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Inhame e taro: Inhame e taro: - Seagri

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<strong>Inhame</strong> e <strong>taro</strong>:<br />

cenários dos mercados<br />

internacional, brasileiro e baiano*<br />

Os protagonistas<br />

deste ensaio são<br />

plantas de relevante<br />

importância para o homem e<br />

para a economia agrícola.<br />

Pertencentes à classe<br />

Liliatae (monocotiledônea),<br />

são originárias da Ásia e<br />

têm no rizoma o principal<br />

produto de exploração,<br />

devido aos expressivos<br />

teores de minerais (Ca, P e<br />

Fe), carboidratos, provitamina<br />

A, pro-vitamina D,<br />

vitaminas C e do complexo<br />

B e suas propriedades<br />

medicinais, que garantem o uso na<br />

farmacologia, mormente na síntese de<br />

cortisona e hormônios esteróides.<br />

O inhame ou cará-da-costa,<br />

terminologia em alusão à Costa<br />

Africana, seu principal centro de<br />

dispersão, é a Dioscorea cayennensis,<br />

da família Dioscoreaceae, que se<br />

caracteriza por possuir caule herbáceo,<br />

escandente (trepador) e formar<br />

tubérculos em seu sistema radicular<br />

rizomático. O <strong>taro</strong>, por sua vez, é a<br />

Colocasia esculenta, que integra a<br />

família Araceae, possui caule<br />

herbáceo abreviado, folhas e rizomas<br />

esféricos comestíveis, sendo cultivado<br />

desde a Antigüidade, especialmente na<br />

Índia e no Egito, onde era alimento de<br />

faraós (Conceição, 1981; CEAGESP,<br />

2002).<br />

O mundo planta mais inhame do<br />

que <strong>taro</strong>. Estimativas da FAO (2001)<br />

Augusto Sávio Mesquita**<br />

indicam que, em 2001, foram colhidos observação dos índices de rendimento<br />

3.968 mil ha de inhame, que geraram médio auferidos, no lapso de 1989 a<br />

38.082 mil toneladas e 1.464 mil ha de 2001, evidencia estagnação, sendo<br />

<strong>taro</strong>, que produziram 8.868 mil reflexo do insuficiente investimento<br />

toneladas. Nesse cenário, a África d o a p a r e l h o d e E s t a d o n o<br />

detém a hegemonia, ao responder por desenvolvimento científico e<br />

mais de 96% do total produzido de tecnológico: 9,2 t/ha de inhame e 5,4<br />

inhame e 75% de <strong>taro</strong>. Apenas três t/ha de <strong>taro</strong> (FAO, 2001).<br />

países daquele continente Gana, Costa A produção nacional de inhame<br />

do Marfim e Nigéria são responsáveis concentra-se no Nordeste, onde se<br />

por cerca de 85% da produção mundial sobressai a Paraíba como principal<br />

de inhame e 67% da de <strong>taro</strong> (FAO, produtor, e a de <strong>taro</strong> no Centro Sul,<br />

2001). onde o Rio de Janeiro é destaque. O<br />

Pelo lado do consumo, destacam-se volume exportado desses produtos, em<br />

países ricos do chamado Primeiro 2001, alcançou pouco mais de quatro<br />

Mundo, dentre os quais o Japão e os mil toneladas, ou seja, menos de 2% da<br />

E U A , q u e c o n c e n t r a m produção nacional. Certamente é um<br />

a p r o x i m a d a m e n t e 8 0 % d a s insatisfatório desempenho, mas a<br />

im po rt aç õe s. O v ol um e m éd io progressiva redução das importações<br />

importado, no período de 1995 a 2000, (233 toneladas em 1995 e menos de<br />

situou-se em 194 mil toneladas, duas toneladas em 2000), aliado ao<br />

movimentando recursos da ordem de crescimento da área plantada (23 mil<br />

US$ 165,6 milhões, em transações que ha em 1989-91 e 25 mil ha em 2001),<br />

envolveram 60 países (FAO, 2001). são sinais de que, a despeito dos<br />

A inserção do Brasil nesse percalços, a produção nacional<br />

mercado internacional é tímida (0,6% experimenta crescimento e amplia sua<br />

da produção mundial de inhame e sem participação no mercado doméstico<br />

representatividade na de <strong>taro</strong>), (PROMO, 2002 e FAO, 2001).<br />

desperdiçando a sua imensa aptidão O objetivo deste artigo é fornecer<br />

edafoclimática para exploração dessas uma visão conjuntural sobre as<br />

culturas e as inúmeras possibilidades explorações de inhame e <strong>taro</strong>, no<br />

de negócios que adviriam em cadeias mundo, no Brasil e na Bahia,<br />

produtivas estruturadas. Embora haja destacando-se a distribuição<br />

registros do cultivo de dioscoreácea no geográfica, o ranking de produção e<br />

Brasil desde os primórdios da evidências acerca das relações<br />

colonização, não se verifica comerciais entre os países que<br />

expressivo desenvolvimento desses pa rt ic ip am de st e agribusiness<br />

agronegócios em território nacional. A internacional.<br />

.<br />

*Este trabalho baseia-se no paper apresentado no II Simpósio Nacional Sobre as Culturas do <strong>Inhame</strong> e do Taro, em João Pessoa - PB, de 23 a 26/09/02.<br />

**Engenheiro Agrônomo, Mestre, Diretor de Desenvolvimento da Agricultura da SEAGRI-BA; e-mail: savio@seagri.ba.gov.br.<br />

- Agradecimentos do autor ao Centro Internacional de Negócios da Bahia - PROMO, na pessoa da sua Diretora Superintendente, Patrícia Orrico, pela pesquisa de<br />

mercado realizada, que subsidiou a elaboração deste trabalho; e, aos colegas João Francisco Leal Teixeira e Domingos Antônio Melo Lins da Costa, da<br />

SEAGRI/Coordenação de Cooperativismo, pelo auxílio nas pesquisas e confecção de tabelas e gráficos.<br />

54 Socioeconomia<br />

Bahia Agric., v.5, n.2, nov. 2002


O AGRIBUSINESS<br />

INTERNACIONAL<br />

DO INHAME E DO TARO<br />

com <strong>taro</strong> manteve-se estagnada, mas a mundo, apenas cresceu 1,53%. Mas a<br />

de inhame foi elevada em quase 30%. avaliação do comportamento desta<br />

As reduções de inhame e <strong>taro</strong>, nos cultura em cada continente leva à<br />

d e m a i s c o n t i n e n t e s , f o r a m constatação de que a África, provarespectivamente<br />

da seguinte ordem: velmente em função de instabilidade<br />

América Central 7% e 33%; Ásia social e política, reduzida acumulação<br />

6,67% e 13% e Oceania 6% e 4,35%. de capital e, por conseguinte,<br />

A análise concernente ao rendi- d e f a s a g e m t e c n o l ó g i c a , f o i<br />

À semelhança de outros mento médio dessas culturas, responsável por esse fraco<br />

agronegócios internacionais, o circuito<br />

comercial do inhame e do <strong>taro</strong> é<br />

marcado por uma relação dicotômica,<br />

onde, basicamente, do lado da oferta,<br />

posicionam-se países periféricos, em<br />

contraposição à demanda, que,<br />

excluído o auto-consumo, é<br />

estabelecida por nações do Primeiro<br />

Mundo. São praticamente 60 países<br />

envolvidos nas relações de troca,<br />

entretanto, requer maior acuidade no<br />

tratamento dos dados, avaliando-se o<br />

comportamento diferenciado por<br />

espécie vegetal e por espaço geográfico<br />

de produção, evitando-se<br />

dis tor çõe s dec orr ent es de gen e-<br />

ralizações.<br />

Em termos absolutos, o rendimento<br />

médio da cultura do inhame, no<br />

desempenho naquele período, apenas<br />

avançando 1,06%. Nos demais<br />

continentes, os ganhos foram bem<br />

mais expressivos: a Oceania teve<br />

incremento de 5,55%, a América<br />

Central de 11,27%, a Ásia de 12,27%,<br />

a América do Sul de 23,51% e a<br />

Europa, onde somente Portugal tem<br />

área superior a um mil hectares,<br />

movimentando recursos anuais com Tabela 1<br />

exportações e importações, que Área cultivada com inhame e <strong>taro</strong> no mundo, em 1.000 ha<br />

atingem, respectivamente, as médias Período: 1989-91 e 1999 a 2001<br />

de US$ 117,3 milhões e US$ 165,6 Local<br />

1989-91 1999 2000 2001<br />

milhões, entre 1995 e 2000 (Tabelas<br />

1, 2, 3 e 4).<br />

Conforme se depreende, a África<br />

mantém a hegemonia internacional<br />

Mundo<br />

África<br />

América Central<br />

América do Sul<br />

inhame<br />

2.284<br />

2.154<br />

57<br />

41<br />

<strong>taro</strong><br />

900<br />

703<br />

3<br />

1<br />

inhame<br />

3.936<br />

3.793<br />

62<br />

51<br />

<strong>taro</strong><br />

1.446<br />

1.271<br />

2<br />

1<br />

inhame<br />

3.971<br />

3.832<br />

56<br />

54<br />

<strong>taro</strong><br />

1.464<br />

1.289<br />

2<br />

1<br />

inhame<br />

3.968<br />

3.832<br />

53<br />

53<br />

<strong>taro</strong><br />

1.464<br />

1.289<br />

2<br />

1<br />

da produção desses produtos, Ásia 15 147 14 128 14 128 14 128<br />

concentrando cerca de 96% da área<br />

colhida e do volume total produzido<br />

de inhame e 88% da área colhida e<br />

Oceania<br />

Brasil<br />

Fonte: FAO, 2001<br />

17<br />

23<br />

46<br />

-<br />

16<br />

25<br />

44<br />

-<br />

16<br />

25<br />

44<br />

-<br />

16<br />

25<br />

44<br />

-<br />

75,5% da produção de <strong>taro</strong>. Percebe- Tabela 2<br />

se que apenas quatro países do lado Produção de inhame e <strong>taro</strong> no mundo, em 1.000 t<br />

ocidental daquele continente Período: 1989-91 e 1999 a 2001<br />

Local<br />

1989-91 1999<br />

(Nigéria, Costa do Marfim, Gana e<br />

inhame <strong>taro</strong> inhame <strong>taro</strong><br />

Benin), centro de origem das Mundo 21.678 4.833 37.661 8.828<br />

introduções portuguesas de<br />

África 20.490 2.801 36.206 6.647<br />

Dioscorea cayennensis no Brasil, são<br />

2000<br />

inhame <strong>taro</strong><br />

38.094 8.867<br />

36.660 6.690<br />

2001<br />

inhame <strong>taro</strong><br />

38.082 8.868<br />

36.662 6.693<br />

responsáveis por quase 90% de todo o América Central 396 27 467 23 417 23 409 23<br />

inhame e 67% do <strong>taro</strong> produzidos no América do Sul 317 13 496 4 524 4 518 4<br />

mundo.<br />

Verifica-se que, nos últimos<br />

doze anos, esses agronegócios<br />

Ásia<br />

Europa<br />

208<br />

1<br />

1.686<br />

-<br />

225<br />

2<br />

1.875<br />

-<br />

226<br />

2<br />

1.871<br />

-<br />

225<br />

2<br />

1.868<br />

-<br />

internacionais Figura 1 - Laranja vivenciaram 'Navelina' importada expres- Oceania<br />

da Espanha<br />

sivo crescimento da produção física, Brasil<br />

Fonte: FAO, 2001<br />

75% para inhame e 83% para <strong>taro</strong>,<br />

265<br />

213<br />

305<br />

-<br />

265<br />

230<br />

279<br />

-<br />

266<br />

230<br />

280<br />

-<br />

265<br />

230<br />

280<br />

-<br />

reflexo, quase que exclusivamente, Tabela 3<br />

da expansão de área cultivada: Rendimento médio da cultura do inhame e do <strong>taro</strong> no mundo, em kg/ha<br />

73,73% e 62,66%, respectivamente. Período: 1989-91 a 2001<br />

A principal contribuição para esse Local 1989-91 1999 2000 2001<br />

inhame <strong>taro</strong> inhame <strong>taro</strong> inhame <strong>taro</strong> inhame <strong>taro</strong><br />

panorama foi assegurada pela África,<br />

Mundo 9.451 5.365 9.568 6.104 9.593 6.058 9.596 6.059<br />

que aumentou a sua área colhida com África 9.466 3.977 9.546 5.230 9.568 5.191 9.567 5.193<br />

esses vegetais em cerca de 80%. América Central 6.915 9.945 7.512 10.157 7.497 10.192 7.695 10.209<br />

Todavia, esse quadro geral não é América do Sul 7.897 10.889 9.662 5.388 9.775 5.388 9.754 5.388<br />

harmônico, observando-se, nesse Ásia<br />

Europa<br />

período, uma tendência geral de Oceania<br />

decréscimo, com exceção da Brasil<br />

América do Sul, onde a área ocupada Fonte: FAO, 2001<br />

14.314<br />

7.953<br />

15.837<br />

9.143<br />

11.509<br />

-<br />

6.559<br />

-<br />

15.861<br />

16.154<br />

16.819<br />

9.200<br />

14.618<br />

-<br />

6.327<br />

-<br />

15.764<br />

16.154<br />

16.819<br />

9.200<br />

14.628<br />

-<br />

6.334<br />

-<br />

16.071<br />

16.154<br />

16.717<br />

9.200<br />

14.618<br />

-<br />

6.348<br />

-<br />

Bahia Agric., v.5, n.2, nov. 2002 Socioeconomia<br />

55


egistrou-se 103,11%, atingindo<br />

16.717 kg/ha, marca deveras<br />

expressiva, porém ainda distante do<br />

recorde mundial alcançado pela Ilha<br />

Solomon, na Oceania, de 24.500<br />

kg/ha, segundo a FAO (2001).<br />

Em relação ao <strong>taro</strong>, o cenário é<br />

diferenciado. Os piores desempenhos<br />

foram da América do Sul e da Oceania,<br />

que, respectivamente, viram o<br />

rendimento médio despencar 50,51% e<br />

3,21%. No caso da Oceania isso pode<br />

ser explicado, em parte, pela redução<br />

da área colhida (de 46 para 44 mil ha),<br />

mas, no caso da América do Sul, onde a<br />

área manteve-se constante, resta se<br />

responsabilizar o atraso tecnológico<br />

pelo débâcle. Na África, o crescimento<br />

foi de 30,57%, que, porém, não<br />

acompanhou o importante ritmo de<br />

incremento da área colhida, de<br />

83,35%. Coube à América Central e,<br />

especialmente à Ásia, os melhores<br />

resultados, ao garantirem signi-<br />

Tabela 4<br />

Principais países produtores de inhame e <strong>taro</strong><br />

Período: 2001<br />

Países<br />

Área cultivada Produção<br />

(1.000ha)<br />

(1.000t)<br />

inhame <strong>taro</strong> inhame <strong>taro</strong><br />

Nigéria 2.742 587 26.201 3.886<br />

Costa do Marfim 270 265 2.923 365<br />

Gana 255 232 3.249 1.707<br />

Benin 155 1 1.773 4<br />

Camarões 58 - 260 -<br />

Togo 65 9 666 11<br />

Etiópia 65 - 250 -<br />

Sudão 57 - 137 -<br />

Rep. Centro Africana 53 38 360 100<br />

Congo 39 7 255 62<br />

Haiti 35 - 145 -<br />

Brasil 25 - 230 -<br />

Chade 24 40 230 38<br />

Papua Nova Guiné 12 31 220 170<br />

Japão 9 20 200 248<br />

Ruanda<br />

China<br />

2<br />

-<br />

48<br />

84<br />

4<br />

-<br />

90<br />

1.463<br />

Mundo<br />

Fonte: FAO, 2001<br />

3.968 1.464 38.082 8.868<br />

ficativos ganhos em rendimento constatar que apenas ínfima parcela da familiares, tipo responsável pela maior<br />

médio, perpetrando 2,65% e 27%. produção mundial é transacionada no parte da oferta (Tabelas 5 e 6).<br />

A análise de dados do comércio circuito internacional de mercadorias: É importante notar que, no rol de<br />

internacional dessas commodities, que, média de 168,84 mil toneladas, entre exportadores, figuram países sem<br />

em sua fragilidade, incluem também as 1995 a 2000, ou seja, 0,44%. Por tradição no cultivo do inhame e do<br />

estatísticas referentes à castanha conseguinte, pode-se concluir que <strong>taro</strong>, como EUA, Holanda, Austrália,<br />

d'água chinesa (planta aquática, com quase toda a produção é canalizada Espanha, Reino Unido, Bélgicaraízes<br />

tuberosas, largamente para os mercados internos dos países Luxemburgo, Nova Zelândia, Grécia,<br />

consumida na Ásia, mas a Europa e produtores e para o autoconsumo, Ta i w a n , C a n a d á , A l e m a n h a ,<br />

EUA também importam), possibilita especialmente de agricultores Indonésia, Itália, Coréia do Sul, África<br />

Tabela 5<br />

Evolução das exportações mundiais de inhame, <strong>taro</strong> e castanha d’água chinesa, 1995 - 2000<br />

PAÍS<br />

China<br />

Costa Rica<br />

México<br />

Malásia<br />

Colômbia<br />

Singapura<br />

EUA<br />

Brasil<br />

Gana<br />

Nicarágua<br />

Panamá<br />

Outros<br />

Total<br />

Fonte: PROMO, 2002<br />

1995<br />

76,36<br />

QUANTIDADE (1.000 t) VALOR (US$ 1,000.00 FOB)<br />

1996<br />

89,28<br />

1997<br />

79,39<br />

1998<br />

98,26<br />

1999<br />

98,90<br />

2000<br />

91,84<br />

1995<br />

59.863<br />

1996<br />

69.654<br />

1997<br />

63.625<br />

1998<br />

1999<br />

80.078 62.967<br />

2000<br />

55.46<br />

27,98 29,44 27,85 28,59 40,79 - 23.590 24.919 27.284 28.582 25.345 -<br />

16,62 19,33 24,34 18,30 26,64 - 3.904 6.710 4.474 4.851 5.758 -<br />

2,99 5,27 2,98 6,06 10,80 - 474 511 434 601 1.229 -<br />

4,00 3,15 1,51 1,90 14,33 - 2.183 1.725 767 1.136 6.608 -<br />

4,90 5,45 4,72 4,23 3,45 - 3.822 4.351 3.696 2.763 1.834 -<br />

3,93 3,60 2,98 3,12 3,15 3,50 3.284 3.486 2.320 2.860 2.563 3.208<br />

1,54 1,77 3,18 3,08 3,92 4,30 1.312 1.436 2.199 2.245 2.176 2.314<br />

- - - 7,56 8,03 - - - - 4.687 4.863 -<br />

1,99 2,36 1,88 2,82 4,45 - 1.032 875 2.189 2.778 2.409<br />

1,26 2,88 2,27 3,34 1,99 - 839 1.672 1.72 3.259 1.588<br />

11,72 39,74 13,44 11,32 12,18 6,13 9.510 12.103 17.660 9.864 11.425 7.533<br />

153,28 172,27 164,54 188,58 228,63 105,77 109.813 127.442 124.727 143.70 128.765 69.413<br />

56 Socioeconomia<br />

Bahia Agric., v.5, n.2, nov. 2002


Tabela 6<br />

Evolução das importações mundiais de inhame, <strong>taro</strong> e castanha d’água chinesa, 1995 - 2000<br />

PAÍS<br />

QUANTIDADE (1.000 t) VALOR (US$ 1,000.00 FOB)<br />

Japão<br />

EUA<br />

Singapura<br />

Reino Unido<br />

Hong Kong<br />

Canadá<br />

Malásia<br />

N. Zelândia<br />

Nigéria<br />

França<br />

P. Baixos<br />

Espanha<br />

Brasil<br />

Outros<br />

Total<br />

Fonte: PROMO, 2002<br />

1995<br />

33,42<br />

54,73<br />

13,83<br />

9,44<br />

13,47<br />

7,76<br />

4,44<br />

s.d.<br />

1,67<br />

2,03<br />

1,52<br />

2,39<br />

0,23<br />

3,05<br />

147,98<br />

1996<br />

do Sul, Suécia, Hong-Kong, montante de US$ 98.069 mil, é o segmento produtivo quem<br />

Argentina, Áustria, que, ao praticar a destinados aos setores da cadeia demonstra maior fragilidade. Isto fica<br />

revenda, se aproveitam da crescente p r o d u t i v a r e s p o n s á v e i s p e l a patente ao se observar os dados<br />

globalização de suas economias, intermediação e logística de relativos ao ano de menor valor médio<br />

fomentada por políticas de estímulo às distribuição, que, em sua maioria, se de exportação (1999, quando a cotação<br />

exportações e investimentos em infra- situam no Primeiro Mundo. O Gráfico s i t u o u - s e e m U S $ 0 . 5 6 / k g ) ,<br />

es tr ut ur a fí si ca e de se rv iç os , 1 enseja concluir que, entre 1995 e percebendo-se que a margem dos<br />

apropriando-se de importante parcela 2000, em média, essa diferença foi segmentos de intermediação, naquele<br />

do lucro e renda fundiária - de acordo US$ 0.15/kg, ou seja RS$ 0,46/kg, no período, foi ainda maior (US$<br />

com o matiz marxista, é manifestação câmbio atual. Nessa relação comercial, 0.23/kg).<br />

do fruto ou produto da terra.<br />

Portanto, a renda da terra é<br />

uma fração do valor do<br />

produto, expressando, assim,<br />

monetariamente porções de<br />

dinheiro, parcelas de preço.<br />

Logo, a renda fundiária é a<br />

forma em que se realiza e<br />

valoriza economicamente a<br />

propriedade fundiária<br />

(Mesquita, 1998) - de países<br />

produtores.<br />

As Tabelas 5 e 6 permitem<br />

ainda visualizar que há uma<br />

diferença entre os valores das<br />

exportações e das importações<br />

desses produtos. No período<br />

em apreço, em termos<br />

absolutos, esse gap médio foi<br />

de US$ 48,345 mil e, em 2000,<br />

assumiu o significativo<br />

1997<br />

1998<br />

1999<br />

2000<br />

1995<br />

1996<br />

1997<br />

1998<br />

1999<br />

88,29<br />

59,34<br />

63,10<br />

55,33<br />

61,79<br />

61,38<br />

66,09<br />

69,47<br />

81,07<br />

68,20<br />

24.176<br />

45.147<br />

85.568<br />

48.433<br />

71.466<br />

55.222<br />

69.770 61.000<br />

64.638 56.772<br />

14,55 14,24 13,92 13,40 - 9.124 9.635 8.593 7.389 6.526<br />

9,15 10,52 9,45 10,65 11,31 10.370 10.336 10.053 9.977 10.450<br />

11,71<br />

7,72<br />

6,05<br />

s.d.<br />

4,16<br />

2,92<br />

1,40<br />

1,84<br />

9,05<br />

7,47<br />

6,44<br />

5,53<br />

5,28<br />

2,46<br />

1,85<br />

1,57<br />

5,39<br />

6,37<br />

6,77<br />

5,97<br />

5,87<br />

2,74<br />

2,86<br />

0,99<br />

4,26<br />

6,65<br />

7,84<br />

6,36<br />

-<br />

5,40<br />

4,20<br />

3,31<br />

2,23<br />

7,95<br />

-<br />

6,93<br />

-<br />

4,12<br />

-<br />

6,98<br />

7.675<br />

6.316<br />

1.564<br />

6.145<br />

130<br />

2.490<br />

1.705<br />

1.905<br />

6.256<br />

6.202<br />

2.035<br />

7.233<br />

189<br />

2.758<br />

1.557<br />

1.477<br />

4.823<br />

5.840<br />

2.184<br />

5.908<br />

181<br />

2.376<br />

1.696<br />

955<br />

2.884<br />

4.907<br />

1.749<br />

4.737<br />

190<br />

2.687<br />

1.792<br />

531<br />

2.373<br />

6.954<br />

1.976<br />

5.424<br />

-<br />

4.553<br />

2.358<br />

2.086<br />

0,09<br />

7,39<br />

0,02<br />

11,13<br />

0,05<br />

17,37<br />

0,002 0,002<br />

10,188 3,658<br />

371<br />

4.775<br />

154<br />

5.342<br />

39<br />

7.385<br />

14<br />

6.998<br />

10<br />

7.000<br />

214,61 193,99 200,92 209,82 196,45 121.893 187.175 176.721178.263<br />

167.482<br />

Gráfico 1<br />

Cotações médias das exportações e importações de inhame,<br />

<strong>taro</strong> e castanha d'água chinesa, 1995 a 2000<br />

Fonte: MDIC/SECEX apnd PROMO, 2002<br />

2000<br />

68.369<br />

59.338<br />

-<br />

10.077<br />

1.425<br />

5.870<br />

-<br />

4.637<br />

-<br />

3.551<br />

-<br />

3.766<br />

7<br />

5.360<br />

162.400<br />

Bahia Agric., v.5, n.2, nov. 2002 Socioeconomia<br />

57


O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO<br />

DO INHAME E DO TARO<br />

(1513) e o desembarque<br />

em Nagasaqui, no Japão<br />

(1543) (IAPAR, 1994;<br />

Bueno, 1998).<br />

Passados cinco<br />

séculos, constata-se que o<br />

Quando os portugueses aportaram cultivo do inhame no<br />

em terras brasileiras, certamente já Brasil experimentou<br />

encontraram o cultivo de dioscoreáceas, expressivo crescimento,<br />

o<br />

especialmente a Dioscorea trifida, cuja assegurando o 12 lugar no<br />

designação nativa em Tupi era ká rá, ranking dos principais<br />

donde provêm a terminologia atual países produtores no<br />

“cará”. mundo. Nas Américas, o<br />

A introdução da D. cayennesis e da Brasil ocupa o segundo<br />

D. rotundata deu-se durante a coloni- posto, atrás apenas do<br />

zação, fruto do trânsito de mercadori- Haiti e no Cone Sul é o<br />

as, nas inúmeras expedições portugue- primeiro colocado.<br />

sas pela Costa Africana, em meio à Ressalte-se, contudo, que nas regiões Nordeste e Sudeste,<br />

busca do caminho da Índia. Esse os reduzidos investimentos em ciência predominando a exploração familiar,<br />

produto consistia na base alimentar das e tecnologia têm ameaçado a suprema- que ocupa reduzidas áreas de plantio<br />

populações da costa ocidental daquele cia brasileira, implicando em baixo (Tabela 7).<br />

continente, que, por conseguinte, rendimento médio (9.200 kg/ha), O Brasil demonstra baixa<br />

chegaram a ser conhecidas como inferior ao de concorrentes diretos, competitividade em sua inserção no<br />

“civilizações do inhame”. A interna- Colômbia (10.526 kg/ha) e Venezuela mercado internacional, principalmente<br />

ção do <strong>taro</strong> (Colocasia esculenta), (9.663 kg/ha) e de países africanos, em conseqüência do baixo rendimento<br />

equivocadamente chamado de cará, da representando apenas 37,55% do médio e custo de produção mais<br />

mesma sorte, foi promovida pelos alcançado pela Ilha Solomon, na elevado em relação aos principais<br />

lusos, resultante do processo de Oceania (24.500 kg/ha) e 41,40% em concorrentes internacionais, onde a<br />

expansão do Império Português no relação ao Japão (22.200 kg/ha) (FAO, remuneração do fator trabalho é baixa<br />

Oriente, provavelmente entre 1510 e 2001). O mesmo não se pode dizer em e, em certos casos, há subsídio de<br />

1550, período em que, concomitante- relação ao <strong>taro</strong>, pois as estatísticas Governo. A participação nacional<br />

mente, se verifica a ocupação das internacionais nem sequer registram o nesse agribusiness mundial tem sido<br />

terras brasileiras, a conquista da Índia Brasil, atestando que a área colhida é irrisória, embora demonstre<br />

(1510) com a hegemonia do comércio inferior a mil hectares. Embora crescimento sustentado, tendo<br />

no oceano Índico, a expansão até a dispersa espacialmente, a produção avançado 28,76%, entre 1997 e 2001.<br />

China, com o domínio de Macau brasileira dessas lavouras concentra-se Naquele período, a média exportada<br />

Tabela 8<br />

Evolução da quantidade exportada pelo Brasil de inhame e <strong>taro</strong><br />

por países de destino, 1997 a 2001<br />

DESTINO<br />

PESO (kg)<br />

1997 1998 1999 2000 2001<br />

EUA<br />

Reino Unido<br />

Países Baixos<br />

Canadá<br />

França<br />

Portugal<br />

Itália<br />

Japão<br />

Angola<br />

Alemanha<br />

Argentina<br />

Áustria<br />

Martinica<br />

Rússia<br />

1.738.982<br />

851.143<br />

313.457<br />

205.057<br />

52.060<br />

-<br />

-<br />

7.494<br />

-<br />

-<br />

9.450<br />

108<br />

-<br />

42<br />

1.691.427<br />

794.147<br />

348.693<br />

206.250<br />

1.684.957<br />

1.206.661<br />

373.575<br />

264.310<br />

373.255<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

30<br />

-<br />

-<br />

15.400<br />

-<br />

2.218.672<br />

1.118.562<br />

337.765<br />

236.064<br />

375.316<br />

17.880<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

1.735.837<br />

1.357.174<br />

498.870<br />

202.167<br />

141.423<br />

150.362<br />

5.760<br />

94.545<br />

5<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

Total 3.177.793 3.078.325 3.918.188 4.304.259 4.091.898<br />

Fonte: MDIC/SECEX apud PROMO, 2002.<br />

37.700<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

108<br />

-<br />

-<br />

Tabela 7<br />

Principais estados brasileiros produtores de inhame e <strong>taro</strong>, 2000<br />

Estados <strong>Inhame</strong> (t) Taro (t)<br />

Paraíba 76.180 31<br />

Pernambuco 25.000 549<br />

Bahia 12.000 25<br />

Alagoas 6.808 5<br />

Rio de Janeiro -<br />

29.288<br />

Minas Gerais 4.328 22.018<br />

São Paulo 2.631 6.541<br />

Espírito Santo 600 18.370<br />

Outros 102.453<br />

-<br />

Total<br />

Fonte:SEAGRI, 2000<br />

230.000<br />

76.827<br />

foi de 3.714 toneladas. No ano<br />

passado, exportou-se cerca de 4.092<br />

toneladas, que renderam US$<br />

1.925.543.00, ou seja menos de 4% da<br />

quantidade e 3% do valor dos<br />

negócios. No período em pauta, o<br />

Brasil exportou inhame e <strong>taro</strong> para<br />

dezoito países, dentre os quais<br />

destacaram-se os EUA, Reino Unido<br />

(Inglaterra, Escócia e Irlanda), Países<br />

Baixos (Holanda, Dinamarca e<br />

Noruega), Canadá e França, pois<br />

concentraram praticamente 99% do<br />

volume total comerciado, 18.363.524<br />

kg e US$ 10.690.587.00. São valores<br />

relativamente pequenos, ante o<br />

potencial brasileiro para expansão<br />

destas culturas, porém certamente<br />

importantes para a balança comercial<br />

brasileira, que se ressente dos reveses<br />

do Plano Real (Tabelas 8 e 9).<br />

58 Socioeconomia<br />

Bahia Agric., v.5, n.2, nov. 2002


Tabela 9<br />

Evolução da receita de exportações brasileiras de inhame e <strong>taro</strong><br />

por países de destino, 1997 a 2001<br />

DESTINO<br />

VALOR US$ (FOB)<br />

EUA<br />

Reino Unido<br />

Países Baixos<br />

Canadá<br />

França<br />

Portugal<br />

Itália<br />

Japão<br />

Angola<br />

Alemanha<br />

Argentina<br />

Áustria<br />

Martinica<br />

Rússia<br />

Total<br />

Fonte: MDIC/SECEX apud PROMO, 2002.<br />

1997 1998 1999 2000 2001<br />

1.099.892<br />

581.954<br />

253.985<br />

126.181<br />

36.398<br />

-<br />

-<br />

94.545<br />

-<br />

-<br />

5.481<br />

75<br />

-<br />

50<br />

1.253.441<br />

560.661<br />

261.667<br />

147.600<br />

31.544<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

75<br />

-<br />

-<br />

906.992<br />

676.478<br />

210.819<br />

137.154<br />

227.446<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

42<br />

-<br />

-<br />

17.392<br />

-<br />

1.203.783<br />

591.058<br />

167.091<br />

118.976<br />

225.738<br />

7.578<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

894.908<br />

518.477<br />

271.730<br />

113.558<br />

83.056<br />

38.711<br />

3.360<br />

1.740<br />

3<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

2.198.561 2.244.988 2.176.323 2.314.224 1.925.543<br />

No que concerne às cotações do<br />

inhame e do <strong>taro</strong> brasileiros vendidos<br />

no exterior, objeto do Gráfico 3, devese<br />

destacar que a média alcançada, no<br />

período de 1997 a 2001, foi de US$<br />

0.59/kg (no câmbio atual, onde US$<br />

1.00 está cotado em R$ 3,10, a<br />

correlação de preço, pois, seria de R$<br />

1,82/kg), quatro vezes e meia a média<br />

alcançada no mercado interno, que<br />

esteve em torno de R$ 0,40 (US$<br />

0.12/kg) na CEASA-BA e na<br />

CEAGESP.<br />

Salienta-se, entretanto, que as<br />

cotações médias auferidas pelo Brasil,<br />

naquele período, foram inferiores à<br />

média mundial. Por conjectura,<br />

imagina-se que isto se deva à pouca<br />

tradição brasileira no comércio<br />

internacional desses produtos e à baixa<br />

escala de exportações, fatores que<br />

reduzem o poder de barganha nas<br />

A participação dos estados nas nordestino, foram estes estados que<br />

exportações brasileiras é apresentada mais cresceram proporcionalmente<br />

na Tabela 10. Como pode ser suas participações nas vendas<br />

observado, o Estado de São Paulo, externas: Pernambuco 272,57%, ao<br />

embora não tenha expressividade na sair de um patamar de cerca de 174 t,<br />

produção brasileira de inhame e <strong>taro</strong> (é em 1997, para aproximadamente 834 t,<br />

o sétimo produtor de inhame e o quarto em 2001 e Bahia 201,97%, crescendo<br />

de <strong>taro</strong>), desponta como principal de pouco mais de 48 t, em 1997, para<br />

exportador nacional, certamente pelo quase 189 t, em 2001. Em contraponto,<br />

fato de apresentar a melhor infra- a Paraíba, maior produtor brasileiro de<br />

estrutura de exportação agrícola do inhame (33% da produção nacional),<br />

país (aeroportos e, especialmente, o viu sua participação percentual nas<br />

Porto de Santos) e concentração de exportações ser reduzida em<br />

in te rm ed iá ri os do pr oc es so de praticamente 48%, perdendo o status<br />

com erc ial iza ção com pen etr açã o de maior exportador regional para<br />

internacional (empresas de despacho, Pernambuco.<br />

dealers etc.). Entretanto, a<br />

negociações. O que sugere que<br />

políticas de promoção comercial e<br />

incentivo à produção nacional podem<br />

contribuir para melhorar o<br />

desempenho do Brasil nesse<br />

agribusiness.<br />

Percebe-se, ainda, que as cotações<br />

de inhame e <strong>taro</strong> sofreram redução<br />

entre 1997 e 2001. Após experimentar<br />

o pico em 1998, quando o produto<br />

brasileiro foi cotado, em média, a US$<br />

0.73, sucedeu uma gradual redução da<br />

ordem de 30%, atingindo-se US$<br />

0.54/kg. Contudo, o comportamento<br />

de preços, em 2000, insinua<br />

recuperação, retomando-se o patamar<br />

participação relativa daquele Tabela 10<br />

estado, no total exportado de Evolução das exportações brasileiras de inhame e <strong>taro</strong> por estado de origem, 1997 a 2001<br />

inhame e <strong>taro</strong> pelo Brasil, vem<br />

diminuindo, passando de quase<br />

78%, em 1998, para 47%, em 2001<br />

(Gráfico 2).<br />

ORIGEM<br />

São Paulo<br />

1997<br />

2.000.525<br />

PESO (kg)<br />

1998 1999<br />

2.391.647 2.291.796<br />

2000<br />

2.253.586<br />

2001<br />

1.928.147<br />

Aspecto que merece destaque é Pernambuco 173.880<br />

o crescimento das exportações da Espírito Santo -<br />

região Nordeste, principalmente de<br />

Paraíba 584.480<br />

Pernambuco, Paraíba e Bahia, que,<br />

Bahia 48.368<br />

em 1997, com um volume total de<br />

806.728 kg, representavam 25,38%<br />

Mato Grosso -<br />

das exportações nacionais, Santa Catarina -<br />

percentual que, em 2001, saltou Paraná 351.388<br />

para 34,51%, em face aos Ceará -<br />

investimentos na modernização dos Minas Gerais 19.152<br />

portos, basicamente de SUAPE, em Goiás -<br />

Pernambuco e em Salvador, na Outros -<br />

Bahia. Por conseguinte, no contexto Fonte: MDIC/SECEX apud PROMO, 2002.<br />

13.500<br />

20.160<br />

260.700<br />

48.600<br />

-<br />

-<br />

343.718<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

968.273<br />

200.149<br />

206.800<br />

78.864<br />

-<br />

-<br />

147.906<br />

24.200<br />

-<br />

200<br />

-<br />

1.411.968<br />

384.226<br />

103.400<br />

92.519<br />

-<br />

16.560<br />

42.000<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

834.033<br />

421.158<br />

390.293<br />

188.092<br />

156.112<br />

140.000<br />

34.058<br />

-<br />

-<br />

-<br />

5<br />

Bahia Agric., v.5, n.2, nov. 2002 Socioeconomia<br />

59


anterior e superando a média do variação de preços em função da melhor remuneração pelo produto. No<br />

período. É preciso um processo mais flutuação da oferta destes produtos. caso específico do <strong>taro</strong>, cujo cultivo<br />

aprofundado de investigação da Apreender estas informações é apenas tem relevância no eixo<br />

elasticidade de demanda desse re le va nt e p ar a o pr oc es so de Sudeste-Sul, também se nota leve<br />

mercado, para uma análise mais planejamento da comercialização. variação sazonal nas cotações entre<br />

pr ec is a do qu ad ro , ce rt am en te Percebe-se que praticamente há uma centrais de abastecimento, que, da<br />

influenciado por fatores conjunturais. complementaridade nas cotações de mesma sorte, subsidia a administração<br />

Avaliando-se o mercado domés- inhame entre as centrais de do negócio agrícola.<br />

tico, a partir da interpretação de série abastecimento nordestinas e de São Vislumbra-se que as cotações de<br />

histórica de dados procedentes de Paulo. Essa constatação poderá inhame são mais altas no Nordeste, em<br />

importantes centrais de abastecimento abalizar uma estratégia de venda para relação ao Sudeste, com maiores altas<br />

que comercializam inhame e <strong>taro</strong> agricultores organizados socialmente e durante o inverno. Pernambuco<br />

(Tabela 11), verifica-se a ocorrência de afinados com o mercado, ensejando demonstra cotação média cerca de<br />

Fonte: MDIC/SECEX apud PROMO, 2002.<br />

Gráfico 2<br />

Evolução das exportações brasileiras, por estado, em US$, 1997 a 2001<br />

Gráfico 3<br />

Cotações médias das exportações mundiais e brasileiras<br />

de inhame e <strong>taro</strong>, em US$/Kg, 1997 a 2001<br />

Fonte: MDIC/SECEX apud PROMO, 2002.<br />

60 Socioeconomia<br />

Bahia Agric., v.5, n.2, nov. 2002


Tabela 11<br />

Variação sazonal de oferta e preços de <strong>taro</strong> e inhame em centrais de<br />

abastecimento brasileiras selecionadas.<br />

Produto<br />

<strong>Inhame</strong><br />

Central de<br />

Abastecimento<br />

CEASA - BA<br />

CEAGESP<br />

Fonte: CEASASP e CEASA-MG, 2002<br />

mar. a jul.<br />

nov e dez.<br />

CEAGEPE jan. a mar. e jun.<br />

CEASA - MG nov. a jan.<br />

Taro CEAGESP<br />

Oferta Baixa<br />

X<br />

Preços Altos<br />

dez. a fev.<br />

Fonte: CEASA BA, CEASA- MG, CEAGESP, CEAGEPE, 2002<br />

Oferta Média<br />

X<br />

Preços Médios<br />

fev. ago e dez.<br />

jan., fev. e out.<br />

abr., maio. nov. e dez.<br />

fev., mar., set. e out.<br />

mar., abr., out. e nov.<br />

Gráfico 5<br />

Variação sazonal de preços de <strong>taro</strong> na<br />

CEAGESP, CEASA-MG, em R$/kg, 2001<br />

Oferta Alta<br />

X<br />

Preços Baixos<br />

set. a nov. a jan.<br />

mar. a set.<br />

jul. a set.<br />

abr. a ago.<br />

maio a set.<br />

Gráfico 4<br />

Variação de preços de inhame na<br />

CEAGESP, CEASA-MG, CEAGEPE e CEASA-BA, em R$/Kg, 2001<br />

Fonte: CEASA-BA, CEASASP, CEAGEPE, 2002<br />

12% mais alta em relação à Bahia e<br />

melhores preços durante oito meses<br />

daquele ano. Isso se deve ao maior<br />

volume de negócios praticados,<br />

decorrentes da maior concentração de<br />

comerciantes naquela praça, visto que<br />

aquele Estado foi o que demonstrou<br />

maior crescimento das exportações de<br />

inhame, nos últimos anos. No caso<br />

específico do <strong>taro</strong>, vê-se que Minas<br />

Gerais tem oferecido melhor<br />

remuneração ao longo do ano, em<br />

comparação a São Paulo, certamente<br />

em função de menor volume de oferta<br />

deste produto na praça. Somente nos<br />

meses de janeiro e fevereiro, na<br />

entressafra, São Paulo demonstrou<br />

primazia.<br />

O AGRONEGÓCIO BAIANO<br />

DO INHAME<br />

Na Bahia, prevalece a exploração<br />

comercial do inhame em relação ao<br />

<strong>taro</strong>. A área cultivada com Dioscorea<br />

spp. situa-se em 1.500 ha,<br />

concentrados na região do Recôncavo,<br />

onde se destacam os municípios de<br />

Cruz das Almas, Maragogipe e<br />

Governador Mangabeira como<br />

principais produtores. As estatísticas<br />

sobre a produção baiana são<br />

insuficientes, visto que o IBGE<br />

não inclui esse produto no<br />

acompanhamento sistemático da<br />

produção agrícola municipal.<br />

Entretanto, dados do Censo<br />

Agropecuário de 1996, agregados a<br />

informações empíricas, indicam uma<br />

produção em torno de 12 mil<br />

toneladas.<br />

Recentemente, a exploração<br />

comercial de inhame na Bahia vem<br />

ganhando impulso devido aos investimentos<br />

em pesquisa, extensão rural e<br />

organização social da produção,<br />

promovidos pela Empresa Baiana de<br />

Desenvolvimento Agrícola - EBDA,<br />

Empresa Brasileira de Pesquisa<br />

Agropecuária - EMBRAPA/Mandioca<br />

e Fruticultura e pela Coordenação de<br />

Cooperativismo da SEAGRI. São<br />

desenvolvidos estudos, como a<br />

Bahia Agric., v.5, n.2, nov. 2002 Socioeconomia<br />

61


avaliação do desempenho da<br />

D. cayennensis sob regime de<br />

Gráfico 6<br />

Exportações de inhame da Bahia, em t<br />

Bahia, representa somente<br />

4,61% da quantidade e 18,2%<br />

irrigação e controle de nema- 1997 a 2001<br />

do valor das exportações<br />

tóides (especialmente<br />

Scutellonema bradys e<br />

Meloidogyne incognita), além<br />

de trabalhos de extensão rural<br />

calcados no planejamento<br />

estratégico participativo.<br />

A Cooperativa Agroindustrial<br />

do Recôncavo da<br />

Bahia Ltda.- COOPER-<br />

RECÔNCAVO, fundada em<br />

1996, sediada em Maragogipe,<br />

consiste em um exemplo bem<br />

sucedido de empreendimento<br />

da agricultura familiar. Esta<br />

organização conta com 316<br />

cooperados, que, nesta safra,<br />

deverá colher 15 mil t de<br />

túberas, comercializadas em<br />

parte para França (durante a<br />

safra, que se concentra no<br />

segundo semestre,<br />

praticamente exporta-se um<br />

Fonte: Promo e DFA-BA<br />

Gráfico 7<br />

Comercialização de inhame na CEASA-BA, em mil kg<br />

1997 a 2001<br />

brasileiras de inhame e <strong>taro</strong>,<br />

em 2001.<br />

A comercialização de inhame<br />

na Bahia se dá basicamente de<br />

três formas: em feiras livres,<br />

em supermercados e no<br />

terminal atacadista da<br />

CEASA. No primeiro canal de<br />

comercialização, não existe<br />

rigor na padronização do<br />

produto, sendo basicamente<br />

vendidas túberas por aqueles<br />

segmentos mais capitalizados<br />

da agricultura familiar ou por<br />

pequenos varejistas que<br />

adquirem os produtos de<br />

intermediários, geralmente<br />

fora dos padrões de confor-<br />

midade exigidos pelo mercado<br />

atacadista. As grandes redes<br />

de supermercados, por sua<br />

contêiner de 23 t por semana),<br />

vez, exigem rigoroso controle<br />

outros estados nordestinos<br />

de qualidade, adquirindo<br />

(Pe rna mbu co, Ala goa s e diretamente de produtores<br />

Sergipe) e o mercado baianos, porém têm a sua<br />

doméstico. A ação organizada Fonte: SEAGRI/EBAL - Seção Técnica<br />

demanda complementada<br />

da COOPERRECÔNCAVO, através de importações de<br />

restringiu a ação de inter- outros estados, especialmente<br />

mediários na comercialização Paraíba, Pernambuco, Espírito<br />

em Cruz das Almas e Gráfico 8<br />

Santo e São Paulo. Já, na<br />

Origem do inhame comercializado na CEASA-BA, 1997 a 2001<br />

Maragogipe, determinando CEASA - BA, o inhame é<br />

um efeito regulador nas vendido no mercado do<br />

cotações de inhame a nível produtor, sem intermediações,<br />

regional. Assim, na última<br />

inclusive registrando-se<br />

safra, de acordo com dados<br />

transações em cima dos<br />

daquela cooperativa,<br />

próprios caminhões. No<br />

comercializou-se, em média,<br />

período de 1997 a 2001, a<br />

no mercado interno ao preço<br />

de R$380,00/t e para o<br />

comercialização desse<br />

mercado externo a R$1,86/kg.<br />

produto foi reduzida em mais<br />

Nos últimos anos, as<br />

de 50% (Gráfico 7), provaexportações<br />

baianas de inhame<br />

velmente em virtude da<br />

praticamente quadruplicaram,<br />

progressiva inserção da<br />

Fonte: SEAGRI/EBAL - Seção Técnica<br />

saindo do patamar de 48,3 t, em<br />

produção baiana no mercado<br />

1997, para 189 t, em 2001,<br />

internacional.<br />

embora deva se registrar monstra os reflexos positivos da No período de 1997 a 2001,<br />

redução, em 2001, de 26,5%, em organização do segmento produtivo, 90% de todo o inhame comercializado<br />

relação ao ano 2000 (Gráfico 6). O porém evidencia que a Bahia ainda tem na CEASA-BA foram provenientes de<br />

principal destino deste produto é o um longo caminho a percorrer, ante o Cruz das Almas e Maragogipe, o<br />

Primeiro Mundo, notadamente a seu imenso potencial. O volume de restante foi oriundo de outros muni-<br />

França, Países Baixos, Reino Unido e exportações baianas, em 2001, através cípios baianos e estados, basicamente<br />

EUA, gerando negócios da ordem de do Porto de Salvador, segundo dados Pernambuco, Espírito Santo, São<br />

R$ 352 mil. Esse desempenho de- da Delegacia Federal da Agricultura na Paulo e Sergipe (Gráfico 8).<br />

62 Socioeconomia<br />

Bahia Agric., v.5, n.2, nov . 2002


Do ponto de vista da oferta,<br />

percebe-se que os volumes comercializados<br />

na CEASA-BA variam<br />

significativamente ao longo do ano. Há<br />

concentração no segundo semestre,<br />

com maior intensidade entre julho e<br />

outubro, período de pico da safra<br />

baiana. Por extensão, os melhores<br />

preços se verificam entre março a<br />

junho, quando há menor oferta de<br />

inhame no mercado baiano, o que<br />

enseja a internação de produtos de<br />

outros estados (Gráficos 9 e 10).<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Os produtos apresentados neste<br />

artigo compõem um importante<br />

agribusiness, cuja cadeia envolve<br />

cerca de 60 países e realiza negócios<br />

internacionais superiores a US$ 160<br />

milhões. A produção, basicamente,<br />

está sediada no Terceiro Mundo,<br />

principalmente na África, onde os<br />

investimentos em ciência e tecnologia<br />

são parcos devido à baixa concentração<br />

de capital, resultando em<br />

índices insatisfatórios de rendimento<br />

médio e, por conseguinte, insuficiente<br />

remuneração do trabalho dos<br />

agricultores familiares, tipo<br />

predominante no processo produtivo.<br />

O consumo, vai desde o nobre uso<br />

como importantes alimentos, em<br />

virtude das ricas composições, até o<br />

emprego industrial. Os amidos<br />

extraídos têm grande aceitação<br />

comercial, devido à alta qualidade,<br />

sendo ingredientes das indústrias<br />

alimentícia, de cosméticos e<br />

farmacêutica, especialmente na síntese<br />

de cortisona e de hormônios<br />

esteróides. São, ainda, empregados na<br />

Gráfico 9<br />

Variação da oferta de inhame na CEASA-BA, em t, 1997 a 2001<br />

Fonte: SEAGRI/EBAL - Seção Técnica<br />

Fonte: SEAGRI/EBAL - Seção Técnica<br />

Gráfico 10<br />

Variação sazonal de preços de inhame na CEASA-BA,<br />

em R$/kg, 1997 a 2001<br />

amilólise, que consiste na<br />

transformação de amido em açúcares significativo crescimento, os inves- formuladores de políticas públicas para<br />

solúveis por ação de fermentos<br />

timentos na geração de conhecimento e a agricultura nacional ainda não<br />

difusão de tecnologias, que resultam em perceberam os ganhos que podem advir<br />

hidrolíticos ou amilases, gerando,<br />

ganhos em escala, são reduzidos. Os de negócios integrados para frente da<br />

portanto, matéria-prima intermediária<br />

rendimentos médios alcançados nos cadeia produtiva, mediante a<br />

de alto valor agregado. plantios são baixos, ante os potenciais v e r t i c a l i z a ç ã o d a p r o d u ç ã o ,<br />

Embora a produção brasileira intrínsecos dessas plantas, implicando constituindo-se em importante e<br />

dessas tuberosas, especialmente do em tímida inserção comercial brasileira estratégica fonte de geração de emprego<br />

inhame, venha experimentando no contexto internacional. Ademais, os e renda. Enquanto isso, o Brasil<br />

Bahia Agric., v.5, n.2, nov. 2002 Socioeconomia<br />

63<br />

2001<br />

2000<br />

1999<br />

1998<br />

1997


REFERÊNCIAS<br />

continua alargando o caudal dos<br />

exportadores de commodities agrícolas,<br />

ou seja, de oportunidades de<br />

agregação de valores, que, quase<br />

sempre, são gerados no Primeiro<br />

Mundo. Isso de todo não é ruim.<br />

Progressivamente, as exportações<br />

nacionais vêm crescendo, embora ainda<br />

ocupem apenas 3% do volume<br />

internacional de negócios. Em 2001, o<br />

BUENO, Eduardo. A viagem do descobrimento: a<br />

verdadeira história da expedição de Cabral. Rio de<br />

Janeiro: Objetiva, 1998. 140p. (Coleção Terra<br />

Brasilis; 1).<br />

COMPANHIA DE ENTREPOSTOS E<br />

ARMAZÉNS GERAIS DE SÃO PAULO.<br />

<strong>Inhame</strong>. São Paulo: CEAGESP, 2002. 2p.<br />

Brasil exportou quase US$ 2 milhões,<br />

cifra que ajuda a combalida balança<br />

comercial brasileira.<br />

COMPANHIA DE ENTREPOSTOS E<br />

ARMAZÉNS GERAIS DE SÃO PAULO.<br />

Cará. São Paulo: CEAGESP, 2002. 2p.<br />

O Nordeste é o maior produtor<br />

nacional de inhame, cuja safra se dá no<br />

segundo semestre. Nesse período,<br />

CONCEIÇÃO, Antônio José da. Apostilas de<br />

o<br />

botânica sistemática: 1 fascículo; ginospermas<br />

e monocotiledôneas. Cruz das Almas (BA):<br />

UFBA/Escola de Agronomia, 1981.<br />

portanto, há uma maior oferta nas feiras<br />

livres, redes de supermercados e nas<br />

centrais de comercialização, levando à<br />

conseqüente depressão dos preços. A<br />

INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ.<br />

Produção de alimento para consumo doméstico<br />

no Paraná: caracterização e culturas<br />

alternativas. Londrina: IAPAR, 1994. p.105-<br />

118.<br />

análise da variação sazonal da oferta<br />

deste produto indica que o melhor<br />

BULLETIN of statistic. Itália (Roma): FAO,<br />

v.2, 2001.<br />

período para venda, no Nordeste, é<br />

mutatis mutandis no primeiro semestre<br />

(principalmente de março a julho) e, em<br />

MESQUITA, Augusto Sávio. Cooperativismo,<br />

cacauicultura e crise. Cruz das Almas (BA):<br />

UFBA/Escola de Agronomia, 1998.<br />

São Paulo, no final do ano (novembro e<br />

dezembro), quando se alcançam<br />

melhores cotações. No caso do <strong>taro</strong>, os<br />

melhores preços são conseguidos no<br />

verão.<br />

CENTRO INTERNACIONAL DE<br />

NEGÓCIOS DA BAHIA. Estatística<br />

Internacional e Nacional: exportação e<br />

importação de inhame, inhame branco e<br />

castanha d'água chinesa. Salvador: PROMO,<br />

2002.<br />

O conhecimento desse contexto é<br />

fundamental ao planejamento do negócio<br />

agrícola, buscando-se produzir em<br />

época oportuna, onde a remuneração é<br />

maior, mediante o auxílio de técnicas<br />

como a irrigação e expansão da<br />

fronteira de plantio para regiões cujas<br />

ARAÚJO, Jairton Fraga. Instruções técnicas<br />

para o cultivo do cará da costa irrigado.<br />

Juazeiro (BA): EBDA, 1999. 18 p.<br />

BAHIA exporta inhame para França. A Tarde,<br />

Salvador, 18 set. 2000. Supl. A Tarde Rural.<br />

DIAS, Yêda Leite. <strong>Inhame</strong> no Recôncavo:<br />

exportação ou diversificação de consumo.<br />

Muritiba (BA): EBDA, s.d.<br />

condições meteorológicas são propícias<br />

a este desiderato.<br />

EMBRAPA. Cultivo do cará. Teresina:<br />

EMBRAPA Meio Norte, 1988. 19p.<br />

Planejar o calendário agrícola,<br />

gerar e aperfeiçoar tecnologias que<br />

elevem a qualidade e o rendimento<br />

médio dos plantios, como, por exem-<br />

EMPRESA BAIANA DE DESEN-<br />

VOLVIMENTO AGRÍCOLA. Introdução do<br />

cará-da-costa irrigado no Sub-médio São<br />

Francisco. Juazeiro: EBDA, s.d. (folder).<br />

plo, a produção integrada, apoiar a<br />

organização social da produção,<br />

INHAME do Recôncavo é exportado. Correio<br />

da Bahia, Salvador, 25 set. 2000.<br />

adequar mecanismos de política<br />

agrícola à realidade setorial, incentivar<br />

e promover as exportações, são com-<br />

MESQUITA, Augusto Sávio. <strong>Inhame</strong> na Bahia:<br />

a produção no caminho da competitividade.<br />

Revista Bahia Agrícola, Salvador: SEAGRI, v.4,<br />

n. 2, nov. 2001.<br />

ponentes fundamentais de estratégia<br />

que transforme em competitivas as<br />

potencialidades das culturas do inhame<br />

e do <strong>taro</strong> no Brasil.<br />

SANTOS, Elson Soares. <strong>Inhame</strong> (Dioscorea<br />

spp.): aspectos básicos da cultura. João Pessoa:<br />

EMEPA-PB, SEBRAE, 1996. 158p.<br />

Fotos: Acervo SDA/SEAGRI<br />

64 Socioeconomia<br />

Bahia Agric., v.5, n.2, nov. 2002

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