Rapadura: uma arte que atravessa os tempos. - Seagri
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Foto: Manuela Cavadas<br />
Bahia Agríc., v.8, n. 2, nov. 2008<br />
SOCIOECONOMIA<br />
<strong>Rapadura</strong>: <strong>uma</strong> <strong>arte</strong> <strong>que</strong><br />
<strong>atravessa</strong> <strong>os</strong> temp<strong>os</strong>.<br />
Fonte de renda para a agricultura familiar de Senhor<br />
do Bonfi m, Bahia<br />
A cana-de-açúcar (Saccarum<br />
officinarum L.), originária da Ásia, introduzida<br />
no Brasil pel<strong>os</strong> colonizadores<br />
é <strong>uma</strong> planta <strong>que</strong> apresenta elevada<br />
importância econômica, sendo utilizada<br />
desde a mais simples ração animal, até a<br />
mais nobre elaboração de sacar<strong>os</strong>e. Da<br />
cana não se perde nada, dela se obtém<br />
o caldo, a cachaça, a rapadura, o açúcar,<br />
combustível, a ração, e o adubo (cobertura<br />
morta), dentre outr<strong>os</strong>.<br />
Em Senhor do Bonfi m, na Bahia, cidade<br />
localizada no Território de Identidade<br />
Piemonte Norte de Itapicuru, distante<br />
374 km da capital, a cana-de-açúcar é<br />
utilizada para produção do “caldo de<br />
cana”, ração animal e rapadura. A rapadura<br />
é um produto sólido obtido pela concentração<br />
a <strong>que</strong>nte do caldo de cana, de<br />
formato geralmente retangular, pesando<br />
cada bloco cerca de 1000g. Nutricionalmente<br />
é <strong>uma</strong> excelente fonte de energia<br />
e sais minerais (cálcio, fósforo, potássio,<br />
magnésio e ferro), consumida de diversas<br />
maneiras. Na região é consumida basicamente<br />
de forma in natura, mas é muito<br />
usada na fabricação de doces e como<br />
substituto do açúcar cristal ou refi nado<br />
(PINTO, 1990).<br />
J<strong>os</strong>é Dionísio Borges de Macedo*<br />
A fabricação de rapadura teve seu<br />
início nas Ilhas Canárias, no século XVI,<br />
e foi exportada para toda a América espanhola<br />
no século XVII. A rapadura, na<br />
realidade, originou-se da raspagem das<br />
camadas (cr<strong>os</strong>tas) de açúcar <strong>que</strong> fi cavam<br />
presas às paredes d<strong>os</strong> tach<strong>os</strong> utilizad<strong>os</strong><br />
para fabricação de açúcar. No Brasil, <strong>os</strong><br />
engenh<strong>os</strong> de rapadura existem desde o<br />
século XVII, ou antes (GOUVÊA, 2006).<br />
Em Senhor do Bonfi m, a fabricação<br />
de rapadura tem sido <strong>uma</strong> das fontes de<br />
renda para alguns pe<strong>que</strong>n<strong>os</strong> agricultores,<br />
principalmente do Mulungu e Barroca do<br />
*Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agronomia – UFBA, Professor de Cooperativismo e Extensão Rural da Escola Agrotécnica Federal de Senhor do Bonfi m; e-mail: macedojdb@yahoo.com.br<br />
- Fot<strong>os</strong> do autor.<br />
35<br />
Da cana-de-açúcar nada se perde
SOCIOECONOMIA<br />
Faleiro, comunidades <strong>que</strong> se destacam<br />
nesta atividade. Para se chegar ao local<br />
de produção viajam<strong>os</strong> pela zona rural, subindo<br />
e descendo estradas, cortando riach<strong>os</strong><br />
e vegetações diversifi cadas. Alguns<br />
engenh<strong>os</strong> de cana-de-açúcar, puxad<strong>os</strong><br />
por bois, <strong>atravessa</strong>m <strong>os</strong> temp<strong>os</strong>, passando<br />
de geração a geração, sem quase<br />
nenh<strong>uma</strong> tecnologia científi ca, onde o<br />
senso comum resiste a<strong>os</strong> avanç<strong>os</strong> tecnológic<strong>os</strong>.<br />
Assunt<strong>os</strong> como boas práticas de<br />
fabricação, grau brix, não fazem p<strong>arte</strong> do<br />
vocabulário d<strong>os</strong> produtores rurais.<br />
A produção de rapadura ocorre durante<br />
todo o ano, sendo <strong>que</strong> em períod<strong>os</strong><br />
mais sec<strong>os</strong> (men<strong>os</strong> chuvas) o rendimento<br />
da cana para rapadura é melhor,<br />
comenta um d<strong>os</strong> produtores. Todo o<br />
conhecimento sobre a produção foi adquirido<br />
pel<strong>os</strong> familiares mais velh<strong>os</strong>. Na<br />
atividade trabalha toda a família, desde<br />
crianças até adult<strong>os</strong>. Os mais jovens carregam<br />
cana para as moendas ou puxam<br />
<strong>os</strong> bois e <strong>os</strong> mais velh<strong>os</strong> moem a cana ou<br />
fi cam à frente do forno, na concentração<br />
do caldo.<br />
O CORTE E O TRANSPORTE DA CANA<br />
A produção de rapadura se inicia<br />
com o corte da cana no campo, depois<br />
esta é transportada em lombo de animais<br />
(jument<strong>os</strong>) até o local do engenho. Cada<br />
carrego <strong>que</strong> o animal faz é chamado de<br />
carga e, nesta operação, são levad<strong>os</strong> de<br />
80 a 100 pedaç<strong>os</strong>, em média, de cana,<br />
equivalente a <strong>uma</strong> média de 40 a 50 canas.<br />
Os produtores trabalham com 12 a<br />
14 cargas por dia, visando a produzir, em<br />
média, 100 rapaduras. Este trabalho é iniciado<br />
num dia, para no outro bem cedo<br />
começar o processamento de fabricação<br />
da rapadura. Após iniciado, o trabalho<br />
só para após processar todo o caldo das<br />
canas, terminando toda a operação por<br />
volta das 18h.<br />
OS MATERIAIS DO ENGENHO<br />
Os engenh<strong>os</strong> do Mulungu e Barroca<br />
do Faleiro são constituíd<strong>os</strong> de <strong>uma</strong><br />
moenda acionada por tração animal,<br />
um forno a lenha de cinco bocas, cinco<br />
tach<strong>os</strong> de cobre, <strong>uma</strong> gamela grande de<br />
Figura 1 - Bois e moendas<br />
Figura 2 - Forno a lenha<br />
Figura 3 - Gamela e espátulas<br />
Figura 4 - Moedor<br />
Figura 5 - Colocação do caldo no tacho 2<br />
madeira, bancadas e formas de madeira,<br />
conchas e espátulas. Tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> materiais<br />
foram confeccionad<strong>os</strong> de forma rústica e<br />
<strong>arte</strong>sanal (Figuras 1, 2 e 3).<br />
36 Bahia Agríc., v.8, n. 2, nov. 2008<br />
Figura 6 - Retirada das impurezas no tacho 2<br />
A MOAGEM<br />
No processo de fabricação de rapadura<br />
participam de quatro a cinco<br />
pessoas, de forma ininterrupta, fazendo<br />
apenas rodízio de função n<strong>os</strong> moment<strong>os</strong><br />
de refeição, período em <strong>que</strong> fazem um<br />
rápido repouso. No engenho, ‘moedor’ é<br />
a<strong>que</strong>le <strong>que</strong> fi ca responsável para passar<br />
a cana pelas moendas, sua atividade começa<br />
juntamente com o ‘tangedor’, pessoa<br />
encarregada de tocar <strong>os</strong> bois, fazendo<br />
girar as moendas (Figura 4). O caldo<br />
(garapa) extraído da moagem cai n<strong>uma</strong><br />
calha e através de <strong>uma</strong> tubulação chega<br />
ao tan<strong>que</strong> de recepção, com capacidade<br />
para mais de 300 litr<strong>os</strong>. O caldo (garapa),<br />
antes de cair neste tan<strong>que</strong>, é fi ltrado por<br />
meio de um saco de aninhagem, usado<br />
somente para este fi m.<br />
A LIMPEZA E CONCENTRAÇÃO<br />
DO CALDO<br />
O caldo (garapa) é retirado do tan<strong>que</strong><br />
e levado para o forno, <strong>que</strong> já está devidamente<br />
a<strong>que</strong>cido com a <strong>que</strong>ima de lenha.<br />
O caldo é colocado no segundo tacho (2)<br />
da seqüência de cinco, onde o ‘ponteiro’,<br />
pessoa responsável pelo cozimento do<br />
caldo até o ponto de rapadura, fi ca retirando<br />
as impurezas na forma de esp<strong>uma</strong>,<br />
quando vai a<strong>que</strong>cendo e coloca em baldes<br />
plástic<strong>os</strong> para depois jogar fora. Esse<br />
processo é feito até se perceber <strong>que</strong> o<br />
caldo está totalmente limpo. Daí o caldo<br />
é colocado a<strong>os</strong> pouc<strong>os</strong> no tacho 1, onde<br />
vai sendo a<strong>que</strong>cido e perdendo a umidade,<br />
daí, é jogado n<strong>os</strong> tach<strong>os</strong> 3, 4 e 5, de<br />
forma cadenciada, ao tempo <strong>que</strong> o caldo<br />
vai fi cando cada vez mais concentrado.<br />
Não existe um tempo para permanência<br />
em cada tacho, a regra é visual. Do tacho<br />
5, o caldo já bem concentrado é transferido<br />
para a gamela de madeira (Figuras 5,<br />
6, 7, 8 e 9).
O RESFRIAMENTO E A MEXEDURA<br />
O caldo concentrado despejado na<br />
gamela passa agora por um processo de<br />
mexedura ou batedura, realizada pelo<br />
mesmo ‘ponteiro’. Neste momento, outra<br />
pessoa o substitui, temporariamente, no<br />
comando d<strong>os</strong> tach<strong>os</strong>. Durante a mexedura,<br />
o material perde calor, iniciando o<br />
resfriamento. A massa é batida até fi car<br />
com um aspecto brilhante, agora já mais<br />
concentrada e men<strong>os</strong> <strong>que</strong>nte. O ponto<br />
ideal é determinado pelo ‘ponteiro’, pois<br />
<strong>que</strong>m não vivencia esta atividade não<br />
consegue determinar o ponto ideal com<br />
facilidade (Figuras 10 e 11). No momento<br />
certo o ‘ponteiro’ despeja o caldo concentrado<br />
nas formas de madeira<br />
O ENFORMAMENTO DA RAPADURA<br />
As fôrmas tradicionais têm capacidade<br />
para sete rapaduras e meia, confeccionadas<br />
especialmente para este fi m. São<br />
facilmente montáveis e desmontáveis.<br />
A massa é colocada nas fôrmas e permanece<br />
o tempo sufi ciente até ocorrer<br />
o endurecimento (Figura 12). O formato<br />
tradicional das rapaduras produzidas na<br />
comunidade é retangular, com peso médio<br />
de 1000g, mas foi constatado fôrmas<br />
em forma de coração.<br />
Figura 7 - Visão geral do forno<br />
Figura 8 - Transferência do caldo n<strong>os</strong> tach<strong>os</strong><br />
A “BATIDA”<br />
Figura 9 - Caldo concentrado no tacho 5<br />
Além da rapadura tradicional <strong>os</strong> produtores<br />
também produzem a “batida”,<br />
<strong>uma</strong> rapadura branco-amarelo claro, produzida<br />
com a mesma matéria-prima, o<br />
caldo concentrado, só <strong>que</strong> esse é batido,<br />
puxado e esticado com as mã<strong>os</strong> até fi car<br />
bem claro, daí, é só colocar nas formas<br />
para resfriar e solidifi car totalmente. Esse<br />
processo é iniciado com a colocação do<br />
caldo concentrado, <strong>que</strong> está sendo batido<br />
na gamela, na superfície de <strong>uma</strong> cana<br />
selecionada e raspada para tal fi m (Figuras<br />
13 e 14). Figura 10 - Caldo concentrado jogado na gamela<br />
Bahia Agríc., v.8, n. 2, nov. 2008<br />
SOCIOECONOMIA<br />
Figura 11 - Batendo e esfriando o caldo<br />
concentrado na gamela<br />
Figura 12 - Retirando a rapadura pronta da forma<br />
Figura 13 - Banhando a cana com caldo<br />
concentrado<br />
Figura 14 - Batendo e puxando o caldo concentrado<br />
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SOCIOECONOMIA<br />
Figura 15 - Produção transportada por jumento<br />
O ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE<br />
Depois de resfriadas, as rapaduras e<br />
‘batidas’ são armazenadas nas bancadas<br />
de madeira até terminarem todo o processamento<br />
do caldo. Em seguida são<br />
colocadas n<strong>os</strong> caixotes de couro de bovin<strong>os</strong><br />
(confecção caseira) e são transportadas<br />
pel<strong>os</strong> jument<strong>os</strong> até as residências<br />
(Figura 15). No dia seguinte, bem cedo,<br />
a produção é levada para a feira livre do<br />
município, no centro da cidade, para comercialização.<br />
A COMERCIALIZAÇÃO<br />
A comercialização é feita na feira livre<br />
do município, nas sextas-feiras e sábad<strong>os</strong>.<br />
O preço de cada rapadura é de R$ 3,00,<br />
mas também <strong>os</strong> produtores vendem<br />
meia rapadura (R$ 1,50), atendendo a<br />
pedid<strong>os</strong> d<strong>os</strong> consumidores. As rapaduras<br />
são exp<strong>os</strong>tas na bancada das barracas,<br />
sem nenh<strong>uma</strong> proteção contra <strong>os</strong> contaminantes<br />
do meio (poeira, inset<strong>os</strong>, mã<strong>os</strong><br />
sujas...), e são manipuladas sem nenh<strong>uma</strong><br />
medida de higiene (Figura 16). Os consumidores<br />
também não fazem exigência.<br />
Pessoas de todas as classes consomem<br />
rapadura, entretanto, o consumo<br />
per capita é baixo, considerando outr<strong>os</strong><br />
doces vendid<strong>os</strong> em supermercad<strong>os</strong>. A rapadura<br />
é comprada, quase exclusivamente,<br />
para consumo in natura, porém, às<br />
vezes, é comprada para compor receitas<br />
de cocadas, doces, xaropes e como substituto<br />
do açúcar refi nado.<br />
Toda a produção é <strong>arte</strong>sanal, não<br />
existindo nenhum controle de produção;<br />
<strong>os</strong> produtores não sabem quais são<br />
<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> de produção, a quantidade de<br />
matéria-prima por quilo de rapadura produzida,<br />
nem sabem se a atividade é lucrativa<br />
ou não. Vendem cada rapadura por<br />
R$ 3,00 (três reais), mas não sabem qual<br />
o custo, nem o lucro <strong>que</strong> recebem por<br />
unidade. Eles comentam <strong>que</strong> não conseguem<br />
sobreviver da rapadura, precisam<br />
cultivar e vender outr<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> (principalmente<br />
frutas) para complementar a<br />
renda familiar.<br />
CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Ações voltadas para implementar a<br />
produção devem ser empreendidas nas<br />
comunidades. Pe<strong>que</strong>nas transformações<br />
pontuais, vinculadas ao planejamento do<br />
Município, Estado e Brasil devem ser incentivadas<br />
na busca da melhoria da agricultura<br />
familiar e justiça social. A comunidade<br />
do Mulungu e Barroca do Faleiro<br />
devem ser capacitadas e apoiadas nas diversas<br />
técnicas de cultivo, bioquímica, diversifi<br />
cação de produt<strong>os</strong>, gerenciamento<br />
de produção, comercialização, marketing,<br />
turismo, desenvolvimento sustentável e<br />
comércio solidário.<br />
Sabem<strong>os</strong> <strong>que</strong> outras regiões do Brasil<br />
produzem rapadura de forma industrial,<br />
com altas produções e rendiment<strong>os</strong>, ge-<br />
38 Bahia Agríc., v.8, n. 2, nov. 2008<br />
Figura 16 - <strong>Rapadura</strong> exp<strong>os</strong>ta à venda na feira livre<br />
rando lucr<strong>os</strong> signifi cativ<strong>os</strong> e movimentando<br />
a economia de muitas cidades. Em<br />
n<strong>os</strong>sa região a exploração é mantida por<br />
amor e tradição, e a cada dia vem se reduzindo,<br />
devido à restrição de consumidores,<br />
principalmente nas gerações mais<br />
novas, pois as gul<strong>os</strong>eimas artifi ciais são<br />
mais atrativas e difundidas.<br />
A incrementação da rapadura na merenda<br />
escolar seria <strong>uma</strong> boa alternativa<br />
para o aumento do consumo deste produto,<br />
elevando a produção, ajudando na<br />
manutenção d<strong>os</strong> engenh<strong>os</strong>, atualmente<br />
ameaçad<strong>os</strong> de extinção, e formando consumidores<br />
mais conscientes e voltad<strong>os</strong><br />
para a valorização de suas raízes histórico-cultural<br />
e social. Os engenh<strong>os</strong> devem<br />
ser explorad<strong>os</strong> como pont<strong>os</strong> turístic<strong>os</strong> de<br />
n<strong>os</strong>sa cidade, pois além de aproveitar a fabricação<br />
<strong>arte</strong>sanal de rapadura com o uso<br />
de engenh<strong>os</strong> movid<strong>os</strong> a energia d<strong>os</strong> bois,<br />
<strong>os</strong> visitantes podem se deleitar nas belezas<br />
naturais do local como a vegetação,<br />
<strong>os</strong> riach<strong>os</strong>, <strong>os</strong> pássar<strong>os</strong>, as pessoas com<br />
seus c<strong>os</strong>tumes e o ar puro da natureza.<br />
Melhorias na produção, na renda familiar<br />
e na qualidade de vida das pessoas,<br />
sem perder o brilho e o espírito bucólico<br />
da região do Mulungu e Barroca do Faleiro<br />
é <strong>uma</strong> conquista <strong>que</strong> tod<strong>os</strong> bonfi nenses<br />
devem buscar, mantendo viva a <strong>arte</strong><br />
da fabricação de rapadura, a história e a<br />
biodiversidade de Senhor do Bonfi m.<br />
REFERÊNCIAS<br />
GOUVÊA H., <strong>Rapadura</strong> se qualifi ca como o mais fam<strong>os</strong>o<br />
doce nordestino. Disponível: <br />
PINTO G. L. Fabricação de rapadura e açúcar batido.<br />
Informe Técnico, ano 11, n.65, Viç<strong>os</strong>a: Conselho de<br />
Extensão, Universidade Federal de Viç<strong>os</strong>a, 1990.