

<br />

achata<strong>do</strong>s;<br />

X-acto ou<br />

faca;<br />

Cola<br />

Régua.<br />

<br />

plásticas de forma a fazer com que ele<br />

dê largas à sua imaginação e<br />

criativi<strong>da</strong>de;<br />

Desenvolver a precisão manual.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: realizámos uma caminha<strong>da</strong> até a uma zona <strong>da</strong><br />

aldeia designa<strong>da</strong> de “Carrasca”, mais precisamente à vinha <strong>do</strong> Senhor Joaquim Carvalho<br />

a fim de recolher material para o seguinte trabalho manual.<br />

Activi<strong>da</strong>de de expressão plástica: realização de uma antena com palitos achata<strong>do</strong>s.<br />

Como fazer: Faz no centro de uma tábua <strong>do</strong>is cortes não muito profun<strong>do</strong>s. Introduz um<br />

palito em ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s fen<strong>da</strong>s e coloca-os numa posição em que formem um X. Cola-<br />

os à sua base, e também no seu ponto de união. Próximo à ponta <strong>do</strong> primeiro palito cola<br />

um terceiro, paralelo ao segun<strong>do</strong>, e em posição semelhante cola um quarto palito na<br />

ponta <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> e paralelo ao primeiro, forman<strong>do</strong> outro X com o terceiro. Cola o seu<br />

ponto de união. Continua a formar outros três X e a colá-los uns sobre os outros.<br />

Termina o trabalho, colan<strong>do</strong> um último palito em posição vertical no cento <strong>do</strong> último X.<br />

Avaliação/Observação: Foi gratificante para mim ver os i<strong>do</strong>sos tão empenha<strong>do</strong>s nas<br />

activi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s, vê-los cheias de ideias novas e a pensar em trabalhos idênticos<br />

com material diferente.


Dia 23/09<br />

Local: sala <strong>do</strong>s computa<strong>do</strong>res<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

14:00-<br />

16:30<br />

Na parte <strong>da</strong> manhã fizemos a recolha de produtos <strong>da</strong><strong>do</strong>s pela Segurança Social relativos<br />

ao Programa PCAAC (Programa Comunitário de Aju<strong>da</strong> Alimentar a Carencia<strong>do</strong>s).<br />

Activi<strong>da</strong>des lúdicas: conceitos elementares de informática.<br />

Avaliação/Observação: Devi<strong>do</strong> a uns problemas com os computa<strong>do</strong>res <strong>da</strong> associação<br />

só pudemos retomar as secções de informática nesta <strong>da</strong>ta. Foi gratificante ver que os<br />

i<strong>do</strong>sos ain<strong>da</strong> se lembravam de algumas <strong>da</strong>s funções <strong>da</strong>s teclas <strong>do</strong> tecla<strong>do</strong> e outras<br />

aplicações.<br />

Dia 24/09<br />

Local: sala de convívio<br />

Activi<strong>da</strong>des cognitivas: realização <strong>do</strong>s seguintes jogos:<br />

Descobrir a ci<strong>da</strong>de<br />

Meto<strong>do</strong>logia: escolha as letras que estão na junção <strong>da</strong>s palavras e descubra o nome <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong>de europeia.<br />

Informática Computa<strong>do</strong>res <strong>Abrir</strong> novas possibili<strong>da</strong>des de<br />

contacto com outras pessoas e<br />

reali<strong>da</strong>des;<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Activi<strong>da</strong>des de<br />

11:30<br />

expressão<br />

cognitiva<br />

Palavras ao contrário<br />

Objectivos<br />

Desenvolver o raciocínio abstracto;<br />

Desenvolver a criativi<strong>da</strong>de;<br />

Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de<br />

memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e<br />

veloci<strong>da</strong>de perceptiva;<br />

Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />

degenerativas


Meto<strong>do</strong>logia: quais são as seguintes palavras, que estão escritas ao contrário, exemplos:<br />

Olemram, Etsixe, Oãiva, Atsinipla, Arbmioc, Rotcart<br />

Conta flores<br />

Meto<strong>do</strong>logia: conte em 30 segun<strong>do</strong>s o número de flores.<br />

Su<strong>do</strong>ko<br />

Meto<strong>do</strong>logia: jogo de origem japonesa. Deve preencher to<strong>do</strong>s os quadra<strong>do</strong>s <strong>da</strong> grelha<br />

fazen<strong>do</strong> com que ca<strong>da</strong> fila, ca<strong>da</strong> coluna e ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s quadra<strong>do</strong>s de três casas por três<br />

contenha to<strong>do</strong>s os números de 1 a 9, sem repetições ou omissões.<br />

Avaliação/Observação: Foi a segun<strong>da</strong> vez que experimentámos preencher a grelha <strong>do</strong><br />

su<strong>do</strong>ko. Na última vez eles revelaram muitas dificul<strong>da</strong>des mas desta fiquei admira<strong>da</strong><br />

pois além de muito interessa<strong>do</strong>s mostraram que já estão quase aptos a jogar este jogos<br />

sozinhos.<br />

Dia 27/09<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />

Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />

Dia 28/09<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

10:00- Análise de Imagens Desenvolver o raciocínio<br />

11:30<br />

imagens<br />

abstracto;<br />

com ilusão<br />

Desenvolver a criativi<strong>da</strong>de;<br />

óptica<br />

<br />

<br />

Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />

Retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de<br />

memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e<br />

veloci<strong>da</strong>de perceptiva;<br />

Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />

degenerativas<br />

Activi<strong>da</strong>de cognitiva: análise de imagens com ilusão óptica.


Foi pergunta<strong>do</strong> a ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so o que viam em ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s imagens <strong>da</strong><strong>da</strong>s pela<br />

anima<strong>do</strong>ra. Como eram imagens com duas ou mais figuras eles tinham de tentar<br />

observá-las e tentar ver tu<strong>do</strong> que estava por detrás <strong>da</strong>quela imagem. Com este tipo de<br />

activi<strong>da</strong>des eles puderam puxar pela sua imaginação e ver coisas surpreendentes.<br />

Avaliação/Observação: Enquanto que alguns i<strong>do</strong>sos puxavam pela imaginação e além<br />

<strong>da</strong>s imagens lá existentes encontravam outras feitas pela própria imaginação outros<br />

havia que nem as figuras mais visíveis viam.<br />

Dia 29/09<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Continuação <strong>do</strong>s<br />

11:30<br />

trabalhos de<br />

14:00-<br />

16:30<br />

expressão plástica<br />

Exercícios de<br />

expressão físico -<br />

motora<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: continuação <strong>do</strong>s trabalhos <strong>da</strong> sessão anterior.<br />

Activi<strong>da</strong>de de expressão físico-motora: Com o objectivo de trabalhar a flexibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

coluna realizaram-se os seguintes exercícios:<br />

Objectivos<br />

Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a possibili<strong>da</strong>de<br />

de se exprimir através <strong>da</strong>s artes<br />

plásticas de forma a fazer com que ele<br />

dê largas à sua imaginação e<br />

criativi<strong>da</strong>de;<br />

Desenvolver a precisão manual.<br />

Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />

Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />

Combater o sedentarismo e o stress,<br />

Aumentar a auto-estima<br />

Senta<strong>do</strong>s com a coluna recta e as mãos apoia<strong>da</strong>s nas coxas. Concentrar-se na<br />

coluna vertebral, visualizan<strong>do</strong>-a e começan<strong>do</strong> pelas cervicais, deixan<strong>do</strong> cair a<br />

cabeça, depois o peito, a cintura e os quadris. Descer as mãos pela parte lateral e<br />

exterior <strong>da</strong>s pernas, acarician<strong>do</strong>-as. Concentrar-se, sentin<strong>do</strong> como vai sen<strong>do</strong><br />

coloca<strong>da</strong> uma vértebra atrás <strong>da</strong> outra;: elevar os quadris, as lombares, as <strong>do</strong>rsais<br />

e as cervicais, como se fosse uma esca<strong>da</strong> com degraus, enquanto as mãos sobem


pelas pernas até chegar à vertical, ten<strong>do</strong> a cabeça suspensa, o olhar para a frente<br />

e a coluna erecta;<br />

Elevar as mãos para a frente até acima, inspiran<strong>do</strong>, e voltar a baixá-las,<br />

expiran<strong>do</strong>;<br />

Projecção para a frente, com a coluna recta. Exercício muito útil para sentar-se e<br />

levantar-se <strong>da</strong> cadeira. Senta<strong>do</strong>s, com os pés bem apoia<strong>do</strong>s no chão, elevar os<br />

braços para a frente até em cima, inspiran<strong>do</strong> ao mesmo tempo em que se inclina<br />

as costas para a frente e para baixo, conforme o impulso <strong>do</strong>s braços. Apoiar-se<br />

bem com pés e, com os joelhos bem alinha<strong>do</strong>s, ficar de pé.<br />

Descer, flexionan<strong>do</strong> os joelhos e amplian<strong>do</strong> a pélvis para trás.<br />

Realizar este exercício como se tivesse se mexen<strong>do</strong>. Começar direccionan<strong>do</strong> o<br />

Dia 30/09<br />

peso para a frente a fim de retornar ao centro em um movimento de vaivém até<br />

que se tenha o impulso suficiente; como se fosse inspirar o ar, colocar-se de pé<br />

e, ao expirar, abaixar-se, sentan<strong>do</strong>-se como<strong>da</strong>mente e facilmente.<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

Objectivos<br />

10:00- Borboleta Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a possibili<strong>da</strong>de de<br />

11:30<br />

se exprimir através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />

forma a fazer com que ele dê largas à sua<br />

imaginação e criativi<strong>da</strong>de;<br />

Desenvolver a precisão manual.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: realização de uma borboleta com o mesmo méto<strong>do</strong><br />

<strong>da</strong> anterior mas com o <strong>do</strong>bro <strong>do</strong> tamanho.<br />

Avaliação/Observação: Este trabalho foi realiza<strong>do</strong> a pedi<strong>do</strong> de um <strong>do</strong>s utentes, devi<strong>do</strong><br />

ao ter manifesta<strong>do</strong> gosto de o praticar.


Dia 1/10<br />

Local: sala de convívio/ pavilhão <strong>da</strong> Câmara Municipal de Pinhel<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Apresentação sobre o<br />

11:30<br />

dia Internacional <strong>do</strong><br />

14:30-<br />

19:00<br />

I<strong>do</strong>so<br />

Participação na<br />

celebração <strong>do</strong> Dia<br />

Internacional <strong>do</strong><br />

I<strong>do</strong>so<br />

Activi<strong>da</strong>de de expressão e comunicação: leitura de uma apresentação relativa ao Dia<br />

Internacional <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so.<br />

Participação <strong>da</strong> celebração <strong>do</strong> Dia Internacional <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so realiza<strong>da</strong> pela Câmara<br />

Municipal de Pinhel.<br />

O programa desta celebração foi o seguinte: às 14:30h - Recepção <strong>do</strong>s Participantes, às<br />

15:00h - Espectáculo com o Grupo de Fa<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong> e às 17:00h - Lanche convívio<br />

Avaliação/Observação: Os i<strong>do</strong>sos a<strong>do</strong>raram este dia, aproveitaram para rever pessoas<br />

que já não viam há muito tempo e conhecer pessoas diferentes.<br />

Objectivos<br />

Incentivar os utentes para se<br />

relacionarem uns com os outros de<br />

forma a proporcionar trocas de<br />

experiencias e vivencias;<br />

Trocar ideias, opiniões, sugestões<br />

e vivencias


Dia 4/10<br />

Outubro<br />

Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />

Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />

Dia 6/10<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />

10:00-<br />

11:30<br />

Activi<strong>da</strong>des lúdicas - Nesta sessão jogámos um <strong>do</strong>s jogos mais conheci<strong>do</strong>s pelos i<strong>do</strong>sos<br />

nesta instituição – Dominó.<br />

Avaliação/Observação: Pedi aos i<strong>do</strong>sos para me ensinarem to<strong>da</strong>s as regras deste jogo.<br />

Senti o entusiasmo deles em ca<strong>da</strong> regra que me ensinavam. Foi bom ver que eles se<br />

sentiam úteis naquele momento.<br />

Dia 7/10<br />

Dominó Dominó Divertir as pessoas e o grupo;<br />

Promover o convívio e divulgar os<br />

conhecimentos, artes e saberes.<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Construção de Cartão;<br />

11:30<br />

um candelabro Duas velas;<br />

com duas velas<br />

Tinta.<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: construção de um candelabro com duas velas.<br />

Avaliação/Observação: Um <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos teve a ideia de fazer este candelabro de forma a<br />

aproveitar material excedentário existente na instituição.<br />

Objectivos<br />

Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />

possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />

através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />

forma a fazer com que ele dê<br />

largas à sua imaginação e<br />

criativi<strong>da</strong>de;<br />

Desenvolver a precisão<br />

manual.


Dia 8/10<br />

Local: sala de convívio<br />

Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />

Materiais<br />

10:00- Conversa/<br />

11:30<br />

comentário de<br />

Activi<strong>da</strong>des de Expressão e comunicação<br />

Nesta sessão conversámos sobre a existência <strong>do</strong> líder global <strong>do</strong> sector de recordes<br />

mundiais - Guinness World Records.<br />

Nesta sessão os recordes mais fala<strong>do</strong>s foram: o homem mais baixo <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, o mais<br />

alto, o mais gor<strong>do</strong> e o com mais piercings.<br />

Avaliação/Observação: Os i<strong>do</strong>sos ficaram incrédulos com o que estavam a ver, muitos<br />

deles não acreditaram e chegaram mesmo a dizer que era impossível haver pessoas<br />

assim.<br />

Dia 11/10<br />

Compra <strong>do</strong> material necessário para terminar as activi<strong>da</strong>des de expressão plástica.<br />

Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />

Dia 12/10<br />

uma noticia<br />

Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica<br />

Conclusão de to<strong>da</strong>s as activi<strong>da</strong>des de expressão plástica feitas durante o estágio.<br />

Envernizar to<strong>do</strong>s os trabalhos feitos em madeira.<br />

Objectivos<br />

Incentivar os utentes para se<br />

relacionarem uns com os outros de<br />

forma a proporcionar trocas de<br />

experiencias e vivencias;<br />

Troca de ideias, opiniões, sugestões e<br />

vivencias


Programa<br />

08:00h– Parti<strong>da</strong> em direcção a<br />

Vila Nova de Gaia.<br />

Os interessa<strong>do</strong>s devem estar a<br />

esta hora no largo <strong>do</strong> Centro de<br />

Dia a fim de apanhar o autocarro.<br />

10:30h– Chega<strong>da</strong> a Arcozelo.<br />

Visita à Capela de Santa Maria<br />

de Aguiar e respectivo Museu.<br />

12:15h– Almoço Convívio no<br />

Parque de Meren<strong>da</strong>s de Arcozelo;<br />

14:00h-I<strong>da</strong> a Capela <strong>do</strong> Senhor<br />

<strong>da</strong> Pedra junto à praia Miramar;<br />

15:00h– Mosteiro <strong>da</strong> Serra <strong>do</strong><br />

Pilar;<br />

17:00h– Lanche Ajantara<strong>do</strong>;<br />

17:45h–Regresso a casa;<br />

20:00h– Chega<strong>da</strong> a casa.<br />

CENTRO SOCIAL<br />

CULTURAL E RECREATIVO<br />

DE LAMEGAL<br />

Largo <strong>do</strong> Centro Cultural, n.º5<br />

6400-232– Lamegal<br />

Tel: 271448535<br />

orreio electrónico:<br />

cscr.lamegal@sapo.pt<br />

Viagem a Vila<br />

Nova de Gaia<br />

Vem conhecer a capela de Santa Maria de<br />

Aguiar!!!.<br />

CENTRO SOCIAL CULTURAL E<br />

RECREATIVO DE LAMEGAL<br />

Locais a visitar:<br />

Capela de Santa Maria de Adelaide;<br />

Museu de Santa Maria de Adelaide;<br />

Capela <strong>do</strong> Senhor <strong>da</strong> Pedra;<br />

Mosteiro <strong>da</strong> Serra <strong>do</strong> Pilar.


Pontos de Interesse<br />

Para a selecção destes pontos de interesse<br />

partimos de um levantamento<br />

<strong>do</strong>s locais de origem católica mais<br />

conheci<strong>do</strong>s na zona de Vila Nova de<br />

Gaia.<br />

Capela de Santa Maria<br />

de Adelaide<br />

Capela de Santa Maria de Adelaide<br />

Maria Adelaide de Sam José e Sousa,<br />

popularmente conheci<strong>da</strong> como<br />

Santa Maria Adelaide ou apenas<br />

Santinha de Arcozelo é considera<strong>da</strong>,<br />

pela devoção popular como santa e<br />

seu centro de devoção localiza-se<br />

em Arcozelo, em Vila Nova de<br />

Gaia.<br />

Embora não esteja canoniza<strong>da</strong> pela Igreja,<br />

são numerosas as pessoas que visitam o<br />

seu santuário, solicitan<strong>do</strong> a mediação para<br />

obterem graças e pagan<strong>do</strong> as promessas<br />

feitas em sua devoção.<br />

Entre os ex-votos que se conservam no<br />

pequeno museu anexo, destacam-se mais<br />

de 600 vesti<strong>do</strong>s de noiva, vesti<strong>do</strong>s de baptiza<strong>do</strong>s<br />

e comunhão, etc.<br />

Mosteiro <strong>da</strong> Serra <strong>do</strong> Pilar<br />

Património <strong>da</strong> Humani<strong>da</strong>de, o Mosteiro <strong>da</strong><br />

Serra <strong>do</strong> Pilar, em Gaia, começou a ser<br />

edifica<strong>do</strong> em 1538.As obras só terminaram<br />

por volta de 1670, com a conclusão <strong>da</strong><br />

igreja de Nossa Senhora <strong>do</strong> Pilar.<br />

Durante as invasões francesas o mosteiro<br />

ficou muito <strong>da</strong>nifica<strong>do</strong>, a constituição <strong>da</strong><br />

Real Irman<strong>da</strong>de de Nossa Senhora <strong>da</strong> Glória<br />

<strong>do</strong> Pilar, no reina<strong>do</strong> de D. Maria II, permitiu<br />

a recuperação <strong>do</strong> monumento.<br />

Mosteiro <strong>da</strong> Serra <strong>do</strong> Pilar<br />

O claustro com 36 colunas jónicas é<br />

o único exemplar em Portugal.<br />

Capela <strong>do</strong> Senhor <strong>da</strong><br />

Pedra<br />

A Capela <strong>do</strong> Senhor <strong>da</strong> Pedra situa-se<br />

na freguesia de Gulpilhares, concelho<br />

de Vila Nova de Gaia, distrito <strong>do</strong> Porto<br />

e localiza-se junto <strong>do</strong> mar estan<strong>do</strong><br />

assente num roche<strong>do</strong>. Foi construí<strong>da</strong><br />

Capela <strong>do</strong> Senhor <strong>da</strong> Pedra<br />

Possui diversa estatuária religiosa sen<strong>do</strong><br />

de salientar a imagem de Cristo<br />

crucifica<strong>do</strong>. A romaria é uma <strong>da</strong>s mais<br />

típicas de Vila Nova de Gaia é uma<br />

festa muito antiga que se realiza anualmente<br />

nas praias <strong>do</strong> Srº <strong>da</strong> Pedra.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!