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Anais (ISBN 978-85-7192-814-5) - Instituto de Ciências Humanas ...

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VI Encontro Regional Sul <strong>de</strong> História Oral: Narrativas, Fronteiras e I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s<br />

uma Enfermaria <strong>de</strong> Cirurgia, que era a 40, cirurgia <strong>de</strong> mulheres, e o Serviço<br />

<strong>de</strong> Radioterapia. Isso foi o Serviço <strong>de</strong> Câncer da Santa Casa. Faltava uma<br />

enfermaria <strong>de</strong> câncer para homens. (Entrevista <strong>de</strong> Oswaldo Wolff Dick,<br />

médico cancerologista da Santa Casa <strong>de</strong> Misericórdia, concedido a Edna<br />

Ribeiro <strong>de</strong> Ávila, em 06 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007).<br />

Prática recorrente na antiga Santa Casa dos anos 1960, 1970 e 1980,<br />

relatada na entrevista do doutor Dick e mostrada na foto a seguir, era o<br />

abandono dos enfermos. Era comum pessoas serem abandonadas para a<br />

“Misericórdia, a “Casa Santa”, dar o tratamento e os cuidados necessários,<br />

que, na maioria das vezes, po<strong>de</strong>ria ser realizado em casa, diminuindo,<br />

consi<strong>de</strong>ravelmente, o ônus do Hospital.<br />

Crianças inválidas abandonadas no Serviço <strong>de</strong> Assistência Infantil, professor Olinto <strong>de</strong><br />

Oliveira, sessão <strong>de</strong> readaptação física e psíquica. Década <strong>de</strong> 1940.<br />

Acervo Centro Histórico-Cultural Santa Casa.<br />

E na época que eu entrei, me lembro que nós tínhamos assistentes sociais<br />

específicas para trabalhar com aqueles casos que já eram crônicos na Casa<br />

[1980]. Nós tínhamos moradores, aqui na Santa Casa, que um dia foram<br />

pacientes, e que por não terem família, não terem como retornar para o<br />

meio, na socieda<strong>de</strong> novamente, ficavam morando aqui. Nós tínhamos uma<br />

gama enorme <strong>de</strong> pessoas moradoras, aqui na Santa Casa. E, nesta época,<br />

lembro que a assistente do Serviço Social era <strong>de</strong>dicada muito para isso: a<br />

recolocação <strong>de</strong>sse paciente no meio familiar, o retorno ao meio social. Se<br />

não se localizasse a família, então aí se buscava um recurso da comunida<strong>de</strong>,<br />

na época, os asilos, os albergues, enfim, tudo que fosse, se esgotava toda a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse paciente sair. Nós tínhamos até um paciente que era<br />

muito conhecido [...]. Ele morava aqui na Enfermaria, nestas Enfermarias do<br />

[Pavilhão] Cristo Re<strong>de</strong>ntor. Ele tinha uma casa ali, tinha um quarto com<br />

gela<strong>de</strong>ira, com tudo. Ele morava ali. (Entrevista <strong>de</strong> Ligia Petrucci Lubbe,<br />

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