Ver/Abrir - Biblioteca Digital do IPG - Instituto Politécnico da Guarda
Ver/Abrir - Biblioteca Digital do IPG - Instituto Politécnico da Guarda
Ver/Abrir - Biblioteca Digital do IPG - Instituto Politécnico da Guarda
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Relatório de Estágio<br />
____________________________________________________________________________________<br />
comuni<strong>da</strong>de, de uma cultura liga<strong>da</strong> ao compromisso que o homem tem com o outro<br />
homem”(Lopes, 2007: 3).<br />
Através <strong>da</strong> Animação Sociocultural procura-se gerar processos de participação, crian<strong>do</strong><br />
espaços para a comunicação de grupos e pessoas, ten<strong>do</strong> em vista o desenvolvimento social e<br />
cultural.<br />
Limón e Crespo (2002: 50) definem Animação Sociocultural como “elemento técnico que<br />
permite ayu<strong>da</strong>r a los individuos a tomar conciencia de sus problemas y de sus necesi<strong>da</strong>des y a<br />
entrar en comunicación a fin de resolver colectivamente esos problemas. La animación se<br />
implica en to<strong>do</strong>s los <strong>do</strong>minios de la activi<strong>da</strong>d humana, en to<strong>do</strong>s los problemas de la vi<strong>da</strong> en<br />
grupo, de la vi<strong>da</strong> de barrio, de la vi<strong>da</strong> urbana o rural”<br />
Segun<strong>do</strong> Lopes (2007) a Animação Sociocultural em Portugal estende-se, até aos dias de hoje,<br />
em seis fases: a primeira fase (de 1974 a 1976) caracteriza-se por ser a “fase revolucionária <strong>da</strong><br />
Animação Sociocultural”. Nesta fase, a Animação Sociocultural é vista como méto<strong>do</strong> eficaz<br />
para a intervenção na comuni<strong>da</strong>de. A segun<strong>da</strong> fase (de 1977 a 1980) é a “fase<br />
Constitucionalista <strong>da</strong> Animação”, onde to<strong>da</strong> a sua acção foi determina<strong>da</strong> por instituições que,<br />
a partir de uma lógica concentraccionista, assumiriam a centrali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> mesma. A terceira<br />
fase, designa<strong>da</strong> por “patrimonalista” (de 1981 a 1985), ficou caracteriza<strong>da</strong> por uma<br />
investigação centra<strong>da</strong> na preservação e recuperação <strong>do</strong> património cultural. Entre 1986 e 1990<br />
deu-se a passagem <strong>da</strong> Animação Sociocultural <strong>da</strong> esfera <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> poder central para o<br />
<strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> poder local. Na penúltima fase -“fase Multicultural e Intercultural”- projectou-se<br />
uma intervenção de valorização <strong>da</strong> acção educa<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> multiculturalismo (de 1991 a 1995).<br />
Em 1996 inicia-se a sexta e última fase, a qual se prolonga até aos dias de hoje. Esta<br />
caracteriza-se como a “fase <strong>da</strong> Globalização”, em que a Animação Sociocultural torna o ser<br />
humano protagonista e promotor <strong>da</strong> sua própria autonomia.<br />
Existem diversas formas de definir animação, desde o conceito de animação como “acção,<br />
intervenção ou actuação” (no qual importa o que o agente faz); ao conceito de animação<br />
sociocultural como “activi<strong>da</strong>de ou prática social” (onde o mais relevante é o que o agente<br />
promove, conjuntamente com o público-alvo). Há quem defina animação sociocultural como<br />
sen<strong>do</strong> um “méto<strong>do</strong> ou maneira de proceder” ou “uma técnica”, um “meio ou instrumento”;<br />
como “processo” (a animação como “programa, projecto”); como “função social” (deven<strong>do</strong><br />
estar presente em to<strong>da</strong>s as comuni<strong>da</strong>des); e, por último, a animação como “factor” (Trilla, sd).<br />
Marta Capelo 15