Inhame e taro: Inhame e taro: - Seagri
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O AGRIBUSINESS<br />
INTERNACIONAL<br />
DO INHAME E DO TARO<br />
com <strong>taro</strong> manteve-se estagnada, mas a mundo, apenas cresceu 1,53%. Mas a<br />
de inhame foi elevada em quase 30%. avaliação do comportamento desta<br />
As reduções de inhame e <strong>taro</strong>, nos cultura em cada continente leva à<br />
d e m a i s c o n t i n e n t e s , f o r a m constatação de que a África, provarespectivamente<br />
da seguinte ordem: velmente em função de instabilidade<br />
América Central 7% e 33%; Ásia social e política, reduzida acumulação<br />
6,67% e 13% e Oceania 6% e 4,35%. de capital e, por conseguinte,<br />
A análise concernente ao rendi- d e f a s a g e m t e c n o l ó g i c a , f o i<br />
À semelhança de outros mento médio dessas culturas, responsável por esse fraco<br />
agronegócios internacionais, o circuito<br />
comercial do inhame e do <strong>taro</strong> é<br />
marcado por uma relação dicotômica,<br />
onde, basicamente, do lado da oferta,<br />
posicionam-se países periféricos, em<br />
contraposição à demanda, que,<br />
excluído o auto-consumo, é<br />
estabelecida por nações do Primeiro<br />
Mundo. São praticamente 60 países<br />
envolvidos nas relações de troca,<br />
entretanto, requer maior acuidade no<br />
tratamento dos dados, avaliando-se o<br />
comportamento diferenciado por<br />
espécie vegetal e por espaço geográfico<br />
de produção, evitando-se<br />
dis tor çõe s dec orr ent es de gen e-<br />
ralizações.<br />
Em termos absolutos, o rendimento<br />
médio da cultura do inhame, no<br />
desempenho naquele período, apenas<br />
avançando 1,06%. Nos demais<br />
continentes, os ganhos foram bem<br />
mais expressivos: a Oceania teve<br />
incremento de 5,55%, a América<br />
Central de 11,27%, a Ásia de 12,27%,<br />
a América do Sul de 23,51% e a<br />
Europa, onde somente Portugal tem<br />
área superior a um mil hectares,<br />
movimentando recursos anuais com Tabela 1<br />
exportações e importações, que Área cultivada com inhame e <strong>taro</strong> no mundo, em 1.000 ha<br />
atingem, respectivamente, as médias Período: 1989-91 e 1999 a 2001<br />
de US$ 117,3 milhões e US$ 165,6 Local<br />
1989-91 1999 2000 2001<br />
milhões, entre 1995 e 2000 (Tabelas<br />
1, 2, 3 e 4).<br />
Conforme se depreende, a África<br />
mantém a hegemonia internacional<br />
Mundo<br />
África<br />
América Central<br />
América do Sul<br />
inhame<br />
2.284<br />
2.154<br />
57<br />
41<br />
<strong>taro</strong><br />
900<br />
703<br />
3<br />
1<br />
inhame<br />
3.936<br />
3.793<br />
62<br />
51<br />
<strong>taro</strong><br />
1.446<br />
1.271<br />
2<br />
1<br />
inhame<br />
3.971<br />
3.832<br />
56<br />
54<br />
<strong>taro</strong><br />
1.464<br />
1.289<br />
2<br />
1<br />
inhame<br />
3.968<br />
3.832<br />
53<br />
53<br />
<strong>taro</strong><br />
1.464<br />
1.289<br />
2<br />
1<br />
da produção desses produtos, Ásia 15 147 14 128 14 128 14 128<br />
concentrando cerca de 96% da área<br />
colhida e do volume total produzido<br />
de inhame e 88% da área colhida e<br />
Oceania<br />
Brasil<br />
Fonte: FAO, 2001<br />
17<br />
23<br />
46<br />
-<br />
16<br />
25<br />
44<br />
-<br />
16<br />
25<br />
44<br />
-<br />
16<br />
25<br />
44<br />
-<br />
75,5% da produção de <strong>taro</strong>. Percebe- Tabela 2<br />
se que apenas quatro países do lado Produção de inhame e <strong>taro</strong> no mundo, em 1.000 t<br />
ocidental daquele continente Período: 1989-91 e 1999 a 2001<br />
Local<br />
1989-91 1999<br />
(Nigéria, Costa do Marfim, Gana e<br />
inhame <strong>taro</strong> inhame <strong>taro</strong><br />
Benin), centro de origem das Mundo 21.678 4.833 37.661 8.828<br />
introduções portuguesas de<br />
África 20.490 2.801 36.206 6.647<br />
Dioscorea cayennensis no Brasil, são<br />
2000<br />
inhame <strong>taro</strong><br />
38.094 8.867<br />
36.660 6.690<br />
2001<br />
inhame <strong>taro</strong><br />
38.082 8.868<br />
36.662 6.693<br />
responsáveis por quase 90% de todo o América Central 396 27 467 23 417 23 409 23<br />
inhame e 67% do <strong>taro</strong> produzidos no América do Sul 317 13 496 4 524 4 518 4<br />
mundo.<br />
Verifica-se que, nos últimos<br />
doze anos, esses agronegócios<br />
Ásia<br />
Europa<br />
208<br />
1<br />
1.686<br />
-<br />
225<br />
2<br />
1.875<br />
-<br />
226<br />
2<br />
1.871<br />
-<br />
225<br />
2<br />
1.868<br />
-<br />
internacionais Figura 1 - Laranja vivenciaram 'Navelina' importada expres- Oceania<br />
da Espanha<br />
sivo crescimento da produção física, Brasil<br />
Fonte: FAO, 2001<br />
75% para inhame e 83% para <strong>taro</strong>,<br />
265<br />
213<br />
305<br />
-<br />
265<br />
230<br />
279<br />
-<br />
266<br />
230<br />
280<br />
-<br />
265<br />
230<br />
280<br />
-<br />
reflexo, quase que exclusivamente, Tabela 3<br />
da expansão de área cultivada: Rendimento médio da cultura do inhame e do <strong>taro</strong> no mundo, em kg/ha<br />
73,73% e 62,66%, respectivamente. Período: 1989-91 a 2001<br />
A principal contribuição para esse Local 1989-91 1999 2000 2001<br />
inhame <strong>taro</strong> inhame <strong>taro</strong> inhame <strong>taro</strong> inhame <strong>taro</strong><br />
panorama foi assegurada pela África,<br />
Mundo 9.451 5.365 9.568 6.104 9.593 6.058 9.596 6.059<br />
que aumentou a sua área colhida com África 9.466 3.977 9.546 5.230 9.568 5.191 9.567 5.193<br />
esses vegetais em cerca de 80%. América Central 6.915 9.945 7.512 10.157 7.497 10.192 7.695 10.209<br />
Todavia, esse quadro geral não é América do Sul 7.897 10.889 9.662 5.388 9.775 5.388 9.754 5.388<br />
harmônico, observando-se, nesse Ásia<br />
Europa<br />
período, uma tendência geral de Oceania<br />
decréscimo, com exceção da Brasil<br />
América do Sul, onde a área ocupada Fonte: FAO, 2001<br />
14.314<br />
7.953<br />
15.837<br />
9.143<br />
11.509<br />
-<br />
6.559<br />
-<br />
15.861<br />
16.154<br />
16.819<br />
9.200<br />
14.618<br />
-<br />
6.327<br />
-<br />
15.764<br />
16.154<br />
16.819<br />
9.200<br />
14.628<br />
-<br />
6.334<br />
-<br />
16.071<br />
16.154<br />
16.717<br />
9.200<br />
14.618<br />
-<br />
6.348<br />
-<br />
Bahia Agric., v.5, n.2, nov. 2002 Socioeconomia<br />
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