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ano XXVIII nº 303 maio/<strong>2009</strong>
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ano XXVIII nº 303 maio/<strong>2009</strong>
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nossa gente<br />
por Edmilson Sena da Silva<br />
edsena@coop-sp.com.br<br />
VALDIRENE ROSANGELA<br />
VOLTOLIN DE ARAUJO<br />
Adiscussão do tema surgiu após a leitura da saborosa<br />
crônica de Car los Heitor Con y, na Folha<br />
de São P aulo, falando dos soldados de Osw aldo<br />
Cruz no combate aos mosquitos da velha Rio de<br />
Janeiro e dando uma alfinetada no recente acordo<br />
ortográfico: “No dia a dia das r uas e das gentes,<br />
eram os mata-mosquitos – com hífen ou sem hífen,<br />
dava no mesmo”.<br />
– Pois é, dizia um colega: aqui tira o híf en, como no<br />
já ultrapassado “dia-a-dia”; ali, passa a colocá-lo, como<br />
no atualizado micro-ônibus. Numa palavra, tira o<br />
acento, como em ideia; na outra, mantém, como<br />
em destróier. A coisa complicou um pouco.<br />
Alguém palpitou que as palavras deveriam ser escritas<br />
conforme são faladas. Por exemplo: a cidade de<br />
Dois Cór regos, que a V aldirene sempre cita, passaria<br />
a Dois Corgos, sua pronúncia bem usual entre<br />
muita gente boa.<br />
E não seria nenhum desdouro, pois em Mato Grosso<br />
do Sul temos Corguinho, com 3.500 habitantes, a<br />
80 km de Campo Grande. Já os mineiros, mais exagerados,<br />
fundaram Corguinhos, no plural e lá pelos<br />
lados de Iguatama, na BR 354.<br />
A única que não quis entrar no mérito dessa discussão<br />
foi a Valdirene, analista sênior em nosso Departamento<br />
de Gestão Econômica. Nascida em Santo<br />
André, sempre teve Dois Córregos como sua cidade<br />
de coração. Era lá que ela passa va invariavelmente<br />
as férias em sua infância, ou no sítio do Bugio – do<br />
avô F iorentino – ou no bair ro da Queixada, com o<br />
avô Octavio.<br />
Era uma festa só, o dia inteiro brincando com os primos<br />
e nadando nos tanques de água canalizada<br />
existentes lá na roça. O Sr . Osvaldo e a dona Dairce<br />
dizem que até hoje não chegam a compreender a<br />
filha: ora, se ela gosta va tanto de ficar dentro<br />
d'água, deveria ter se casado com um mar ujo e não<br />
com o Araujo, como o fez.<br />
Cabe um parêntese: Edilon Siqueira de Araujo, o<br />
amigo Araujo, é grande apreciador de música de<br />
todos os gêneros, dispondo de uma bela coleção de<br />
CDs e confessa ter ficado bem contente com a decisão<br />
da Valdirene.<br />
Também contente, em outro momento da vida, fi-<br />
Coop Revista | 42 | Maio <strong>2009</strong><br />
cou a V aldirene, quando se f ormou em P edagogia<br />
pela Fundação Santo André e se decidiu por uma<br />
sequência nos estudos, graduando-se em Ciências<br />
Contábeis e alcançando a pós-graduação em Controladoria<br />
e F inanças.<br />
Estes conhecimentos especializados f oram per mitindo<br />
sua ascensão no ser viço, a par tir de sua contratação<br />
em 30.01.86. Nestes 23 anos de Cooperativa,<br />
passou pelas áreas contábil, financeira, planejamento<br />
orçamentário, dedicando-se hoje, em equipe,<br />
à apuração de resultados de cada unidade da<br />
Coop, além da elaboração de mapas estatísticos e<br />
do fornecimento de dados quando de pesquisas externas.<br />
Embora basicamente centrada em números, ela se<br />
preocupa também com uma cor reção na linguagem,<br />
aplicada nos relatos que elabora, tendo acompanhado<br />
as novas regras surgidas com o acordo ortográfico<br />
assinado entre os integrantes da Comunidade<br />
dos Países de Língua P ortuguesa.<br />
– E o que você achou dessa mudança, Valdirene?<br />
– Ah! Muita coisa ficou sem graça e por isso não<br />
tenho ido tanto a Dois Cór regos.<br />
– Como assim?<br />
– Agora acho a coisa mais boba ir ao interior para<br />
comer um pão com linguiça sem trema. Ou, então,<br />
para encontrar uma boia e uma jiboia nos tanques<br />
da minha infância, as duas sem acento. Prefiro ficar<br />
cuidando dos números de nosso autosserviço, embora<br />
reconheça que esse autosser viço com dois esses<br />
tenha ficado bem esquisitinho... V ocês não acham?
!EscritaMARÇO<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 4:45 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 9<br />
DO NINHO À MESA<br />
O projeto de criação do jacaré-do-pantanal desenvolvido<br />
pela Coocrijapan utiliza um sistema chamado ranching,<br />
que envolve diversas etapas. Os ninhos são transladados<br />
para a cooperativa por meio de diversos meios de transporte,<br />
dependendo da região e das condições de tráfego.<br />
Na coleta dos ovos, os cuidados são redobrados. Antes<br />
de serem retirados, eles são marcados na parte superior<br />
para serem transportados na mesma posição.<br />
Além disso, utiliza-se na coleta o mesmo material do ninho,<br />
mantendo de certa forma a situação de fermentação<br />
em que se encontravam na natureza.<br />
Acomodados no berçário como foram transportados (parte<br />
marcada para cima), os ovos permanecem sob efeito de<br />
temperatura e umidade até sua eclosão. Após o nascimento,<br />
os animais são tratados, higienizados e conduzidos às<br />
baias de criação, onde recebem ração balanceada e diferenciada<br />
por idade. Quando alcançam média de dois anos<br />
ou cinco quilos de peso vivo, estão prontos para o abate.<br />
Nem só a carne de jacaré engorda o faturamento da<br />
Coocrijapan. O aproveitamento é de quase 100%. As peles<br />
são vendidas a indústrias de beneficiamento de couro<br />
para a confecção de artigos como bolsas, cintos, calçados,<br />
malas e até roupas. Já as cabeças são utilizadas<br />
para artesanato.<br />
Alguns anos depois, porém, as atividades foram praticamente<br />
paralisadas de vido ao embargo imposto pelos<br />
Estados Unidos e, consequentemente, pela Europa. O<br />
embargo só foi suspenso em 2000 e, a partir daí, as operações<br />
foram retomadas a todo vapor . Tanto que os p rodutores<br />
decidiram in vestir numa estr utura que desse<br />
suporte à comercialização da car ne e da pele de jacaré.<br />
Com recursos da ordem de R$ 1 milhão, construíram<br />
o primeiro frigorífico de abate aéreo da América Latina<br />
e o primeiro do Brasil com o SIF (Sistema de Inspeção<br />
Federal) para processamento de jacaré. Com modernas<br />
instalações, o frigorífico tem capacidade plena<br />
de abate de 500 animais por dia. O animal é pendurado<br />
em trilhos suspensos, como ocorre com bo vinos<br />
e suínos. O abate aéreo reduz o risco de contaminação<br />
da carne em comparação com o abate horizontal,<br />
feito em mesas.<br />
Coop Revista | 41 | Maio <strong>2009</strong><br />
SAUDÁVEL E SABOROSA<br />
A car ne de jacaré conta com vários atrativos para<br />
conquistar o mercado. De estr utura macia, a iguaria<br />
tem sabor característico. Mas seus principais atributos<br />
são reduzido teor calórico,<br />
Espécie Calorias Proteínas Gorduras<br />
baixa taxa de gordura, ausência Jacaré de<br />
de colesterol e carboidratos e ri- cativeiro 51 23,63 0,43<br />
Boi 225 19,4 15,8<br />
queza de proteína. Confira na<br />
Frango 246 <strong>18</strong>,1 <strong>18</strong>,7<br />
tabela ao lado:<br />
Suíno 276 16,7 22,7<br />
Perdiz 1<strong>18</strong> 21,2 3,1<br />
Avestruz <strong>12</strong>6 25,3 2,7<br />
DICAS DE PREPARO<br />
Búfalo 131 26,8 1,8<br />
Grelhar ou chapear: a carne de Capivara 135 22,1 4,5<br />
jacaré deve ser grelhada em cha-<br />
Coelho 162 21,0 8,0<br />
Codorna 206 17,1 14,8<br />
pa ou panela grossa e bem<br />
Cordeiro 206 17,1 14,8<br />
quente. Quando a chapa tem<br />
Fonte: IBDF<br />
calor suficiente, ela chega ao ponto perdendo pouca<br />
água. Por ser uma car ne magra, esse processo conserva<br />
sua maciez e suculência. Use manteiga ou<br />
azeite para grelhar.<br />
Dourar: deve ser dourada em panela também bem<br />
quente, em pouca quantidade, para evitar que junte<br />
água. Doure rápido, garantindo maciez e suculência.<br />
Se necessário, divida em duas par tes.<br />
Cozinhar: cozinhar a car ne de jacaré não quer dizer<br />
aferventar. Muitos acreditam que a car ne de caça deve<br />
ser f ervida em água para tirar cheiros e amaciar .<br />
Mas isso é verdade somente para animais caçados<br />
na natureza. Animais de cativeiro não têm essa característica<br />
e não precisam ser submetidos ao processo.<br />
O fato de af erventar muda a estr utura das fibras, o<br />
que pode resultar numa car ne mais dura.<br />
Temperos: a car ne de jacaré-do-pantanal apresenta<br />
sabor suave. Por isso não deve ser submetida a temperos<br />
muitos fortes<br />
para não mascarar<br />
seu sabor. O limão<br />
só de ve ser<br />
usado no molho, não<br />
no tempero da car ne. O<br />
recomendado é usar sal a gosto,<br />
alho e um pouco pimenta-do-reino.
!EscritaMARÇO<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 4:44 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 8<br />
Negócio<br />
da China<br />
Cooperativa de criadores de jacaré<br />
instalada no Pantanal Matogrossense<br />
pretende avançar fronteiras e<br />
conquistar o mercado chinês.<br />
Por Ivanilde Sitta vani@escrita.net<br />
Os chineses poderão conhecer ainda neste ano<br />
o sabor da car ne de jacaré brasileiro criado<br />
em cativeiro. Instalada às margens do P antanal<br />
Matogrossense, na cidade de Cáceres, a 200 km<br />
de Cuiabá, a Coocrijapan – Cooperativa de Criadores de<br />
Jacaré do P antanal – deverá fechar seu primeiro contrato<br />
de expor tação de <strong>12</strong> mil quilos para compradores<br />
da China. “ As negociações estão a vançadas”, afirma<br />
Wilson Girardi, diretor administrativo, acrescentando<br />
que outros mercados do Exterior também estão na<br />
mira da Cooperativa. Não é por acaso. É que a Coocrijapan<br />
foi certificada em meados de 2008 com o Selo<br />
de Inspeção F ederal (SIF), credencial expedida pelo<br />
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento<br />
(Mapa) que autoriza o comércio do produto tanto em<br />
território nacional quanto no mercado exter no. Com<br />
essa conquista, tornou-se a única empresa brasileira<br />
do gênero apta à expor tação.<br />
A expectativa dos produtores é en viar ao mercado externo<br />
parte da produção atual de 200 jacarés da espécie<br />
Cayman yacare (conhecida popularmente como jacaré-do-pantanal),<br />
abatidos diariamente em frigorífico<br />
próprio. Com 22 cooperados e 38 funcionários, a Cooperativa<br />
cultiva de f orma auto-sustentável e ambientalmente<br />
correta cerca de 60 mil jacarés em uma área<br />
de coleta de o vos de aproximadamente 250 mil hec-<br />
Coop Revista | 40 | Maio <strong>2009</strong><br />
tares nas propriedades de seus cooperados, devidamente<br />
autorizadas pelo Ibama. Saborosa, exótica e saudável,<br />
a carne de jacaré da Coocrijapan já está integrada ao<br />
cardápio de restaurantes locais e ao mix de produtos de<br />
supermercados de São Paulo e do Nordeste brasileiro.<br />
Negócio bom pra cachorro<br />
Tudo começou em 1991, quando um gr upo de produtores<br />
rurais pantaneiros teve a idéia de criar uma nova<br />
atividade que, além de preser var o ambiente e combater<br />
ações predatórias, poderia gerar emprego e renda<br />
para a comunidade do P antanal Matogrossense.<br />
Nascia assim a Coocrijapan, primeiro criatório comercial<br />
de jacarés do Brasil legalizado e acompanhado<br />
pelo Ibama. A proposta era atender à f orte demanda<br />
por pele e car ne de jacaré, principalmente do mercado<br />
internacional.
!EscritaMAIO<strong>2009</strong>-2.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 5:01 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 5<br />
Made in China<br />
Delegação de cooperativistas<br />
chineses visita a Coop para conhecer<br />
a maior cooperativa de consumo<br />
da América Latina.<br />
Os números não são nada modestos. Com crescimento<br />
de 10% ao ano, a All China Federation of<br />
Supply and Mar keting Cooperatives faturou em 2008<br />
nada menos que US$ 160 bilhões. Ligada diretamente<br />
ao Estado Chinês, é o maior órgão cooperativista do<br />
país, congregando cerca de 160 milhões de associados.<br />
Emprega 1 milhão de pessoas e responde por 70% do<br />
PIB agrícola chinês. Esses dados f oram apresentados<br />
por Li Chengyu, presidente da Federação, aos representantes<br />
da Coop, durante visita ao Centro Administrativo,<br />
em Santo André, realizada na manhã de 16 de abril.<br />
Composta por oito cooperativistas, a delegação chinesa<br />
foi recepcionada pelo presidente Antonio José Monte<br />
e pelo vice Marcio F rancisco Blanco do V alle. Eles<br />
apresentaram um pouco da história do cooperativismo<br />
brasileiro, que reúne 7.682 cooperativas e cerca<br />
de 8 milhões de cooperados. Marcio V alle destacou<br />
principalmente a performance da Coop, considerada a<br />
maior cooperativa de consumo da América Latina.<br />
Com 27 unidades e quase 1,5 milhão de cooperados,<br />
responde por 0,8% do Produto Inter no Bruto do setor.<br />
“Com essa visita ao Brasil, particularmente à Coop,<br />
aprendemos bastante”, garantiu Chengyu, que foi governador<br />
da província de Henan, com 100 milhões de<br />
habitantes, antes de assumir a presidência da F ederação,<br />
no ano passado. Segundo ele, a Cooperativa possui<br />
um amplo programa de responsabilidade social, e<br />
existe interesse da Federação em obter mais informações<br />
a respeito. Após a troca de dados, experiências e<br />
presentes, a delegação chinesa e a equipe da Coop<br />
visitaram a unidade Industrial, em Santo André.<br />
Coop Revista | 39 | Maio <strong>2009</strong><br />
Tradicional troca de gentilezas.<br />
Após visitar o Centro Administrativo da Coop ...<br />
... delegação conheceu a unidade Industrial
!EscritaMAIO<strong>2009</strong>-2.qxd 6/5/<strong>2009</strong> 6:07 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 3<br />
Bons negócios na rede<br />
Você já deve ter percebido que há maior variedade<br />
de produtos impor tados nas gôndolas das unidades<br />
Coop. Pois a oferta tende a crescer ainda mais nos<br />
próximos meses com o f ortalecimento dos negócios<br />
entre a Cooperativa e a Rede Brasil de Super mercados.<br />
Trata-se de um gr upo de 16 super mercados brasileiros<br />
de médio por te que uniram forças para importar<br />
produtos de diver sos países. Juntas, as empresas<br />
faturaram em 2008 cerca de R$ 7,3 bilhões e projetam<br />
para <strong>2009</strong> faturamento da ordem de R$ 8,6 bilhões.<br />
Com fornecimento de R$ 1,2 bilhão no ano passado,<br />
a Coop é a maior entre os membros da Rede<br />
Brasil e também a única sediada em São P aulo.<br />
Mais do que ampliar o mix de produtos impor tados, a<br />
aliança da Coop com a Rede Brasil de Supermercados<br />
permite melhor negociação junto aos importadores devido<br />
ao maior volume de compras, já que os 16 supermercados<br />
somam ao todo 258 lojas. Quem sai ganhando<br />
com a transação são os cooperados, que podem<br />
contar com preços bastante competitivos. V ocê<br />
pode ter uma idéia dessa vantagem ao comparar , por<br />
exemplo, os bons vinhos argentinos e chilenos de marca<br />
exclusiva, cujos preços são bem mais baratos em<br />
relação aos líderes de mercado.<br />
Aceitação dos cooperados<br />
“Certas categorias de produtos não oferecem volume suficiente<br />
para a impor tação direta, daí a vantagem de<br />
nos aliar à Rede Brasil”, explica o gerente-geral de operações,<br />
Valdomiro Sanches Bardini. Uma das primeiras<br />
operações ocorreu no segundo semestre do ano passado,<br />
quando os cooperados tiveram acesso a diver sos<br />
itens impor tados, entre eles a batata americana préfrita<br />
congelada McCain, massas italianas, azeites portugueses,<br />
italianos e argentinos, condimentos ame ricanos<br />
(mostarda e catchup da marca Heinz), molho de<br />
pimenta Tabasco, além de utilidades domésticas e enfeites<br />
natalinos.<br />
A boa aceitação pelos cooperados da linha de impor-<br />
Coop Revista | 38 | Maio <strong>2009</strong><br />
tados levou a Cooperativa a fortalecer os negócios com<br />
a Rede Brasil, visando agora voos mais altos. “Queremos<br />
também par ticipar do desen volvimento de marcas<br />
exclusivas, de produtos nacionais ou impor tados”,<br />
antecipa Bardini. Uma delas já está para sair do forno.<br />
Trata-se da Zuppa, marca para conservas (azeitona, ervilha,<br />
milho verde, maionese e outros) que está sendo<br />
criada exclusivamente para associados da Rede Brasil.<br />
Outros produtos, como vinhos e sucos, também deverão<br />
ter suas marcas exclusivas.<br />
Troca de experiências<br />
A expectativa da Coop ao aliar-se à Rede Brasil de Supermercados<br />
é alavancar os negócios, principalmente<br />
em relação à importação e ao desenvolvimento de marcas<br />
exclusivas. Porém os ganhos com a parceria são<br />
ainda maiores. De acordo com o vice-presidente da Cooperativa,<br />
Marcio Francisco Blanco do Valle, a aliança<br />
abre oportunidades para troca de informações, experiências,<br />
melhores práticas e desenvolvimento integrado com<br />
outras empresas, de realidades e culturas diferentes.<br />
“Esse leque de atrativos se constitui num grande potencial<br />
de melhoria para nossos negócios”, garante Márcio<br />
Valle. Segundo ele, a Rede Brasil conta com diversos<br />
grupos de trabalho em cada um dos setores de importância<br />
na operação do varejo de alimentos. Ele e o presidente<br />
Antonio José Monte participam de reuniões<br />
periódicas com os sócios das outras 15 empresas que<br />
formam o consórcio. Márcio Valle, inclusive, é padrinho<br />
do grupo de compras importadas e desenvolvimento de<br />
marcas exclusivas. “Meu papel é servir de ligação<br />
entre o grupo de trabalho e a diretoria da Rede, alinhando<br />
orientações, estratégias e ações, para transmitir<br />
todas as informações e demandas de todos para um<br />
desenvolvimento adequado”, explica.
!EscritaMAIO<strong>2009</strong>-2.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 4:48 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 2<br />
Contato direto<br />
Cooperado, fique atento. A Coop vai interagir ainda<br />
mais com você em <strong>2009</strong>. Cerca de 60 campanhas<br />
de relacionamento serão desenvolvidas ao longo<br />
do ano, uma estratégia idealizada pelo Programa<br />
Gestão de Cooperados para estreitar ainda mais os<br />
laços entre a Cooperativa e sua família de cooperados.<br />
Seis delas já f oram colocadas em prática em<br />
março, contemplando cerca de 340 mil cooperados.<br />
Outras sete serão estendidas até o final deste mês<br />
levando vantagens e benefícios a outras 80 mil pessoas.<br />
Por meio de mala direta, elas recebem descontos<br />
especiais, bônus ou brindes ao se abastecerem<br />
nas unidades da rede ou se tor narem cooperados.<br />
Se você não foi contemplado com nenhuma delas, não<br />
perde por esperar . Pre vistas para atender aos mais<br />
diversos públicos da Coop, as campanhas de relacionamento<br />
são criadas de acordo com o padrão de consumo<br />
e o estilo de vida dos cooperados. Daí a importância<br />
de você sempre utilizar seu car tão de cooperado<br />
quando se abastecer em qualquer uma das unidades.<br />
Por meio de seu histórico de compras, o Programa<br />
Gestão de Cooperados terá condições de saber<br />
qual campanha melhor atende a suas expectativas.<br />
De nada adianta, por exemplo, ser presenteado com<br />
um desconto especial a ser usado na seção de confecção<br />
infantil se em seu histórico de compras nada indica<br />
que você tenha filhos pequenos em casa. Mas a<br />
Coop não pensará duas vezes em of erecer um cur so<br />
sobre cuidados com a beleza se perceber que você<br />
adora frequentar a categoria de perfumaria e cuidados<br />
pessoais. Toda a base de dados dos cooperados é<br />
trabalhada em parceria com consultoria especializada,<br />
visando of erecer atendimento per sonalizado.<br />
“Assim, poderemos direcionar as ações mais adequadas<br />
e rele vantes para cada cooperado, aumentando<br />
ainda mais sua satisfação e sua fidelidade aos nossos<br />
serviços e produtos”, explica Sidnéia Maurício, responsável<br />
pela Gestão de Cooperados.<br />
Coop Revista | 37 | Maio <strong>2009</strong><br />
Sidnéia Mauricío<br />
e Cláudia Villar<br />
apostam no sucesso<br />
das campanhas<br />
Crescimento sustentado<br />
Além da proposta de estimular a fidelização dos cooperados,<br />
as campanhas de relacionamento também<br />
serão direcionadas à conquista de novos e à recuperação<br />
de inativos. Com base no cadastro dos par ticipantes<br />
das campanhas Mexa-se e de aniver sário do ano<br />
passado, a Cooperativa enviou mala direta a um grupo<br />
de não-cooperados convidando à associação. Uma das<br />
campanhas, que vai até o final deste mês, oferece vale-presente<br />
de R$ 50,00 ao no vo cooperado que juntar<br />
R$ 300,00 em compras.<br />
SEMPRE PERTO DE VOCÊ<br />
Braço direito do Programa Gestão de Cooperados, a<br />
Central de Relacionamento Coop está a seu inteiro<br />
dispor. Quem quiser saber algo mais das campanhas,<br />
sugerir idéias, reclamar sobre algum produto ou serviço<br />
ou mesmo elogiar tem quatro caminhos para isso.<br />
Pode utilizar o Coop Fone (0800 772 2667), todos os<br />
dias, das 9h às 21h, ou usar o Coop Mail a qualquer<br />
hora (www.coop-sp.com.br). Há a opção também de<br />
comunicação on line no Coop Chat, de segunda a<br />
sábado, das 9h às 21h, ou buscar o Atendimento<br />
Pessoal na unidade de sua preferência, com<br />
exceção das Zapt Coop, que não dispõem de balcão<br />
de atendimento.
!EscritaMAIO<strong>2009</strong>-2.qxd 6/5/<strong>2009</strong> 6:09 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 4<br />
Panificação ganha novas instalações<br />
Instalada há 10 anos em Ribeirão Pires, a Central de Panificação<br />
será ampliada para dar conta do ritmo de crescimento da Coop.<br />
Éde lá que saem os 155 itens da marca Delícias<br />
da Coop que abastecem as 27 unidades da Cooperativa.<br />
Mas a Central de P anificação, instalada em<br />
área de 1.600 m 2 anexa à unidade de Ribeirão Pires,<br />
ficou pequena para atender a demanda e já opera no<br />
limite de sua capacidade. P or conta disso, será ampliada<br />
e vai ocupar par te do ter reno de 14 mil m 2 no<br />
Jardim Itapark, em Mauá, onde a Coop instalará a segunda<br />
unidade da rede no município. “Como sua instalação<br />
atual não per mite mais crescimento, a alternativa<br />
f oi a constr ução de no va estr utura”, explica o<br />
presidente Antonio José Monte. Além de no vo endereço,<br />
a Central de P anificação vai ganhar também equipamentos<br />
moder nos para agilizar a produção e dar<br />
conta do aumento da demanda pre visto com a abertura<br />
de novas unidades de distribuição.<br />
De acordo com o projeto, a fábrica das gostosuras<br />
Coop terá 3.000 m 2 de área constr uída, suficientes<br />
para supor tar a demanda nos próximos 15 anos, já<br />
que sua capacidade instalada será para o uso de mil<br />
sacas diárias de farinha de trigo.<br />
Nova estrutura<br />
visa atender o<br />
crescimento da<br />
demanda<br />
Coop Revista | 36 | Maio <strong>2009</strong><br />
Para se ter ideia, hoje são utilizadas em Ribeirão Pires<br />
200 sacas diárias para a produção dos 155 itens. “ A<br />
produção inicial na no va Central será de 400 sacas/<br />
dia”, prevê Monte.<br />
Gostoso investimento<br />
Só de pãozinho francês, por exemplo, foram fabricados<br />
nada menos que 56,9 milhões de unidades em<br />
2008 para o abastecimento das lojas. Sem contar os<br />
2,2 milhões de pacotes de pães especiais, os 419 mil<br />
quilos de panetones, outros 303 mil de bolos confeitados<br />
e as 4<strong>12</strong> mil unidades de pizza semiprontas. A nova<br />
instalação vai exigir recur sos de R$ 3,5 milhões,<br />
um in vestimento que terá retor no garantido em 21<br />
meses, segundo previsão do presidente da Coop.<br />
A compra de equipamentos modernos vai garantir, além<br />
de aumento de produtividade, maior segurança alimentar,<br />
já que dispensará o contato humano na produção<br />
de vários itens da linha. Os atuais 108 colaboradores<br />
serão remanejados para Mauá, e a previsão inicial é de<br />
que as obras sejam concluídas até setembro próximo.
!EscritaMAIO<strong>2009</strong>-2.qxd 6/5/<strong>2009</strong> 6:<strong>12</strong> <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 7<br />
É preciso crescer<br />
O Centro de Distribuição será ampliado para acompanhar o desenvolvimento da Coop.<br />
Com investimentos de R$ 11 milhões, a Coop vai<br />
triplicar a capacidade de estoque de seu Centro<br />
de Distribuição, instalado em Utinga, em Santo André.<br />
O projeto será desen volvido em duas etapas e contempla<br />
a ampliação de 2.275 mil m 2 na área construída<br />
e a ele vação do pé-direito da estr utura de 5 para<br />
10 metros de altura. Com a conclusão dos trabalhos,<br />
prevista para 2010, a capacidade de estoque do CD<br />
aumentará de 9.000 para 30 mil pallets, retaguarda<br />
suficiente para supor tar a demanda até 2024. O projeto<br />
de expansão visa ajustar a estr utura do Centro de<br />
Distribuição à política de crescimento da Coop, que<br />
deverá contar com 50 unidades até 2013.<br />
A ampliação da área é fundamental também para a<br />
implementação de algumas mudanças na logística de<br />
distribuição das mercadorias e, com isso, amenizar<br />
problemas de trânsito nas áreas de recebimento das<br />
unidades. Segundo o gerente geral de operações V aldomiro<br />
Sanches Bardini, a proposta é intensificar as aquisições<br />
de produtos no fornecimento cross-docking,um<br />
sistema de recebimento e expedição cr uzados que possibilita<br />
agilizar a saída das mercadorias do CD para as<br />
unidades da Coop. “Produtos que ficariam estocados<br />
por uma semana, por exemplo, não vão demorar mais<br />
do que 24 horas para chegar às prateleiras”, garante<br />
Bardini.<br />
Entendendo o sistema<br />
É que, pelo cross-docking, as cargas fazem apenas um<br />
pit stop no Centro de Distribuição, sem necessidade<br />
de armazenamento por tempo prolongado. Com base<br />
na previsão do quanto cada unidade da rede necessita<br />
de mercadorias, a Cooperativa consolida o volume<br />
global num único pedido junto aos f ornecedores. Assim<br />
que são descarregadas no CD, as cargas são sepa-<br />
Coop Revista | 35 | Maio <strong>2009</strong><br />
Ampliação vai repercutir em melhor atendimento aos cooperados<br />
radas, aglutinadas por lotes e transpor tadas até os<br />
pontos de distribuição da rede em apenas um caminhão.<br />
Isso evita o acúmulo de caminhões de pequeno<br />
porte na área de recebimento das unidades, o que<br />
geralmente acaba comprometendo o trânsito.<br />
Só que os ganhos gerados pelo cross-docking vão<br />
além disso. Segundo Bardini, o sistema per mite reduzir<br />
estoques, agilizar as entregas às unidades e minimizar<br />
as r upturas de gôndola. P or tabela, pode também<br />
influenciar na redução dos preços nas prateleiras,<br />
já que haverá diminuição de custo do transpor te.<br />
Crescer é preciso<br />
Os in vestimentos na ampliação do Centro de Distribuição<br />
são resultados de estudos que exigiram, até<br />
mesmo, a contratação de uma consultoria especializada.<br />
A aquisição de uma outra estr utura no Grande<br />
ABC para acompanhar o ritmo de aber tura de no vas<br />
unidades Coop também foi uma alternativa analisada,<br />
mas descartada. “Frente às novas tecnologias, o estudo<br />
concluiu que a ampliação do atual CD é melhor negócio”,<br />
afirma Bardini.
!EscritaMAIO<strong>2009</strong>-2.qxd 6/5/<strong>2009</strong> 6:10 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 6<br />
Coop marca presença na APAS 2.009<br />
Programa Líder do Futuro, desenvolvido pela Coop,<br />
será abordado durante o Congresso da APAS<br />
AAssociação Paulista de Super mercados promove<br />
entre os dias <strong>18</strong> a 21 deste mês a AP AS 2.009 –<br />
25º Congresso de Gestão e F eira Internacional de Ne-<br />
gócios em Super mercados –, que deverá reunir cerca<br />
de 50 mil pessoas no Expo Center Nor te, em São<br />
Paulo. Com o tema De Pessoas para Pessoas – Novas<br />
competências para servir o consumidor,a proposta do<br />
evento é alertar os supermercadistas sobre a valorização<br />
do capital humano, o grande dif erencial no atendimento<br />
e na prestação de ser viços aos consumidor .<br />
Convidada a par ticipar do Congresso, a Coop marca<br />
presença com a palestra F ormação de Líderes, que<br />
será ministrada pelo analista de Recur sos Humanos<br />
Lúcio Tadeu Rodrigues, dia 19, das 10 às <strong>12</strong>h.<br />
Nessas duas horas, o representante da Coop vai abordar<br />
a experiência bem sucedida da Coop com o Programa<br />
Líder do Futuro, que promoveu o cur so formação<br />
de líderes a 44 colaboradores. “Dessa primeira<br />
turma, formada no final ano passado, mais da metade<br />
já f oi promovida a função de líder”, comemora Lúcio<br />
Rodrigues, ao acrescentar que a visão da Coop<br />
ABRAS CERTIFICA A COOP<br />
O presidente da Coop, Antonio José Monte, recebeu da Associação<br />
Brasileira de Supermercados a certificação pela conquista do 11º lugar<br />
em vendas no Ranking Abras 2.009 – 500 empresas, o maior e mais<br />
completo estudo sobre o setor supermercadista brasileiro. A cerimônia<br />
de entrega da certificação ocorreu na noite de 28 de abril, em<br />
São Paulo, durante jantar promovido pela Abras. “Estar entre as<br />
empresas líderes é um grande atributo que merece uma consagração”,<br />
disse Sussumu Honda, presidente da Associação Brasileira de<br />
Supermercados. Além do presidente da Coop, participaram do<br />
evento Valdomiro Sanches Bardini, gerente-geral de operações;<br />
Celso Furtado, gerente de Markentig, Edmilson Sena da Silva, gerente<br />
de Comunicação; e Pedro Paulo Pereira, gerente regional ABC.<br />
Coop Revista | 34 | Maio <strong>2009</strong><br />
com esse projeto é melhorar ainda mais o atendimento<br />
aos cooperados. Composto de 280 horas, o cur so<br />
abrangeu os módulos Gestão de P essoas, Gestão de<br />
Negócios, Técnica Operacional e Cooperativismo.<br />
Ainda dentro do Programa Líder do Futuro,foi iniciado<br />
dia 2 de abril o Cur so de Aperfeiçoamento da Liderança,<br />
destinado desta vez a 45 colaboradores que já ocupam<br />
a função. O objetivo é reciclar os conhecimentos<br />
técnicos e difundir a gestão de pessoas como principal<br />
ferramenta na busca de resultados.<br />
APAS 2.009<br />
Durante os quatro dias da APAS 2.009, cerca<br />
de 400 das maiores empresas fornecedoras do<br />
setor apresentam também suas novidades em<br />
produtos, equipamentos e serviços em espaço<br />
de 54 mil m2 de área. Além de divulgar as<br />
novidades de toda a cadeia de abastecimento,<br />
a feira da APAS também estimula a<br />
concretização de negócios e troca de<br />
experiências entre os profissionais do setor.
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 5:25 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 22<br />
gente que faz<br />
por Adriana Moura<br />
amoura@escrita.net<br />
Pela paz<br />
Opessoal da Casa do Jardim cansou. No ano passado,<br />
entre as crianças carentes atendidas pela entidade,<br />
houve quatro casos de abuso sexual e três de<br />
agressão. Pois eles decidiram responder a essa violência<br />
com paz. Em 22 de maio, às 9h, vão realizar uma<br />
Caminhada pela Paz no Parque Celso Daniel, em Santo<br />
André, com a par ticipação da Monja Coen Sensei.<br />
“Essa caminhada reflete a paz que queremos no mundo.<br />
Que cada passo seja um passo de paz”, afirma a<br />
Monja Coen, que trabalha junto às crianças da Casa<br />
do Jardim desde que o projeto atendia nas r uas de<br />
Santo André. Durante o e vento, ela vai conduzir as<br />
crianças par ticipantes em exercícios de meditação e<br />
respiração consciente. Depois todos caminharão em<br />
fila indiana pelo parque, sentindo cada passo, atentos<br />
à natureza e ao próprio cor po. Assim, segundo a monja<br />
budista, os par ticipantes aprendem a ficar atentos<br />
para agir e não reagir ao meio. Conectados a si mesmos<br />
e ao mundo, eles podem escolher suas ações e<br />
brecar o ciclo de agressões. “ A não-violência ativa<br />
transforma o mundo”, diz a Monja Coen.<br />
Essa caminhada marca o lançamento de um vídeo<br />
feito com ajuda das crianças da casa como um manifesto<br />
contra a violência. A Casa do Jardim dá alimentação,<br />
reforço escolar, atendimento médico e odontológico<br />
e atividades como arte e esportes para crianças<br />
carentes de Santo André. O trabalho começou em<br />
2001, e desde o ano passado está instalado em um<br />
espaço no bair ro Casa Branca.<br />
Yoga contra o câncer<br />
Serenar a mente, aprender a escutar o próprio<br />
corpo, fortalecer a autoestima e assim melhorar<br />
o sistema imunológico. T odos esses benefícios da<br />
prática do yoga são ferramentas fundamentais para<br />
quem está lutando contra um câncer. Por isso é que<br />
a professora Zuleika Oliveira decidiu of erecer aulas<br />
gratuitas especiais para pacientes em tratamento<br />
dessa doença no espaço recém-inaugurado em São<br />
Bernardo do Campo. Os primeiros alunos começaram<br />
a aprender a técnica no final de abril.<br />
Zuleika trabalha no Centro Dia, onde idosos semidependentes<br />
passam a manhã e a tarde, e dá aulas de<br />
yoga para esse grupo, onde existem cegos, cadeirantes,<br />
portadores de sequelas de A VC. Zuleika tem<br />
um longo histórico de trabalho voluntário oferecendo<br />
acupuntura e yoga a idosos e portadores de necessidades<br />
especiais. Depois de vencer um câncer, passou<br />
a dar aulas para mulheres mastectomizadas do<br />
grupo V iva Melhor, e agora, em seu próprio espaço,<br />
optou por estender o projeto para pacientes em tratamento.<br />
“Nosso público são pessoas que já aceitaram<br />
o câncer e estão prontas para combatê-lo”, afirma.<br />
As aulas ocor rem uma vez por semana e incluem<br />
trabalho respiratório, posturas e meditação, partes<br />
integrantes dos exercícios de yoga. Ao final, Zuleika<br />
conduz o yoganidra, uma espécie de relaxamento<br />
induzido. “O tratamento de quimioterapia afeta muito<br />
a autoestima, porque interfere com a aparência.<br />
Isso contribui para que o sistema imunológico enfraqueça.<br />
O yoga ajuda na tomada de consciência interior<br />
e ensina a se aceitar”, explica.<br />
Quem se interessar pode contatar a prof essora pelo<br />
telefone 2831-0400.
➜<br />
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/7/09 8:35 AM <strong>Page</strong> 7<br />
meu filho | cálcio na infância<br />
bor e consistência. O valor nutricional do iogur te assemelha-se<br />
muito ao do leite, sendo portanto excelente<br />
fonte de cálcio, proteínas, fósforo e vitaminas do complexo<br />
B. Além do iogur te puro, experimente introduzilo<br />
em suas preparações do dia-a-dia, como molho para<br />
saladas, ou batido com sucos de fr utas e sor vetes.<br />
Faça pães caseiros com leite. Prepare um mingau<br />
de leite com aveia e deixe esfriar. Depois disso, misture<br />
fermento, um pouco de manteiga, farinha de trigo<br />
e ovos.<br />
Crianças adoram cereais matinais, como sucrilhos.<br />
Por que não apro veitar e ser vi-los com fr utas frescas,<br />
como banana e morango?<br />
Consultoria: Dra Roseli Oselka Saccardo Sarni, pediatra nutrólo-<br />
ga, presidente do Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira<br />
de Pediatria e professora assistente da Faculdade de Medicina<br />
do ABC; Carla Coradini Mariano, nutricionista da Fisioclínica<br />
ABC, em Santo de André, e site www.bebaleite.com.br.<br />
ALIMENTOS QUANTIDADE EM Mg DE CÁLCIO<br />
Iogurte sem fruta (1 xícara) 345<br />
Leite desnatado (1 xícara) 302<br />
Leite integral 297<br />
Queijo mussarela (1 fatia) 207<br />
Sorvete de baunilha 176<br />
Espinafre cozido (1/2 xícara) 138<br />
A Coluna MEU FILHO aborda todos os meses assuntos<br />
ligados a saúde física e emocional das crianças.<br />
Se você quiser sugerir algum tema, escreva para Escrita<br />
Comunicação Dirigida, à rua Siqueira Campos,<br />
406, Centro, Santo André, CEP 09020-240. Ou envie<br />
um e-mail para vani@escrita.net.
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 4:31 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 6<br />
Consumo ideal<br />
O ideal é garantir o nutriente por meio de alimentação<br />
balanceada e estilo de vida adequado. Mas, caso isso<br />
não seja possível, pode-se recor rer à suplementação<br />
por medicamentos. Crianças de três a oito anos precisam<br />
de 800 mg de cálcio por dia, necessidade que<br />
sobe para 1.300 mg entre no ve e treze anos. O leite e<br />
seus derivados, como queijo, requeijão e iogur te, são<br />
as melhores fontes. Cada copo de 200 ml de leite tem<br />
238 mg de cálcio, sendo recomendado que crianças e<br />
adolescentes consumam três copos por dia. O mineral<br />
também pode ser encontrado em outros alimentos,<br />
como brócolis, que apresenta 166 mg a cada 100 gramas,<br />
e couve crua, com 252 mg do mineral. Mas, nos<br />
hábitos alimentares das crianças de hoje, é muito difícil<br />
atingir a recomendação apenas com eles.<br />
Dobradinha do sucesso<br />
Para que o organismo absor va o cálcio, é fundamental<br />
consumir junto vitamina D . Ela é encontrada em cereais,<br />
alguns frutos do mar e também no óleo de fígado<br />
de bacalhau. Além disso, tomar banhos de sol durante<br />
20 minutos por dia faz toda a dif erença, porque os<br />
raios ultra violeta liberam a produção<br />
desse nutriente na pele. E<br />
atenção: sem protetor solar, porque<br />
ele impede a ação da vitamina. Para<br />
evitar queimaduras, é melhor expor-se<br />
ao sol no início da manhã ou<br />
no final da tarde.<br />
Escondidinho no prato<br />
Mas o que fazer quando as crianças<br />
não supor tam leite? Em primeiro<br />
lugar , converse com o pediatra<br />
sobre a possibilidade de suplementação<br />
para compensar a<br />
carência do mineral. Essa decisão<br />
cabe ao médico, que vai analisar o<br />
perfil do paciente, seus exames,<br />
sinais e sintomas, o estilo de vida,<br />
Coop Revista | 31 | Maio <strong>2009</strong><br />
a idade e a raça. P or outro lado, você pode recor rer à<br />
criatividade no preparo das ref eições, incluindo leite e<br />
derivados na composição dos pratos. V eja como é<br />
fácil:<br />
Criança não dispensa sor vete. Prepare uma vitamina<br />
à base de leite e fr utas e coloque para congelar .<br />
Sirva como sobremesa.<br />
Adicione leite, queijos ou requeijão na omelete, no<br />
molho do macar rão ou nos purês.<br />
Para deixar o ar roz integral ou o ar roz branco mais<br />
rico em nutrientes, prepare-o com leite em vez de<br />
água, ou use metade água e metade leite. Assim você<br />
terá, numa só preparação, fonte de energia, proteína,<br />
cálcio e fósforo. Sirva com uma salada, e a refeição da<br />
sua família está completa.<br />
Batata, mandioca, cenoura, espinafre, couve-flor, e<br />
legumes de modo geral ficam mais nutritivos quando<br />
cozidos no leite. Para não haver desperdício, aproveite<br />
o líquido no qual eles foram cozidos para preparar cremes,<br />
arroz, purês e suflês.<br />
O iogurte é o leite acidificado pela presença de bactérias<br />
ácidas, como o Lactobacillus bulgaricus ou o<br />
Streptococcus termophilus, responsáveis por seu sa-<br />
COLOQUE SEU FILHO<br />
PARA MALHAR<br />
Durante a fase da puberdade, os<br />
ossos da coluna vertebral e do<br />
fêmur aumentam em até cinco<br />
vezes. Entre os 16 e os 25 anos, o<br />
corpo atinge o máximo da quantidade de ossos<br />
em altura e espessura, baseado em genética,<br />
fatores hormonais e nutricionais e no biotipo de<br />
cada um. O certo, porém, é que o sedentarismo<br />
ou, ao contrário, a atividade física possuem<br />
grande influência na formação dos ossos.<br />
Crianças e adolescentes que praticam exercí-<br />
cios regularmente mostram importante aumento<br />
da massa óssea. Já o hábito de ficar parado prejudica<br />
o bom desenvolvimento dos ossos e sua força.<br />
➜<br />
➜<br />
➜
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 4:25 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 5<br />
meu filho Por Ivanilde Sitta<br />
vani@escrita.net<br />
Poupar é o melhor negócio<br />
Quando se trata da saúde óssea, o melhor negócio é<br />
investir na poupança. Ou seja: quanto mais cálcio<br />
você acumular na juventude, melhor será o rendimento<br />
de seus ossos na velhice. Isso porque 90% do cálcio<br />
necessário ao longo da vida é estocado pelo organismo<br />
durante a infância e a adolescência. Depois<br />
disso, o mineral não é absor vido com a mesma eficiência.<br />
Sem essa poupança, garantida principalmente<br />
pelo consumo de leite e seus derivados, as chances<br />
de apresentar ossos fracos e osteoporose na idade<br />
adulta aumentam consideravelmente. É justamente<br />
o que está tirando o sono de muitos pais e pediatras,<br />
que já pensam em f ormas de suprir a carência<br />
do mineral.<br />
Por que sumiu?<br />
Essencial para a f ormação de um esqueleto f orte, o<br />
cálcio anda meio sumido do cardápio diário de crianças<br />
e adolescentes, cada vez mais a vessos ao consu-<br />
Coop Revista | 30 | Maio <strong>2009</strong><br />
mo de uma dieta balanceada. O tradicional copo de<br />
leite no café da manhã e antes de dor mir, por exemplo,<br />
praticamente saiu de cena, substituído por refrigerantes<br />
e sucos ar tificiais. Os vegetais, como brócolis e<br />
couve crua (ricos em cálcio), também perderam espaço<br />
na mesa para lanches, fast food e salgadinhos.<br />
O que pode acontecer<br />
Estudos revelam que o baixo consumo de cálcio, fósforo,<br />
magnésio e vitamina D, ingredientes importantes<br />
na mineralização óssea, a par tir da idade escolar e<br />
especialmente na adolescência, podem trazer consequências<br />
em longo prazo. A carência desses nutrientes<br />
tende a provocar uma futura onda de osteoporose,<br />
pois a f ormação de massa óssea atinge seu pico por<br />
volta dos 25 anos. E o cálcio não é apenas um combustível<br />
importante para a manutenção e a integridade<br />
do esqueleto. P esquisas também investigam o papel<br />
desse mineral na pre venção de doenças crônicas<br />
como hipertensão e obesidade.
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 5:05 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 28<br />
Livre para respirar<br />
O drama de Kelly Fernandes foi relatado na edição de<br />
novembro de 2007 da Coop Revista, quando a garota<br />
vivia na espera do telefone tocar avisando da doação<br />
de um pulmão. Oito meses depois, em julho do ano<br />
passado, seu sonho foi realizado. “O telefone nem tocou.<br />
Eu já estava internada cuidando de uma bactéria<br />
quando o médico chegou para me avisar de um possível<br />
doador. Meu coração se encheu de alegria e vá-<br />
Coop Revista | 29 | Maio <strong>2009</strong><br />
rios pensamentos vagaram em minha mente. Um misto<br />
de sentimentos inexplicáveis. Foram dois anos de<br />
luta e espera. Hoje respiro, subo escadas, tomo um<br />
banho tranquilo e também posso mastigar o que eu<br />
quiser, sem o risco da competição em respirar ou<br />
mastigar. Dirijo, trabalho, saio com amigos, corro,<br />
tenho uma vida normal. Vivo coisas de deixei de fazer<br />
por quatro anos devido à doença”, relata.<br />
➜<br />
➜
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 5:04 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 27<br />
medicina | transplantes<br />
Solidariedade em alta<br />
Cresce o número de transplantes de órgãos e tecidos no Brasil.<br />
Por Ivanilde Sitta vani@escrita.net<br />
Kelly F ernandes Cunha é hoje uma no va mulher.<br />
Ela trabalha, sai com os amigos, dirige<br />
seu carro, corre e até respira tranquilamente,<br />
dariedade da população e também do trabalho incansável<br />
que as equipes de captação realizam por todo o<br />
estado”, explica Luiz A ugusto Pereira, coordenador da<br />
levando uma vida nor mal e num alto astral de fazer Central de T ransplante de São P aulo. Segundo ele, o<br />
inveja. Se você não vê nada na rotina diária da comer- processo de doação ocor re em um momento delicaciante<br />
que justifique tamanha felicidade é porque não do, quando a família, ainda abalada pela morte de um<br />
a conheceu antes de 2008. Portadora de uma doença parente, precisa decidir rapidamente se autoriza ou<br />
de nome complicado – discinesia ciliar pulmonar –, não a retirada dos órgãos e das cór neas para benefi-<br />
essa jo vem de 28 anos, de Santo<br />
André, tinha apenas 17% de capacidade<br />
pulmonar , fôlego insuficiente<br />
TRANSPLANTES REALIZADOS<br />
NO BRASIL<br />
ciar quem está na lista de espera.<br />
Muita gente ainda não sabe, mas<br />
o universo de doadores de órgãos<br />
para fazer as mais simples tarefas, ANO ÓRGÃOS CÓRNEAS e de cór neas é dif erente. P ara<br />
como mastigar um bif e ou tomar 2008 1.485 6.198 viabilizar um transplante de<br />
banho. Correr e trabalhar, nem pen- 2007 1.<strong>12</strong>7 4.935 órgãos, o potencial doador de ve<br />
sar. Depois de muita luta e espera, 2006 1.165 5.306 estar em quadro de mor te ence-<br />
Kelly F ernandes conseguiu em 20 2005 1.077 4.630<br />
fálica, mas com o coração ainda<br />
de julho do ano passado o tão almejado<br />
transplante de pulmão. “Desde<br />
então são no ve meses de total alegria”,<br />
afirma.<br />
Assim como K elly, outros pacientes<br />
2004<br />
2003<br />
2002<br />
2001**<br />
2000<br />
1999<br />
1.332<br />
1.059<br />
915<br />
938<br />
887<br />
719<br />
3.404<br />
3.206<br />
2.715<br />
2.498<br />
batendo. Já as cór neas podem<br />
ser retiradas mesmo após a parada<br />
cardíaca do paciente. P ara<br />
quem deseja ser doador, o ideal é<br />
que deixe essa intenção bem<br />
também garantiram vida no va no<br />
1998* 594<br />
clara a seus parentes mais próxi-<br />
ano passado com as 7.693 cirurgias<br />
realizadas em São Paulo, conferindo<br />
* Primeira vez que o número de transplantes de órgãos foi<br />
contabilizado durante o ano todo<br />
mos (pais, irmãos, avós), pois<br />
somente a família pode autorizar<br />
ao Estado o maior número de transplantes<br />
de órgãos e de tecidos de<br />
** Primeira vez que o número de transplantes de córneas foi<br />
contabilizado durante o ano todo<br />
a doação ou não.<br />
Daí a impor tância das campa-<br />
sua história. Foram 1.485 cirurgias de órgãos e 6.198 nhas de conscientização junto à população. “ As cam-<br />
de córneas, número 27% superior aos procedimentos panhas são necessárias, mas insuficientes”, argumen-<br />
de 2007. Isso significa, na média, 21 transplantes por ta V alter Duro Garcia, presidente da Associação<br />
dia, ou quase um por hora. Nem só São P aulo regis- Brasileira de Transplante de Órgãos, para quem outras<br />
trou desempenho positivo. Dados do Ministério da medidas também são impor tantes, como debates e<br />
Saúde indicam que foram realizados no Brasil 19.<strong>12</strong>5 palestras sobre o assunto. “Esse trabalho não apenas<br />
transplantes entre janeiro e dezembro de 2008, volu- informa, mas f orma e pode mudar preconceitos”,<br />
me 10% superior ao registrado em 2007.<br />
explica.<br />
Coop Revista | 28 | Maio <strong>2009</strong><br />
Bom trabalho<br />
“Trata-se de um ótimo resultado, fruto da maior soli
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 4:00 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 26<br />
COMO TURBINAR O METABOLISMO - O metabolismo está<br />
diretamente ligado ao gasto calórico diário de uma<br />
pessoa. Por isso, ele pode ser acelerado com atividade<br />
física. A prática de exercícios le ves aumenta em<br />
30% o gasto calórico basal. Se a atividade f or moderada,<br />
o metabolismo é acelerado entre 40% e 80%. Já<br />
exercícios muito intensos podem aumentar a taxa<br />
➜<br />
Menopausa faz o ponteiro subir? - Não necessariamente.<br />
Segundo Ellen Paiva, no climatério e após a menopausa as mulheres<br />
ficam predispostas a ansiedade, melancolia e até depressão.<br />
Passam a se exercitar menos e, em geral, comem mais alimentos<br />
gostosos e calóricos. As formas de prevenção mais eficazes são:<br />
evitar a ociosidade, praticar atividade física, procurar orientação<br />
nutricional que atenda às necessidades e preferências de cada uma,<br />
de modo que possamos entender nossos limites e possibilidades.<br />
Coop Revista | 27 | Maio <strong>2009</strong><br />
metabólica em mais de 100% enquanto estão sendo<br />
executados. Fazer cinco ou seis pequenas refeições diárias<br />
também traz resultados. Após cada uma, o gasto<br />
calórico causado pela digestão aumenta em cerca de<br />
30%. Dessa f orma, o organismo terá de trabalhar<br />
mais vezes para processar um maior número de ref eições,<br />
aumentando assim a queima de calorias.<br />
REMÉDIOS QUE PESAM NA BALANÇA - De acordo com a en-<br />
docrinologista Ellen P aiva, os principais medicamentos<br />
que le vam uma pessoa a engordar na verdade<br />
aumentam o apetite ou causam retenção de líquidos,<br />
o que altera o peso sem ha ver acúmulo de gordura.<br />
Entre eles estão os glicocor ticóides, que causam os<br />
dois ef eitos colaterais. Além deles, antidepressivos,<br />
antipsicóticos, antigos antialérgicos, embora extremamente<br />
necessários para manter o bem-estar , aumentam<br />
o apetite e alguns quilinhos. As pílulas anticoncepcionais<br />
são um caso à par te, pois podem le var<br />
tanto à perda quanto ao ganho de peso. Diferente<br />
do que muitas pessoas pensam, os suplementos<br />
vitamínicos não engordam, assim como o uso<br />
de soluções endovenosas ou soros em inter nações<br />
hospitalares.<br />
O NÚMERO DE CÉLULAS ADIPOSAS AUMENTA? - Nascemos<br />
com uma quantidade fixa de células gordurosas<br />
ou adquirimos outras no decor rer da vida? De<br />
acordo com especialistas, podemos sofrer, sim, acréscimo<br />
de células de gordura ao longo da vida, principalmente<br />
nas pessoas que ganham peso na infância ou<br />
na adolescência. Porém, na fase adulta, elas crescem<br />
em tamanho, para guardar toda a gordura excedente<br />
que não foi gasta.<br />
Consultoria: Dra. Ellen Simone Paiva, médica especializada em endocrinologia e nutrologia, titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia;<br />
Jocelem Mastrodi Salgado, professora de Nutrição do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da ESALQ/USP, em Piracicaba (www.jocelemsalgado. com.br).
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saúde | calorias<br />
Em paz com a balança<br />
Antes de se lançar em mais uma dieta para perder peso, que tal conhecer um pouco<br />
sobre os mecanismos do corpo que levam uma pessoa a engordar ou emagrecer?<br />
Por Ivanilde Sitta vani@escrita.net<br />
Assim como o minuto mede o tempo, caloria é<br />
a medida que avalia a quantidade de energia<br />
que um alimento pode f ornecer ao cor po.<br />
Mais do que isso: sem ela, é impossível respirar ou até<br />
mesmo piscar os olhos, até porque a caloria é o combustível<br />
(energia) que entra em todos os processos<br />
celulares que dão vida ao organismo. Aprenda por que<br />
uma escolha inteligente do que você come no dia-adia<br />
faz toda a dif erença na sua silhueta.<br />
Confira a fonte<br />
A caloria provém dos alimentos. As diver sas fontes de<br />
nutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas) que<br />
temos oferecem ao organismo quantidades diferentes<br />
de energia pelo mesmo peso de alimento consumido.<br />
Assim, as proteínas (car nes, leite e derivados e o vos)<br />
e os carboidratos (açúcares, farinhas, amido, tubérculos)<br />
fornecem 4 calorias por grama. Já as gorduras (de<br />
origem animal e vegetal) f ornecem 9 calorias pelo<br />
mesmo peso. Entendeu agora porque 50 g de manteiga<br />
engordam mais do que duas vezes do que seu<br />
acompanhante, o pão francês (que também pesa 50<br />
g)? A diferença fica por conta da natureza da manteiga,<br />
que é gordura, e do pão, que é um carboidrato.<br />
QUANTAS CALORIAS EQUIVALEM A UM QUILO? - Não há co-<br />
mo fazer essa conta, segundo a dra. Ellen Simone Paiva,<br />
médica especializada em endocrinologia e nutrol ogia,<br />
de São Paulo. O que se sabe é que, se você consumir<br />
um volume de calorias superior ao seu gasto cal órico,<br />
o excesso será armazenado no organismo sob forma<br />
de gordura. Se você comer 2.000 calorias por dia<br />
e queimar essa mesma quantidade, a tendência é manter<br />
o peso. Já se o gasto f or maior do que o consumo,<br />
o ponteiro da balança cai.<br />
Coop Revista | 26 | Maio <strong>2009</strong><br />
ONDE ENTRA O METABOLISMO ENERGÉTICO NESSA HISTÓ-<br />
RIA? É o metabolismo que coordena a matemática<br />
das calorias que entram e saem e o quanto é estocado<br />
sob a forma de gordura. Só que a eficácia com que<br />
o organismo gasta energia varia de pessoa para pessoa.<br />
A genética responde por até 50% do ritmo metabólico<br />
de cada um. Isso explica, de certa forma, porque<br />
algumas pessoas comem muito mais do que<br />
outras e não engordam tanto.<br />
O estilo de vida também reflete na balança. Os sedentários<br />
têm muito mais possibilidade de engordar<br />
do que aqueles que queimam calorias fazendo<br />
exercícios físicos. Uma secretária, que passa o<br />
dia sentada em frente ao computador , tende<br />
também a gastar menos calorias<br />
que um car teiro que caminha quilômetros<br />
por dia em seu trabalho.<br />
METABOLISMO BASAL - Tudo na<br />
vida exige queima de calorias.<br />
P or exemplo: o simples<br />
fato de estar lendo<br />
essa repor tagem exige<br />
que você gaste energia.<br />
As funções vitais,<br />
como respirar, manter<br />
a temperatura interna<br />
ou fazer o coração<br />
trabalhar, são acionadas<br />
pelo metabolismo basal. Só esse<br />
mecanismo gasta entre 60% e 70% das calorias necessárias<br />
para manter o organismo funcionando durante<br />
24 horas. Cerca de 10% a <strong>12</strong>% do consumo total<br />
de energia é utilizado na digestão dos alimentos. Essa<br />
éa quota que o corpo precisa para processar tudo que<br />
você come durante um dia, da mastigação até a absorção<br />
pelo organismo.
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 6/5/<strong>2009</strong> 6:21 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 3<br />
seu corpo<br />
por Adriana Moura<br />
amoura@escrita.net<br />
Menopausa no prato<br />
Ondas de calor, insônia, irritabilidade, ansiedade,<br />
mudanças na pele e no cabelo, diminuição da atenção e<br />
do desejo sexual. A chegada da menopausa incomoda<br />
mulheres na faixa dos 45 a 55 anos, por conta das<br />
alterações hormonais. Mas a alimentação pode ser<br />
uma poderosa aliada para aliviar esses sintomas.<br />
A isoflavona, presente na soja e seus derivados, é indicada<br />
por possuir ação similar ao hor mônio estrógeno.<br />
A vitamina E, encontrada em sementes oleaginosas<br />
e óleos vegetais, ajuda a diminuir as ondas de calor .<br />
Cereais integrais têm vitamina B6 e magnésio, que<br />
atuam na formação de neurotransmissores, melhorando<br />
o humor e a sensação de bem-estar .<br />
Para fugir da osteoporose, capriche nas fontes de<br />
vitamina D, como óleos vegetais, gema de ovo e alguns<br />
peixes. O cálcio também é fundamental e é encontrado<br />
em vegetais verdes, leite e derivados.<br />
Água neles!<br />
A desidratação é uma das principais<br />
causas de confusão mental<br />
em idosos. Além disso, provoca<br />
queda da pressão arterial,<br />
aumento dos batimentos cardíacos,<br />
dor no peito e pode levar<br />
até ao coma à e morte.<br />
Quando o organismo percebe que a quantidade de<br />
sangue, oxigênio e sais minerais no corpo está alterada,<br />
ele automaticamente aciona uma espécie de alarme, que<br />
causa a sensação de sede e nos faz procurar líquidos.<br />
Porém a partir dos 60 anos esse mecanismo se altera,<br />
o que torna mais difícil percebê-la.<br />
Como se não bastasse, nossa reserva de água diminui<br />
com o tempo. Ao nascermos, 90% de nosso corpo é<br />
formado de água. Aos 60 anos, essa reserva cai para<br />
pouco mais de 50%. Assim, não é preciso uma grande<br />
perda para que o corpo se desidrate depressa.<br />
Se você já chegou à melhor idade, aprenda a beber<br />
líquidos a cada duas horas. Vale água de coco, leite,<br />
chás, sucos, além de gelatina e frutas ricas em água,<br />
como melão, melancia, abacaxi e laranja.<br />
Coop Revista | 25 | Maio <strong>2009</strong><br />
Cuidado no esporte<br />
Estudo realizado pela Secretaria da Saúde do Estado de<br />
São Paulo com base em 2.000 atendimentos realizados<br />
em 2008 na capital paulista revela que a maioria das<br />
pessoas que praticam atividade física só procura um<br />
médico quando já apresenta problemas de saúde.<br />
Dos pacientes atendidos, 90% tinham algum alteração<br />
relacionada à prática inadequada de exercícios, como<br />
torção nos joelhos e tornozelos, problemas de coluna,<br />
lesões musculares e articulares e doenças cardíacas.<br />
Todos esses males podem ser evitados se antes de<br />
iniciar uma atividade física a pessoa passar por uma<br />
avaliação médica e adotar alguns cuidados:<br />
Siga as orientações de seu médico e faça todos os<br />
exames que forem pedidos.<br />
Use calçados e roupas adequados<br />
ao esporte a ser praticado.<br />
Lembre-se de se alongar antes<br />
e depois dos exercícios.<br />
Se for praticar corrida, utilize<br />
calçados com amortecedores,<br />
que ajudam a diminuir o impacto<br />
e evitam lesões.
!EscritaMAIO<strong>2009</strong>-2.qxd 6/5/<strong>2009</strong> 10:29 AM <strong>Page</strong> <strong>12</strong><br />
saúde | guia de saúde dr. Coop<br />
acordo com a infectologista Elaine Monteiro Matsuda,<br />
do Ambulatório Regional de Moléstias Inf ecciosas de<br />
Santo André, tudo vai depender da gra vidade da epidemia<br />
e também se houver condições do desen volvimento<br />
de vacina específica contra esse vír us. “Tratase<br />
de um vír us novo, que sofreu mutação e f oi transmitido<br />
do porco para o ser humano, que ainda não<br />
apresenta imunidade para tal in vasor”, explicou. Como<br />
esse vír us apresenta grande potencial de transmissão,<br />
daí o risco da tão temida pandemia.<br />
É gripe?<br />
Canja de galinha e cama. Não é que a eficácia desse<br />
remédio caseiro, tão indicado pelas a vós, tem comprovação<br />
científica? Dois elementos presentes neste<br />
prato podem fazer muito bem para quem está tentando<br />
se livrar da gripe ou resfriado: o calor e um aminoácido<br />
presente na car ne da galinha. Já se sabe há<br />
tempos que líquidos quentes ajudam na expectoração,<br />
pois colaboram para aumentar o mo vimento dos<br />
cílios pulmonares e, por tabela, do muco, segundo explica<br />
Jocelem Salgado, professora titular de Nutrição<br />
do Depar tamento de Agroindústria, Alimentos e Nu-<br />
Mais de 200 participantes do Programa Mexase<br />
(Circuito de Saúde e Atividades Físicas),<br />
coordenado pelo Planeta Coop, engrossaram a caminhada<br />
de aber tura da 11ª Campanha Nacional<br />
de Vacinação do Idoso, promovida pela Secretaria<br />
de Saúde de Santo André em 25 de abril. Com o<br />
slogan Deixe a gripe na saudade, a campanha foi<br />
realizada em todo o Brasil e teve por meta imunizar<br />
neste ano 80% da população a par tir dos 60 anos,<br />
reduzindo os óbitos e as inter nações causadas pela<br />
gripe e suas consequências.<br />
Envolvido com questões sociais, ambientais e de<br />
qualidade de vida, o Planeta Coop (núcleo que concentra<br />
as atividades socioambientais da Cooperativa)<br />
não podia ficar f ora do e vento. A caminhada<br />
trição da ESALQ/USP, campus Piracicaba.<br />
Só que recentemente descobriu-se que a temperatura<br />
não é a única aliada. Um aminoácido chamado citeína,<br />
liberado quando a car ne de galinha é cozida, tem<br />
a capacidade de agir sobre o muco, tornando-o menos<br />
espesso. De acordo com os estudos científicos, esse<br />
aminoácido agiria da mesma forma que a acetilcisteína,<br />
um princípio ativo usado na f ormulação de medicamentos<br />
para descongestionar os pulmões.<br />
Consultoria: Eduardo Pedro Giusti e Lia Augusta de Souza, pneumologistas<br />
da Clinar ABC, em Santo André, Elaine Monteiro<br />
Matsuda, infectologista do Ambulatório Regional de Moléstias<br />
Infecciosas de Santo André e da Clínica Nidomater e site www.<br />
vacinacontragripe.com.br<br />
Caminhada contra a gripe<br />
saiu às 9h do Paço Municipal com destino à Concha<br />
Acústica, localizada na Praça do Carmo, onde foram<br />
realizadas atividades até as <strong>12</strong>h30. Os par ticipantes<br />
tiveram acesso a af erição da pressão ar terial,<br />
por exemplo, com profissionais do Instituto Nível de<br />
Enfermagem.
!EscritaMAIO<strong>2009</strong>-2.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 6:38 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 11<br />
cas (diabetes mellitus ), hepáticas,<br />
pulmonares, para os profissionais<br />
de saúde, pessoas que con vi-<br />
SOLTO NO AR<br />
Que a vacina é o remédio preventivo mais seguro<br />
contra o Influenza, isto é. Só que você pode tentar<br />
vem com pacientes de risco,<br />
fugir da gripe tomando os seguintes cuidados:<br />
portadores de imunodefi- Evite frequentar ambientes aglomerados durante<br />
ciência (HIV), entre outras. essa temporada do ano, pois o vírus da gripe é<br />
altamente contagioso. Uma único indivíduo pode<br />
É gripe ou<br />
contaminar todos as pessoas que trabalham no mesmo<br />
resfriado?<br />
ambiente e que não foram vacinadas.<br />
Você vai perceber logo de<br />
Se puder, portanto, evite o contato com pessoas já<br />
cara. O influenza, vírus da infectadas;<br />
gripe, faz um estrago danado<br />
Não leve as mãos aos olhos, nariz ou boca sem<br />
levando muita gente a ficar acama-<br />
antes te-las lavado;<br />
da por conta dos sintomas intensos,<br />
incapacitantes e duradouros. Além de<br />
febre alta e grande mal estar , a gripe influenza<br />
acarreta dores musculares que deixa o paciente sem<br />
O ideal é ingerir bastante líquido para manter a<br />
hidratação.<br />
Cuide bem de sua alimentação, reforçando a<br />
proteção do organismo contra o influenza.<br />
forças até para sair da cama. T anto é que, segundo<br />
especialistas, é uma das doenças que mais geram fal- Coquetel de vírus<br />
tas no trabalho e queda de produtividade nas empre- De acordo com a Organização Mundial da Saúde<br />
sas. Quem já f oi pego pelo Influenza, jamais esquece. (OMS), a vacina contra gripe é composta por três tipos<br />
O resfriado é outra história, embora também seja uma de vírus influenza ( 2 vír us influenza tipo A e 1 tipo B)<br />
inflamação das vias aéreas causada por vír us. Só que , composição que é atualizada a cada ano com base<br />
neste caso, não é sempre o mesmo vír us o responsá- nos dados de vigilância epidemiológica da gripe (davel<br />
pelo resfriado. Existem inúmeros tipos dif erentes. dos laboratoriais e clínicos) f ornecidos por uma rede<br />
Na grande maioria das vezes, um analgésico é sufi- mundial de Centros de V igilância da Gripe, inclusive<br />
ciente para combater os sintomas, que se apresentam com inf ormações coletadas no Brasil, o que a tor na<br />
em grau infinitamente mais leve do que na gripe. Para adequada para o nosso país.<br />
melhor dif erenciar a gripe do resfriado, veja quadro A vacina atua de modo a ensinar o sistema imunoló-<br />
abaixo:<br />
gico a concentrar suas f orças para um contra-ataque<br />
Agente causador<br />
RESFRIADO<br />
Uma infinidade de vírus, entre<br />
eles adenovírus e rinovírus<br />
GRIPE INFLUENZA<br />
Vírus influenza<br />
rápido. Como os vír us apresentam mutações<br />
constantes nos seus antígenos (alvos<br />
imunológicos) hemaglutinina (HA) e neura-<br />
Início dos sintomas Coriza, congestão nasal Calafrios, queda no estado geral, minidase (NA), isso impede que os leucóci-<br />
e raramente febre dores musculares, dor de garganta, tos B e T, treinados pela vacina anterior, ve-<br />
tosse, sensação de fraqueza, febre nham a se juntar a eles. P or isso, uma nova<br />
Evolução Rápida recuperação<br />
importante e dor de cabeça<br />
Uma a duas semanas. Geralmente<br />
evolui com tosse que perdura até<br />
vacina sempre de ve ser produzida com os<br />
vírus das temporadas anteriores.<br />
duas semanas<br />
Ainda não sabe, mas a vacina do próximo<br />
Complicações Leve ou moderada Severas, caso de pneumonias ano poderá conter em sua composição o ví-<br />
Ocorrência Durante todo o ano Sazonal, principalmente no outono rus influenza tipo A (H1N1), mais conhecido<br />
e no inverno<br />
hoje como protagonista da gripe suína. De
!EscritaMAIO<strong>2009</strong>-2.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 6:38 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 10<br />
saúde | guia de saúde dr. Coop<br />
Influenza em cena<br />
O vírus da gripe, altamente contagioso, já está no ar,<br />
pode acabar com a folia de qualquer um e levar muita<br />
gente à cama. A prevenção é o melhor remédio.<br />
Se você é daqueles que ainda subestima o poder<br />
da gripe, é bom re ver seu conceito antes de ser<br />
pego pelo Influenza. Apesar do quadro e voluir de f orma<br />
benigna na maioria dos casos, ninguém está livre<br />
de suas complicações, principalmente crianças, idosos<br />
e indivíduos debilitados imunologicamente. “Os processos<br />
gripais ser vem como por ta de entrada para<br />
outras inf ecções, podendo inclusive le var à mor te”,<br />
alerta o médico pneumologista Eduardo P edro Giusti,<br />
de Santo André. Entre as complicações há risco de<br />
pneumonia e exacerbação de asma e bronquite, sem<br />
contar que por tadores de alergias respiratórias, como<br />
rinite e sinusite, tendem a apresentar piora dos quadros.<br />
A incidência de gripe, de acordo com a pneumologista<br />
Lia A ugusta de Souza, aumenta no período de<br />
transição entre o outono e in verno.<br />
Não é à toa, portanto, que o Ministério da Saúde emplaca<br />
tradicionalmente nesta época do ano sua campanha<br />
de imunização contra a gripe para a população<br />
a partir de 60 anos de idade. É que o vír us da gripe, o<br />
influenza, costuma marcar presença no hemisfério sul<br />
entre maio e agosto. Com o slogan Deixe a gripe na<br />
saudade,a campanha 2.009 terminou no último dia 8<br />
com a expectativa de ter imunizado 80% da população<br />
idosa, o que representa 15,5 milhões de pessoas.<br />
Foram investidos R$ 162 milhões para a compra de<br />
21 milhões de doses da vacina e montagem da infraestrutura.<br />
Dinheiro bem aplicado<br />
Um investimento com retorno garantido porque a vacina,<br />
ao prevenir a gripe e suas complicações, tem impacto<br />
direto na diminuição das inter nações hospitalares<br />
e da mor talidade e vitável. Estudos do Ministério<br />
da Saúde mostram que, entre a<br />
população de 60 anos ou mais, a<br />
vacinação pode reduzir 70 % dos<br />
casos de pneumonia e hospitalização.<br />
Apesar dos benefícios, tem gente<br />
que mostra cer ta resistência em tomar<br />
a vacina. “É preciso deixar claro que a vacina<br />
contra a gripe não dá gripe, como muita gente<br />
imagina”, informa o pneumologista Eduardo Giusti.<br />
Para quem não sabe, a vacina contra a gripe é composta<br />
por vír us inativados e fracionados, o que significa<br />
que eles estão mor tos e replicados, não podendo<br />
se reproduzir dentro do organismo das pessoas vacinadas.<br />
Em contrapar tida, a imunização não protege<br />
contra os resfriados e outras inf ecções que também<br />
ocorrem no in verno e apresentam sintomatologia semelhante.<br />
Uma mínima parcela dos indivíduos vacinados<br />
pode ter gripe de vido a mutação do vír us, porém,<br />
de uma f orma bem mais branda. Sem contra-indicações<br />
e ef eitos colaterais intensos, a vacina contra a<br />
gripe é eficaz em cerca de 89% dos casos, desde que<br />
seja tomada na época adequada.<br />
“A melhor hora é agora, antes da chegada do Inverno”,<br />
garante o pneumologista. É que cerca de 15 dias após<br />
a vacinação já começam a surgir os anticor pos que<br />
darão proteção contra a gripe, mas a proteção máxima<br />
será atingida após 45 dias, exatamente no Inverno,<br />
quando o Influenza chega com força total. Além<br />
dos idosos, qualquer pessoa, inclusive bebês com<br />
mais de seis meses de vida, podem recorrer à vacina,<br />
mas em clínicas par ticulares, já que a rede pública de<br />
saúde só disponibiliza a imunização durante as campanhas<br />
e para indivíduos acima de 60 anos ou com<br />
doenças crônicas, cardiovasculares, renais, metabóli-
!EscritaMAIO<strong>2009</strong>-2.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 3:35 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 9<br />
Tem vírus<br />
Influenza<br />
no ar.<br />
Por isso,<br />
cuide-se!<br />
Guia de saúde
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 3:28 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 1<br />
de bem com a vida<br />
por Adriana Moura<br />
amoura@escrita.net<br />
Chega de negativismo<br />
Se você, antes mesmo de começar, já acredita que tudo<br />
vai dar errado, pode estar sendo vítima do que alguns<br />
psicólogos chamam de pensamentos automáticos.<br />
Aprenda a se livrar deles:<br />
Antes de tomar uma atitude, espere, reflita e corrija<br />
seu caminho conscientemente.<br />
Seja racional. Quando o pensamento automático surgir,<br />
procure enumerar em sua cabeça quais razões e fatos<br />
objetivos sustentam essa negatividade.<br />
Entre o preto e branco, o bom e o mau, o feliz e o<br />
triste, existe uma gama enorme de nuances que você<br />
deve encontrar e aceitar.<br />
Não tome as situações como pessoais. Nem tudo<br />
que acontece tem a ver com você.<br />
Quando tiver um problema com uma<br />
pessoa, ao invés de querer que o<br />
outro mude, pense no que está a seu<br />
alcance para resolver a situação.<br />
Seja flexível. Adapte-se a cada<br />
situação e estude-a como se nunca<br />
tivesse acontecido. Cada momento de<br />
sua vida é individual e único.<br />
Perfume astral<br />
Essências de seu signo podem dar uma forcinha para o destino, aumentando seu<br />
magnetismo e propiciando êxito e felicidade em tudo que faz. Você mesmo pode<br />
fazer o seu perfume mágico para usar em todas as situações em que quer se sair<br />
bem. Os ingredientes são vendidos em lojas de artigos para perfumes.<br />
Preparo: misture 1/2 litro de álcool de cereais com 10 gramas de fixador. Guarde<br />
por três dias, agitando a mistura várias vezes diariamente. Acrescente 20 gramas<br />
de essência, escolhendo uma ou mais entre as de seu signo. Deixe repousar por<br />
24 horas, depois acrescente 1/2 copo de<br />
água filtrada. Está pronto para o uso.<br />
Coop Revista | 20 | Maio <strong>2009</strong><br />
ESCOLHA SUA ESSÊNCIA<br />
Áries Hortelã e alfazema Libra Rosa e alfazema<br />
Touro Rosa e sândalo Escorpião Hortelã e pinho<br />
Gêmeos Verbena e narciso Sagitário Sândalo e lírio<br />
Câncer Lírio e rosa Capricórnio Alfazema e pinho<br />
Leão Heliotrópio e hortelã Aquário Alfazema e verbena<br />
Virgem Verbena e pinho Peixes Sândalo e lírio<br />
Reciclagem<br />
Os benefícios de diminuir a quantidade de lixo no meio<br />
ambiente já são bem conhecidos. Reciclar, descartar<br />
corretamente e reduzir sua produção são algumas<br />
atitudes que ajudam a salvar o planeta.<br />
Preste atenção às lixeiras nos<br />
pontos de reciclagem. Cada uma é<br />
indicada para um tipo de resíduo:<br />
vidro, papel, metal ou plástico. Em<br />
geral elas são diferenciadas por cores.<br />
Em casa, separe o material a ser<br />
reciclado do lixo úmido. Limpe as<br />
embalagens e descarte as que estiverem engorduradas,<br />
por exemplo, que não servem para reciclar.<br />
Pilhas e baterias não devem ser jogadas no lixo<br />
comum, pois podem causar contaminação. Você pode<br />
devolver as que não servem mais para o fabricante, ou<br />
deixá-las em postos autorizados.<br />
Prefira embalagens de vidro, que podem ser recicladas<br />
mais facilmente que as de plástico.<br />
Sempre que possível, reutilize embalagens para outros<br />
fins. Você pode transformar uma latinha de refrigerante<br />
em porta-lápis, por exemplo.
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/7/09 8:44 AM <strong>Page</strong> 19<br />
“Apesar de um novo discurso, exemplos como o pai levar<br />
o filho ao pediatra são ainda exceções quando a valiamos<br />
os números”, explica. “Entre todas as crianças<br />
que atendo diariamente, apenas entre 3% e 5% delas<br />
são acompanhadas pelo pai”, contabiliza o pediatra<br />
Jair Kuhn. O psicoterapeuta Zenon Lotufo concorda. Para<br />
ele, ao se repartir a tarefa de sustento financeiro do<br />
lar, o ideal seria também uma divisão das tarefas domésticas.<br />
“De qualquer forma, em termos gerais, nessa<br />
divisão de encargos ainda cabe prioritariamente<br />
aos maridos cuidar do ganha-pão e às mulheres, dedicar-se<br />
às crianças”, acredita.<br />
Três fases difíceis<br />
Adolescência, maternidade e climatério são três pe -<br />
ríodos significativos na vida de toda mulher , caracterizados<br />
por mudanças biológicas complexas e por<br />
importantes alterações inter pessoais. Mas a maternidade<br />
é a que gera maior expectativa e ansiedade.<br />
Basta lembrar que as meninas treinam desde muito<br />
cedo para serem boas mães. “ A sociedade deter mina<br />
um modelo de mãe perf eita, uma imagem romanceada<br />
da mater nidade construída ao longo dos<br />
últimos séculos”, observa. Segundo ela, parece inconcebível<br />
que a mãe tenha qualquer tipo de pensamento<br />
que não seja considerado bom, ou que sinta<br />
necessidade de um tempo para se cuidar , para ler,<br />
descansar ou qualquer outra atividade em que o filho<br />
não esteja incluído.<br />
Consultoria: Dra. Maria Regina Domingues de Azevedo, psicóloga<br />
da Faculdade de Medicina do ABC; Zenon Lotufo Jr, doutor em<br />
Ciências da Religião, psicoterapeuta e um dos coordenadores do<br />
curso Espiritualidade no Aconselhamento e na Terapia do Instituto<br />
de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São<br />
Paulo; Olga Inês Tessari, psicóloga clínica de São Paulo; Jair M.<br />
Kuhn, pediatra de Santo André; e edição de 19 de abril da Revista<br />
Época, Editora Globo.
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 2:56 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> <strong>18</strong><br />
comportamento | mãe<br />
O QUE PASSA NA CABEÇA DELAS<br />
Mãe perfeita não pensa bobagens, diz uma regra<br />
social não escrita. Mais ainda. Mãe que é mãe é<br />
aquela que não tem tempo para cuidar de si nem<br />
fazer nada que goste sem a presença do filho, certo?<br />
Errado. Mãe de três filhos e produtora de cinema, a<br />
americana Romi Lassally lançou há dois anos um site<br />
em que mulheres podem extravasar sentimentos<br />
geralmente inconfessáveis sobre a maternidade.<br />
O True Mom Confessions (em português,<br />
“confissões verdadeiras de mães”) recebe hoje<br />
2 milhões de page views por mês e virou livro<br />
(www.truemomconfessionsbook.com) com a<br />
impressionante tiragem inicial de 100 mil exemplares.<br />
As confissões são variadas. Elas se queixam da falta<br />
de colaboração dos maridos, das crianças e de tempo<br />
para si mesmas. Às vezes, admitem suas falhas, como<br />
esquecer de pegar o filho na escola. Para Romi, o ideal<br />
de mãe perfeita desintegrou-se. “Simplesmente não<br />
existe um padrão. Ser uma boa mãe é fazer o que se<br />
pode fazer, sem pressionar a si própria na direção de<br />
um modelo ridículo e inatingível”, afirma a escritora.<br />
der a delegar funções. P or que sempre é você quem<br />
tem de sair cor rendo do trabalho para comprar um<br />
presente para o filho le var à f esta de aniver sário do<br />
amigo? Recor rer ao marido ou pedir uma mãozinha<br />
para os a vós não fará dif erença no diagnóstico médico<br />
da criança. O mesmo vale para aquelas que passam<br />
o fim de semana limpando a casa e ar rumando<br />
os armários. Contratar uma faxineira garante mais tempo<br />
para conviver com a família ou dedicar-se a alguns<br />
prazeres pessoais.<br />
Cuide de si mesma: De nada adianta tanta correria se<br />
você vive de mau humor , cansada, impaciente e brigando<br />
com o mundo. P ermita-se, de vez em quando,<br />
visitar suas amigas, jogar conversa fora com a vizinha<br />
ou passar a tarde de sábado no salão de beleza dando<br />
um trato no visual. “O que falta para a mulher de hoje<br />
ser mais feliz e plena é ter mais cuidados consigo, mas<br />
Coop Revista | <strong>18</strong> | Maio <strong>2009</strong><br />
CONHEÇA ALGUMAS<br />
DAS CONFISSÕES DE MÃES<br />
Eu sou mãe 24 horas por dia.<br />
Estou de saco cheio. Meus<br />
filhos estariam melhor numa creche.”<br />
“Ser mãe engorda.”<br />
“Preferiria ser mãe solteira. Assim<br />
não contaria com marido e não ficaria<br />
deprimida por ele não me ajudar.<br />
Eu não quero que meu filho seja como<br />
o pai. Egoísta, centrado nele mesmo<br />
e um zero nas tarefas domésticas.”<br />
“Tenho inventado uma história mais<br />
rápida para que o livro que leio à noite<br />
para minha filha acabe rápido.<br />
Ela demora demais para dormir.<br />
não pelas pessoas à sua volta. Apenas para agradar a<br />
si mesma em primeiro lugar”, defende Olga Tessari.<br />
Como nossas mães<br />
““<br />
A inserção da mulher no mercado de trabalho, seja<br />
por opção ou necessidade financeira, acarretou mudanças<br />
significativas no con vívio familiar, que contribuíram<br />
para o declínio do sistema patriarcal e da hegemonia<br />
masculina. F rente a essa no va realidade, o<br />
pai passou a par ticipar nos cuidados e na educação<br />
dos filhos e também na divisão das tarefas. P orém o<br />
descompasso entre esses dois fenômenos ainda é evidente.<br />
Segundo Maria Regina, pesquisas recentes<br />
apontam crescimento acelerado no número de mulheres<br />
no mercado de trabalho, enquanto a par ticipação<br />
masculina dentro de casa e com as crianças vem crescendo<br />
de forma muita lenta e gradual.
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 2:55 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 17<br />
Regina Domingues de Aze vedo, psicóloga da Faculdade<br />
de Medicina do ABC. Segundo ela, uma mulher que<br />
trabalha f ora ainda é, por definição e con venção social,<br />
uma mãe imperfeita. Não impor ta o quanto seja<br />
bem-sucedida na profissão. “O fator principal é o de<br />
não conseguir sacrificar inteiramente sua vida a ser viço<br />
da família, como sugere o papel mater no ditado<br />
até então”, assegura.<br />
Emoções conturbadas<br />
Diante de tantas expectativas e cobranças – principalmente<br />
dela mesma –,não podia dar outra. A consciên-<br />
“<br />
cia acaba pesando. Qual mãe não experimentou pelo<br />
menos uma vez na vida o clássico sentimento de culpa<br />
por deixar o filho f ebril com a<br />
babá para ir trabalhar ou por ter se<br />
atrasado para a f esta do melhor<br />
amigo da criança?<br />
De acordo com a dra. Maria Regina,<br />
o sentimento de culpa mater no é<br />
um denominador comum entre as<br />
mulheres que trabalham, porque a<br />
maioria é condicionada pelo estereótipo<br />
da mãe ideal, aquela que<br />
fica em período integral com o filho, que prepara a<br />
torta, enxuga as lágrimas e coloca o curativo nas f eridas.<br />
“Tudo com um largo sorriso nos lábios, não importa<br />
se isto a faz de fato f eliz e realizada”, observa.<br />
Mas, como dizem que toda mãe é igual, só muda de<br />
endereço, mesmo aquelas que dedicam 24 horas por<br />
dia aos cuidados dos filhos não estão imunizadas contra<br />
o remorso, segundo Zenon Lotufo Júnior, psicoterapeuta<br />
e doutor em Ciências da Religião. “P odem se<br />
sentir culpadas por não estarem seguindo uma car reira<br />
profissional e, por tabela, não contribuir para esticar<br />
o orçamento doméstico”, exemplifica. Não é raro também<br />
muitas delas culparem-se pelo tombo que o filho<br />
levou, pela virose que a criança pegou ou mesmo pelas<br />
lágrimas da adolescente que le vou um fora do namorado.<br />
“No dia-a-dia de consultório, observo que esse<br />
tipo de culpa é mais comum naquelas que não tiveram<br />
planejamento prévio ou estr uturação familiar<br />
Coop Revista | 17 | Maio <strong>2009</strong><br />
adequados para a criação de uma nova vida”, interpreta<br />
o pediatra Jair K uhn, de Santo André.<br />
Traçando prioridades<br />
Seja como for, o certo é que a tripla jor nada de trabalho<br />
– mãe-mulher-profissional – exige verdadeiros contorcionismos.<br />
Tanto que ela vive sempre cor rendo de<br />
cá para lá, de lá para cá, sem tempo para si mesma<br />
e, ainda por cima, cobrando-se e culpando-se quando<br />
as coisas não caminham da forma como deseja. “Esse<br />
é o grande dilema da mulher da atualidade”, confirma<br />
a psicóloga clínica Olga Inês T essari, acrescentando<br />
que o melhor a fazer é puxar o freio de mão e definir<br />
as prioridades para não se sobrecar regar de tanto tra-<br />
“<br />
O que falta para a mulher de hoje<br />
ser mais feliz e plena é ter mais<br />
cuidados consigo, mas não pelas pessoas<br />
à sua volta. Apenas para agradar a<br />
si mesma em primeiro lugar”<br />
OLGA INÊS TESSARI, PSICÓLOGA CLÍNICA AAAAAAAAAAAZZA<br />
balho, angústia e stress. Receita pronta não existe,<br />
mas você pode começar a eliminar o fantasma da culpa<br />
da sua vida dando pequenos passos de cada vez.<br />
Trace prioridades: O que é mais impor tante, lavar a<br />
louça do jantar ou sentar-se no chão com seu filho<br />
para montar o quebra-cabeça que ele ganhou na escola?<br />
Assistir o capítulo imperdível da novela da noite ou<br />
jogar conversa fora com seu marido, que anda desanimado<br />
nos últimos dias? Segundo a psicóloga Olga<br />
Tessari, o convívio familiar é muito importante, tem de<br />
ser mantido e requer tempo, um artigo de luxo na vida<br />
da maioria das mulheres justamente porque querem<br />
sempre deixar tudo em ordem na casa.<br />
Delegue tarefas: Mesmo sendo uma super mulher, é<br />
praticamente impossível ter controle de tudo exercendo<br />
uma tripla jornada de trabalho. Ter consciência disso<br />
alivia o sentimento de culpa quando algo de er rado<br />
acontece. O stress pode ser menor se você apren-<br />
➜
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 2:54 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 16<br />
comportamento | mãe<br />
A equilibrista<br />
Ser mãe hoje em dia requer treinamento intensivo no Cirque du Soleil<br />
para dar conta dos compromissos sem deixar nenhum dos pratos cair.<br />
Responda sem hesitar : há quanto tempo você<br />
não se dá ao luxo de, sossegada, ler um bom<br />
livro ou ir às compras sem horário para retornar,<br />
sem ficar preocupada em fazer o jantar , buscar o<br />
herdeiro na escola, o terno do marido na la vanderia ou<br />
passar no pet shop para comprar a ração do cachor ro?<br />
E, se você integra o grande time de mães que par ticipam<br />
do mercado de trabalho, provavelmente nem deve<br />
se lembrar do último filme que assistiu no cinema.<br />
Por Ivanilde Sitta vani@escrita.net<br />
Coop Revista | 16 | Maio <strong>2009</strong><br />
Está cer to que a mulher de hoje conta com um companheiro<br />
mais par ticipativo, mas pouca coisa mudou<br />
em sua rotina atribulada em relação ao século passado.<br />
A sociedade ainda cobra dela um modelo de mãe<br />
perfeita, atribuindo-lhe a maior par te das responsabilidades<br />
junto à casa e à prole, mesmo que trabalhe<br />
profissionalmente tanto ou mais que o homem.<br />
“Existe uma nova mulher, sim, mas ela vive sob o manto<br />
das velhas representações”, confirma a dra. Maria
!<strong>EscritacapaMAIO<strong>2009</strong>.qxd</strong> 5/5/<strong>2009</strong> 2:38 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 4
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 2:35 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 2<br />
mais prazer à mesa<br />
por Adriana Moura<br />
amoura@escrita.net<br />
Comida de vó<br />
Quer fazer uma alimentação mais saborosa e saudável?<br />
Basta comer como sua bisavó. Há 80 anos, quase<br />
não havia produtos industrializados e processados,<br />
e a base da comida era de alimentos frescos, saídos<br />
direto do quintal.<br />
Em vez de abusar de alimentos congelados e<br />
preparados, organize seu tempo para cozinhar você<br />
mesmo. Ainda que seja preciso preparar tudo num<br />
dia da semana e congelar as porções.<br />
Leia os ingredientes antes de comprar um produto.<br />
Se você não conseguir pronunciar, evite-os. Essas<br />
substâncias são acidulantes, conservantes, corantes<br />
e outros aditivos, que são seguros para a saúde,<br />
sim, mas só se forem consumidos com moderação.<br />
Na hora de fazer compras, prefira alimentos mais<br />
frescos, como legumes, laticínios, carnes e peixes.<br />
Sua bisavó era italiana, japonesa ou libanesa? Não<br />
Um azeite e tanto<br />
Existem mais de 2.000 variedades de azeitonas<br />
próprias para produzir azeite. Porém nem todas<br />
resultam num óleo de qualidade. E saber qual é bom<br />
exige um pouco de conhecimento.<br />
O azeite deve ter aroma frutado, sabor marcante, boa<br />
viscosidade e acidez adequada. O extra virgem, por<br />
exemplo, deve ter no máximo 0,8%<br />
de ácidos graxos, enquanto o virgem<br />
pode ter entre 0,8% e 2%.<br />
Assim como um vinho, o<br />
azeite pode ser degustado.<br />
Os mais verdes costumam ter<br />
sabores frutados, enquanto<br />
outros podem lembrar ervas ou<br />
nozes. Os de sabor metálico,<br />
ácido ou avinagrado são de<br />
baixa qualidade.<br />
Coop Revista | 14 | Maio <strong>2009</strong><br />
importa qual seja a resposta, seguir a tradição cultural<br />
de sua família é garantir que sua alimentação seja<br />
mais saudável, porque surgiu a partir dos ingredientes<br />
mais fáceis de encontrar, e portanto mais frescos.<br />
Mesa de índio<br />
Quando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, ofereceu<br />
para a gente da terra um banquete com pães, doces,<br />
peixe cozido, figo seco e vinho. Para sua decepção, os<br />
índios só gostaram do arroz e da aguardente. Comida,<br />
para eles, era mandioca, milho e palmito, que<br />
acabaram incorporados à mesa do<br />
brasileiro. E as heranças não param por aí:<br />
FAROFA: a farinha de mandioca, base de alimentação<br />
dos tupis, era consumida em forma<br />
de mingau ou pura. Nas cozinhas dos brancos,<br />
ganhou temperos e outros ingredientes.<br />
PIRÃO: os índios adoravam misturar a farinha<br />
de mandioca com água ou caldo, fazendo uma papa<br />
grossa. Hoje ele é mais usado para acompanhar peixes.<br />
PIPOCA: popular no mundo inteiro, o nome da delícia<br />
vem do tupi “pipoka”, que quer dizer pele estalada. Os<br />
índios faziam pipoca atirando o milho na fogueira.<br />
PAÇOCA: era uma mistura de carne ou peixe seco e<br />
farinha de mandioca, como ainda é feita no Nordeste.<br />
Mais tarde esses ingredientes foram sendo substituídos<br />
por castanha de caju ou amendoim, e por fim o açúcar<br />
entrou na história e transformou a paçoca num doce.
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 2:31 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 21<br />
ceita era da cozinheira de Leonardo, que, apesar de<br />
garantir que jamais pro vara a delícia, afirmava também<br />
ser ela “ideal para acompanhar pratos de car ne”.<br />
Além de auxiliar na cura de doenças, as geleias e compotas<br />
também tinham como objetivo aliviar as dores<br />
da alma, acreditavam muitos povos antigos. Essa história<br />
deixou de ser lenda quando a ciência contemporânea<br />
compro vou que o açúcar é um alimento que<br />
ajuda a combater o stress e a ansiedade. A dra. Judith<br />
Wurtman, pesquisadora do Massachusetts Institute of<br />
Technology, revelou em suas pesquisas que os carboidratos,<br />
como os açúcares e os amidos, têm efeito calmante.<br />
E nem precisa de muito para que isso aconteça.<br />
Bastam 40 g a 60 g de geleia no café da manhã,<br />
por exemplo, para ajudar seu cérebro a produzir serotonina,<br />
um neurotransmissor que regula o bom humor<br />
e eleva o estado de ânimo.<br />
Alquimia vegetal<br />
Mas quem transformou em arte medicinal a tarefa de<br />
fazer doces foi nada menos do que o médico, astrólogo<br />
e alquimista Michel de Nostre-Dame, mais conhecido<br />
por Nostradamus (1503-1566). Interessado no<br />
estudo das plantas e seus ef eitos na cura das doenças,<br />
ele foi estudar em Milão, Itália, com um boticário<br />
especializado em compotas e geleias curativas. De<br />
volta à França, sua receita de geleia de marmelo valeu<br />
até elogios do papa da época por sua doçura celestial.<br />
A obra de Nostradamus apresenta trinta receitas de<br />
compotas, geleias e xaropes de frutos diversos, até com<br />
quantidades apropriadas e indicações para cada uma<br />
delas. Como valor terapêutico, as receitas do alquimi sta<br />
não se re velaram grande coisa, porém a grand e importância<br />
do trabalho está no fato de ter tor nado acessível<br />
às pessoas do po vo delícias que, até então, só<br />
eram reser vadas aos nobres. Principalmente em uma<br />
época em que o açúcar ainda era bastante caro e raro.<br />
A vez da jabuticaba<br />
Com a expansão da produção de açúcar e a e volução<br />
dos utensílios, a arte das conservas tornou-se cada vez<br />
mais popular e chegou ao Brasil pelos livros de recei-<br />
Coop Revista | 13 | Maio <strong>2009</strong><br />
GELEIAS PARA O ANO INTEIRO<br />
Você pode usar todos os tipos de fr utas macias e<br />
maduras, como mangas, framboesas, morangos, goiabas,<br />
bananas, peras ou maçãs, cortadas em pedaços<br />
pequenos. Meça as fr utas em xícaras de chá ao<br />
colocá-las em uma panela grande.<br />
Mantenha sempre a mesma proporção: para cada 2 xícaras<br />
de fr utas picadas, use 1/4 de xícara de água (a<br />
menos que a fr uta tenha bastante suco, como o abacaxi,<br />
a framboesa e o morango). Cozinhe as fr utas até que<br />
fiquem bem macias. Acrescente, então, 1 xícara de<br />
açúcar para cada 2 xícaras de fr uta. Misture bem e deixe<br />
ferver durante 15 a 20 minutos, até ficar fir me. Para<br />
saber se está no ponto, despeje uma quantidade<br />
pequena de geleia sobre um prato frio. Após alguns<br />
minutos, empurre-a com o dedo. Se ela enr ugar e formar<br />
uma crosta, está pronta. Caso contrário, ferva durante<br />
mais tempo e tente no vamente. Você talvez precise<br />
acrescentar mais açúcar. Você pode juntar suco de meio<br />
limão à sua geleia, independentemente da fr uta. A pectina<br />
contida no limão ajuda a dar a aparência vítrea.<br />
Para preservar a geleia por mais tempo, use vidros com<br />
tampa de rosca. Depois de bem limpos, coloque sobre<br />
um pano de prato e jogue água f ervente (inclusive na<br />
tampa). Encha com a compota ainda quente e f eche<br />
bem. Assim você vai criar vácuo e manter a qualidade<br />
do produto. Espere esfriar e guarde.<br />
tas de nossos colonizadores por tugueses. As conservas<br />
doces, famosas na Ilha da Madeira, muitas vezes<br />
enriquecidas com especiarias europeias e orientais como<br />
amêndoas, anis, gengibre, coentro seco, foram aos<br />
poucos se adaptando e ganhando sabores mais tropicais.<br />
Por aqui, a por tuguesa que usa va maçãs, peras<br />
e pêssegos para fazer suas conser vas passou a se<br />
valer do mamão verde e do coco. No lugar de cerejas<br />
e ameixas, jabuticabas, enquanto o amendoim substituía<br />
nozes e amêndoas. Nas grandes fazendas ou nas<br />
minas coloniais, a culinária ganha va uma cara no va,<br />
de acordo com a região, seus produtos disponíveis e<br />
as características dos po vos presentes, fossem eles<br />
africanos, portugueses ou índios.<br />
Fontes: Alimentação, Saúde e Sociabilidade. A Arte de Conservar<br />
e Confeitar os F rutos (séculos XV-XVIII), de Leila Mezan Algran-<br />
tisite; sites Pratique Leite e www.correiogourmand.com.br
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 2:30 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 20<br />
história | conservas<br />
Doçura em conserva<br />
A arte de transformar frutas em alimentos doces é tão antiga quanto<br />
a invenção da agricultura irrigada pelos povos da Mesopotâmia.<br />
Por Rose Mercatelli rose@escrita.net<br />
Historiadores atribuem aos árabes a origem<br />
das conser vas de fr utas – compotas, geleias,<br />
doces em barras, frutas cristalizadas –, porém<br />
existem controvérsias. Outros especialistas acreditam<br />
que f oram os po vos mediter râneos que criaram o<br />
método de conservar para o ano inteiro frutas que serviam<br />
para fins medicinais. Na verdade, geleias, compotas,<br />
marzipans, frutas cristalizadas e açúcar f ormaram<br />
a base de muitos medicamentos impor tantes da<br />
farmacopeia árabe e da medicina medie val européia.<br />
A primeira receita de conser va passada por escrito f oi<br />
Coop Revista | <strong>12</strong> | Maio <strong>2009</strong><br />
registrada no início da era cristã (século 1) e saiu em<br />
um dos volumes da História Natural, do romano Plínio.<br />
O escrito ensinava a fazer uma compota de mar melo<br />
conservado no mel. Até Leonardo da V inci (1452-<br />
1519), artista da Renascença que f oi escritor, pintor,<br />
escultor, inventor, cenógrafo e apreciador de boas<br />
comidas, rendeu-se aos encantos das compotas. Em<br />
um manuscrito batizado de Notas de Cucina de<br />
Leonardo da Vinci, creditado ao gênio polivalente, entre<br />
80 receitas (a maioria salgada, já que os alimentos<br />
feitos com açúcar eram pouco presentes na dieta<br />
cotidiana européia daquela época), destaca-se uma<br />
receita de “marmelada de couve”, feita com mel. A re-
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd Por Rose 5/5/<strong>2009</strong> Mercatelli2:21 rose@escrita.net<br />
<strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 23<br />
culinária |<br />
Um almoço especial<br />
Faça do próximo domingo uma<br />
grande data comemorativa.<br />
Convide a família e os amigos e<br />
comemore a alegria e o prazer<br />
de estarem todos reunidos.<br />
Por Rose Mercatelli rose@escrita.net<br />
Salada de folhas com camarão<br />
Ingredientes: 1 cebola media bem picada; 3 dentes de<br />
alho bem picados; 1/3 de xícara (chá) de azeite; 500<br />
g de camarão médio limpo; 2 colheres (sopa) de suco<br />
de limão; 2 colheres (chá) de gengibre ralado; 1colher<br />
(chá) de sal; 1 pé de radicchio pequeno; 1 maço de<br />
rúcula; 1 pé de alface lisa pequeno.<br />
Modo de fazer: em uma frigideira, leve ao fogo médio<br />
a cebola, o alho e o azeite por 5 minutos ou até dourar.<br />
Junte o camarão, o suco de limão, o gengibre e o<br />
sal. Cozinhe por 3 minutos ou até o camarão ficar macio.<br />
Retire do fogo e reserve. Em uma saladeira ou em<br />
pratos individuais, arrume as folhas e, por cima distribua<br />
o molho de camarão quente. Sir va logo.<br />
Paella caipira<br />
Ingredientes: 2 colheres (sopa) de azeite; 150 g de bacon<br />
cor tado em cubos; 1/2 kg de lombo cor tado em<br />
cubos; 1/2 kg de coxa e sobrecoxa sem pele (2 coxas<br />
e 2 sobrecoxas); 150 g de linguiça calabresa fresca<br />
cortada em rodelas; 150 g de linguiça calabresa defumada<br />
sem pele, cortada em rodelas; 1 cebola picada;<br />
1 pimenta ver melha picada; 4 dentes de alho esmagados;<br />
2 folhas de louro; 150 g de costelinha de porco<br />
defumada e cozida no ponto de desfiar ; 1/2 litro do<br />
caldo do cozimento da costelinha; 1 en velope de tempero<br />
próprio para paella (2 g) ; 2 tabletes de caldo de<br />
frango dissolvidos em 1 e 1/2 litro de água; 1/4 de<br />
Coop Revista | 10 | Maio <strong>2009</strong><br />
pimentão de cada cor (ver melho, verde e amarelo),<br />
cortados em cubos médios; 200 g de ar roz parboilizado;<br />
80 g de er vilhas frescas. Para decorar: tiras de<br />
pimentão verde e vermelho, cheiro verde picado a gosto,<br />
fatias de ovos cozidos e tor resmo a gosto.<br />
Modo de fazer: numa paellera (panela específica para<br />
o preparo de paellas) ou frigideira média com 30 cm<br />
de diâmetro, coloque 2 colheres (sopa) de azeite. Doure<br />
na sequência: o bacon, o lombo, as coxas e sobrecoxas,<br />
a linguiça fresca, a lingüiça calabresa, a cebola,<br />
a pimenta vermelha, os dentes de alho e as f olhas de<br />
louro. Após dourar cada car ne, vá afastando para a<br />
borda. Assim você conseguirá dourar todas as outras<br />
facilmente. Junte a costelinha de porco defumada, o<br />
caldo do cozimento da costelinha e o en velope de<br />
tempero para paella. Cozinhe em f ogo médio e vá<br />
acrescentando aos poucos o caldo de frango (reser ve<br />
1 litro para cozer o ar roz) até que as car nes estejam<br />
macias. Junte os pimentões em cubos. No centro dessa<br />
mistura, abra um espaço em forma de cruz e acrescente<br />
o ar roz e as er vilhas, sem mexer. Acrescente o<br />
restante do caldo de frango, acerte o sal e cozinhe por<br />
Fonte: http://receitas.maisvoce.globo.com
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 2:24 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 13<br />
Descubra suas próprias qualidades. As pessoas<br />
desenvolvem a inveja porque não reconhecem as<br />
vantagens que possuem. Aprenda a olhar no espelho<br />
para descobrir o que há de bom em você. Isso pode ser<br />
um pouco difícil no começo, devido à baixa autoestima<br />
frequentemente encontrada em invejosos. Uma dica é<br />
perguntar para quem convive com você quais são suas<br />
qualidades (não defeitos). Assim fica mais fácil descobrir<br />
e trabalhar o que há de bom para ser trabalhado.<br />
Sentiu inveja da nova parceira de trabalho? Então<br />
pratique esse exercício. Observe o que você gosta na<br />
pessoa: é a aparência, a família, os amigos ou a felicidade<br />
que você acha que ela sente? Será que você não exagerou<br />
ao imaginar como é o dia-a-dia dela? É que temos<br />
o costume de idealizar a vida daquele que invejamos e,<br />
quando vemos friamente a situação, percebemos que<br />
não é tão cor-de-rosa assim, que existem dificuldades e<br />
problemas. A partir daí, tente transformar a inveja em<br />
admiração. Ou seja, em vez de odiar o outro pelo que ele<br />
tem, tente encará-lo como um exemplo a ser seguido.<br />
SENTA QUE LÁ VEM HISTÓRIA...<br />
Conta a lenda que uma vez uma serpente começou a<br />
perseguir um vaga-lume, que fugia rápido, com medo<br />
de ser engolido. Cansado de tanto correr, o vaga-lume<br />
parou e disse à cobra:<br />
– Posso lhe fazer três perguntas?<br />
– Não costumo abrir esse precedente para ninguém,<br />
mas já que vou devorar você mesmo, pode perguntar...<br />
– Pertenço a sua cadeia alimentar?<br />
– Não.<br />
– Eu fiz algum mal para você?<br />
– Não.<br />
– Então, por que você quer acabar comigo?<br />
– Porque não suporto ver você brilhar.
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 1:43 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> <strong>12</strong><br />
capa | inveja<br />
história | sorvete<br />
fazer lembrar , de uma f orma ou de outra, que não<br />
estamos conseguindo atingir nossas metas de vida.<br />
Não é à toa, portanto, que encontra ter reno fér til no<br />
núcleo familiar, no ambiente de trabalho e nas rodas<br />
de amigos. Segundo especialistas, dificilmente teremos<br />
in veja de celebridades como Gisele Bündchen,<br />
que concentra todos os atributos cobiçados pela maioria<br />
dos mor tais: beleza, sucesso profissional, fama e<br />
dinheiro. Podemos até sentir uma pontinha, mas que<br />
passa tão rápido quanto a modelo cr uza a passarela.<br />
“O mal não é sentir in veja, é cultivá-la”, afirma a psicóloga<br />
Rosemeire Zago. Emoção das mais primitivas<br />
e geralmente negada por todos, a inveja tem sua origem<br />
no mecanismo da comparação. “Nunca ha verá<br />
inveja se não houver comparação”, assegura Rosemeire<br />
Zago.<br />
Inveja não é hereditária, mas pode ser transmitida no<br />
dia-a-dia pela família, ainda que de f orma indireta e<br />
inconsciente. Pais que costumam comparar o fracasso<br />
do filho na escola ao sucesso do primo (que sempre<br />
tira nota 10 nas pro vas) estão de cer ta forma semeando<br />
o broto da in veja no emocional da criança.<br />
Quanto mais comparações, mais essa imperfeição vai<br />
se fortalecendo e abrindo seu leque de atuação.<br />
Olho gordo tem proteção<br />
Patuá, pé de coelho, olho de cabra, óleo benzido, fitinha<br />
ver melha, banho de sal grosso e figa. Seja qual<br />
for o recur so utilizado para afastar<br />
mau-olhado,<br />
observe primeiro<br />
se não é você<br />
quem está<br />
atraindo a inveja<br />
para o<br />
seu lado.<br />
Muita gente tem por hábito<br />
alardear todas as coisas boas que acontecem em<br />
sua vida. Se compram um car ro novo ou são promovidas<br />
no emprego, contam a no vidade aos quatro cantos<br />
do mundo. Em contrapar tida, nunca comentam<br />
seus deslizes ou fracassos, formando uma imagem de<br />
Coop Revista | 08 | Maio <strong>2009</strong><br />
SER OU NÃO SER?<br />
Ainda dá para jurar que você<br />
nunca sentiu ou sente inveja?<br />
O primeiro passo para diminuir a ação do sentimento,<br />
afirmam especialistas em comportamento, é assumir<br />
sua existência, para poder, em seguida, transformá-la.<br />
A tarefa não é fácil, segundo Silvana Martani, pois para<br />
muitos a inveja é uma fraqueza e um sentimento<br />
pequeno e mesquinho. “Mas é apenas uma emoção<br />
humana que deve ser trabalhada e resolvida”, explica.<br />
“É muito mais fácil uma pessoa demonstrar indiferença<br />
ou desprezo pela conquista do outro do que assumir que,<br />
no fundo, sente inveja por desejar obter o que ele tem”,<br />
acrescenta Rosemeire Zago. Observe:<br />
Um dos caminhos para se livrar do monstro de olhos<br />
verdes é ter em mente que todos somos capazes de nos<br />
transformar naquilo que gostaríamos de ser. “Para isso, o<br />
autoconhecimento é fundamental”, revela Zago. Se não<br />
conseguir por conta própria, busque ajuda especializada.<br />
estrela que só brilha. T alvez por isso é que existe a<br />
crença popular de que não de vemos contar algo bom<br />
antes que aconteça.<br />
Mas, sem dúvida, o principal prejudicado nessa história<br />
toda é o in vejoso. Além de destr utiva, a inveja não<br />
produz mudanças, diminui a autoestima, destrói o crescimento<br />
pessoal e contamina o indivíduo com ódio,<br />
segundo Rosemeire Zago. Também há uma tendência<br />
a supervalorizar o outro com tudo o que ele tem e, por<br />
tabela, desvalorizar o que nós mesmos temos. A in veja<br />
geralmente surge do sentimento de incapacidade,<br />
como se só o outro tivesse atributos e vir tudes, que a<br />
pessoa acredita não ter. E, ocupada em observar o outro,<br />
não se dá conta de que cada um tem seus próprios<br />
dons que precisam ser desen volvidos.<br />
Consultoria: Silvana Martani, psicóloga da Clínica de Endocrino-<br />
logia do Hospital Real Beneficência Portuguesa e autora do livro<br />
Uma Viagem pela Puberdade; Rosemeire Zago, psicóloga clínica<br />
com abordagem junguiana, de São Paulo; e Alberto Alvarães,<br />
consultor em Gestão de Pessoas, especialista no estudo de Cultura,<br />
Clima e Comportamento Organizacional.
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 1:36 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 11<br />
Nem a mais santa das criaturas está livre de<br />
sentir ou ser alvo da inveja, um dos sete pecados<br />
capitais listados pela Igreja Católica. Se<br />
por conta disso alguém receia arder no f ogo do inf erno,<br />
é bom conhecer um pouco mais sobre esse sentimento,<br />
que costuma se manif estar nas ver sões do<br />
bem e do mal. Não é problema, por exemplo, invejar<br />
o sucesso profissional alcançado pela amiga da faculdade,<br />
desde que essa sensação seja mo vida a admiração,<br />
inspiração e estímulo para você atingir a mesma<br />
performance. O que torna o sentimento diabólico é<br />
quando a in veja vem acompanhada de raiva, desprezo,<br />
recalque e rejeição pelo sucesso do outro. Ou, ainda<br />
por cima, a idéia mesquinha e destr utiva de que é<br />
você quem é digno de conquistar tal destaque no trabalho.<br />
Nunca o outro.<br />
De acordo com a psicóloga Silvana Mar tani, a inveja<br />
positiva é aquela que acompanha os nossos objetivos,<br />
que gera energia e esf orço para conseguir algo que<br />
desejamos por meio do empenho pessoal. “Essa é a<br />
inveja nobre, que as pessoas resolvidas e de bem com<br />
a vida sentem. Já a ver são negativa é típica de indivíduos<br />
com baixa autoestima, que apresentam poucos<br />
recursos emocionais e que vivem inf elizes com o que<br />
são e o que têm”, diferencia a especialista. P essoas<br />
com esse perfil sentem desprezo pelas conquistas dos<br />
outros e sempre acabam depreciando as realizações<br />
alheias para se sentirem melhor . “Mas, como esse<br />
‘melhor’ dura pouco, o in vejoso de plantão vive em<br />
campanhas negativas contra o outro”, acrescenta.<br />
Nariz torcido<br />
É a história daquela amiga que você adora, mas que<br />
vive jogando areia na suas conquistas. Ela costuma<br />
depreciar tudo o que você tem, seja material ou af etivo.<br />
Por outro lado, vive apontando seus pontos negativos<br />
para mostrar que você não é aquilo tudo... Sua<br />
explicação é que ela está sendo realista e por isso precisa<br />
cumprir o verdadeiro papel de amiga. Resumo da<br />
ópera: “A inveja não é só tristeza pelo bem alheio, mas<br />
alegria pelo mal do outro”, segundo a psicóloga Rosemeire<br />
Zago. Ela explica que se entristecer com o sofri-<br />
Coop Revista | 07 | Maio <strong>2009</strong><br />
A INVEJA NO ESCRITÓRIO<br />
De maneira explícita ou camuflada, a inveja rola<br />
solta no mundo corporativo, alimentada pela<br />
competitividade não só do mercado, mas também<br />
entre colegas de trabalho. Ao mesmo tempo em que<br />
pregam a necessidade da chamada integração entre<br />
os funcionários e do espírito de equipe, muitos<br />
empreendimentos adotam políticas internas de<br />
premiação, como o melhor vendedor do mês. O volume<br />
de vendas pode até aumentar, mas coitados daqueles<br />
que se destacarem. São alvos certeiros do olho gordo.<br />
“A inveja é um dos maiores entraves na vida de um<br />
profissional”, garante o professor Alberto Alvarães,<br />
consultor em Gestão de Pessoas, do Rio de Janeiro.<br />
Segundo ele, um líder invejoso não consegue perceber<br />
o espírito de um trabalho em equipe e gera grande<br />
desmotivação no ambiente de trabalho. Uma de suas<br />
características é ser ladrão de idéias, subestimando<br />
projetos sugeridos pelos funcionários, para depois<br />
apresentá-los como seus ao diretor da empresa.<br />
“A equipe fica constrangida e passa a não desenvolver<br />
mais idéias”, diz o consultor, acrescentando que esse<br />
tipo de comportamento reflete o medo do líder de<br />
perder o poder e seu destaque na empresa.<br />
mento de alguém não é difícil, mas manif estações<br />
exageradas de dor pela dor do outro podem encobrir<br />
uma certa satisfação, ainda que inconfessável.<br />
Conheço esse tipo<br />
Se você acha que já viu esse filme, saiba que não é<br />
por acaso. T ambém chamada de olho gordo, a inveja<br />
mostra suas gar ras em gr upos de pessoas próximas,<br />
justamente porque estão ao nosso lado. E adoram nos<br />
➜
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 1:20 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 9<br />
Confesse: vai dizer que nunca invejou o carro da amiga ou o<br />
temperamento alegre e extrovertido de sua parceira de trabalho?<br />
Por Ivanilde Sitta vani@escrita.net<br />
➜
➜<br />
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> <strong>12</strong>:56 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 29<br />
lucia sauerbronn<br />
luciasauer@escrita.net<br />
http://luciasauer.blog.terra.com.br/<br />
Dizer que as mulheres falam duas vezes mais que os homens<br />
não é f orça de expressão. P esquisa de uma univer sidade<br />
britânica revelou que, para se comunicar, o homem é lacônico:<br />
usa um vocabulário de no máximo 4.000 pala vras. Já a<br />
mulher é prolixa, não utiliza menos que 8.000.<br />
Os pesquisadores nem precisa vam gastar suas libras ester linas<br />
para chegar a essa conclusão. Basta obser var marido e mulher<br />
conversando no café da manhã sobre a f esta da noite anterior :<br />
– Foi boa a f esta ontem, ele comenta.<br />
– Nossa! O pessoal esta va animado! Conheci umas amigas da<br />
Claudinha muito legais, ela responde. E vai contando o que conversaram:filhos-marido-casa-compras-moda-regime-médico-receitas-cabeleireiro-fofoca-filmes-mãe-viagem-empregada-cachorro-educação-academia-trânsito-segurança-medos-sonhos-problemas-confissões-desejos,<br />
incluindo todos os detalhes,<br />
até que, finalmente, ela pergunta:<br />
– E vocês, sobre o que falaram?<br />
– O de sempre, ele responde. E continua a ler<br />
o jornal.<br />
Seja numa festa, no salão do cabeleireiro, no<br />
supermercado ou na fila do banco, duas<br />
mulheres juntas jamais ficarão sem assunto,<br />
ainda que tenham acabado de se conhecer .<br />
A sala de espera do ginecologista é a maior<br />
prova disso. Quando a futura mamãe chega<br />
para a primeira consulta do pré-natal, logo se<br />
torna o centro das atenções. T odas as mulheres<br />
ficarão encantadas com a possibilidade<br />
de ajudá-la com suas experiências. Em pouco<br />
tempo, ela vai aprender a lidar com o enjoo<br />
das primeiras semanas, as dores do parto, as<br />
delícias da espera e a alegria de ter o bebê<br />
nos braços.<br />
Mês após mês, a cada nova consulta fará novas<br />
amigas, que discorrerão sobre a prática sexual na gra videz,<br />
os perigos da depressão pós-par to, dicas de amamentação, dietas<br />
para recuperar o antigo peso, como administrar as dores de<br />
barriga do recém-nascido e reconhecer os tipos de choro. T rocarão<br />
receitas de papinha e telef ones para emergências, no caso<br />
de aquilo tudo falhar .<br />
Agora imagine dois homens na antessala de um urologista, aguardando<br />
para fazer exame de próstata.<br />
Homem é mesmo muito econômico com as pala vras. Não que<br />
faça isso por mal. Apenas é objetivo, não gosta de falar sobre<br />
ele mesmo, nem extravasa emoções a tor to e a direito. Exemplos<br />
não faltam: depois de passar horas no salão, a mulher desfila<br />
o novo corte de cabelo diante do marido à espera de um elogio.<br />
E ele resmunga:<br />
– Ficou bom.<br />
Palavra de mulher<br />
Coop Revista | 05 | Maio <strong>2009</strong><br />
É o suficiente ela para ficar magoada. Ela queria ouvir (e ele<br />
achou que ela entendeu) é que está linda, vai arrasar. E que ele<br />
vai mor rer de ciúme quando os homens a olharem, coisa que<br />
jamais um homem admitiria afir mar.<br />
Não sei na Grã-Bretanha. Mas cheguei à conclusão de que no<br />
Brasil as mulheres falam por tuguês. Já os homens se comunicam<br />
com a gente em tupi-guarani. Nossos índios têm uma maneira<br />
simples e direta de dizer as coisas. Na língua deles, por<br />
exemplo, mulher se chama cunhã, que significa tagarela. Pois é:<br />
os índios descobriram essa nossa característica 500 anos antes<br />
dos britânicos.<br />
Para compreender os homens nós precisamos ter muita imaginação<br />
e alguma condescendência. Quer ver? Mulher adora discutir<br />
a relação e costuma apro veitar aqueles momentos<br />
de ter nura e relaxamento após o sexo.<br />
Mas nem bem começa a dizer “Queri…”, o<br />
homem já está roncando. É preciso explicar .<br />
Ele até se impor ta com os sentimentos da esposa,<br />
mas está apenas fazendo o que ela mesma<br />
sugeriu. Queri, em tupi-guarani, quer dizer<br />
dormir. Se você, indignada, resolver acordá-lo<br />
aos prantos e ele fizer “chiu!”, não fique chateada:<br />
xiu, na língua indígena, significa choro.<br />
No domingo de manhã, seu marido olha para<br />
aquele sol maravilhoso e diz: “Embu”. Toda animada,<br />
você prepara as crian ças para passar o<br />
dia na cidade das ar tes. Ele não entende nada:<br />
para os índios, o sentido de embu é relaxar,<br />
ficar deitado, tranqüilo. O que é tudo o que<br />
ele quer fazer depois de uma semana de trabalho<br />
duro. Aí você reclama e ele diz: “OK”.<br />
Não pense que concordou. Está apenas reafirmando<br />
seu desejo de ficar em casa, tradução<br />
literal de oca.<br />
Depois do almoço, ele pede beiju, e você prepara os lábios, certa<br />
de que vão fazer as pazes. E descobre que beiju quer dizer bolo<br />
de mandioca.<br />
Você ser ve a sobremesa, mas a visa: à tarde ele não escapa,<br />
vocês vão visitar a sua mãe. Nem bem chegam, ele vai logo dizendo:<br />
“Bora”. Calma! Nada de fazer cena, ele está comunicando<br />
que se sente bem na casa da sogra. Bora, no dialeto tupiniquim,<br />
é o lugar em que a gente gosta de estar .<br />
Aí você olha para o marido, refestelado no sofá como um pajé,<br />
tomando uma cer veja e assistindo futebol, na santa paz do domingão.<br />
E pensa que, apesar de tudo, aquele é o homem de sua<br />
vida. Use a língua dele e diga que o ama. Em tupi-guarani, ama<br />
quer dizer agora e para todo o sempre.<br />
Fonte: Guia Prático de Tupi e Guarani, de Helena Goldammer Lenz
!Escritamaio<strong>2009</strong>-1.qxd 5/5/<strong>2009</strong> 4:21 <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 15<br />
cartas<br />
escrita@escrita.net<br />
Ajuda extra<br />
Sou nutricionista e acho muito<br />
interessantes as matérias<br />
editadas sobre saúde e nutrição.<br />
Por isso, gostaria de contribuir<br />
com assuntos relacionados à área.<br />
FABRÍCIA NOGUEIRA CAMPANARO (POR E-MAIL)<br />
Ficaremos felizes com suas sugestões<br />
para matérias de nutrição, Fabrícia. É<br />
só mandar e-mails para a redação. Um<br />
abraço e grata pelos elogios.<br />
Fã clube<br />
Gostaria de parabenizá-los pela Re vista Coop.<br />
Uma revista de assuntos variados, com informações<br />
muito úteis, de leitura fácil e objetiva,que se dirige<br />
diretamente ao leitor. Já me ajudou muito em<br />
trabalhos de escola. As diver sas seções da re vista<br />
nos permitem cuidar um pouquinho melhor das<br />
nossas vidas. Além de que a re vista é gratuita.<br />
Daí ser acessível a todas as pessoas. Continuem<br />
com esse trabalho ótimo e super bem f eito.<br />
JOYCE DE SOUZA ZANCHETTA (POR E-MAIL)<br />
Vida em família<br />
Parabéns pela revista. Gosto muito de todas as<br />
matérias, em especial as de compor tamento, que<br />
enfocam relacionamentos na família ou a educação<br />
dos filhos. Além de nos fazer compreender melhor<br />
as atitudes dos outros, vocês ainda nos dão<br />
sugestões para pensar e achar o melhor caminho<br />
para resolver as dif erenças.<br />
ZULEIKA ALVES FERREIRA,PIRACICABA, SP<br />
Amiga do peito<br />
Desde que a Coop chegou aqui, em São V icente,<br />
não perco um exemplar da re vista. No início do mês<br />
vou até a loja buscar o meu exemplar . Se ainda não<br />
chegou, volto em outro dia. Além de trazer ótimos<br />
artigos, ela me parece uma velha amiga, aquela que<br />
me diz coisas que me fazem pensar .<br />
EULÁLIA JUNQUEIRA,SÃO VICENTE, SP<br />
Revista Coop Nº 302<br />
Abril de <strong>2009</strong><br />
Coop Revista | 04 | Maio <strong>2009</strong><br />
Lucia<br />
Em seu artigo Efeito Bumerangue,<br />
ao se descrever como uma pessoa<br />
normal por comer car ne e usar<br />
sapatos de couro, você atribui a<br />
anormalidade aos vegetarianos e<br />
afins. Onde está o problema...?<br />
Não é essa a liberdade que tanto<br />
almejamos para todos?<br />
ANTONIO MARCOS (POR E-MAIL)<br />
Tenho lido sua coluna e gostaria de fazer uma observação.<br />
Quando faz menção aos "vegetarianos", poderia<br />
ter sido dito "alguns vegetarianos". Não desconheço<br />
os radicais, que levantam bandeiras contra as<br />
pessoas "carnívoras", mas também são do meu círculo<br />
pessoas que simplesmente optaram por não<br />
fazer mal aos animais. O vegetarianismo é um desdobramento<br />
dessa ética planetária que a sra. pratica<br />
e descreve tão bem no ar tigo veiculado em abril.<br />
SUZANA REITER CARVALHO,SÃO BERNARDO DO CAMPO<br />
Leio suas crônicas desde 2002 e adoro tudo que<br />
você escreve. Seus textos são deliciosos. São le ves e<br />
nos remetem aos bons e velhos tempos de infância.<br />
Não dá vontade de parar de ler . Você é "show de bola"!<br />
ARI LEITE CARDOSO,SANTO ANDRÉ, SP<br />
Quando fui buscar minha Re vista Coop estava muito<br />
deprimida e chorosa, pois tive a noticia que meu<br />
marido esta desempregado. P ara minha sur presa a<br />
crônica Papai do Céu (dezembro de 2008) f oi como<br />
um bálsamo, acalmando meu coração. É bom saber<br />
que tudo passa e as coisas r uins devemos deletar.<br />
ROSEMEIRE GENEROSO (POR E-MAIL)<br />
Sou fã das crônicas da Lúcia. Admiro seus textos e<br />
os uso como material de estudos com meus alunos.<br />
ALDO ACERBI,SANTO ANDRÉ, SP<br />
Mande sua carta, fax ou e-mail com sugestões, críticas,<br />
comentários e opiniões para: Coop Revista - Seção de<br />
cartas. At. Lucia Sauerbronn Rua Siqueira Campos, 406<br />
CEP 09020-240 - Santo André - SP<br />
Fax: (011) 4994-3099 - luciana@escrita.net
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0800 772 2667<br />
unidades<br />
SANTO ANDRÉ<br />
Industrial<br />
Av. Industrial, 2001 - 4991-9514<br />
Capuava<br />
Av. das Nações, 1600 - 4472-1044<br />
Carijós<br />
R. Carijós, <strong>18</strong>43 - 4453-9900<br />
Parque das Nações<br />
R. Suiça, 1094 - 4479-6277<br />
Pereira Barreto<br />
Av. Pereira Barreto, <strong>12</strong>86 -<br />
4429-5717/4429-5723<br />
Perimetral<br />
R. Gertrudes de Lima, 658 - 4438-4477<br />
Queirós<br />
Av. Queirós dos Santos, 456 - 4994-4788<br />
V. Luzita<br />
Av. Cap. Mário de T oledo de Camargo, 5.252 -<br />
4453-5211<br />
Zapt Coop Mar tim Francisco<br />
Av. Martim Francisco, 802 - 4476-9757<br />
Zapt Coop Jardim Milena<br />
Rua Otávio Cândido 150 - 4451-2222<br />
Zapt Coop Utinga<br />
Avenida Utinga, 1599 - 4463-5464.<br />
SÃO BERNARDO<br />
Joaquim Nabuco<br />
R. Joaquim Nabuco, 277 - 4339-3211<br />
Faria Lima<br />
R. Rodrigues Alves, 140 - 4<strong>12</strong>3-3172/4<strong>12</strong>3-3859<br />
Rudge Ramos<br />
Av. Dr. Rudge Ramos, 500 -<br />
4177-4440/4177-4442<br />
Café Filho<br />
Av. Pres. Café F ilho, 2231 - 4351-3433<br />
Vianas<br />
R. dos V ianas, 1631 - 4337-5353<br />
SÃO CAETANO<br />
R. Joana Angélica, 711 - 4221-6988<br />
DIADEMA<br />
Av. 7 de Setembro, 200 - 4054-1044<br />
MAUÁ<br />
Av. Barão de Mauá, 1389 - 4514-7020<br />
RIBEIRÃO PIRES<br />
Av. Humberto de Campos, 3499 -<br />
4828-4455<br />
TATUÍ<br />
R. XI de Agosto, 3045 - (0xx15) 3205-2030<br />
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS<br />
Santana<br />
Av. Rui Barbosa, 837 - (0xx<strong>12</strong>) 3922-9911<br />
Morumbi<br />
Av. Dr. João Batista de Souza Soares, 2<strong>18</strong>5 -<br />
(0xx<strong>12</strong>) 3934-3535<br />
PIRACICABA<br />
Vollet Sachs<br />
Av. Prof. Vollet Sachs, 2030 -<br />
(0xx19) 3411-8885<br />
SOROCABA<br />
Itavuvu<br />
Av. Itavuvu, 3799 - (0xx15) 3239-2911<br />
Árvore Grande<br />
R. Padre Madureira, 255 -<br />
(0xx15) 3237-3333<br />
SÃO VICENTE<br />
Rua Jacob Emerick, 249 -<br />
(0xx13) 3568-1999<br />
CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO<br />
R. Teixeira de Freitas, 3<strong>18</strong> - 09220-720<br />
Santo André - 4997-0996/4997-0896<br />
CENTRO ADMINISTRATIVO<br />
R. Conselheiro Justino, 56 - 09070-580<br />
Santo André - 4991-9500<br />
www.coop-sp.com.br<br />
ATENDIMENTO AO LEITOR:<br />
Se você tiver dúvidas, ou deseja obter mais informações sobre os<br />
profissionais consultados, ligue para (11)4994-3099 com Luciana.<br />
R. Siqueira Campos, 406 CEP 09020-240<br />
Santo André - São Paulo - PABX: 4994-3099<br />
E-mail: escrita@escrita.net<br />
índice<br />
06. Inveja: um dos sete pecados<br />
capitais mais comuns entre nós.<br />
10. Receitas fantásticas para<br />
comemorar a alegria de viver<br />
com aqueles que você ama.<br />
<strong>12</strong>. Há centenas de anos, geleias e<br />
compotas faziam parte das farmácias<br />
caseiras, não das despensas.<br />
16. Se precisar, ela vira 24 horas por<br />
dia bancando a equilibrista para<br />
que tudo saia certinho. Conheça<br />
um pouco mais dessa heroína que<br />
vive tão perto de você.<br />
26. O que é mesmo caloria? Quanto<br />
mais você souber sobre ela, mais<br />
fácil será emagrecer.<br />
28. Veja porque a palavra transplante<br />
virou sinônimo de renascimento.<br />
34. Coop participa da feira da APAS.<br />
35. CD será ampliado.<br />
36. Setor de panificação promove<br />
mudanças.<br />
37. Cooperativa aproxima-se mais de<br />
seus cooperados com a campanha<br />
de relacionamento<br />
38. A Coop é um dos maiores parceiros<br />
da Rede Brasil. Saiba mais.<br />
39. Cooperativistas chineses<br />
visitam a Coop.<br />
40. Criadores de jacaré também têm<br />
sua cooperativa.<br />
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />
PRESIDENTE: Antonio José Monte<br />
VICE-PRESIDENTE: Marcio Francisco<br />
Blanco do V alle<br />
SECRETÁRIO: Pedro Luiz F erreira de Mattos<br />
CONSELHEIROS: Aparecido Onivaldo Mazaro,<br />
Cibele Lindomar T onon, José Antonio de<br />
Assis Simões, José V eiga Veiga.<br />
CONSELHO FISCAL<br />
PUBLICAÇÃO MENSAL<br />
DA COOP COOPERATIVA<br />
DE CONSUMO<br />
EFETIVOS: Luiz Antonio Pinaffo, Maria Ar lete<br />
Garbin, Milton José Mar tins.<br />
SUPLENTES: Andrés Jesus F ernandes P erea,<br />
Fábio Valveson, Elmo Scar pelli.<br />
coop revista - maio <strong>2009</strong><br />
Coop Revista | 03 | Maio <strong>2009</strong><br />
<strong>12</strong><br />
TODO MÊS<br />
04. Cartas<br />
05. Crônica<br />
14. Mais prazer à mesa<br />
20. De bem com a vida<br />
25. Seu corpo<br />
30. Meu filho<br />
33. Gente que faz<br />
42. Nossa Gente<br />
Dr. Coop<br />
Vacina contra<br />
a gripe funciona,<br />
mas tem que tomar<br />
todo ano.<br />
R. Siqueira Campos, 406<br />
CEP: 09020-240<br />
Santo André - S. P aulo<br />
PABX: (11) 4994-3099<br />
E-mail: escrita@escrita.net<br />
EDIÇÃO E PRODUÇÃO:<br />
Diretora Responsável: Lucia Sauerbronn (Mtb 10.845)<br />
Editora-chefe: Rose Mercatelli<br />
Editor de Ar te: Rubens Justo<br />
Reportagem: Adriana Moura e Ivanilde Sitta<br />
Secretaria: Luciana Benteo<br />
Fotografia: Élcio Moreno, Keystone e Shutter stock<br />
Ilustrações: Serralheiro<br />
Projetos Especiais: Daniel Sauerbronn<br />
CTP e Impressão: Plural Indústria Gráfica<br />
Tiragem: 150 mil exemplares. Distribuição Interna e Gratuita<br />
PUBLICIDADE:<br />
tel.: (11) 2965-9826 e 7809-2879<br />
comercial@anunciopontocom.net
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