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<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
Compilação: Dr. Jorge Luis Rodríguez Pérez
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
A poluição sonora refere-se ao efeito danoso<<strong>br</strong> />
provocado por sons em determinado volume<<strong>br</strong> />
que supera os níveis considerados normais<<strong>br</strong> />
para os seres humanos. A poluição sonora<<strong>br</strong> />
ocorre quando num determinado ambiente o<<strong>br</strong> />
som altera a condição normal de audição.<<strong>br</strong> />
Embora ela não se acumule no meio ambiente,<<strong>br</strong> />
como outros tipos de poluição, causa vários<<strong>br</strong> />
danos ao corpo e à qualidade de vida das<<strong>br</strong> />
pessoas.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
É o efeito provocado pela difusão do som num tom<<strong>br</strong> />
demasiado alto, sendo o mesmo muito acima do tolerável<<strong>br</strong> />
pelos organismo vivos, no meio ambiente. Dependendo da<<strong>br</strong> />
sua intensidade, causa danos irreversíveis nos seres<<strong>br</strong> />
humanos.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong>
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong>
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• A poluição sonora é uma forma de<<strong>br</strong> />
agressão ambiental que é frequentemente<<strong>br</strong> />
negligenciada até níveis muito<<strong>br</strong> />
prejudiciais. R<strong>edu</strong>zindo a nossa qualidade<<strong>br</strong> />
de vida e afectando os ecossistemas, os<<strong>br</strong> />
décibeis em excesso são um inimigo<<strong>br</strong> />
invisível.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• Existem formas de poluição tão distintas<<strong>br</strong> />
como a poluição atmosférica, das águas,<<strong>br</strong> />
dos solos, a poluição genética, luminosa e<<strong>br</strong> />
sonora. Em comum a todas elas, há uma<<strong>br</strong> />
interferência, de origem antropogénica<<strong>br</strong> />
com efeitos negativos no meio e nos seres<<strong>br</strong> />
vivos.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• As primeiras três caracterizam-se pela<<strong>br</strong> />
contaminação dos respectivos meios com<<strong>br</strong> />
substâncias prejudiciais à vida. São por<<strong>br</strong> />
isso quantificáveis na razão da quantidade<<strong>br</strong> />
dessas substâncias presentes no meio.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• A poluição genética, decorre por exemplo<<strong>br</strong> />
do cruzamento de espécies domesticadas<<strong>br</strong> />
com espécies selvagens que lhe são<<strong>br</strong> />
próximas (é o caso da hi<strong>br</strong>idação do gato<strong>br</strong>avo<<strong>br</strong> />
com o gato doméstico). Neste<<strong>br</strong> />
processo pode perder-se um património<<strong>br</strong> />
genético irrecuperável. Também aqui é<<strong>br</strong> />
actualmente possível quantificar o grau de<<strong>br</strong> />
contaminação.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
A poluição sonora, tal como a luminosa e ao<<strong>br</strong> />
contrário das anteriores, não deixa resíduos,<<strong>br</strong> />
existindo apenas no momento em que está<<strong>br</strong> />
a ser produzida. Por este facto, são formas<<strong>br</strong> />
de poluição tendencialmente consideradas<<strong>br</strong> />
menos perigosas. No entanto, sabe-se que<<strong>br</strong> />
a exposição repetida a estas formas de<<strong>br</strong> />
agressão pode produzir efeitos crónicos e<<strong>br</strong> />
irreversíveis.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• Os efeitos da poluição sonora são de<<strong>br</strong> />
resto ainda pouco estudados, porque é<<strong>br</strong> />
difícil estudar uma forma de agressão que<<strong>br</strong> />
só se manifesta como resultado de uma<<strong>br</strong> />
exposição prolongada e que por isso sofre<<strong>br</strong> />
a interferência de um elevado número de<<strong>br</strong> />
variáveis difíceis ou impossíveis de<<strong>br</strong> />
controlar.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
Diferentemente de outros tipos de poluição,<<strong>br</strong> />
a poluição sonora não deixa resíduo,<<strong>br</strong> />
possui um menor raio de ação, não é<<strong>br</strong> />
transportada através de fontes naturais e<<strong>br</strong> />
é percebida somente por um sentido: a<<strong>br</strong> />
audição. Tudo isso faz com que muitos<<strong>br</strong> />
subestimem seus efeitos, ainda que ela<<strong>br</strong> />
possa trazer graves danos à saúde<<strong>br</strong> />
humana e de outros animais.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
O som é definido como a compressão<<strong>br</strong> />
mecânica ou onda mecânica que se<<strong>br</strong> />
propaga de forma circuncêntrica em<<strong>br</strong> />
meios que tenham massa e elasticidade<<strong>br</strong> />
sejam eles sólidos, líquidos ou gasosos. Sons<<strong>br</strong> />
de qualquer natureza podem se tornar<<strong>br</strong> />
prejudiciais à saúde ou mesmo<<strong>br</strong> />
insuportáveis quando emitidos em grande<<strong>br</strong> />
volume e, nesses casos, diz-se que<<strong>br</strong> />
determinado som possui nível elevado de<<strong>br</strong> />
pressão sonora, ou elevada intensidade.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
O ruído é o que mais colabora para a<<strong>br</strong> />
existência da poluição sonora. Ele é<<strong>br</strong> />
provocado pelo som excessivo das<<strong>br</strong> />
indústrias, canteiros de o<strong>br</strong>as, meios de<<strong>br</strong> />
transporte, áreas de recreação, etc. Estes<<strong>br</strong> />
ruídos provocam efeitos negativos para o<<strong>br</strong> />
sistema auditivo das pessoas, além de<<strong>br</strong> />
provocar alterações comportamentais e<<strong>br</strong> />
orgânicas.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
O ruído, por sua vez, pode ser<<strong>br</strong> />
utilizado em vários contextos. É algo<<strong>br</strong> />
inoportuno, indesejável, que pode<<strong>br</strong> />
prejudicar a percepção de um sinal<<strong>br</strong> />
ou gerar desconforto. Trata-se de um<<strong>br</strong> />
atributo qualitativo, não<<strong>br</strong> />
quantitativo. Quantitativamente<<strong>br</strong> />
mede-se, no caso de um determinado<<strong>br</strong> />
som, o seu nível de pressão sonora.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
Pelo contrário, o som pode definir-se<<strong>br</strong> />
objectivamente como ondas de pressão que se<<strong>br</strong> />
propagam através de um gás, como o ar, de um<<strong>br</strong> />
liquido, como a água, ou até de um sólido. De uma<<strong>br</strong> />
forma geral, o ouvido humano consegue detectar<<strong>br</strong> />
sons entre os 20 e os 20 000Hz. O Hertz é a<<strong>br</strong> />
unidade de frequência, que corresponde a um<<strong>br</strong> />
ciclo por segundo. Convencionou-se chamar aos<<strong>br</strong> />
sons abaixo da capacidade de detecção pelos<<strong>br</strong> />
humanos infra-sons e aos acima desse limiar<<strong>br</strong> />
ultra-sons.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• Fala-se de ruído na comunicação quando<<strong>br</strong> />
existe qualquer factor externo à fonte<<strong>br</strong> />
emissora e receptora que prejudique a<<strong>br</strong> />
compreensão de uma mensagem.<<strong>br</strong> />
Quando se faz referência a um factor<<strong>br</strong> />
interferente sonoro, o termo barulho é<<strong>br</strong> />
mais adequado.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• A OMS (Organização Mundial de Saúde)<<strong>br</strong> />
considera que um som deve ficar em até<<strong>br</strong> />
50 db (decibéis – unidade de medida do<<strong>br</strong> />
som) para não causar prejuízos ao ser<<strong>br</strong> />
humano. A partir de 50 db, os efeitos<<strong>br</strong> />
negativos começam. Alguns problemas<<strong>br</strong> />
podem ocorrer a curto prazo, outros levam<<strong>br</strong> />
anos para serem notados.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
O ponto de ataque da poluição sonora não é o<<strong>br</strong> />
aparelho auditivo, mas sim o sistema endócrino,<<strong>br</strong> />
especialmente as glândulas que produzem o<<strong>br</strong> />
cortisol e outros corticosteroides. Desta maneira,<<strong>br</strong> />
níveis de ruído a partir de 45 dB podem ser<<strong>br</strong> />
nocivos à saúde humana, quando a diferença de<<strong>br</strong> />
medição for maior que 3 dB do nível de ruído de<<strong>br</strong> />
fundo. Já a partir de 55 dB pode-se considerar<<strong>br</strong> />
uma fonte sonora como incomodo.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• É importante ressaltar que qualquer ruído que exceda os 55 dB é<<strong>br</strong> />
considerado pelo nosso organismo como sendo uma agressão, da<<strong>br</strong> />
qual ele se defende liberando boas doses de cortisol e adrenalina,<<strong>br</strong> />
hormônios do estresse. Esses hormônios em nosso organismo<<strong>br</strong> />
atingem vários órgãos, desencadeando algumas consequências<<strong>br</strong> />
como:<<strong>br</strong> />
• • Órgãos genitais: passam a receber menos sangue, ficando o<<strong>br</strong> />
homem com dificuldade de ereção e a mulher com pouco desejo<<strong>br</strong> />
sexual;<<strong>br</strong> />
• • Cére<strong>br</strong>o: com a ação dos hormônios do estresse, a concentração<<strong>br</strong> />
e a memória ficam prejudicadas, além de provocarem uma<<strong>br</strong> />
sensação de exaustão. Em algumas pessoas, a pressão<<strong>br</strong> />
intracraniana pode aumentar gerando dor de cabeça;
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• • Músculos: por estarem em estado de alerta, eles ficam<<strong>br</strong> />
tensionados, liberando na corrente sanguínea várias<<strong>br</strong> />
substâncias inflamatórias;<<strong>br</strong> />
• • Pulmões: a respiração fica acelerada, aumentando a<<strong>br</strong> />
sensação de cansaço;<<strong>br</strong> />
• • Coração: começa a bater aceleradamente, fazendo<<strong>br</strong> />
com que a pressão arterial suba, aumentando as<<strong>br</strong> />
chances de infarto e derrame;<<strong>br</strong> />
• • Sistema digestivo: o estômago passa a produzir mais<<strong>br</strong> />
suco gástrico do que realmente necessita, podendo<<strong>br</strong> />
levar à gastrite e úlcera. Já o intestino praticamente para<<strong>br</strong> />
de funcionar, provocando a prisão de ventre.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
Se este nível de ruído permanecer por um período<<strong>br</strong> />
de tempo longo, a produção pessoal pode cair e a<<strong>br</strong> />
sensação de mal-estar de quem está submetido a<<strong>br</strong> />
esta fonte sonora pode aumentar enormemente.<<strong>br</strong> />
Emissões sonoras entre 60 a 75 dB produzem<<strong>br</strong> />
stress físico. Este tipo de poluição sonora pode<<strong>br</strong> />
determinar uma hipertonia arterial (aumento da<<strong>br</strong> />
pressão sanguínea) e provocar doenças<<strong>br</strong> />
circulatórias, como o enfarte do miocárdio (ataque<<strong>br</strong> />
do coração) e até mesmo serem a causa de<<strong>br</strong> />
úlceras estomacais.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• Exemplo de alguns sons considerados<<strong>br</strong> />
como ruídos simples do nosso dia-a-dia e<<strong>br</strong> />
seu nível sonoro em decibéis (dB). A partir<<strong>br</strong> />
do nível de pressão sonora de 85 dB são<<strong>br</strong> />
potencialmente danosos aos ouvidos, se o<<strong>br</strong> />
contacto com esses sons, sejam eles<<strong>br</strong> />
ruidosos ou não, durar mais de 480<<strong>br</strong> />
minutos (8 horas):
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
1. o ruído de uma sala de estar chega a 40dB;<<strong>br</strong> />
2. um grupo de amigos conversando em tom normal chega a 55dB;<<strong>br</strong> />
3. o ruído de um escritório chega a quase 64dB;<<strong>br</strong> />
4. um caminhão pesado em circulação chega a 74dB;<<strong>br</strong> />
5. em creches foram encontrados níveis de ruído superiores a 75dB;<<strong>br</strong> />
6. o tráfego de uma avenida de grande movimento pode chegar aos<<strong>br</strong> />
85dB;<<strong>br</strong> />
7. trios eléctricos num carnaval fora de época tem em média de 110<<strong>br</strong> />
dB;<<strong>br</strong> />
8. o tráfego de uma avenida com grande movimento em o<strong>br</strong>as com<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>itadeiras até 120dB;<<strong>br</strong> />
9. bombas recreativas podem proporcionar até 140dB;<<strong>br</strong> />
10. discoteca a intensidade sonora chega até 130dB.<<strong>br</strong> />
11. um estádio cheio de vuvuzelas pode chegar até 140dB.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
12. - torneira gotejando (20 db)<<strong>br</strong> />
13. - música baixa (40 db)<<strong>br</strong> />
14. - conversa tranquila (40-50 db)<<strong>br</strong> />
15. - restaurante com movimento (70 db)<<strong>br</strong> />
16. - secador de cabelo (90 db)<<strong>br</strong> />
17. - buzina de automóvel (110 db)<<strong>br</strong> />
18. - turbina de avião (130 db)<<strong>br</strong> />
19. - show musical, próximo as caixas de som (acima de 130 db)<<strong>br</strong> />
20. - tiro de arma de fogo próximo (140 db)
Hospitais<<strong>br</strong> />
- Apartamentos, Enfermarias,<<strong>br</strong> />
Berçários, Centros cirúrgicos<<strong>br</strong> />
LOCAIS dB<<strong>br</strong> />
- Laboratórios, Áreas para uso do<<strong>br</strong> />
público<<strong>br</strong> />
- Serviços<<strong>br</strong> />
Escolas<<strong>br</strong> />
- Bibliotecas, Salas de música, Salas<<strong>br</strong> />
de desenho<<strong>br</strong> />
- Salas de aula, Laboratórios<<strong>br</strong> />
- Circulação<<strong>br</strong> />
Hotéis<<strong>br</strong> />
- Apartamentos<<strong>br</strong> />
- Restaurantes, Salas de Estar<<strong>br</strong> />
- Portaria, Recepção, Circulação<<strong>br</strong> />
35 - 45<<strong>br</strong> />
40 - 50<<strong>br</strong> />
45 - 55<<strong>br</strong> />
35 - 45<<strong>br</strong> />
40 - 50<<strong>br</strong> />
45 - 55<<strong>br</strong> />
35 - 45<<strong>br</strong> />
40 - 50<<strong>br</strong> />
45 - 55
Residências<<strong>br</strong> />
- Dormitórios<<strong>br</strong> />
- Salas de estar<<strong>br</strong> />
Escritórios<<strong>br</strong> />
- Salas de reunião<<strong>br</strong> />
- Salas de gerência, Salas de<<strong>br</strong> />
projetos e de administração<<strong>br</strong> />
- Salas de computadores<<strong>br</strong> />
- Salas de mecanografia<<strong>br</strong> />
Igrejas e Templos (Cultos<<strong>br</strong> />
meditativos)<<strong>br</strong> />
35 – 45<<strong>br</strong> />
40 - 50<<strong>br</strong> />
30 - 40<<strong>br</strong> />
35 - 45<<strong>br</strong> />
45 - 65<<strong>br</strong> />
50 - 60<<strong>br</strong> />
40 - 50
• A poluição é hoje em dia um dos problemas mais<<strong>br</strong> />
preocupantes que se vive no planeta Terra.<<strong>br</strong> />
• Ouvimos falar de uma série de poluições, entre elas<<strong>br</strong> />
principalmente a poluição dos solos, da água, do ar.<<strong>br</strong> />
• Porém existem outras formas de poluição, que<<strong>br</strong> />
embora não sejam tão destacadas quanto as citadas<<strong>br</strong> />
anteriormente, não deixam de ser menos<<strong>br</strong> />
prejudiciais.<<strong>br</strong> />
• Nesta categoria temos a poluição sonora e a visual.
• A poluição está diretamente relacionada com os<<strong>br</strong> />
processos de industrialização e a consequente<<strong>br</strong> />
urbanização dos ambientes.<<strong>br</strong> />
• Poluição é, portanto, uma agressão à natureza, ao<<strong>br</strong> />
meio ambiente e ao homem que nele vive.<<strong>br</strong> />
• O homem tem transformado profundamente a<<strong>br</strong> />
natureza, não se dando conta de que a sua saúde e<<strong>br</strong> />
bem-estar estão diretamente relacionados com a<<strong>br</strong> />
qualidade do meio ambiente em que vive.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• A poluição sonora, como o nome sugere, é o tipo de<<strong>br</strong> />
poluição provocada pelo som.<<strong>br</strong> />
• É originada pela produção de sons com elevada<<strong>br</strong> />
intensidade, sendo que geralmente estes sons<<strong>br</strong> />
podem se tornar insuportáveis, passando a ser<<strong>br</strong> />
considerados como ruído perturbador.<<strong>br</strong> />
• A poluição sonora, embora não se acumule no meio<<strong>br</strong> />
ambiente como as demais, causa vários danos ao<<strong>br</strong> />
corpo e a qualidade de vida da população.
• Ela acontece quando em um determinado ambiente<<strong>br</strong> />
o som altera a condição normal de audição.<<strong>br</strong> />
• O ruído é o que mais colabora para a existência da<<strong>br</strong> />
poluição sonora.<<strong>br</strong> />
• Ele é provocado pelo som excessivo das indústrias,<<strong>br</strong> />
canteiros de o<strong>br</strong>as, meios de transporte, áreas de<<strong>br</strong> />
recreação, entre outros, e estes ruídos provocam<<strong>br</strong> />
efeitos negativos para o sistema auditivo das<<strong>br</strong> />
pessoas.
Mas, onde se gera a poluição sonora?<<strong>br</strong> />
• Principalmente na sociedade desenvolvida em que<<strong>br</strong> />
vivemos, na qual a indústria e o comércio estão em<<strong>br</strong> />
constante evolução.
• As principais diferenças entre a poluição sonora e a<<strong>br</strong> />
poluição do ar e da água são as seguintes:<<strong>br</strong> />
• O ruído é sempre produzido em todo lugar e<<strong>br</strong> />
portanto não é fácil controlá-lo;<<strong>br</strong> />
• Embora o ruído produza efeitos que acumulam<<strong>br</strong> />
no organismo, do mesmo modo que outras<<strong>br</strong> />
modalidades de poluição, diferencia-se por não<<strong>br</strong> />
deixar resíduo no ambiente;
• O ruído, diferente do ar e da água, é apenas<<strong>br</strong> />
percebido nas proximidades da fonte;<<strong>br</strong> />
• Não há interesse maior pelo ruído nem motivação<<strong>br</strong> />
para combatê-lo. O povo é mais capaz de reclamar<<strong>br</strong> />
e exigir ação política acerca da poluição do ar e da<<strong>br</strong> />
água do que a respeito do ruído;<<strong>br</strong> />
• O ruído, ao que parece, não tem mais efeitos<<strong>br</strong> />
gerais, como acontece com certas formas de<<strong>br</strong> />
poluição do ar e da água, a exemplo da poluição<<strong>br</strong> />
radioativa.
• A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera<<strong>br</strong> />
que um som deve ficar em até 50 db (decibéis) para<<strong>br</strong> />
não causar prejuízos ao ser humano.<<strong>br</strong> />
• Alguns problemas podem ocorrer em curto prazo,<<strong>br</strong> />
outros levam anos para serem notados.<<strong>br</strong> />
• De acordo com um estudo, divulgado em agosto de<<strong>br</strong> />
2007, a exposição a níveis sonoros superiores a este<<strong>br</strong> />
limite é a causa de cerca de 210 mil mortes por<<strong>br</strong> />
ano, provocadas por ataques cardíacos.
• Os principais efeitos negativos da poluição sonora na<<strong>br</strong> />
saúde dos seres humanos são:<<strong>br</strong> />
• Insônia;<<strong>br</strong> />
• Estresse;<<strong>br</strong> />
• Depressão;<<strong>br</strong> />
• Perda de audição;<<strong>br</strong> />
• Agressividade;<<strong>br</strong> />
• Perda de atenção e<<strong>br</strong> />
concentração;<<strong>br</strong> />
• Perda de memória;<<strong>br</strong> />
• Dores de Cabeça;<<strong>br</strong> />
• Aumento da pressão<<strong>br</strong> />
arterial;<<strong>br</strong> />
• Cansaço;<<strong>br</strong> />
• Gastrite e úlcera;<<strong>br</strong> />
• Queda de rendimento<<strong>br</strong> />
escolar e no trabalho;<<strong>br</strong> />
• Surdez (em casos de<<strong>br</strong> />
exposição à níveis<<strong>br</strong> />
altíssimos de ruído).
• Em sistemas específicos do corpo humano a<<strong>br</strong> />
poluição sonora provoca:<<strong>br</strong> />
Órgãos genitais: passam a receber menos sangue. O<<strong>br</strong> />
homem fica com dificuldade de ereção e a mulher<<strong>br</strong> />
pode perder o desejo sexual.<<strong>br</strong> />
Cére<strong>br</strong>o: a pressão intracraniana sobe e a cabeça dói.<<strong>br</strong> />
A concentração e a memória ficam prejudicadas pela<<strong>br</strong> />
ação dos hormônios do estresse, que ainda levam a<<strong>br</strong> />
uma sensação de exaustão, gerando agressividade.
Músculos: eles se contraem ao máximo e começam a<<strong>br</strong> />
liberar na corrente sanguínea uma série de substâncias<<strong>br</strong> />
inflamatórias.<<strong>br</strong> />
Pulmões: a respiração se acelera e esses órgãos passam<<strong>br</strong> />
a funcionar a toda velocidade. Com o tempo, a<<strong>br</strong> />
sensação de cansaço é inevitável.<<strong>br</strong> />
Coração: ele começa a bater rapidamente e de maneira<<strong>br</strong> />
descompassada. Os vasos sanguíneos se contraem e a<<strong>br</strong> />
pressão arterial sobe. O risco de infarto e derrame<<strong>br</strong> />
cresce.
DIAS, em 1987, desenvolveu uma pesquisa so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />
qualidade ambiental nos locais de trabalho no centro de<<strong>br</strong> />
Brasília. Ele mediu a intensidade dos ruídos no interior de<<strong>br</strong> />
um banco. Durante o dia, nos momentos de grande<<strong>br</strong> />
movimento, chegou-se a acusar 82 decibéis. Pela noite,<<strong>br</strong> />
quando o banco estava vazio, a r<strong>edu</strong>ção dos níveis de ruído<<strong>br</strong> />
foi de apenas 5 dB, mesmo com a diminuição do trafego de<<strong>br</strong> />
veiculos em frente ao banco. A grande diferença veio<<strong>br</strong> />
quando o sistema de ar condicionado, e os valores caíram<<strong>br</strong> />
para 52 dB. As pessoas que ali estavam durante todo o dia<<strong>br</strong> />
foram submetidas a ruídos de fundo elevadíssimos e nem<<strong>br</strong> />
perceberam. Os seus tímpanos sofreram grande pressão,<<strong>br</strong> />
que por ser contínua, tornou-se imperceptível.
• Alguns programas foram desenvolvidos a partir da<<strong>br</strong> />
necessidade de estabelecer normas, métodos e<<strong>br</strong> />
ações para controlar o ruído excessivo que interfere<<strong>br</strong> />
na saúde e bem estar da população.<<strong>br</strong> />
• Um deles é o PROGRAMA SILÊNCIO, que é de<<strong>br</strong> />
responsabilidade ao IBAMA.
1. EFEITOS DO RUÍDO<<strong>br</strong> />
Efeitos negativos da poluição sonora na saúde dos<<strong>br</strong> />
seres humanos:<<strong>br</strong> />
· Insônia (dificuldade de dormir);<<strong>br</strong> />
· Estresse<<strong>br</strong> />
· Depressão<<strong>br</strong> />
· Perda de audição<<strong>br</strong> />
· Agressividade<<strong>br</strong> />
· Perda de atenção e concentração<<strong>br</strong> />
· Perda de memória<<strong>br</strong> />
· Dores de Cabeça<<strong>br</strong> />
· Aumento da pressão arterial<<strong>br</strong> />
· Cansaço<<strong>br</strong> />
· Gastrite e úlcera<<strong>br</strong> />
· Queda de rendimento escolar e no trabalho<<strong>br</strong> />
· Surdez (em casos de exposição à níveis altíssimos de ruído)
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
EFEITOS NA SAÚDE:<<strong>br</strong> />
a) Reações generalizadas ao stress<<strong>br</strong> />
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que o<<strong>br</strong> />
início do estresse auditivo se da sob exposições a 55 dB.<<strong>br</strong> />
b) Reações físicas<<strong>br</strong> />
Os ruídos aumentam a pressão sanguínea, o ritmo<<strong>br</strong> />
cardíaco e as contrações musculares. São capazes de<<strong>br</strong> />
interromper a digestão, as contrações do estômago, o<<strong>br</strong> />
fluxo da saliva e dos sucos gástricos. Provocam maior<<strong>br</strong> />
produção de adrenalina e outros hormônios, aumentando,<<strong>br</strong> />
no sangue, o fluxo de ácidos graxos e glicose.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
No que se refere ao ruído intenso e<<strong>br</strong> />
prolongado ao qual o indivíduo<<strong>br</strong> />
habitualmente se expõe, resultam<<strong>br</strong> />
mudanças fisiológicas mais duradouras até<<strong>br</strong> />
mesmo permanentes, incluindo desordens<<strong>br</strong> />
cardiovasculares, de ouvido-nariz-garganta<<strong>br</strong> />
e, em menor grau, alterações sensíveis na<<strong>br</strong> />
secreção de hormônios, nas funções<<strong>br</strong> />
gástricas, físicas e cere<strong>br</strong>ais.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
Em casos de estresse crônico (permanente) nos<<strong>br</strong> />
trabalhadores, tem sido constatado efeitos<<strong>br</strong> />
psicológicos, distúrbios neurovegetativos, náuseas,<<strong>br</strong> />
cefaleias, irritabilidade, instabilidade emocional,<<strong>br</strong> />
r<strong>edu</strong>ção da libido, ansiedade, nervosismo,<<strong>br</strong> />
hipertensão, perda de apetite, sonolência, insônia,<<strong>br</strong> />
aumento de prevalência da ulcera, distúrbios vitais,<<strong>br</strong> />
consumo de tranquilizantes, perturbações<<strong>br</strong> />
labirínticas, fadiga, r<strong>edu</strong>ção de produtividade,<<strong>br</strong> />
aumentos dos números de acidentes, de consultas<<strong>br</strong> />
médicas e do absenteísmo.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
c) Alterações mentais e emocionais<<strong>br</strong> />
As reações na esfera psíquica dependem<<strong>br</strong> />
das características do agente, do meio, e<<strong>br</strong> />
das condições emocionais do hospedeiro,<<strong>br</strong> />
no momento da exposição. As reações<<strong>br</strong> />
podem manifestar-se através de<<strong>br</strong> />
irritabilidade, ansiedade, excitabilidade,<<strong>br</strong> />
desconforto, medo, tensão e insônia.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• Recomendações importantes:<<strong>br</strong> />
• Para evitar os efeitos nocivos da poluição<<strong>br</strong> />
sonora é importante: evitar locais com muito<<strong>br</strong> />
barulho, escutar música num volume de baixo<<strong>br</strong> />
para médio, não ficar sem protetor auricular em<<strong>br</strong> />
locais de trabalho com muito ruído, não gritar<<strong>br</strong> />
em locais fechados, evitar locais com<<strong>br</strong> />
aglomeração de pessoas conversando, ficar<<strong>br</strong> />
longe das caixas acústicas nos shows e fechar<<strong>br</strong> />
as janelas do veículo em locais de trânsito<<strong>br</strong> />
barulhento.
É pessoal estão ai algumas dicas para cuidarmos melhor da nossa saúde e<<strong>br</strong> />
não podemos esquecer que isso inclui também respeito ao nosso próximo, não<<strong>br</strong> />
colocando nosso som em volume alto que incomode as outras pessoas.<<strong>br</strong> />
•<<strong>br</strong> />
•<<strong>br</strong> />
•<<strong>br</strong> />
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• Respeitando nosso próximo, mostra que temos acima de tudo<<strong>br</strong> />
EDUCAÇÃO. Vamos lutar para sermos TODOS CONTRA <strong>POLUIÇÃO</strong><<strong>br</strong> />
<strong>SONORA</strong>.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
EFEITOS DOS RUIDOS NAS PLANTAS E ANIMAIS:<<strong>br</strong> />
Segundo os zoólogos, as maiores dificuldades de<<strong>br</strong> />
adaptação dos animais ao cativeiro, decorrem<<strong>br</strong> />
principalmente do barulho artificial das grandes<<strong>br</strong> />
cidades. Por outro lado, comprova-se que nos<<strong>br</strong> />
locais de muito ruído é mais acentuada a<<strong>br</strong> />
presença de ratos e baratas, agentes potenciais<<strong>br</strong> />
de transmissão de doenças. As vi<strong>br</strong>ações sonoras<<strong>br</strong> />
produzidas por motores de avião provocam a<<strong>br</strong> />
mudança de postura das aves e diminuição de sua<<strong>br</strong> />
produtividade.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
As consequências do ruído nos animais<<strong>br</strong> />
silvestres são em muito semelhantes às sofridas<<strong>br</strong> />
pelos humanos, e ainda piores em alguns casos.<<strong>br</strong> />
Muitos animais dependem directamente da<<strong>br</strong> />
audição para comunicar e para caçar, ou para<<strong>br</strong> />
evitar ser caçados. A diminuição destas<<strong>br</strong> />
capacidades acaba frequentemente por se fazer<<strong>br</strong> />
sentir ao nível da produtividade e de um elevado<<strong>br</strong> />
número de parâmetros fisiológicos.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
Os animais silvestres evitam zonas de grande<<strong>br</strong> />
poluição sonora como as grandes metrópoles.<<strong>br</strong> />
Certamente que o ruído não é a única razão<<strong>br</strong> />
por que o fazem, mas é natural que tenha um<<strong>br</strong> />
peso considerável, com efeito sabe-se que os<<strong>br</strong> />
animais silvestres evitam o ruído por si só,<<strong>br</strong> />
vendendo-se inclusivamente no mercado<<strong>br</strong> />
máquinas para o produzir com a finalidade de<<strong>br</strong> />
espantar aves dos campos agrícolas.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• Em todo o caso, quando da utilização<<strong>br</strong> />
repetida destes mecanismos, como<<strong>br</strong> />
sucede por exemplo em alguns<<strong>br</strong> />
aeroportos, as aves acabam por se<<strong>br</strong> />
habituar e passam a ignorar o ruído.<<strong>br</strong> />
Mesmo assim, obviamente que pelo<<strong>br</strong> />
simples facto de os animais se habituarem<<strong>br</strong> />
ao ruído não podemos concluir que este<<strong>br</strong> />
não lhes é prejudicial.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• Actualmente a poluição sonora não se<<strong>br</strong> />
restringe sequer às zonas habitadas,<<strong>br</strong> />
chega efectivamente a quase todo o lado.<<strong>br</strong> />
Desde as imensidões geladas dos pólos,<<strong>br</strong> />
até às selvas mais remotas, as<<strong>br</strong> />
actividades humanas e consequentes<<strong>br</strong> />
ruídos fazem-se sentir, nem que seja<<strong>br</strong> />
através do número crescente de aviões<<strong>br</strong> />
que cruzam os céus.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• Ao nível dos oceanos, o problema parece<<strong>br</strong> />
ser ainda mais grave. Por um lado, e pelo<<strong>br</strong> />
facto dos mares e oceanos não serem<<strong>br</strong> />
habitados por humanos, não se investe<<strong>br</strong> />
quase nada na r<strong>edu</strong>ção do ruído<<strong>br</strong> />
produzido nesse meio. Por outro lado, a<<strong>br</strong> />
propagação do som na água faz-se não<<strong>br</strong> />
só mais rapidamente, como até maior<<strong>br</strong> />
distância do que no ar.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
Os oceanos albergam ainda animais, com<<strong>br</strong> />
características particulares associadas ao som,<<strong>br</strong> />
como os cetáceos (baleias, golfinhos) que estão<<strong>br</strong> />
dotados de sonar, e que dependem deste sistema<<strong>br</strong> />
de eco-localização para se alimentar e se orientar.<<strong>br</strong> />
Pensa-se que interferências neste apurado<<strong>br</strong> />
sentido possam estar na origem da colisão de<<strong>br</strong> />
cetáceos com redes de pesca, ou dos cada vez<<strong>br</strong> />
mais frequentes erros de navegação que os levam<<strong>br</strong> />
a encalhar em praias e baixios.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong>
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
Pesquisadores dos EUA, estudando os efeitos do<<strong>br</strong> />
ruído so<strong>br</strong>e as plantas, fizeram uma experiência<<strong>br</strong> />
com as do gênero Coleus, possuidoras de<<strong>br</strong> />
grandes folhas coloridas e flores azuis. Doze<<strong>br</strong> />
dessas plantas, submetidas continuamente ao<<strong>br</strong> />
ruído de 100 dB, após seis dias apresentaram a<<strong>br</strong> />
r<strong>edu</strong>ção de 47% em seu crescimento por causa,<<strong>br</strong> />
segundo os cientistas, da estridência persistente,<<strong>br</strong> />
que as fez perder grande quantidade de água<<strong>br</strong> />
através das folhas.
2. NATUREZA JURÍDICA DO<<strong>br</strong> />
• Agente poluente<<strong>br</strong> />
RUÍDO<<strong>br</strong> />
► Os decibéis (dB) são a unidade de medida da<<strong>br</strong> />
pressão acústica.<<strong>br</strong> />
- Res. CONAMA 001/90 – NBR 10.152 (ABNT)<<strong>br</strong> />
A unidade de medida da intensidade do som é o Decibel<<strong>br</strong> />
(dB). Esta é uma escala logarítmica, em que se considera<<strong>br</strong> />
a unidade (1 dB) como o valor correspondente ao som<<strong>br</strong> />
mais baixo que o ouvido humano consegue detectar. Por<<strong>br</strong> />
esse facto, 10 dB correspondem a um som 10 vezes mais<<strong>br</strong> />
intenso que 1 dB, 20 dB 100 vezes mais intenso, 30 dB<<strong>br</strong> />
1000 vezes e assim sucessivamente.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong>
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• Assim, o som produzido por uma aragem<<strong>br</strong> />
nas folhas de uma árvore poderá rondar<<strong>br</strong> />
os 10 dB; já o trafego em hora de ponta<<strong>br</strong> />
poderá atingir os 90 dB e igual valor o<<strong>br</strong> />
estrondo das cataratas de Niagara. Um<<strong>br</strong> />
martelo pneumático atinge os 100 dB e<<strong>br</strong> />
um avião a baixa altitude após a<<strong>br</strong> />
descolagem os 130 dB.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
Se atendermos a estes valores, e sabendo<<strong>br</strong> />
que o ouvido pode sofrer lesões a partir dos<<strong>br</strong> />
85 dB, verificamos que qualquer habitante<<strong>br</strong> />
de uma grande metrópole está diariamente<<strong>br</strong> />
exposto a agressões múltiplas de<<strong>br</strong> />
consequências provavelmente irreversíveis.<<strong>br</strong> />
O efeito maligno do ruído não decorre<<strong>br</strong> />
apenas da sua intensidade, mas também da<<strong>br</strong> />
sua duração.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
Portanto, um trabalhador sujeito a um ruído de 75<<strong>br</strong> />
dB é aconselhado, mesmo usando protecções, a<<strong>br</strong> />
não ultrapassar as 8 horas de exposição diárias.<<strong>br</strong> />
Atendendo à natureza da escala, se o ruído for de<<strong>br</strong> />
78 dB o número de horas deve ser r<strong>edu</strong>zido para<<strong>br</strong> />
metade. No limite, verifica-se que apenas quatro<<strong>br</strong> />
minutos de exposição a um som de 110 dB, um<<strong>br</strong> />
valor frequente em discotecas, pode causar danos<<strong>br</strong> />
definitivos na audição.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
Infelizmente, nos humanos as<<strong>br</strong> />
consequências da poluição<<strong>br</strong> />
sonora não se ficam pela<<strong>br</strong> />
perca de audição.<<strong>br</strong> />
Ironicamente, enquanto não se<<strong>br</strong> />
perde, parte ou a totalidade<<strong>br</strong> />
desta, pode-se ficar sujeito a<<strong>br</strong> />
um role interminável de<<strong>br</strong> />
consequências ainda mais<<strong>br</strong> />
graves.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
A poluição sonora contribui para o agravamento<<strong>br</strong> />
da hipertensão, da taquicárdia e arritmia, e<<strong>br</strong> />
também para desequilí<strong>br</strong>ios dos níveis de<<strong>br</strong> />
colesterol e hormonais. É também um factor de<<strong>br</strong> />
stress, e por isso pode ser responsável por<<strong>br</strong> />
distúrbios do sono, dificuldade de concentração,<<strong>br</strong> />
perda de memória, outras perturbações psíquicas<<strong>br</strong> />
e até tendências suicidas.
3. <strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
3.1. Contravenção penal – Decreto-lei 3688/41 (LCP)<<strong>br</strong> />
Art. 42. Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheios:<<strong>br</strong> />
I – com gritaria ou algazarra;<<strong>br</strong> />
II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em<<strong>br</strong> />
desacordo com as prescrições legais;<<strong>br</strong> />
III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais<<strong>br</strong> />
acústicos;<<strong>br</strong> />
IV – provocando ou não procurando impedir barulho<<strong>br</strong> />
produzido por animal de que tem a guarda:<<strong>br</strong> />
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou<<strong>br</strong> />
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
3.2. Crime Ambiental – Lei 9.605/98<<strong>br</strong> />
Art. 59 (vetado): “Produzir sons, ruídos ou<<strong>br</strong> />
vi<strong>br</strong>ações em desacordo com as<<strong>br</strong> />
prescrições legais ou regulamentares, ou<<strong>br</strong> />
desrespeitando as normas so<strong>br</strong>e emissão<<strong>br</strong> />
e imissão de ruídos e vi<strong>br</strong>ações<<strong>br</strong> />
resultantes de quaisquer atividades.<<strong>br</strong> />
Pena: detenção de 3 meses a 1 ano e<<strong>br</strong> />
multa”
Art. 54. Causar poluição de qualquer<<strong>br</strong> />
natureza em níveis tais que resultem ou<<strong>br</strong> />
possam resultar em danos à saúde<<strong>br</strong> />
humana, ou que provoquem a mortandade<<strong>br</strong> />
de animais ou a destruição significativa da<<strong>br</strong> />
flora:<<strong>br</strong> />
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e<<strong>br</strong> />
multa.<<strong>br</strong> />
§ 1º Se o crime é culposo:<<strong>br</strong> />
Pena - detenção, de seis meses a um<<strong>br</strong> />
ano, e multa.
3.3. Código Civil<<strong>br</strong> />
Art. 1.277. O proprietário ou o possuidor<<strong>br</strong> />
de um prédio tem o direito de fazer cessar<<strong>br</strong> />
as interferências prejudiciais à segurança,<<strong>br</strong> />
ao sossego e à saúde dos que o habitam,<<strong>br</strong> />
provocadas pela utilização de propriedade<<strong>br</strong> />
vizinha.
4. CLASSIFICAÇÃO DO RUÍDO<<strong>br</strong> />
4.1. QUANTO AO ASPECTO TEMPORAL<<strong>br</strong> />
a) Contínuo: ruído ambiental de fundo<<strong>br</strong> />
b) Flutuante: frequência variante<<strong>br</strong> />
c) Transitório: período determinado<<strong>br</strong> />
d) De impacto: transitório
4.2. QUANTO AO ASPECTO DO MEIO<<strong>br</strong> />
AMBIENTE AFETADO<<strong>br</strong> />
4.2.1. Meio ambiente urbano<<strong>br</strong> />
a) Igrejas e templos<<strong>br</strong> />
- art. 5°, VI, CF: “é inviolável a liberdade de<<strong>br</strong> />
consciência e de crença, sendo assegurado o<<strong>br</strong> />
livre exercício dos cultos religiosos e<<strong>br</strong> />
garantida, na forma da lei, a proteção aos<<strong>br</strong> />
locais de culto e a suas liturgias”
• AÇÃO CIVIL PÚBLICA – Meio ambiente –<<strong>br</strong> />
Interposição pelo Ministério Público,<<strong>br</strong> />
visando sustar atividade religiosa ou não,<<strong>br</strong> />
em templo religioso, em face de emissão<<strong>br</strong> />
de sons acima dos decibéis permitidos em<<strong>br</strong> />
lei – Admissibilidade – Inexistência de<<strong>br</strong> />
violação à liberdade de culto e de seu<<strong>br</strong> />
exercício” (TJRJ, AI 169/97, j. 07.10.97)
) Bares e casas noturnas<<strong>br</strong> />
- A polêmica da Lei Municipal de SP<<strong>br</strong> />
12.879/99 (fechamento de bares à 1 hora)<<strong>br</strong> />
c) Aeroportos – taxas para insonorização
d) Indústrias<<strong>br</strong> />
- Lei 6.803/80 – Lei de Zoneamento Industrial<<strong>br</strong> />
Art . 1º Nas áreas críticas de poluição a que se<<strong>br</strong> />
refere o art. 4º do Decreto-lei nº 1.413, de 14 de<<strong>br</strong> />
agosto de 1975, as zonas destinadas à<<strong>br</strong> />
instalação de indústrias serão definidas em<<strong>br</strong> />
esquema de zoneamento urbano, aprovado por<<strong>br</strong> />
lei, que compatibilize as atividades industriais<<strong>br</strong> />
com a proteção ambiental.<<strong>br</strong> />
§ 1º As zonas de que trata este artigo serão<<strong>br</strong> />
classificadas nas seguinte categorias:<<strong>br</strong> />
a) zonas de uso estritamente industrial;<<strong>br</strong> />
b) zonas de uso predominantemente industrial;<<strong>br</strong> />
c) zonas de uso diversificado.
e) Veículos automotores<<strong>br</strong> />
- Res. CONAMA 008/93, 252/99, 230/97<<strong>br</strong> />
- CTB - arts. 104 e 105: equipamentos<<strong>br</strong> />
- art. 229: infração média – 4 pontos<<strong>br</strong> />
(medida administrativa: remoção do<<strong>br</strong> />
veículo)
4.2.2. Meio ambiente doméstico
4.2.3. Meio ambiente do trabalho<<strong>br</strong> />
• Utilização de EPI´s:<<strong>br</strong> />
• Plug<<strong>br</strong> />
• Concha
5. PREVENÇÃO<<strong>br</strong> />
• Zoneamento<<strong>br</strong> />
• EIA/RIMA<<strong>br</strong> />
• EIV – Estudo de Impacto de Vizinhança<<strong>br</strong> />
(Lei 10.257/01 – Estatuto da Cidade)<<strong>br</strong> />
– RIVI – Relatório de Impacto de Vizinhança<<strong>br</strong> />
(Decreto Municipal de S Paulo 34.713/94<<strong>br</strong> />
• Revestimento acústico<<strong>br</strong> />
• Res. CONAMA 2/90 – Programa Nacional<<strong>br</strong> />
de Educação e Controle de Poluição<<strong>br</strong> />
Sonora
• Em São Paulo – PSIU (Programa de<<strong>br</strong> />
Silêncio Urbano)<<strong>br</strong> />
• Alterações em 16 de março de 2010 – Lei<<strong>br</strong> />
15.133/10 (ADIN)
COMO ERA<<strong>br</strong> />
■ Reclamações contra a poluição<<strong>br</strong> />
sonora produzida por locais de<<strong>br</strong> />
reunião, estabelecimentos<<strong>br</strong> />
comerciais e indústrias podiam<<strong>br</strong> />
ser anônimas<<strong>br</strong> />
■ Após a denúncia, a verificação do<<strong>br</strong> />
volume de ruído era feita dentro<<strong>br</strong> />
do local sob suspeita ou em sua<<strong>br</strong> />
calçada<<strong>br</strong> />
■ Quando o excesso de barulho era<<strong>br</strong> />
comprovado, o responsável<<strong>br</strong> />
recebia uma multa de 4 816 a 14<<strong>br</strong> />
449 reais<<strong>br</strong> />
■ O dono do estabelecimento era<<strong>br</strong> />
intimado ainda a promover o<<strong>br</strong> />
isolamento acústico do local no<<strong>br</strong> />
prazo de dez dias<<strong>br</strong> />
■ Caso o problema não fosse<<strong>br</strong> />
solucionado,poderiam ser<<strong>br</strong> />
aplicadas novas multas,de até 29<<strong>br</strong> />
000 reais. O local também corria o<<strong>br</strong> />
risco de ser interditado<<strong>br</strong> />
COMO FICOU<<strong>br</strong> />
■ Para registrar uma reclamação, é<<strong>br</strong> />
preciso fornecer nome completo,<<strong>br</strong> />
telefone e endereço<<strong>br</strong> />
■ Funcionários da prefeitura ligam<<strong>br</strong> />
para o reclamante e agendam<<strong>br</strong> />
uma visita à sua residência no<<strong>br</strong> />
mesmo horário em que teria<<strong>br</strong> />
ocorrido a infração<<strong>br</strong> />
■ O nível de ruído é medido na<<strong>br</strong> />
residência do reclamante<<strong>br</strong> />
■ Constatadas irregularidades, o<<strong>br</strong> />
PSIU dá um prazo de noventa<<strong>br</strong> />
dias para a solução do problema<<strong>br</strong> />
■ As multas variam de 500 a 8 000<<strong>br</strong> />
reais, dependendo do tamanho do<<strong>br</strong> />
estabelecimento<<strong>br</strong> />
■ Após trinta dias, repete-se a<<strong>br</strong> />
medição. Caso o problema<<strong>br</strong> />
persista, é aplicada nova multa.<<strong>br</strong> />
Não é mencionada a possibilidade<<strong>br</strong> />
de interdição
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong><<strong>br</strong> />
• A poluição sonora está efectivamente na origem<<strong>br</strong> />
de um enorme número de problemas para todos<<strong>br</strong> />
aqueles que de uma forma ou de outra<<strong>br</strong> />
beneficiam do maravilhoso sentido da audição.<<strong>br</strong> />
O primeiro passo na procura de uma solução<<strong>br</strong> />
para esta questão passa pela tomada de<<strong>br</strong> />
consciência de que este é um problema em que<<strong>br</strong> />
somos a causa, uma das vítimas, e a única<<strong>br</strong> />
solução.
<strong>POLUIÇÃO</strong> <strong>SONORA</strong>