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Relatório de Estágio<br />

____________________________________________________________________________________<br />

O trabalho com i<strong>do</strong>sos pode ser um trabalho bastante desgastante a nível psíquico, mas é sem<br />

dúvi<strong>da</strong> compensa<strong>do</strong>r. Os i<strong>do</strong>sos são uma fonte de sabe<strong>do</strong>ria, adquiri<strong>da</strong> pelas vivências e<br />

trabalho desenvolvi<strong>do</strong> ao longo <strong>da</strong>s suas vi<strong>da</strong>s.<br />

Partilho a mesma ideia que Oliveira (2008), segun<strong>do</strong> a qual não é apenas necessário<br />

programar uma educação contínua nos i<strong>do</strong>sos, mas também é necessário educar os mais<br />

jovens para respeitar e apreciar os valores que os i<strong>do</strong>sos lhes podem transmitir, ao mesmo<br />

tempo que se levam os i<strong>do</strong>sos a não olhar com desconfiança para os mais novos. Só assim se<br />

poderão mu<strong>da</strong>r os estereótipos existentes na socie<strong>da</strong>de actual acerca <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos.<br />

Em jeito de conclusão, o estágio curricular permitiu-me aplicar os conhecimentos teóricos<br />

ministra<strong>do</strong>s na ESECD e, ao mesmo tempo, permitiu-me também conhecer melhor o<br />

funcionamento interno <strong>do</strong> CSCRL.<br />

O mesmo permitiu-me reconhecer a importância assumi<strong>da</strong> pelas diversas respostas sociais na<br />

terceira i<strong>da</strong>de. O apoio <strong>da</strong><strong>do</strong> aos i<strong>do</strong>sos revela-se fun<strong>da</strong>mental para que o envelhecimento seja<br />

saudável e com menos preocupações.<br />

Este estágio revelou-se muito enriquece<strong>do</strong>r para mim, quer a nível profissional quer a nível<br />

pessoal, pois tive o prazer de adquirir novas experiências no contacto com os i<strong>do</strong>sos. Assim,<br />

subscrevo na íntegra os ensinamentos <strong>do</strong>s autores Horn e Cattell no respeitante aos estu<strong>do</strong>s<br />

realiza<strong>do</strong>s sobre a inteligência flui<strong>da</strong> e a inteligência cristaliza<strong>da</strong>: “o envelhecimento traduz-se<br />

em per<strong>da</strong>s mais liga<strong>da</strong>s à inteligência flui<strong>da</strong> e mecânica” (aspectos fun<strong>da</strong>mentais <strong>do</strong><br />

conhecimento) “e em ganhos liga<strong>do</strong>s à inteligência cristaliza<strong>da</strong>” (isto é, aspectos experienciais<br />

e culturais) (Oliveira, 2008: 96).<br />

Percebi que a solidão, o frio <strong>da</strong>s noites de inverno passa<strong>do</strong> em casas com poucas condições de<br />

habitabili<strong>da</strong>de e o afastamento <strong>do</strong>s filhos são factos que tornam <strong>do</strong>lorosa esta etapa <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />

<strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos; e se a isso juntarmos a per<strong>da</strong> de autonomia, as dificul<strong>da</strong>des de acesso a serviços de<br />

saúde, a desigual<strong>da</strong>de de oportuni<strong>da</strong>des de participação na vi<strong>da</strong> social económica e cultural<br />

verificamos a grande necessi<strong>da</strong>de de existência de programas e projectos de Animação<br />

Sociocultural.<br />

Este estágio estimulou-me a dedicar-me mais ao estu<strong>do</strong> nesta área, que “constitui um <strong>do</strong>s<br />

âmbitos mais promissores para o futuro <strong>da</strong> Animação Sociocultural”. A Animação na terceira<br />

i<strong>da</strong>de não tem como estratégia “<strong>da</strong>r mais anos à vi<strong>da</strong>, mas sim, <strong>da</strong>r mais vi<strong>da</strong> aos anos”<br />

(Lopes 2007:337).<br />

Marta Capelo 40

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