Ver/Abrir - Biblioteca Digital do IPG - Instituto Politécnico da Guarda
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Relatório de Estágio<br />
_______________________________________________________________________________________________________________<br />
Nome: Marta Luísa Ferreira Soares Capelo;<br />
Número: 6383<br />
Estabelecimento de Ensino: <strong>Instituto</strong> <strong>Politécnico</strong> <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong> - Escola Superior de<br />
Educação Comunicação e Desporto<br />
Orienta<strong>do</strong>r de estágio: Nelson Clemente Santos Dias Oliveira<br />
Nome <strong>da</strong> organização: Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal<br />
Mora<strong>da</strong>: Largo <strong>do</strong> Centro Cultural, n.º5, 6400-232- Lamegal;<br />
Tutor <strong>da</strong> organização: Miguel Bernardino Soares<br />
Data <strong>do</strong> inicio <strong>do</strong> estágio curricular: 12/07/2010<br />
Término <strong>do</strong> estágio curricular: 12/10/2010<br />
Marta Capelo I
Relatório de Estágio<br />
_______________________________________________________________________________________________________________<br />
Dedicatória<br />
Dedico este trabalho a to<strong>do</strong>s que, de alguma forma, me aju<strong>da</strong>ram e incentivaram na sua<br />
realização. De maneira especial aos meus familiares: pais, irmãos e também ao meu<br />
namora<strong>do</strong>.<br />
Marta Capelo II
Relatório de Estágio<br />
_______________________________________________________________________________________________________________<br />
Agradecimentos<br />
A concretização deste relatório não seria possível sem a colaboração de um conjunto de<br />
pessoas indispensáveis.<br />
Agradeço, em primeiro lugar, ao <strong>Instituto</strong> <strong>Politécnico</strong> <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong> e em especial à Escola<br />
Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD) que me deram oportuni<strong>da</strong>de de<br />
adquirir competências transversais para um bom exercício de funções na área de Animação<br />
Sociocultural. Agradeço também ao <strong>do</strong>cente Nelson Oliveira a orientação que me deu com<br />
bastante competência e dedicação.<br />
Não me posso esquecer de agradecer também à Instituição Centro Social Cultural e<br />
Recreativo de Lamegal (CSCRL) por este estágio enriquece<strong>do</strong>r, nomea<strong>da</strong>mente ao tutor<br />
Miguel Bernardino, à Dr.ª Sandra Bernardino Directora Técnica desta Instituição, e a to<strong>do</strong>s os<br />
funcionários que colaboraram <strong>da</strong> melhor forma possível.<br />
E por fim, deixo um especial agradecimento a to<strong>do</strong>s os i<strong>do</strong>sos que participaram activamente<br />
nas sessões por mim orienta<strong>da</strong>s e com quem partilhei momentos de alegria, de entusiasmo e<br />
diversão, onde ca<strong>da</strong> um tinha o poder de manifestar, de um mo<strong>do</strong> especial, as suas vivências e<br />
experiências.<br />
Marta Capelo III
Relatório de Estágio<br />
_______________________________________________________________________________________________________________<br />
Lista de siglas<br />
ADL - Apoio ao Domicilio de Lamegal<br />
CDL - Centro de Dia de Lamegal<br />
CSCRL - Centro Social, Cultural e Recreativo de Lamegal<br />
ESECD - Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto<br />
IEFP - <strong>Instituto</strong> de Emprego e Formação Profissional<br />
INE – <strong>Instituto</strong> Nacional de Estatística<br />
<strong>IPG</strong> - <strong>Instituto</strong> <strong>Politécnico</strong> <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong><br />
IPSS - Instituição Particular de Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de Social<br />
POC - Programa Ocupacional financia<strong>do</strong> <strong>do</strong> IEFP<br />
SAD - Sistema de Apoio Domiciliário<br />
UNESCO - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization<br />
Marta Capelo IV
Índice geral<br />
Índice de Esquemas .......................................................................................................... V<br />
Índice de Figuras .............................................................................................................. V<br />
Índice de Gráficos ............................................................................................................. V<br />
Índice de Tabelas .............................................................................................................. V<br />
Introdução ......................................................................................................................... 1<br />
Capítulo 1 - O envelhecimento na socie<strong>da</strong>de actual .................................................... 4<br />
1.1 A problemática <strong>do</strong> envelhecimento demográfico ................................................... 4<br />
1.2 Demografia em Portugal ......................................................................................... 6<br />
1.3 Dimensão Biológica ................................................................................................ 7<br />
1.4 Dimensão Social ..................................................................................................... 8<br />
1.5 Dimensão Psico-Afectiva........................................................................................ 9<br />
1.6 O Envelhecimento e o Tempo Livre ..................................................................... 10<br />
Capítulo 2 - Breve abor<strong>da</strong>gem conceptual <strong>da</strong> Animação Sociocultural .................. 14<br />
2.1 Definição de Animação Sociocultural .................................................................. 14<br />
2.2 Âmbitos <strong>da</strong> Animação Sociocultural .................................................................... 16<br />
2.3 Animação de I<strong>do</strong>sos .............................................................................................. 16<br />
Capítulo 3 - Breve Caracterização <strong>da</strong> Instituição Orienta<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Estágio ............ 19<br />
3.1 Respostas sociais para I<strong>do</strong>sos ............................................................................... 19<br />
3.2 Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal .................................................. 20<br />
3.2.1 Enquadramento geográfico <strong>da</strong> aldeia de Lamegal ......................................... 20<br />
2.2.2 Valências, objectivos e destinatários <strong>do</strong> CSCRL ........................................... 21<br />
2.2.3 Funcionários <strong>do</strong> Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal ................ 22<br />
2.2.4 Organização interna........................................................................................ 23<br />
2.2.5 Instalações e Activi<strong>da</strong>des existentes na Instituição ........................................ 24<br />
Capitulo 4 - O Estágio .................................................................................................. 26
4.1 O inicio <strong>do</strong> Estágio ............................................................................................... 26<br />
4.2 Objectivos <strong>do</strong> estágio ............................................................................................ 27<br />
4.3 Características <strong>do</strong> grupo de trabalho ..................................................................... 29<br />
4.4 Activi<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s .................................................................................... 30<br />
4.4.1 Físico - Motora ............................................................................................... 31<br />
4.4.2 Expressão Plástica .......................................................................................... 33<br />
4.4.3 Cognitiva ou Mental ....................................................................................... 34<br />
4.4.4 Expressão e Comunicação .............................................................................. 35<br />
4.4.5 Promotora de Desenvolvimento Pessoal e Social .......................................... 36<br />
4.4.6 Lúdica ............................................................................................................. 36<br />
4.4.7 Outras Activi<strong>da</strong>des ......................................................................................... 37<br />
4.5 Activi<strong>da</strong>des não Realiza<strong>da</strong>s .................................................................................. 37<br />
4.6 Dificul<strong>da</strong>des Senti<strong>da</strong>s ........................................................................................... 38<br />
Reflexão Final ................................................................................................................ 39<br />
Bibliografia ..................................................................................................................... 41<br />
Webgrafia ....................................................................................................................... 43<br />
Anexos
Índice de esquemas<br />
Esquema 1 – Factores que influenciam o tipo de envelhecimento no i<strong>do</strong>so ................. 17<br />
Índice de figuras<br />
Figura 1 - Concelho de Pinhel ........................................................................................ 21<br />
Figura 2 - Organograma <strong>do</strong> Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal............... 23<br />
Índice de gráficos<br />
Gráfico 1 - Transição Demográfica .................................................................................. 5<br />
Gráfico 2 – Pirâmide Etária <strong>do</strong> concelho de Pinhel (1991-2001)..................................... 7<br />
Gráfico 3 - I<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> CSCRL ........................................................................ 29<br />
Gráfico 4 - Sexo <strong>do</strong>s utentes desta Instituição ................................................................ 29<br />
Índice de tabelas<br />
Tabela 1 - Tempo livre <strong>do</strong>s diferentes grupos sociais .................................................... 10<br />
Tabela 2 - Número de valências de i<strong>do</strong>sos nas IPSS em 2000, em uni<strong>da</strong>des e % .......... 20
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Introdução<br />
Para a finalização <strong>do</strong> curso é-nos solicita<strong>do</strong> a realização de um estágio curricular, com a<br />
finali<strong>da</strong>de de complementar a formação académica, através <strong>do</strong> exercício de tarefas e funções<br />
em Instituições. O estágio visa permitir que os alunos adquiram competências profissionais<br />
num contexto real de trabalho.<br />
Consideran<strong>do</strong> que existe um vasto leque de âmbitos onde os anima<strong>do</strong>res podem actuar e ten<strong>do</strong><br />
eu particular interesse pela Animação realiza<strong>da</strong> junto <strong>da</strong> “Terceira I<strong>da</strong>de”, optei por iniciar a<br />
minha activi<strong>da</strong>de profissional junto <strong>do</strong>s utentes <strong>do</strong> Centro Social Cultural e Recreativo de<br />
Lamegal (CSCRL).<br />
Importa referir que a Animação na “Terceira I<strong>da</strong>de” assume ca<strong>da</strong> vez maior relevância na<br />
nossa socie<strong>da</strong>de, pois desenvolveu-se significativamente nos últimos anos com o<br />
envelhecimento populacional, o qual conduziu a uma maior necessi<strong>da</strong>de de criar e organizar<br />
activi<strong>da</strong>des de animação para i<strong>do</strong>sos.<br />
O motivo que me levou a optar pela terceira i<strong>da</strong>de, prendeu-se com o facto de haver muitos<br />
autores que defendem que os i<strong>do</strong>sos na socie<strong>da</strong>de actual possuem uma imagem negativa <strong>da</strong><br />
vi<strong>da</strong>, basea<strong>da</strong> em características específicas, como a diminuição <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de vital, a<br />
ausência de recursos sociais e económicas. Esta imagem não corresponde à reali<strong>da</strong>de, pois<br />
ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so é diferente <strong>do</strong>s demais devi<strong>do</strong> à sua história, património genético e psicossocial<br />
(Correia, 2007).<br />
No respeitante à escolha <strong>da</strong> instituição, <strong>do</strong> CSCRL, ficou a dever-se, por um la<strong>do</strong> à<br />
proximi<strong>da</strong>de física (ser sedia<strong>da</strong> na aldeia <strong>da</strong> qual sou natural), por outro ao conhecimento e às<br />
relações de amizade com os seus utentes.<br />
O Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal é uma Instituição Particular de<br />
Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de Social (IPSS) que tem como objectivos a promoção cultural, artística e<br />
desportiva de to<strong>da</strong> a população <strong>da</strong> respectiva freguesia. Tem a sua sede na locali<strong>da</strong>de de<br />
Lamegal, freguesia situa<strong>da</strong> no concelho de Pinhel e distrito <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong>.<br />
Este relatório subdivide-se em quarto capítulos, sen<strong>do</strong> que no primeiro procura-se descrever o<br />
envelhecimento na socie<strong>da</strong>de actual em diferentes dimensões: demográfica, biológica, social e<br />
psico-afectiva. No segun<strong>do</strong> capítulo faz-se uma breve caracterização conceptual <strong>da</strong> Animação<br />
Sociocultural, onde procuro definir o conceito de Animação Sociocultural, os seus diversos<br />
Marta Capelo 1
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
âmbitos, bem como a necessi<strong>da</strong>de de realização <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des de animação direcciona<strong>da</strong>s<br />
para a terceira i<strong>da</strong>de. Subsequentemente no capítulo terceiro, a abor<strong>da</strong>gem passa <strong>do</strong> geral para<br />
o particular, <strong>da</strong>n<strong>do</strong>-se ênfase à IPSS denomina<strong>da</strong> CSCRL (sua situação geográfica,<br />
organização interna, seus destinatários, valências, objectivos, funcionários e<br />
equipamentos/instalações). Para uma melhor contextualização, começa-se por fazer uma<br />
breve introdução histórica à evolução <strong>da</strong>s instituições sociais para i<strong>do</strong>sos.<br />
No último capítulo refere-se, de maneira peculiar, o trabalho desenvolvi<strong>do</strong> durante o<br />
estágio curricular, descreven<strong>do</strong> os objectivos, as características <strong>do</strong>s utentes<br />
institucionaliza<strong>do</strong>s, as activi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s e não realiza<strong>da</strong>s e conclui-se referin<strong>do</strong> as<br />
dificul<strong>da</strong>des senti<strong>da</strong>s ao longo destes três meses.<br />
Marta Capelo 2
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Marta Capelo 3
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Capitulo 1 - O envelhecimento na socie<strong>da</strong>de actual<br />
As pessoas com i<strong>da</strong>de superior a sessenta e cinco anos estão a aumentar de forma<br />
significativa, o que faz com que o envelhecimento <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de seja um <strong>do</strong>s<br />
acontecimentos mais importantes desde mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> séc. XX até aos dias de hoje. Segun<strong>do</strong><br />
Osório (2007) o século XX pode ser defini<strong>do</strong> como o “século <strong>do</strong> envelhecimento”.<br />
Neste âmbito a Comissão <strong>da</strong>s Comuni<strong>da</strong>des Europeias analisou as respostas <strong>da</strong><strong>da</strong>s a um<br />
questionário europeu que decorreu, em 1992 alusivo ao tema “I<strong>da</strong>de e Atitudes”, no qual<br />
se questiona a necessi<strong>da</strong>de de alteração <strong>do</strong> significa<strong>do</strong> <strong>da</strong> expressão “terceira i<strong>da</strong>de”, por<br />
o mesmo ser desadequa<strong>do</strong> em virtude <strong>do</strong> aumento <strong>da</strong> esperança média de vi<strong>da</strong>, entre a<br />
população europeia. Assim sen<strong>do</strong>, a referi<strong>da</strong> Comissão propôs que este conceito de<br />
terceira i<strong>da</strong>de abranja apenas a faixa etária compreendi<strong>da</strong> entre os 55-74 anos. Mais<br />
propôs como nova designação a “quarta i<strong>da</strong>de”, abrangen<strong>do</strong> esta última os indivíduos<br />
com 75 ou mais anos de i<strong>da</strong>de (www.ine.pt).<br />
1.1 A problemática <strong>do</strong> envelhecimento demográfico<br />
O envelhecimento demográfico caracteriza-se por um aumento <strong>da</strong> proporção <strong>da</strong>s pessoas<br />
i<strong>do</strong>sas na população total.<br />
De acor<strong>do</strong> com os <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>do</strong> INE, respeitantes aos anos de 1960 e 2001, o fenómeno <strong>do</strong><br />
envelhecimento traduziu-se por um decréscimo de cerca de 36% <strong>da</strong> população jovem (0-<br />
14 anos) e um incremento de 140% <strong>da</strong> população i<strong>do</strong>sa (65 e mais anos).<br />
O crescimento desta faixa etária deve-se a factores como: o aumento <strong>da</strong> esperança de<br />
vi<strong>da</strong>, a diminuição <strong>da</strong>s taxas de mortali<strong>da</strong>de em to<strong>da</strong>s as i<strong>da</strong>des, aos avanços <strong>do</strong>s<br />
cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s sócio-sanitários e à diminuição abrupta <strong>da</strong> fecundi<strong>da</strong>de.<br />
Segun<strong>do</strong> Vicente (2007) este fenómeno deve-se à transição demográfica moderna<br />
(gráfico1), uma vez que as socie<strong>da</strong>des ocidentais passaram a registar crescimentos<br />
naturais bastante diminutos, estan<strong>do</strong> em causa, nalguns países, a própria substituição de<br />
gerações, em que as descendências médias já se situam muito abaixo <strong>do</strong>s 2,1 filhos por<br />
mulher.<br />
Marta Capelo 4
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Gráfico 1- Transição Demográfica<br />
Fonte: http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://fotos.sapo.pt<br />
A transição demográfica subdivide-se em quatro fases, sen<strong>do</strong> que a primeira fase é a <strong>da</strong><br />
pré-transição, caracterizan<strong>do</strong>-se por eleva<strong>da</strong>s taxas de Natali<strong>da</strong>de bem como por eleva<strong>da</strong>s<br />
taxas de Mortali<strong>da</strong>de. Tais factos conduzem à redução <strong>da</strong> taxa de Crescimento Natural. Na<br />
segun<strong>da</strong> fase - Fase de aceleração - dá-se um declínio <strong>da</strong> Taxa de Mortali<strong>da</strong>de como<br />
consequência de uma melhoria generaliza<strong>da</strong> <strong>da</strong>s condições de higiene e saúde. O nível de<br />
fecundi<strong>da</strong>de mantém-se inaltera<strong>do</strong>, originan<strong>do</strong> a aceleração <strong>do</strong> Crescimento Natural <strong>da</strong><br />
População. Na terceira fase - Fase de desaceleração há uma nova atitude face à vi<strong>da</strong> auxilia<strong>da</strong><br />
por meios modernos de intervenção na fecundi<strong>da</strong>de, o que conduz ao decréscimo <strong>da</strong><br />
Natali<strong>da</strong>de. A Mortali<strong>da</strong>de contínua a declinar, pese embora a um ritmo mais modera<strong>do</strong>, bem<br />
como o Crescimento Natural <strong>da</strong> população. Por último, na quarta fase - Pós-transição - há um<br />
registo na redução <strong>da</strong> Natali<strong>da</strong>de e Mortali<strong>da</strong>de, tenden<strong>do</strong> o Crescimento Natural a ser ca<strong>da</strong><br />
vez menor (Paúl e Fonseca, 2005).<br />
O Relatório <strong>da</strong> Divisão <strong>da</strong> População <strong>da</strong> ONU, relativo à evolução demográfica em 2025<br />
prevê que os sexagenários irão ultrapassar os jovens com menos de 15 anos, que a<br />
população com mais de 80 anos se vá multiplicar por seis e o número de centenários será<br />
dezasseis vezes maior <strong>do</strong> que actualmente (www.unric.org/pt/).<br />
Marta Capelo 5
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
1.2 Demografia em Portugal<br />
O peso <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos na estrutura populacional <strong>do</strong> nosso país, tem vin<strong>do</strong> a aumentar de<br />
forma significativa, devi<strong>do</strong>, por um la<strong>do</strong>, à diminuição <strong>do</strong>s nascimentos e por outro ao<br />
aumento de esperança média de vi<strong>da</strong>.<br />
Portugal reflecte fenómenos demográficos semelhantes aos <strong>do</strong>s países desenvolvi<strong>do</strong>s,<br />
ten<strong>do</strong> a sua pirâmide de i<strong>da</strong>des perdi<strong>do</strong> a forma triangular (que apresentava em 1991) e<br />
passa<strong>do</strong> a apresentar uma forma tipo “urna” devi<strong>do</strong> à diminuição <strong>da</strong>s taxas de<br />
mortali<strong>da</strong>de em to<strong>da</strong>s as i<strong>da</strong>des e à diminuição abrupta <strong>da</strong> fecundi<strong>da</strong>de nos últimos anos.<br />
Tais reali<strong>da</strong>des tornaram mais visível o aumento <strong>do</strong> número de i<strong>do</strong>sos, pois em três<br />
déca<strong>da</strong>s o grupo com 75 e mais anos duplicou. A percentagem de pessoas com 80 ou<br />
mais anos relativamente à população total passou de 1,2% em 1960 para 2,6% em 1991,<br />
segun<strong>do</strong> Llano (2006).<br />
Segun<strong>do</strong> os <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong> INE quanto há repartição <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos em território nacional (NUTS<br />
II), a mesma não é uniforme pois há uma maior concentração no Alentejo, Algarve e<br />
Centro.<br />
No respeitante ao concelho de Pinhel, é possível observar o mesmo fenómeno – o aumento<br />
significativo <strong>do</strong> envelhecimento <strong>da</strong> população (gráfico 2), segun<strong>do</strong> os Censos de 2001.<br />
Também o grupo etário 40-44 cresceu consideravelmente ao longo destes dez anos.<br />
Podemos verificar, igualmente, que to<strong>do</strong>s os grupos etários até aos 30 – 35 anos, têm<br />
decresci<strong>do</strong> de forma significativa de 1991 a 2001.<br />
Marta Capelo 6
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Gráfico 2 - Pirâmide Etária <strong>da</strong> População residente no concelho de Pinhel (1991-2001)<br />
Contu<strong>do</strong>, o processo de envelhecimento não é apenas um processo demográfico, pois o<br />
aumento <strong>da</strong> esperança média de vi<strong>da</strong> afecta também outras dimensões, entre as quais se<br />
destacam: a dimensão biológica, social e por último a psicológica.<br />
1.3 Dimensão Biológica<br />
A vi<strong>da</strong> de to<strong>do</strong> o ser vivo é dividi<strong>da</strong> em três fases: “fase <strong>do</strong> crescimento e<br />
desenvolvimento; fase reprodutiva e a senescência ou envelhecimento” (Cancela,<br />
2007:1).<br />
100 +<br />
90-94<br />
80-84<br />
70-74<br />
60-64<br />
50-54<br />
40-44<br />
30-34<br />
20-24<br />
10-14<br />
0-5<br />
600 400 200 0 200 400 600<br />
Na primeira fase, os órgãos crescem e desenvolvem-se, sen<strong>do</strong> nesta fase que o organismo<br />
adquire as capaci<strong>da</strong>des funcionais que mais tarde o torna apto a reproduzir-se. A<br />
reprodução será a capaci<strong>da</strong>de que melhor caracteriza a segun<strong>da</strong> fase. A terceira fase é<br />
marca<strong>da</strong> pelo declínio <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de funcional <strong>do</strong> organismo.<br />
Biologicamente, com o passar de anos, as limitações vão surgin<strong>do</strong> a par de uma série de<br />
alterações nas funções orgânicas e mentais (inclusive a rapidez de aprendizagem e a<br />
memória) devi<strong>do</strong> aos efeitos <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de sobre o organismo. Entretanto essas per<strong>da</strong>s podem<br />
ser compensa<strong>da</strong>s por ganhos em sabe<strong>do</strong>ria, conhecimento e experiência.<br />
O envelhecimento, <strong>do</strong> ponto de vista fisiológico, depende significativamente <strong>do</strong> estilo de<br />
vi<strong>da</strong> que a pessoa assume desde a infância ou a<strong>do</strong>lescência. O organismo envelhece como<br />
2001<br />
1991<br />
Marta Capelo 7
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
um to<strong>do</strong>, enquanto que os órgãos, teci<strong>do</strong>s, células e estruturas sub-celulares têm<br />
envelhecimentos diferencia<strong>do</strong>s (Cancela, 2007).<br />
Vicente (2007) sublinha a ideia que a velhice se manifesta de forma particular de<br />
indivíduo para indivíduo em função <strong>do</strong>s percursos pessoais e espaço social de inserção.<br />
Mas estas limitações não impedem o desenvolvimento de uma vi<strong>da</strong> plena, pois devi<strong>do</strong><br />
aos avanços médicos, a velhice pode ser encara<strong>da</strong> de uma forma saudável, sem <strong>do</strong>enças<br />
graves e problemáticas, o que faz com que os i<strong>do</strong>sos cheguem a i<strong>da</strong>des muito avança<strong>da</strong>s<br />
ain<strong>da</strong> autónomos e lúci<strong>do</strong>s.<br />
1.4 Dimensão social<br />
O isolamento, a inactivi<strong>da</strong>de e a atitude regressiva perante a socie<strong>da</strong>de são factores que<br />
afectam os i<strong>do</strong>sos.<br />
Com o desaparecimento progressivo de pessoas queri<strong>da</strong>s, como parentes e amigos, o i<strong>do</strong>so vai<br />
sentin<strong>do</strong>-se ca<strong>da</strong> vez mais só e mais relega<strong>do</strong>. O sentimento de solidão e de me<strong>do</strong> <strong>do</strong> futuro é<br />
traduzi<strong>do</strong> com frequência pelo desalento e pelo desinteresse tanto pela vi<strong>da</strong> como por temas<br />
relaciona<strong>do</strong>s com o cui<strong>da</strong><strong>do</strong> pessoal, com a higiene e a alimentação.<br />
A solidão é um <strong>do</strong>s maiores inimigos <strong>do</strong> homem e pode ser a causa de muitas <strong>do</strong>enças e<br />
distúrbios psíquicos. Sentir-se só fragiliza, deprime e entristece. O maior problema não é tanto<br />
o viver só, nem o estar só mas sim o sentir-se só (Geis, 2003).<br />
Segun<strong>do</strong> Cagigal cita<strong>do</strong> por Geis, (2003: 30) o “homem é um ser social, pois é feito para a<br />
relação com outros homens. Dois antropólogos tão distintos como M.Mead e Lévi-Strauss<br />
concor<strong>da</strong>m em certas grandes constantes humanas nas relações entre as pessoas: a<br />
necessi<strong>da</strong>de de companhia, <strong>da</strong> compaixão, a capaci<strong>da</strong>de de compreensão, a importância de<br />
tolerar, a necessi<strong>da</strong>de e o desejo de comunicar, constituição <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> comunitária […]”.<br />
Nas culturas pré modernas acreditava-se que a velhice trazia sabe<strong>do</strong>ria e conhecimento, o que<br />
não acontece nos dias de hoje, em que “o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> envelhecimento passou de uma<br />
concepção gerontocrática <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> para uma juvenilização, numa transição de <strong>do</strong>mínio e<br />
poder <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos para uma hipervalorização <strong>do</strong>s estilos juvenis que acarreta o risco de<br />
desvalorizar o papel <strong>da</strong>s gerações mais velhas na socie<strong>da</strong>de actual” (Osório 2007: 8).<br />
Marta Capelo 8
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
O saber <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos passou a ser visto pelos jovens como algo desactualiza<strong>do</strong>, Young e Tom<br />
Schuller (1991) defendem que a i<strong>da</strong>de se tornou um “mecanismo operativo” para confinar as<br />
pessoas a “papéis fixos e estereotipa<strong>do</strong>s” (Giddens, 2007).<br />
Um número eleva<strong>do</strong> de i<strong>do</strong>sos começa agora a explorar novas activi<strong>da</strong>des e novos mo<strong>do</strong>s de<br />
realização pessoal. Nas socie<strong>da</strong>des modernas os jovens e os i<strong>do</strong>sos são classifica<strong>do</strong>s de acor<strong>do</strong><br />
com a i<strong>da</strong>de e não segun<strong>do</strong> as suas características, iniciativas e identi<strong>da</strong>des.<br />
Segun<strong>do</strong> os mesmos autores os i<strong>do</strong>sos e os jovens deveriam unir-se de forma a libertar-se<br />
dessas categorias e a criar uma “socie<strong>da</strong>de sem i<strong>da</strong>des”, aju<strong>da</strong>n<strong>do</strong> a afastar a socie<strong>da</strong>de<br />
moderna <strong>do</strong> consumismo.<br />
A socie<strong>da</strong>de ensina o ser humano a ser “produtivo” e não o ensina a preparar-se para quan<strong>do</strong><br />
essa etapa de produtivi<strong>da</strong>de termina (Llano, 2006). As pessoas são obriga<strong>da</strong>s a a<strong>da</strong>ptarem-se a<br />
esta nova situação social que deveria ser de gozo e descanso <strong>da</strong>s etapas anteriores.<br />
Daí a importância de encontrar activi<strong>da</strong>des que levem os i<strong>do</strong>sos a sair <strong>do</strong> seu isolamento e os<br />
obriguem a contactar com o mun<strong>do</strong> exterior, relacionan<strong>do</strong>-se com as outras pessoas e<br />
encontran<strong>do</strong> o seu novo papel na socie<strong>da</strong>de.<br />
1.5 Dimensão Psico-Afectiva<br />
A teoria psicológica <strong>do</strong> “ciclo vital” defende a ideia que ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> existe um equilíbrio<br />
entre o crescimento (ganhos) e o declínio (per<strong>da</strong>s). Durante a velhice o declínio ocorre em<br />
maior proporção <strong>do</strong> que o crescimento, mas ambos ocorrem ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> (Osório, 2007).<br />
Um aspecto funcional <strong>da</strong> psicologia <strong>do</strong> envelhecimento está relaciona<strong>do</strong> com os estereótipos<br />
ou imagens erra<strong>da</strong>s, uma vez que o processo de envelhecimento é avalia<strong>do</strong> pelos seus efeitos<br />
negativos (improdutivi<strong>da</strong>de, per<strong>da</strong> de interesse na vi<strong>da</strong>, incapaci<strong>da</strong>de de a<strong>da</strong>ptação a novas<br />
situações, etc.) sem fazer distinção entre os conceitos de envelhecimento e velhice.<br />
Estes <strong>do</strong>is conceitos têm diferente significa<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com o Observatório de I<strong>do</strong>sos cita<strong>do</strong><br />
por Osório (2007). O conceito velhice aparece como um “esta<strong>do</strong> definitivo”, caracteriza<strong>do</strong><br />
pela ausência de futuro e de capaci<strong>da</strong>de de transformação rumo ao bem-estar, ou seja, a<br />
velhice é vista como etapa de “decadência, penúria económica, frustração, etc.”. O processo<br />
de envelhecimento constitui uma dimensão positiva que permite um desenvolvimento no<br />
âmbito <strong>do</strong> qual é possível e conveniente realizar activi<strong>da</strong>des.<br />
Marta Capelo 9
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
1.6 O Envelhecimento e o Tempo Livre<br />
A maior parte <strong>do</strong> tempo vivi<strong>do</strong> pelos i<strong>do</strong>sos no dia-a-dia é livre. O termo tempo livre pode ser<br />
designa<strong>do</strong> por “um conjunto dinâmico e complexo de ocupações, voluntariamente usa<strong>do</strong> para<br />
relaxar e divertir-se ou, ain<strong>da</strong>, para desenvolver a participação social, os gostos, os<br />
conhecimentos ou aptidões depois de ver-se liberta<strong>do</strong> <strong>da</strong>s obrigações profissionais, familiares,<br />
sociais e culturais” (Geis, 2003:33)<br />
Tabela 1- Tempo livre de diferentes grupos sociais<br />
Fonte: A<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> de Pilar Geis, 2003:33<br />
Crianças Jovens Adultos I<strong>do</strong>sos<br />
Tempo de Trabalho Horário escolar Universi<strong>da</strong>de Trabalho<br />
Tempo de não trabalho Locomoção Locomoção Locomoção<br />
Tempo livre<br />
(Lazer)<br />
Jogos<br />
Desportos<br />
Activi<strong>da</strong>des de lazer<br />
Viagens<br />
Jogos<br />
Desportos<br />
Teatro<br />
Concertos<br />
Compras<br />
Casa<br />
Jogos<br />
Desportos<br />
Teatro<br />
Activi<strong>da</strong>des culturais<br />
Viagens<br />
Marta Capelo 10<br />
Locomoção<br />
Compras<br />
Na tabela 1 podemos observar como quatro categorias etárias bem distintos ocupam o seu<br />
tempo ao logo <strong>do</strong> dia. O tempo de trabalho é to<strong>do</strong> o espaço de tempo ocupa<strong>do</strong> pelas<br />
obrigações. Ele tem um grande valor social já que é considera<strong>do</strong> como o mais importante e,<br />
de facto, é o que ocupa a maior parte <strong>do</strong> dia e ao qual são dedica<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os esforços. Na<br />
infância, as crianças passam a maior parte <strong>do</strong> dia no colégio, onde recebem alguns<br />
ensinamentos e adquirem alguns hábitos de conduta. O mesmo ocorre com os a<strong>do</strong>lescentes e<br />
os jovens que vão para a universi<strong>da</strong>de. O seu tempo de trabalho é dedica<strong>do</strong> à respectiva<br />
formação.<br />
A socie<strong>da</strong>de educa-nos de forma a preencher esse tempo de trabalho e não tem em conta os<br />
hábitos, as activi<strong>da</strong>des e a formação pessoal que é adquiri<strong>da</strong> durante o tempo de não trabalho<br />
ou lazer. A forma de preenchê-lo será um complemento ao tempo de trabalho, pois as<br />
activi<strong>da</strong>des que são realiza<strong>da</strong>s durante esse tempo são tão importantes e formativas quanto as<br />
que o são durante o tempo de trabalho.<br />
Muitas são as vezes em que os termos tempo livre, lazer e ócio são vistos como sinónimos, o<br />
que não é correcto, pese embora os mesmos estejam entre si relaciona<strong>do</strong>s.<br />
Casa
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Tanto o lazer como o ócio necessitam de tempo livre. A diferença está, segun<strong>do</strong> Rodrigues<br />
(2002), no contexto de liber<strong>da</strong>de.<br />
Ora, o termo lazer engloba activi<strong>da</strong>des que dedicamos a nós próprios, depois de cumprirmos<br />
as obrigações de trabalho (ou seja, nos momentos de lazer podemo-nos divertir, descansar,<br />
estu<strong>da</strong>r ou até mesmo trabalhar). O significa<strong>do</strong> de lazer inclui portanto as seguintes ideias:<br />
“aproveitar o tempo livre, esta<strong>do</strong> de permissão, de disponibili<strong>da</strong>de e de liber<strong>da</strong>de”.<br />
Já o termo ócio surge como a diminuição <strong>do</strong> horário de trabalho, quan<strong>do</strong> um tempo vazio<br />
surge na vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s indivíduos. Porém este tempo não pode ser apeli<strong>da</strong><strong>do</strong> de tempo livre, sen<strong>do</strong><br />
apenas um espaço temporal disponível. O ócio refere-se à não obrigação ou não trabalho,<br />
significan<strong>do</strong> “o que está permiti<strong>do</strong>” (latim- licere), (Coelho, s.d).<br />
Na terceira i<strong>da</strong>de tu<strong>do</strong> se transforma em tempo de não trabalho e em tempo livre, acarretan<strong>do</strong><br />
várias consequências para o i<strong>do</strong>so, entre as quais se destacam as seguintes: terminus <strong>da</strong> fonte<br />
de relação com um grupo social, existência de situações e de sensações de solidão, fácil<br />
ocorrência de situações depressivas, rejeição <strong>da</strong> nova situação, etc.<br />
É importante, então, que o tempo de ócio seja distribuí<strong>do</strong> de tal forma que permita o<br />
preenchimento <strong>do</strong> espaço vazio, através <strong>da</strong> realização de activi<strong>da</strong>des gratificantes.<br />
Deve-se, desta forma, aprender a valorizar o tempo livre e a aproveitá-lo. Começan<strong>do</strong>-se,<br />
desde logo na infância, onde se devem criar alguns hábitos para a realização de activi<strong>da</strong>des<br />
gratificantes e compensatórias que ocupem o tempo livre.<br />
Entre as barreiras que impossibilitam a concretização <strong>do</strong> ideal <strong>do</strong> lazer podemos citar: os<br />
estereótipos, o tempo disponível, o acesso a espaços de lazer e o factor económico. Para Malo<br />
cita<strong>do</strong> por Geis, (2003) “as activi<strong>da</strong>des de tempo livre estão muito condiciona<strong>da</strong>s à<br />
capaci<strong>da</strong>de económica, à classe social à qual se pertence, à cultura e à educação que se possui,<br />
aos hábitos e à saúde”.<br />
A Carta Internacional <strong>da</strong> Educação para o Lazer <strong>da</strong> Wold Leisure e Recreaction Association<br />
(1993) iguala o lazer a outros direitos humanos como a educação, o trabalho e a saúde. No seu<br />
artigo 2.4 consagra-se que “o lazer é um direito humano fun<strong>da</strong>mental, tal como a educação, o<br />
trabalho e a saúde, e ninguém devia ser priva<strong>do</strong> desse direito por questões de género,<br />
orientação sexual, i<strong>da</strong>de, raça, religião, esta<strong>do</strong> de saúde, incapaci<strong>da</strong>de ou situação<br />
económica”.<br />
Marta Capelo 11
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Para Osório (2007)., a melhor maneira de encarar a terceira i<strong>da</strong>de <strong>do</strong> ponto de vista <strong>da</strong><br />
educação é através <strong>do</strong>s tempos livres. A planificação de acções educativas orienta<strong>da</strong>s para o<br />
lazer e destina<strong>da</strong>s a este grupo etário, tornam o tempo livre mais satisfatório. A pe<strong>da</strong>gogia <strong>do</strong><br />
lazer deverá estabelecer linhas de investigação que combinem os desejos, interesses e<br />
aspirações desta população.<br />
Marta Capelo 12
Relatório de Estágio<br />
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Marta Capelo 13
Relatório de Estágio<br />
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Capitulo 2- Breve abor<strong>da</strong>gem conceptual <strong>da</strong> Animação<br />
Sociocultural<br />
Como vimos no capítulo anterior, o envelhecimento <strong>da</strong> população tende a aumentar, bem<br />
como o tempo livre à disposição <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so nesta fase <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong>. Segun<strong>do</strong> vários autores,<br />
através de programas e projectos relaciona<strong>do</strong>s com a Animação na terceira i<strong>da</strong>de, os i<strong>do</strong>sos<br />
podem alcançar bem-estar e satisfação (Osório, 2007).<br />
Tal como aflora<strong>do</strong> anteriormente, a cessação <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de profissional, a ausência de<br />
familiares e a per<strong>da</strong> ou diminuição <strong>da</strong>s relações sociais, conduzem as pessoas i<strong>do</strong>sas ao<br />
isolamento social, alimentam sentimentos de solidão, pessimismo, tédio, passivi<strong>da</strong>de e<br />
frustração, induzi<strong>do</strong>s pelo “não fazer na<strong>da</strong>”, pelo “não se sentirem úteis”, provocan<strong>do</strong> a<br />
exclusão social.<br />
O i<strong>do</strong>so pode optar por participar em activi<strong>da</strong>des direcciona<strong>da</strong>s para ele e, dessa forma,<br />
tornar-se agente <strong>do</strong> seu próprio desenvolvimento, dialogan<strong>do</strong> com a socie<strong>da</strong>de e interagin<strong>do</strong><br />
com as outras gerações. A Animação na terceira i<strong>da</strong>de tem uma função cultural, psicossocial,<br />
socioeducativa, entre outras, proporcionan<strong>do</strong> uma velhice mais digna e valorativa <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so,<br />
poden<strong>do</strong> contribuir para a prevenção de <strong>do</strong>enças, maior mobili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, sensação de<br />
bem-estar físico e psicológico (Correia, 2007).<br />
Antes de abor<strong>da</strong>rmos mais directamente este âmbito <strong>da</strong> Animação, iremos compreender<br />
melhor a definição <strong>do</strong> termo Animação Sociocultural e to<strong>do</strong>s os seus âmbitos.<br />
2.1 Definição de Animação Sociocultural<br />
De acor<strong>do</strong> com a UNESCO (1977), o termo Animação Sociocultural é defini<strong>do</strong> “como o<br />
conjunto de práticas sociais que têm como finali<strong>da</strong>de estimular a iniciativa, bem como a<br />
participação <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des no processo <strong>do</strong> seu próprio desenvolvimento e na dinâmica<br />
global <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> sócio-política em que estão integra<strong>do</strong>s”.<br />
Não é possível identificar com precisão a origem <strong>da</strong> Animação em Portugal. Sabe-se que<br />
começou “a soprar de França através <strong>do</strong>s ventos de mu<strong>da</strong>nça <strong>do</strong> mítico Maio de 68 procura a<br />
assunção de ci<strong>da</strong>dãos com ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia plena conferi<strong>da</strong> de uma democracia participativa e não<br />
ritualiza<strong>da</strong> e calen<strong>da</strong>riza<strong>da</strong>, de uma educação que ultrapassa o senti<strong>do</strong> formal e se estende à<br />
Marta Capelo 14
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
comuni<strong>da</strong>de, de uma cultura liga<strong>da</strong> ao compromisso que o homem tem com o outro<br />
homem”(Lopes, 2007: 3).<br />
Através <strong>da</strong> Animação Sociocultural procura-se gerar processos de participação, crian<strong>do</strong><br />
espaços para a comunicação de grupos e pessoas, ten<strong>do</strong> em vista o desenvolvimento social e<br />
cultural.<br />
Limón e Crespo (2002: 50) definem Animação Sociocultural como “elemento técnico que<br />
permite ayu<strong>da</strong>r a los individuos a tomar conciencia de sus problemas y de sus necesi<strong>da</strong>des y a<br />
entrar en comunicación a fin de resolver colectivamente esos problemas. La animación se<br />
implica en to<strong>do</strong>s los <strong>do</strong>minios de la activi<strong>da</strong>d humana, en to<strong>do</strong>s los problemas de la vi<strong>da</strong> en<br />
grupo, de la vi<strong>da</strong> de barrio, de la vi<strong>da</strong> urbana o rural”<br />
Segun<strong>do</strong> Lopes (2007) a Animação Sociocultural em Portugal estende-se, até aos dias de hoje,<br />
em seis fases: a primeira fase (de 1974 a 1976) caracteriza-se por ser a “fase revolucionária <strong>da</strong><br />
Animação Sociocultural”. Nesta fase, a Animação Sociocultural é vista como méto<strong>do</strong> eficaz<br />
para a intervenção na comuni<strong>da</strong>de. A segun<strong>da</strong> fase (de 1977 a 1980) é a “fase<br />
Constitucionalista <strong>da</strong> Animação”, onde to<strong>da</strong> a sua acção foi determina<strong>da</strong> por instituições que,<br />
a partir de uma lógica concentraccionista, assumiriam a centrali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> mesma. A terceira<br />
fase, designa<strong>da</strong> por “patrimonalista” (de 1981 a 1985), ficou caracteriza<strong>da</strong> por uma<br />
investigação centra<strong>da</strong> na preservação e recuperação <strong>do</strong> património cultural. Entre 1986 e 1990<br />
deu-se a passagem <strong>da</strong> Animação Sociocultural <strong>da</strong> esfera <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> poder central para o<br />
<strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> poder local. Na penúltima fase -“fase Multicultural e Intercultural”- projectou-se<br />
uma intervenção de valorização <strong>da</strong> acção educa<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> multiculturalismo (de 1991 a 1995).<br />
Em 1996 inicia-se a sexta e última fase, a qual se prolonga até aos dias de hoje. Esta<br />
caracteriza-se como a “fase <strong>da</strong> Globalização”, em que a Animação Sociocultural torna o ser<br />
humano protagonista e promotor <strong>da</strong> sua própria autonomia.<br />
Existem diversas formas de definir animação, desde o conceito de animação como “acção,<br />
intervenção ou actuação” (no qual importa o que o agente faz); ao conceito de animação<br />
sociocultural como “activi<strong>da</strong>de ou prática social” (onde o mais relevante é o que o agente<br />
promove, conjuntamente com o público-alvo). Há quem defina animação sociocultural como<br />
sen<strong>do</strong> um “méto<strong>do</strong> ou maneira de proceder” ou “uma técnica”, um “meio ou instrumento”;<br />
como “processo” (a animação como “programa, projecto”); como “função social” (deven<strong>do</strong><br />
estar presente em to<strong>da</strong>s as comuni<strong>da</strong>des); e, por último, a animação como “factor” (Trilla, sd).<br />
Marta Capelo 15
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
2.2 Âmbitos <strong>da</strong> Animação Sociocultural<br />
Ao falármos <strong>do</strong>s âmbitos de Animação, não podemos esquecer a perspectiva tridimensional<br />
relativa às estratégias de intervenção: “dimensão etária” (infantil, juvenil, de adultos e terceira<br />
i<strong>da</strong>de); “espaço de investigação” (Animação urbana, Animação rural); “plurali<strong>da</strong>de de<br />
âmbitos liga<strong>do</strong>s a sectores de áreas temática” (a educação, o teatro, os tempos livres, o<br />
turismo, etc.).<br />
Para designar as suas múltiplas funções e formas exactas de actuação to<strong>do</strong>s estes âmbitos<br />
envolvem um amplo conjunto de termos, entre eles situam-se por exemplo: a Animação<br />
Socioeducativa, a Animação Rural, a Animação <strong>da</strong> Terceira I<strong>da</strong>de, a Animação em Prisões,<br />
entre outros.<br />
É através destes diferentes âmbitos que a animação, partin<strong>do</strong> de diagnósticos previamente<br />
elabora<strong>do</strong>s, realiza programas que respon<strong>da</strong>m às necessi<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s indivíduos/ grupos (Lopes,<br />
2007).<br />
2.3 Animação de I<strong>do</strong>sos<br />
A Animação Sociocultural no âmbito <strong>da</strong> terceira i<strong>da</strong>de “surge em resposta a uma ausência ou<br />
diminuição <strong>da</strong> sua activi<strong>da</strong>de e <strong>da</strong>s relações sociais. Para preencher esse vazio, a Animação<br />
Sociocultural trata de favorecer a emergência de uma vi<strong>da</strong> centra<strong>da</strong> à volta <strong>do</strong> indivíduo ou <strong>do</strong><br />
grupo, a Animação Sociocultural concebe a ideia de progresso <strong>da</strong>s pessoas i<strong>do</strong>sas através <strong>da</strong><br />
sua integração e participação voluntária em tarefas colectivas nas quais a cultura joga um<br />
papel estimulante” (Lopes, 2007:4).<br />
No caso particular <strong>da</strong> terceira i<strong>da</strong>de, a Animação Sociocultural é um processo de intervenção<br />
que parte de uma reali<strong>da</strong>de concreta na tentativa de a modificar e/ou melhorar a to<strong>do</strong>s os<br />
níveis. A animação pode ser vista como um estilo de trabalho, uma pe<strong>da</strong>gogia activa para<br />
promover a participação <strong>do</strong>s indivíduos (Limón e Crespo, 2002).<br />
A intervenção na terceira i<strong>da</strong>de para ser bem implementa<strong>da</strong> deve actuar em duas dimensões: a<br />
dimensão “geral e circunscrita na política social” (protecção social, resolução <strong>da</strong>s<br />
necessi<strong>da</strong>des sociais); e a diminuição “específica na intervenção sócio educativa” (neste<br />
campo situam-se programas e activi<strong>da</strong>des dirigi<strong>da</strong>s à terceira i<strong>da</strong>de, numa perspectiva de<br />
educação permanente, de forma a adequar o i<strong>do</strong>so a contextos sociais e culturais) Para que a<br />
intervenção nestes <strong>do</strong>is campos seja completa, têm de se ter em consideração to<strong>do</strong>s os factores<br />
que determinam o envelhecimento (esquema 1)<br />
Marta Capelo 16
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Socie<strong>da</strong>de:<br />
novas politicas<br />
sociais; visão<br />
sobre o i<strong>do</strong>so;<br />
avanço <strong>da</strong><br />
medicina;<br />
melhoria <strong>da</strong>s<br />
condições de<br />
vi<strong>da</strong>.<br />
Esquema 1 – Factores influentes no tipo de envelhecimento no i<strong>do</strong>so<br />
Fonte: basea<strong>do</strong> no esquema de Paula Correia, 2007:14<br />
I<strong>do</strong>so: sexo,<br />
hereditarie<strong>da</strong>de<br />
, saúde, esta<strong>do</strong><br />
civil e profissão,<br />
história de vi<strong>da</strong>,<br />
nivel de<br />
escolarie<strong>da</strong>de,<br />
contextos,<br />
residência,<br />
poder<br />
económico,<br />
nivel social e<br />
cultural.<br />
Família: novos<br />
papéis sociais<br />
e<br />
profissionais,<br />
falta de tempo<br />
e condições.<br />
Ca<strong>da</strong> um destes factores pode ser avalia<strong>do</strong> de forma diferente, pois os efeitos variam de i<strong>do</strong>so<br />
para i<strong>do</strong>so. Ou seja, as relações diferem consoante o i<strong>do</strong>so, <strong>da</strong>í a necessi<strong>da</strong>de de responder<br />
eficazmente às suas necessi<strong>da</strong>des, desejos e expectativas. Os programas de animação devem<br />
ser a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong>s às situações de ca<strong>da</strong> indivíduo ou grupo (Correia, 2007).<br />
As várias finali<strong>da</strong>des <strong>da</strong> Animação <strong>da</strong> terceira i<strong>da</strong>de podem ter cabimento em múltiplos<br />
programas institucionais, tais como: promoção <strong>do</strong> bem-estar pessoal, grupal e comunitário<br />
<strong>do</strong>s indivíduos; tentar melhorar a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> e saúde integral (física, mental e social);<br />
fazer com que o processo de envelhecimento seja “normal” sem traumas, <strong>do</strong>res, etc;<br />
proporcionar o desenvolvimento <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des, habili<strong>da</strong>des e destrezas <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos;<br />
promover a realização pessoal <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos; motivar os i<strong>do</strong>sos de forma a torná-los mais<br />
activos, participantes, críticos, criativos, solidários e úteis na socie<strong>da</strong>de; estimular a educação<br />
e formação permanentes; desenvolver atitudes críticas perante a vi<strong>da</strong>, mediante a animação de<br />
grupos de reflexão e debate (Limón e Crespo, 2002 e Garcia, 1992).<br />
Em jeito de conclusão, podemos dizer que a Animação Sociocultural na terceira i<strong>da</strong>de se<br />
baseia numa Gerontologia Educativa, com o fim de auxiliar as pessoas i<strong>do</strong>sas a programar a<br />
evolução natural <strong>do</strong> seu envelhecimento e a promover novas activi<strong>da</strong>des, que conduzam à<br />
manutenção <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de física e mental.<br />
Família e<br />
amigos: redes<br />
de apoio<br />
social, tipo de<br />
relações .<br />
Instituições:<br />
quali<strong>da</strong>de , nivel<br />
de oferta, visão <strong>da</strong><br />
institucionalização<br />
Marta Capelo 17<br />
Tendências<br />
demográficas:<br />
esperança de<br />
vi<strong>da</strong> cresce; a<br />
natali<strong>da</strong>de<br />
diminui.
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Marta Capelo 18
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Capítulo 3 - Breve Caracterização <strong>da</strong> Instituição Orienta<strong>do</strong>ra <strong>do</strong><br />
Estágio<br />
Como forma de contextualização <strong>do</strong> meio institucional onde realizei o meu estágio, o<br />
presente capítulo inicia-se com uma breve referência histórica à evolução <strong>da</strong>s instituições<br />
sociais para i<strong>do</strong>sos.<br />
Feita tal referência, irei falar, em particular, na Instituição que escolhi para realizar o<br />
meu estágio curricular, ou seja, o CSCRL.<br />
3.1 Respostas sociais para I<strong>do</strong>sos<br />
Devi<strong>do</strong> ao envelhecimento progressivo <strong>da</strong> população, tem havi<strong>do</strong> uma constante e<br />
progressiva preocupação em criar, ao longo <strong>do</strong>s últimos séculos, respostas sociais para<br />
i<strong>do</strong>sos.<br />
Daí o surgimento de <strong>do</strong>is tipos de respostas sociais institucionaliza<strong>da</strong>s e diferencia<strong>da</strong>s<br />
nos serviços presta<strong>do</strong>s: o Serviço ao <strong>do</strong>micílio (alimentação, higiene, saúde, tratamento<br />
de roupa e outros) e as Instituições (Lares, Hospitais, Residências, Centros de Dia,<br />
Centros de Convívio e Universi<strong>da</strong>des Séniores).<br />
No século XV surgiram os primeiros equipamentos destina<strong>do</strong>s a apoiar a terceira i<strong>da</strong>de,<br />
designa<strong>do</strong>s por “asilos ou albergues”. É a partir desta <strong>da</strong>ta que a velhice começa a ser<br />
encara<strong>da</strong> de forma diferente, ou seja, como “<strong>do</strong>ença social”, em que o i<strong>do</strong>so deixa de ser<br />
conheci<strong>do</strong> pela sua experiência e passa a ser visto como fraco, inútil e improdutivo. Isto<br />
deveu-se ao facto de as socie<strong>da</strong>des ocidentais sobrevalorizarem a produtivi<strong>da</strong>de e o<br />
desenvolvimento (Correia, 2007: 4).<br />
Volvi<strong>do</strong>s cinco séculos, a socie<strong>da</strong>de e o Esta<strong>do</strong> acharam por bem melhorar os<br />
equipamentos cria<strong>do</strong>s, ten<strong>do</strong> surgi<strong>do</strong> os Lares de I<strong>do</strong>sos. Nos finais <strong>do</strong> século XX<br />
aparecem as primeiras valências de Centros de Dias e Centros de Convívio. Os Centros<br />
de Dia diferenciam-se <strong>do</strong>s Lares, na medi<strong>da</strong> em que são equipamentos mais “abertos”,<br />
sen<strong>do</strong> um misto de <strong>do</strong>micílio e internamento. Por sua vez, os Centros de Convívio estão<br />
mais vocaciona<strong>do</strong>s para a Animação de i<strong>do</strong>sos. A partir de 1976, começaram a surgir<br />
serviços de Apoio ao Domicilio, onde se procura levar os serviços existentes no Centro<br />
Marta Capelo 19
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
de Dia à casa <strong>do</strong> utente. Nos finais <strong>do</strong>s anos 90, o Sistema de Apoio ao Domicilio (SAD)<br />
começa a albergar o <strong>do</strong>mínio <strong>da</strong> saúde. Nos finais destes anos apareceram os Centros de<br />
Noite, as Universi<strong>da</strong>des, etc. (Jacob, 2008).<br />
De acor<strong>do</strong> com a Carta Social, 2004, “a grande maioria (82 por centro em 2000) <strong>da</strong>s<br />
respostas sociais para i<strong>do</strong>sos é executa<strong>da</strong> pelas IPSS, associações priva<strong>da</strong>s sem fins<br />
lucrativos. Sen<strong>do</strong> os restantes 18 por centro dividi<strong>do</strong>s entre o Esta<strong>do</strong> e os priva<strong>do</strong>s<br />
lucrativos” (Jacob, 2008: 16).<br />
Tabela 2- Número de valências de i<strong>do</strong>sos nas IPSS em 2000, em uni<strong>da</strong>des e %<br />
Fonte: DEPP (Luis Jacob, 2008: 18)<br />
Valência Número %<br />
Centro de Dia 1278 34<br />
SAD 1230 33<br />
Lar 769 20<br />
Centro de Convívio 384 9-10<br />
Total 3661 96-97<br />
Através <strong>da</strong> observação <strong>da</strong> tabela número <strong>do</strong>is podemos concluir que no ano 2000 a<br />
valência com maior representativi<strong>da</strong>de era a <strong>do</strong> Centro de Dia. Nesta tabela não estão<br />
representa<strong>da</strong>s apenas duas valências: o acolhimento familiar a i<strong>do</strong>sos (3%) e residências<br />
(1%).<br />
3.2 Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal<br />
Segun<strong>do</strong> os seus estatutos, o CSCRL é uma Instituição Particular de Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de Social,<br />
ten<strong>do</strong> por objectivos a promoção cultural, artística e desportiva de to<strong>da</strong> a população <strong>da</strong><br />
freguesia <strong>do</strong> Lamegal. O CSCRL foi cria<strong>do</strong> em Junho de 1981 (e a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> a IPSS em 1993),<br />
a sua sede situa-se na locali<strong>da</strong>de de Lamegal, freguesia <strong>do</strong> concelho de Pinhel, distrito <strong>da</strong><br />
Guar<strong>da</strong>.<br />
3.2.1 Enquadramento geográfico <strong>da</strong> aldeia de Lamegal<br />
Lamegal é uma aldeia situa<strong>da</strong> no interior <strong>do</strong> país, localiza<strong>da</strong> no concelho de Pinhel,<br />
distrito <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong>.<br />
Marta Capelo 20
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
A freguesia de Lamegal estende-se por uma área total de 2.169 hectares e localiza-se a cerca<br />
de 15 Km <strong>da</strong> sede de Concelho.<br />
Administrativamente, formam esta freguesia além <strong>da</strong> sede, as anexas/lugares: Freixinho,<br />
Penhaforte e Salgueiral.<br />
Figura 1 - Concelho de Pinhel<br />
Fonte: http://agen<strong>da</strong>.pt/UserFiles/mapa3138.jpg<br />
O topónimo pode ter fica<strong>do</strong> a dever-se à existência de lama, que deu origem à designação de<br />
Lamaçal, o que confirma a circunstância de a antiga vila se encontrar edifica<strong>da</strong> em terreno<br />
plano.<br />
Em tempos foi vila e sede de um concelho extinto há já muito tempo, <strong>do</strong> qual permanece o<br />
simbólico pelourinho. Não teve qualquer foral embora representasse uma pequena uni<strong>da</strong>de<br />
concelhia que prevaleceu até às primeiras reformas liberais <strong>do</strong> século passa<strong>do</strong>.<br />
Há vestígios de a freguesia ter si<strong>do</strong> povoa<strong>da</strong> por coevos e romanos. (www.lamegal.com).<br />
3.2.2 Valências, objectivos e destinatários <strong>do</strong> CSCRL<br />
As duas valências existentes no CSCRL são: o Centro de Dia de Lamegal (CDL) e o Apoio ao<br />
Domicilio de Lamegal (ADL).<br />
Marta Capelo 21
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Quanto aos serviços ofereci<strong>do</strong>s por ambas as valências destacam-se a lavagem de roupa e<br />
higiene pessoal.<br />
Os serviços diferem quan<strong>do</strong> se fala <strong>da</strong> confecção de refeições, enquanto que o CDL oferece<br />
três refeições: pequeno-almoço, almoço e jantar; o ADL efectua o transporte ao <strong>do</strong>micílio de<br />
apenas duas refeições: almoço e jantar.<br />
Um serviço <strong>do</strong> ADL é a higiene habitacional.<br />
Os objectivos de ambas as valências são: apoiar i<strong>do</strong>sos na situação de reforma<strong>do</strong>s ou com<br />
problemas sócio-familiares; desenvolver activi<strong>da</strong>des dinamiza<strong>do</strong>ras <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> social e cultural<br />
<strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de; fomentar a participação <strong>da</strong>s famílias em que os i<strong>do</strong>sos estão integra<strong>do</strong>s;<br />
interligar Gerações/I<strong>do</strong>sos/Jovens/Crianças; dinamizar Convívios Inter-Gerações; incentivar<br />
os menos Jovens e relembrar tradições já um pouco esqueci<strong>da</strong>s.<br />
Podem recorrer ao CSCRL, to<strong>da</strong>s as pessoas i<strong>do</strong>sas na situação de reforma<strong>do</strong>s ou com<br />
problemas sócio - familiares. A admissão é feita através de uma entrevista ao candi<strong>da</strong>to ou<br />
seu familiar a realizar pelo Presidente <strong>do</strong> CSCRL. A capaci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> mesmo é de 25 utentes.<br />
O CSCRL conta actualmente com 7 I<strong>do</strong>sos em ADL e 25 I<strong>do</strong>sos em CDL.<br />
3.2.3 Funcionários <strong>do</strong> Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal<br />
Nesta instituição trabalham, actualmente seis funcionárias: uma cozinheira, uma auxiliar de<br />
cozinha, duas aju<strong>da</strong>ntes de apoio ao <strong>do</strong>micílio, uma Directora Técnica e uma funcionária<br />
beneficiária <strong>do</strong> programa POC, ou seja, Programa Ocupacional financia<strong>do</strong> pelo IEFP.<br />
As referi<strong>da</strong>s funcionárias têm como deveres, além <strong>do</strong> acolhimento <strong>do</strong>s utentes, apoiá-los na<br />
realização <strong>da</strong>s diferentes tarefas consoante as suas necessi<strong>da</strong>des; cumprir o horário<br />
estabeleci<strong>do</strong>; zelar pela conservação <strong>do</strong>s equipamentos; tratar o i<strong>do</strong>so com carinho e respeito;<br />
respeitar dietas <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong>entes; estabelecer um bom relacionamento de trabalho entre si e<br />
de convívio com os demais utentes; acatar as ordens <strong>da</strong> direcção e executar quaisquer outras<br />
tarefas adequa<strong>da</strong>s à respectiva função que lhes sejam atribuí<strong>da</strong>s superiormente.<br />
Alguns <strong>do</strong>s deveres acima elenca<strong>do</strong>s foram os que nortearam a realização <strong>do</strong> meu estágio,<br />
pois trata-se de deveres que devem pautar o trabalho desenvolvi<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s os profissionais<br />
que trabalham com i<strong>do</strong>sos.<br />
Marta Capelo 22
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
3.2.4 Organização interna<br />
A Direcção <strong>do</strong> CSCRL é constituí<strong>da</strong> por três elementos, a saber: o Presidente, o Secretário e o<br />
Tesoureiro.<br />
No quotidiano <strong>do</strong> Centro de Dia a tarefa mais árdua é desempenha<strong>da</strong> pela Directora Técnica,<br />
pessoa responsável por garantir o bom funcionamento <strong>da</strong> Instituição (fazen<strong>do</strong> a gestão <strong>do</strong>s<br />
recursos existentes e aquisição <strong>do</strong>s bens necessários) e que sempre revelou uma especial<br />
preocupação e aproximação com os utentes.<br />
É claro que uma instituição destas só pode funcionar graças ao papel contributivo de to<strong>da</strong>s as<br />
funcionárias que labutam no dia-a-dia para que os utentes se sintam em “sua casa”.<br />
Figura 2- Organograma <strong>do</strong> Centro Social Cultural e Recreativo de Lamegal<br />
Direcção<br />
Presidente Secretário<br />
Directora Técnica<br />
Cozinheira<br />
Auxiliar de<br />
cozinha<br />
duas aju<strong>da</strong>ntes<br />
de cozinha<br />
POC<br />
Tesoureiro<br />
Marta Capelo 23
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
3.2.5 Instalações e Activi<strong>da</strong>des existentes na Instituição<br />
No CSCRL existem os seguintes divisões: um hall de entra<strong>da</strong>, uma cozinha, uma sala de<br />
convívio, um refeitório, instalações sanitárias, uma despensa, uma sala de higiene e uma<br />
lavan<strong>da</strong>ria (Anexo I).<br />
As activi<strong>da</strong>des de ocupação <strong>do</strong>s tempos livres desenvolvi<strong>da</strong>s nesta Instituição anteriores à<br />
minha chega<strong>da</strong>, eram as seguintes: o desporto sénior e manuali<strong>da</strong>des, ambas apoia<strong>da</strong>s pela<br />
Empresa Municipal Pinhel Falcão.<br />
Importa referir que à semelhança <strong>do</strong> que se passa noutras Instituições, por vezes os i<strong>do</strong>sos<br />
realizam activi<strong>da</strong>des semi-autónomas como jogos de cartas, <strong>do</strong>minó, <strong>da</strong>mas e lêem.<br />
Marta Capelo 24
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Marta Capelo 25
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Capítulo 4- O Estágio<br />
Neste capítulo preten<strong>do</strong> descrever o estágio. O estágio curricular é a última etapa na formação<br />
académica, na qual o aluno, depois de to<strong>do</strong>s os conhecimentos e aprendizagens reuni<strong>do</strong>s se<br />
confronta com a ver<strong>da</strong>deira reali<strong>da</strong>de institucional.<br />
4.1 O inicio <strong>do</strong> estágio<br />
No início <strong>do</strong> estágio, decidi conhecer os utentes <strong>do</strong> Centro de Dia e analisar as suas<br />
dificul<strong>da</strong>des, nível de dependência e interesses.<br />
A entrevista individual (Anexo II) foi a meto<strong>do</strong>logia que elegi para estabelecer o primeiro<br />
contacto com os i<strong>do</strong>sos. Tal meto<strong>do</strong>logia permitiu-me recolher os <strong>da</strong><strong>do</strong>s necessários para<br />
analisar com precisão as pretensões <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, bem como definir qual o horário mais<br />
conveniente para a realização <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des. Para além disso, possibilitou-me aprofun<strong>da</strong>r<br />
questões, recolher oralmente a informação e estabelecer uma maior interacção com os utentes.<br />
Na entrevista para definição <strong>do</strong> grau de dependência <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, recorri às Escalas de<br />
Activi<strong>da</strong>des Básica <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong> Diária - Escala de Lawton. Esta escala, referi<strong>da</strong> por Jacob (2008),<br />
tem como finali<strong>da</strong>de reunir os i<strong>do</strong>sos em três grupos concretos: dependentes, semi-autónomos<br />
e independentes.<br />
Após ter analisa<strong>do</strong> as entrevistas individuais realiza<strong>da</strong>s (Anexo III), pude concluir quais as<br />
activi<strong>da</strong>des mais adequa<strong>da</strong>s às necessi<strong>da</strong>des de ca<strong>da</strong> um.<br />
Foi então, que me deparei com as limitações que os utentes sofriam, pois a maioria deles<br />
padecia de restrições. Os que ain<strong>da</strong> tinham boa locomoção, por vezes detinham limitações<br />
noutros aspectos como por exemplo a nível cognitivo/mental ou limitações sensoriais a nível<br />
<strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s (má audição e/ou má visualização).<br />
Ten<strong>do</strong> em consideração os problemas/limitações sinaliza<strong>do</strong>s, procurei planear e realizar as<br />
activi<strong>da</strong>des mais aprecia<strong>da</strong>s pelos i<strong>do</strong>sos, sem nunca esquecer que as activi<strong>da</strong>des teriam de ser<br />
o menos dispendiosas possível, pois a Instituição possuía poucos recursos financeiros.<br />
Apesar <strong>da</strong> situação financeira não ser a melhor, contei com a aju<strong>da</strong> a to<strong>do</strong>s os níveis <strong>da</strong><br />
Instituição ao longo <strong>do</strong> meu estágio.<br />
Marta Capelo 26
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Após ter efectua<strong>do</strong> a análise <strong>da</strong>s entrevistas, procedi à realização de alguns jogos de<br />
apresentação (anexo VII, dias 15/07 e 16/07) a fim de criar os primeiros laços/empatia com os<br />
utentes. Tal tarefa ocupou praticamente a primeira semana de estágio.<br />
Na semana seguinte e em comum acor<strong>do</strong> com a Directora Técnica <strong>da</strong> Instituição, elaborei um<br />
Plano de Activi<strong>da</strong>des (Anexo IV). Neste plano constavam as seguintes activi<strong>da</strong>des: expressão<br />
físico- motora, expressão plástica, promotoras de desenvolvimento pessoal e social, lúdicas,<br />
cognitivas/mentais, de expressão e comunicação.<br />
Além <strong>do</strong> plano de activi<strong>da</strong>des, foi determina<strong>do</strong> que o primeiro dia <strong>da</strong> semana seria destina<strong>do</strong> à<br />
recolha/planificação <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des a realizar durante a semana que se avizinhava, bem como<br />
auxiliar/colaborar com os serviços administrativos.<br />
As minhas priori<strong>da</strong>des ao longo deste estágio passaram por várias fases: a contextualização<br />
(na qual procurei que os i<strong>do</strong>sos tomassem consciência <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des que fui<br />
realizan<strong>do</strong>); a participação (sempre que pude reforcei a ideia que os utentes tinham acerca <strong>do</strong><br />
direito de escolher/realizar as activi<strong>da</strong>des que mais apreciassem); a estimulação (visei<br />
proporcionar momentos nos quais os i<strong>do</strong>sos se sentissem “capazes de conseguir”, ou seja<br />
procurei fazer com que os i<strong>do</strong>sos não tivessem pensamentos negativos e comportamentos<br />
passivos); e a integração (de forma a tornar os i<strong>do</strong>sos protagonistas <strong>da</strong> defesa <strong>do</strong>s seus<br />
sentimentos, ou seja, fomentar o aban<strong>do</strong>no de sentimentos de marginalização social),<br />
(Serrano, 2008).<br />
4.2 Objectivos <strong>do</strong> estágio<br />
Ao chegar ao Centro de Dia, assisti a situações em que a participação <strong>do</strong> utente na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />
instituição era quase nula. Assim, tentei organizar/debater a troca de experiências vivencia<strong>da</strong>s<br />
para que eles tivessem a oportuni<strong>da</strong>de de expressar a sua opinião, o que lhes permitiu reforçar<br />
a auto-estima, aprender, aproveitar a vi<strong>da</strong> e aumentar as suas interacções sociais.<br />
Tracei como objectivos gerais a aplicação e o desenvolvimento <strong>do</strong>s conhecimentos técnicos,<br />
científicos e pe<strong>da</strong>gógicos adquiri<strong>do</strong>s durante a minha formação teórico-prática. Tu<strong>do</strong> isto no<br />
senti<strong>do</strong> de valorizar os i<strong>do</strong>sos, recorren<strong>do</strong> a vários tipos de activi<strong>da</strong>des.<br />
Os objectivos específicos deste estágio incidem sobre as necessi<strong>da</strong>des manifesta<strong>da</strong>s pelo<br />
grupo. Por várias vezes planifiquei realizar activi<strong>da</strong>des, as quais não pude executar, devi<strong>do</strong> ao<br />
facto de os utentes estarem mais entusiasma<strong>do</strong>s com outro tipo de activi<strong>da</strong>des. A forma que<br />
Marta Capelo 27
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
tinham de se expressar era dizen<strong>do</strong>: “podemos fazer isso mais tarde, apetecia-me tanto<br />
continuar o que começámos ontem”.<br />
Os objectivos que tentei alcançar foram:<br />
Estu<strong>da</strong>r a situação, necessi<strong>da</strong>des e solicitação <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos que frequentam o Centro de Dia;<br />
Conseguir a participação <strong>do</strong> maior número de i<strong>do</strong>sos nas activi<strong>da</strong>des;<br />
Estimular nos participantes a possibili<strong>da</strong>de de mu<strong>da</strong>nça e de melhoria <strong>da</strong>s suas relações<br />
interpessoais;<br />
Aumentar a sua auto-estima a partir de um processo de participação e criativi<strong>da</strong>de;<br />
Promover o desenvolvimento pessoal através <strong>da</strong> realização de várias activi<strong>da</strong>des;<br />
Fomentar a participação directa e indirecta <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos;<br />
Motivar os i<strong>do</strong>sos para adquirirem e actualizarem conhecimentos num quadro de educação<br />
permanente;<br />
Aju<strong>da</strong>r os i<strong>do</strong>sos a alcançar o bem-estar físico e mental,<br />
Manter uma forma de vi<strong>da</strong> mais autónoma e independente, superan<strong>do</strong> os problemas que<br />
pudessem surgir no seu quotidiano;<br />
Quebrar a rotina;<br />
Estimular a expressão verbal e não verbal;<br />
Estimular as funções cognitivas<br />
Disponibilizar experiências de lazer escolhi<strong>da</strong>s pelos próprios i<strong>do</strong>sos;<br />
Libertar emoções.<br />
Em suma, oferecer não só uma ocupação regular <strong>do</strong> tempo, mas também uma melhoria <strong>da</strong><br />
condição física e saúde, num ambiente lúdico e descontraí<strong>do</strong>, em contacto com outros i<strong>do</strong>sos.<br />
É necessário promover junto deste grupo etário a realização de activi<strong>da</strong>des que sejam<br />
gratificantes e motiva<strong>do</strong>ras, que ajudem os i<strong>do</strong>sos a superar em esta<strong>do</strong>s anímicos baixos,<br />
depressões, além de fazer com que se sintam úteis e activos. Por outro la<strong>do</strong> é importante que<br />
os mesmos sirvam de ponto de referência social, supon<strong>do</strong> um vínculo de união entre os<br />
participantes e o meio.<br />
Marta Capelo 28
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
4.3 Características <strong>do</strong> grupo de trabalho<br />
Antes de colocar em prática as activi<strong>da</strong>des, procurei, primeiramente, conhecer o grupo alvo<br />
<strong>da</strong>s mesmas, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> particular atenção às suas peculiari<strong>da</strong>des e características.<br />
Ao longo <strong>do</strong> estágio foram visíveis entre os i<strong>do</strong>sos sentimentos de inutili<strong>da</strong>de e pouca<br />
esperança no futuro. Perante tais atitudes, procurei demonstrar-lhes que podiam e podem ser<br />
muito úteis de varia<strong>da</strong>s formas.<br />
No que diz respeito ao público-alvo, entre as características mais relevantes que os i<strong>do</strong>sos<br />
apresentavam, encontravam-se as seguintes: a maioria <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos tem a i<strong>da</strong>de compreendi<strong>da</strong><br />
entre os 75 e os 84 anos (como se pode observar no gráfico 2);<br />
12<br />
10<br />
Gráfico 3 - I<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> CSCRL<br />
Quanto ao sexo, nesta instituição o masculino é o mais <strong>do</strong>minante possuin<strong>do</strong> mais seis<br />
elementos que o feminino (gráfico 4).<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
0<br />
I<strong>da</strong>des<br />
- de 65 de 65 a 74 de 75 a 84 + de 85<br />
Gráfico 4- Sexo <strong>do</strong>s utentes desta Instituição<br />
Sexo<br />
Feminino<br />
Marta Capelo 29<br />
I<strong>da</strong>des<br />
Masculino
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
A maior parte <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos possuíam estatutos desfavoreci<strong>do</strong>s, devi<strong>do</strong> às suas antigas profissões<br />
(operários, carpinteiro, etc.);<br />
A situação económica era deficitária, com pensões insuficientes;<br />
To<strong>do</strong>s se consideravam católicos praticantes;<br />
Em tempos a agricultura era o meio de subsistência;<br />
A maior parte deles vive de forma independente, com fraca capaci<strong>da</strong>de económica, contan<strong>do</strong><br />
por vezes apenas com a aju<strong>da</strong> <strong>do</strong> seu cônjuge e com a <strong>do</strong>s vizinhos.<br />
Quanto ao nível de autonomia, podemos verificar que a maior percentagem de i<strong>do</strong>sos são<br />
autónomos, poden<strong>do</strong> participar livremente em to<strong>da</strong>s as activi<strong>da</strong>des. Também existe uma<br />
percentagem, embora pequena, de utentes semi-autónomos que puderam desenvolver as<br />
activi<strong>da</strong>des com mais cui<strong>da</strong><strong>do</strong> por se encontrarem com algumas dificul<strong>da</strong>des (anexo III).<br />
Rapi<strong>da</strong>mente cheguei à conclusão que os i<strong>do</strong>sos são um grupo com particulari<strong>da</strong>des<br />
específicas, não deven<strong>do</strong> ser pressiona<strong>do</strong>s para participar nas activi<strong>da</strong>des planea<strong>da</strong>s.<br />
4.4 Activi<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s<br />
Conforme referi anteriormente, o Plano de Activi<strong>da</strong>des apenas se baseava em agrupar as<br />
activi<strong>da</strong>des e não em activi<strong>da</strong>des isola<strong>da</strong>s. Tal plano visou orientar-me na diversificação <strong>da</strong>s<br />
activi<strong>da</strong>des, bem como na sua organização de forma mais adequa<strong>da</strong>. No início de ca<strong>da</strong> mês,<br />
procedi à elaboração de um Plano de Activi<strong>da</strong>des diferente, ten<strong>do</strong> por intuito mu<strong>da</strong>r um pouco<br />
a ordem <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des. Assim, houve meses em que procurei <strong>da</strong>r maior ênfase às activi<strong>da</strong>des<br />
de expressão plástica, e outros em que o acento tónico foi coloca<strong>do</strong> nas activi<strong>da</strong>des de<br />
expressão cognitiva, por exemplo.<br />
Refira-se, para uma melhor compreensão, que quan<strong>do</strong> elaborei o Plano de Activi<strong>da</strong>des<br />
respeitante aos meses de Setembro e Outubro (Anexo IV) coloquei o seguinte símbolo<br />
“_______”, quan<strong>do</strong> pretendi referir que naquela <strong>da</strong>ta se deslocou ao CSCRL uma funcionária<br />
<strong>da</strong> Empresa Municipal de Pinhel, denomina<strong>da</strong> “Pinhel Falcão”. Nessas <strong>da</strong>tas, prestei apoio na<br />
parte administrativa.<br />
De regresso às activi<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s, importa ain<strong>da</strong> esclarecer que as mesmas<br />
inicialmente se agrupavam em seis grupos distintos, no entanto, no decurso <strong>da</strong>s mesmas optei<br />
por convergir <strong>do</strong>is desses grupos num só, pois no meu entender quer as Activi<strong>da</strong>des de<br />
Marta Capelo 30
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Expressão e Comunicação quer as Activi<strong>da</strong>des Promotoras de Desenvolvimento Social e<br />
Pessoal, visam a realização <strong>do</strong>s complementares objectivos.<br />
Para uma melhor sintetização <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s, optei por elaborar um Cronograma<br />
(anexo V), através <strong>do</strong> qual é facilmente perceptível quais as activi<strong>da</strong>des mais e menos<br />
realiza<strong>da</strong>s. É possível também analisar que, na parte final <strong>do</strong> estágio, as activi<strong>da</strong>des de<br />
Expressão Plástica tiveram primazia sobre as restantes, devi<strong>do</strong> ao interesse de um i<strong>do</strong>so, o<br />
qual demonstrou um interesse particular por esse tipo de activi<strong>da</strong>des.<br />
Tal como já referi, as activi<strong>da</strong>des estavam dividi<strong>da</strong>s em diferentes grupos: Activi<strong>da</strong>des Físicas<br />
ou Motoras; Activi<strong>da</strong>des Cognitivas ou Mentais; Activi<strong>da</strong>des de Expressão Plástica;<br />
Activi<strong>da</strong>des de Expressão e Comunicação; Activi<strong>da</strong>des Promotoras de Desenvolvimento<br />
Pessoal e Social e Activi<strong>da</strong>des Lúdicas.<br />
As activi<strong>da</strong>des Físicas basearam-se em exercícios de motrici<strong>da</strong>de, coordenação e mobili<strong>da</strong>de<br />
“de forma a manter ou melhorar os índices de independência <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so”. As activi<strong>da</strong>des<br />
Cognitivas são activi<strong>da</strong>des intelectuais e sensoriais que “visam manter o cérebro e o sistema<br />
nervoso” <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so “activo”. As activi<strong>da</strong>des Expressivas são manuais e de expressão artística.<br />
As activi<strong>da</strong>des de Desenvolvimento Pessoal e Social “pressupõem o aumento <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des<br />
de relacionamento”; e as activi<strong>da</strong>des Lúdicas têm como objectivo “divertir as pessoas e o<br />
grupo, ocupar o tempo, promover o convívio e divulgar conhecimentos” (Jacob, 2008).<br />
4.4.1 Físico- Motora<br />
Como já foi dito, com o avançar <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de, as capaci<strong>da</strong>des vão-se perden<strong>do</strong>, chegan<strong>do</strong> ao<br />
ponto de se perder “o esquema corporal”. Através <strong>da</strong> realização de activi<strong>da</strong>des físicas, os<br />
i<strong>do</strong>sos podem “readquirir estas competências e prevenir o seu declínio”. O exercício físico<br />
regular pode aju<strong>da</strong>r o i<strong>do</strong>so a sentir-se mais forte e apto; a locomover-se sem cair; combater<br />
muitas <strong>do</strong>enças típicas <strong>da</strong> velhice; “aumentar a força e resistência muscular; aumentar a<br />
flexibili<strong>da</strong>de; aumentar o fluxo sanguíneo; diminuir lesões musculares; melhorar a<br />
coordenação, a digestão e a excreção e ain<strong>da</strong> promover o convívio” (Jacob, 2008).<br />
De acor<strong>do</strong> com o site “hoops.pt”, a diminuição <strong>da</strong> aptidão e desempenho físico podem ser<br />
retar<strong>da</strong><strong>do</strong>s ou melhora<strong>do</strong>s pela prática de exercícios físicos, pois há evidências que cerca de<br />
50% <strong>da</strong>s per<strong>da</strong>s funcionais <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so se devam ao sedentarismo. O sedentarismo representa um<br />
risco para a saúde <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, enquanto que o exercício físico permite ao i<strong>do</strong>so desenvolver uma<br />
atitude positiva e dinâmica quanto à saúde e ao bem-estar.<br />
Marta Capelo 31
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Em diversos casos, a per<strong>da</strong> <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de funcional deve-se à falta de motivação para a acção,<br />
uma vez que o i<strong>do</strong>so vai-se a<strong>da</strong>ptan<strong>do</strong> a um estilo de vi<strong>da</strong> sedentário, que mais tarde lhe trará<br />
problemas como “a rigidez torácica, maior acumulação de massa gor<strong>da</strong>, vícios posturais<br />
acentua<strong>do</strong>s problemas cardiovasculares e <strong>do</strong>enças resultantes <strong>do</strong> envelhecimento (hipertensão,<br />
arteriosclerose, diabetes) ” Llano (2006: 19).<br />
Existe uma relação intrínseca entre a saúde e o estilo de vi<strong>da</strong> (hábitos sociais e culturais), por<br />
isso os i<strong>do</strong>sos, bem como to<strong>do</strong>s os outros grupos etários, devem ter sempre presente na sua<br />
mente que o corpo humano foi projecta<strong>do</strong> para a acção e não para a inactivi<strong>da</strong>de.<br />
O cansaço, as <strong>do</strong>res e a i<strong>da</strong>de em si são algumas <strong>da</strong>s desculpas <strong>da</strong><strong>da</strong>s pelos i<strong>do</strong>sos para a não<br />
realização <strong>da</strong>s sessões, sen<strong>do</strong> necessário motivá-los e consciencializá-los que uma vi<strong>da</strong> mais<br />
activa nesta etapa pode trazer-lhes muitos benefícios.<br />
Quanto à intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s sessões, sou apologista <strong>da</strong> mesma ideia que diversos autores como<br />
Geis (2003:81), segun<strong>do</strong> a qual a intensi<strong>da</strong>de “deverá ser progressiva, ou seja, começan<strong>do</strong><br />
suavemente para ir aumentan<strong>do</strong> e, por fim diminuir”. Desta forma, conclui-se que to<strong>da</strong> a<br />
sessão de activi<strong>da</strong>de física tem três partes: parte inicial ou aquecimento (anexo VI) que dura<br />
aproxima<strong>da</strong>mente 30 minutos, onde se coloca o organismo em movimento “desde o sistema<br />
locomotor até aos órgãos internos”; a segun<strong>da</strong> parte ou principal onde se tenta atingir os<br />
objectivos propostos anteriormente; e a parte final, que se caracteriza pelo momento de<br />
retorno à calma, ou seja; tem como objectivo relaxar e tranquilizar os i<strong>do</strong>sos.<br />
No registo <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des (anexo VII), encontra-se apenas a segun<strong>da</strong> parte ou parte principal.<br />
No total esta sessão não ultrapassava os 60 minutos.<br />
As activi<strong>da</strong>des de Expressão Físico – Motoras desenvolvi<strong>da</strong>s ao longo <strong>do</strong> estágio foram: jogos<br />
de apresentação (dia 16/07, anexo VII); exercícios com arcos e bolas (dia 23/07); exercícios<br />
de aeróbica (dia 28/07); jogos simples como: jogo <strong>do</strong> pau, jogo com arcos, uma mão, passar a<br />
bola (dia 03/08), jogo <strong>do</strong> papel higiénico, enfiar a caneta na garrafa, pé mágico, jogo <strong>do</strong>s<br />
balões (dia 10/08); exercícios para trabalhar a mobili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s quadris (dia 13/08); exercícios<br />
de flexibili<strong>da</strong>de (29/09); exercícios com bastões (17/08); jogo <strong>do</strong> bowling (24/08); exercícios<br />
de respiração (27/08); exercícios de tonificação muscular e mobili<strong>da</strong>de (27/08); exercícios<br />
sem deslocamento (09/09) e caminha<strong>da</strong>s (dia 01/07 e 22/09). To<strong>da</strong>s estas activi<strong>da</strong>des estão<br />
descritas minuciosamente no anexo VII, assim como a suas observações/avaliações.<br />
Marta Capelo 32
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Anteriormente à minha chega<strong>da</strong>, já os utentes desta instituição tinham ti<strong>do</strong> contacto com este<br />
tipo de activi<strong>da</strong>des.<br />
4.4.2 Expressão Plástica<br />
A função destas activi<strong>da</strong>des é “proporcionar ao i<strong>do</strong>so a possibili<strong>da</strong>de de se exprimir através<br />
<strong>da</strong>s artes plásticas e <strong>do</strong>s trabalhos manuais”. Assim, o i<strong>do</strong>so tem hipótese de <strong>da</strong>r “largas à sua<br />
imaginação e criativi<strong>da</strong>de” através de diferentes formas de expressão: pintura, desenho,<br />
escultura, etc. Com o desenvolvimento destas activi<strong>da</strong>des, o i<strong>do</strong>so mantém a sua motrici<strong>da</strong>de<br />
fina, e a sua precisão manual, assim como a coordenação psicomotora (Jacob, 2008).<br />
De acor<strong>do</strong> com o site www.verlaine.pro.br, a arte “proporciona um prazer eminentemente<br />
social, de interacção colectiva. Ela tem a capaci<strong>da</strong>de de unir as pessoas em torno <strong>da</strong> exigência<br />
que ela nos coloca de interpretação <strong>do</strong> seu significa<strong>do</strong>”. A arte pode conjugar <strong>do</strong>is factores<br />
muito importantes: a interacção colectiva e a percepção <strong>do</strong> valor próprio <strong>do</strong> indivíduo.<br />
As activi<strong>da</strong>des plásticas realiza<strong>da</strong>s durante o perío<strong>do</strong> de estágio foram: a análise subjectiva de<br />
uma pintura (23/07); análise de texturas (23/07); colagens (30/07); bandeiras festivas (11/08);<br />
frascos colori<strong>do</strong>s (25/08) e diversos trabalhos manuais escolhi<strong>do</strong>s pelos próprios utentes (dia<br />
1/09) como: o gafanhoto (02/09); o feiticeiro (08/09); a borboleta (16/09); a antena (22/09) e<br />
candelabro (7/10). No anexo X encontram-se as fotos <strong>do</strong>s respectivos trabalhos manuais e no<br />
anexo VII a sua descrição detalha<strong>da</strong>.<br />
Estas sessões tinham a duração de 90 minutos aproxima<strong>da</strong>mente.<br />
Acrescenta-se que, esta activi<strong>da</strong>de também já não era desconheci<strong>da</strong> <strong>do</strong>s utentes deste Centro<br />
de Dia.<br />
Este grupo de activi<strong>da</strong>des foi, sem dúvi<strong>da</strong>, o mais aprecia<strong>do</strong> pelos utentes, uma vez que,<br />
muitos deles participavam nas activi<strong>da</strong>des. Alguns deles <strong>da</strong>vam ideias enquanto que outros<br />
realizaram trabalhos manuais com muito empenho.<br />
A activi<strong>da</strong>de na qual houve maior adesão por parte <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos foi a construção de bandeiras<br />
festivas (dia 11/08 anexo VII). Pensei nesta activi<strong>da</strong>de visto que se avizinhava uma festa na<br />
Freguesia, na qual foi inaugura<strong>do</strong> um imóvel pertencente ao CSCRL. Assim, com a aju<strong>da</strong> <strong>do</strong>s<br />
utentes <strong>do</strong> Centro de Dia, foi possível <strong>da</strong>r cor à aldeia, através <strong>da</strong> colocação de bandeirinhas<br />
de diversas cores (azul, amarelo, roxo, vermelho, verde e branco).<br />
Marta Capelo 33
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Esta activi<strong>da</strong>de foi a que mais participantes teve, na medi<strong>da</strong> em que alguns deles puseram<br />
mãos à obra, fazen<strong>do</strong> as bandeiras, outros pensaram nos locais mais indica<strong>do</strong>s para serem<br />
coloca<strong>da</strong>s e outros aju<strong>da</strong>ram na sua colocação.<br />
Não posso terminar este ponto sem salientar um caso particular. Houve um i<strong>do</strong>so deste Centro<br />
de Dia que se entusiasmou muito nestas activi<strong>da</strong>des. Ao longo <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> ele trabalhou como<br />
carpinteiro. Talvez tenha si<strong>do</strong> por isso que ele tenha demonstra<strong>do</strong> tanto a sua habili<strong>da</strong>de.<br />
Além de propor e escolher muitas <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s, to<strong>da</strong>s as sextas-feiras me pedia<br />
ideias para pôr em prática trabalhos manuais que ele pretendia realizar no fim-de-semana<br />
(anexo X, mais precisamente fotos 29,41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48 e 49). Esta situação fez-<br />
me sentir realiza<strong>da</strong> profissionalmente.<br />
4.4.3 Cognitiva ou Mental<br />
Estu<strong>do</strong>s relativos ao “desenvolvimento intelectual demonstram que as aptidões cognitivas<br />
atingem o seu pico pelos 30 anos, continuam estáveis até à déca<strong>da</strong> <strong>do</strong>s 50- 60 anos e, a partir<br />
<strong>da</strong>í começam a diminuir. O declínio acelera-se a partir <strong>do</strong>s 70 anos” (Cancela, 2007: 8).<br />
As per<strong>da</strong>s de capaci<strong>da</strong>de cognitiva podem ser bastante atenua<strong>da</strong>s se o i<strong>do</strong>so mantiver uma boa<br />
activi<strong>da</strong>de cognitiva e contactos sociais regulares. Ou seja, através de alguns exercícios<br />
mentais o i<strong>do</strong>so pode aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral, retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de memória<br />
e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de perceptiva e prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças degenerativas<br />
(Jacob, 2008).<br />
As activi<strong>da</strong>des cognitivas que fui realizan<strong>do</strong> com os i<strong>do</strong>sos, eram a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s à sua situação<br />
mental. Realizámos pequenos jogos tais como: jogos de diferenças; jogo de seguir números;<br />
descobrir a ci<strong>da</strong>de; palavras ao contrário; conta flores (dia 24/09); jogos de memória (dia<br />
12/08); su<strong>do</strong>ku (dia 07/09 e 24/09); sopas de letras (dias: 20/07, 19/08 e 31/08) e puzzles (dia<br />
5/08). Outra activi<strong>da</strong>de cognitiva que realizámos ao longo destas sessões foi a análise óptica<br />
de diversas imagens (dia 28/09- anexo VII). As sessões tinham a duração de 60 minutos<br />
aproxima<strong>da</strong>mente.<br />
Apesar <strong>da</strong>s limitações próprias <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de, os i<strong>do</strong>sos encararam estes jogos cognitivos com<br />
muito empenho. No início, estas activi<strong>da</strong>des não foram bem aceites pelos i<strong>do</strong>sos na<br />
generali<strong>da</strong>de, alguns deles queixavam-se que as mesmas lhes “faziam <strong>do</strong>er a cabeça”. Porém,<br />
com o passar <strong>do</strong> tempo, eles foram ven<strong>do</strong> o quão importantes tais activi<strong>da</strong>des podem ser no<br />
seu futuro.<br />
Marta Capelo 34
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Algumas activi<strong>da</strong>des como o Su<strong>do</strong>ku e a Sopa de Letras revelaram-se mais complica<strong>da</strong>s de<br />
assimilar. Assim sen<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> isso se verificava tentei fazer uma pequena introdução ao<br />
jogo numa <strong>da</strong>s sessões e só iniciávamos a sessão em si na sessão subsequente. Desta forma,<br />
na sessão seguinte os i<strong>do</strong>sos teriam de se lembrar <strong>da</strong>s regras e objectivos <strong>do</strong> jogo e tentar<br />
coloca-los em prática. No início era sempre complica<strong>do</strong> para eles, os quais diziam: “isso já é<br />
demais para esta cabeça, isto é muito complica<strong>do</strong> para mim”. Mas, a pouco e pouco, eles<br />
verificaram que eram jogos bastante fáceis, chegan<strong>do</strong> mesmo a admitir isso no final.<br />
No caso particular <strong>da</strong> Sopa de Letras, após notar que o jogo não estava a ser muito bem aceite<br />
pelos i<strong>do</strong>sos, decidi realizar algumas a<strong>da</strong>ptações e fazer uma Sopa de Letras diferente, na qual<br />
os nomes a procurar seriam os nomes <strong>do</strong>s utentes e funcionários <strong>da</strong> instituição (ver o dia<br />
19/08 no anexo VII). Refira-se que, fiquei impressiona<strong>da</strong> com a rapidez de raciocínio que eles<br />
revelaram ao descobrir as palavras pretendi<strong>da</strong>s. Desse dia em diante os i<strong>do</strong>sos não<br />
demonstraram mais nenhuma dificul<strong>da</strong>de nessa activi<strong>da</strong>de.<br />
4.4.4 Expressão e Comunicação<br />
Enquanto que nas activi<strong>da</strong>des plásticas os i<strong>do</strong>sos “se exprimem através de objectos”, nas<br />
activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação “eles transmitem os seus sentimentos e emoções<br />
através <strong>da</strong> voz, <strong>do</strong> comportamento, <strong>da</strong> postura e <strong>do</strong> movimento” (Jacob, 2008).<br />
Neste grupo encontravam-se activi<strong>da</strong>des como conversas/comentários de jornais e revistas,<br />
expressão dramática, recolha de jogos antigos e de músicas <strong>do</strong> seu tempo e análise de imagens<br />
com ilusão óptica (no anexo VII encontra-se a descrição detalha<strong>da</strong> de to<strong>da</strong>s as activi<strong>da</strong>des).<br />
Estas activi<strong>da</strong>des não tinham uma duração limita<strong>da</strong> em termos temporais.<br />
Nas conversas/comentários de jornais e revistas, foram debati<strong>do</strong>s temas, tais como: quais as<br />
posturas correctas, ten<strong>do</strong> em vista a prevenção <strong>do</strong> sedentarismo (dia 29/07); o Alcoolismo um<br />
problema actual ou de sempre (dia 05/08); a Gripe A (dia 25/08); a Reciclagem (03/09);<br />
Guinness Word Record (dia 8/10). Além destes, também efectuámos uma pequena recolha de<br />
jogos (dia 15/07) e de músicas (22/07) <strong>do</strong> seu tempo. Nas sessões destina<strong>da</strong>s e este fim<br />
também discutimos/debatemos aspectos positivos e negativos <strong>da</strong> viagem (dia 15/09).<br />
Os exercícios de expressão dramática realiza<strong>do</strong>s, agruparam-se em <strong>do</strong>is grupos diferentes. O<br />
primeiro <strong>do</strong>s grupos é constituí<strong>do</strong> basicamente por jogos físicos e verbais, que se destinam a<br />
criar um ambiente propício à prática <strong>da</strong> expressão dramática. Estes jogos visam, contribuir<br />
para o desenvolvimento <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des expressivas <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos. O segun<strong>do</strong> grupo constitui-se<br />
Marta Capelo 35
Relatório de Estágio<br />
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por activi<strong>da</strong>des de desenvolvimento sensorial e <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des de atenção e concentração,<br />
em que é privilegia<strong>da</strong> a comunicação não verbal. Este tipo de activi<strong>da</strong>des visa estabelecer uma<br />
relação de confiança e de cumplici<strong>da</strong>de entre os vários participantes.<br />
To<strong>da</strong>s estas activi<strong>da</strong>des incentivavam os utentes para se relacionarem uns com os outros de<br />
forma a proporcionar trocas de experiências e vivências.<br />
Este grupo de activi<strong>da</strong>des foi também considera<strong>do</strong> muito váli<strong>do</strong> pelos utentes deste Centro de<br />
Dia. Uma <strong>da</strong>s maiores necessi<strong>da</strong>des senti<strong>da</strong>s e revela<strong>da</strong>s por eles era conversar e partilhar<br />
saberes. Este tipo de activi<strong>da</strong>des permitiu-lhes estabelecer contacto com o mun<strong>do</strong> actual, na<br />
medi<strong>da</strong> em que os temas abor<strong>da</strong><strong>do</strong>s eram contemporâneos.<br />
4.4.5 Promotora de Desenvolvimento Pessoal e Social<br />
Este grupo de activi<strong>da</strong>des tem como finali<strong>da</strong>de o desenvolvimento de competências pessoais e<br />
sociais <strong>da</strong> pessoa como elemento de um grupo; a estimulação <strong>do</strong> autoconhecimento; a<br />
interacção entre a pessoa e o grupo e a dinâmica <strong>do</strong> grupo (Jacob, 2008).<br />
Estas activi<strong>da</strong>des foram as que menos realizámos, pois ao fim de um mês de as estar a<br />
executar, optei por juntá-las ao grupo <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des de Expressão e Comunicação.<br />
Os jogos realiza<strong>do</strong>s foram: o pensamento positivo; o brasão familiar os objectivos pessoais<br />
(dia 22/07); e os jogos de confiança (dia 29/07) (vide anexo VII, no qual se encontra a<br />
descrição detalha<strong>da</strong> de to<strong>da</strong>s as activi<strong>da</strong>des). As sessões tiveram a duração de 60 minutos.<br />
4.4.6 Lúdica<br />
Estas activi<strong>da</strong>des visavam o divertimento <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, a promoção <strong>do</strong> convívio e a divulgação<br />
de conhecimentos, artes e saberes. Este grupo de activi<strong>da</strong>des estava mais vocaciona<strong>do</strong> para “o<br />
lazer, o entretenimento e a brincadeira” (Jacob, 2008).<br />
As activi<strong>da</strong>des lúdicas realiza<strong>da</strong>s ao longo deste estágio diferiam muito entre si. Realizámos<br />
jogos de mesa - cartas (dia 17/07), <strong>do</strong>minó (dia 06/10), pictionary (dia 14/07), quatro em linha<br />
(dia 27/08), monopoly (dia 09/09); e estabelecemos um primeiro contacto entre os i<strong>do</strong>sos e os<br />
computa<strong>do</strong>res (dia 24/08). Para além disso, visualizámos alguns filmes, realizamos jogos com<br />
provérbios (dia 20/07 e 20/08) e ain<strong>da</strong> construímos e executámos um jogo futebol em papel<br />
(dia 18/08).<br />
Os filmes visualiza<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> estágio foram os seguintes: “A comunicação <strong>do</strong>s animais”<br />
(dia 16/07), “Fátima” (dia 27/07) e “A luta pela vi<strong>da</strong>” (06/08).<br />
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Relatório de Estágio<br />
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Acresce referir que, neste âmbito, também idealizámos e planeámos a realização de uma<br />
viagem, que se concretizou no dia 14/09 (anexo VII). Para tanto, elaborei suportes de<br />
divulgação <strong>da</strong> mesma (anexo VIII).<br />
Em geral, houve boa adesão <strong>do</strong>s participantes a estas activi<strong>da</strong>des. No decurso <strong>da</strong>s mesmas<br />
foram visíveis alguns problemas de integração de alguns <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos devi<strong>do</strong> às suas posições<br />
individuais.<br />
4.4.7 Outras activi<strong>da</strong>des<br />
Além <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des descritas anteriormente, coloquei em prática uma panóplia de<br />
activi<strong>da</strong>des que se passam a elencar: exposição e ven<strong>da</strong> de peças de artesanato (realiza<strong>da</strong> no<br />
dia 12/08 - anexo VII); e a comemoração <strong>do</strong>s dias internacionais <strong>da</strong> paz (dia 21/09) e o <strong>do</strong> dia<br />
<strong>da</strong> fotografia (26/08 - anexo VII).<br />
Durante o perío<strong>do</strong> de estágio, também tive o prazer de participar na comemoração <strong>do</strong> Dia<br />
Internacional <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so, promovi<strong>da</strong> pelo Município de Pinhel, a qual teve lugar no dia um de<br />
Outubro. No anexo IX encontra-se o cartaz alusivo a esta activi<strong>da</strong>de.<br />
4.5 Activi<strong>da</strong>des não realiza<strong>da</strong>s<br />
Durante o perío<strong>do</strong> de estágio além <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des descritas, idealizei promover outras, que<br />
infelizmente, ou por questões económicas ou por falta de tempo, não puderam ser realiza<strong>da</strong>s.<br />
Algumas delas são as que passo a descrever:<br />
Activi<strong>da</strong>des relaciona<strong>da</strong>s com a valorização <strong>do</strong> espaço rural, como por exemplo um teatro<br />
no qual seriam relembra<strong>da</strong>s tradições antigas quase já esqueci<strong>da</strong>s pelos mora<strong>do</strong>res desta<br />
aldeia. Esta ideia surgiu devi<strong>do</strong> às conversas diárias que tinha com os utentes desta<br />
instituição, nas quais os mesmos me contavam reitera<strong>da</strong>mente hábitos e costumes que eles<br />
tinham na sua juventude, os quais me eram desconheci<strong>do</strong>s. Um desses costumes era os<br />
denomina<strong>do</strong>s “serões”. Esta activi<strong>da</strong>de não foi concretiza<strong>da</strong> devi<strong>do</strong> à escassez de tempo<br />
pois três meses não foram suficientes.<br />
Activi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s no âmbito <strong>da</strong> valência: Apoio ao Domicílio<br />
Esses i<strong>do</strong>sos usufruem de serviços como a confecção de alimentação, de serviços de<br />
higiene, e tratamento de roupa. A minha pretensão era criar activi<strong>da</strong>des adequa<strong>da</strong>s às suas<br />
características específicas de forma a combater o isolamento, desmotivação e ociosi<strong>da</strong>de<br />
destes i<strong>do</strong>sos.<br />
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Relatório de Estágio<br />
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4.6 Dificul<strong>da</strong>des senti<strong>da</strong>s<br />
Foram vários os obstáculos com que me deparei ao longo <strong>do</strong> estágio, os quais considero ter<br />
supera<strong>do</strong> no decurso desta etapa <strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong>.<br />
A rotina/quotidiano <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos como a i<strong>da</strong> à horta e a realização de pequenos trabalhos<br />
<strong>do</strong>mésticos influenciaram muito a sua participação. O mesmo acontece no que diz respeito às<br />
consultas médicas <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, as quais, por serem frequentes, me obrigaram a alterar a<br />
programação <strong>da</strong>s sessões.<br />
Ao longo destes meses também surgiram outras dificul<strong>da</strong>des, que procurei ultrapassar. Refiro<br />
algumas delas a título de exemplo: as ideias fixas e incontestáveis de alguns <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos (os<br />
quais não aceitavam ideias contrárias às suas), a violência física executa<strong>da</strong> por um <strong>do</strong>s<br />
utentes, pois, enquanto alguns i<strong>do</strong>sos chegam a esta i<strong>da</strong>de e só querem tranquili<strong>da</strong>de na sua<br />
vi<strong>da</strong>, outros tornam-se agressivos, devi<strong>do</strong> a factos passa<strong>do</strong>s, tais como o aban<strong>do</strong>no familiar e a<br />
solidão.<br />
Outra <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des com que me deparei foi a imprevisibili<strong>da</strong>de revela<strong>da</strong> pelos i<strong>do</strong>sos.<br />
Tu<strong>do</strong> influenciava a participação destes nas activi<strong>da</strong>des leva<strong>da</strong>s a cabo: pequenas <strong>do</strong>res de<br />
cabeça, falta de descanso, entre outras. Pude constatar que o sucesso de uma boa sessão<br />
dependia em grande parte <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de espírito <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so. Algumas <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des mais<br />
elabora<strong>da</strong>s não eram tão bem aceites pelos i<strong>do</strong>sos como outras mais simples e pouco<br />
aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />
O perío<strong>do</strong> de estágio abrangeu duas épocas muito importantes na aldeia: a chega<strong>da</strong> de<br />
familiares vin<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estrangeiro e as “vindimas”. Ambas as épocas me dificultaram um pouco<br />
a execução <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des, uma vez que eram muitos os i<strong>do</strong>sos que me diziam “hoje não vai<br />
<strong>da</strong>r para ficar consigo, os meus filhos estão cá pouco tempo, tenho de aproveitar to<strong>do</strong>s os<br />
momentos”. Tais factos faziam-me ter sentimentos contraditórios, por um la<strong>do</strong> ficava feliz por<br />
ver os i<strong>do</strong>sos com os olhos a brilhar a olhar para os seus filhos, por outro la<strong>do</strong> ficava triste por<br />
ter poucos participantes nas activi<strong>da</strong>des.<br />
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Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
Reflexão final<br />
Partilho <strong>da</strong> mesma opinião que Trilla (s.d) e outros autores, nos termos <strong>da</strong> qual a designação<br />
“Animação Sociocultural” não é a mais adequa<strong>da</strong> para intitular esta profissão. Sou <strong>do</strong><br />
entendimento que a designação “Dinamização Sociocultural” seria mais adequa<strong>da</strong>, pois<br />
enquanto o termo animação sugere que se parta <strong>do</strong> zero, o conceito dinamizar, indicia<br />
acelerar/activar qualquer coisa já existente.<br />
Ao longo destes três anos de formação teórica fiquei com a percepção que são poucos os<br />
instrumentos teóricos lecciona<strong>do</strong>s acerca <strong>da</strong> Animação de I<strong>do</strong>sos. Apesar de haver uma<br />
disciplina (de opção) com essa designação, os alunos são direcciona<strong>do</strong>s para outros “ramos”<br />
<strong>da</strong> Animação sem poder optar por outra via.<br />
Através deste estágio pude verificar que a animação é o “parente pobre” <strong>da</strong>s priori<strong>da</strong>des nos<br />
diversos tipos de instituições. A instituição tem de responder às diversas necessi<strong>da</strong>des <strong>do</strong><br />
i<strong>do</strong>so, não só as necessi<strong>da</strong>des básicas como a alimentação, a higiene e os cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s médicos,<br />
mas também preocupar-se com a vi<strong>da</strong> social <strong>do</strong>s utentes. Ou seja, deve não só dirigir to<strong>do</strong>s os<br />
seus recursos (humanos, materiais e financeiros) especialmente para as necessi<strong>da</strong>des<br />
anteriormente fala<strong>da</strong>s, mas também ter em conta que a animação é um serviço imprescindível,<br />
pois pode contribuir, para a melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s utentes (Jacob, 2008).<br />
Considero que, em termos gerais, os objectivos que me propus concretizar com a realização<br />
deste estágio foram atingi<strong>do</strong>s, pois é possível constatar que foi cria<strong>da</strong> uma apetência nos<br />
i<strong>do</strong>sos para melhorar a sua quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>, assumin<strong>do</strong> um papel activo, participan<strong>do</strong> nas<br />
activi<strong>da</strong>des, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> a sua opinião e geran<strong>do</strong> uma dinâmica de quebra com a monotonia <strong>da</strong>s<br />
suas vi<strong>da</strong>s e incrementação <strong>da</strong>s suas relações sociais.<br />
No decurso destes meses, pude observar o quão maravilhoso é ver pessoas i<strong>do</strong>sas<br />
envelhecerem sau<strong>da</strong>velmente, com autonomia e capaci<strong>da</strong>de para resolverem sozinhas os seus<br />
próprios problemas, viverem de forma independente e activa sem se preocuparem com o<br />
envelhecimento. É assim que to<strong>do</strong>s nós nos deveríamos sentir quan<strong>do</strong> alcançarmos esta etapa<br />
<strong>da</strong> nossa vi<strong>da</strong>, considera<strong>da</strong> por muitos “sombria”.<br />
É neste âmbito que se revela fulcral o papel desempenha<strong>do</strong> pelo anima<strong>do</strong>r sociocultural,<br />
pessoa que nos dê afecto, simpatia e nos proporcione o acesso a uma vi<strong>da</strong> mais activa e mais<br />
criativa, alguém que nos faça melhorar as nossas relações e comunicações com ou outros,<br />
para assim alcançarmos uma melhor participação na vi<strong>da</strong> em comuni<strong>da</strong>de.<br />
Marta Capelo 39
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
O trabalho com i<strong>do</strong>sos pode ser um trabalho bastante desgastante a nível psíquico, mas é sem<br />
dúvi<strong>da</strong> compensa<strong>do</strong>r. Os i<strong>do</strong>sos são uma fonte de sabe<strong>do</strong>ria, adquiri<strong>da</strong> pelas vivências e<br />
trabalho desenvolvi<strong>do</strong> ao longo <strong>da</strong>s suas vi<strong>da</strong>s.<br />
Partilho a mesma ideia que Oliveira (2008), segun<strong>do</strong> a qual não é apenas necessário<br />
programar uma educação contínua nos i<strong>do</strong>sos, mas também é necessário educar os mais<br />
jovens para respeitar e apreciar os valores que os i<strong>do</strong>sos lhes podem transmitir, ao mesmo<br />
tempo que se levam os i<strong>do</strong>sos a não olhar com desconfiança para os mais novos. Só assim se<br />
poderão mu<strong>da</strong>r os estereótipos existentes na socie<strong>da</strong>de actual acerca <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos.<br />
Em jeito de conclusão, o estágio curricular permitiu-me aplicar os conhecimentos teóricos<br />
ministra<strong>do</strong>s na ESECD e, ao mesmo tempo, permitiu-me também conhecer melhor o<br />
funcionamento interno <strong>do</strong> CSCRL.<br />
O mesmo permitiu-me reconhecer a importância assumi<strong>da</strong> pelas diversas respostas sociais na<br />
terceira i<strong>da</strong>de. O apoio <strong>da</strong><strong>do</strong> aos i<strong>do</strong>sos revela-se fun<strong>da</strong>mental para que o envelhecimento seja<br />
saudável e com menos preocupações.<br />
Este estágio revelou-se muito enriquece<strong>do</strong>r para mim, quer a nível profissional quer a nível<br />
pessoal, pois tive o prazer de adquirir novas experiências no contacto com os i<strong>do</strong>sos. Assim,<br />
subscrevo na íntegra os ensinamentos <strong>do</strong>s autores Horn e Cattell no respeitante aos estu<strong>do</strong>s<br />
realiza<strong>do</strong>s sobre a inteligência flui<strong>da</strong> e a inteligência cristaliza<strong>da</strong>: “o envelhecimento traduz-se<br />
em per<strong>da</strong>s mais liga<strong>da</strong>s à inteligência flui<strong>da</strong> e mecânica” (aspectos fun<strong>da</strong>mentais <strong>do</strong><br />
conhecimento) “e em ganhos liga<strong>do</strong>s à inteligência cristaliza<strong>da</strong>” (isto é, aspectos experienciais<br />
e culturais) (Oliveira, 2008: 96).<br />
Percebi que a solidão, o frio <strong>da</strong>s noites de inverno passa<strong>do</strong> em casas com poucas condições de<br />
habitabili<strong>da</strong>de e o afastamento <strong>do</strong>s filhos são factos que tornam <strong>do</strong>lorosa esta etapa <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />
<strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos; e se a isso juntarmos a per<strong>da</strong> de autonomia, as dificul<strong>da</strong>des de acesso a serviços de<br />
saúde, a desigual<strong>da</strong>de de oportuni<strong>da</strong>des de participação na vi<strong>da</strong> social económica e cultural<br />
verificamos a grande necessi<strong>da</strong>de de existência de programas e projectos de Animação<br />
Sociocultural.<br />
Este estágio estimulou-me a dedicar-me mais ao estu<strong>do</strong> nesta área, que “constitui um <strong>do</strong>s<br />
âmbitos mais promissores para o futuro <strong>da</strong> Animação Sociocultural”. A Animação na terceira<br />
i<strong>da</strong>de não tem como estratégia “<strong>da</strong>r mais anos à vi<strong>da</strong>, mas sim, <strong>da</strong>r mais vi<strong>da</strong> aos anos”<br />
(Lopes 2007:337).<br />
Marta Capelo 40
Relatório de Estágio<br />
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Bibliografia<br />
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Marta Capelo 41
Relatório de Estágio<br />
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VICENTE, Maria (2007). Envelhecimento Demográfico e alargamento <strong>do</strong> tempo de trabalho<br />
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Sociológico. Consulta<strong>do</strong> dia 17/Out, 2010, em www.forumsociologio.pt;<br />
Marta Capelo 42
Relatório de Estágio<br />
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http:// cui<strong>da</strong>mos.com/ - consulta<strong>do</strong> dia 13 de Outubro de 2010;<br />
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http://proverbios.aborla.net/pa.php/ - consulta<strong>do</strong> dia 12 de Julho de 2010;<br />
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Marta Capelo 43
Lista de anexos:<br />
Anexo I – Equipamentos/Instalações;<br />
Anexo II – Entrevista;<br />
Anexo III – Analise <strong>da</strong> entrevista;<br />
Anexo IV – Plano de Activi<strong>da</strong>des;<br />
Anexo V – Cronograma;<br />
Anexo VI – Exercícios de aquecimento;<br />
Anexo VII – Registo de Activi<strong>da</strong>des;<br />
Anexo VIII – Suportes de divulgação <strong>da</strong> viagem;<br />
Anexo IX – Cartaz <strong>do</strong> Dia Internacional <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so;<br />
Anexo X - Fotos
Fotos <strong>do</strong>s equipamentos/ instalações<br />
<strong>do</strong> CSCRL
Ilustração 6- Cozinha<br />
Fotos <strong>do</strong>s equipamentos/instalações<br />
Ilustração 1- Hall de entra<strong>da</strong> Ilustração 2- Jardim junto ao CSCRL<br />
Ilustração 4- Sala de convívio Ilustração 3- Refeitório<br />
Ilustração 5- Lavan<strong>da</strong>ria
Ilustração 8- Sala de higiene<br />
Ilustração 7- Sanitários
Exercícios de Aquecimento<br />
Ilustração 9- Exercícios de aquecimento<br />
Fonte: retira<strong>do</strong> <strong>do</strong> livro Animação de I<strong>do</strong>sos, de Luís Jacob (2008:56)
Entrevista
Análise <strong>da</strong>s Entrevistas
Planos de Activi<strong>da</strong>des
Cronograma
Exercícios de Aquecimento
Registo <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des
Suportes de divulgação <strong>da</strong> Viagem<br />
(cartaz e panfleto)
Cartaz <strong>do</strong> Dia Internacional <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so
Fotos
Ilustração 10- Frascos colori<strong>do</strong>s<br />
Ilustração 12- Borboleta<br />
Ilustração 14- Activi<strong>da</strong>de de Expressão Plástica<br />
Ilustração 16- Viagem<br />
Ilustração 11- Activi<strong>da</strong>de de Expressão Fisico -<br />
Motora<br />
Ilustração 13- Activi<strong>da</strong>de de Expressão Plástica<br />
(frascos colori<strong>do</strong>s)<br />
Ilustração 15- Preparação <strong>da</strong> uma sessão<br />
Ilustração 17- Viagem
Ilustração 18- Viagem<br />
Ilustração 20 – Conversa/Comentário de uma notícia<br />
Ilustração 23- Ilustração 24 – Conversa/Comentário<br />
de uma notícia<br />
Ilustração 27- Ilustração 28 – Conversa/Comentário<br />
de uma notícia<br />
Ilustração 19- Viagem<br />
Ilustração 21 - Ilustração 22 – Conversa/Comentário<br />
de uma notícia<br />
Ilustração 25 - Ilustração 26 – Conversa/Comentário<br />
de uma notícia<br />
Ilustração 29- Utente e os seus trabalhos manuais
Ilustração 30- Borboleta<br />
Ilustração 33 - Ilustração 34 – Conversa/Comentário de<br />
uma notícia<br />
Ilustração 36- Gafanhoto e outros trabalhos manuais<br />
Ilustração 38 – Trabalhos manuais realiza<strong>do</strong>s<br />
Ilustração 31- Ilustração 32 – Conversa/Comentário de<br />
uma notícia<br />
Ilustração 35 – Alguns trabalhos realiza<strong>do</strong>s ao longo<br />
destes meses<br />
Ilustração 37 - Candelabro<br />
Ilustração 39 - Gafanhoto
Ilustração 40- To<strong>do</strong>s os trabalhos manuais realiza<strong>do</strong>s<br />
Ilustração 42 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim<br />
Ilustração 44 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim<br />
Ilustração 46 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim<br />
Ilustração 41 – Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim<br />
Ilustração 43 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim<br />
Ilustração 45 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim<br />
Ilustração 47 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim
Ilustração 48 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim<br />
Ilustração 49 - Trabalho realiza<strong>do</strong>s pelo Sr. Joaquim
Com o fim de conhecer melhor os utentes desta Instituição na qual irei estagiar eu Marta<br />
Luísa Ferreira Soares Capelo, aluna <strong>do</strong> curso de Animação Sociocultural <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong><br />
<strong>Politécnico</strong> <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong>, resolvi realizar uma entrevista. Não só para conhecer melhor os<br />
utentes deste Centro de Dia a nível de dependência (Autónomo, semi-autónomo e dependente)<br />
mas também para saber quais as activi<strong>da</strong>des que eles gostariam mais de realizar ao longo<br />
destes três meses.<br />
Da<strong>do</strong>s pessoais:<br />
Nome:_________________________________________________________________<br />
Sexo: F ____ M____<br />
Naturali<strong>da</strong>de: _________________<br />
I<strong>da</strong>de____<br />
Quanto a dependência<br />
As seguintes perguntas pertencem às escalas de activi<strong>da</strong>de Básica de Vi<strong>da</strong> Diária – Escala de<br />
Lawton, e tem como finali<strong>da</strong>de agrupar os i<strong>do</strong>sos em três grupos concretos: dependentes,<br />
semi-autónomos e independentes.<br />
Assinale com um (X) aquele que considera certo.<br />
1. Quanto ao telefone<br />
Recebe e faz ligações sem assistência<br />
Assistência para ligações ou telefone especial<br />
Incapaz de usar telefone<br />
2. Quanto a viagem<br />
Viaja sozinho<br />
Viaja exclusivamente acompanha<strong>do</strong><br />
Incapaz de viajar<br />
3. Quanto a compras<br />
Faz compras, se forneci<strong>do</strong> o transporte
Faz compras acompanha<strong>do</strong><br />
Incapaz de fazer compras<br />
4. Preparo de refeições<br />
Planeja e cozinha refeições completas<br />
Prepara leves, com aju<strong>da</strong> nas pesa<strong>da</strong>s<br />
Incapaz<br />
5. Trabalho <strong>do</strong>méstico<br />
Tarefas pesa<strong>da</strong>s<br />
Tarefas leves, com aju<strong>da</strong> nas pesa<strong>da</strong>s<br />
Incapaz<br />
6. Toma de medicamentos<br />
Toma remédios sem assistência<br />
Necessita de lembretes ou de assistência<br />
Incapaz de tomar medicamentos<br />
7. Dinheiro<br />
Preenche cheques e paga contas<br />
Assistência para cheques e contas<br />
Incapaz<br />
Dificul<strong>da</strong>des<br />
1. Sente dificul<strong>da</strong>des em se movimentar?<br />
Sim__ Não__<br />
2. Tem dificul<strong>da</strong>des de audição?<br />
Sim__ Não__<br />
3. Tem dificul<strong>da</strong>des de visão?<br />
Sim__ Não__
Activi<strong>da</strong>des<br />
Que tipo de activi<strong>da</strong>des gostaria de executar nesta instituição? Assinale com um (X) to<strong>da</strong>s as<br />
activi<strong>da</strong>des as quais acha interessantes.<br />
4. Activi<strong>da</strong>des Físicas e Desportos<br />
Sim__ Não__<br />
Yoga<br />
Ginástica geriátrica<br />
Natação<br />
Excursões e Passeios<br />
Caminha<strong>da</strong>s<br />
Dança<br />
Jogos tradicionais<br />
Jogo <strong>do</strong> Boccia<br />
Activi<strong>da</strong>des aquáticas para i<strong>do</strong>sos<br />
Sim Não<br />
5. Activi<strong>da</strong>des que exercitem o nível cognitivo (mental) <strong>do</strong> individuo.<br />
Sim__ Não__<br />
6. Activi<strong>da</strong>des Plásticas<br />
Sim__ Não__<br />
Jogo <strong>da</strong>s Diferenças<br />
Jogo <strong>do</strong> Labirinto<br />
Jogo de Memória;<br />
Sopa de Letras<br />
Puzzles<br />
Su<strong>do</strong>ko<br />
Sim Não
Escultura<br />
Pintura<br />
Tapeçaria e bor<strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />
Colagens<br />
Desenho<br />
7. Activi<strong>da</strong>des de expressão e <strong>da</strong> comunicação<br />
Sim__ Não__<br />
8. Activi<strong>da</strong>des lúdicas<br />
Sim__ Não__<br />
Dança<br />
Expressão dramática<br />
Música<br />
Turismo Sénior<br />
(viagem de 5-20 dias)<br />
Visitas culturais<br />
(duração máxima de 2 dias)<br />
Jogos de magia<br />
Jogos de mesa<br />
Iniciação à Informática/Internet<br />
Activi<strong>da</strong>des liga<strong>da</strong>s à ciência<br />
Sim Não<br />
Sim Não<br />
Rábulas e paródias (ane<strong>do</strong>tas, histórias, provérbios)<br />
Cinema<br />
Teatro<br />
Sim Não<br />
9. Além destas activi<strong>da</strong>des há alguma que lhe desperte algum interesse?
Sim__ Não__<br />
Qual? ________________________________________________________<br />
10. Que locais gostaria de visitar?<br />
a. _________________<br />
b. _________________<br />
c. _________________<br />
11. Que tipo de filme gosta?<br />
_____________________________________________________________<br />
Horário que lhe é mais conveniente<br />
Assinale com um (X) aquele que considera certo<br />
09:30-10:00<br />
10:00-11:00<br />
11:00-12:00<br />
Segun<strong>da</strong> Terça Quarta Quinta Sexta<br />
12:00-13:00 ----------- ------- --------- --------- -------<br />
13:00-14:00<br />
14:00-15:00<br />
15:00-16:00<br />
16:00-17:00<br />
17:00-18:00<br />
18:00- 19:00 ----------- ------- --------- --------- -------
Quanto à dependência<br />
Podemos verificar na Ilustração 1 que no Centro Social Cultual e Recreativo de Lamegal a<br />
maior percentagem de i<strong>do</strong>sos são autónomos, poden<strong>do</strong> participar livremente em to<strong>da</strong>s as<br />
activi<strong>da</strong>des. Também existe uma percentagem, embora pequena, de utentes semi-autónomos<br />
que puderam desenvolver as activi<strong>da</strong>des com mais cui<strong>da</strong><strong>do</strong> por se encontrarem com algumas<br />
dificul<strong>da</strong>des. Quanto ao número de i<strong>do</strong>sos dependentes este é muito reduzi<strong>do</strong>.<br />
Quanto às dificul<strong>da</strong>des<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
Dependência<br />
Ilustração 1 - Nível de Dependência <strong>do</strong>s utentes<br />
Dificul<strong>da</strong>des<br />
Movimentação Audição Leitura<br />
n.º de utentes<br />
Ilustração 2 - Dificul<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s utentes desta instituição<br />
n.º de utentes
Na Ilustração 2 podemos verificar que as dificul<strong>da</strong>des mais senti<strong>da</strong>s entre os utentes desta<br />
Instituição são sem dúvi<strong>da</strong>, a movimentação e a leitura. A maior parte <strong>do</strong>s utentes denota<br />
pouca formação escolar. A má audição é um problema pouco frequente entre os i<strong>do</strong>sos desta<br />
Instituição.<br />
Activi<strong>da</strong>des<br />
Após a realização desta entrevista, verificámos que existem <strong>do</strong>is tipos de activi<strong>da</strong>des que<br />
to<strong>do</strong>s ou utentes gostariam de realizar, tais como: as activi<strong>da</strong>des cognitivas/mentais e as<br />
lúdicas. Seguem-se as activi<strong>da</strong>des físicas e desportivas que são as preferi<strong>da</strong>s <strong>do</strong>s utentes. E<br />
para finalizar as activi<strong>da</strong>des plásticas e de expressão e comunicação são as últimas a aparecer<br />
nas preferências <strong>do</strong>s mesmos.<br />
8<br />
7<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
Activi<strong>da</strong>des Fisicas<br />
e desportivas<br />
Activi<strong>da</strong>des<br />
cognitivas/mental<br />
Ilustração 3 - Activi<strong>da</strong>des propostas<br />
De segui<strong>da</strong> iremos apresentar quais os tipos de activi<strong>da</strong>des que podem ser desenvolvi<strong>da</strong>s em<br />
ca<strong>da</strong> grupo diferencia<strong>do</strong>, acima referi<strong>do</strong>.<br />
Activi<strong>da</strong>des Físicas e Desportivas<br />
Activi<strong>da</strong>des<br />
plásticas<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
expressão e<br />
comunicação<br />
Activi<strong>da</strong>des ludicas<br />
Relativamente às activi<strong>da</strong>des físicas e desportivas propostas aos i<strong>do</strong>sos, estes consideram os<br />
jogos tradicionais e a ginástica geriátrica as activi<strong>da</strong>des mais interessantes (vide Ilustração 4).<br />
Sim<br />
Não
Refira-se que, metade <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos a quem foi realiza<strong>da</strong> a entrevista, considera que as<br />
caminha<strong>da</strong>s e a <strong>da</strong>nça são as activi<strong>da</strong>des mais interessantes.<br />
Quanto às activi<strong>da</strong>de aquáticas são poucos os i<strong>do</strong>sos a demonstrar interesse em querer praticá-<br />
las.<br />
Jogos Tradicionais<br />
Activi<strong>da</strong>des aquaticas<br />
Ginástica geriátrica<br />
Ilustração 4 -Activi<strong>da</strong>des Físicas e Desportivas propostas<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão e de comunicação<br />
Ao nível <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des de expressão e de comunicação os utentes gostaram de to<strong>da</strong>s as<br />
activi<strong>da</strong>des propostas: <strong>da</strong>nça, música e expressão dramática. (Ilustração 5)<br />
Activi<strong>da</strong>des Lúdicas<br />
Activi<strong>da</strong>des Físicas e Desportivas<br />
Dança<br />
Caminha<strong>da</strong>s<br />
0 1 2 3 4 5 6 7<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão e de<br />
comunicação<br />
Música<br />
Expressão dramática<br />
Dança<br />
0 2 4 6<br />
Ilustração 5 - Activi<strong>da</strong>des de expressão e de comunicação propostas<br />
Não<br />
Sim<br />
Não<br />
Sim
De entre as activi<strong>da</strong>des lúdicas propostas, os jogos de mesa são os preferi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s utentes,<br />
seguin<strong>do</strong>-se as rábulas e paródias (Ilustração 5).<br />
As activi<strong>da</strong>des liga<strong>da</strong>s à ciência, as i<strong>da</strong>s ao teatro e ao cinema e as visitas culturais/turismo<br />
sénior são escolhi<strong>da</strong>s em igual número pelos i<strong>do</strong>sos. Muitos deles nunca foram ao cinema.<br />
Curiosamente, a informática foi a única activi<strong>da</strong>de que eles acharam pouco interessante.<br />
Ilustração 6 - Activi<strong>da</strong>des Lúdicas propostas<br />
Importa referir que relativamente às restantes perguntas, to<strong>do</strong>s responderam <strong>da</strong> mesma forma.<br />
Sen<strong>do</strong> que não indicaram qualquer local que gostassem de visitar, pois adiantavam “eu<br />
gostava de ir a qualquer lugar”.<br />
Os tipos de filmes mais solicita<strong>do</strong>s foram: “filmes de animais” (vi<strong>da</strong> selvagem). A maior parte<br />
<strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos gostam de to<strong>do</strong> o tipo de filmes, só um é que afirmou não gostar de os visualizar.<br />
Quanto ao horário possível para a realização <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des, to<strong>do</strong>s concor<strong>da</strong>ram que o<br />
primeiro turno seja <strong>da</strong>s 10:00h às 12:00h, e o turno <strong>da</strong> tarde comece as 14:30h e termine às<br />
16:30.<br />
Activi<strong>da</strong>des liga<strong>da</strong>s à ciencia<br />
Informática<br />
Jogos de Mesa<br />
Jogos de Magia<br />
Turismo Sénor/ Visitas culturais<br />
Activi<strong>da</strong>des Lúdicas<br />
Teatro<br />
Cinema<br />
Rabulas e paródias<br />
0 2 4 6 8<br />
Não<br />
Sim
Plano de Activi<strong>da</strong>des - Julho<br />
10:00- 12:00 Activi<strong>da</strong>des Lúdicas<br />
14:30- 16:30 Animação Cognitiva<br />
Plano de Activi<strong>da</strong>des - Agosto<br />
10:00-<br />
12:00<br />
14:30-<br />
16:30<br />
Terça Quarta Quinta Sexta<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
Expressão e<br />
Comunicação 1<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
Expressão Físico –<br />
Motora 1<br />
Activi<strong>da</strong>des<br />
promotoras de<br />
desenvolvimento<br />
pessoal e social<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
Expressão e<br />
Comunicação 2<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
Expressão Plástica<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
Expressão Físico –<br />
Motora 2<br />
Terça Quarta Quinta Sexta<br />
Activi<strong>da</strong>des Lúdicas 1<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
Expressão Físico –<br />
Motora 1<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
Expressão Plástica<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
Expressão e<br />
Comunicação 1<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
Expressão e<br />
Comunicação 2<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
expressão Físico –<br />
Motora 2<br />
Animação Cognitiva Activi<strong>da</strong>des Lúdicas 2
Plano de Activi<strong>da</strong>des – Setembro/Outubro<br />
10:00-<br />
12:00<br />
14:30-<br />
16:30<br />
Terça Quarta Quinta Sexta<br />
Animação Cognitiva<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
expressão Físico –<br />
Motora<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
Expressão Plástica<br />
Activi<strong>da</strong>des Lúdicas<br />
1<br />
________<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
Expressão e<br />
Comunicação 1<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
Expressão e<br />
Comunicação 2<br />
Activi<strong>da</strong>des Lúdicas 2
Cronograma – Julho<br />
Activi<strong>da</strong>des<br />
Elaboração <strong>do</strong>s Inquéritos<br />
Preenchimento <strong>do</strong>s inquéritos<br />
Coordenação <strong>do</strong>s inquéritos<br />
Pictionary<br />
Buraco (jogo de cartas)<br />
Recolha de Jogos Antigos<br />
Jogo: eu conheço…<br />
Jogos de apresentação<br />
Visualização de um filme<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para a<br />
semana seguinte<br />
Jogo <strong>do</strong>s Provérbios<br />
Sopa de letras<br />
Jogo: seguir números<br />
Imitar o chefe<br />
O sério<br />
O rei man<strong>da</strong><br />
O que estás a fazer…<br />
Somos nós<br />
Marmela<strong>da</strong><br />
Enchimento <strong>do</strong> balão<br />
Estátua<br />
Papagaio de papel<br />
O que está mal<br />
Pensamento positivo<br />
Cronograma<br />
Dias <strong>do</strong> mês de Julho<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 27 28 29 30 31
Brasão familiar<br />
Objectivos pessoais<br />
Recolha de músicas <strong>do</strong> seu<br />
tempo<br />
Analise subjectiva de uma<br />
pintura<br />
Análise de Texturas<br />
Exercícios com arcos e bolas<br />
Jogo <strong>da</strong>s diferenças<br />
Gestos<br />
Muitos gestos<br />
Feito de…<br />
Isto é…<br />
Circuito de movimentos<br />
Exercício de aeróbica<br />
Jogos de confiança<br />
Conversas/ comentários de<br />
noticias<br />
Colagens<br />
Legen<strong>da</strong><br />
Activi<strong>da</strong>des de Expressão Físico – Motora<br />
Activi<strong>da</strong>des de Expressão Plástica<br />
Activi<strong>da</strong>des de Expressão e Comunicação<br />
Activi<strong>da</strong>des Promotoras de Desenvolvimento Social e Pessoal<br />
Activi<strong>da</strong>des Lúdicas<br />
Activi<strong>da</strong>des de Expressão Cognitiva<br />
Activi<strong>da</strong>des propostas pela directora técnica (escritório)<br />
Outras Activi<strong>da</strong>des
Cronograma - Agosto<br />
Activi<strong>da</strong>des<br />
Visionamento de um filme<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para a<br />
semana seguinte<br />
Jogos de Provérbios<br />
Sopa de letras<br />
Conversas/Comentários de<br />
noticias<br />
Informática<br />
Jogo <strong>do</strong> pau<br />
Jogo com arcos<br />
Uma mão<br />
Passar a bola<br />
Bandeiras festivas<br />
Isto é…<br />
Era uma vez…<br />
Pingue-pongue<br />
Animais<br />
Puzzles<br />
Jogo <strong>do</strong> papel higiénico<br />
Enfiar a caneta na garrafa<br />
Pé mágico<br />
Balões<br />
O que está mal…<br />
Cronograma<br />
Dias <strong>do</strong> mês Agosto<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 27 28 29 30 31
Falta algo…<br />
Sorrisos e caretas<br />
Segre<strong>do</strong>s<br />
Exposição e ven<strong>da</strong> de<br />
artesanato<br />
Jogo de memória com cartas<br />
Exercícios para trabalhar a<br />
mobili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s quadris<br />
Exercícios de flexibili<strong>da</strong>de<br />
Exercícios com bastões<br />
Futebol de papel<br />
Gato e Rato<br />
Sons e Emoções<br />
Encontrar o som<br />
Quem falou<br />
Romeu e Julieta<br />
Adivinhar sons<br />
Jogo Bowling<br />
Frascos colori<strong>do</strong>s<br />
Dia mundial <strong>da</strong> fotografia<br />
Exercícios de respiração<br />
Exercício de tonificação<br />
muscular e mobili<strong>da</strong>de<br />
Quatro em linha<br />
Preparação <strong>do</strong>s suportes de<br />
divulgação <strong>da</strong> viagem<br />
Exercícios sem deslocamentos<br />
posição de pé
Cronograma - Setembro<br />
Activi<strong>da</strong>des<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para a<br />
semana seguinte<br />
Conversas/Comentários de<br />
noticias<br />
Informática<br />
Escolha de activi<strong>da</strong>des<br />
manuais<br />
Caminha<strong>da</strong><br />
Gafanhoto<br />
Su<strong>do</strong>ku<br />
Sueca<br />
Feiticeiro<br />
Monopoly<br />
Viagem<br />
Dia Internacional <strong>da</strong> Paz<br />
Cronograma<br />
Dias <strong>do</strong> mês Setembro<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 27 28 29 30 31
Cronograma - Outubro<br />
Activi<strong>da</strong>des<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para a<br />
semana seguinte<br />
Borboleta<br />
Antena<br />
Recolha de produtos <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />
pela Segurança Social<br />
Descobrir a ci<strong>da</strong>de<br />
Palavras ao contrário<br />
Conta flores<br />
Análise de imagens com ilusão<br />
óptica<br />
Exercícios na barra ou<br />
espal<strong>da</strong>r<br />
Dominó<br />
Candelabro<br />
Cronograma<br />
Dias <strong>do</strong> mês de Outubro<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 27 28 29 30 31
Dia 12/07<br />
Mês de Julho<br />
Conhecimento <strong>da</strong> Instituição, <strong>do</strong>s seus utentes, <strong>do</strong> regulamento e mo<strong>do</strong>s de conduta.<br />
Elaboração de uma entrevista com o objectivo de conhecer melhor os utentes <strong>do</strong> Centro<br />
Social Cultural e Recreativo de Lamegal, saber as suas limitações, o seu grau de<br />
dependência (autónomo, semi-autónomo e dependente) e as activi<strong>da</strong>des que estes<br />
gostariam mais de realizar durante este perío<strong>do</strong>.<br />
Dia 13/07<br />
Preenchimento <strong>da</strong>s entrevistas. Atentas as dificul<strong>da</strong>des demonstra<strong>da</strong>s pelos utentes, a<br />
resposta foi <strong>da</strong><strong>da</strong> oralmente, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> eu que posteriormente as reduzi a escrito.<br />
Dia 14/07<br />
Local: Sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
Objectivos<br />
14:00h-<br />
15:00<br />
Jogo de<br />
mesa:<br />
Pictionary<br />
Pictionary <br />
<br />
Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de<br />
memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de<br />
perceptiva;<br />
Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />
degenerativas.<br />
15:00-<br />
16:00<br />
Jogo de<br />
cartas<br />
Coordenação <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong>s entrevistas.<br />
Realização de um jogo de mesa - Pictionary. Este jogo permite ao i<strong>do</strong>so desenhar uma<br />
palavra, pensar e dizer diferentes sinónimos para as diferentes palavras. É um jogo<br />
mental que tem como objectivo aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral, retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong><br />
per<strong>da</strong> de memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de perceptiva, bem como de prevenir o<br />
surgimento de <strong>do</strong>enças degenerativas.<br />
Cartas Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />
Aumentar o conhecimento de outros<br />
jogos de cartas, que os i<strong>do</strong>sos não<br />
tenham conhecimento;<br />
Promover o convívio e a interacção<br />
entre utentes.
A realização de um jogo de cartas não conheci<strong>do</strong> pelos i<strong>do</strong>sos teve como objectivo<br />
aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral e desenvolver um jogo com diferentes regras.<br />
De segui<strong>da</strong> solicitei que fossem eles a indicar novos jogos, ten<strong>do</strong> fica<strong>do</strong> a conhecer os<br />
seguintes jogos: o “Burro relincham”, “o Burro conta<strong>do</strong>” e o “Burro”, que desconhecia<br />
até então jogos.<br />
Avaliação/Observação: Apesar de ter o cui<strong>da</strong><strong>do</strong> de avisar os utentes acerca horário <strong>da</strong>s<br />
activi<strong>da</strong>des, poucos compareceram. São muitos os i<strong>do</strong>sos que estão em suas casas até à<br />
hora <strong>da</strong>s refeições. Alguns ain<strong>da</strong> têm o tempo ocupa<strong>do</strong> com a sua horta. Pude verificar<br />
que os i<strong>do</strong>sos estão bastante limita<strong>do</strong>s a nível mental ao executar um jogo que tinha<br />
como finali<strong>da</strong>de descobrir uma palavra através <strong>da</strong> minha mica e desenho. Alguns<br />
queixaram-se, dizen<strong>do</strong> que se sentiam cansa<strong>do</strong>s e estavam a ficar com <strong>do</strong>res de cabeça.<br />
Ao realizar o jogo de cartas foram poucos os i<strong>do</strong>sos que o compreenderam pois<br />
estavam-se sempre a lamentar que “já não era para a cabeça deles”
Dia 15/07<br />
Local: Sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Recolha de jogos Papel<br />
11:00 “Antigos”<br />
Caneta<br />
14:00-<br />
15:00<br />
Activi<strong>da</strong>de de<br />
expressão e<br />
comunicação<br />
Recolha de jogos “Antigos”<br />
Fiz uma lista com to<strong>do</strong>s os jogos que a pouco e pouco os utentes se iam lembran<strong>do</strong>. De<br />
segui<strong>da</strong> vou apresenta-la:<br />
To<strong>do</strong>s tradicionais<br />
Jogo <strong>do</strong> botão;<br />
Jogo <strong>do</strong> anel;<br />
“Varre varre vassourinha”<br />
Cabra cega;<br />
Jogo <strong>do</strong> lenço;<br />
Jogo <strong>do</strong> lenço – em que se circula por fora de uma ro<strong>da</strong>;<br />
“Quente, morno e frio”<br />
Bom Barqueiro<br />
Fito (com pedras);<br />
Malha;<br />
Objectivos<br />
Troca de experiencias e<br />
vivencias;<br />
Reviver acontecimentos<br />
passa<strong>do</strong>s;<br />
Valorizar os seus<br />
conhecimentos e mostrar que o<br />
seu contributo pode ser<br />
fun<strong>da</strong>mental para que estes<br />
jogos não caiam em<br />
esquecimento<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de<br />
memória.<br />
Cadeiras Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de<br />
memória;<br />
Permitir a troca de ideias, opiniões<br />
e emoções.<br />
Reviver experiências.
Chona (pareci<strong>do</strong> com a malha mas com a diferença em que o material é feito de<br />
madeira);<br />
Relão (apanha<strong>da</strong>);<br />
“Ó vizinha dá-me lume ”<br />
Martelinho<br />
Necas<br />
Capar a água (pedras na água);<br />
Berlinde;<br />
Traganinho;<br />
Pilha três (agarra<strong>da</strong>);<br />
Arco (arco de madeira, com qual as crianças corriam umas atrás <strong>da</strong>s outras);<br />
Jogo <strong>da</strong> Barra/palanca;<br />
Jogo <strong>do</strong> Ferro;<br />
Raoula;<br />
Jogo <strong>do</strong> saco;<br />
Cor<strong>da</strong>;<br />
Sapo (pareci<strong>do</strong> com a malha mas com pedras);<br />
Pião:<br />
“Raia bota fora”;<br />
“Cuspinho”.<br />
Pião de Bronca (maior que o anterior).<br />
Activi<strong>da</strong>de de comunicação e expressão: Jogo: “Eu conheço…”<br />
Os i<strong>do</strong>sos formam uma ro<strong>da</strong> <strong>da</strong>n<strong>do</strong> as mãos uns aos outros e de costas volta<strong>da</strong>s para o<br />
centro <strong>da</strong> ro<strong>da</strong>. O jogo tem início com um <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, tiran<strong>do</strong> à sorte, a dizer:”Eu sou<br />
amigo de um senhor/senhora que é …(descreve fisicamente) e gosta de…”.<br />
O jogo que está a ser indica<strong>do</strong> terá de dizer: “Sou eu, a/o (nome de mãos <strong>da</strong><strong>da</strong>s) ”. Em<br />
segui<strong>da</strong>, é este i<strong>do</strong>so que vai falar a outro e assim sucessivamente.<br />
O jogo termina com to<strong>do</strong>s os joga<strong>do</strong>res vira<strong>do</strong>s para o centro <strong>da</strong> ro<strong>da</strong>.<br />
Este jogo tem como objectivos: retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de memória, permitir a troca<br />
de ideias opiniões e emoções e reviver experiências.
Avaliação/Observação: No horário de manhã só tive três pessoas para participar na<br />
activi<strong>da</strong>de mas à tarde pude contar com mais três pessoas a executarem as activi<strong>da</strong>des<br />
propostas.<br />
O número de participantes aumentou mas ain<strong>da</strong> são poucos a participar nas activi<strong>da</strong>des.<br />
Notei que o jogo de cartas aprendi<strong>do</strong> no dia anterior já era conheci<strong>do</strong> e aceite por to<strong>do</strong>s<br />
os utentes<br />
Dia 16/07<br />
Local: Sala de convivo<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
10:00-<br />
11:30<br />
14:30-<br />
16:30<br />
Na sessão <strong>da</strong> manhã realizámos alguns jogos de apresentação e alguns jogos de<br />
exploração <strong>do</strong> corpo.<br />
Jogos de apresentação:<br />
Jogos de bola<br />
Activi<strong>da</strong>des de<br />
expressão físico-<br />
motora<br />
Visualização de<br />
filmes<br />
Separar os i<strong>do</strong>sos em <strong>do</strong>is grupos se for necessário. Colocá-los de mãos <strong>da</strong><strong>da</strong>s em forma<br />
de círculo. Podem se realizar três tipos diferentes de jogos com bola.<br />
No primeiro a anima<strong>do</strong>ra dá a bola a um i<strong>do</strong>so <strong>do</strong> círculo, (escolhi<strong>do</strong> ao acaso). De<br />
segui<strong>da</strong> esse utente terá de lançar a bola a outro colega. Ao mesmo tempo que lança a<br />
bola terá de dizer o seu nome.<br />
Bola; Aumentar <strong>do</strong> auto-<strong>do</strong>mínio,<br />
Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des<br />
físicas,<br />
Combater o sedentarismo e o<br />
stress,<br />
Cassete ou<br />
DVD;<br />
Leitor de<br />
cassetes ou de<br />
DVD s<br />
Aumentar a auto-estima.<br />
Divertir as pessoas e o<br />
grupo;<br />
Promover o convívio e<br />
divulgar os<br />
conhecimentos, artes e<br />
saberes.
O segun<strong>do</strong> jogo é idêntico ao acima referi<strong>do</strong>, mas no momento em que o utente lança a<br />
bola terá de dizer não o seu nome mas sim o <strong>do</strong> colega a quem está a lançar a bola.<br />
O último jogo com bola consiste em passar à boa a pessoa que se encontra à nossa<br />
direita e dizer o seu nome.<br />
Ritmo<br />
Este jogo divide-se em três partes.<br />
Na primeira parte, os i<strong>do</strong>sos devem bater duas vezes na parte superior <strong>da</strong>s pernas, de<br />
segui<strong>da</strong> devem bater as palmas também duas vezes consecutivas e por fim estalar os<br />
de<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s duas mãos, começan<strong>do</strong> pela mão direita e terminan<strong>do</strong> na esquer<strong>da</strong>. Após essa<br />
coordenação de movimentos os i<strong>do</strong>sos devem dizer o nome ao mesmo tempo que<br />
estalam os de<strong>do</strong>s <strong>da</strong> mão direita e ao mesmo tempo que estalam os de<strong>do</strong>s <strong>da</strong> mão<br />
esquer<strong>da</strong> devem dizer o nome <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so que se encontra à sua esquer<strong>da</strong>.<br />
Na segun<strong>da</strong> parte, os utentes com a mesma coordenação de movimentos, mas em vez de<br />
dizer o seu nome quan<strong>do</strong> estalam os de<strong>do</strong>s <strong>da</strong> mão direita, devem dizer o nome <strong>da</strong><br />
pessoa que se encontra no seu la<strong>do</strong> direito e dizer o seu nome quan<strong>do</strong> estalar os de<strong>do</strong>s<br />
<strong>da</strong> mão esquer<strong>da</strong> (ou seja o inverso <strong>da</strong> anterior).<br />
Na terceira parte, também com a mesma coordenação de movimentos, ao estalar a mão<br />
direita o i<strong>do</strong>so deve dizer o nome <strong>da</strong> pessoa que se encontra à sua direita, ao estalar os<br />
de<strong>do</strong>s <strong>da</strong> mão esquer<strong>da</strong> tem de dizer o nome <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so que se encontra no la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong>.<br />
Rima com o nome<br />
A anima<strong>do</strong>ra deve colocar os i<strong>do</strong>sos em círculo. De segui<strong>da</strong> ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so terá de fazer<br />
uma rima com o seu nome.<br />
Nomes<br />
Ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so pensa nas iniciais <strong>do</strong> seu nome e inventa uma activi<strong>da</strong>de ten<strong>do</strong> aquelas<br />
como ponto de parti<strong>da</strong>. Por exemplo: Francisco Beja – fabricar bolas; José Manuel Topa<br />
– jogar mal ténis; Cristina Madureira – contar moscas. Em ro<strong>da</strong> e à vez, ca<strong>da</strong> utente diz<br />
o seu nome e a sua activi<strong>da</strong>de.
E em jogos seguintes, ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so inventa uma activi<strong>da</strong>de para o colega que se encontra<br />
à sua direita ou à sua esquer<strong>da</strong>.<br />
Excelências<br />
Aos pares, tem uma conversa inserin<strong>do</strong> a palavra “excelência” entre ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s<br />
palavras <strong>da</strong> frase. Por exemplo, um diz: “eu, excelência, posso, excelência, sentar-me,<br />
excelência, aqui, excelência?”, e o outro, responde: “não, excelência, a, excelência,<br />
cadeira, excelência, está, excelência, parti<strong>da</strong>, excelência”, etc.<br />
Exploração expressiva <strong>do</strong> corpo:<br />
Parar … Continuar<br />
A anima<strong>do</strong>ra terá o papel de bater as palmas em diferentes ritmos. Os i<strong>do</strong>sos terão de<br />
estar atentos e com o mesmo ritmo bater os pés. Quan<strong>do</strong> a Anima<strong>do</strong>ra parar eles terão<br />
de parar sucessivamente.<br />
Tocar no nosso corpo<br />
Com o objectivo de conhecer as diferentes partes <strong>do</strong> nosso corpo, com a mão direita e<br />
esquer<strong>da</strong>. A anima<strong>do</strong>ra vai dizen<strong>do</strong> uma acção como por exemplo: tocar com a mão<br />
direita na face; toca no queixo; no peito; no rabo; na perna; no pé. Os i<strong>do</strong>sos têm de<br />
fazer essa acção.<br />
Espelho<br />
Colocar os i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong>is e <strong>do</strong>is, frente e frente. De segui<strong>da</strong> a anima<strong>do</strong>ra vai dizen<strong>do</strong> para<br />
os utentes tocarem com uma <strong>da</strong>s suas mãos nas diferentes partes <strong>do</strong> corpo. Se o colega<br />
se afasta <strong>do</strong> espelho o outro também se deve afastar.<br />
“Tocar com a mão direita na face, no queixo, no peito, no rabo, na perna, no pé, etc.<br />
Activi<strong>da</strong>des lúdicas: Na sessão <strong>da</strong> tarde visualizámos um filme: “A Comunicação <strong>do</strong>s<br />
animais” (45 minutos).<br />
Avaliação/Observação: Na parte na manhã to<strong>do</strong>s os i<strong>do</strong>sos que se encontravam na<br />
instituição realizaram as activi<strong>da</strong>des propostas com alegria e entusiasmo.
Na parte <strong>da</strong> tarde os i<strong>do</strong>sos compareceram ao visionamento <strong>do</strong> filme mas queixaram-se<br />
pois apesar de ser em português continha alguns comentários de um historia<strong>do</strong>r inglês.<br />
Dia 19/07<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />
Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />
Dia 20/07<br />
Local: Sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
10:00-<br />
11:30<br />
14:30-<br />
16:30<br />
Jogos e Rábulas:<br />
Provérbios<br />
começa<strong>do</strong>s por “A”<br />
Jogos de<br />
animação mental:<br />
sopas de letras,<br />
seguimento de<br />
números.<br />
Activi<strong>da</strong>des lúdicas: Jogos e Rábulas<br />
Para desenrolar esta activi<strong>da</strong>de, começámos por pesquisar e recolher vários provérbios<br />
começa<strong>do</strong>s por “A”.<br />
Após esse procedimento dividimos esses provérbios em duas pequenas frases nas quais<br />
a primeira frase era composta pela parte inicial <strong>do</strong> provérbio e a segun<strong>da</strong> ou seja o final<br />
era coloca<strong>do</strong> separa<strong>da</strong>mente.<br />
De segui<strong>da</strong> imprimimo-los em letras bastantes grandes.<br />
Desenrolar <strong>da</strong> sessão<br />
Dois papéis<br />
(parte inicial <strong>do</strong><br />
provérbio e parte<br />
final)<br />
Revistas com<br />
jogos mentais<br />
Desenvolver aptidões<br />
<strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos a nível de<br />
memória e leitura.<br />
Desenvolver o<br />
raciocínio abstracto;<br />
Desenvolver a<br />
criativi<strong>da</strong>de;<br />
Aumentar a activi<strong>da</strong>de<br />
cerebral;<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos de<br />
per<strong>da</strong> de memória e <strong>da</strong><br />
acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de<br />
perceptiva;<br />
Prevenir o surgimento<br />
de <strong>do</strong>enças<br />
degenerativas.
A to<strong>do</strong>s os i<strong>do</strong>sos foi entregue a parte inicial de um provérbio o objectivo <strong>do</strong> jogo era<br />
encontrar no meio de 10 diferentes o final <strong>do</strong> mesmo.<br />
De segui<strong>da</strong> dividimos os i<strong>do</strong>sos em grupos e fizemos um pequeno jogo no qual<br />
entravam os provérbios anteriormente fala<strong>do</strong>s e mais alguns começa<strong>do</strong>s pela mesma<br />
letra. O jogo decorreu <strong>da</strong> seguinte maneira: após a leitura <strong>do</strong> inicio de um provérbio os<br />
i<strong>do</strong>sos teriam de tentar adivinhar o seu final.<br />
No final <strong>da</strong> sessão perguntámos se ain<strong>da</strong> se lembravam de mais alguns provérbios<br />
começa<strong>do</strong>s por “A”,<br />
Com este jogo pôde testar as aptidões <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos a nível de memória e leitura.<br />
Activi<strong>da</strong>de cognitiva: Jogos de animação mental<br />
Os i<strong>do</strong>sos foram ensina<strong>do</strong>s a preencher sopas de letras de diversas formas, infelizmente<br />
sentiram muitas dificul<strong>da</strong>des em avistar as palavras pois têm já algumas limitações ao<br />
nível <strong>da</strong> visão. Para um melhor envolvimento tive de optar por lhes pedir apenas a<br />
definição <strong>do</strong>s objectos/animais presentes nas revistas compra<strong>da</strong>s e procurar eu mesma a<br />
palavra.<br />
Quantos a jogos de seguir números de forma a obter imagens, eles já mostraram mais<br />
interesse e dedicação.<br />
Avaliação/Observação: A sessão <strong>da</strong> manhã correu como espera<strong>do</strong>, os i<strong>do</strong>sos<br />
mostraram-se muito empenha<strong>do</strong>s com o jogo <strong>do</strong>s provérbios.<br />
Na sessão <strong>da</strong> tarde não se mostraram tão interessa<strong>do</strong>s pois a nível de visão as<br />
dificul<strong>da</strong>des já são muito visíveis. Não revelaram interesse em activi<strong>da</strong>des nas quais a<br />
paciência é fun<strong>da</strong>mental.
Dia 21/07<br />
Local: Sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Exercícios de expressão<br />
11:30<br />
dramática<br />
14:30-<br />
16:30<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: exercício de expressão dramática<br />
Imitar o chefe<br />
Organizam-se os i<strong>do</strong>sos numa ro<strong>da</strong> (senta<strong>do</strong>s em cadeiras) e escolhe-se um utente para<br />
ser o primeiro a começar o jogo. Este é o chefe e propõe uma acção (bater palmas, tocar<br />
num pé, baixar o tronco, etc.)<br />
To<strong>do</strong>s os <strong>da</strong> ro<strong>da</strong> imitam, reproduzin<strong>do</strong> o movimento proposto e, a um sinal <strong>do</strong><br />
anima<strong>do</strong>r, previamente estabeleci<strong>do</strong> (por exemplo um assobio), o utente seguinte na<br />
ro<strong>da</strong> passa a ser o chefe, propon<strong>do</strong> um novo movimento. O jogo só termina quan<strong>do</strong><br />
to<strong>do</strong>s os utentes tiverem passa<strong>do</strong> pelo papel de chefe.<br />
O Sério<br />
Na mesma organização que o anterior, escolhe-se um utente para ser o primeiro a<br />
começar o jogo. Esse é o sério, os outros utentes à vez têm de tentar que ele se ria<br />
fazen<strong>do</strong>-lhe caretas, macaca<strong>da</strong>s, contan<strong>do</strong> ane<strong>do</strong>tas, dizen<strong>do</strong> palavras engraça<strong>da</strong>s, etc.<br />
Quan<strong>do</strong> o sério se rir, cede o seu lugar àquele que venceu.<br />
O Rei man<strong>da</strong><br />
Exercícios de expressão<br />
física - motora<br />
Objectivos<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong><br />
de memória;<br />
Permitir a troca de ideias,<br />
opiniões e emoções.<br />
Reviver experiências.<br />
Aumentar <strong>do</strong> auto-<strong>do</strong>mínio,<br />
Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des<br />
físicas,<br />
Combater o sedentarismo e o<br />
stress,<br />
Aumentar a auto-estima.
Com os i<strong>do</strong>sos organiza<strong>do</strong>s como no jogo anterior, o anima<strong>do</strong>r começa o jogo, frente<br />
aos utentes, assumin<strong>do</strong> o papel de Rei. Para isso diz por exemplo, “o Rei man<strong>da</strong> rir!, o<br />
Rei man<strong>da</strong> comer uma banana!”.<br />
Percebi<strong>do</strong> o jogo, o anima<strong>do</strong>r deve <strong>da</strong>r a vez de Rei a um <strong>do</strong>s utentes.<br />
O que estás a fazer?<br />
Com os i<strong>do</strong>sos coloca<strong>do</strong>s em círculo, o anima<strong>do</strong>r começa o jogo, frente aos utentes<br />
miman<strong>do</strong> uma acção, por exemplo, varrer o chão. O utente <strong>do</strong> seu la<strong>do</strong> direito terá de<br />
lhe perguntar: “O que estás a fazer?”, ao que ele deve responder, por exemplo, estou a<br />
lavar pratos!, isto é a resposta não pode coincidir com a acção que está a mimar.<br />
Somos nós<br />
Com os i<strong>do</strong>sos organiza<strong>do</strong>s em pares, la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong>, o anima<strong>do</strong>r dá a ca<strong>da</strong> par um pe<strong>da</strong>ço<br />
de cor<strong>da</strong> ou fio. Um elemento <strong>do</strong> par segura uma ponta <strong>do</strong> fio com a mão direita e o<br />
outro segura a ponta com a mão esquer<strong>da</strong>. As mãos são passa<strong>da</strong>s para trás <strong>da</strong>s costas <strong>do</strong><br />
parceiro, fican<strong>do</strong> o par abraça<strong>do</strong>. Nessa posição eles terão de <strong>da</strong>r um nó na sua cor<strong>da</strong>.<br />
Além dessa acção podem se realizar diferentes acções.<br />
Marmela<strong>da</strong><br />
Com os i<strong>do</strong>sos numa ro<strong>da</strong>, um utente escolhi<strong>do</strong> pelo anima<strong>do</strong>r terá de sofrer um<br />
interrogatório no qual terá de responder sempre “Marmela<strong>da</strong>”. As perguntas são feitas à<br />
vez e por ordem, pelos colegas <strong>da</strong> ro<strong>da</strong>, e o i<strong>do</strong>so que responde não pode dizer nenhuma<br />
outra palavra, nem rir-se, procuran<strong>do</strong> manter um ar natural.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora:<br />
Enchimento <strong>do</strong> balão<br />
Sopro: Com os utentes agrupa<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is a <strong>do</strong>is, um <strong>do</strong>s elementos deve emitir um sopro, e<br />
o outro vai-se mol<strong>da</strong>r como se fosse um balão, consoante o sopro <strong>do</strong> seu colega, até<br />
rebentar.<br />
Bomba: Igual à última fase, mas em vez de soprar deve com o pé fingir que está a<br />
encher o balão com uma bomba de ar.
“ Estatua”<br />
Colocar os utentes <strong>do</strong>is a <strong>do</strong>is. Um elemento fica com o papel de escultor e o outro é a<br />
estátua. O utente que ficou com o papel de escultor deve mol<strong>da</strong>r o outro colega à sua<br />
vontade. Por fim invertem-se os papéis.<br />
Papagaio de papel<br />
Um <strong>do</strong>s utentes faz de menino na praia, e outro faz de papagaio de papel. O menino<br />
controla o papagaio, o outro elemento deve fazer o movimento como se fosse um<br />
papagaio a ser manipula<strong>do</strong> (para isso deve manter o corpo relaxa<strong>do</strong>).<br />
“O que está mal?”<br />
Neste jogo escolhe-se um voluntário entre os utentes. O voluntário sai <strong>da</strong> sala. De<br />
segui<strong>da</strong>, são troca<strong>do</strong>s elementos <strong>do</strong>s utentes como relógios, roupa, óculos. O voluntário<br />
regressa à sala e tenta observar o que está mal e ver a quem pertence aquele objecto.<br />
Avaliação/Observação: Nesta sessão <strong>da</strong> manhã os i<strong>do</strong>sos participaram activamente nos<br />
jogos de dramatização, houve muitas risa<strong>da</strong>s e alegria. Foi a primeira sessão em que vi a<br />
alegria estampa<strong>da</strong> nas suas caras e que ouvi este jogo é muito diverti<strong>do</strong>!!.<br />
À tarde realizámos activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora mas houve menos<br />
participação de i<strong>do</strong>sos devi<strong>do</strong> à visita de familiares.
Dia 22/07<br />
Local: Sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Activi<strong>da</strong>des de<br />
11:30<br />
desenvolvimento<br />
14:30-<br />
16:30<br />
Activi<strong>da</strong>des promotoras de desenvolvimento pessoal:<br />
Pensamento positivo<br />
Começa-se por uma ponta <strong>do</strong> grupo e pede-se para dizem um acontecimento negativo.<br />
O colega <strong>do</strong> la<strong>do</strong> deve dizer um pensamento positivo sobre o referi<strong>do</strong> acontecimento.<br />
Brasão familiar<br />
O objectivo deste jogo é fazer com que a pessoa se conheça melhor, perguntan<strong>do</strong> coisas<br />
como por exemplo: Qual o animal é que gostarias de ser?, Qual foi o maior fracasso que<br />
teve?, Qual o seu lema de vi<strong>da</strong>? Qual foi o maior sucesso que obteve?, Quais os<br />
objectivos para os próximos dez anos?, Diga uma coisa que as pessoas não sabem a seu<br />
respeito?.<br />
pessoal<br />
Recolha de músicas<br />
<strong>do</strong> seu tempo<br />
Objectivos pessoais<br />
Pedir a ca<strong>da</strong> elemento <strong>do</strong> grupo para apresentar uma meta ou objectivo pessoal a curto<br />
prazo um poucas palavras: “Que coisas querem e podem fazer agora ou <strong>da</strong>qui a um<br />
mês?”. Dar um minuto para as pessoas pensarem. Este jogo tem como objectivo a<br />
partilha de experiências.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: recolha de músicas <strong>do</strong> seu tempo.<br />
Avaliação/Observação: De manhã partilhámos muitas histórias de vi<strong>da</strong> pois os i<strong>do</strong>sos<br />
tinham muita vontade de contar as suas aventuras e vitórias.<br />
Objectivos<br />
Incentivar os utentes para se<br />
relacionarem uns com os outros de<br />
forma a proporcionar trocas de<br />
experiencias e vivencias;<br />
Troca de ideias, opiniões,<br />
sugestões e vivencias
À tarde recolhi com eles poucas músicas, pôde notar que já estão muito limita<strong>do</strong>s a<br />
nível mental e que têm pouca vontade de realizar activi<strong>da</strong>des que os façam “puxar” pela<br />
memória.<br />
Dia 23/07<br />
Local: Sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Análise de<br />
11:30<br />
uma pintura<br />
14:30-<br />
16:30<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica<br />
Análise subjectiva de uma pintura de Pablo Picasso- Guernica.<br />
Recolha e análise de diferentes texturas de objectos <strong>da</strong> sala de convívio.<br />
No final <strong>da</strong> sessão os utentes teriam de fazer um exercício de memória no qual teriam de<br />
se lembrar de to<strong>do</strong>s os objectos que usaram na realização <strong>do</strong> exercício anterior.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: exercícios com arcos e bolas<br />
O anima<strong>do</strong>r coloca os arcos em diferentes posições. De segui<strong>da</strong> os i<strong>do</strong>sos terão de<br />
acertar dentro <strong>do</strong> arco. Ganha quem conseguir acertar mais vezes.<br />
De segui<strong>da</strong> com a aju<strong>da</strong> de cadeiras e mesas <strong>da</strong> sala de convívio fizemos uma baliza. À<br />
medi<strong>da</strong> que eram coloca<strong>da</strong>s três bolas segui<strong>da</strong>s dentro <strong>da</strong> respectiva baliza o i<strong>do</strong>so<br />
vencia.<br />
Dia 26/07<br />
Exercícios<br />
com arcos e<br />
bolas<br />
Arcos;<br />
bolas<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />
Objectivos<br />
Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />
possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />
através <strong>da</strong>s artes plásticas de forma<br />
a fazer com que ele dê largas à sua<br />
imaginação e criativi<strong>da</strong>de;<br />
Desenvolver a precisão manual.<br />
Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />
Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />
Combater o sedentarismo e o stress,<br />
Aumentar a auto-estima.
Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />
Dia 27/07<br />
Local: Sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Visionamento Cassete<br />
11:30<br />
de um filme<br />
Leitor de<br />
cassetes<br />
14:30-<br />
16:30<br />
Activi<strong>da</strong>des<br />
cognitivas<br />
Activi<strong>da</strong>des lúdicas: visionamento <strong>do</strong> filme: “Fátima”<br />
Objectivos<br />
Divertir as pessoas e o grupo;<br />
Promover o convívio e<br />
divulgar os conhecimentos,<br />
artes e saberes.<br />
Desenvolver o raciocínio<br />
abstracto;<br />
Desenvolver a criativi<strong>da</strong>de;<br />
Aumentar a activi<strong>da</strong>de<br />
cerebral;<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de<br />
memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e<br />
veloci<strong>da</strong>de perceptiva;<br />
Prevenir o surgimento de<br />
<strong>do</strong>enças degenerativas<br />
Activi<strong>da</strong>des cognitivas: jogos <strong>da</strong>s diferenças e desenho com contagem de números
Dia 28/07<br />
Local: Sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Exercícios de expressão<br />
11:30<br />
dramática<br />
14:30-<br />
16:30<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação – Expressão Dramática<br />
Gestos<br />
Exercícios de expressão<br />
físico - motora<br />
Organizar os i<strong>do</strong>sos em fila. A anima<strong>do</strong>ra ensina ao primeiro i<strong>do</strong>so <strong>da</strong> fila, sem que os<br />
outros vejam, uma sequência de gestos (por exemplo esfregar o nariz, bater as palmas e<br />
cruzar os braços). O i<strong>do</strong>so aprende os gestos e vai buscar o colega seguinte, <strong>da</strong> fila, a<br />
quem ensina os gestos, que aquele ensinará, por sua vez, a outro colega. O jogo segue<br />
até que o último i<strong>do</strong>so <strong>da</strong> fila conheça a sequência de gestos, altura em que esta é<br />
compara<strong>da</strong> com a sequência que o primeiro i<strong>do</strong>so aprendeu.<br />
Num segun<strong>do</strong> jogo, a sequência é inverti<strong>da</strong> por um <strong>do</strong>s utentes.<br />
Muitos gestos<br />
Com os utentes em ro<strong>da</strong>, senta<strong>do</strong>s, o anima<strong>do</strong>r escolhe um utente para começar uma<br />
sequência de gestos. O i<strong>do</strong>so começa por dizer que tarefa se propõe fazer (exemplo:<br />
fazer uma omelete) e mima um primeiro gesto (por exemplo: partir um ovo). O colega à<br />
sua direita repete este gesto e acrescenta-lhe um segun<strong>do</strong> (neste caso, parte o ovo e a<br />
seguir mexe-o com um garfo). O terceiro joga<strong>do</strong>r repete os <strong>do</strong>is gestos anteriores e<br />
acrescenta, por sua vez, mais um gesto à sequência anterior.<br />
Objectivos<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong><br />
de memória;<br />
Permitir a troca de ideias,<br />
opiniões e emoções.<br />
Reviver experiências.<br />
Aumentar a auto-<strong>do</strong>mínio,<br />
Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des<br />
físicas,<br />
Combater o sedentarismo e o<br />
stress,<br />
Aumentar a auto-estima.
O jogo continua até que a tarefa seja concluí<strong>da</strong>, neste caso, até que a omelete fique<br />
pronta e o último joga<strong>do</strong>r a possa comer!<br />
Feito de…<br />
Com os i<strong>do</strong>sos organiza<strong>do</strong>s numa ro<strong>da</strong>, o primeiro a jogar diz: “isto é feito de…” (cola,<br />
geleia, penas, ar. água, dinamite, etc.) e passa o objecto imaginário ao colega <strong>da</strong> direita.<br />
Este recebe o objecto, reagin<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com as características deste (por exemplo, se<br />
o objecto for feito de cola, os joga<strong>do</strong>res podem ter dificul<strong>da</strong>de em libertar-se <strong>do</strong><br />
objecto). O segun<strong>do</strong> joga<strong>do</strong>r passa, por sua vez, o objecto ao colega seguinte, mas<br />
primeiro mu<strong>da</strong>-lhe a proprie<strong>da</strong>de, dizen<strong>do</strong> também: “isto é feito de…”. O jogo<br />
prossegue à volta, de mo<strong>do</strong> a que to<strong>do</strong>s os joga<strong>do</strong>res recebam e passem o objecto<br />
imaginário.<br />
Variante: o objecto que é passa<strong>do</strong> na ro<strong>da</strong> é atira<strong>do</strong> em movimento cruza<strong>do</strong>,<br />
transforman<strong>do</strong>-se no ar. Assim, o i<strong>do</strong>so que o atira diz, por exemplo: “Isto é uma<br />
bomba!” e lança-o de acor<strong>do</strong> com essa proprie<strong>da</strong>de. Por sua vez, o i<strong>do</strong>so a quem o<br />
objecto é dirigi<strong>do</strong>, no momento em que o recebe, diz, por exemplo: “Isto é um jornal” e<br />
mima o gesto de apanhar um jornal, e não uma bomba.<br />
A maçã<br />
Com os utentes em ro<strong>da</strong>, o anima<strong>do</strong>r propõe uma tarefa, por exemplo, descascar uma<br />
maçã. A tarefa vai sen<strong>do</strong> mima<strong>da</strong>, por ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so, à vez, numa sequência ordena<strong>da</strong> de<br />
gestos, com a particulari<strong>da</strong>de de a maçã ir varian<strong>do</strong> de tamanho ao longo <strong>da</strong> ro<strong>da</strong>.<br />
Assim, o primeiro joga<strong>do</strong>r passa a maçã para o colega <strong>da</strong> direita e diz: “<strong>do</strong>brar!”. O<br />
segun<strong>do</strong> joga<strong>do</strong>r tem, então de mimar o descascar uma maça com o <strong>do</strong>bro <strong>do</strong> tamanho<br />
<strong>da</strong>quela que o colega anterior tinha na mão.<br />
O jogo continua, com a maçã a <strong>do</strong>brar de tamanho de ca<strong>da</strong> vez que é passa<strong>da</strong> na ro<strong>da</strong>,<br />
até que o tamanho seja tal que o joga<strong>do</strong>r que tem de a descascar deci<strong>da</strong> que já não é<br />
possível continuar. Neste caso, passa a maçã e diz, muito simplesmente: “metade!” e a<br />
maçã passa a diminuir de tamanho. À medi<strong>da</strong> que vai circulan<strong>do</strong>, até que fique<br />
demasia<strong>do</strong> pequena e alguém precise de a fazer, de novo, crescer.<br />
Isto é…
Numa ro<strong>da</strong>, o anima<strong>do</strong>r/a põe a circular um objecto imaginário (por exemplo: uma bola,<br />
um lápis, um grilo, um copo cheio de água, uma faca, um bebé, um espelho, etc.),<br />
dizen<strong>do</strong>: “isto é… ”. Ca<strong>da</strong> utente, um silêncio, recebe o objecto <strong>da</strong> maneira que lhe<br />
parece mais adequa<strong>da</strong> e mantém-no o tempo suficiente para se compenetrar dele e sentir<br />
que, de facto, tem aquele objecto nas mãos.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora:<br />
Em círculo, de pé ou senta<strong>do</strong>s em cadeiras. Trata-se de um circuito no qual são<br />
combina<strong>do</strong>s movimentos marca<strong>do</strong>s (tipo <strong>da</strong>nça) e expressão corporal (trabalho inter-<br />
relação).<br />
Na parte A, serão marca<strong>do</strong>s os calcanhares, as pontas, calcanhar – ponta - calcanhar,<br />
complican<strong>do</strong> os movimentos em função <strong>da</strong> autonomia <strong>do</strong> grupo.<br />
Na parte B, serão feitos distintos tipos de sau<strong>da</strong>ções em função <strong>da</strong> “i<strong>da</strong>de imaginária”<br />
estabeleci<strong>da</strong>. A marcha também deve corresponder à i<strong>da</strong>de.<br />
Caminhar como pessoas de 98 anos. Cumprimentar com um leve giro de<br />
cabeça para a direita ou para a esquer<strong>da</strong>.<br />
80 anos completos. Dar a mão de forma convencional.<br />
70 anos. Enérgicos. Unir ambas as mãos com os colegas.<br />
Homens vigorosos de 50 anos. Dar tapas nas costas.<br />
Executivos de 30 anos. Não olhar, não tocar, esquivar-se, acenar com a mão<br />
direita, marchar perna esquer<strong>da</strong> e alternar.<br />
A<strong>do</strong>lescentes. Puxar a orelha<br />
Em colunas alinha<strong>da</strong>s.<br />
Exercício aeróbio. Passos de aeróbica de baixo impacto uni<strong>do</strong>s e representações<br />
de distintos desportos:<br />
Futebol: <strong>da</strong>r três chutos com a perna direita, em diagonal para o la<strong>do</strong><br />
esquer<strong>do</strong>, e parar ao ouvir o apito (o arbitro apita). Dar três chutos com a<br />
perna esquer<strong>da</strong>, em diagonal para a direita.<br />
Posição estática: boxe. Afastar as pernas na largura <strong>do</strong>s quadris, elevar os<br />
braços à altura <strong>da</strong> boca, manter os cotovelos semi- flexiona<strong>do</strong>s e os punhos
Dia 29/07<br />
fecha<strong>do</strong>s. Bater frontalmente, estenden<strong>do</strong> alterna<strong>da</strong>mente um braço e o outro<br />
para cima (acima <strong>da</strong> altura <strong>da</strong> cabaça).<br />
Basquete: <strong>da</strong>r <strong>do</strong>is passos para a direita. Estender os braços em cruz com as<br />
palmas <strong>da</strong>s mãos bem abertas, de frente para o espelho (defenden<strong>do</strong> a cesta).<br />
Voltar simulan<strong>do</strong> picar, com a mão direita, a bola. Fazer o mesmo com o la<strong>do</strong><br />
esquer<strong>do</strong>: ir defenden<strong>do</strong> a cesta e voltar pican<strong>do</strong> a bola.<br />
Footing: caminhan<strong>do</strong> no mesmo lugar. Dependen<strong>do</strong> <strong>da</strong> autonomia <strong>do</strong> grupo,<br />
fazer com deslocamento.<br />
Esqui: <strong>do</strong>is passos para a direita, e flexionar as pernas. Dar <strong>do</strong>is tempos e, com<br />
os braços em movimento de remar ou de mover o esqui, flexionar os<br />
cotovelos.<br />
Bicicleta: no mesmo lugar, elevar as pernas frontalmente (coincidir com o<br />
deslocamento para frente). Dar quatro passos. Manten<strong>do</strong> as pernas para a<br />
frente e a coluna recta (abaixa<strong>da</strong>); <strong>da</strong>r quatro passos para trás, ou qualquer tipo<br />
de variante, dependen<strong>do</strong>, <strong>da</strong> autonomia <strong>do</strong> grupo.<br />
Local: Sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
Objectivos<br />
10:00- Jogos de confiança Acelerar o conhecimento mútuo<br />
11:30<br />
<strong>do</strong> grupo;<br />
Partilhar experiências;<br />
Desenvolver a autentici<strong>da</strong>de <strong>do</strong><br />
grupo<br />
14:30-<br />
16:30<br />
Conversa/comentários<br />
de noticias<br />
Incentivar os utentes para se<br />
relacionarem uns com os outros<br />
de forma a proporcionar troca de<br />
experiencias e vivencias;<br />
Trocar ideias, opiniões;<br />
Transmitir sentimentos e<br />
emoções.<br />
Activi<strong>da</strong>des promotoras de desenvolvimento pessoal e social: jogos de confiança:<br />
Ca<strong>da</strong> elemento conta ao grupo uma experiência, um segre<strong>do</strong>, um me<strong>do</strong> ou uma<br />
emoção. No fim trocam opiniões (eu tive me<strong>do</strong> <strong>da</strong> escuridão e tenho problemas<br />
devi<strong>do</strong> a isso).
Uma pessoa irá conduzir outra através de obstáculos. A pessoa que for conduzi<strong>da</strong><br />
pelo colega fica com os olhos fecha<strong>do</strong>s. Quem conduzir coloca os seus braços sobre<br />
o ombro <strong>do</strong> colega e durante alguns minutos conduzirá, em silêncio o seu parceiro,<br />
por entre os obstáculos previamente coloca<strong>do</strong>s na sala. Decorri<strong>do</strong> um certo tempo<br />
revezam os papéis e o exercício prossegue.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: conversa/comentário de noticias – Posturas<br />
correctas, ten<strong>do</strong> em vista a prevenção <strong>do</strong> sedentarismo e <strong>do</strong> imobilismo<br />
Dia 30/07<br />
Local: Sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
10:00-<br />
11:30<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: colagens<br />
As colagens podem ser realiza<strong>da</strong>s como os seguintes materiais e superfícies, ten<strong>do</strong> em<br />
conta que ca<strong>da</strong> cola tem uma finali<strong>da</strong>de própria (cola de madeira, cola branca, cola<br />
super forte, etc.):<br />
Colagens Cola branca<br />
Cola de madeira;<br />
Revistas/jornais<br />
Restos de madeira;<br />
Lãs;<br />
Teci<strong>do</strong>s<br />
Colagens com recortes de revistas, livros e jornais;<br />
Colagens com restos de madeira, serradura, lãs, teci<strong>do</strong>s, etc.<br />
Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />
possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />
através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />
forma a fazer com que ele dê<br />
largas à sua imaginação e<br />
criativi<strong>da</strong>de;<br />
Desenvolver a precisão<br />
manual.
Dia 2/08<br />
Agosto<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />
Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />
Dia 3/08<br />
Local: sala de computa<strong>do</strong>res/ sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
10:00-<br />
11:30<br />
14:30-<br />
16:30<br />
Activi<strong>da</strong>des lúdicas: conceitos elementares de informática.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora:<br />
Jogo com arcos<br />
Com este jogo pretende-se passar o arco por to<strong>do</strong> o corpo, entran<strong>do</strong> pelos pés, subin<strong>do</strong><br />
pelas pernas e sain<strong>do</strong> pela cabeça. Pode-se fazer um círculo com vários participantes e<br />
vários arcos.<br />
Informática Computa<strong>do</strong>res <strong>Abrir</strong> novas<br />
possibili<strong>da</strong>des de contacto<br />
com outras pessoas e<br />
Exercícios de<br />
expressão físico<br />
– motora<br />
Variantes: fazer ro<strong>da</strong>r o arco ou passá-lo a um amigo e tentar enfiar um arco mais<br />
pequeno num pau ou atirar este para um arco maior.<br />
Jogo <strong>do</strong> pau<br />
Colocar o pau apoia<strong>do</strong> em <strong>do</strong>is suportes, passar por cima, saltan<strong>do</strong> ou passan<strong>do</strong> uma<br />
perna de ca<strong>da</strong> vez. A partir de uma certa altura pode-se passar por baixo.<br />
Uma mão<br />
Pau;<br />
Arcos.<br />
reali<strong>da</strong>des;<br />
Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />
Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des<br />
físicas,<br />
Combater o sedentarismo e<br />
o stress,<br />
Aumentar a auto-estima.
Em pé, com a mão direita tocar na nuca, na testa, no nariz, no ombro, no peito, no<br />
cotovelo, na anca, no joelho e no pé. Repetir coma mão esquer<strong>da</strong>.<br />
Passar a bola<br />
Uma bola para to<strong>do</strong> o grupo. O anima<strong>do</strong>r joga a bola, diz o nome de um país e depois<br />
passa a bola com a mão para um colega. Assim, sucessivamente, ca<strong>da</strong> pessoa joga a<br />
bola, diz o seu nome e passa-a. Quem deixar cair a bola ou não disser um nome, perde.<br />
Uma variante é atirar a bola ao ar, dizer um nome, a seguir outro nome, e tentar apanhá-<br />
la.<br />
Dia 4/08<br />
Local: Sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
10:00-<br />
11:30<br />
Construção de<br />
bandeiras<br />
Folhas de papel<br />
de se<strong>da</strong><br />
colori<strong>da</strong>s,<br />
Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />
possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />
através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />
Cordel,<br />
forma a fazer com que ele dê<br />
Tesouras,<br />
largas à sua imaginação e<br />
Cola<br />
criativi<strong>da</strong>de;<br />
Desenvolver a precisão<br />
manual.<br />
14:30- Exercícios de<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong><br />
16:30 expressão<br />
dramática<br />
<br />
de memória;<br />
Permitir a troca de ideias,<br />
opiniões e emoções.<br />
Reviver experiências.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: construção de bandeiras decorativas para a festa que<br />
se avizinha.<br />
Procedimentos:<br />
1. Dobra uma folha de papel de se<strong>da</strong> ao meio, três vezes:<br />
2. Dobra mais uma vez, mas no senti<strong>do</strong> vertical, como mostra a figura;<br />
3. Faz um corte na diagonal (de um canto ao outro <strong>da</strong> folha);<br />
4. Estende um cordel, espalha a cola no cordel (ou na bor<strong>da</strong> <strong>da</strong>s bandeirinhas) e<br />
cola-as.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: exercícios de expressão dramática
Isto é…<br />
Com os i<strong>do</strong>sos em ro<strong>da</strong>, o anima<strong>do</strong>r pega num objecto qualquer (moe<strong>da</strong>, um porta-<br />
chaves, um sapato etc.) e passa-o ao primeiro utente à sua direita, dizen<strong>do</strong>: “Isto é um<br />
papagaio”. O utente estranha a afirmação e pergunta ao anima<strong>do</strong>r: “Um quê?”. O<br />
anima<strong>do</strong>r insiste, coma convicção e naturali<strong>da</strong>de: “Um papagaio!”. O utente, uma vez<br />
esclareci<strong>do</strong>, passa o objecto ao colega <strong>da</strong> direita, informan<strong>do</strong>-o: “Isto é um papagaio!”.<br />
O colega estranha, naturalmente, tal afirmação e pergunta: “Um quê”. O i<strong>do</strong>so, que não<br />
ficou de to<strong>do</strong> convenci<strong>do</strong>, devolve a pergunta e o objecto ao anima<strong>do</strong>r: “Um quê?”, ao<br />
que o anima<strong>do</strong>r responde, obviamente: “Um papagaio!”. O utente faz passar de novo a<br />
informação e o objecto, confirman<strong>do</strong> ao colega seguinte: “Um papagaio!”, que, por sua<br />
vez, passa o objecto ao colega seguinte, com a mesma informação: “Isto é um<br />
papagaio”. O jogo prossegue em ro<strong>da</strong>, numa sequência alucinante de “Um quê?” e “Um<br />
papagaio”<br />
Variante: depois de os utentes estarem familiariza<strong>do</strong>s com a estrutura <strong>do</strong> jogo, o<br />
anima<strong>do</strong>r pode pôr em circulação <strong>do</strong>is objectos, em simultâneo, em senti<strong>do</strong> oposto (por<br />
exemplo: “Isto é um papagaio!”, para o objecto que circula para a direita, e “Isto é um<br />
hipopótamo!”, para o objecto que circula para a esquer<strong>da</strong>).<br />
Era uma vez, um gato maltês<br />
Com os i<strong>do</strong>sos numa ro<strong>da</strong>, o anima<strong>do</strong>r pede que se ponha a circular a frase: “Era uma<br />
vez um gato maltês; tocava piano e falava francês”, dizen<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> aluno, na sua vez, uma<br />
só palavra <strong>da</strong> frase. Isto é, o primeiro utente diz “Era”, o segun<strong>do</strong> “uma”, o terceiro<br />
“vez”, e assim sucessivamente, recomeçan<strong>do</strong> a frase tantas vezes, quantas as<br />
necessi<strong>da</strong>des.<br />
Variantes:<br />
Manten<strong>do</strong> a estrutura verbal <strong>do</strong> jogo anterior, ca<strong>da</strong> utente deve levantar os braços<br />
antes de dizer a palavra;<br />
Ao mesmo tempo que diz a palavra levanta um <strong>do</strong>s braços;<br />
Quan<strong>do</strong> diz a palavra o joga<strong>do</strong>r <strong>do</strong> seu la<strong>do</strong> direito faz o movimento <strong>do</strong> exercício<br />
anterior.<br />
Pingue-pongue
Com os utentes organiza<strong>do</strong>s em pares, frente a frente, o anima<strong>do</strong>r propõe uma serie de<br />
temas de jogo, a por exemplo (países, marcas de automóveis, animais, etc.). Ca<strong>da</strong> par<br />
joga uma parti<strong>da</strong> de pingue-pongue, atiran<strong>do</strong> palavras, um ao outro, dentro <strong>do</strong> tema. O<br />
utente que começa escolhe o tema e o primeiro a falhar ou repetir palavras perde a<br />
parti<strong>da</strong>.<br />
Variante: as palavras não obedecem a um tema, mas a uma regra tão simples como ca<strong>da</strong><br />
palavra ter de começar com a última letra <strong>da</strong> palavra anterior, não sen<strong>do</strong> permiti<strong>do</strong>s<br />
plurais (por exemplo: bacia, ananás, sapato, óculos, etc.).<br />
Animais<br />
Em ro<strong>da</strong>, os i<strong>do</strong>sos percorrem o abecedário, ten<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> um de inventar uma frase que<br />
contenha, obrigatóriamente e por esta ordem, um verbo, o nome de um animal e um<br />
nome de um país, começa<strong>do</strong>s pela mesma letra. Por exemplo: “pesquei uma pesca<strong>da</strong> em<br />
Portugal”.
Dia 5/08<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Conversa/comentário<br />
11:30<br />
de noticias<br />
14:30-<br />
16:30<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: Conversa/Comentário de notícia acerca <strong>do</strong><br />
problema - Alcoolismo<br />
Activi<strong>da</strong>de cognitivas: Puzzles<br />
Preparação: Estes puzzles foram feitos através de fotos escolhi<strong>da</strong>s por mim através <strong>do</strong><br />
site: http://www.flash-gear.com/npuz/ .<br />
Objectivos<br />
Incentivar os utentes para<br />
se relacionarem uns com os<br />
outros de forma a<br />
proporcionar trocas de<br />
experiências e vivências;<br />
Trocar ideias, opiniões,<br />
sugestões e vivencias<br />
Puzzles Puzzles Divertir as pessoas e o<br />
grupo;<br />
Promover o convívio e<br />
divulgar os conhecimentos,<br />
artes e saberes.
Dia 6/08<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
10:00- Exercícios de<br />
Aumentar a auto-<strong>do</strong>mínio,<br />
11:30<br />
percepção visual<br />
Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des<br />
físicas,<br />
Combater o sedentarismo e o<br />
stress,<br />
Aumentar a auto-estima.<br />
14:30- Visionamento de Cassete; Divertir as pessoas e o<br />
16:30 um filme<br />
Leitor de grupo;<br />
cassetes. Promover o convívio e<br />
divulgar os conhecimentos,<br />
artes e saberes.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: exercícios de percepção visual<br />
O que está mal?<br />
Escolhe-se um i<strong>do</strong>so. Este terá de sair <strong>da</strong> sala por uns instantes; de segui<strong>da</strong> os outros<br />
trocam um objecto entre eles (exemplo: óculos).<br />
O que havia saí<strong>do</strong> tem agora a missão de descobrir o objecto que está mal e a quem<br />
pertence.<br />
Falta algo…<br />
Com a mesma estrutura que o jogo anterior, desta vez os i<strong>do</strong>sos estão de olhos fecha<strong>do</strong>s<br />
e não vêem sair um <strong>do</strong>s elementos <strong>do</strong> grupo.<br />
Após ele ter saí<strong>do</strong> é pergunta<strong>do</strong> a um <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos qual foi o utente que saiu.<br />
Activi<strong>da</strong>des lúdicas: visionamento de um filme de vi<strong>da</strong> selvagem – “A luta pela vi<strong>da</strong>”<br />
Dia 9/08<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />
Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.
Dia 10/08<br />
Local: sala de computa<strong>do</strong>res/ sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
10:00-<br />
11:30<br />
14:30-<br />
16:30<br />
Activi<strong>da</strong>de lúdica: conceitos básicos de informática (utilização <strong>do</strong> Word para escrever<br />
pequenas frases sobres os i<strong>do</strong>sos participantes, como utilizar o rato e diversas outras<br />
teclas).<br />
Activi<strong>da</strong>de de expressão físico-motora:<br />
Jogo <strong>do</strong> papel higiénico<br />
Colocar os i<strong>do</strong>sos em filas senta<strong>do</strong>s. Entregar ao primeiro <strong>da</strong> fila um rolo de papel<br />
higiénico. Este passa-o por cima <strong>da</strong> cabeça, e os demais levantam os braços. Os<br />
participantes devem ir desenrolan<strong>do</strong> o papel, até que sobre apenas o rolo de cartão.<br />
Enfiar a caneta na garrafa<br />
Pegamos numa garrafa de vidro grosso, e colocamo-la no solo. Em segui<strong>da</strong> atamos um<br />
metro de cordel a uma caneta. O joga<strong>do</strong>r pode fazer diversos jogos como por exemplo:<br />
colocar-se de pé e agarran<strong>do</strong> a ponta <strong>do</strong> cordel colocar a caneta no interior <strong>da</strong> garrafa;<br />
atar o cordel à cintura de mo<strong>do</strong> a que o cordel fique pendura<strong>do</strong> nas costas, à altura <strong>do</strong>s<br />
joelhos.<br />
A um sinal <strong>do</strong> anima<strong>do</strong>r o joga<strong>do</strong>r tenta meter o lápis na garrafa, sem usar as mãos.<br />
Pé mágico<br />
Informática Computa<strong>do</strong>res <strong>Abrir</strong> novas<br />
possibili<strong>da</strong>des de<br />
contacto com outras<br />
Exercícios de<br />
expressão<br />
físico - motora<br />
Papel higiénico;<br />
Garrafa;<br />
Caneta/lápis;<br />
Livro<br />
Balões<br />
Como o objectivo de desenvolver a motrici<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s membros inferiores, nesta<br />
activi<strong>da</strong>de o i<strong>do</strong>so tenta virar as páginas de um livro com um <strong>do</strong>s seus pés.<br />
pessoas e reali<strong>da</strong>des;<br />
Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />
Desenvolver as<br />
capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />
Combater o sedentarismo<br />
e o stress,<br />
Aumentar a auto-estima.
Balões<br />
Primeiro encher os balões e posteriormente cheios podem-se fazer inúmeros jogos, tais<br />
como: mexer nos balões com os pés descalços, ro<strong>da</strong>r os balões nas mãos, passar o balão<br />
por debaixo <strong>da</strong> perna, <strong>do</strong> braço ou <strong>do</strong> tronco, ro<strong>da</strong>r os pulsos sem deixar cair os balões,<br />
etc.<br />
Dia 11/08<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
10:00- Bandeiras<br />
Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />
11:30<br />
festivas<br />
possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />
através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />
forma a fazer com que ele dê<br />
largas à sua imaginação e<br />
criativi<strong>da</strong>de;<br />
Desenvolver a precisão manual.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: aperfeiçoamento, finalização e exposição <strong>da</strong>s<br />
bandeiras festivas.<br />
Com a aju<strong>da</strong> de vários utentes foi possível esta activi<strong>da</strong>de. Até à <strong>da</strong>ta esta foi a<br />
activi<strong>da</strong>de que mais participantes obteve. Como a festa de Nossa Senhora <strong>da</strong> Assunção<br />
seria realiza<strong>da</strong> na locali<strong>da</strong>de na sexta-feira seguinte to<strong>do</strong>s quiseram aju<strong>da</strong>r, alguns na<br />
sua construção e outros na sua exposição.<br />
Para a sua colocação ao ar livre contámos com vários jovens <strong>da</strong> locali<strong>da</strong>de que se<br />
mostraram interessa<strong>do</strong>s em aju<strong>da</strong>r. Sem a sua aju<strong>da</strong> está fase seria muito mais<br />
complica<strong>da</strong>.
Dia 12/08<br />
Local: sala de convívio/ sala de exposições<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Exercícios de<br />
11:30<br />
expressão<br />
14:30-<br />
16:30<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação – Expressão Dramática<br />
Sorrisos e caretas<br />
Com os i<strong>do</strong>sos senta<strong>do</strong>s numa ro<strong>da</strong>, o anima<strong>do</strong>r escolhe um utente para começar o jogo,<br />
fazen<strong>do</strong> um sorriso e fingin<strong>do</strong> que o retira com a mão (como se fosse uma máscara).<br />
Com o sorriso na mão e com a expressão facial neutra, o aluno atira-o a um colega.<br />
Aquele que apanha o sorriso coloca-o na cara e transforma-o numa careta, que retira e<br />
atira, por sua vez, a outro colega. Este recebe a careta, coloca-a e transforma-a num<br />
sorriso, que a seguir retira e atira ao joga<strong>do</strong>r seguinte. O jogo prolonga-se numa<br />
sequência alterna<strong>da</strong> de sorrisos e caretas.<br />
Segre<strong>do</strong>s<br />
dramática<br />
Exposição e<br />
ven<strong>da</strong> de<br />
artesanato<br />
Exercícios de<br />
expressão cognitiva<br />
Objectivos<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de<br />
memória;<br />
Permitir a troca de ideias, opiniões e<br />
emoções.<br />
Reviver experiências.<br />
Vender materiais para a<br />
construção de um lar<br />
Desenvolver o raciocínio<br />
abstracto;<br />
Desenvolver a criativi<strong>da</strong>de;<br />
Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de<br />
memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e<br />
veloci<strong>da</strong>de perceptiva;<br />
Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />
degenerativas<br />
Na mesma sequência <strong>do</strong> jogo anterior, o anima<strong>do</strong>r põe em circulação uma frase<br />
segre<strong>da</strong>n<strong>do</strong>-a ao utente que está à sua direita. Por exemplo: “gosto muito de ovos<br />
estrela<strong>do</strong>s com batatas fritas!”. O utente, por sua vez, segre<strong>da</strong> esta mesma frase ao<br />
colega seguinte. Quan<strong>do</strong> a frase chegar ao último aluno, o que está à esquer<strong>da</strong> <strong>do</strong>
anima<strong>do</strong>r, já pode ser dita em voz alta, para que seja compara<strong>da</strong> com o segre<strong>do</strong> dito pelo<br />
anima<strong>do</strong>r. Numa segun<strong>da</strong> volta, deve ser um utente a pôr um segre<strong>do</strong> seu em circulação.<br />
Exposição e ven<strong>da</strong> de Artesanato<br />
O CSCRL promoveu uma exposição de artesanato na qual não faltaram ren<strong>da</strong>s e<br />
bor<strong>da</strong><strong>do</strong>s, e muitos outros trabalhos feitos <strong>do</strong> mesmo material.<br />
To<strong>do</strong> este material foi ofereci<strong>do</strong> pela comuni<strong>da</strong>de para a aju<strong>da</strong> na construção de um Lar<br />
de I<strong>do</strong>sos na locali<strong>da</strong>de.<br />
Com este fim montámos esta exposição.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão cognitiva: jogo de memória com cartas<br />
Colocam-se as cartas <strong>do</strong> avesso numa mesa em diversas filas sempre na horizontal.<br />
Os utentes coloca<strong>do</strong>s em círculo terão de virar uma carta e encontrar esse mesmo<br />
número ou figura nas restantes cartas coloca<strong>da</strong>s em cima <strong>da</strong> mesa, ten<strong>do</strong> apenas uma<br />
hipótese de acertar.<br />
Quan<strong>do</strong> o i<strong>do</strong>so não consegue encontrar a imagem pretendi<strong>da</strong> vira de novo as cartas e<br />
passa a vez ao utente <strong>da</strong> direita.<br />
Quan<strong>do</strong> acerta são manti<strong>da</strong>s as cartas nessa mesma posição.<br />
O jogo termina quan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os conjuntos de cartas forem encontra<strong>do</strong>s.
Dia 13/08<br />
Local: recinto <strong>da</strong> instituição<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
14:30- Exercícios de expressão<br />
16:30 físico – motora<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora:<br />
Após os exercícios de aquecimento os utentes realizaram activi<strong>da</strong>des com cadeiras.<br />
Com a coluna recta e paralela ao encosto <strong>da</strong> cadeira, com as plantas <strong>do</strong>s pés apoia<strong>da</strong>s no<br />
chão e com as pernas paralelas no prolongamento <strong>da</strong> pélvis (esqueleto <strong>da</strong> pelve) esta é<br />
forma<strong>da</strong> pelos ossos: Cóccix, Sacro e Osso <strong>do</strong> quadril.<br />
Deixar a cabeça recta e o olhar bem à frente, a nuca estendi<strong>da</strong>, e o esqueleto apoia<strong>do</strong><br />
sobre o seu suporte natural. Com as nádegas coloca<strong>da</strong>s nem muito para a frente (para<br />
evitar curvar a coluna) e nem muito para trás (para não arquear a região lombar).<br />
Como o objectivo de trabalhar a mobili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s quadris realizaram-se as seguintes<br />
activi<strong>da</strong>des:<br />
Balanço <strong>da</strong>s duas partes salientes <strong>da</strong> pélvis. Fazer oscilação para a frente e para<br />
trás, arre<strong>do</strong>n<strong>da</strong>n<strong>do</strong> a pélvis. Ao ir para a frente, inspirar; uma vez que o<br />
movimento <strong>da</strong> pélvis já tem uma inércia, imaginar que, balançan<strong>do</strong>, amplia-se<br />
um pouco o movimento ao restante <strong>da</strong>s costas;<br />
Desenhar círculos com as nádegas, sentin<strong>do</strong> uma grande tranquili<strong>da</strong>de e<br />
relaxamento;<br />
Manten<strong>do</strong> um pé apoia<strong>do</strong> no chão, elevar a outra perna até ficar na horizontal;<br />
Elevar as duas pernas ao mesmo tempo.<br />
Objectivos<br />
Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />
Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des<br />
físicas,<br />
Combater o sedentarismo e<br />
o stress,<br />
Aumentar a auto-estima.
Dia 16/08<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />
Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />
Dia 17/08<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Exercícios com Bastões<br />
11:30<br />
bastões<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: exercícios com bastões<br />
Segurar o bastão com as mãos, horizontalmente ao chão. Erguer os braços de<br />
forma que o bastão passe por cima <strong>da</strong> cabeça, fican<strong>do</strong> atrás desta.<br />
Segurar o bastão com as mãos, horizontalmente ao chão, e balançá-lo para a<br />
direita e para a esquer<strong>da</strong>.<br />
Segurar o bastão com as duas mãos, horizontalmente ao chão e, por trás <strong>da</strong><br />
cintura, separá-lo levemente <strong>do</strong> corpo e voltar.<br />
Partin<strong>do</strong> <strong>da</strong> posição anterior, flexionar a cabeça para a frente e voltar.<br />
Segurar o bastão sobre a cabeça, com os braços estica<strong>do</strong>s. Abaixá-lo na mesma<br />
altura <strong>da</strong> cintura e, simultaneamente, erguer uma <strong>da</strong>s pernas, flectin<strong>do</strong>-a. Voltar<br />
à posição inicial e fazer o mesmo com a outra perna.<br />
Flexionar o tronco para a frente, com os braços estica<strong>do</strong>s e o bastão ergui<strong>do</strong>.<br />
Segurar o bastão na horizontal, por trás <strong>da</strong> cintura, e flexionar levemente o<br />
tronco para a frente.<br />
Segurar o bastão, horizontalmente ao chão, com as mãos nas extremi<strong>da</strong>des.<br />
Flexionar as pernas, manten<strong>do</strong> ten<strong>do</strong> a coluna recta.<br />
Objectivos<br />
Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />
Desenvolver <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>des<br />
físicas,<br />
Combater o sedentarismo e o<br />
stress,<br />
Aumentar a auto-estima
Dia 18/08<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
Objectivos<br />
10:00- Futebol de Seis<br />
Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />
11:30<br />
papel<br />
<br />
palhas,<br />
Plasticina,<br />
possibili<strong>da</strong>de de se exprimir através<br />
<strong>da</strong>s artes plásticas de forma a fazer<br />
Mesa,<br />
com que ele dê largas à sua<br />
Pe<strong>da</strong>ço de imaginação e criativi<strong>da</strong>de;<br />
papel. Desenvolver a precisão manual.<br />
14:00- Conversa/ Incentivar os utentes para se<br />
16:30<br />
comentário de<br />
relacionarem uns com os outros de<br />
forma a proporcionar trocas de<br />
notícias<br />
experiencias e vivencias;<br />
Trocar ideias, opiniões, sugestões e<br />
vivencias<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: futebol de papel<br />
Como fazer:<br />
1. Primeiro vamos fazer as balizas: Pega em quatro <strong>da</strong>s palhinhas e põe-lhes um<br />
pe<strong>da</strong>ço de plasticina numa <strong>da</strong>s pontas, de maneira a se aguentarem de pé.<br />
2. Ca<strong>da</strong> palhinha é um poste <strong>da</strong>s balizas, em ca<strong>da</strong> ponta <strong>da</strong> mesa coloca duas, com<br />
o mesmo tamanho: um palmo teu, ou <strong>do</strong>is.<br />
3. Faz uma bolinha de papel muito pequena, de maneira a conseguires empurrá-la<br />
Como jogar:<br />
sopran<strong>do</strong> na palhinha.<br />
Ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so tem uma palha. Se forem mais <strong>do</strong> que <strong>do</strong>is joga<strong>do</strong>res, ca<strong>da</strong> equipa<br />
tem uma cor de palhinhas.<br />
Ca<strong>da</strong> joga<strong>do</strong>r (ou equipa) tem uma baliza.<br />
Tens que ir sopran<strong>do</strong> a bola de papel dentro <strong>do</strong> "campo de futebol" (é a mesa)<br />
até à baliza <strong>do</strong> outro joga<strong>do</strong>r.<br />
Ca<strong>da</strong> vez que se marca um golo ganha-se um ponto. Aquele que chegar primeiro<br />
aos 10 golos é o grande vence<strong>do</strong>r.<br />
Depois de ca<strong>da</strong> golo, o jogo recomeça com a bolinha ao meio <strong>da</strong> mesa.
Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: Conversa/Comentário acerca <strong>do</strong>s - Sonhos e o<br />
seu significa<strong>do</strong><br />
Dia 19/08<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Exercícios de Fita ou<br />
11:30<br />
expressão dramática lenço.<br />
14:00-<br />
16:30<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: exercício de expressão dramática<br />
Gato e Rato<br />
Jogos de animação<br />
mental<br />
Dois i<strong>do</strong>sos, um Gato e um Rato, de olhos ven<strong>da</strong><strong>do</strong>s, ocupam os extremos <strong>da</strong> sala. O<br />
objectivo <strong>do</strong> jogo consiste em o Gato tocar no Rato. A atenção de ambos deve<br />
concentrar-se em se ouvirem um ao outro.<br />
Sons e emoções<br />
Com os utentes senta<strong>do</strong>s numa ro<strong>da</strong>, o anima<strong>do</strong>r pede a ca<strong>da</strong> um, na sua vez, para fazer<br />
um som (por exemplo: porta a ranger, automóvel a arrancar ou a travas, vozes de<br />
animais, uma determina<strong>da</strong> frase dita em linguagem inverti<strong>da</strong>, uma determina<strong>da</strong> frase<br />
dita com raiva, com tristeza, etc.)<br />
Variante: escolher um som e passá-lo em ro<strong>da</strong>, para ver quantas variantes deste mesmo<br />
som se consegue produzir.<br />
Encontrar o som<br />
Objectivos<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de<br />
memória;<br />
Permitir a troca de ideias, opiniões e<br />
emoções.<br />
Reviver experiências.<br />
Desenvolver o raciocínio abstracto;<br />
Desenvolver a criativi<strong>da</strong>de;<br />
Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de<br />
memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de<br />
perceptiva;<br />
Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />
degenerativas
Com os i<strong>do</strong>sos aos pares, ca<strong>da</strong> utente, de olhos ven<strong>da</strong><strong>do</strong>s, tem de encontrar o seu<br />
parceiro, que emite um som para assinalar a sua presença.<br />
O jogo complica-se quan<strong>do</strong> é permiti<strong>do</strong> ao emissor <strong>do</strong> som circular pela sala.<br />
Quem falou<br />
Um i<strong>do</strong>so, de olhos ven<strong>da</strong><strong>do</strong>s, senta-se no centro <strong>da</strong> sala. Outro i<strong>do</strong>so aproxima-se e diz,<br />
disfarçan<strong>do</strong> a voz, uma frase estipula<strong>da</strong> (por exemplo: “está um lin<strong>do</strong> dia, não está?”). O<br />
i<strong>do</strong>so na berlin<strong>da</strong> tem duas tentativas para adivinhar o autor <strong>da</strong> voz. Se acertar, fica de<br />
novo na berlin<strong>da</strong>, se falhar, o outro toma o seu lugar.<br />
Romeu e Julieta<br />
Com os i<strong>do</strong>sos senta<strong>do</strong>s em círculo, um utente é o Romeu e ven<strong>da</strong> os olhos. Outro<br />
utente é a Julieta. O Romeu tem de apanhar a Julieta e para isso pergunta: “onde estás,<br />
Julieta?”. Esta tenta escapar ao Romeu, mas tem de responder-lhe imediatamente:<br />
“estou aqui!”, sempre que o Romeu chama por ela.<br />
Adivinhar sons<br />
Com os utentes de olhos fecha<strong>do</strong>s, o anima<strong>do</strong>r produz uma sequência de sons,<br />
utilizan<strong>do</strong> objectos e mobiliário <strong>da</strong> sala (por exemplo: rasgar papel, bater com um lápis<br />
na mesa, deixar cair uma moe<strong>da</strong>, etc.). Segui<strong>da</strong>mente, um i<strong>do</strong>so tenta adivinhar a<br />
sequência de sons.<br />
O jogo pode prosseguir, sen<strong>do</strong> agora um utente a inventar a sua sequência de sons.<br />
Activi<strong>da</strong>de cognitiva: jogos de animação mental -Sopa de letras original - com os nomes<br />
<strong>do</strong>s utentes e funcionários<br />
Realização: decidi realizar esta sopa de letras diferente, para incentivar e mostrar aos<br />
i<strong>do</strong>sos que esta activi<strong>da</strong>de pode ser diverti<strong>da</strong> e ao mesmo tempo desenvolver a sua<br />
agili<strong>da</strong>de mental.<br />
SOPAS DE LETRAS<br />
Procura lembrar-te <strong>do</strong>s nomes <strong>da</strong>s pessoas que te rodeiam e descobre-os nos<br />
seguintes rectângulos!
1) Nome de alguns utentes deste Centro de Dia<br />
D F H J K D<br />
P K G H F A<br />
C G X D H I<br />
G P H J G F<br />
A M E L I A<br />
U Q T E Y N<br />
2) Nome de algumas funcionárias<br />
Q W E R T Z<br />
V B N M C X<br />
A S D F G H<br />
E P I O K J<br />
E D F G H A<br />
I S A B E L<br />
G E R T Y U<br />
H A J L O I<br />
G F N D S A<br />
B V C H X Z<br />
N M K J A F<br />
T E A S D O<br />
Q W E R T Y<br />
M Y Q E D U<br />
M T A M F I<br />
B R S A G O<br />
C E D R H P<br />
Z W F I J Ç<br />
S Q G A K L<br />
E R T Y U I<br />
S G H K M K<br />
Q J J K B Y<br />
A H F P O I<br />
Z G U J H T<br />
X F G L F G<br />
D P I R E S
Dia 20/08<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
Objectivos<br />
10:00- Exercícios com Bastões. Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />
11:30<br />
bastões<br />
Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />
Combater o sedentarismo e o stress,<br />
Aumentar a auto-estima<br />
14:00- Jogos <strong>do</strong>s Papéis com Divertir as pessoas e o grupo;<br />
16:30<br />
provérbios provérbios Promover o convívio e divulgar os<br />
conhecimentos, artes e saberes.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: continuação <strong>do</strong>s exercícios com bastões:<br />
Segurar o bastão com as duas mãos, erguen<strong>do</strong> os braços por cima <strong>da</strong> cabeça.<br />
Fazer ligeiramente inclinações laterais como o tronco para a direita e para a<br />
esquer<strong>da</strong>.<br />
Segurar o brasão com as duas mãos e levá-lo para trás e para a frente <strong>do</strong> corpo,<br />
sem soltá-lo.<br />
Segurar o brasão com uma <strong>da</strong>s mãos, perpendicularmente ao chão, e levá-lo de<br />
uma mão para a outra.<br />
Colocar o bastão no chão e fazer pequenos deslocamentos de um la<strong>do</strong> para o<br />
outro <strong>do</strong> mesmo.<br />
Colocar o bastão no chão e deslizar to<strong>da</strong> a planta <strong>do</strong> pé ao longo dele.<br />
Apoiar-se sobre o bastão com uma <strong>da</strong>s mãos, balançar uma e outra perna.<br />
Segurar o brasão horizontalmente ao chão. Cruzar os braços e girá-lo.<br />
Segurar o brasão horizontalmente ao chão. Dar um passo com uma <strong>da</strong>s pernas<br />
para a frente e estender os braços, colocan<strong>do</strong> o brasão para a frente como se<br />
alguém o estivesse puxa<strong>do</strong>.<br />
Activi<strong>da</strong>de lúdica: provérbios começa<strong>do</strong>s por B e C
Dia 23/08<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />
Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />
Dia 24/08<br />
Local: sala de computa<strong>do</strong>res/ sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
Objectivos<br />
10:00- Informática Computa<strong>do</strong>res <strong>Abrir</strong> novas possibili<strong>da</strong>des de<br />
11:30<br />
contacto com outras pessoas e<br />
reali<strong>da</strong>des;<br />
14:00- Jogo <strong>do</strong> Material <strong>do</strong> Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />
16:30<br />
bowling jogo<br />
Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />
Combater o sedentarismo e o stress,<br />
Aumentar a auto-estima<br />
Activi<strong>da</strong>de lúdica: conceitos básicos de informática (utilização <strong>do</strong> Word para escrever<br />
pequenas frases sobres os i<strong>do</strong>sos participantes, como utilizar o rato e diversas outras<br />
teclas).<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: Jogo Bowling
Dia 25/08<br />
Local sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Frascos colori<strong>do</strong>s Folhas de<br />
11:30<br />
papel,<br />
Frascos de<br />
sal fino,<br />
Giz de<br />
várias<br />
cores,<br />
Frascos de<br />
vidro de<br />
iogurte<br />
vazio,<br />
Funil,<br />
Pe<strong>da</strong>ços<br />
de teci<strong>do</strong> e<br />
cordel.<br />
14:00- Conversa/comentário<br />
16:30<br />
de noticias<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: frascos colori<strong>do</strong>s<br />
Como fazer:<br />
1. Põe-se o plástico em cima de uma mesa, bem estica<strong>do</strong>.<br />
2. Faz-se um monte de sal para ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s cores <strong>do</strong> giz.<br />
3. Esfrega-se ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s paus de giz nos montes de sal até ganharem cor.<br />
4. Põe-se o funil na boca <strong>do</strong> frasco de iogurte.<br />
5. Começa-se a pôr o sal colori<strong>do</strong> dentro <strong>do</strong> frasco. Uma cor de ca<strong>da</strong> vez.<br />
6. Quan<strong>do</strong> o frasco estiver cheio, pega-se no pe<strong>da</strong>ço de teci<strong>do</strong> re<strong>do</strong>n<strong>do</strong> e tapa-se.<br />
7. Usa-se o cordel para fechar a "tampa" de teci<strong>do</strong><br />
Objectivos<br />
Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />
possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />
através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />
forma a fazer com que ele dê<br />
largas à sua imaginação e<br />
criativi<strong>da</strong>de;<br />
Desenvolver a precisão manual.<br />
Incentivar os utentes para se<br />
relacionarem uns com os outros<br />
de forma a proporcionar trocas<br />
de experiências e vivências;<br />
Troca de ideias, opiniões,<br />
sugestões e vivências<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: Conversa/comentário de jornais – Gripe A
Dia 26/08<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Celebração <strong>do</strong> dia mundial Máquina<br />
11:30<br />
<strong>da</strong> fotografia<br />
<br />
fotográfica;<br />
Imagens<br />
Dia mundial <strong>da</strong> Fotografia<br />
Para este dia preparei um dia diferente para os utentes, fiz-lhes uma apresentação sobre<br />
o surgimento <strong>da</strong> fotografia, a primeira foto que existiu, etc.<br />
De segui<strong>da</strong> fizemos um jogo com imagens e por último disse-lhes se eles gostariam de<br />
apreender a tirar fotos. Eles gostaram <strong>da</strong> ideia e com isso fizemos uma pequena<br />
activi<strong>da</strong>de.<br />
Jogo <strong>da</strong>s imagens<br />
Com um conjunto de imagens vira<strong>da</strong>s ao contrário pedi aos i<strong>do</strong>sos para tirarem uma e<br />
responderem as seguintes perguntas:<br />
O que vê na foto?<br />
Que sentimento consegue ver através desta imagem?<br />
Lembra-se de algum acontecimento que o tenha marca<strong>do</strong> pareci<strong>do</strong> com o que vê<br />
nesta imagem?<br />
Conte uma história com estas imagens.<br />
Olha a foto!<br />
Nesta activi<strong>da</strong>de os i<strong>do</strong>sos puderam aprender a usar uma máquina fotográfica.<br />
Tinham como missão tirar 10 fotos diferentes (dentro e fora a instituição), de segui<strong>da</strong> ao<br />
vê-las no ecrã <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r teriam de saber identificá-las.<br />
Objectivos<br />
Proporcionar um dia<br />
diferente;
Dia 27/08<br />
Local: sala de convívio/ recinto <strong>da</strong> instituição<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Exercícios de<br />
11:30<br />
respiração<br />
14:00-<br />
16:30<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: exercícios de respiração:<br />
Com to<strong>do</strong> o grupo em um extremo <strong>da</strong> sala e de frente para o outro extremo, deslocar-se<br />
ao longo <strong>da</strong> mesma. Fazer com que o grupo de desloque ao longo de to<strong>da</strong> a sala,<br />
contan<strong>do</strong> o número de respirações efectua<strong>da</strong>s no deslocamento.<br />
Ao chegar ao outro extremo, deve perguntar o número de respirações ao grupo.<br />
Propôr a realização de mais um deslocamento, tentan<strong>do</strong> alongar o tempo de expiração e<br />
consideran<strong>do</strong> a respiração ab<strong>do</strong>minal. Perguntar ao grupo se o número de respirações<br />
diminuiu.<br />
Jogo de mesa:<br />
quatro em linha<br />
Os resulta<strong>do</strong>s são comprova<strong>do</strong>s comparan<strong>do</strong>-se o inicio <strong>do</strong> exercício com o seu final.<br />
Exercício de tonificação muscular e mobili<strong>da</strong>de<br />
Em colunas alinha<strong>da</strong>s ao círculo fazer os seguintes movimentos:<br />
Com as pernas afasta<strong>da</strong>s na largura <strong>do</strong>s quadris, simular o movimento de<br />
cavalgar com leve flexão de joelhos (muito recomendável para a osteoporose).<br />
2Manter a posição estática: o baço gira sobre a cabeça (mobilização de ombros,<br />
de braços e de pulsos).<br />
A cavalo: deslocamento lateral ou frontal. Manter a flexão e <strong>da</strong>r palma<strong>da</strong>s nos<br />
glúteos.<br />
Quatro<br />
em linha<br />
Objectivos<br />
Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />
Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />
Combater o sedentarismo e o stress,<br />
Aumentar a auto-estima<br />
Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de<br />
memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e<br />
veloci<strong>da</strong>de perceptiva;<br />
Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />
degenerativas.
Activi<strong>da</strong>de lúdica: Jogo de mesa: quatro em linha.<br />
Dia 30/08<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />
Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />
Preparação <strong>do</strong>s suportes de divulgação <strong>da</strong> viagem realiza<strong>da</strong> a Vila Nova de Gaia.<br />
Dia 31/08<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
Objectivos<br />
10:00- Sopa de letras Desenvolver o raciocínio abstracto;<br />
11:30<br />
Desenvolver a criativi<strong>da</strong>de;<br />
Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de<br />
memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de<br />
perceptiva;<br />
Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />
degenerativas<br />
14:00- Exercícios de<br />
Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />
16:30<br />
deslocamentos<br />
Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />
Combater o sedentarismo e o stress,<br />
Aumentar a auto-estima<br />
Activi<strong>da</strong>de cognitiva: sopa de letras.<br />
Eles mostraram muitas facili<strong>da</strong>des em encontrar as palavras, faziam aquilo à disputa e<br />
bastante rápi<strong>do</strong> foi muito gratificante observar a grande evolução deles na pratica destes<br />
exercícios.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: exercícios sem deslocamentos posição de pé:<br />
Com o objectivo de melhorar a mobili<strong>da</strong>de articular e sentir o movimento <strong>do</strong>s braços.<br />
Fizeram-se os seguintes exercícios:<br />
O pássaro. Elevar os cotovelos ao inspirar, deixan<strong>do</strong>-os cair soltos ao expirar.<br />
O abraço. Esfregar as mãos vigorosamente até aquecê-las. Estender os braços de<br />
forma que a palma <strong>da</strong> mão fique vira<strong>da</strong> para o la<strong>do</strong> contrário ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> corpo e
com os de<strong>do</strong>s estendi<strong>do</strong>s. Recolher os braços quan<strong>do</strong> se expirar e cruzá-los<br />
diante <strong>do</strong> peito, sentin<strong>do</strong> que to<strong>do</strong> o perímetro <strong>do</strong> corpo foi abarca<strong>do</strong> até as mãos<br />
alcançarem os ombros ou, se for possível, as costas.<br />
Senta<strong>do</strong>s em uma cadeira ou de pé, estender as mãos sobre a cabeça, de forma<br />
que as palmas fiquem vira<strong>da</strong>s para cima. Descer as mãos até a altura <strong>do</strong><br />
abdómen, entrelaçan<strong>do</strong>-as e, lentamente, erguen<strong>do</strong>-as, inspiran<strong>do</strong> ao erguer os<br />
braços e expiran<strong>do</strong> ao descê-los.<br />
O gato. Entrelaçar as mãos na altura <strong>do</strong> abdómen e expirar lentamente. Empurrar<br />
Dia 01/09<br />
<strong>do</strong> abdómen e expirar lentamente. Empurrar o abdómen e o peito de forma<br />
delica<strong>da</strong>, e abarcar as costas, alongan<strong>do</strong>-as em abóba<strong>da</strong>s, como um gato, para<br />
criar espaços entre as vértebras. Voltar à vertical inspiran<strong>do</strong>.<br />
Local: sala de convívio<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica<br />
Setembro<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
10:00- Escolha de trabalhos Fotocópias com Maior participação<br />
11:30<br />
a realizar<br />
trabalhos manuais<br />
<br />
<strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos;<br />
14:00- Caminha<strong>da</strong> Aumentar o auto-<br />
16:30<br />
<strong>do</strong>mínio,<br />
Desenvolver as<br />
capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />
Combater o<br />
sedentarismo e o stress,<br />
Aumentar a auto-estima<br />
Escolha de alguns trabalhos manuais pelos utentes. Para uma maior participação <strong>da</strong>s<br />
activi<strong>da</strong>des propusemos aos i<strong>do</strong>sos que escolhessem em diversas fotocópias quais as<br />
activi<strong>da</strong>des mais interessantes para eles. Antes disso tivemos que fazer uma pesquisa<br />
aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong> em diversas obras relaciona<strong>da</strong>s com artes plásticas.<br />
Eles mostraram-se muito interessa<strong>do</strong>s, deram muitas ideias e substituíram vários<br />
materiais mais difíceis de encontrar por outros mais simples.
Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: caminha<strong>da</strong> até a Ribeira com fim de recolher<br />
material para as activi<strong>da</strong>des: canas, pedras, paus e canas de várias dimensões.<br />
Dia 02/09<br />
Local: escritório/ sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
10:00- Elaboração <strong>do</strong>s<br />
Divulgação <strong>da</strong> viagem;<br />
11:30<br />
suportes de<br />
divulgação <strong>da</strong><br />
Revelar os locais escolhi<strong>do</strong>s<br />
para esta viagem;<br />
14:00-<br />
16:30<br />
viagem<br />
Gafanhoto Boca<strong>do</strong>s de<br />
bambu verde,<br />
de grossuras<br />
diferentes;<br />
Faca,<br />
Cola,<br />
Boca<strong>do</strong> de<br />
arame grosso<br />
maleável.<br />
Continuação <strong>da</strong> elaboração <strong>do</strong>s suportes de divulgação <strong>da</strong> viagem.<br />
Desenvolvimento de algumas activi<strong>da</strong>des ordena<strong>da</strong>s pela directora técnica.<br />
Activi<strong>da</strong>des de Expressão Plástica Gafanhoto<br />
Como senti que os utentes mais activos se encontravam muito entusiasma<strong>do</strong>s com o<br />
material recolhi<strong>do</strong> no dia anterior e como me apercebi que estavam com uma enorme<br />
vontade de executar essas activi<strong>da</strong>des, deixei a sessão que tinha prepara<strong>do</strong> de la<strong>do</strong> e<br />
começámos a realizar o “gafanhoto” em canas.<br />
Como fazer: escolha o boca<strong>do</strong> mais grosso de bambu, para fazeres a parte externa <strong>do</strong><br />
corpo <strong>do</strong> gafanhoto.<br />
Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />
possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />
através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />
forma a fazer com que ele dê<br />
largas à sua imaginação e<br />
criativi<strong>da</strong>de;<br />
Desenvolver a precisão<br />
manual.<br />
Nivela e suaviza o melhor possível a parte correspondente ao nó, que será a cara <strong>do</strong><br />
gafanhoto. Faz um corte transversal no bambu e forma as asas a partir dele. Faz outro<br />
corte por baixo este corte transversal, e forma a parte inferior <strong>da</strong>s asas a partir dele.
Escolhe uma parte menos grossa <strong>do</strong> mesmo bambu, que possa entrar na parte já<br />
trabalha<strong>da</strong>, e corta um novo, que tenha o mesmo cumprimento <strong>do</strong> anterior.<br />
Faz o corte que mostra o desenho <strong>da</strong> direita neste boca<strong>do</strong> de bambu, para formar a parte<br />
de trás <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong> insecto. Encaixa um boca<strong>do</strong> dentro <strong>do</strong> outro e une os <strong>do</strong>is com um<br />
pouco de cola.<br />
Ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s patas de trás é feita com <strong>do</strong>is boca<strong>do</strong>s de bambu, corta<strong>do</strong>s no senti<strong>do</strong><br />
oblíquo na altura <strong>do</strong>s pontos de contacto, o que permite que a posição <strong>da</strong>s patas possa<br />
variar com um ângulo mais ou menos aberto. Faz <strong>do</strong>is furos na metade <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong><br />
gafanhoto. Enfia um boca<strong>do</strong> de arame por dentro destes furos e encaixa as duas partes<br />
de ca<strong>da</strong> pata nas duas pontas <strong>do</strong> arame. Vira um pouco as pontas <strong>do</strong> arame, para<br />
formares os pés.<br />
Faz uns pequenos furos na cabeça, para encaixares <strong>do</strong>is boca<strong>do</strong>s de bambu, forman<strong>do</strong> os<br />
olhos e <strong>do</strong>is boca<strong>do</strong>s compri<strong>do</strong>s para formarmos as antenas. Encaixa <strong>do</strong>is boca<strong>do</strong>s de<br />
bambu na parte de baixo <strong>da</strong> cabeça, para formarmos as patas dianteiras.<br />
Avaliação/Observação: um <strong>do</strong>s utentes foi carpinteiro durante to<strong>da</strong> a sua vi<strong>da</strong>, foi<br />
muito gratificante para mim vê-lo entusiasma<strong>do</strong> neste tipo de activi<strong>da</strong>des.<br />
Com estas activi<strong>da</strong>des vi que ele se sentia muito útil e assim verifiquem <strong>do</strong>s <strong>do</strong>s meus<br />
objectivos a ser cumpri<strong>do</strong>.<br />
Dia 03/09<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Conversa/<br />
11:30<br />
comentário de<br />
noticias<br />
Objectivos<br />
Incentivar os utentes para se<br />
relacionarem uns com os outros de<br />
forma a proporcionar trocas de<br />
experiencias e vivencias;<br />
Troca de ideias, opiniões, sugestões e<br />
vivencias<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: conversa/comentário sobre o que é Reciclar.
Neste sessão falámos sobre as vantagens e desvantagens <strong>da</strong> reciclagem, o que eram os<br />
ecopontos e quais as suas cores.<br />
No final <strong>da</strong> sessão fiz um pequeno jogo em que dizia um determina<strong>do</strong> material<br />
reciclável a ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so, ele apenas respondia a cor <strong>do</strong> ecoponto onde este deveria ser<br />
deposita<strong>do</strong>. (exemplo: ao dizer cartão eles terão de responder rapi<strong>da</strong>mente azul).<br />
Dia 06/09<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />
Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />
Dia 07/09<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Jogo <strong>do</strong><br />
11:30<br />
su<strong>do</strong>ku<br />
14:00-<br />
16:30<br />
Animação cognitiva: jogo <strong>do</strong> Su<strong>do</strong>ku.<br />
Avaliação/Observação: como foi a primeira vez que realizámos este jogo <strong>do</strong>tei que os<br />
i<strong>do</strong>sos relevaram algumas dificul<strong>da</strong>des na sua execução, não compreenden<strong>do</strong> muito bem<br />
as regras <strong>do</strong> jogo.<br />
Activi<strong>da</strong>de lúdica: A pedi<strong>do</strong> de alguns i<strong>do</strong>sos jogámos um <strong>do</strong>s jogos mais conheci<strong>do</strong>s<br />
de cartas - sueca.<br />
Jogo de cartas:<br />
sueca<br />
Objectivos<br />
Desenvolver o raciocínio abstracto;<br />
Desenvolver a criativi<strong>da</strong>de;<br />
Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de<br />
memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de<br />
perceptiva;<br />
Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />
degenerativas<br />
Cartas Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de<br />
memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e veloci<strong>da</strong>de<br />
perceptiva;<br />
Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />
degenerativas.
Dia 08/09<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora<br />
10:00-<br />
11:30<br />
Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
Feiticeiro Pinha grande<br />
aberta;<br />
Dois ganhos de<br />
pinheiro; ~<br />
Uma laranja;<br />
Três caroços e<br />
penas de<br />
tamanhos,<br />
formas e cores<br />
diferentes<br />
Activi<strong>da</strong>de plástica: Feiticeiro<br />
Nesta sessão terminámos o trabalho anterior “Gafalhoto”, e começámos outro trabalho<br />
designa<strong>do</strong> como “Feiticeiro”.<br />
Como fazer: Arranja uma pinha que se mantenha bem equilibra<strong>da</strong> sobre o la<strong>do</strong> que<br />
serve de base. Espeta uma laranja na parte de cima <strong>da</strong> pinha. Faz o rosto na laranja com<br />
três caroços de nêspera: <strong>do</strong>is formam os olhos e um a boca. Espeta as penas na parte de<br />
cima, para fazer o enfeite na cabeça. Os braços são feitos com galhos de pinheiro,<br />
encaixa<strong>do</strong>s entre as escamas <strong>da</strong> pinha.<br />
Avaliação/Observação: Nesta sessão surgiu um pequeno incidente um <strong>do</strong>s utentes fez<br />
um pequeno golpe no de<strong>do</strong> com a sua navalha ao tentar cortar um pe<strong>da</strong>ço de madeira,<br />
com a aju<strong>da</strong> <strong>da</strong> directora técnica o problema foi resolvi<strong>do</strong> rapi<strong>da</strong>mente. A motivação <strong>do</strong><br />
i<strong>do</strong>so era tanta que nem esse pequeno golpe o fez parar.<br />
Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />
possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />
através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />
forma a fazer com que ele dê<br />
largas à sua imaginação e<br />
criativi<strong>da</strong>de;<br />
Desenvolver a precisão manual.
Dia 09/09<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
10:00-<br />
11:30<br />
14:00-<br />
16:30<br />
Activi<strong>da</strong>de lúdica: praticamos um jogo de mesa – Monopoly.<br />
Avaliação/Observação: os i<strong>do</strong>sos a<strong>do</strong>raram este jogo principalmente os <strong>do</strong> sexo<br />
masculino.<br />
Monopoly Monopoly Divertir as pessoas e o<br />
grupo;<br />
Promover o convívio e<br />
divulgar os<br />
conhecimentos, artes e<br />
Exercícios sem<br />
deslocamentos<br />
Activi<strong>da</strong>de de expressão física-motora: exercícios sem deslocamento posição de pé:<br />
Rotação de braços. De pé e com as costas rectas, realizar rotações com braços.<br />
Primeiro alterna<strong>da</strong>mente para a frente e para trás; a seguir simultaneamente com<br />
os <strong>do</strong>is braços, também para frente e para trás. Fazer o exercício suave r<br />
lentamente;<br />
De pé, costas rectas e mãos cruza<strong>da</strong>s sobre o abdómen. Elevar os braços sobre a<br />
cabeça e balançá-los para trás três vezes. A seguir, baixá-los e colocar as mãos<br />
na cintura.<br />
De pé e com as costas rectas. Com os braços estendi<strong>do</strong>s, balançá-los para a<br />
frente e para trás.<br />
De pé e com as costas rectas. Com os braços para a frente e para trás.<br />
De pé, com as costas rectas e os braços flexiona<strong>do</strong>s na altura <strong>do</strong> peito. Levar as<br />
mãos à cabeça sem mover os cotovelos <strong>do</strong> lugar. A seguir, cruzar os braços e<br />
retornar à posição inicial, inspirar e expirar.<br />
saberes.<br />
Aumento <strong>do</strong> auto<strong>do</strong>mínio,<br />
Desenvolver <strong>da</strong>s<br />
capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />
Combater o sedentarismo<br />
e o stress,<br />
Aumentar a auto-estima
Dia 10/09<br />
Local: sala de convívio<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: continuação <strong>do</strong>s trabalhos desenvolvi<strong>do</strong>s na sessão<br />
anterior.<br />
Avaliação/Observação: Muitos <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos relevaram muito interesse neste tipo de<br />
activi<strong>da</strong>des, então a partir desta <strong>da</strong>ta irei <strong>da</strong>r mais secções neste ramo. To<strong>do</strong>s os i<strong>do</strong>sos<br />
dão sugestões e revelam aspectos positivos e negativos <strong>do</strong>s possíveis materiais a ser<br />
usa<strong>do</strong>s nas activi<strong>da</strong>des.<br />
Dia 13/09<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />
Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />
Dia 14/09<br />
Viagem a Vila Nova de Gaia.<br />
Na preparação desta activi<strong>da</strong>de ajudei em to<strong>do</strong>s os procedimentos:<br />
1. Envio <strong>do</strong> orçamento à Câmara Municipal de Pinhel;<br />
2. Escolha <strong>do</strong>s pontos a visitar;<br />
3. Programa;<br />
4. Realização <strong>do</strong>s meios de divulgação.<br />
Avaliação/Observação: Infelizmente não pude realizar esta viagem pois calhou no dia<br />
em que tive de executar o exame de inglês.<br />
Dia 15/09<br />
Local: sala de convívio<br />
Activi<strong>da</strong>de de expressão e comunicação: conversa sobre a viagem; na qual discutimos<br />
os pontos que gostaram mais de ver, o que poderia ter corri<strong>do</strong> melhor e se gostaram de<br />
realizar este tipo de activi<strong>da</strong>des.
Dia 16/09<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
10:00-<br />
11:30<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: realização de uma borboleta feita em junco.<br />
Como fazer: corta a palha em boca<strong>do</strong>s mais ou menos <strong>do</strong> mesmo tamanho. Dobra-os ao<br />
meio, evitan<strong>do</strong> parti-los. Forma as asas com os boca<strong>do</strong>s de palha <strong>do</strong>bra<strong>do</strong>s. Em segui<strong>da</strong>,<br />
<strong>do</strong>bra e coloca as duas palhas de cima e as duas de baixo, que completam estas asas.<br />
Coloca sobre a silhueta forma<strong>da</strong> três forma<strong>da</strong> três palhas de ca<strong>da</strong> la<strong>do</strong>, <strong>do</strong>bra<strong>da</strong>s como<br />
na inclinação. Estes boca<strong>do</strong>s de palha têm que estar generosamente impregna<strong>do</strong>s de<br />
cola, pois são eles que mantêm o conjunto uni<strong>do</strong>. Cola mais <strong>do</strong>is boca<strong>do</strong>s de palha,<br />
como reforço, por baixo.<br />
Escolhe uma espiga sem grão para formares o corpo <strong>da</strong> borboleta. Cola na base um<br />
boca<strong>do</strong> de palha e enfia <strong>do</strong>is filamentos <strong>da</strong> ponta <strong>da</strong> espiga dentro dele, bastante<br />
impregna<strong>do</strong>s de cola. Apara as asas <strong>da</strong> borboleta, depois de estar to<strong>da</strong> monta<strong>da</strong> e a cola<br />
seca. Usa uma tesoura bem afia<strong>da</strong>.<br />
Dia 17/09<br />
Borboleta Boca<strong>do</strong>s de palha<br />
de trigo ou de outro<br />
cereal;<br />
Cola;<br />
Uma espiga de<br />
trigo<br />
Local: sala de convívio<br />
Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />
possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />
através <strong>da</strong>s artes plásticas<br />
de forma a fazer com que<br />
ele dê largas à sua<br />
imaginação e criativi<strong>da</strong>de;<br />
Desenvolver a precisão<br />
manual.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: continuação <strong>do</strong>s trabalhos realiza<strong>do</strong>s anteriormente.<br />
Avaliação/Observação: Não eram estas as activi<strong>da</strong>des que eu tinha planea<strong>do</strong> para os<br />
i<strong>do</strong>sos mas este dia eles voltaram a pedir para realizar estas activi<strong>da</strong>des. Houve um<br />
aborrecimento entre <strong>do</strong>is utentes <strong>da</strong> instituição, e um deles não se sentiu bem após
tomar o pequeno-almoço, devi<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s esses motivos decidi deixar de la<strong>do</strong> as<br />
activi<strong>da</strong>des que tinha planea<strong>do</strong>.<br />
Dia 20/09<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />
Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />
Dia 21/09<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
10:00-<br />
11:30<br />
Comemoração<br />
<strong>do</strong> dia<br />
internacional <strong>da</strong><br />
Mensagem <strong>do</strong><br />
secretário-geral <strong>da</strong><br />
ONU<br />
Incentivar os utentes<br />
para se relacionarem<br />
uns com os outros de<br />
forma a proporcionar<br />
Paz<br />
trocas de experiencias<br />
e vivencias;<br />
Troca de ideias,<br />
opiniões, sugestões e<br />
vivencias<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão e comunicação: comemoração <strong>do</strong> Dia Internacional <strong>da</strong> Paz.<br />
Leitura <strong>da</strong> mensagem <strong>do</strong> Secretário - Geral <strong>da</strong> ONU- Kofi Annan por ocasião <strong>do</strong> Dia<br />
Internacional <strong>da</strong> Paz (2006).<br />
Após a leitura <strong>da</strong> mensagem fizemos um minuto de silêncio em nome <strong>da</strong> paz.<br />
Avaliação/Observação: Os i<strong>do</strong>sos ficaram muito sensibiliza<strong>do</strong>s com este discurso, e<br />
aproveitaram para pedir desculpa aos restantes utentes por acções passa<strong>da</strong>s.
Dia 22/09<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
Objectivos<br />
10:00- Caminha<strong>da</strong> Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />
11:30<br />
Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />
Combater o sedentarismo e o stress,<br />
Aumentar a auto-estima<br />
14:00- Antena Tábua; Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a possibili<strong>da</strong>de<br />
16:30<br />
Palitos de se exprimir através <strong>da</strong>s artes<br />
<br />
<br />
<br />
achata<strong>do</strong>s;<br />
X-acto ou<br />
faca;<br />
Cola<br />
Régua.<br />
<br />
plásticas de forma a fazer com que ele<br />
dê largas à sua imaginação e<br />
criativi<strong>da</strong>de;<br />
Desenvolver a precisão manual.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão físico-motora: realizámos uma caminha<strong>da</strong> até a uma zona <strong>da</strong><br />
aldeia designa<strong>da</strong> de “Carrasca”, mais precisamente à vinha <strong>do</strong> Senhor Joaquim Carvalho<br />
a fim de recolher material para o seguinte trabalho manual.<br />
Activi<strong>da</strong>de de expressão plástica: realização de uma antena com palitos achata<strong>do</strong>s.<br />
Como fazer: Faz no centro de uma tábua <strong>do</strong>is cortes não muito profun<strong>do</strong>s. Introduz um<br />
palito em ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s fen<strong>da</strong>s e coloca-os numa posição em que formem um X. Cola-<br />
os à sua base, e também no seu ponto de união. Próximo à ponta <strong>do</strong> primeiro palito cola<br />
um terceiro, paralelo ao segun<strong>do</strong>, e em posição semelhante cola um quarto palito na<br />
ponta <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> e paralelo ao primeiro, forman<strong>do</strong> outro X com o terceiro. Cola o seu<br />
ponto de união. Continua a formar outros três X e a colá-los uns sobre os outros.<br />
Termina o trabalho, colan<strong>do</strong> um último palito em posição vertical no cento <strong>do</strong> último X.<br />
Avaliação/Observação: Foi gratificante para mim ver os i<strong>do</strong>sos tão empenha<strong>do</strong>s nas<br />
activi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s, vê-los cheias de ideias novas e a pensar em trabalhos idênticos<br />
com material diferente.
Dia 23/09<br />
Local: sala <strong>do</strong>s computa<strong>do</strong>res<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
14:00-<br />
16:30<br />
Na parte <strong>da</strong> manhã fizemos a recolha de produtos <strong>da</strong><strong>do</strong>s pela Segurança Social relativos<br />
ao Programa PCAAC (Programa Comunitário de Aju<strong>da</strong> Alimentar a Carencia<strong>do</strong>s).<br />
Activi<strong>da</strong>des lúdicas: conceitos elementares de informática.<br />
Avaliação/Observação: Devi<strong>do</strong> a uns problemas com os computa<strong>do</strong>res <strong>da</strong> associação<br />
só pudemos retomar as secções de informática nesta <strong>da</strong>ta. Foi gratificante ver que os<br />
i<strong>do</strong>sos ain<strong>da</strong> se lembravam de algumas <strong>da</strong>s funções <strong>da</strong>s teclas <strong>do</strong> tecla<strong>do</strong> e outras<br />
aplicações.<br />
Dia 24/09<br />
Local: sala de convívio<br />
Activi<strong>da</strong>des cognitivas: realização <strong>do</strong>s seguintes jogos:<br />
Descobrir a ci<strong>da</strong>de<br />
Meto<strong>do</strong>logia: escolha as letras que estão na junção <strong>da</strong>s palavras e descubra o nome <strong>da</strong><br />
ci<strong>da</strong>de europeia.<br />
Informática Computa<strong>do</strong>res <strong>Abrir</strong> novas possibili<strong>da</strong>des de<br />
contacto com outras pessoas e<br />
reali<strong>da</strong>des;<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Activi<strong>da</strong>des de<br />
11:30<br />
expressão<br />
cognitiva<br />
Palavras ao contrário<br />
Objectivos<br />
Desenvolver o raciocínio abstracto;<br />
Desenvolver a criativi<strong>da</strong>de;<br />
Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de<br />
memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e<br />
veloci<strong>da</strong>de perceptiva;<br />
Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />
degenerativas
Meto<strong>do</strong>logia: quais são as seguintes palavras, que estão escritas ao contrário, exemplos:<br />
Olemram, Etsixe, Oãiva, Atsinipla, Arbmioc, Rotcart<br />
Conta flores<br />
Meto<strong>do</strong>logia: conte em 30 segun<strong>do</strong>s o número de flores.<br />
Su<strong>do</strong>ko<br />
Meto<strong>do</strong>logia: jogo de origem japonesa. Deve preencher to<strong>do</strong>s os quadra<strong>do</strong>s <strong>da</strong> grelha<br />
fazen<strong>do</strong> com que ca<strong>da</strong> fila, ca<strong>da</strong> coluna e ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s quadra<strong>do</strong>s de três casas por três<br />
contenha to<strong>do</strong>s os números de 1 a 9, sem repetições ou omissões.<br />
Avaliação/Observação: Foi a segun<strong>da</strong> vez que experimentámos preencher a grelha <strong>do</strong><br />
su<strong>do</strong>ko. Na última vez eles revelaram muitas dificul<strong>da</strong>des mas desta fiquei admira<strong>da</strong><br />
pois além de muito interessa<strong>do</strong>s mostraram que já estão quase aptos a jogar este jogos<br />
sozinhos.<br />
Dia 27/09<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />
Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />
Dia 28/09<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
10:00- Análise de Imagens Desenvolver o raciocínio<br />
11:30<br />
imagens<br />
abstracto;<br />
com ilusão<br />
Desenvolver a criativi<strong>da</strong>de;<br />
óptica<br />
<br />
<br />
Aumentar a activi<strong>da</strong>de cerebral;<br />
Retar<strong>da</strong>r os efeitos de per<strong>da</strong> de<br />
memória e <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de e<br />
veloci<strong>da</strong>de perceptiva;<br />
Prevenir o surgimento de <strong>do</strong>enças<br />
degenerativas<br />
Activi<strong>da</strong>de cognitiva: análise de imagens com ilusão óptica.
Foi pergunta<strong>do</strong> a ca<strong>da</strong> i<strong>do</strong>so o que viam em ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s imagens <strong>da</strong><strong>da</strong>s pela<br />
anima<strong>do</strong>ra. Como eram imagens com duas ou mais figuras eles tinham de tentar<br />
observá-las e tentar ver tu<strong>do</strong> que estava por detrás <strong>da</strong>quela imagem. Com este tipo de<br />
activi<strong>da</strong>des eles puderam puxar pela sua imaginação e ver coisas surpreendentes.<br />
Avaliação/Observação: Enquanto que alguns i<strong>do</strong>sos puxavam pela imaginação e além<br />
<strong>da</strong>s imagens lá existentes encontravam outras feitas pela própria imaginação outros<br />
havia que nem as figuras mais visíveis viam.<br />
Dia 29/09<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Continuação <strong>do</strong>s<br />
11:30<br />
trabalhos de<br />
14:00-<br />
16:30<br />
expressão plástica<br />
Exercícios de<br />
expressão físico -<br />
motora<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: continuação <strong>do</strong>s trabalhos <strong>da</strong> sessão anterior.<br />
Activi<strong>da</strong>de de expressão físico-motora: Com o objectivo de trabalhar a flexibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
coluna realizaram-se os seguintes exercícios:<br />
Objectivos<br />
Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a possibili<strong>da</strong>de<br />
de se exprimir através <strong>da</strong>s artes<br />
plásticas de forma a fazer com que ele<br />
dê largas à sua imaginação e<br />
criativi<strong>da</strong>de;<br />
Desenvolver a precisão manual.<br />
Aumentar o auto-<strong>do</strong>mínio,<br />
Desenvolver as capaci<strong>da</strong>des físicas,<br />
Combater o sedentarismo e o stress,<br />
Aumentar a auto-estima<br />
Senta<strong>do</strong>s com a coluna recta e as mãos apoia<strong>da</strong>s nas coxas. Concentrar-se na<br />
coluna vertebral, visualizan<strong>do</strong>-a e começan<strong>do</strong> pelas cervicais, deixan<strong>do</strong> cair a<br />
cabeça, depois o peito, a cintura e os quadris. Descer as mãos pela parte lateral e<br />
exterior <strong>da</strong>s pernas, acarician<strong>do</strong>-as. Concentrar-se, sentin<strong>do</strong> como vai sen<strong>do</strong><br />
coloca<strong>da</strong> uma vértebra atrás <strong>da</strong> outra;: elevar os quadris, as lombares, as <strong>do</strong>rsais<br />
e as cervicais, como se fosse uma esca<strong>da</strong> com degraus, enquanto as mãos sobem
pelas pernas até chegar à vertical, ten<strong>do</strong> a cabeça suspensa, o olhar para a frente<br />
e a coluna erecta;<br />
Elevar as mãos para a frente até acima, inspiran<strong>do</strong>, e voltar a baixá-las,<br />
expiran<strong>do</strong>;<br />
Projecção para a frente, com a coluna recta. Exercício muito útil para sentar-se e<br />
levantar-se <strong>da</strong> cadeira. Senta<strong>do</strong>s, com os pés bem apoia<strong>do</strong>s no chão, elevar os<br />
braços para a frente até em cima, inspiran<strong>do</strong> ao mesmo tempo em que se inclina<br />
as costas para a frente e para baixo, conforme o impulso <strong>do</strong>s braços. Apoiar-se<br />
bem com pés e, com os joelhos bem alinha<strong>do</strong>s, ficar de pé.<br />
Descer, flexionan<strong>do</strong> os joelhos e amplian<strong>do</strong> a pélvis para trás.<br />
Realizar este exercício como se tivesse se mexen<strong>do</strong>. Começar direccionan<strong>do</strong> o<br />
Dia 30/09<br />
peso para a frente a fim de retornar ao centro em um movimento de vaivém até<br />
que se tenha o impulso suficiente; como se fosse inspirar o ar, colocar-se de pé<br />
e, ao expirar, abaixar-se, sentan<strong>do</strong>-se como<strong>da</strong>mente e facilmente.<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
Objectivos<br />
10:00- Borboleta Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a possibili<strong>da</strong>de de<br />
11:30<br />
se exprimir através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />
forma a fazer com que ele dê largas à sua<br />
imaginação e criativi<strong>da</strong>de;<br />
Desenvolver a precisão manual.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: realização de uma borboleta com o mesmo méto<strong>do</strong><br />
<strong>da</strong> anterior mas com o <strong>do</strong>bro <strong>do</strong> tamanho.<br />
Avaliação/Observação: Este trabalho foi realiza<strong>do</strong> a pedi<strong>do</strong> de um <strong>do</strong>s utentes, devi<strong>do</strong><br />
ao ter manifesta<strong>do</strong> gosto de o praticar.
Dia 1/10<br />
Local: sala de convívio/ pavilhão <strong>da</strong> Câmara Municipal de Pinhel<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Apresentação sobre o<br />
11:30<br />
dia Internacional <strong>do</strong><br />
14:30-<br />
19:00<br />
I<strong>do</strong>so<br />
Participação na<br />
celebração <strong>do</strong> Dia<br />
Internacional <strong>do</strong><br />
I<strong>do</strong>so<br />
Activi<strong>da</strong>de de expressão e comunicação: leitura de uma apresentação relativa ao Dia<br />
Internacional <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so.<br />
Participação <strong>da</strong> celebração <strong>do</strong> Dia Internacional <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so realiza<strong>da</strong> pela Câmara<br />
Municipal de Pinhel.<br />
O programa desta celebração foi o seguinte: às 14:30h - Recepção <strong>do</strong>s Participantes, às<br />
15:00h - Espectáculo com o Grupo de Fa<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong> e às 17:00h - Lanche convívio<br />
Avaliação/Observação: Os i<strong>do</strong>sos a<strong>do</strong>raram este dia, aproveitaram para rever pessoas<br />
que já não viam há muito tempo e conhecer pessoas diferentes.<br />
Objectivos<br />
Incentivar os utentes para se<br />
relacionarem uns com os outros de<br />
forma a proporcionar trocas de<br />
experiencias e vivencias;<br />
Trocar ideias, opiniões, sugestões<br />
e vivencias
Dia 4/10<br />
Outubro<br />
Recolha de activi<strong>da</strong>des para desenvolver na semana seguinte.<br />
Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />
Dia 6/10<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos Materiais Objectivos<br />
10:00-<br />
11:30<br />
Activi<strong>da</strong>des lúdicas - Nesta sessão jogámos um <strong>do</strong>s jogos mais conheci<strong>do</strong>s pelos i<strong>do</strong>sos<br />
nesta instituição – Dominó.<br />
Avaliação/Observação: Pedi aos i<strong>do</strong>sos para me ensinarem to<strong>da</strong>s as regras deste jogo.<br />
Senti o entusiasmo deles em ca<strong>da</strong> regra que me ensinavam. Foi bom ver que eles se<br />
sentiam úteis naquele momento.<br />
Dia 7/10<br />
Dominó Dominó Divertir as pessoas e o grupo;<br />
Promover o convívio e divulgar os<br />
conhecimentos, artes e saberes.<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Construção de Cartão;<br />
11:30<br />
um candelabro Duas velas;<br />
com duas velas<br />
Tinta.<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica: construção de um candelabro com duas velas.<br />
Avaliação/Observação: Um <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos teve a ideia de fazer este candelabro de forma a<br />
aproveitar material excedentário existente na instituição.<br />
Objectivos<br />
Proporcionar ao i<strong>do</strong>so a<br />
possibili<strong>da</strong>de de se exprimir<br />
através <strong>da</strong>s artes plásticas de<br />
forma a fazer com que ele dê<br />
largas à sua imaginação e<br />
criativi<strong>da</strong>de;<br />
Desenvolver a precisão<br />
manual.
Dia 8/10<br />
Local: sala de convívio<br />
Hora Activi<strong>da</strong>de Recursos<br />
Materiais<br />
10:00- Conversa/<br />
11:30<br />
comentário de<br />
Activi<strong>da</strong>des de Expressão e comunicação<br />
Nesta sessão conversámos sobre a existência <strong>do</strong> líder global <strong>do</strong> sector de recordes<br />
mundiais - Guinness World Records.<br />
Nesta sessão os recordes mais fala<strong>do</strong>s foram: o homem mais baixo <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, o mais<br />
alto, o mais gor<strong>do</strong> e o com mais piercings.<br />
Avaliação/Observação: Os i<strong>do</strong>sos ficaram incrédulos com o que estavam a ver, muitos<br />
deles não acreditaram e chegaram mesmo a dizer que era impossível haver pessoas<br />
assim.<br />
Dia 11/10<br />
Compra <strong>do</strong> material necessário para terminar as activi<strong>da</strong>des de expressão plástica.<br />
Realização de acções solicita<strong>da</strong>s pela directora técnica desta instituição.<br />
Dia 12/10<br />
uma noticia<br />
Activi<strong>da</strong>des de expressão plástica<br />
Conclusão de to<strong>da</strong>s as activi<strong>da</strong>des de expressão plástica feitas durante o estágio.<br />
Envernizar to<strong>do</strong>s os trabalhos feitos em madeira.<br />
Objectivos<br />
Incentivar os utentes para se<br />
relacionarem uns com os outros de<br />
forma a proporcionar trocas de<br />
experiencias e vivencias;<br />
Troca de ideias, opiniões, sugestões e<br />
vivencias
Programa<br />
08:00h– Parti<strong>da</strong> em direcção a<br />
Vila Nova de Gaia.<br />
Os interessa<strong>do</strong>s devem estar a<br />
esta hora no largo <strong>do</strong> Centro de<br />
Dia a fim de apanhar o autocarro.<br />
10:30h– Chega<strong>da</strong> a Arcozelo.<br />
Visita à Capela de Santa Maria<br />
de Aguiar e respectivo Museu.<br />
12:15h– Almoço Convívio no<br />
Parque de Meren<strong>da</strong>s de Arcozelo;<br />
14:00h-I<strong>da</strong> a Capela <strong>do</strong> Senhor<br />
<strong>da</strong> Pedra junto à praia Miramar;<br />
15:00h– Mosteiro <strong>da</strong> Serra <strong>do</strong><br />
Pilar;<br />
17:00h– Lanche Ajantara<strong>do</strong>;<br />
17:45h–Regresso a casa;<br />
20:00h– Chega<strong>da</strong> a casa.<br />
CENTRO SOCIAL<br />
CULTURAL E RECREATIVO<br />
DE LAMEGAL<br />
Largo <strong>do</strong> Centro Cultural, n.º5<br />
6400-232– Lamegal<br />
Tel: 271448535<br />
orreio electrónico:<br />
cscr.lamegal@sapo.pt<br />
Viagem a Vila<br />
Nova de Gaia<br />
Vem conhecer a capela de Santa Maria de<br />
Aguiar!!!.<br />
CENTRO SOCIAL CULTURAL E<br />
RECREATIVO DE LAMEGAL<br />
Locais a visitar:<br />
Capela de Santa Maria de Adelaide;<br />
Museu de Santa Maria de Adelaide;<br />
Capela <strong>do</strong> Senhor <strong>da</strong> Pedra;<br />
Mosteiro <strong>da</strong> Serra <strong>do</strong> Pilar.
Pontos de Interesse<br />
Para a selecção destes pontos de interesse<br />
partimos de um levantamento<br />
<strong>do</strong>s locais de origem católica mais<br />
conheci<strong>do</strong>s na zona de Vila Nova de<br />
Gaia.<br />
Capela de Santa Maria<br />
de Adelaide<br />
Capela de Santa Maria de Adelaide<br />
Maria Adelaide de Sam José e Sousa,<br />
popularmente conheci<strong>da</strong> como<br />
Santa Maria Adelaide ou apenas<br />
Santinha de Arcozelo é considera<strong>da</strong>,<br />
pela devoção popular como santa e<br />
seu centro de devoção localiza-se<br />
em Arcozelo, em Vila Nova de<br />
Gaia.<br />
Embora não esteja canoniza<strong>da</strong> pela Igreja,<br />
são numerosas as pessoas que visitam o<br />
seu santuário, solicitan<strong>do</strong> a mediação para<br />
obterem graças e pagan<strong>do</strong> as promessas<br />
feitas em sua devoção.<br />
Entre os ex-votos que se conservam no<br />
pequeno museu anexo, destacam-se mais<br />
de 600 vesti<strong>do</strong>s de noiva, vesti<strong>do</strong>s de baptiza<strong>do</strong>s<br />
e comunhão, etc.<br />
Mosteiro <strong>da</strong> Serra <strong>do</strong> Pilar<br />
Património <strong>da</strong> Humani<strong>da</strong>de, o Mosteiro <strong>da</strong><br />
Serra <strong>do</strong> Pilar, em Gaia, começou a ser<br />
edifica<strong>do</strong> em 1538.As obras só terminaram<br />
por volta de 1670, com a conclusão <strong>da</strong><br />
igreja de Nossa Senhora <strong>do</strong> Pilar.<br />
Durante as invasões francesas o mosteiro<br />
ficou muito <strong>da</strong>nifica<strong>do</strong>, a constituição <strong>da</strong><br />
Real Irman<strong>da</strong>de de Nossa Senhora <strong>da</strong> Glória<br />
<strong>do</strong> Pilar, no reina<strong>do</strong> de D. Maria II, permitiu<br />
a recuperação <strong>do</strong> monumento.<br />
Mosteiro <strong>da</strong> Serra <strong>do</strong> Pilar<br />
O claustro com 36 colunas jónicas é<br />
o único exemplar em Portugal.<br />
Capela <strong>do</strong> Senhor <strong>da</strong><br />
Pedra<br />
A Capela <strong>do</strong> Senhor <strong>da</strong> Pedra situa-se<br />
na freguesia de Gulpilhares, concelho<br />
de Vila Nova de Gaia, distrito <strong>do</strong> Porto<br />
e localiza-se junto <strong>do</strong> mar estan<strong>do</strong><br />
assente num roche<strong>do</strong>. Foi construí<strong>da</strong><br />
Capela <strong>do</strong> Senhor <strong>da</strong> Pedra<br />
Possui diversa estatuária religiosa sen<strong>do</strong><br />
de salientar a imagem de Cristo<br />
crucifica<strong>do</strong>. A romaria é uma <strong>da</strong>s mais<br />
típicas de Vila Nova de Gaia é uma<br />
festa muito antiga que se realiza anualmente<br />
nas praias <strong>do</strong> Srº <strong>da</strong> Pedra.