leituras benjaminianas da cidade - Agenciawad.com.br
leituras benjaminianas da cidade - Agenciawad.com.br
leituras benjaminianas da cidade - Agenciawad.com.br
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
- “Enfrentava qualquer capeta!”. (7.6.83)<<strong>br</strong> />
Dessa forma, a Apareci<strong>da</strong> do “buraco dos capetas” protegeu seu filho <strong>da</strong> raiva<<strong>br</strong> />
dos homens.<<strong>br</strong> />
Certo dia, repentinamente, uma mulher do Jardim Glória saiu em defesa de<<strong>br</strong> />
seu <strong>com</strong>panheiro, enfrentando a polícia. O “causo” que seria imediatamente<<strong>br</strong> />
narrado numa ro<strong>da</strong> de vizinhos também faz lem<strong>br</strong>ar o espetáculo <strong>da</strong> “Mulher<<strong>br</strong> />
Lobisomem”:<<strong>br</strong> />
“Ela ficou doi<strong>da</strong> de raiva. Avançou no Luisão [um dos investigadores]!”<<strong>br</strong> />
(6.6.84)<<strong>br</strong> />
O relato de uma mulher a respeito de seu enfrentamento <strong>com</strong> os donos de um bar,<<strong>br</strong> />
que queriam co<strong>br</strong>ar de seu marido uma dívi<strong>da</strong> que já havia sido paga, é<<strong>br</strong> />
igualmente evocativo.<<strong>br</strong> />
“Aí, ele (o dono do bar) falou: `Mulher [muié] doi<strong>da</strong>!’ Falei: `Sou doi<strong>da</strong><<strong>br</strong> />
mesmo [memo]! Voce [cê] tá pensando que eu sou gente?! Rá! Não é <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
o suor do Zé (marido) e de meus filhos [fio] que voce [cê] vai enricar!’”<<strong>br</strong> />
(12.6.84)<<strong>br</strong> />
“Voce [cê] tá pensando que eu sou gente?!” Essa frase poderia ter saído dos<<strong>br</strong> />
lábios <strong>da</strong> “mulher lobisomem”. Justamente nessas transformações eletrizantes, em<<strong>br</strong> />
21