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saúde | guia de saúde dr. Coop
Influenza em cena
O vírus da gripe, altamente contagioso, já está no ar,
pode acabar com a folia de qualquer um e levar muita
gente à cama. A prevenção é o melhor remédio.
Se você é daqueles que ainda subestima o poder
da gripe, é bom re ver seu conceito antes de ser
pego pelo Influenza. Apesar do quadro e voluir de f orma
benigna na maioria dos casos, ninguém está livre
de suas complicações, principalmente crianças, idosos
e indivíduos debilitados imunologicamente. “Os processos
gripais ser vem como por ta de entrada para
outras inf ecções, podendo inclusive le var à mor te”,
alerta o médico pneumologista Eduardo P edro Giusti,
de Santo André. Entre as complicações há risco de
pneumonia e exacerbação de asma e bronquite, sem
contar que por tadores de alergias respiratórias, como
rinite e sinusite, tendem a apresentar piora dos quadros.
A incidência de gripe, de acordo com a pneumologista
Lia A ugusta de Souza, aumenta no período de
transição entre o outono e in verno.
Não é à toa, portanto, que o Ministério da Saúde emplaca
tradicionalmente nesta época do ano sua campanha
de imunização contra a gripe para a população
a partir de 60 anos de idade. É que o vír us da gripe, o
influenza, costuma marcar presença no hemisfério sul
entre maio e agosto. Com o slogan Deixe a gripe na
saudade,a campanha 2.009 terminou no último dia 8
com a expectativa de ter imunizado 80% da população
idosa, o que representa 15,5 milhões de pessoas.
Foram investidos R$ 162 milhões para a compra de
21 milhões de doses da vacina e montagem da infraestrutura.
Dinheiro bem aplicado
Um investimento com retorno garantido porque a vacina,
ao prevenir a gripe e suas complicações, tem impacto
direto na diminuição das inter nações hospitalares
e da mor talidade e vitável. Estudos do Ministério
da Saúde mostram que, entre a
população de 60 anos ou mais, a
vacinação pode reduzir 70 % dos
casos de pneumonia e hospitalização.
Apesar dos benefícios, tem gente
que mostra cer ta resistência em tomar
a vacina. “É preciso deixar claro que a vacina
contra a gripe não dá gripe, como muita gente
imagina”, informa o pneumologista Eduardo Giusti.
Para quem não sabe, a vacina contra a gripe é composta
por vír us inativados e fracionados, o que significa
que eles estão mor tos e replicados, não podendo
se reproduzir dentro do organismo das pessoas vacinadas.
Em contrapar tida, a imunização não protege
contra os resfriados e outras inf ecções que também
ocorrem no in verno e apresentam sintomatologia semelhante.
Uma mínima parcela dos indivíduos vacinados
pode ter gripe de vido a mutação do vír us, porém,
de uma f orma bem mais branda. Sem contra-indicações
e ef eitos colaterais intensos, a vacina contra a
gripe é eficaz em cerca de 89% dos casos, desde que
seja tomada na época adequada.
“A melhor hora é agora, antes da chegada do Inverno”,
garante o pneumologista. É que cerca de 15 dias após
a vacinação já começam a surgir os anticor pos que
darão proteção contra a gripe, mas a proteção máxima
será atingida após 45 dias, exatamente no Inverno,
quando o Influenza chega com força total. Além
dos idosos, qualquer pessoa, inclusive bebês com
mais de seis meses de vida, podem recorrer à vacina,
mas em clínicas par ticulares, já que a rede pública de
saúde só disponibiliza a imunização durante as campanhas
e para indivíduos acima de 60 anos ou com
doenças crônicas, cardiovasculares, renais, metabóli-