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auditoria e perícia - Pos.ajes.edu.br - AJES

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PÓS-GRADUAÇÃO<<strong>br</strong> />

GRADUAÇÃO LATO SENSU EM: AUDITORIA E PERÍCIA<<strong>br</strong> />

CONTÁBIL<<strong>br</strong> />

MÓDULO<<strong>br</strong> />

Auditoria Cont Contábil, ábil, Operacional e de Gest Gestão<<strong>br</strong> />

Profº Ms. Aroldo de Luna Cavalcanti<<strong>br</strong> />

Cuiabá – MT<<strong>br</strong> />

Junho/2011<<strong>br</strong> />

0


Introdução<<strong>br</strong> />

O controle interno visa à aferição e análise da ação e da gestão, como a<<strong>br</strong> />

avaliação de metas e objetivos, execução de programas e orçamento, bem como a<<strong>br</strong> />

devida comprovação de aspectos atinentes à legalidade do procedimento<<strong>br</strong> />

administrativo. Normalmente é realizado por órgão da administração da entidade<<strong>br</strong> />

auditada.<<strong>br</strong> />

O controle interno pode ser subdividido em Controle Interno Contábil e Controle<<strong>br</strong> />

Interno Administrativo. O Controle Interno Contábil está relacionado à salvaguarda de<<strong>br</strong> />

ativos e a fidedignidade dos registros financeiros, enquanto o Controle Interno<<strong>br</strong> />

Administrativo está relacionado ao plano organizacional e todos os métodos e<<strong>br</strong> />

procedimentos referentes à eficiência operacional e a obediência às diretrizes<<strong>br</strong> />

administrativas que estão correlacionadas indiretamente com os registros contábeis e<<strong>br</strong> />

financeiros.<<strong>br</strong> />

A finalidade do sistema de controle interno é assegurar a eficácia, eficiência e<<strong>br</strong> />

economicidade na administração com segurança; evitar desvios, perdas e<<strong>br</strong> />

desperdícios; garantir o cumprimento das normas e procedimentos legais; identificar<<strong>br</strong> />

erros, fraudes e seus agentes; preservar a integridade patrimonial; objetivar a<<strong>br</strong> />

realização das metas pretendidas; recomendar os ajustes necessários com vista à<<strong>br</strong> />

eficiência operacional.<<strong>br</strong> />

O controle interno é uma ferramenta eficaz para atingir os objetivos da empresa<<strong>br</strong> />

e não tem função apenas relacionada com a contabilidade e as finanças da empresa,<<strong>br</strong> />

mas com todos os departamentos, que tem de seguir adequadamente as normas e<<strong>br</strong> />

procedimentos vigentes, mostra também a interdependência entre as várias funções e<<strong>br</strong> />

departamentos, de forma que não haja conflitos nem superposição de funções. O<<strong>br</strong> />

mesmo pode ser aperfeiçoado, por não se tratar de um elemento inflexível,<<strong>br</strong> />

adaptando-se as atualizações normativas.<<strong>br</strong> />

O controle interno facilita o acompanhamento ao longo da existência da<<strong>br</strong> />

empresa das deficiências, evita as ocorrências de fraudes, o dolo, à salvaguarda dos<<strong>br</strong> />

ativos de forma que seja verificada a exatidão e fidelidade das informações, além de<<strong>br</strong> />

servir de subsídio para o controle externo, também visa à integridade entre todos os<<strong>br</strong> />

departamentos da empresa, de forma a evitar perdas e riscos devidos a erros ou<<strong>br</strong> />

irregularidades.<<strong>br</strong> />

Aroldo de Luna Cavalcanti, Contador, Pós-graduado em Finanças, Controladoria, e Auditoria,<<strong>br</strong> />

Didática no Ensino Superior, Mestre em Gestão Financeira, e Doutorando em Contabilidade pela<<strong>br</strong> />

Universidade do Rosário – Argentina. Atuou em vários grupos empresariais nacionais e multinacionais<<strong>br</strong> />

exercendo atividades em áreas estratégicas, tais como: Grupo SADIA, ALCAN ALUMINIO DO BRASIL<<strong>br</strong> />

S/A, CATERPILLAR S/A, e PEPSI COLA. No Governo do Estado exerceu os cargos: Gerente de<<strong>br</strong> />

Auditoria do CEPROMAT, Auditor-Chefe da Secretaria de Infra-estrutura do Estado de Mato Grosso.<<strong>br</strong> />

Ex-Professor na UNIVAG, ICE-MT e UFMT; atualmente, é Professor na UNIC-MT, Secretario Geral da<<strong>br</strong> />

AGER-MT (Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado), e Professor de Pós-graduação<<strong>br</strong> />

nos cursos da <strong>AJES</strong>, FAFI, UNIG-RJ, ICE, FACETED, UNED, FID, e UNIC. E-mail:<<strong>br</strong> />

haroldc11@hotmail.com – telefone: (065) 3618-6110 ou (065) 9981-6308.<<strong>br</strong> />

1


MÓDULO I<<strong>br</strong> />

AUDITORIA INTERNA E SUA ORGANIZAÇÃO BÁSICA<<strong>br</strong> />

AUDITORIA INTERNA<<strong>br</strong> />

1. CONCEITUAÇÃO<<strong>br</strong> />

“Uma atividade de avaliação independente e de assessoramento da administração,<<strong>br</strong> />

voltada para o exame e avaliação da adequação, eficiência e eficácia dos sistemas de<<strong>br</strong> />

controle, bem como da qualidade do desempenho das áreas em relação às atribuições<<strong>br</strong> />

e aos planos, metas, objetivos e políticas definidos para as mesmas.” (AUDIBRA)<<strong>br</strong> />

“Uma atividade de avaliação independente, dentro de uma organização, para revisar as<<strong>br</strong> />

operações, como um serviço à Alta Administração. É um controle gerencial que<<strong>br</strong> />

funciona mediante a medição e avaliação da eficiência de outros controles.”<<strong>br</strong> />

(INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DE NEW YORK)<<strong>br</strong> />

“Constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a<<strong>br</strong> />

integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas,<<strong>br</strong> />

contábeis, financeiras e operacionais da entidade.” (CFC)<<strong>br</strong> />

2. RESPONSABILIDADE E ATRIBUIÇÕES<<strong>br</strong> />

2.1. Responsabilidade<<strong>br</strong> />

“A <strong>auditoria</strong> interna tem a responsabilidade de desenvolver suas tarefas em todas as<<strong>br</strong> />

empresas associadas, de caráter permanente e em todos os locais aplicáveis,<<strong>br</strong> />

analisando as políticas, procedimentos, usos e costumes, documentação, sistemas e<<strong>br</strong> />

métodos, para operações e atividades pertinentes às empresas.”<<strong>br</strong> />

Ao incluir dentre as responsabilidades do auditor interno a análise dos usos e<<strong>br</strong> />

costumes da organização, Attie fornece um argumento robusto contra a terceirização da<<strong>br</strong> />

atividade da <strong>auditoria</strong> interna. É inegável que o auditor externo ou prestador de serviço de<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong> interna tem imensas dificuldades em conhecer os usos e costumes da empresa<<strong>br</strong> />

contratante, porque ele não vive o clima organizacional com a intensidade do auditor interno.<<strong>br</strong> />

Não se pode ignorar, também, que muitos projetos ambiciosos fracassam nas empresas,<<strong>br</strong> />

quando os administradores tentam desenvolvê-los na contramão dos usos e costumes, ou<<strong>br</strong> />

seja, da cultura organizacional.<<strong>br</strong> />

De sua parte o AUDIBRA deixa claro que “A <strong>auditoria</strong> interna, desenvolvendo,<<strong>br</strong> />

estritamente atividades de assessoramento à Diretoria é constituída de<<strong>br</strong> />

responsabilidade ou autoridade para determinar mudanças organizacionais, de<<strong>br</strong> />

sistemas e de rotinas ou procedimentos.<<strong>br</strong> />

Limita sua atuação à apresentação de informações, sugestões ou<<strong>br</strong> />

recomendações, substanciadas nos fatos relatados e levados ao conhecimento das<<strong>br</strong> />

áreas envolvidas.”<<strong>br</strong> />

Concordamos com a AUDIBRA quando a destituir o auditor interno de autoridade para<<strong>br</strong> />

determinar mudanças organizacionais de qualquer natureza, por constituir medida que<<strong>br</strong> />

preserva a independência do profissional, ao não envolvê-lo em atividades que terá de avaliar<<strong>br</strong> />

posteriormente.<<strong>br</strong> />

Entretanto, apesar de não ter autoridade so<strong>br</strong>e as áreas ou atividades examinadas, a nosso<<strong>br</strong> />

ver, o auditor interno tem responsabilidade como agente de mudanças na organização,<<strong>br</strong> />

2


devendo participar, por exemplo, como consultor de controle no desenvolvimento de novos<<strong>br</strong> />

sistemas ou normas, deixando claro aos interessados que essa atuação não prejudicará sua<<strong>br</strong> />

independência em relação aos exames futuros, quando esses sistemas ou normas estiverem<<strong>br</strong> />

implantados.<<strong>br</strong> />

2.2 Atribuições<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA listou uma série de atribuições inerentes a um órgão de <strong>auditoria</strong> interna,<<strong>br</strong> />

dentre as quais selecionamos apenas aquelas que entendemos como as mais a<strong>br</strong>angentes,<<strong>br</strong> />

podendo ser adaptadas a qualquer tipo de empresa, conforme transcrevemos:<<strong>br</strong> />

a) Avaliar os sistemas estabelecidos para assegurar a observância das políticas,<<strong>br</strong> />

metas, planos, procedimentos, leis, normas e regulamentos e sua efetiva<<strong>br</strong> />

utilização;<<strong>br</strong> />

b) Avaliar a adequação e eficiência dos controles e dos meios utilizados para a<<strong>br</strong> />

proteção dos ativos, comprovando, se necessário, a sua existência real;<<strong>br</strong> />

c) Avaliar as normas, procedimentos (contábeis, operacionais, administrativos e<<strong>br</strong> />

informatizados), controles internos e estruturas organizacionais quanto a<<strong>br</strong> />

aspectos de eficiência, efetividade, qualidade e segurança, inclusive prevenindo<<strong>br</strong> />

ou revelando erros e fraudes;<<strong>br</strong> />

d) coordenar e controlar o atendimento, no âmbito das diligências do tribunal de<<strong>br</strong> />

Contas da União e dos órgãos de Controle Interno;<<strong>br</strong> />

e) acompanhar as atividades de <strong>auditoria</strong> externa contábil nas empresas<<strong>br</strong> />

integrantes do sistema, ou do grupo empresarial bem como nos Fundos<<strong>br</strong> />

administrados pelas mesmas;<<strong>br</strong> />

f) acompanhar o cumprimento de recomendações decorrentes de trabalhos de<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong> interna e externa e a correção de problemas de caráter organizacional,<<strong>br</strong> />

estrutural, operacional e sistêmico sugeridos.<<strong>br</strong> />

Acreditamos que esse elenco de atribuições mínimas são auto-explicativas, contudo é nossa<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igação ressaltar os seguintes aspectos:<<strong>br</strong> />

- Em (c) bastaria o autor ter mencionado “avaliar os sistemas de controles<<strong>br</strong> />

internos” e já estaria a<strong>br</strong>angendo todos os demais (normas, procedimentos e<<strong>br</strong> />

estruturas organizacional), que integram, por definição, o controle interno das<<strong>br</strong> />

empresas.<<strong>br</strong> />

Por outro lado, foi muito inteligente a forma sutil como foi mencionada nesse item a expressão<<strong>br</strong> />

“revelando erros e fraudes”. Isso deixa claro que detectar fraudes não constitui atribuição<<strong>br</strong> />

dos auditores internos, mas apenas uma conseqüência natural de sua atividade.<<strong>br</strong> />

A respeito, sempre que possível, deve ser evitado que os auditores, após a<<strong>br</strong> />

constatação, participem diretamente dos inquéritos ou sindicâncias destinados a identificação<<strong>br</strong> />

e punição dos envolvidos, r<strong>edu</strong>zindo as possibilidades de associação de sua imagem com<<strong>br</strong> />

“polícia”.<<strong>br</strong> />

- Quanto ao item (d), acrescentaríamos como atribuição dos auditores internos a<<strong>br</strong> />

coordenação do atendimento aos fiscais da Receita e Previdência, dentre<<strong>br</strong> />

outros, como forma de assegurar a qualidade das informações prestadas pelos<<strong>br</strong> />

diversos órgãos da empresa, minimizando os riscos de autuações<<strong>br</strong> />

equivocadas.<<strong>br</strong> />

3


3. MISSÃO BÁSICA<<strong>br</strong> />

Segundo o AUDIBRA “A <strong>auditoria</strong> interna tem por missão básica, assessorar a<<strong>br</strong> />

Administração no desempenho de suas funções e responsabilidades...”.<<strong>br</strong> />

A atividade de assessoramento tem, no Brasil, conotações pejorativas muito<<strong>br</strong> />

acentuadas, motivo pelo qual preferimos substituir assessorar por “auxiliar tecnicamente”<<strong>br</strong> />

ou outra expressão mais adequada.<<strong>br</strong> />

Extraímos, de um dos livros pesquisados, uma colocação que julgamos bastante<<strong>br</strong> />

apropriada para traduzir a verdadeira missão atual das <strong>auditoria</strong>s internas na maioria das<<strong>br</strong> />

empresas, embora o autor, aparentemente, não tenha tido esse objetivo: “... convencer a<<strong>br</strong> />

alta administração e seus executivos de que pode auxiliá-los na melhoria dos seus<<strong>br</strong> />

negócios, identificando áreas problemáticas e sugerindo correção, para obter destes o<<strong>br</strong> />

apoio necessário ao desenvolvimento de prestação de serviço a toda empresa.”<<strong>br</strong> />

(Auditoria Interna – Attie, William, 1992, pág. 26).<<strong>br</strong> />

Àqueles que acham pretensiosas as duas versões citadas como missão da <strong>auditoria</strong><<strong>br</strong> />

interna, lem<strong>br</strong>amos da existência de uma outra, corajosa e talvez utópica, formulada por<<strong>br</strong> />

Lawrence Sawyer: “a função do moderno auditor interno é fazer aquilo que a direção<<strong>br</strong> />

gostaria de fazer se tivesse tempo para fazê-lo e soubesse como fazê-lo.” (citação do<<strong>br</strong> />

professor Armando de Andrade, na palestra so<strong>br</strong>e Definição de Função, Responsabilidade e<<strong>br</strong> />

Áreas de Atuação do Moderno Auditor Interno).<<strong>br</strong> />

4. POSICIONAMENTO E SUBORDINAÇÃO<<strong>br</strong> />

“O posicionamento da Auditoria Interna na organização deve ser<<strong>br</strong> />

suficientemente elevado para permitir-lhe desincumbir-se de suas responsabilidades<<strong>br</strong> />

com a<strong>br</strong>angências e independência.”<<strong>br</strong> />

Entendemos que a razão desse posicionamento ou “status” deve-se ao próprio<<strong>br</strong> />

conceito de <strong>auditoria</strong> interna como uma atividade de avaliação independente dentro da<<strong>br</strong> />

organização.<<strong>br</strong> />

Como a <strong>auditoria</strong> interna conseguiria manter a independência e conquistar a<<strong>br</strong> />

credibilidade indispensável para sua aceitação como efetivo instrumento de controle e função<<strong>br</strong> />

útil à empresa, estando subordinada a uma diretoria ou departamento inexpressivos na<<strong>br</strong> />

hierarquia?<<strong>br</strong> />

De acordo com o AUDIBRA, “Isso resultaria num rompimento do equilí<strong>br</strong>io de<<strong>br</strong> />

poder entre as várias diretorias, pois aquela que subordinar o auditor, tem um<<strong>br</strong> />

instrumento poderoso de interferência, observação e análise so<strong>br</strong>e os sistemas,<<strong>br</strong> />

procedimentos e nível de execução das demais diretorias.” Em resumo, ele seria visto<<strong>br</strong> />

pelas outras diretorias apenas como um espião, não recebendo delas qualquer tipo de<<strong>br</strong> />

colaboração.<<strong>br</strong> />

No entanto, não se deve esquecer que, naquelas empresas, principalmente familiares e<<strong>br</strong> />

estatais, cuja estrutura organizacional não coincide com estrutura de poder, a <strong>auditoria</strong> interna<<strong>br</strong> />

precisa reportar-se àquela pessoa com autoridade suficiente para propiciar independência e<<strong>br</strong> />

assegurar ampla autonomia ao órgão.<<strong>br</strong> />

Conseqüentemente, como regra geral, o AUDIBRA recomenda “a vinculação do<<strong>br</strong> />

auditor interno diretamente ao presidente ou ao Conselho de Administração”. Nota-se o<<strong>br</strong> />

cuidado do Instituto ao falar em vinculação e não subordinação, pois este último termo está<<strong>br</strong> />

mais associado à inferioridade e perda de independência, o que, pelo menos em tese, não<<strong>br</strong> />

condiz com o papel da <strong>auditoria</strong> interna nas organizações empresariais que se prezam.<<strong>br</strong> />

4


Resta-nos apenas comentar que o posicionamento ideal, por si só, não sustenta a<<strong>br</strong> />

independência da <strong>auditoria</strong> interna. Há que se juntar a esse requisito, aqueles citados pelo<<strong>br</strong> />

AUDIBRA: o da autonomia gerencial, o apoio da alta administração e a objetividade.<<strong>br</strong> />

O gerente da <strong>auditoria</strong> interna, dentre outros itens, deve ter autonomia para planejar e<<strong>br</strong> />

organizar o seu trabalho; deve poder acessar livremente os mem<strong>br</strong>os do Conselho Fiscal e de<<strong>br</strong> />

Administração e da Diretoria Executiva, além das pessoas ligadas ao trabalho sob exame,<<strong>br</strong> />

situadas dentro ou fora da organização.<<strong>br</strong> />

Por outro lado, sem o apoio da alta administração poderá não ser conseguida uma<<strong>br</strong> />

ampla cobertura à <strong>auditoria</strong>, nem haverá “atenção e consideração adequadas para seus<<strong>br</strong> />

relatórios e providências efetivas para pôr em prática as recomendações<<strong>br</strong> />

apresentadas.” (Normas Brasileiras, AUDIBRA, pág. 20).<<strong>br</strong> />

Entendemos que a citada cobertura à <strong>auditoria</strong> deve contemplar, prioritariamente, o<<strong>br</strong> />

atendimento de suas necessidades vinculadas à busca da competência profissional, isto é ,<<strong>br</strong> />

os planos de carreira e de treinamento.<<strong>br</strong> />

Explica-se essa nossa preocupação pela certeza de que uma das formas de neutralizar a<<strong>br</strong> />

ação de uma boa <strong>auditoria</strong> interna é enfraquecendo técnica e quantitativamente seus<<strong>br</strong> />

recursos humanos.<<strong>br</strong> />

5. MODALIDADE DE AUDITORIA<<strong>br</strong> />

A comunidade de profissionais de <strong>auditoria</strong>, insatisfeita em conviver apenas com as<<strong>br</strong> />

adjetivações de interna e externa para essa atividade, contando com a ajuda sempre criativa<<strong>br</strong> />

da Sociedade em geral, procurou novos rótulos, os quais foram consagrados recentemente<<strong>br</strong> />

pelo AUDIBRA, sob o título de Modalidades de Auditoria, a saber: Auditoria Contábil e<<strong>br</strong> />

Tributária, Auditoria Operacional, Auditoria Gestional, Auditoria de Sistemas Informatizados e<<strong>br</strong> />

Auditoria Especial.<<strong>br</strong> />

Se por um lado, felizmente, o AUDIBRA não adotou todas as modalidades criadas<<strong>br</strong> />

pelo mercado, do tipo “<strong>auditoria</strong> noturna” e outras bobagens que esporadicamente surgem<<strong>br</strong> />

nos anúncios classificados dos jornais, por outro lado a<strong>br</strong>açou uma chamada <strong>auditoria</strong><<strong>br</strong> />

especial, o que julgamos constituir um precedente indesejável para a classe.<<strong>br</strong> />

O auditor observa as mesmas normas e aplica os mesmos procedimentos, qualquer<<strong>br</strong> />

que seja o enfoque ou a área de seu trabalho, razão pela qual preferimos chamar de <strong>auditoria</strong><<strong>br</strong> />

com enfoque operacional, <strong>auditoria</strong> com enfoque contábil, etc., em lugar de <strong>auditoria</strong><<strong>br</strong> />

operacional e <strong>auditoria</strong> contábil, como “sacramentou” o AUDIBRA.<<strong>br</strong> />

Embora contrariados, incorporamos essa classificação, não só como medida da<<strong>br</strong> />

simplificação de linguagem, mas também em respeito à seriedade das intenções do<<strong>br</strong> />

AUDIBRA, porém, continuamos defendendo o ponto de vista de que <strong>auditoria</strong> não tem<<strong>br</strong> />

adjetivos ou rótulos, nem deveria ser transformada em substantivo composto.<<strong>br</strong> />

Após o nosso desabafo, resumiremos a seguir o que o AUDIBRA definiu para cada<<strong>br</strong> />

modalidade de <strong>auditoria</strong> em sua o<strong>br</strong>a Procedimentos de Auditoria Interna Organização Básica<<strong>br</strong> />

(pág. 58 a 63):<<strong>br</strong> />

5.1. Auditoria Contábil e Tributária<<strong>br</strong> />

“A <strong>auditoria</strong> das demonstrações financeiras destina-se examinar e avaliar os<<strong>br</strong> />

componentes dessas demonstrações no que concerne á adequação dos registros e<<strong>br</strong> />

procedimentos contábeis, sistemática dos controles internos, observância de normas,<<strong>br</strong> />

regulamentos e padrões aplicáveis, bem como a aplicação dos princípios fundamentais<<strong>br</strong> />

de contabilidade.<<strong>br</strong> />

A <strong>auditoria</strong> tributária objetiva o exame e a avaliação de planejamento tributário e<<strong>br</strong> />

a eficiência e eficácia dos procedimentos e controles adotados para a operação,<<strong>br</strong> />

5


pagamento e recuperação de impostos, tributos, taxas e quaisquer outros ônus de<<strong>br</strong> />

natureza fisco-tributária que incide nas operações, bens e documentos da empresa.”<<strong>br</strong> />

5.2 Auditoria Operacional<<strong>br</strong> />

“Modernamente, a Auditoria Operacional é considerada, essencialmente, um enfoque.<<strong>br</strong> />

Em resumo, pode-se dizer que um mesmo assunto pode ser visto por olhos de um<<strong>br</strong> />

contador e resultar num exame financeiro tradicional ou de um ponto de vista<<strong>br</strong> />

gerencial, como se fosse o proprietário do negócio, e resultar numa Auditoria<<strong>br</strong> />

Operacional...”<<strong>br</strong> />

“O objetivo geral da Auditoria Operacional é assessorar a administração no<<strong>br</strong> />

desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades, avaliando se a organização,<<strong>br</strong> />

departamento, atividades, sistemas, funções, operações e programas auditados estão<<strong>br</strong> />

atingindo os objetivos organizacionais e gerenciais com eficiência, eficácia e economia<<strong>br</strong> />

na obtenção e utilização dos recursos (financeiros, materiais, humanos e<<strong>br</strong> />

tecnológicos), bem como em observância às leis e regulamentos aplicáveis e com a<<strong>br</strong> />

devida segurança.”<<strong>br</strong> />

5.3 Auditoria Gestional<<strong>br</strong> />

Os principais exames de avaliação por ela visados, bem como os tipos de assessoramento<<strong>br</strong> />

possíveis citados pelo AUDIBRA são:<<strong>br</strong> />

“sistemas políticos, critérios e procedimentos utilizados pela empresa na sua área de<<strong>br</strong> />

planejamento estratégico, tático e no processo decisório; e<<strong>br</strong> />

- qualidade de estrutura de controles internos gerenciais e sua observância;<<strong>br</strong> />

- atingimento dos resultados em relação aos objetivos e planos estabelecidos e<<strong>br</strong> />

às alternativas disponíveis;<<strong>br</strong> />

- sistemas e processos de análise de viabilidade econômica e de<<strong>br</strong> />

custo/benefício; e<<strong>br</strong> />

- estudos de reestruturação, desinvestimento, aquisições acionárias;<<strong>br</strong> />

- qualidade global da empresa”<<strong>br</strong> />

5.4. Auditoria de Sistemas Informatizados<<strong>br</strong> />

A Instrução Normativa nº 16 do Departamento do Tesouro Nacional define que a “Auditoria<<strong>br</strong> />

de Sistema objetiva assegurar a adequação, privacidade dos dados e informações<<strong>br</strong> />

oriundas dos sistemas eletrônicos de processamento de dados, observando as<<strong>br</strong> />

diretrizes estabelecidas e a legislação específica.”<<strong>br</strong> />

Para o AUDIBRA “A Auditoria de Informática compreende o exame e avaliação do (as):<<strong>br</strong> />

(a) processo de planejamento, desenvolvimento, teste e aplicação de sistemas;<<strong>br</strong> />

(b) estrutura lógica, física, ambiental, organizacional de controle, segurança e<<strong>br</strong> />

proteção dos ativos específicos, sistemas e documentações, software e<<strong>br</strong> />

informações;<<strong>br</strong> />

(c) qualidade da estrutura de controles internos sistêmicos e de sua observância<<strong>br</strong> />

em todos os níveis gerenciais.”<<strong>br</strong> />

6


5.5. Auditoria Especiais (ou Investigações Especiais)<<strong>br</strong> />

“A Auditoria Especial a<strong>br</strong>ange a realização de trabalhos especiais de <strong>auditoria</strong>, não<<strong>br</strong> />

compreendidos na programação normativa da área, solicitados pelos mem<strong>br</strong>os dos<<strong>br</strong> />

Conselhos Administração, Fiscal, Diretoria, ou determinados em legislação específica.<<strong>br</strong> />

Incluem-se nesta modalidade os exames de fraudes, irregularidades, desmobilização,<<strong>br</strong> />

aquisição de empresa, contratos especiais de grande vulto, etc.”<<strong>br</strong> />

Em nossa opinião, ao adotar essa modalidade de <strong>auditoria</strong> o AUDIBRA deu a<strong>br</strong>igo a uma<<strong>br</strong> />

adjetivação quase infantil, que não resiste a uma análise mais profunda, senão vejamos:<<strong>br</strong> />

- O fato de não constar da “programação normativa da área” não justifica a denominação<<strong>br</strong> />

de “especial”, uma vez que a missão da <strong>auditoria</strong> interna é a de servir de assessoramento útil<<strong>br</strong> />

à administração, devendo, portanto, a sua programação estar sempre aberta e flexível para<<strong>br</strong> />

atender às solicitações de serviços inéditos ou não previstos;<<strong>br</strong> />

- A denominação de “especial” cabe melhor como adjetivo de “investigação”, pois quando<<strong>br</strong> />

ligada à <strong>auditoria</strong> torna-se uma expressão inacabada, ou seja, fica a dúvida, por exemplo, se<<strong>br</strong> />

o que se que é uma <strong>auditoria</strong> contábil especial ou uma <strong>auditoria</strong> operacional especial;<<strong>br</strong> />

- Incluindo o exame de fraudes como um tipo de <strong>auditoria</strong> especial, o AUDIBRA “nocauteou”<<strong>br</strong> />

aqueles bons profissionais do ramo que, há anos, vem negociando com as Diretorias de suas<<strong>br</strong> />

empresas para não serem envolvidos diretamente com essa atividade. Muitas organizações já<<strong>br</strong> />

haviam assimilado que a investigação de fraudes, mesmo quando detectadas pela <strong>auditoria</strong>,<<strong>br</strong> />

cabe às comissões internas de inquérito e à polícia, quando conveniente.<<strong>br</strong> />

Para encerrar, julgamos interessante acrescentar o que diz a Instituição Normativa nº 16, de<<strong>br</strong> />

20.12.91, do Departamento do Tesouro Nacional, ao definir a Auditoria Especial:”objetiva o<<strong>br</strong> />

exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza incomum ou<<strong>br</strong> />

extraordinária...”.<<strong>br</strong> />

Ora, se o “exame de fatos ou situações consideradas relevantes,” caracteriza uma<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong> especial, poderíamos concluir que a “<strong>auditoria</strong> normal” passe seu precioso tempo<<strong>br</strong> />

examinando fatos e situações irrelevantes?<<strong>br</strong> />

6.ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL<<strong>br</strong> />

6.1. Estrutura Organizacional<<strong>br</strong> />

A Auditoria Interna deve ser estruturada de forma condizente com seus objetivos e<<strong>br</strong> />

atividades, respeitando, entretanto, as polícias, métodos e raízes culturais da organização a<<strong>br</strong> />

qual serve.<<strong>br</strong> />

“O organograma do setor deve especificar as áreas de especialização, indicando as<<strong>br</strong> />

responsabilidades específicas pela execução dos trabalhos de natureza contábilfinanceira,<<strong>br</strong> />

operacional, de sistemas de processamento eletrônico de dados, gestional,<<strong>br</strong> />

os aspectos fisco-tributário e os de <strong>auditoria</strong>s especiais, além das funções internas de<<strong>br</strong> />

apoio administrativo e logístico ao trabalho dos auditores.”<<strong>br</strong> />

“A estrutura do órgão de Auditoria Interna deve levar em conta os seguintes aspectos<<strong>br</strong> />

de relevância para o seu trabalho:<<strong>br</strong> />

Tamanho, natureza e ramo de atividade da organização.<<strong>br</strong> />

Forma societária e aspectos legais específicos aplicáveis.<<strong>br</strong> />

Sistemas utilizados pela organização para processamento, registro, análise,<<strong>br</strong> />

informação, controle e monitoramento das suas atividades.”<<strong>br</strong> />

7


Pelo que se pode d<strong>edu</strong>zir, com base nas definições e Normas do AUDIBRA, o gerente da<<strong>br</strong> />

Auditoria Interna não tem uma tarefa fácil quando estabelece a estrutura organizacional de<<strong>br</strong> />

sua área.<<strong>br</strong> />

A deficiência estrutural causada por falha de concepção do gerente, ou por falta de<<strong>br</strong> />

apoio da Administração na hora de implementar o projeto elaborado por esse gerente, explica<<strong>br</strong> />

a maioria dos casos de <strong>auditoria</strong>s internas neutralizadas em sua ação, ou com a<strong>br</strong>angência<<strong>br</strong> />

apenas parcial dentro das Organizações.<<strong>br</strong> />

Obviamente, como lem<strong>br</strong>a Attie, “a estrutura da <strong>auditoria</strong> interna pode variar de acordo<<strong>br</strong> />

com as circunstâncias de cada organização.”<<strong>br</strong> />

Há empresas de pequeno porte com estrutura de <strong>auditoria</strong> composta de apenas um<<strong>br</strong> />

elemento, até grandes organizações cuja estrutura de <strong>auditoria</strong> envolve níveis bastante<<strong>br</strong> />

elásticos, desde auditores auxiliares até diretor de <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

Entretanto, em linhas gerais, podemos afirmar que prevalece nas empresas de médio<<strong>br</strong> />

e grande porte estruturas composta basicamente por gerente (s) de Auditoria, Supervisores e<<strong>br</strong> />

Auditores Seniores que conduzem as equipes de auditores, além de contar, sempre que<<strong>br</strong> />

possível, com uma pessoa ou uma equipe de apoio administrativo.<<strong>br</strong> />

6.2. Recursos Humanos<<strong>br</strong> />

“O desenvolvimento adequado da atividade da <strong>auditoria</strong> em uma empresa<<strong>br</strong> />

depende substancialmente da qualificação profissional de cada um dos elementos que<<strong>br</strong> />

a compõe.<<strong>br</strong> />

O desenvolvimento profissional do pessoal da <strong>auditoria</strong> inicia no processo de<<strong>br</strong> />

recrutamento, seleção e admissão e continua, através de um programa que envolve a<<strong>br</strong> />

<strong>edu</strong>cação, o treinamento formal e de campo para assegurar o aperfeiçoamento e a<<strong>br</strong> />

qualificação profissional.” (Auditoria Internana – Attie, William, Ed. Atlas, 1992, pág. 98)<<strong>br</strong> />

Nesse texto, o autor navega so<strong>br</strong>e a superfície dos principais aspectos relacionados<<strong>br</strong> />

com os recursos humanos nos órgãos de <strong>auditoria</strong> interna, dentre os quais destacamos o<<strong>br</strong> />

processo <strong>edu</strong>cacional e de treinamento, bem como acrescentamos o Plano de Carreira, que<<strong>br</strong> />

não foi citado nesse trecho.<<strong>br</strong> />

Em nossa visão, sem desprezo dos demais, são esses os dois principais pilares de<<strong>br</strong> />

sustentação de uma <strong>auditoria</strong> interna eficaz.<<strong>br</strong> />

A <strong>edu</strong>cação e o treinamento formal do quadro de auditores ainda exige grandes<<strong>br</strong> />

investimentos das empresas, especialmente para suprir a carência de cursos universitários<<strong>br</strong> />

regulares para formação de auditores internos no Brasil.<<strong>br</strong> />

Nessa área, precisamos registrar a valiosa contribuição do Instituto dos Auditores<<strong>br</strong> />

Internos do Brasil – AUDIBRA, que promove cursos de treinamento em todas as modalidades<<strong>br</strong> />

de <strong>auditoria</strong> interna, além de ser o responsável pelo desenvolvimento do Curso de Pós<<strong>br</strong> />

Graduação “Lato Sensu” Especialização em Auditoria Interna, pioneiro no Brasil.<<strong>br</strong> />

Quanto ao plano de Carreira, nós o vemos como o responsável pelo estímulo a<<strong>br</strong> />

evolução técnica e à permanência do profissional dentro da <strong>auditoria</strong>, ao menos pelo tempo<<strong>br</strong> />

suficiente, que assegure o retorno do investimento realizado pelo órgão de sua <strong>edu</strong>cação e<<strong>br</strong> />

treinamento.<<strong>br</strong> />

Por força de seu posicionamento privilegiado na estrutura organizacional e pelo fato da<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>angência de atuação ampliar sua visão so<strong>br</strong>e os negócios da empresa, o auditor interno<<strong>br</strong> />

torna-se um profissional bem preparado e, por conseqüência, muito assediado para assumir<<strong>br</strong> />

postos gerenciais.<<strong>br</strong> />

8


Quando esse assédio provoca o fenômeno da evasão de muitos auditores experientes num<<strong>br</strong> />

curto espaço de tempo, ocorre o desequilí<strong>br</strong>io da estrutura do órgão, podendo, inclusive,<<strong>br</strong> />

gerar a neutralização da atuação da <strong>auditoria</strong> interna durante longo período.<<strong>br</strong> />

Há, também, o fluxo invertido em algumas empresas, com a simples transferência de<<strong>br</strong> />

empregados problemáticos ou aposentáveis, para o preenchimento do quadro da <strong>auditoria</strong>,<<strong>br</strong> />

tornando o órgão inoperante pela falta de credibilidade dos recursos humanos que o compõe.<<strong>br</strong> />

Normalmente, empregados transferidos nessas condições, ainda que tragam uma rica<<strong>br</strong> />

experiência de outras áreas da empresa, tropeçam no desajuste de seu perfil psicocomportamental,<<strong>br</strong> />

incompatível com o novo cargo.<<strong>br</strong> />

Voltando ao plano de carreira, o AUDIBRA ressalta que este “inicia-se na função de<<strong>br</strong> />

Auditor Trainee, mediante o processo seletivo interno ou externo.” , sendo que a escala<<strong>br</strong> />

funcional deve prever, ainda:<<strong>br</strong> />

Auditor Junior<<strong>br</strong> />

Auditor Sênior ou Pleno<<strong>br</strong> />

Auditor Supervisor ou Coordenador<<strong>br</strong> />

Gerente ou Chefe de Auditoria<<strong>br</strong> />

Gerente Geral ou Diretor de Auditoria”<<strong>br</strong> />

Como pré-requisitos que o AUDIBRA define para cada uma dessas funções, merecem<<strong>br</strong> />

destaque as exigências de Curso Superior completo para todos os níveis, exceto trainee, e<<strong>br</strong> />

pós-graduação para Supervisores e Gerentes, além de registros no competente Conselho<<strong>br</strong> />

Profissional para os auditores contábeis.<<strong>br</strong> />

No que concerne ao processo de recrutamento e seleção, observamos que nem o AUDIBRA,<<strong>br</strong> />

tampouco Attie, preocupam-se com as características peculiares que envolvem os Concursos<<strong>br</strong> />

Públicos, exigidos por Lei para provimento de cargo de auditores internos de empresas<<strong>br</strong> />

estatais e do setor público em geral.<<strong>br</strong> />

Esse tipo de processo tira do gerente de <strong>auditoria</strong>, de certa forma, o poder do monitoramento<<strong>br</strong> />

de todas as suas fases, mesmo durante o período do estágio probatório previsto na<<strong>br</strong> />

Constituição, tornando mais difícil, por exemplo, a exclusão de candidatos que obtêm ótima<<strong>br</strong> />

classificação nas provas e títulos, mas que revelam inadequação para o cargo nos aspectos<<strong>br</strong> />

profissiográficos. Devido ao caráter subjetivo desses fatores, cuja avaliação freqüentemente<<strong>br</strong> />

resvala para a discriminação e termina desaguando no Poder Judiciário, o processo de<<strong>br</strong> />

recrutamento raramente é bem sucedido.<<strong>br</strong> />

6.3. Garantia de Qualidade dos Trabalhos da Auditoria<<strong>br</strong> />

A respeito deste tema, constata-se que o AUDIBRA, em sua o<strong>br</strong>a Procedimentos de Auditoria<<strong>br</strong> />

Interna Organização Básica (pág. 80 a 82), aproveitou basicamente o texto do livro Auditoria<<strong>br</strong> />

Interna de William Attie, Ed. Atlas, 1992, pág.71, com pequenas modificações.<<strong>br</strong> />

Em síntese, ambas as o<strong>br</strong>as afirmam que o Gerente da Auditoria Interna deve estabelecer e<<strong>br</strong> />

manter um programa de qualidade, com a finalidade de assegurar que o trabalho de <strong>auditoria</strong><<strong>br</strong> />

seja feito de conformidade com:<<strong>br</strong> />

as normas legais;<<strong>br</strong> />

a declaração de finalidade, autoridade e responsabilidade da Auditoria;<<strong>br</strong> />

as normas para o exercício de <strong>auditoria</strong> interna, ditadas por órgãos<<strong>br</strong> />

governamentais de controle ou fiscalização, órgãos de classe e pelo AUDIBRA.<<strong>br</strong> />

Há, também, a concordância de que desse programa de garantia devem constar a supervisão<<strong>br</strong> />

e revisão interna, além das revisões externas.<<strong>br</strong> />

9


6.3.1 Supervisão e Revisão Interna<<strong>br</strong> />

Segundo os autores, deve haver supervisão contínua nos trabalhos dos auditores internos<<strong>br</strong> />

para assegurar sua conformidade com as normas, métodos e programas de <strong>auditoria</strong> interna.<<strong>br</strong> />

Acrescentaríamos que essa supervisão é indispensável para uma adequada avaliação do<<strong>br</strong> />

desempenho profissional e comportamental dos auditores, especialmente daqueles em início<<strong>br</strong> />

de carreira.<<strong>br</strong> />

Devem ser executadas, ainda, por auditores mais qualificados, revisões periódicas da<<strong>br</strong> />

qualidade global do órgão.<<strong>br</strong> />

Sabemos da existência de gerentes de <strong>auditoria</strong> interna que adotam a prática de submeter<<strong>br</strong> />

cada relatório elaborado por um supervisor para ser revisado por outro(s) supervisor (es),<<strong>br</strong> />

constituindo um eficaz controle de garantia de qualidade do processo.<<strong>br</strong> />

6.3.2 Revisões Externas<<strong>br</strong> />

Attie e o AUDIBRA convergem também para a necessidade de revisões externas por<<strong>br</strong> />

auditores internos alheios ao órgão, com freqüência de, pelo menos, uma vez a cada três<<strong>br</strong> />

anos,com a elaboração de parecer so<strong>br</strong>e a observância de normas para o exercício da<<strong>br</strong> />

Auditoria Interna e, se necessário, com recomendações para melhorias.<<strong>br</strong> />

Nossa preocupação em relação a essa revisão concentra-se, principalmente, nas<<strong>br</strong> />

qualificações mínimas a serem exigidas do auditor designado para a tarefa e quanto ao tipo<<strong>br</strong> />

de informação que pode ser liberada para o revisor . Não podemos esquecer que um órgão<<strong>br</strong> />

de <strong>auditoria</strong> interna transitam informações confidenciais, cuja divulgação , mesmo para<<strong>br</strong> />

auditores, só pode ser liberada pela Alta Administração.<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA acrescenta uma lista de fatores a serem considerados pelo auditor revisor,<<strong>br</strong> />

dentre os quais julgamos mais interessante o que trata da “apreciação e avaliação da<<strong>br</strong> />

satisfação do usuário da Auditoria Interna em relação aos objetivos, metodologia,<<strong>br</strong> />

relatórios e contribuição recebida para a melhoria da qualidade dos controles,<<strong>br</strong> />

eficiência e eficácia dos serviços, programas e operações.”<<strong>br</strong> />

6.4 Comitê de Auditoria<<strong>br</strong> />

A instituição de Comitês de Auditoria nas empresas é uma prática, ou modismo, cujas<<strong>br</strong> />

influências na melhoria ou não do desempenho das Auditorias Internas não tem sido<<strong>br</strong> />

divulgadas para os profissionais da classe.<<strong>br</strong> />

Sua função, em princípio, como definida pelo AUDIBRA e pelo Departamento do Tesouro<<strong>br</strong> />

Nacional – DTN, chega a criar euforia naqueles auditores menos céticos, pela a<strong>br</strong>angência e<<strong>br</strong> />

no<strong>br</strong>eza de objetivos em relação aos órgãos de <strong>auditoria</strong> governamentais e de empresas,<<strong>br</strong> />

sempre tão desamparados.<<strong>br</strong> />

A Instrução Normativa nº 16 do DTN, por exemplo, inclui, dentre outras, as seguintes<<strong>br</strong> />

finalidades do Comitê de Auditoria do Sistema de Controle Interno – CASCI:<<strong>br</strong> />

“identificar as necessidades de treinamento de pessoal e manter atualizadas as<<strong>br</strong> />

informações so<strong>br</strong>e oportunidades de aperfeiçoamento, para divulgação no<<strong>br</strong> />

âmbito do sistema e, propor ao Órgão Central do Sistema de Controle Interno a<<strong>br</strong> />

expedição de normas visando à eficiência e eficácia das atividades de<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong>.”<<strong>br</strong> />

Por ser constituído apenas pelos chefes das Coordenadorias de Auditoria das Secretarias de<<strong>br</strong> />

Controle Interno, explica-se o fato de se atribuir a esse Comitê atividades de caráter<<strong>br</strong> />

gerencial, como as citadas.<<strong>br</strong> />

10


Já o AUDIBRA vê o Comitê de Auditoria de forma diferente, tanto nos objetivos, como na<<strong>br</strong> />

composição de seus mem<strong>br</strong>os.<<strong>br</strong> />

Segundo esse Instituto, o Comitê destina-se “a operar como um corpo deliberativo no<<strong>br</strong> />

tocante ao planejamento e atuação da <strong>auditoria</strong> interna, e consultivo, no tocante à<<strong>br</strong> />

busca de qualidade, atuação e fluxo de comunicação entre a <strong>auditoria</strong> interna e a alta<<strong>br</strong> />

administração da empresa.” (Procedimentos de Auditoria Interna Organização Básica,<<strong>br</strong> />

AUDIBRA, pág. 82).<<strong>br</strong> />

A composição típica do Comitê, proposta pelo AUDIBRA, inclui um representante do<<strong>br</strong> />

Conselho Fiscal, o Presidente da Empresa, Diretores aposentados, a Chefia da Auditoria<<strong>br</strong> />

Interna e mem<strong>br</strong>os “AD-HOC”.<<strong>br</strong> />

Esta composição nos parece mais equili<strong>br</strong>ada que aquela definida pelo DTN, só não<<strong>br</strong> />

entendemos o porquê da presença de Diretores aposentados nessa lista, e a omissão da<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igatoriedade de se incluir um representante de alto nível de cada Diretoria.<<strong>br</strong> />

Faltou, também, o AUDIBRA posicionar-se so<strong>br</strong>e o papel do Comitê no caso de necessidade<<strong>br</strong> />

de contratação ou demissão/exoneração do gerente da Auditoria Interna, o qual, obviamente,<<strong>br</strong> />

integra o próprio Comitê.<<strong>br</strong> />

7. DIFERENÇAS ENTRE AUDITORIA INTERNA E EXTERNA<<strong>br</strong> />

Notamos que a bibliografia encontrada cada autor enfatiza um aspecto diferente da questão<<strong>br</strong> />

Comecemos por analisar o que disse Attie: “A função da Auditoria Interna repousa em<<strong>br</strong> />

atividade detalhadas da empresa, relacionadas de maneira intensa com o andamento<<strong>br</strong> />

de cada função, área, departamento, setor e operação... À Auditoria Externa cabe, regra<<strong>br</strong> />

geral, a revisão global das atividades ou de aspectos dirigidos e, por conseqüência, de<<strong>br</strong> />

maneira menos detalhada.” (Auditoria Interna, Attie, William-Ed.Atlas–1ª Edição, pág. 34).<<strong>br</strong> />

O autor pode nos induzir à conclusão equivocada de que a diferença entre as <strong>auditoria</strong>s<<strong>br</strong> />

internas e externas repousaria no maior ou menor detalhe do escopo de uma ou de outra,<<strong>br</strong> />

desviando nossa atenção dos aspectos efetivamente importantes do assunto, como veremos<<strong>br</strong> />

adiante.<<strong>br</strong> />

Além disso, julgamos temerária a insinuação contida no texto de que “revisão global”<<strong>br</strong> />

significa examinar “de maneira menos detalhada.”<<strong>br</strong> />

Não nos compete defender as <strong>auditoria</strong>s externas, contudo, acreditamos que seus exames<<strong>br</strong> />

buscam sempre os detalhes julgamos suficiente para a formação de opinião, dentro de seus<<strong>br</strong> />

objetivos, estes sim, diferentes daqueles estabelecidos pelas <strong>auditoria</strong>s internas.<<strong>br</strong> />

Outro autor que nos conduz a um raciocínio enganoso é o Prof. Américo Florentino quando<<strong>br</strong> />

afirma que “A diferença prende-se exclusivamente ao fato de que os auditores externos<<strong>br</strong> />

mantêm autonomia, liberdade de ação e independência de atitudes, a salvo de qualquer<<strong>br</strong> />

dúvida” , colocando ainda que a empregados da empresa tira dos auditores internos, “às<<strong>br</strong> />

vezes, a característica de completa liberdade de ação, podendo ficar inibidos para<<strong>br</strong> />

determinados aspectos da fiscalização.” (Auditoria Contábil – Florentino, Américo M., Ed.<<strong>br</strong> />

FGV, 1975, pág.242/3).<<strong>br</strong> />

Radicalizando um pouco a partir da afirmação do autor, podemos dizer que se há dúvidas,<<strong>br</strong> />

principalmente, quanto à independência de atitudes do auditor interno na empresa, este deve<<strong>br</strong> />

pegar seu chapéu, o grafite vermelho a sair de fininho, procurando outro rumo na sua vida<<strong>br</strong> />

profissional.<<strong>br</strong> />

Como reza o Código de Ética Profissional, o auditor interno, no desempenho de suas<<strong>br</strong> />

atividades “agirá sempre com absoluta independência e, em quaisquer circunstância e<<strong>br</strong> />

sob pretexto algum, conveniência própria ou de terceiros, condicionará seus atos, suas<<strong>br</strong> />

atitudes, suas decisões ou pronunciamentos a preceitos outros que não os postulados<<strong>br</strong> />

11


da sua profissão.”(Normas Brasileiras p/o Exercício da Auditoria Interna-AUDIBRA-1991,<<strong>br</strong> />

pág. 36).<<strong>br</strong> />

Portanto, caso concordássemos com o resultado da comparação realizada pelo Prof.<<strong>br</strong> />

Florentino, estaríamos admitindo que as <strong>auditoria</strong>s externas existem somente porque os<<strong>br</strong> />

auditores internos são profissionais sem credibilidade.<<strong>br</strong> />

Decisivamente, não deveriam existir <strong>auditoria</strong> internas sem credibilidade, aquela perna que se<<strong>br</strong> />

sustenta basicamente pela qualidade técnica e comportamental de seus profissionais, nem<<strong>br</strong> />

poderiam so<strong>br</strong>eviver as <strong>auditoria</strong>s internas sem apoio da Administração, ou seja, a outra<<strong>br</strong> />

perna que garante a autonomia e liberdade de ação dessa função dentro das organizações<<strong>br</strong> />

empresariais privadas ou estatais.<<strong>br</strong> />

A credibilidade da <strong>auditoria</strong> interna pode ser simbolizada como uma tênue camada<<strong>br</strong> />

protetora, construída pelos seus profissionais a partir da conduta ética irretocável e dos<<strong>br</strong> />

resultados permanentes de seus trabalhos, que se expõe diariamente ao seu rompimento<<strong>br</strong> />

diante do menor deslize.<<strong>br</strong> />

Já em relação ao apoio, a discussão é mais objetiva, há mecanismo estruturais e ou<<strong>br</strong> />

legais que podem dar as <strong>auditoria</strong>s internas das empresas, a exemplo das estatais federais,<<strong>br</strong> />

uma proteção mais resistente, qual seja pela vinculação do órgão ao Conselho de<<strong>br</strong> />

Administração, e pela aprovação do plano de trabalho pelo Conselho Fiscal da entidade,<<strong>br</strong> />

livrando o gerente da <strong>auditoria</strong> das pressões diretas do Presidente e da Diretoria e, o<strong>br</strong>igando<<strong>br</strong> />

a formação de uma estrutura consistente de apoio. Frustrados com o que encontramos so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

o assunto nos textos dos autores mencionados e, para não concluirmos este tópico sem um<<strong>br</strong> />

posicionamento claro, reproduzimos a seguir uma comparação, a qual, longe de ser perfeita,<<strong>br</strong> />

tem a vantagem de ser bastante didática.<<strong>br</strong> />

1. 0BJETIVO AUDITORIA EXTERNA AUDITORIA INTERNA<<strong>br</strong> />

desempenho de sua<<strong>br</strong> />

função.<<strong>br</strong> />

Opinar so<strong>br</strong>e as demonstrações<<strong>br</strong> />

financeiras<<strong>br</strong> />

2. PROFISSIONAL Independente, com<<strong>br</strong> />

responsabilidade civil, e<<strong>br</strong> />

contratação<<strong>br</strong> />

determinado.<<strong>br</strong> />

por período pré-<<strong>br</strong> />

3. EXISTÊNCIA O<strong>br</strong>igatória<<strong>br</strong> />

empresas<<strong>br</strong> />

em determinadas<<strong>br</strong> />

4. A QUEM Empresas, órgãos governamentais<<strong>br</strong> />

INTERESSA<<strong>br</strong> />

credores e investidores em geral<<strong>br</strong> />

5. PRODUTO FINAL Parecer so<strong>br</strong>e demonstrações<<strong>br</strong> />

financeiras<<strong>br</strong> />

(*) O<strong>br</strong>igatória para entidades reguladas pelo decreto nº 93216/86<<strong>br</strong> />

Assessorar a Administração<<strong>br</strong> />

da Empresa no efetivo<<strong>br</strong> />

desempenho de sua função<<strong>br</strong> />

Relação de dependência com<<strong>br</strong> />

responsabilidade tralhalista<<strong>br</strong> />

entre as partes.<<strong>br</strong> />

Facultativa<<strong>br</strong> />

Empresa<<strong>br</strong> />

Relatório de recomendações<<strong>br</strong> />

e sugestões à administração<<strong>br</strong> />

Para não falarmos somente de diferenças, vamos também contar aqui as convergências que<<strong>br</strong> />

os autores vislum<strong>br</strong>am entre as <strong>auditoria</strong>s externas e internas, como por exemplo: “A técnica<<strong>br</strong> />

e os métodos de trabalho utilizados são idênticos...”(Auditoria Contábil – Florentino,<<strong>br</strong> />

Américo M., Ed. FGV, 1975, pág. 242/3).<<strong>br</strong> />

“De forma global, o trabalho executado pela <strong>auditoria</strong> interna é plenamente idêntico<<strong>br</strong> />

àquele executado pela <strong>auditoria</strong> interna. Ambas realizam seus trabalhos utilizando-se<<strong>br</strong> />

das mesmas técnicas de <strong>auditoria</strong>; ambas têm sua atenção voltada para o controle<<strong>br</strong> />

interno como ponto de partida de seu exame e formulam sugestões de melhoria para as<<strong>br</strong> />

deficiências encontradas, e ambas modificam a extensão de seu trabalho de acordo<<strong>br</strong> />

com as suas observações e a eficiência dos sistemas contábeis e de controle interno<<strong>br</strong> />

existentes . Como os autores citados estão aparentemente de acordo entre si com as<<strong>br</strong> />

semelhanças das <strong>auditoria</strong>s, encerramos os comentários so<strong>br</strong>e este tema revelando<<strong>br</strong> />

um certa angustia, por termos constatado que nenhum autor insuspeito de<strong>br</strong>uçou-se,<<strong>br</strong> />

ainda, para pesquisar seriamente so<strong>br</strong>e as diferenças básicas, vantagens e<<strong>br</strong> />

desvantagens das <strong>auditoria</strong>s internas autênticas, em relação às terceirizadas. Assim,<<strong>br</strong> />

12


não há no mercado uma importante que auxilie os profissionais e as organizações e<<strong>br</strong> />

avaliarem se a terceirização das <strong>auditoria</strong>s internas constitui uma tendência<<strong>br</strong> />

irreversível, ou trata-se de mais uma modismo do “esperto”capitalismo tupiniquim.<<strong>br</strong> />

MÓDULO II<<strong>br</strong> />

NORMAS DE AUDITORIA<<strong>br</strong> />

1.CONCEITUAÇÃO<<strong>br</strong> />

O instituto do Auditores do Brasil – AUDIBRA editou, em 1991, as Normas Brasileiras<<strong>br</strong> />

para o Exercício da Auditoria Interna, objetivando dar a esse documento um caráter de<<strong>br</strong> />

universalidade, com a incorporação das normas já existentes em outros países e as de uso<<strong>br</strong> />

também no Brasil .<<strong>br</strong> />

Talvez, por isso a conceituação do AUDIBRA de que as Normas “dizem respeito aos<<strong>br</strong> />

princípios que devem pautar as atividades do profissional de <strong>auditoria</strong> interna, de sua<<strong>br</strong> />

organização de seu trabalho, dos seus padrões de avaliação pessoal em relação aos<<strong>br</strong> />

exames efetuados e dos respectivos relatórios expedidos”, constitua uma síntese objetiva<<strong>br</strong> />

das definições encontradas em outras publicações.<<strong>br</strong> />

Observa-se, por exemplo, em outra o<strong>br</strong>a muito conhecida que “Normas são<<strong>br</strong> />

requisitos a serem observados no desempenho do trabalho de Auditoria . As normas<<strong>br</strong> />

tratam das medidas de qualidade na execução desses atos e dos objetivos a serem<<strong>br</strong> />

alcançados com o uso dos procedimentos adotados . Dizem respeito não apenas às<<strong>br</strong> />

qualidades profissionais do Auditor, mas também à sua avaliação pessoal do exame<<strong>br</strong> />

efetuado e do parecer emitido .”<<strong>br</strong> />

Consideramos a definição AUDIBRA mais elaborado, embora haja quem prefira<<strong>br</strong> />

“requisitos” em vez de “princípios”, com Conselho Federal de Contabilidade (vide Resolução<<strong>br</strong> />

CFC nº 321/72), so<strong>br</strong>e o que julgamos desnecessários provocar uma discussão bizantina .<<strong>br</strong> />

O professor Lopes de Sá simplificou, chamando as normas de Auditoria de “conjunto<<strong>br</strong> />

de princípios e preceitos mínimos que norteiam os serviços “e de “autêntica Regras de<<strong>br</strong> />

trabalho”.<<strong>br</strong> />

Entendemos como fundamental importância destacar que as normas são aplicáveis<<strong>br</strong> />

tanto pela <strong>auditoria</strong>s externas como internas das organizações da iniciativa privada, e as<<strong>br</strong> />

administração pública, bem como, independem das áreas de atuação ou do enfoque adotado<<strong>br</strong> />

pelo auditor.<<strong>br</strong> />

2. NORMAS BRASILEIRAS PARA O EXERCÍCIO DA AUDITORIA INTERNA<<strong>br</strong> />

O Instituto dos Auditores Internos do Brasil – AUDIBRA aprovou, as Normas<<strong>br</strong> />

Brasileiras para o Exercício da <strong>auditoria</strong> Interna com a intenção de torná-las “um instrumento<<strong>br</strong> />

de orientação, ensino formação e aperfeiçoamento do auditor interno”, conforme<<strong>br</strong> />

palavras do Dr. Armando Andrade no prefácio da 1ª publicação.<<strong>br</strong> />

Ele, como presidente nacional do Instituto, naquela ocasião, dizia da intenção de, com<<strong>br</strong> />

a publicação, também esclarecer a alta administração das entidades, os auditores<<strong>br</strong> />

independentes, os organismos de controle externo e interno e o sistema universitário, o papel,<<strong>br</strong> />

responsabilidade , forma de autuação, a<strong>br</strong>angência e capacitação mínima necessária para o<<strong>br</strong> />

desempenho das atribuições do auditor interno<<strong>br</strong> />

13


As normas <strong>br</strong>asileiras são similares, sob vários aspectos, às normas americanas<<strong>br</strong> />

editadas pelo IIA “The Institute of Internal Auditors, INC-USA”, por opção consciente<<strong>br</strong> />

declarada da própria Comissão que a redigiu.<<strong>br</strong> />

Conferindo uma com a outra, verificamos que AUDIBRA adicionou um item as normas<<strong>br</strong> />

relativas à Administração do Órgão, tratando do Relacionamento profissional com os<<strong>br</strong> />

organismos de fiscalização e controle. Em Compensação esqueceu-se de incluir uma norma<<strong>br</strong> />

a qual o IIA intitula de “Observância de políticas planos, procedimentos , leis e regulamentos”,<<strong>br</strong> />

(código 320), integrantes das normas relativas ao âmbito do trabalho.<<strong>br</strong> />

Temos a registrar que a Secretaria de Controle de Empresas Estatais (SEST) havia<<strong>br</strong> />

elaborado, anteriormente, as Normas para o Exercício Profissional da Auditoria Interna nas<<strong>br</strong> />

Empresas Estatais, publicadas no diário oficial da união em 11.1186, também, copiadas sem<<strong>br</strong> />

rebuço das normas americanas.<<strong>br</strong> />

2.1 Independência<<strong>br</strong> />

Não encontramos um autor sequer que discordasse do IIA e do AUDIBRA, quando<<strong>br</strong> />

esses Institutos colocam que os “auditores internos são independentes quando podem<<strong>br</strong> />

exercer suas funções livres e objetivamente” e que essa independência, acrescentando, ainda<<strong>br</strong> />

a autonomia gerencial e o apoio de Alta Administração.<<strong>br</strong> />

Ninguém seria maluco para discutir esses aspectos, muito menos quando os Institutos<<strong>br</strong> />

dizem a um só tom que “a independência permite aos auditores exercerem julgamento<<strong>br</strong> />

imparcial e sem tendenciosos, que é essencial à realização de uma boa <strong>auditoria</strong>.”<<strong>br</strong> />

Todos concordam também que, oficializar essa independência a finalizar, autoridades<<strong>br</strong> />

e responsabilidades de <strong>auditoria</strong> interna devem ser formalizadas em normas organizacionais<<strong>br</strong> />

e no manual da <strong>auditoria</strong> interna, para conhecimentos de todos os níveis da organização e de<<strong>br</strong> />

entidades externas, especialmente, os organismos de fiscalização e controle.<<strong>br</strong> />

Fugindo um pouco do campo das concordâncias, há uma questão de rótulo que<<strong>br</strong> />

provoca um certo mal-estar nos bons profissionais de <strong>auditoria</strong> interna, qual seja a<<strong>br</strong> />

denominação de independentes” apenas para os auditores externos.<<strong>br</strong> />

Apesar de sua origem legal, essa nomenclatura chaga a ser cruel, pelo seu sentido<<strong>br</strong> />

discriminatório e desmoralizante em relação aos auditores internos, que também têm de ser<<strong>br</strong> />

independentes para atingir com eficácia seu objetivo de auxiliar a administração na gestão<<strong>br</strong> />

dos negócios apesar do vínculo empregatício.<<strong>br</strong> />

2.1.1 <strong>Pos</strong>icionamento na Estrutura Organizacional<<strong>br</strong> />

Requisito já comentado no item 4 do módulo I .<<strong>br</strong> />

2.1.2. Objetividade Profissional<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA e os autores consultados, copiando o IIA, caracterizam a objetividade<<strong>br</strong> />

como uma “atitude independente, a ser mantida pelos auditores durante a realização de<<strong>br</strong> />

seu trabalho.”<<strong>br</strong> />

O IIA acrescenta a essa definição que “os auditores internos não devem ceder em seus<<strong>br</strong> />

julgamentos so<strong>br</strong>e questões de <strong>auditoria</strong>.”<<strong>br</strong> />

Ao contrário do que fez o AUDIBRA, Attie copiou essa definição integralmente, porém,<<strong>br</strong> />

cometeu o erro de trocar o verbo ceder por exceder, modificando o seu sentido (ver pág. 58<<strong>br</strong> />

do livro Auditoria Interna, de William Attie, Ed. Atlas, 1992).<<strong>br</strong> />

14


“Mantendo uma atitude mental independente (Isto é, sendo intelectualmente honesto),<<strong>br</strong> />

os auditores asseguram, para si próprios, a imparcialidade de seus pareceres.” (<<strong>br</strong> />

Auditoria filosofia e técnica – Cook, John W. e Winkle, Gary M., Ed. Saraiva, 1979, pág. 29).<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA tentou esgotar o tema ao definir a objetividade profissional do auditor<<strong>br</strong> />

como “sua capacidade de percepção, análise e síntese dos fatos da vida organizacional<<strong>br</strong> />

por ele examinados, de maneira isenta de pressões e comportamentos de caráter<<strong>br</strong> />

hierárquico ou funcional.” (Normas Brasileiras, AUDIBRA, pág. 24)<<strong>br</strong> />

Entendemos que essa definição ficaria melhor se lhe acrescentássemos os<<strong>br</strong> />

comprometimentos de caráter pessoal, que são geradores de tendenciosidades reais ou<<strong>br</strong> />

potenciais, assim como os de caráter hierárquico ou funcional, estes dois mais ligados ao<<strong>br</strong> />

posicionamento inadequado da <strong>auditoria</strong> na estrutura organizacional.<<strong>br</strong> />

Dentre as várias situações que podem impedir o exercício de um julgamento<<strong>br</strong> />

profissional objetivo, temos encontrado com freqüência aquela em que o auditor é indicado<<strong>br</strong> />

para examinar uma área gerenciada por um ex-colega da própria Auditoria Interna. Em<<strong>br</strong> />

condições normais, uma boa Auditoria Interna é exportadora de profissionais preparados para<<strong>br</strong> />

cargos gerenciais, daí a ocorrência freqüente dessa situação.<<strong>br</strong> />

Curiosamente, os Institutos <strong>br</strong>asileiros e americanos, bem como os autores<<strong>br</strong> />

pesquisados, somente se preocupam com a situação inversa, qual seja, a do auditor interno<<strong>br</strong> />

recrutado de outra área da empresa.<<strong>br</strong> />

Nesse caso, concordamos com a recomendação de se evitar a ocorrência real ou<<strong>br</strong> />

presumida de subjetividade, tendenciosas ou animosidades, não se atribuindo a esse auditor<<strong>br</strong> />

a execução de exames ou verificações na sua de origem, senão depois de decorrido um<<strong>br</strong> />

tempo razoável, a critério do gerente da Auditoria Interna.<<strong>br</strong> />

Quanto à primeira situação citada, reconhecemos que as dificuldades para se obter uma boa<<strong>br</strong> />

solução é diretamente proporcional ao tempo de convivência que os auditores tiveram com o<<strong>br</strong> />

ex-colega e ao seu nível hierárquico quando deixou a Auditoria Interna, dependendo,<<strong>br</strong> />

portanto, de cada caso.<<strong>br</strong> />

Vale lem<strong>br</strong>ar outras duas recomendações das Normas de Auditoria, que reputamos<<strong>br</strong> />

importantes para preservação da objetividade profissional.<<strong>br</strong> />

rodízio periódico dos auditores em relação as áreas, atividades ou sistemas a<<strong>br</strong> />

serem examinados;<<strong>br</strong> />

o auditor interno não deve assumir responsabilidades executivas nas áreas<<strong>br</strong> />

operacionais, Se, excepcionalmente, isto ocorrer, deve ficar claro que não atuará<<strong>br</strong> />

na qualidade de auditor e que ficará impedido, posteriormente, de complementar<<strong>br</strong> />

exames nessa área ou relatar so<strong>br</strong>e ele.<<strong>br</strong> />

Finalizando, concluímos que se a objetividade é impulsionada pelo correto posicionamento do<<strong>br</strong> />

auditor interno na estrutura organizacional, fortalecendo-se com as recomendações postas<<strong>br</strong> />

neste tópico, somente se sustenta com a competência profissional, a qual comentaremos no<<strong>br</strong> />

tópico seguinte deste trabalho.<<strong>br</strong> />

2.2. Competência Profissional<<strong>br</strong> />

Dizem os Institutos que: "É de responsabilidade do órgão de Auditoria Interma e<<strong>br</strong> />

do auditor interno, individualmente, demonstrar competência profissional."<<strong>br</strong> />

2.2.1. Estrutura Departamental<<strong>br</strong> />

Destacamos a observação de que "o órgão poderá melhor atender suas<<strong>br</strong> />

responsabilidades e atribuições quando for estruturado por especializações."<<strong>br</strong> />

15


Concordamos com essa estruturação, desde que, em atenção ao recomendado pelo<<strong>br</strong> />

AUDIBRA na norma 120.02.02, seja providenciado o rodízio periódico dos auditores, como<<strong>br</strong> />

forma de r<strong>edu</strong>zir os riscos de perda de objetividade, pela avaliação repetitiva de um mesmo<<strong>br</strong> />

objeto de controle.<<strong>br</strong> />

2.2.2. Apoio Administrativo ao Trabalho do Auditor<<strong>br</strong> />

Depreende-se, pela forma de atuar proposta pelo AUDIBRA, que a estrutura de apoio<<strong>br</strong> />

administrativo deve concentrar-se em gerar informações gerenciais, tais como o controle de<<strong>br</strong> />

horas e controle orçamentário, dentre outras.<<strong>br</strong> />

Nesse aspecto, entendemos que houve uma "pequena pisada na bola", pois, pelo<<strong>br</strong> />

título do item espera-se que o apoio seja ao trabalho do auditor e não ao trabalho do gerente!<<strong>br</strong> />

Para dissipar esse equívoco, acrescentaríamos ao texto a importância dessa estrutura<<strong>br</strong> />

no atendimento a algumas necessidades rotineiras dos auditores, quando estes estão em<<strong>br</strong> />

campo, principalmente em viagem. Dentre essas necessidades técnicas e de apoio logístico,<<strong>br</strong> />

podemos exemplificar: a pesquisa de legislação ou de assuntos abordados em relatórios<<strong>br</strong> />

anteriores; preparação e expedição de correspondências para circularização de clientes ou<<strong>br</strong> />

empregados; contatos com outras áreas da empresa ou de fora dela para obtenção de<<strong>br</strong> />

informações e para reservas de hotéis e de passagens.<<strong>br</strong> />

É inevitável que essa área de apoio administrativo seja utilizada, também, para<<strong>br</strong> />

atender algumas necessidades urgentes de caráter particular, quando os auditores estão<<strong>br</strong> />

viajando em serviço, tais como transações bancárias, marcação de consultas médicas e até<<strong>br</strong> />

orientação dos familiares do auditor em situações emergenciais.<<strong>br</strong> />

2.2.3. Documentação e Arquivos<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA recomendou "o estabelecimento de formas, sistemas e parâmetros<<strong>br</strong> />

para o tratamento interno tanto da documentação gerada dentro da própria Auditoria<<strong>br</strong> />

Interma, como daquela recebida de outras áreas da organização ou de fora dela."<<strong>br</strong> />

Recomendou, também, a subdivisão desses arquivos "conforme sua natureza<<strong>br</strong> />

permanente ou temporária, grau de sigilo e alçada de acesso, conteúdo e outros<<strong>br</strong> />

parâmetros ..."<<strong>br</strong> />

Como recomendação adicional, lem<strong>br</strong>amos a necessidade de controles específicos a<<strong>br</strong> />

serem estabelecidos para os arquivos gerados em microcomputadores, destacando-se o nível<<strong>br</strong> />

de acesso, a quantidade, o local e a responsabilidade pela guarda dos back-ups.<<strong>br</strong> />

2.2.4. Manual de Auditoria Interna<<strong>br</strong> />

As Normas Brasileiras estabelecem que a Auditoria Interna "deve contar com um<<strong>br</strong> />

manual conceitual e de procedimentos gerais para normatizar e orientar o trabalho dos<<strong>br</strong> />

auditores intermos."<<strong>br</strong> />

Concordamos com a afirmação do AUDIBRA de que o Manual de Auditoria é "um dos<<strong>br</strong> />

instrumentos essenciais para a boa organização do órgão e orientação básica no<<strong>br</strong> />

treinamento e capacitação profissional."<<strong>br</strong> />

Quanto à sua formalização junto à Alta Administração, não a julgamos indispensável<<strong>br</strong> />

para que o documento atinja a efetividade desejada, ao contrário do que insinua o<<strong>br</strong> />

AUDIBRA, haja vista a autonomia gerencial que deve ter a Auditoria Interna.<<strong>br</strong> />

16


2.2.5. Nomenclatura Profissional para o Auditor Interno<<strong>br</strong> />

Diante da falta de regulamentação da profissão de <strong>auditoria</strong> interna, torna-se<<strong>br</strong> />

inestimável a colaboração do AUDIBRA em estabelecer uma nomenclatura padronizada para<<strong>br</strong> />

os diversos níveis de graduação dos profissionais da área, a saber:<<strong>br</strong> />

. Gerente (de Auditoria Interna)<<strong>br</strong> />

. Supervisor ou Coordenador (de Auditoria Interna) . Auditor (Interno) Sênior<<strong>br</strong> />

. Auditor (Interno) Pleno . Auditor (Interno) Júnior<<strong>br</strong> />

. Assistente de Auditoria Interna, ou Auditor Trainee, ou Auditor Auxiliar.<<strong>br</strong> />

Não obstante o seu caráter recomendatório, as Normas Brasileiras nos ajudam a<<strong>br</strong> />

dialogar e reforçar os argumentos de nossa defesa, junto aos simpáticos, mas não muito<<strong>br</strong> />

esclarecidos gerentes de recursos humanos de nossas empresas, que querem atribuir ao<<strong>br</strong> />

nosso cargo ou função, ora letras (auditor A, auditor B, etc.), ora algarismos (auditor I, auditor<<strong>br</strong> />

II, etc.), nomenclaturas incompatíveis com as adotadas pelo mercado de trabalho.<<strong>br</strong> />

2.2.6. Recrutamento, Seleção e Contratação de Pessoal<<strong>br</strong> />

"A Auditoria Interna deve se assegurar de que os auditores internos possuam<<strong>br</strong> />

competência técnica e grau de instrução compatíveis com as tarefas que executarão."<<strong>br</strong> />

(Normas Brasileiras, AUDIBRA, pág. 30).<<strong>br</strong> />

Por essa razão, o AUDIBRA define que "é de responsabilidade do gerente da<<strong>br</strong> />

Auditoria Interma estabelecer os padrões e critérios para recrutamento e seleção dos<<strong>br</strong> />

auditores", listando uma série de aspectos que devem ser levados em conta no processo.<<strong>br</strong> />

Dentre esses aspectos importantes, chamamos a atenção para a participação pessoal<<strong>br</strong> />

do gerente do órgão na entrevista final, para certificar-se do acerto da seleção, mesmo que o<<strong>br</strong> />

processo assegure uma boa avaliação de conhecimentos e do perfil psicológico dos<<strong>br</strong> />

candidatos.<<strong>br</strong> />

Já no item que a Norma menciona o exame da vida pregressa do candidato a<<strong>br</strong> />

admissão, incluiríamos com a mesma ênfase, a do candidato a transferência de outra<<strong>br</strong> />

área da empresa para a Auditoria Interna. Essa medida tem natureza profilática, pois<<strong>br</strong> />

propicia a identificação de empregados que já sofreram investigações mal esclarecidas<<strong>br</strong> />

ou punições em sua área de origem, com possíveis reflexos indesejáveis para a boa<<strong>br</strong> />

imagem da Auditoria.<<strong>br</strong> />

Não foi alvo de considerações pelas normas <strong>br</strong>asileiras, nem pelas normas<<strong>br</strong> />

americanas, muito menos pelos autores consultados, a contratação de estagiários pelos<<strong>br</strong> />

órgãos de <strong>auditoria</strong> interna.<<strong>br</strong> />

Esse assunto ganha relevância no Brasil, em face da legislação vigente tornar menos<<strong>br</strong> />

onerosa para as empresas essa modalidade de contratação.<<strong>br</strong> />

Entretanto, sentimos que ela não tem prosperado nos órgãos de <strong>auditoria</strong>, diante da<<strong>br</strong> />

resistência dos seus gerentes à utilização de um tipo de mão-de-o<strong>br</strong>a que gera<<strong>br</strong> />

preocupações, não só pela pouca flexibilidade da jornada de trabalho, impedindo as viagens,<<strong>br</strong> />

mas também pelas maiores restrições de acesso à informações confidencias inerentes à<<strong>br</strong> />

atividade.<<strong>br</strong> />

2.2.7. Conhecimento, Capacidade e Competência Profissional<<strong>br</strong> />

De acordo com o AUDIBRA, "o órgão de Auditoria Interna deve ter pessoal<<strong>br</strong> />

versado em contabilidade, economia e finanças, informática, legislação societária,<<strong>br</strong> />

fiscal e trabalhista, em controles internos e outras áreas, conforme exigirem os<<strong>br</strong> />

trabalhos de <strong>auditoria</strong>."<<strong>br</strong> />

Talvez para evitar o entendimento de que um órgão de <strong>auditoria</strong> é composto de<<strong>br</strong> />

superdotados, o IIA ressalva nessa norma, por ele denominada de "Conhecimento,<<strong>br</strong> />

Capacidade e Instrução", que "não é preciso ... que cada auditor conheça todas essas<<strong>br</strong> />

matérias".<<strong>br</strong> />

17


Na verdade, a Auditoria Interna é quem deve possuir conhecimentos multidisciplinares,<<strong>br</strong> />

exigindo-se do auditor apenas a escolaridade e experiência compatíveis para essa, função,<<strong>br</strong> />

com a competência na aplicação de normas, procedimentos e técnicas de <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

Tanto o AUDIBRA, quanto o IIA a<strong>br</strong>em a perspectiva da utilização de assessores ou<<strong>br</strong> />

consultores nos trabalhos da Auditoria Interna, sendo que o primeiro ressalva caber ao auditor<<strong>br</strong> />

delinear o espaço desses profissionais especializados e reproduzir suas conclusões,<<strong>br</strong> />

juntamente com a opinião do órgão so<strong>br</strong>e as mesmas.<<strong>br</strong> />

2.2.8. Supervisão do Trabalho dos Auditores<<strong>br</strong> />

"A supervisão é um processo contínuo, iniciando na fase de planejamento e<<strong>br</strong> />

findo com a conclusão dos exames de <strong>auditoria</strong>." (Normas Brasileiras, AUDIBRA, pág.<<strong>br</strong> />

32).<<strong>br</strong> />

Somos de opinião que, da supervisão executada com competência e zelo, depende<<strong>br</strong> />

fundamentalmente o atingimento eficaz dos objetivos de cada trabalho de <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

Discordamos, inclusive, dos Institutos <strong>br</strong>asileiro e americano que dão abertura para<<strong>br</strong> />

que haja um maior ou menor grau de supervisão, dependendo da competência da equipe<<strong>br</strong> />

designada para o trabalho de campo.<<strong>br</strong> />

Não podemos concordar com uma supervisão que não seja efetiva e completa, pois,<<strong>br</strong> />

independentemente de quem realiza os trabalhos, a responsabilidade total pelos resultados<<strong>br</strong> />

cabe ao gerente da Auditoria Interna que, portanto, nunca deve fazer concessão quanto à<<strong>br</strong> />

qualidade da supervisão.<<strong>br</strong> />

Ainda que um trabalho tenha obtido êxito com pouca ou nenhuma supervisão, graças<<strong>br</strong> />

à competência da equipe, devemos pensar que, com a supervisão adequada seria agregado<<strong>br</strong> />

maior valor ainda ao seu resultado.<<strong>br</strong> />

2.2.9.Conhecimento Profissional, Capacidade e Instrução do Auditor Interno<<strong>br</strong> />

O IIA foi claro ao definir que "os auditores internos devem possuir o<<strong>br</strong> />

conhecimento, a capacidade e instrução essenciais à realização de seu trabalho."<<strong>br</strong> />

Já o AUDIBRA inicia essa norma com uma colocação imprecisa: "todo auditor interno deve<<strong>br</strong> />

possuir certo conhecimento e capacidades mínimas." Isso não quer dizer nada!<<strong>br</strong> />

Na seqüência do assunto o AUDIBRA se reabilita, empatando com o IIA ao acrescentar que<<strong>br</strong> />

“capacidade significa enfrentar situações que possam ocorrer, sem necessitar recorrer<<strong>br</strong> />

de imediato a outras fontes para assessoria ou pesquisa técnica."<<strong>br</strong> />

A respeito do significado de "conhecimento profissional", o AUDIBRA fica devendo,<<strong>br</strong> />

razão pela qual nós procuramos sintetizar o que diz o IIA a respeito: conhecimento em<<strong>br</strong> />

determinada área ou assunto pressupõe capacidade de identificar a existência de<<strong>br</strong> />

problemas ou possibilidades destes ocorrerem; de reconhecer os riscos e eventuais<<strong>br</strong> />

desvios relevantes: de efetuar a pesquisa satisfatória para chegar a soluções viáveis<<strong>br</strong> />

ou determinar a necessidade de assessoria para buscar essas soluções.<<strong>br</strong> />

Percebemos, com alívio, que so<strong>br</strong>e <strong>edu</strong>cação formal os Institutos quase fugiram do<<strong>br</strong> />

assunto, deixando a porta aberta para todas as formações acadêmicas.<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA, por exemplo, passando ao largo da regulamentação legal, recomenda,<<strong>br</strong> />

em vez de exigir, aos que atuam no campo da <strong>auditoria</strong> contábil, que sua <strong>edu</strong>cação formal<<strong>br</strong> />

seja em contabilidade, com registro no conselho de classe, nada mencionando so<strong>br</strong>e os que<<strong>br</strong> />

atuam nos demais campos, como Administração, Finanças, Informática, etc.<<strong>br</strong> />

A linha adotada pelo AUDIBRA é coerente com a característica multifacetada da atividade de<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong> interna, na qual predominam profissionais com visão generalista em diversos<<strong>br</strong> />

segmentos de atuação, embora tornem-se especialistas na área de controle internos e,<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>etudo, na gestão dos negócios da organização em que atuam.<<strong>br</strong> />

18


2.2.10. Relações Humanas e Comunicações com o Auditado<<strong>br</strong> />

As Normas Brasileiras repetem as Normas do IIA, quase com as mesmas palavras,<<strong>br</strong> />

substituindo "ser hábeis" por "ter habilidade" e, "eficazmente" por "maneira eficaz",<<strong>br</strong> />

estabelecendo que "os auditores internos devem ter habilidade no trato com as pessoas<<strong>br</strong> />

e em comunicar se de maneira eficaz"<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA avança um pouco mais no assunto, passando algumas dicas do que é<<strong>br</strong> />

necessário no campo profissional, para o bom relacionamento com o auditado, das quais<<strong>br</strong> />

registramos esta: "que as constatações que efetuar no seu trabalho devem ser levadas<<strong>br</strong> />

aa conhecimento do auditado, em primeiro lugar."<<strong>br</strong> />

É indiscutível a no<strong>br</strong>eza de propósito dessa colocação do AUDIBRA, mas sua<<strong>br</strong> />

aplicação não é recomendável em caso de constatação de indícios de fraude.<<strong>br</strong> />

Nessas situações, o auditor interno deve comunicar, primeiramente, o Supervisor ou Gerente<<strong>br</strong> />

da Auditoria, ocasião em que se estabelecerão os passos seguintes, apropriados para cada<<strong>br</strong> />

caso.<<strong>br</strong> />

Não estamos exagerando ao assegurar que os passos a seguir, em caso de suspeita<<strong>br</strong> />

de fraude, jamais incluirão a comunicação ao auditado em primeiro lugar, para evitar que este<<strong>br</strong> />

desapareça com algumas outras evidências que o auditor ainda não atingiu, prejudicando as<<strong>br</strong> />

investigações posteriores, pela Comissão de Inquérito Administrativo ou pela Policia.<<strong>br</strong> />

2.2.11. Programa de Capacitação Contínua do Auditor lnterno<<strong>br</strong> />

Não pode haver dúvidas quando se afirma que "os auditores internos têm a<<strong>br</strong> />

responsabilidade de continuar seu desenvolvimento técnico, a ~m de manterem-se<<strong>br</strong> />

atualizados e capacitados. "<<strong>br</strong> />

A atitude individual do auditor interno, quanto ao contínuo aperfeiçoamento e<<strong>br</strong> />

ampliação de seus conhecimentos, segundo o AUDIBRA, transforma-se num processo efetivo<<strong>br</strong> />

quando encontra ressonância no próprio plano anual de treinamento da Auditoria Interna.<<strong>br</strong> />

"Pode-se continuar a capacitação participando de atividades de associações de<<strong>br</strong> />

classe, assistindo a conferências, seminários e cursos formais em escolas, recebendo<<strong>br</strong> />

treinamento proporcionado pela própria organização e participando de projetos de pesquisa",<<strong>br</strong> />

conforme sugere a norma em pauta. lgnorar o princípio aqui traduzido ou economizar na sua<<strong>br</strong> />

prática, diante do seu custo, tanto para a empresa como para o profissional, poderá repercutir<<strong>br</strong> />

diretamente na credibilidade do auditor interno e na conseqüente perda de eficácia do próprio<<strong>br</strong> />

órgão.<<strong>br</strong> />

2.2.12. Zelo Profissional<<strong>br</strong> />

Pouco foi acrescentado pelo AUDIBRA às normas americanas, no que tange ao zelo<<strong>br</strong> />

profissional, dando sua interpretação de que este se trata do "cuidado e o nível de aplicação<<strong>br</strong> />

que uma pessoa prudente emprega na execução de seu trabalho, e o seu comprometimento<<strong>br</strong> />

com as qualificações necessárias para a execução desse trabalho."<<strong>br</strong> />

É importante lem<strong>br</strong>ar que dentre outras qualificações, as normas incluem: "- A<<strong>br</strong> />

capacidade de efetuar julgamento profissional.<<strong>br</strong> />

O treinamento e o conhecimento adequado do assunto, da área e dos procedimentos<<strong>br</strong> />

aplic8veis ao exame sob sua responsabilidade.<<strong>br</strong> />

A percepção do fato de que os executores das várias tarefas na organização podem<<strong>br</strong> />

cometer omissões, enganos, ineficiências, desperdícios ou praticar atos dolosos,<<strong>br</strong> />

ilegais, irregulares ou que caracterizem conflitos de interesses.<<strong>br</strong> />

19


A utilização de conhecimentos e discernimentos profissionais razoáveis na realização<<strong>br</strong> />

do seu trabalho, levando em conta também a adequação dos controles internos e o<<strong>br</strong> />

custo da <strong>auditoria</strong> em relação aos seus objetivos. "<<strong>br</strong> />

Ambos os Institutos (AUDIBRA e IIA) alertam que o zelo profissional implica cuidado e<<strong>br</strong> />

competência razoável, não infalibilidade.<<strong>br</strong> />

O IIA acrescenta que o zelo não implica "um desempenho excepcionalmente bom",<<strong>br</strong> />

aspecto que o nosso Instituto excluiu, talvez, querendo parecer mais exigente que o<<strong>br</strong> />

americano, com o que concordamos plenamente.<<strong>br</strong> />

Não há divergências entre os Institutos, quando posicionam que "não se exige do<<strong>br</strong> />

auditor zeloso que faça <strong>auditoria</strong>s pormenorizadas de todas as transações, mas, sim, que<<strong>br</strong> />

realize exames e verificações, em grau e extensão razoáveis. Por estes motivos, o auditor<<strong>br</strong> />

interno não pode garantir, com absoluta segurança, que não haja irregularidades ou<<strong>br</strong> />

inobservâncias de normas ou princípios."<<strong>br</strong> />

Por seu lado, o AUDIBRA arremata, dizendo que "o auditor interno terá sempre<<strong>br</strong> />

presente que os atos da administração devem pautar se pelos princípios de legalidade,<<strong>br</strong> />

impessoalidade, moralidade e publicidade, compatíveis com a lisura das transações e a<<strong>br</strong> />

proteção dos negócios.<<strong>br</strong> />

2.3. Âmbito do Trabalho<<strong>br</strong> />

As divergências entre o AUDIBRA e o IIA so<strong>br</strong>e este tema iniciam-se pelo seu<<strong>br</strong> />

título. Preferimos o adotado pelo AUDIBRA, "Âmbito do Trabalho", em vez de "Escopo<<strong>br</strong> />

do Trabalho", apoiados nas definições do Dicionário AURÉLIO. Âmbito significa<<strong>br</strong> />

contorno ou espaço delimitado, representado melhor a idéia de a<strong>br</strong>angência firmada<<strong>br</strong> />

nesta norma, embora o termo escopo (alvo, mira ou intenção) não deva ser desprezado.<<strong>br</strong> />

"O trabalho de <strong>auditoria</strong> interna deve a<strong>br</strong>anger o exame e a avaliação da adequação e<<strong>br</strong> />

eficácia do sistema de controle interno da organização e da qualidade do seu<<strong>br</strong> />

desempenho , especifica o AUDIBRA, em suas Normas Brasileiras para o Exercício da<<strong>br</strong> />

Auditoria Interna.”<<strong>br</strong> />

Essa definição, que não nega sua origem nas normas americanas, faz com que nosso<<strong>br</strong> />

raciocínio fique andando em círculos, quando a decompomos e analisamos suas partes com<<strong>br</strong> />

relação a outras definições tratadas pelas próprias normas de Auditoria, senão vejamos:<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA diz que o sistema de “controles eficientes permitem cumprir os<<strong>br</strong> />

objetivos de maneira correta e tempestiva com a mínima utilização de recursos”<<strong>br</strong> />

2.4. Execução do Trabalho<<strong>br</strong> />

"O trabalho de <strong>auditoria</strong> deve compreender o planejamento do exame,<<strong>br</strong> />

verificação e avaliação das informações, comunicação dos resultados e seu<<strong>br</strong> />

acompanhamento. O auditor interno tem a responsabilidade de planejar e realizar o<<strong>br</strong> />

trabalho de <strong>auditoria</strong> sujeito a supervisão e aprovação."(Normas Brasileiras para o<<strong>br</strong> />

Exercício da Auditoria Interna, AUDIBRA, pág. 63).<<strong>br</strong> />

2.4.1. Planejamento do Trabalho de Auditoria a ser Realizado<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA ao referir-se que "o planejamento deve ser documentado" e que deve<<strong>br</strong> />

obedecer uma série de passos, reproduz "ipsis litteris" a norma americana esquecendo-se<<strong>br</strong> />

apenas de incluir a "obtenção de aprovação para o plano de trabalho". São citados os<<strong>br</strong> />

seguintes passos:<<strong>br</strong> />

Estabelecimentos dos objetivos de <strong>auditoria</strong> e do âmbito do trabalho.<<strong>br</strong> />

Obtenção de informações básicas so<strong>br</strong>e as atividades a serem examinadas.<<strong>br</strong> />

20


Determinação dos recursos necessários à realização da <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

Comunicação a todos que precisam ter conhecimento da <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

Realização de um levantamento, no local de trabalho, para que os auditores<<strong>br</strong> />

encarregados se familiarizem com as atividades e controles a serem examinados;<<strong>br</strong> />

para que se identifiquem as áreas a serem ressaltadas e se estimule a apresentação<<strong>br</strong> />

de comentários e sugestões.<<strong>br</strong> />

Elaboração do programa de <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

“Determinação de como, quando e a quem os resultados de <strong>auditoria</strong> serão<<strong>br</strong> />

comunicados.”<<strong>br</strong> />

Enquanto as normas do IIA param por aí, as normas <strong>br</strong>asileiras seguem no assunto,<<strong>br</strong> />

alertando que a efetividade do desempenho da Auditoria "depende de maneira decisiva do<<strong>br</strong> />

apoio logístico aos seus auditores."<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA, inclusive, relaciona diversos aspectos básicos a serem contemplados para que<<strong>br</strong> />

esse apoio logístico tenha uma estrutura adequada, dentre os quais destacamos de forma<<strong>br</strong> />

resumida, aqueles que julgamos mais importantes:<<strong>br</strong> />

Elaboração do programa de controle, contendo os enfoques e procedimentos a serem<<strong>br</strong> />

aplicados, caso a caso, assim como a extensão, profundidade e parâmetros a serem<<strong>br</strong> />

observados.<<strong>br</strong> />

Programação dos tempos de execução dos trabalhos.<<strong>br</strong> />

Programação da equipe composta por auditores de diferentes níveis de experiência e<<strong>br</strong> />

conhecimento.<<strong>br</strong> />

Definição das prioridades a serem observadas em função de: nível de risco e potencial<<strong>br</strong> />

de influência nos resultados; ocorrência de alterações nos sistemas ou na direção;<<strong>br</strong> />

modificações importantes na política econômica ou fiscal, etc.<<strong>br</strong> />

Estruturação de tipo, formato e periodicidade dos Relatórios de Auditoria.<<strong>br</strong> />

Estrutura de supervisão dos trabalhos.<<strong>br</strong> />

Para finalizar, afirmamos, sem receio de errar, que o sucesso do trabalho do auditor<<strong>br</strong> />

interno depende fundamentalmente do planejamento eficaz de sua atividade, não só na fase<<strong>br</strong> />

que antecede sua ida a campo, como também durante sua execução prática, quando<<strong>br</strong> />

depende mais dele do que do seu gerente ou supervisor o planejamento de cada etapa dos<<strong>br</strong> />

exames a ele atribuídos.<<strong>br</strong> />

Nossa afirmação repousa na experiência de que o programa de <strong>auditoria</strong> elaborado<<strong>br</strong> />

pelo Gerente, por mais completo e atualizado que se apresente, quando de sua aplicação<<strong>br</strong> />

freqüentemente esbarra em obstáculos criados pelo dinamismo das áreas operacionais, que<<strong>br</strong> />

na prática alteram rotinas importantes sem retificação das normas escritas, exigindo que o<<strong>br</strong> />

próprio auditor em campo, refeito da surpresa, redimensione a extensão, profundidade e<<strong>br</strong> />

parâmetros previstos no programa, caracterizando, portanto, nova fase de planejamento ou<<strong>br</strong> />

replanejamento.<<strong>br</strong> />

2.4.2. Exame e Avaliação de Informações<<strong>br</strong> />

"O auditor interno deve reunir, analisar, interpretar e documentar informação suficiente<<strong>br</strong> />

para fundamentar os resultados da <strong>auditoria</strong>." (Normas Brasileira, AUDIBRA, pág. 66).<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>e essa norma o AUDIBRA não chegou a alterar muito a redação dada pelo IIA, no<<strong>br</strong> />

entanto, criou um subitem com o título de "Papéis de Trabalho", o qual na verdade trata<<strong>br</strong> />

predominantemente das "evidências" e não dos papéis, propriamente ditos.<<strong>br</strong> />

"Evidência", um termo não adotado pelo IIA, é o que o AUDIBRA denomina de<<strong>br</strong> />

"informação (ou conjunto de informações) para fundamentar os resultados da<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong>".<<strong>br</strong> />

As evidências obtidas pelo auditor interno devem ser registradas nos papéis de<<strong>br</strong> />

trabalho, desde que sejam suficientes, fidedignas, relevantes e úteis para fornecer uma base<<strong>br</strong> />

sólida para as conclusões e recomendações da Auditoria Interna.<<strong>br</strong> />

21


Segundo as Normas Brasileiras:<<strong>br</strong> />

"Informação suficiente quer dizer existência de dados factuais completos,<<strong>br</strong> />

adequados e convincentes, que conduzem os destinatários da informação às mesmas<<strong>br</strong> />

conclusões que o auditor. Informação fidedigna significa informação confiável, Integra,<<strong>br</strong> />

procedente de boa fonte o a melhor que se pode obter usando os métodos apropriados<<strong>br</strong> />

de <strong>auditoria</strong> é a que diz respeito direto ao objeto sob exame e significa que a<<strong>br</strong> />

informação usada para fundamentar as descobertas e recomendações de <strong>auditoria</strong><<strong>br</strong> />

atingem os objetivos estabelecidos para esta última. Informação útil significa que a<<strong>br</strong> />

informação obtida auxilia tanto o auditor a alcançar suas conclusões como ajuda a<<strong>br</strong> />

organização a atingir suas metas e objetivos. "<<strong>br</strong> />

Os conceitos so<strong>br</strong>e as diferentes naturezas de informação ou evidência são bastante<<strong>br</strong> />

claros, porém, identificamos uma r<strong>edu</strong>ndância na definição de "informação útil".<<strong>br</strong> />

Dizer que informação útil é aquela que auxilia o auditor a alcançar suas conclusões, é o<<strong>br</strong> />

mesmo que sintetizar num só os outros três adjetivos explicados anteriormente. Portanto,<<strong>br</strong> />

entendemos que se informação é relevante, fidedigna e suficiente, dizer que ela é útil para o<<strong>br</strong> />

auditor, constitui r<strong>edu</strong>ndância.<<strong>br</strong> />

2.4.3. Comunicação de Resultados e relatórios de Auditoria<<strong>br</strong> />

Este é mais um dos itens normativos cujo conteúdo foi ampliado significativamente<<strong>br</strong> />

pelo AUDIBRA, em relação às normas editadas pelo IIA.<<strong>br</strong> />

Em resumo essa norma estabelece que "os auditores internos devem – se comunicar os<<strong>br</strong> />

resultados do trabalho realizado". (Normas Brasileiras, AUDIBRA, pág. 68).<<strong>br</strong> />

Essa comunicação deve ser em forma de relatório escrito e assinado pelo gerente da<<strong>br</strong> />

Auditoria Interna e, pode ser enviado integralmente ou em partes, desde que preservada a<<strong>br</strong> />

sua confidencialidade, diretamente à Alta Administração e à Gerência da área examinada ou<<strong>br</strong> />

envolvida, conforme a relevância dos assuntos.<<strong>br</strong> />

Segundo o AUDIBRA, somente por decisão da Alta Administração os relatórios de<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong> poderão ser enviados para fins externos, ainda que solicitados por órgãos de<<strong>br</strong> />

fiscalização e controle e para apresentação em juízo.<<strong>br</strong> />

Consta, também, nessa norma as alternativas de se adotar relatórios intermediários de<<strong>br</strong> />

forma verbal ou escrita (para antecipar informações que mereçam tratamento urgente da<<strong>br</strong> />

administração); relatórios sumarizados (para não tornar a leitura cansativa aos níveis mais<<strong>br</strong> />

altos da hierarquia organizacional), contudo não fica eliminada a necessidade do relatório<<strong>br</strong> />

final.<<strong>br</strong> />

Tem muita importância a lem<strong>br</strong>ança feita por essa norma quanto à o<strong>br</strong>igatoriedade de<<strong>br</strong> />

discussão com os níveis adequados da gerência da área auditada de todas as conclusões e<<strong>br</strong> />

recomendações da <strong>auditoria</strong>, antes de emitir o relatório de forma definitiva. O início dos<<strong>br</strong> />

trabalhos de uma <strong>auditoria</strong>, normalmente constitui surpresa para a área auditada, mas isto<<strong>br</strong> />

nunca deve acontecer em relação ao conteúdo do relatório final, sob pena de perda da<<strong>br</strong> />

credibilidade da Auditoria Interna perante seus clientes.<<strong>br</strong> />

Concordamos com a norma, quando posiciona que “os relatórios do auditor interno<<strong>br</strong> />

devem ser objetivos, clara, concisa, construtiva e oportuna”, entretanto somos<<strong>br</strong> />

resistentes à colocação do AUDlBRA de que o auditor deve dar ciência do desempenho<<strong>br</strong> />

satisfatório da área, e informar se as condições encontradas estão de conformidade com as<<strong>br</strong> />

normas e critérios.<<strong>br</strong> />

Consideramos uma temeridade adotar essa prática em nossos relatórios, visto que<<strong>br</strong> />

poderão ser usados pelos auditados como atestados de boa conduta ou de eficiência, ao<<strong>br</strong> />

divulgarem apenas as partes do documento que contêm "elogios" e omitindo as outras partes<<strong>br</strong> />

onde estão relatadas as falhas e irregularidades.<<strong>br</strong> />

22


Aliás, para melhor sustentar nosso ponto de vista, recorremos às próprias Normas do<<strong>br</strong> />

AUDIBRA, que nos subitem 28.0.04 ressalva claramente que "o auditor interno não pode<<strong>br</strong> />

garantir, com absoluta segurança, que não haja irregularidades ou inobservância de normas<<strong>br</strong> />

ou princípios."<<strong>br</strong> />

Em conseqüência, preferimos continuar com a linha filosófica de que, se não há falhas<<strong>br</strong> />

e irregularidades constatadas em nossos exames, é mais prudente comunicar eventuais<<strong>br</strong> />

elogios apenas verbalmente.<<strong>br</strong> />

2.4.4. Acompanhamentos das providências Decorreram do Relatório do Auditor Interno<<strong>br</strong> />

Esse item as normas de <strong>auditoria</strong> deixa claro, em outras palavras, que o auditor "deve<<strong>br</strong> />

soltar o foguete e correr atrás do mesmo ", senão vejamos:<<strong>br</strong> />

"O gerente de Auditoria Interna, ou o supervisor por ele designado, deve acompanhar o<<strong>br</strong> />

andamento do trabalho das áreas auditadas, para se certificar de que foram tomadas as<<strong>br</strong> />

providências necessárias a respeito do que foi apontado no relatório de <strong>auditoria</strong>.”<<strong>br</strong> />

A Auditoria lnterna deve se certificar de que foram tomadas providências no nível<<strong>br</strong> />

adequado ou que a Alta Administração concordou ou assumiu o risco de não tomar<<strong>br</strong> />

providências a respeito das descobertas ou recomendações feitas pelos auditores através do<<strong>br</strong> />

seu relatório formal ou verbal". (Normas Brasileiras para o Exercício da Auditoria Interna<<strong>br</strong> />

AUDIBRA, pág. 72). Sem esse acompanhamento, a Auditoria Interna fica privada de<<strong>br</strong> />

informações vitais para avaliação da qualidade de seu produto final, além de ficar<<strong>br</strong> />

impossibilitada de "contabilizar a seu crédito os lucros" gerados pela implementação de suas<<strong>br</strong> />

recomendações e sugestões.<<strong>br</strong> />

2.5. Administração do Órgão de Auditoria<<strong>br</strong> />

Estabelecem as Normas Relativas à Administração do Órgão de Auditoria Interna (do<<strong>br</strong> />

AUDIBRA e do IIA) que o seu gerente "tem a responsabilidade de assegurar que:<<strong>br</strong> />

O trabalho de <strong>auditoria</strong> atinja os objetivos gerais e cumpra as responsabilidades a ele<<strong>br</strong> />

atribuídas pela Alta Administração.<<strong>br</strong> />

Os recursos dos órgãos de Auditoria Interna sejam eficazmente empregados;<<strong>br</strong> />

O trabalho de <strong>auditoria</strong> seja feito de conformidade com as normas para o exercício<<strong>br</strong> />

profissional de <strong>auditoria</strong> interna".<<strong>br</strong> />

Essa parte das Normas Brasileiras é constituída por um conjunto de sete itens normativos, um<<strong>br</strong> />

a mais do que as normas americanas, visto que o AUDIBRA incluiu uma que trata do<<strong>br</strong> />

"Relacionamento Profissional com os Organismos de Fiscalização e Controle",<<strong>br</strong> />

especialmente importante para as Auditorias lnternas das empresas estatais.<<strong>br</strong> />

Tendo em vista que as seis normas restantes de uma forma ou de outra, já foram alvo de<<strong>br</strong> />

análise nos capítulos anteriores deste trabalho, não nos alongaremos nos comentários so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

cada um dos itens seguintes, procurando apenas resumir o que estabelece o AUDIBRA a<<strong>br</strong> />

respeito.<<strong>br</strong> />

2.5.1.Finalidade, Autoridade e Responsabilidade do Órgão de Auditoria Interna<<strong>br</strong> />

A Auditoria Interna deve possuir uma declaração que esclareça sua finalidade,<<strong>br</strong> />

autoridade e responsabilidade, devidamente aprovada e aceita pela Alta Administração.<<strong>br</strong> />

2.5.2 . Planejamento da Atividade do Órgão de Auditoria Interna<<strong>br</strong> />

O gerente de <strong>auditoria</strong> interna deve desenvolver planos para o órgão desincumbir-se<<strong>br</strong> />

adequadamente de suas responsabilidades.<<strong>br</strong> />

23


Ressaltamos a o<strong>br</strong>igatoriedade anual de apresentação pelo gerente, para aprovação da Alta<<strong>br</strong> />

Administração, de um resumo da programação de trabalhos, o plano de contratação de<<strong>br</strong> />

pessoal e o orçamento financeiro, exigindo um processo de planejamento que estabeleça:<<strong>br</strong> />

Objetivos de <strong>auditoria</strong> interna;<<strong>br</strong> />

Programação de trabalhos de <strong>auditoria</strong>;<<strong>br</strong> />

Planos para o pessoal e orçamentos financeiros;<<strong>br</strong> />

Relatórios so<strong>br</strong>e a atividade.<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA lem<strong>br</strong>a que "a programação deve ser suficientemente flexível para atender<<strong>br</strong> />

exigências imprevistas de <strong>auditoria</strong>, que possam vir a ocorrer durante o período."<<strong>br</strong> />

2.5.3. Políticas e Procedimentos do Órgãos de Auditoria Interna<<strong>br</strong> />

O gerente da <strong>auditoria</strong> interna deve providenciar a distribuição ao seu pessoal de<<strong>br</strong> />

políticas e procedimentos, por escrito, cuja forma e conteúdo devem ser adequados ao<<strong>br</strong> />

tamanho e estrutura do órgão.<<strong>br</strong> />

Embora o AUDIBRA não tenha tocado no assunto, nesse item normativo, acreditamos<<strong>br</strong> />

que o Manual de Auditoria Interna, citado na norma 200.05, constitui o documento adequado<<strong>br</strong> />

para divulgação dessas políticas e procedimentos do Órgão.<<strong>br</strong> />

2.5.4. Administração e Desenvolvimento do Pessoal de Auditoria Interna<<strong>br</strong> />

A Auditoria Interna deve estabelecer um programa de seleção e desenvolvimento de<<strong>br</strong> />

seus recursos humanos, estipulando, dentre outros:<<strong>br</strong> />

Descrição de cargos.<<strong>br</strong> />

Critérios de seleção e recrutamento;<<strong>br</strong> />

Treinamento e oportunidades de desenvolvimento contínuo;<<strong>br</strong> />

Avaliação de desempenho.<<strong>br</strong> />

Estranhamos que o AUDIBRA não tenha dado a ênfase necessária a esse item, no<<strong>br</strong> />

que concerne à responsabilidade do gerente da Auditoria Interna em obter, sempre que<<strong>br</strong> />

possível, o compromisso da Alta Administração, principalmente nas empresas estatais, de<<strong>br</strong> />

não interferência no processo de administração dos recursos humanos do órgão, sob pena de<<strong>br</strong> />

aviltar a sua qualidade técnica.<<strong>br</strong> />

2.5.5. Relacionamento Profissional com os Auditores Independentes<<strong>br</strong> />

O gerente da <strong>auditoria</strong> interna deve estabelecer planos de adequada coordenação e<<strong>br</strong> />

divisão dos trabalhos com os auditores independentes nos aspectos relativos à <strong>auditoria</strong> das<<strong>br</strong> />

demonstrações financeiras e avaliação dos controles internos.<<strong>br</strong> />

Voltando ao assunto, a cooperação técnica entre os auditores internos e externos em<<strong>br</strong> />

tese é bastante interessante, mas na prática suas vantagens para a Organização são de difícil<<strong>br</strong> />

mensuração, tornando sua utilidade, no mínimo, polêmica.<<strong>br</strong> />

Para ilustrar essa dificuldade basta considerar as situações a seguir:<<strong>br</strong> />

Se a <strong>auditoria</strong> tem um enfoque operacional, seus objetivos são muito diferentes<<strong>br</strong> />

daqueles visados pelos auditores externos com enfoque contábil, não havendo,<<strong>br</strong> />

portanto, muito que r<strong>edu</strong>zir em termos de duplicidade de trabalhos e custos<<strong>br</strong> />

decorrentes;<<strong>br</strong> />

Caso a <strong>auditoria</strong> interna coloque uma equipe de profissionais para complementar os<<strong>br</strong> />

trabalhos dos auditores externos, certamente ela será direcionada para executar<<strong>br</strong> />

serviços menos no<strong>br</strong>es do que aqueles que ela poderia realizar dentro de sua<<strong>br</strong> />

programação normal de trabalhos.<<strong>br</strong> />

24


Portanto, somos de opinião que, sem nunca abandonar o acompanhamento das atividades<<strong>br</strong> />

dos auditores externos, o gerente da <strong>auditoria</strong> interna deve procurar restringir à situações<<strong>br</strong> />

excepcionais a participação direta nos trabalhos daqueles profissionais.<<strong>br</strong> />

2.5.6. Garantia de Qualidade do Trabalho da Auditoria Interna<<strong>br</strong> />

O gerente da Auditoria Interna deve estabelecer e manter um programa de garantia de<<strong>br</strong> />

qualidade para as operações de sua área, o qual deve constar do seguinte:<<strong>br</strong> />

Supervisão;<<strong>br</strong> />

Revisões internas; - Revisões Externas.<<strong>br</strong> />

2.5.7. Relacionamento Profissional com os Organismos de Fiscalização e Controle<<strong>br</strong> />

A Auditoria Interna poderá, consoante a política de relacionamento aprovada pela Alta<<strong>br</strong> />

Administração, centralizar a coordenação do atendimento às demandas dos organismos<<strong>br</strong> />

atuantes no ambiente externo de fiscalização e controle que envolve as organizações.<<strong>br</strong> />

Ainda que não Ihe seja atribuída a responsabilidade pela coordenação do<<strong>br</strong> />

atendimento, a Auditoria Interna deve manter-se atualizada quanto à ação daqueles<<strong>br</strong> />

organismos dentro da empresa, do andamento de seus trabalhos e suas conclusões.<<strong>br</strong> />

Com isso, além de manter informada a alta Administração, a Auditoria Interna, pela<<strong>br</strong> />

sua o<strong>br</strong>igação de conhecer profundamente os negócios da empresa, está capacitada, até<<strong>br</strong> />

mais do que os próprios órgãos fiscalizadores, para caracterizar a real dimensão dos<<strong>br</strong> />

problemas por eles apontados, podendo considerá-los ou não em sua programação de<<strong>br</strong> />

atividades.<<strong>br</strong> />

3. CÓDIGO DE ÉTICA PARA A AUDITORIA INTERNA<<strong>br</strong> />

"Os auditores internos tem a responsabilidade de observar as normas de<<strong>br</strong> />

conduta estabelecidas no seu Código de Ética." (Normas Brasileiras para o Exercício da<<strong>br</strong> />

Auditoria Interna, AUDIBRA, pág. 34).<<strong>br</strong> />

Por que os auditores internos <strong>br</strong>asileiros já estabeleceram seu código de ética, antes<<strong>br</strong> />

mesmo da sonhada regulamentação da profissão?<<strong>br</strong> />

Inicialmente, achamos que essa providência oportuna, visa exatamente pavimentar<<strong>br</strong> />

mais um trecho do caminho que levará a essa regulamentação.<<strong>br</strong> />

Inúmeros outros motivos poderiam ser aqui alinhados, mas bastaria adicionar a<<strong>br</strong> />

necessidade de que os profissionais de <strong>auditoria</strong> interna têm de justificar a fé neles<<strong>br</strong> />

depositada pela administração das empresas em que atuam, e pela sociedade em geral, para<<strong>br</strong> />

dispensar mais delongas.<<strong>br</strong> />

Com esse intuito que o Instituto dos Auditores Internos do Brasil - AUDIBRA<<strong>br</strong> />

consubstanciou nesse Código um conjunto de regras que exige, um alto padrão de<<strong>br</strong> />

honestidade, objetividade, diligência e lealdade, ao qual os profissionais da área devem se<<strong>br</strong> />

submeter, cumprindo e fazendo cumprir fielmente, nas suas relações com a organização, o<<strong>br</strong> />

público em geral, o governo, as entidades de classe e seus colegas de profissão.<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA alerta que o Código de Ética do Auditor Interno deve ser observado pelos<<strong>br</strong> />

profissionais em adição a eventuais outros códigos de ética ou estatutos de trabalho da<<strong>br</strong> />

classe ou organização a que pertencem.<<strong>br</strong> />

É importante acrescentar que os conceitos de ética profissional, tais como "a<<strong>br</strong> />

honestidade e objetividade no cumprimento dos deveres, a necessidade de obter evidências<<strong>br</strong> />

suficiente para garantir a expressão de pareceres profissionais, a necessidade de evitar<<strong>br</strong> />

atividades conflitantes e o uso adequado de informações confidenciais", são comuns aos<<strong>br</strong> />

auditores internos e auditores externos. (Auditoria: filosofia e técnica - John, W. Cook e Gary,<<strong>br</strong> />

M. Winkle, 3a edição, pág. 65).<<strong>br</strong> />

25


3.1 - Princípios de Ética Profissional<<strong>br</strong> />

3.1.1. Independência Profissional<<strong>br</strong> />

O auditor deve exercer exclusivamente a sua atividade profissional, abstendo-se da<<strong>br</strong> />

prática de atos, ou participação em outras atividades incompatíveis com o exercício ético da<<strong>br</strong> />

profissão, como por exemplo:<<strong>br</strong> />

Participação na diretoria ou órgãos administrativos da organização em que atua;<<strong>br</strong> />

Exercício do cargo ou função, fora da organização, contrários aos princípios que<<strong>br</strong> />

regem o exercício profissional da <strong>auditoria</strong> interna.<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA cita ainda, dentre outros, como motivos de impedimento para o auditor<<strong>br</strong> />

interno exercer sua atividade na empresa, o parentesco até segundo grau ou relação de<<strong>br</strong> />

interesse com diretores e sócios, além da sua participação societária ou acionária significativa<<strong>br</strong> />

em negócios da organização.<<strong>br</strong> />

3.1.2. Independência de Atitudes e Decisões<<strong>br</strong> />

O auditor interno é empregado da organização para a qual presta serviços, entretanto,<<strong>br</strong> />

deve cumprir obediência às normas, princípios éticos e padrões da <strong>auditoria</strong>. Assim, como<<strong>br</strong> />

norma de conduta profissional condicionará seus atos, atitudes, decisões ou<<strong>br</strong> />

pronunciamentos, agindo sempre com absoluta independência no desempenho de suas<<strong>br</strong> />

atividades.<<strong>br</strong> />

Deverá receber apenas seus salários e vantagens oficiais concedidas, não podendo<<strong>br</strong> />

aceitar qualquer outro tipo de proventos ou recompensas de pessoas interessadas direta ou<<strong>br</strong> />

indiretamente no resultado de seu trabalho.<<strong>br</strong> />

De acordo com o Código de Ética do IIA, os auditores "não deverão aceitar<<strong>br</strong> />

gratificações ou presentes de funcionários, clientes, fornecedores ou associados de<<strong>br</strong> />

sua Empresa, sem o conhecimento e consentimento da Alta Administração. "<<strong>br</strong> />

Ainda que o IIA tenha sido mais flexível que o AUDIBRA, entendemos que o auditor<<strong>br</strong> />

interno deve ter uma conduta tal que não dê abertura para que terceiros Ihe ofereçam<<strong>br</strong> />

presentes de qualquer espécie. Quando surge uma situação assim, ainda que a Alta<<strong>br</strong> />

Administração autorize o recebimento, em nossa opinião o auditor ficará com sua<<strong>br</strong> />

independência irremediavelmente abalada.<<strong>br</strong> />

3.1.3. Intransferibilidade de Funções<<strong>br</strong> />

A qualificação de auditor é individual e intransferível e não se estende a seus subordinados:<<strong>br</strong> />

O Auditor é individualmente responsável pela qualidade técnica dos serviços de<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong> por ele prestados, permitindo que outra pessoa o faça em seu nome, apenas<<strong>br</strong> />

quando por ele indicado oficialmente, mas responderá solidariamente com o preposto<<strong>br</strong> />

pelos respectivos atos.<<strong>br</strong> />

3.1.4. Eficiência Técnica<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA transmite imersa nessa regra de conduta, ao estabelecer que o auditor<<strong>br</strong> />

interno deve previamente se assegurar "de que seu trabalho reúne condições de<<strong>br</strong> />

satisfatório desempenho técnico" e que este não deverá emitir relatórios "nem dará<<strong>br</strong> />

informações que não resultem de um adequado exame técnico, segundo as normas e<<strong>br</strong> />

os procedimentos de <strong>auditoria</strong> prescritos."<<strong>br</strong> />

Esse posicionamento deixa claro que o auditor interno deve suspender seu trabalho,<<strong>br</strong> />

quando, decorrente de sua avaliação preliminar, julgar inviável tecnicamente a sua execução,<<strong>br</strong> />

26


e que, "na ocorrência da falta de dados ou de comprovação, ou ainda de situações inibitória<<strong>br</strong> />

de um juízo seguro" ele deve fazer constar essas ressalvas em seu relatório.<<strong>br</strong> />

3.1.5. Integridade Pessoal<<strong>br</strong> />

Nesse item o AUDIBRA "joga duro" e relaciona algumas regras mínimas que, se<<strong>br</strong> />

infringidas pelo auditor interno, no desempenho de suas atribuições, constituirá ato de<<strong>br</strong> />

descrédito à sua profissão.<<strong>br</strong> />

Julgamos desnecessário repetí-las aqui integralmente, sendo mais importante<<strong>br</strong> />

acrescentar que todas essas regras têm igual teor e, que jamais serão desprezadas por um<<strong>br</strong> />

profissional intelectualmente honesto, bastando citar os seguintes exemplos, para confirmar<<strong>br</strong> />

nossa impressão:<<strong>br</strong> />

"omitir fato importante, dele conhecido mais não evidenciado nas demonstrações<<strong>br</strong> />

contábeis ou gerenciais, cuja revelação seja necessária para evitar interpretação ou<<strong>br</strong> />

conclus8es errôneas;<<strong>br</strong> />

omitir-se so<strong>br</strong>e desvios, omissões ou desvirtuamentos dos preceitos legais ou<<strong>br</strong> />

contábeis, ou das normas e procedimentos da organização; "<<strong>br</strong> />

3.1.6. Imparcialidade<<strong>br</strong> />

"O auditor deve condicionar seu comportamento profissional à evidência da<<strong>br</strong> />

verdade quando, no seu melhor juízo, convenientemente apurada." (Normas Brasileiras,<<strong>br</strong> />

AUDIBRA pág. 38). Essa regra é do tipo que, apesar de óbvia, merece ser melhor explicada<<strong>br</strong> />

para tentar transmitir 8os auditores a necessidade de que ela se transforme em uma de suas<<strong>br</strong> />

bandeiras profissionais.<<strong>br</strong> />

O próprio AUDIBRA explica esse óbvio, quando comenta que ao exercer o pode~ de<<strong>br</strong> />

julgar, na execução do trabalho de <strong>auditoria</strong> e nos seus pronunciamentos conclusivos, é<<strong>br</strong> />

vedado ao auditor interno, "sob qualquer pretexto, condições e vantagens, tomar partido na<<strong>br</strong> />

interpretação dos fatos, na disputa de interesses nos conflitos de partes ou em qualquer outro<<strong>br</strong> />

evento."<<strong>br</strong> />

Sabemos que a imparcialidade do auditor é posta à prova em quase todos os passos<<strong>br</strong> />

de sua atividade profissional, a qual se caracteriza justamente por entrar sempre em "botas<<strong>br</strong> />

divididas" como se diz no jargão futebolístico. Com certeza, uma "bola dividida" muito<<strong>br</strong> />

presente para os auditores é aquela encontrada nos conflitos entre as áreas normativas e as<<strong>br</strong> />

áreas operacionais, surgidos em função da interpretação das normas da organização.<<strong>br</strong> />

3.1.7.Sigilo e Discrição<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA mostra-se incisivo ao colocar que "o sigilo profissional é regra<<strong>br</strong> />

mandatória e indeclinável no exercício da <strong>auditoria</strong>", sendo o auditor "o<strong>br</strong>igado a<<strong>br</strong> />

utilizar os dados e as informações do seu " ( conhecimento tão só e exclusivamente na<<strong>br</strong> />

execução dos serviços que Ihe foram confiados. Normas Brasileiras, AUDIBRA, pág. 38/39).<<strong>br</strong> />

Notamos que o AUDIBRA desenvolve os comentários so<strong>br</strong>e essa regra, centrando-se<<strong>br</strong> />

no sentido do dever ético da não revelação dos assuntos profissionais, o que ajuda a explicar<<strong>br</strong> />

tanto o termo sigilo quanto o termo discrição.<<strong>br</strong> />

Acontece que discrição, segundo o Dicionário AURÉLIO, além de "qualidade de quem<<strong>br</strong> />

sabe guardar segredo", significa também "modéstia, recato, decência", aspectos importantes<<strong>br</strong> />

para a vida profissional do auditor interno.<<strong>br</strong> />

Em nossa opinião, a forma recatada de se vestir e de se relacionar com as pessoas<<strong>br</strong> />

dentro e fora da organização, constitui uma complementação, se não indeclinável, ao menos<<strong>br</strong> />

recomendável aos profissionais da área.<<strong>br</strong> />

27


3.1.8. Lealdade à Classe<<strong>br</strong> />

Interpretando o que o AUDIBRA apregoa como sendo lealdade à classe,<<strong>br</strong> />

consideramos corretas as referências feitas à defesa da "dignidade da profissão" e à<<strong>br</strong> />

preservação da "independência em termos de liberdade moral".<<strong>br</strong> />

Todavia, entendemos que o Instituto não foi suficientemente conservador ao deixar o<<strong>br</strong> />

entendimento de que o audìtor deve ter essas preocupações apenas quando no exercício de<<strong>br</strong> />

suas atividades.<<strong>br</strong> />

A nosso ver, o auditor não terá independência moral se, paralelamente à sua vida<<strong>br</strong> />

profissional ele desenvolver atividades enquadradas na categoria das contravenções penais,<<strong>br</strong> />

como por exemplo, no ramo do jogo do bicho ou da exploração do lenocínio.<<strong>br</strong> />

MÓDULO III<<strong>br</strong> />

CONTROLE INTERNO<<strong>br</strong> />

1.3.2. Políticas<<strong>br</strong> />

Conjunto de declarações de caráter administrativo so<strong>br</strong>e as intenções da<<strong>br</strong> />

Administração em relação a um determinado tema.<<strong>br</strong> />

Guias de raciocínio, planejadas para a tomada de decisões em níveis inferiores, aplicáveis a<<strong>br</strong> />

situações repetitivas, canalizando as decisões para os objetivos estabelecidos.<<strong>br</strong> />

1 3.3. Objetivos<<strong>br</strong> />

Planos e declarações estratégicas. O estabelecimento de objetivo. Procede sempre a<<strong>br</strong> />

escolha de metas.<<strong>br</strong> />

1.3.4. Metas<<strong>br</strong> />

São alvos específicos, quantificados dentro de sistemas específicos e podem também<<strong>br</strong> />

ser denominados como metas operacionais, padrões operacionais, nível de desempenho ou<<strong>br</strong> />

resultados esperados.<<strong>br</strong> />

1.3.5. Razoável Margem de Garantia<<strong>br</strong> />

Pode ser entendido como medidas de efetividade, a custos compatíveis, estabelecido<<strong>br</strong> />

evitar desvios ou restringi-los a um nível tolerável<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

1.3.6. Medidas de Efetividade a Custos Razoáveis<<strong>br</strong> />

Comparam o valor do risco ou da perda potencial com o custo do controle respectivo.<<strong>br</strong> />

Controles eficientes permitem cumprir os objetivos de maneira correta e tempestiva com a<<strong>br</strong> />

mínima utilização de recursos.<<strong>br</strong> />

1.3.7. Estrutura de Negócios<<strong>br</strong> />

Nessa estrutura se situam os bens e mercadorias de propriedade da empresa, as<<strong>br</strong> />

funções de vender, faturar, co<strong>br</strong>ar e custodiar valores. Envolve os fluxos fisico, de<<strong>br</strong> />

procedimentos operacionais e documental.<<strong>br</strong> />

28


1.3.8. Estrutura de Informação<<strong>br</strong> />

Onde são captados, processados e informados os movimentos do ciclo operacional da<<strong>br</strong> />

empresa, resultantes das atividades da estrutura de negócios.<<strong>br</strong> />

São processados e informados os dados relativos aos movimentos de :<<strong>br</strong> />

mercadorias e posição final dos estoques<<strong>br</strong> />

estatística de vendas realizadas e faturadas;<<strong>br</strong> />

posição de contas a recebe- co<strong>br</strong>anças do período;<<strong>br</strong> />

posição de caixa, etc<<strong>br</strong> />

Envolve os fluxos de registros a análise dos dados.<<strong>br</strong> />

1.3.9. Estrutura de Controle<<strong>br</strong> />

A estrutura de controle procura verificar a exatidão dos movimentos ocorridos em cada<<strong>br</strong> />

segmento da atividade, bem como as interpelações que comprovam que há:<<strong>br</strong> />

igualdade entre quantidades saídas do estoque e as quantidades faturadas;<<strong>br</strong> />

equivalência entre o valor das vendas a prazo faturadas, e o valor das entradas em<<strong>br</strong> />

contas à receber;<<strong>br</strong> />

igualdade entre a r<strong>edu</strong>ção do saldo das contas a receber e o movimento de co<strong>br</strong>anças<<strong>br</strong> />

efetuadas;e<<strong>br</strong> />

equivalência entre as co<strong>br</strong>anças efetuadas e o montante do dinheiro recebido em<<strong>br</strong> />

caixa.<<strong>br</strong> />

Envolve o fluxo de controles.<<strong>br</strong> />

2. OBJETIVOS DO CONTROLE INTERNO<<strong>br</strong> />

2.1. Salvaguarda dos Interesses<<strong>br</strong> />

Segregação de funções<<strong>br</strong> />

Sistema de autorização e aprovação<<strong>br</strong> />

Determinação de funções e responsabilidades<<strong>br</strong> />

Rotação de funcionários<<strong>br</strong> />

Carta de fiança<<strong>br</strong> />

Manutenção de contas de controle<<strong>br</strong> />

Seguro<<strong>br</strong> />

Legislação<<strong>br</strong> />

Diminuição de erros e desperdício<<strong>br</strong> />

Contagens físicas independentes<<strong>br</strong> />

2.2. Precisão e Confirmação dos Relatórios<<strong>br</strong> />

Documentação fidedigna<<strong>br</strong> />

Conciliação<<strong>br</strong> />

Análise<<strong>br</strong> />

Plano de contas<<strong>br</strong> />

Tempo hábil<<strong>br</strong> />

Equipamentos<<strong>br</strong> />

2.3. Estímulo à Eficiência Operacional<<strong>br</strong> />

Seleção<<strong>br</strong> />

Treinamento<<strong>br</strong> />

Plano de carreira<<strong>br</strong> />

Relatório de desempenho<<strong>br</strong> />

29


Relatório de horas trabalhadas<<strong>br</strong> />

Tempos e métodos<<strong>br</strong> />

Custo padrão<<strong>br</strong> />

Manuais internos<<strong>br</strong> />

Instruções formais<<strong>br</strong> />

2.4. Aderência às Políticas Existentes<<strong>br</strong> />

Supervisão<<strong>br</strong> />

Sistema de revisão e aprovação<<strong>br</strong> />

Audìtoria Interna<<strong>br</strong> />

3. PRINCIPIOS E FUNDAMENTOS BÁSlCOS<<strong>br</strong> />

3.1. Seleção Custo x Beneficio<<strong>br</strong> />

O custo do controle não deve exceder aos benefícios que dele se espera obter.<<strong>br</strong> />

Os controles mais sofisticados (mais onerosos) devem ser utilizados para<<strong>br</strong> />

transações de valores relevantes, enquanto que os menos rígidos devem ser<<strong>br</strong> />

implantados para as transações menos importantes.<<strong>br</strong> />

3.2. Definição de Autoridade e Responsabilidades<<strong>br</strong> />

Sistema de autorização e aprovação - compreende o controle das operações através<<strong>br</strong> />

de métodos de aprovações, de acordo com as responsabilidades e os riscos envolvidos;<<strong>br</strong> />

Recomendável que a pessoa que autoriza não deva ser a que aprova;<<strong>br</strong> />

Funções e responsabilidades - determina para cada funcionário a noção exata de suas<<strong>br</strong> />

funções e responsabilidades do cargo;<<strong>br</strong> />

As atribuições dos funcionários ou setores internos da empresa devem ser claramente<<strong>br</strong> />

definidas e limitadas, de preferência por escrito, mediante o estabelecimento de manuais<<strong>br</strong> />

internos de organização.<<strong>br</strong> />

As atribuições devem ser definidas em função de:<<strong>br</strong> />

assegurar que todos os procedimentos de controles sejam executados; - detectar<<strong>br</strong> />

erros e irregularidades;<<strong>br</strong> />

apurar as responsabilidades por eventuais omissões na realização das transações da<<strong>br</strong> />

empresa;<<strong>br</strong> />

Exemplos de atividades que necessitam da definição dos empregados responsáveis:<<strong>br</strong> />

aprovação e execução do processo de aquisição de bens e serviços (cotação de<<strong>br</strong> />

preços, seleção de fornecedores e formalização de compra);<<strong>br</strong> />

certificação do recebimento de bens ou prestação dos serviços;<<strong>br</strong> />

validação da documentação fiscal do fornecedor para fins de pagamento<<strong>br</strong> />

(confrontação com o contrato, ordem de compra, etc.);<<strong>br</strong> />

programação financeira do pagamento;<<strong>br</strong> />

guarda do talonário dos cheques em <strong>br</strong>anco;<<strong>br</strong> />

preenchimento e assinatura dos cheques para pagamento;<<strong>br</strong> />

aprovação de vendas;<<strong>br</strong> />

preparo da nota fiscal de vendas, fatura e duplicatas;<<strong>br</strong> />

controle de co<strong>br</strong>ança de vendas a prazo<<strong>br</strong> />

recebimentos de numerários e preparação dos depósitos;<<strong>br</strong> />

controle dos registros de empregados;<<strong>br</strong> />

determinação dos valores a pagar aos empregados;<<strong>br</strong> />

30


controle físico so<strong>br</strong>e os ativos;<<strong>br</strong> />

registro contábil das operações da empresa.<<strong>br</strong> />

3.3. Segregação de Funções<<strong>br</strong> />

Relativo à estrutura organizacional, procedimentos e atribuições de responsabilidades<<strong>br</strong> />

estabelecidas, a fim de identificar os segmentos em que a execução, o controle, a<<strong>br</strong> />

coordenação e o gerenciamento, devem ser divididos e isolados de maneira formal, evitando<<strong>br</strong> />

que o ciclo dos negócios permaneçam sob a direção de uma mesma pessoa.<<strong>br</strong> />

Separação das funções:<<strong>br</strong> />

técnicas<<strong>br</strong> />

comerciais<<strong>br</strong> />

administrativas<<strong>br</strong> />

de informatização<<strong>br</strong> />

financeiras<<strong>br</strong> />

recursos humanos<<strong>br</strong> />

Segregando as atividades de maneira a distribuir responsabilidades pelas funções de:<<strong>br</strong> />

autorizar<<strong>br</strong> />

registrar<<strong>br</strong> />

custodiar<<strong>br</strong> />

analisar<<strong>br</strong> />

informar<<strong>br</strong> />

controlar e<<strong>br</strong> />

por natureza de atividade: planejar, coordenar e controlar.<<strong>br</strong> />

Estabelece a independência para as funções de execução operacional, custódia física e<<strong>br</strong> />

contabilização.<<strong>br</strong> />

Ninguém deve ter sob sua inteira responsabilidade todas as fases inerentes a uma<<strong>br</strong> />

operação (aprovação, execução e controle).<<strong>br</strong> />

3.4. Rodízio de Funcionários<<strong>br</strong> />

Corresponde ao rodízio dos funcionários designados para cada trabalho; possibilita<<strong>br</strong> />

r<strong>edu</strong>zir as oportunidades de fraudes e resulta, geralmente, no acréscimo de novas idéias.<<strong>br</strong> />

3.5. Acesso aos Ativos<<strong>br</strong> />

A empresa deve limitar o acesso dos funcionários e seus ativos e estabelecer<<strong>br</strong> />

controles físicos so<strong>br</strong>te esses, tais como:<<strong>br</strong> />

manuseio de numerário recebido antes de ser depositado em conta corrente;<<strong>br</strong> />

manuseio de cheques assinados;<<strong>br</strong> />

custódìa de ativos (caixa, títulos, estoques, imobilizado, etc.);<<strong>br</strong> />

local fechado para o caixa;<<strong>br</strong> />

guarda de títulos em cofre;<<strong>br</strong> />

3.6. Justeza<<strong>br</strong> />

Busca a comprovação de que os acontecimentos, objetos da atenção do controle<<strong>br</strong> />

interno são justos no sentido de adequados, apropriados e pertinentes quanto às:<<strong>br</strong> />

delegações de atribuições e responsabilidades;<<strong>br</strong> />

estrutura empresarial estabelecida;<<strong>br</strong> />

políticas, diretrizes, normas e procedimentos elaborados;<<strong>br</strong> />

formas de recrutamento, interação e treinamento de pessoal;<<strong>br</strong> />

atividades desenvolvidas em relação aos objetivos, legislação, finalidade da empresa<<strong>br</strong> />

aos métodos e sistema de administração, registro, controle, análise e informações.<<strong>br</strong> />

31


De forma a certificar que as operações efetuadas estão relacionadas com os negócios<<strong>br</strong> />

da empresa, que as informações produzidas são necessárias em função de aspectos legais,<<strong>br</strong> />

fiscais ou gerenciais, que as pessoas com poder ou conhecimentos necessários foram<<strong>br</strong> />

envolvidas no processo decisório, etc<<strong>br</strong> />

3.7 Exatidão<<strong>br</strong> />

Assegurar que os registros, acontecimentos, fatos econômicos são exatos em<<strong>br</strong> />

relação aos seguintes aspectos:<<strong>br</strong> />

padrões, normas, legislação, etc, aplicável na situação;<<strong>br</strong> />

fórmulas e bases matemáticas pertinentes;<<strong>br</strong> />

formas e sistemas de registro, codificação, acumulação e publicação necessárias;<<strong>br</strong> />

delegações, assinaturas, poderes e autoridade formalmente definidas, etc.;<<strong>br</strong> />

3.8. Completabilidade<<strong>br</strong> />

Assegurar que os fatos, acontecimentos, registros etc, envolvendo a empresa, não<<strong>br</strong> />

foram omitidos, no todo ou em parte.<<strong>br</strong> />

A completabilidade se faz presente, por exemplo, pela existência de documentação<<strong>br</strong> />

adequada e pertinente; pelo preenchimento de todos os campos da mesma, incluindo<<strong>br</strong> />

assinaturas e datas, pelo registro de todos os dados, pela utilização de numerações, séries<<strong>br</strong> />

numéricas, codificações, etc.<<strong>br</strong> />

3.9. Eficácia<<strong>br</strong> />

Princípio voltado à comprovação de que foram adotados os procedimentos previstos<<strong>br</strong> />

para atingir os objetivos da empresa.<<strong>br</strong> />

Preocupa-se com a estrutura, normas, políticas, decisões, etc organizadas para a<<strong>br</strong> />

organização dos negócios.<<strong>br</strong> />

Quando esses fatores são tratados de forma inadequada, podem gerar despesas,<<strong>br</strong> />

custos, utilização indevida de tempo, não contribuindo para o atingimento dos objetivos, além<<strong>br</strong> />

de expor a risco o patrimônio da empresa.<<strong>br</strong> />

3.10. Eficiência<<strong>br</strong> />

Verificar e comprovar que os procedimentos adotados pela empresa, seu processo<<strong>br</strong> />

decisório, industrial e demais, ainda que eficazes, no sentido de cumprir seus objetivos, são<<strong>br</strong> />

de fato, eficientes, ou seja:<<strong>br</strong> />

executados com a melhor qualidade<<strong>br</strong> />

menor tempo possível<<strong>br</strong> />

com otimização dos recursos<<strong>br</strong> />

O conceito de eficiência busca verificar também:<<strong>br</strong> />

pontos de estrangulamento e diminuição da velocidade do processo examinado,<<strong>br</strong> />

movimentos organizados de maneira pouco racional ou com falta de harmonia entre<<strong>br</strong> />

seus componentes, resultando em desperdício de tempo, material e de recursos<<strong>br</strong> />

financeiros.<<strong>br</strong> />

estruturas ou sistemas custosos, pouco condizentes com os objetivos ou capacidade<<strong>br</strong> />

econômica da empresa.<<strong>br</strong> />

4. RESPONSABILIDADE PELA IMPLANTAÇÃO E AVALIAÇÃO DO CONTROLE INTERNO<<strong>br</strong> />

Os administradores e gestores da organização são responsáveis pela implantação,<<strong>br</strong> />

manutenção e aperfeiçoamento de adequados sistemas de controle interno.<<strong>br</strong> />

32


Os auditores internos são responsáveis pela avaliação da adequação dos controles, e<<strong>br</strong> />

pela apresentação de recomendações e sugestões para o seu aprimoramento.<<strong>br</strong> />

Na função de planejar e organizar os controles é recomendável fazer-se uso de instrumentos<<strong>br</strong> />

administrativos, tais como:<<strong>br</strong> />

organogramas/funcionogramas<<strong>br</strong> />

descrição de funções e manuais de operação;<<strong>br</strong> />

fluxogramas<<strong>br</strong> />

Normas/manuais de procedimentos, etc.<<strong>br</strong> />

5. AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO<<strong>br</strong> />

Consiste em avaliar se o sistema estabelecido é adequado no sentido de assegurar<<strong>br</strong> />

com eficiência, eficácia e economicidade :<<strong>br</strong> />

a consecução de objetivos e metas estratégicos e táticos da organização;<<strong>br</strong> />

o cumprimento de normas e legislação;<<strong>br</strong> />

a proteção dos ativos;<<strong>br</strong> />

a organização interna e os procedimentos;<<strong>br</strong> />

a segurança física e lógica;<<strong>br</strong> />

a qualidade das informações, serviços e produtos;<<strong>br</strong> />

a obtenção e uso dos recursos financeiros, materiais e humano;<<strong>br</strong> />

a prevenção de erros, fraudes e desperdícios.<<strong>br</strong> />

A avaliação do controle interno consiste em:<<strong>br</strong> />

identificar a existência de irregularidades ou erros, averiguando se os controles estão<<strong>br</strong> />

aptos a detectá-los;<<strong>br</strong> />

identificar a inexistência de controles;<<strong>br</strong> />

emitir relatórios com diagnóstico e sugestões para a implantação ou o aprimoramento<<strong>br</strong> />

desses controles.<<strong>br</strong> />

Para a consecução dessa avaliação é necessária a consolidação de informações<<strong>br</strong> />

adotando métodos apropriados.<<strong>br</strong> />

Na escolha da metodologia, o auditor deve considerar os fatores tempo de execução,<<strong>br</strong> />

segurança quanto às informações obtidas expectativa de que o trabalho realizado o levará a<<strong>br</strong> />

atingir os objetivos.<<strong>br</strong> />

A partir da avaliação do sistema de controle interno, o auditor determina a natureza,<<strong>br</strong> />

época e extensão dos procedimentos de <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

A metodologia de trabalho voltada para o estudo e avaliação dos controles internos visa<<strong>br</strong> />

atender a essas considerações e está assim distribuída:<<strong>br</strong> />

levantamento geral do sistema<<strong>br</strong> />

avaliação propriamente dita do controle interno; - realização dos testes de observância<<strong>br</strong> />

Para a execução dessas etapas, são adotados os seguintes procedimentos:<<strong>br</strong> />

5.1. Entrevistas e Levantamento<<strong>br</strong> />

As informações so<strong>br</strong>e o sistema de controle interno são obtidas através de leituras dos<<strong>br</strong> />

manuais internos de organização e procedimentos, conversa com funcionários da empresa, e<<strong>br</strong> />

inspeção física.<<strong>br</strong> />

Consiste em obter informações de como o sistema funciona, mediante discussão com<<strong>br</strong> />

as pessoas responsáveis pelo controle e pela fluxogramação.<<strong>br</strong> />

33


Algumas regras mínimas devem ser consideradas nessa etapa, tais como, realizar<<strong>br</strong> />

visitas aos locais de trabalho e observar o que fazem os empregados para controlar as<<strong>br</strong> />

operações;<<strong>br</strong> />

entrevistar as pessoas apropriadas e suficientemente informadas; evitar entrevistas de forma<<strong>br</strong> />

rotineira com perguntas diretas so<strong>br</strong>e determinado aspecto, etc<<strong>br</strong> />

A documentação dos controles internos constitui parte da bagagem de conhecimentos<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e as atividades da empresa, devendo, portanto, ser atualizada sempre que ocorre algo<<strong>br</strong> />

novo a respeito de suas atividades.<<strong>br</strong> />

As informações obtidas peio auditor so<strong>br</strong>e o controle interno da empresa devem ser<<strong>br</strong> />

documentadas nos papéis de trabalho podendo ser registradas através de memorandos<<strong>br</strong> />

narrativos, questionários padronizados ou fluxogramas.<<strong>br</strong> />

5.2. Avaliação<<strong>br</strong> />

Após a análise e documentação do sistema de controle interno, deve ser procedida a<<strong>br</strong> />

sua avaliação, para determinar até que ponto é confortável para o auditor.<<strong>br</strong> />

Essa avaliação é realizada mediante a aplicação dos objetivos e princípios de controle<<strong>br</strong> />

interno; envolve os controles contábeis e os controles administrativos.<<strong>br</strong> />

Para tanto se faz necessária a identificação dos controles-chave do sistema, os quais<<strong>br</strong> />

sempre que funcionam eficazmente contribuem para que o sistema contábil, operacional e de<<strong>br</strong> />

informações gerem dados confiáveis.<<strong>br</strong> />

O resultado da avaliação do controle interno indicará as seguintes conclusões:<<strong>br</strong> />

o sistema de controle interno é adequado;<<strong>br</strong> />

o sistema de controle interno é adequado, podendo, entretanto, ser aprimorado;<<strong>br</strong> />

o sistema de controle interno é adequado, existindo, porém, fraquezas que deterioram<<strong>br</strong> />

e podem vir a comprometer o sistema como um todo;<<strong>br</strong> />

o sistema de controle interno é inadequado, pois não atende aos princípios básicos<<strong>br</strong> />

vitais para a obtenção de um sistema de controle interno mínimo.<<strong>br</strong> />

5.3. Testes de observância<<strong>br</strong> />

Consiste em se certificar de que o sistema de controle interno levantado é o que<<strong>br</strong> />

realmente está sendo utilizado.<<strong>br</strong> />

É um processo de confirmação de que os controles documentados são efetivamente<<strong>br</strong> />

seguidos e de forma adequada; visa acima de tudo, determinar se os procedimentos<<strong>br</strong> />

existentes e avaliados foram praticados, ao longo do tempo, de maneira uniforme.<<strong>br</strong> />

Caso o sistema em uso seja diferente do descrito nos manuais internos, o auditor deve<<strong>br</strong> />

alterar as informações so<strong>br</strong>e o sistema, anteriormente levantadas, de forma a ajustá-las à<<strong>br</strong> />

situação real existente.<<strong>br</strong> />

6. LIMITAÇÕES DO CONTROLE INTERNO<<strong>br</strong> />

As limitações do controle interno são principalmente com relação a:<<strong>br</strong> />

conluio de funcionários na apropriação de bens da empresa;<<strong>br</strong> />

os empregados não são adequadamente instruídos com relação ás normas internas;<<strong>br</strong> />

funcionários negligentes na execução de suas atividades.<<strong>br</strong> />

34


7. CONTROLE INTERNO E FRAUDE<<strong>br</strong> />

Um adequado sistema de controle interno previne contra a fraude e minimiza os riscos<<strong>br</strong> />

de erros e irregularidades, porém não pode evitar que estas ocorram, se as diversas pessoas<<strong>br</strong> />

envolvidas no processo se puserem de acordo para cometer algum ato fraudulento.<<strong>br</strong> />

7.1. Fraude<<strong>br</strong> />

A fraude pode ser caracterizada como o resultado de irregularidades e atos ilegais<<strong>br</strong> />

praticados contra a empresa, com manifesta intenção de seu autor.<<strong>br</strong> />

O termo fraude aplica-se a atos voluntários de:<<strong>br</strong> />

Omissão ou manipulação de documentos, informações, valores e bens;<<strong>br</strong> />

Adulteração de documentos, registros, demonstrações contábeis e informações;<<strong>br</strong> />

A fraude pode ser praticada por pessoa da própria empresa, ocupando qualquer posição<<strong>br</strong> />

executiva, gerencial ou diretiva; ou por pessoa de fora, com ou sem a conivência de mem<strong>br</strong>os<<strong>br</strong> />

da empresa.<<strong>br</strong> />

A fraude pode ser perpetrada em benefício do fraudador ou da própria organização. Neste<<strong>br</strong> />

caso, lesando o acionista, o fisco, a comunidade, um fornecedor, banco ou outros<<strong>br</strong> />

interessados na atividade da empresa.<<strong>br</strong> />

7.2. Fraudes Contra a Organização<<strong>br</strong> />

São aquelas caracterizadas por:<<strong>br</strong> />

desvio dos negócios da empresa praticados por empregados ou terceiros, privando-a<<strong>br</strong> />

de lucros ou vantagens a que teria direito;<<strong>br</strong> />

apropriação indébita de dinheiro, bens, direitos ou valores da empresa, através de<<strong>br</strong> />

manuseio malicioso de registros, informações e documentos;<<strong>br</strong> />

transações não autorizadas em nível adequado, possibilitando saques, transferências<<strong>br</strong> />

de propriedades, de bens, concessão de descontos e vantagens a terceiros em<<strong>br</strong> />

prejuízo do patrimônio da empresa;<<strong>br</strong> />

prática de exceções na política de preços, de pagamentos, concorrências, compras,<<strong>br</strong> />

etc em benefício de uma pessoa ou grupo de pessoas, da organização ou fora dela.<<strong>br</strong> />

7.3. Tipos de Fraudes<<strong>br</strong> />

Não encobertas : são aquelas que o autor não considera necessário mascarar, porque<<strong>br</strong> />

o controle interno é muito fraco. Ex: retirada de dinheiro do caixa sem se efetuar nenhuma<<strong>br</strong> />

contabilização.<<strong>br</strong> />

Encobertas temporariamente : são feitas sem afetar os registros contábeis. Ex: retirar<<strong>br</strong> />

dinheiro proveniente de co<strong>br</strong>anças omitindo o registro delas de modo que o seu montante<<strong>br</strong> />

possa ser coberto com o registro de co<strong>br</strong>anças posteriores, e assim sucessivamente.<<strong>br</strong> />

Encobertas permanentemente : nessas situações os autores da irregularidade<<strong>br</strong> />

preocupam-se em alterar a informação contida nos registros e outros arquivos, para ocultar a<<strong>br</strong> />

irregularidade.<<strong>br</strong> />

7.4. Prevenção da Fraude<<strong>br</strong> />

“A prevenção da fraude compreende as medidas tomadas pela administração,<<strong>br</strong> />

através de um sistema contábil ou gerencial adequado e um controle interno apropriado para<<strong>br</strong> />

desencorajar a sua perpetração e limitar os riscos da empresa na hipótese da sua ocorrência.<<strong>br</strong> />

A fraude praticada pelo funcionário com aconivência de terceiros caracterizada pelo<<strong>br</strong> />

recebimento de comissões ou favores em decorrência do seu poder de contratação de<<strong>br</strong> />

35


determinado fornecedor ou prestador de serviços é uma das modalidades que mais dificil de<<strong>br</strong> />

ser provada de maneira formal.<<strong>br</strong> />

As estruturas de controles internos procuram incluir a custo suportáveis, medidas<<strong>br</strong> />

preventivas, algumas das quais exigindo uma abertura franca e objetiva do problema aos<<strong>br</strong> />

fornecedores e a todos os funcionários envolvidos no processo de compras (ex: circular<<strong>br</strong> />

proibindo os funcionários de receberem presentes de fornecedores).<<strong>br</strong> />

Medidas para reforçar o controle interno nessa área devem incluir a clara definição<<strong>br</strong> />

das normas internas ou da legislação (no caso de empresas públicas) quanto aos<<strong>br</strong> />

procedimentos para o cadastramento de fornecedores, de preços, de produtos, e de<<strong>br</strong> />

condições de compra .<<strong>br</strong> />

Dentre as diversas normas empresariais necessárias para o combate a fraude<<strong>br</strong> />

citamos:<<strong>br</strong> />

rotação o<strong>br</strong>igatória dos empregados envolvidos com as atividades de compras,<<strong>br</strong> />

pagamentos, etc, de maneira a evitar associações e cooperações entre os mesmos e<<strong>br</strong> />

os fornecedores.<<strong>br</strong> />

sistema de carta de fiança ou de seguro fidelidade para os encarregados que mantem<<strong>br</strong> />

a guarda de numerários, valores, bens<<strong>br</strong> />

impedimento definitivo para o exercício da função ou processo sumário de demissão<<strong>br</strong> />

para os funcionários nessas funções que vierem a se envolver em descumprimento<<strong>br</strong> />

das normas, etc.<<strong>br</strong> />

8. CONTROLE INTERNO EM ALGUMA ÁREAS OPERACIONAIS<<strong>br</strong> />

Apresentamos a seguir, a título ilustrativo, alguns aspectos de controle interno<<strong>br</strong> />

relacionados com os procedimentos de diversas áreas da empresa. Outrossim, podem ser<<strong>br</strong> />

encontradas em publicações, particularmente nas que enfocam aspectos de Auditoria<<strong>br</strong> />

Externa, "Questionários de avaliação de controles internos", que dão ao auditor uma idéia<<strong>br</strong> />

dos pontos chaves de controle, desejáveis nas diversas áreas de uma organização.<<strong>br</strong> />

8.1. Compra e Recebimento de Materiais<<strong>br</strong> />

Para obter-se um controle interno eficiente com relação aos procedimentos de<<strong>br</strong> />

compras, é fundamental que estas estejam segregadas das funções de recepção de<<strong>br</strong> />

mercadorias, contabilização e pagamento. Alguns dos aspectos a serem observados nesta<<strong>br</strong> />

área são os seguintes:<<strong>br</strong> />

existência de cadastro de fornecedores, contendo indicações dos respectivos<<strong>br</strong> />

produtos, desempenhos em fornecimentos anteriores e outras informações julgadas<<strong>br</strong> />

convenientes;<<strong>br</strong> />

um "Manual de Procedimentos de Compras" em que constam todos os procedimentos<<strong>br</strong> />

básicos do departamento;<<strong>br</strong> />

uma definição clara de quem pode autorizar compras, tendo em vista o valor e a<<strong>br</strong> />

natureza das mesmas;<<strong>br</strong> />

proibição do departamento de compras efetuar compras sem que tenha havido uma<<strong>br</strong> />

solicitação de outro departamento;<<strong>br</strong> />

processamento de compras exclusivamente pelo departamento de compras;<<strong>br</strong> />

obtenção de um número pré-fixado de cotações para cada material , escolhendo-se o<<strong>br</strong> />

fornecedor que ofereça melhores condições, dentro de critérios pré-determinados<<strong>br</strong> />

(preço, qualidade, condições de pagamento, etc.);<<strong>br</strong> />

processamento das compras, de forma que estas possam ser analisadas a qualquer<<strong>br</strong> />

época (formação de dossiês);<<strong>br</strong> />

"Pedidos de Compra" pré-numerados tipograficamente, mantendo-se controle<<strong>br</strong> />

sequencial dos mesmos;<<strong>br</strong> />

emissão de "Pedidos de Compra" com cópias, fornecendo-se vias ao órgão<<strong>br</strong> />

controlador dos pagamentos (para conferência e aprovação da fatura), à unidade<<strong>br</strong> />

requisitante (para informação de que sua solicitação foi providenciada), à área de<<strong>br</strong> />

recepção de materiais (para conferências por ocasião do recebimento), etc.;<<strong>br</strong> />

36


obtenção do "aceite" do fornecedor no "Pedido de Compra", após o mesmo ter sido<<strong>br</strong> />

devidamente autorizado;<<strong>br</strong> />

controle de "Pedidos de Compra" pendentes, visando acionar os fornecedores no caso<<strong>br</strong> />

de atrasos, bem como para o acompanhamento de entregas parciais;<<strong>br</strong> />

conferência por ocasião do recebimento do material no que se refere a preços,<<strong>br</strong> />

especificações, quantidades, cálculos e somas da Nota Fiscal (Nota Fiscal x Pedido<<strong>br</strong> />

de Compra x Material) etc.;<<strong>br</strong> />

emissão de "Relatório de Recebimento de Materiais", pré-numerado tipograficamente,<<strong>br</strong> />

em número adequado de vias (órgão financeiro, contabilidade, almoxarifado, etc.),<<strong>br</strong> />

devidamente assinados pelo responsável do recebimento;<<strong>br</strong> />

encaminhamento do material ao almoxarifado imediatamente após a emissão do<<strong>br</strong> />

"Relatório de Recebimento de Materiais" ou da inspeção pelo controle de qualidade,<<strong>br</strong> />

caso este esteja previsto;<<strong>br</strong> />

fluxo de informações que assegure a contabilização da o<strong>br</strong>igação, inclusão nos<<strong>br</strong> />

registros fiscais, etc.<<strong>br</strong> />

8.2 Vendas e Expedições de Mercadorias<<strong>br</strong> />

É desejável nesta área, uma segregação entre as funções de venda, faturamento e<<strong>br</strong> />

despacho de mercadorias.<<strong>br</strong> />

Alguns aspectos de controle que devem ser observados são os seguintes:<<strong>br</strong> />

uma política definida para fixação do crédito por classe de clientes;<<strong>br</strong> />

aprovação por um funcionário autorizado, do limite individual de crédito de cada cliente<<strong>br</strong> />

, dentro da política estabelecida;<<strong>br</strong> />

aprovação dos pedidos de clientes pelo departamento de vendas e pelo setor de<<strong>br</strong> />

crédit0 e co<strong>br</strong>ança;<<strong>br</strong> />

emissão de "Pedido de Venda" interno em número de vias definido pelo sistema<<strong>br</strong> />

adotado, fornecendo-se vias ao armazém (para separação do material), ao setor de<<strong>br</strong> />

faturamento (para emissão da Nota Fiscal) etc.;<<strong>br</strong> />

conferências independentes do material a ser expedido;<<strong>br</strong> />

anexação dos canhotos, comprovantes de entrega de mercadorias, ao talão de notas<<strong>br</strong> />

fiscais, - sistemática definida de conferência e aprovação de devoluções de clientes,<<strong>br</strong> />

bem como de reincorporação do material ao estoque;<<strong>br</strong> />

fluxo de informações que assegure os lançamentos contábeis correspondentes a<<strong>br</strong> />

venda, inclusão nos registros fiscais, etc.<<strong>br</strong> />

8.3 Contas a Pagar<<strong>br</strong> />

Na área de contas a pagar, devem estar segregadas as funç8es de aprovação,<<strong>br</strong> />

registro e pagamento de o<strong>br</strong>igações.<<strong>br</strong> />

Alguns aspectos de controle interno a serem considerados são os seguintes:<<strong>br</strong> />

atribuição de numeração consecutiva às faturas e registro em controle específico;<<strong>br</strong> />

controle de duplicatas ou outras o<strong>br</strong>igações por data de vencimento/<<strong>br</strong> />

revisão dos documentos comprobatórios no que se refere a cálculos, somas, etc.;<<strong>br</strong> />

critérios definidos para formação de um processo de pagamento, o qual deverá ser<<strong>br</strong> />

revisado antes de seu encaminhamento para aprovação;<<strong>br</strong> />

aprovação do processo de pagamento por funcionário autorizado<<strong>br</strong> />

controle numérico das "Notas de Débito", decorrentes de ajustes ou devoluções, e<<strong>br</strong> />

autorização das mesmas à vista de documentos comprobatórios, por elemento não<<strong>br</strong> />

relacionado com o processamento das faturas, compras ou recepção de mercadorias;<<strong>br</strong> />

confronto periódico entre o razão analítico de contas a pagar e o razão geral, por<<strong>br</strong> />

elemento independente do processamento das faturas;<<strong>br</strong> />

conciliação de extratos de fornecedores por elemento independente e análise das<<strong>br</strong> />

pendências.<<strong>br</strong> />

37


8.4. Contas a Receber<<strong>br</strong> />

É conveniente, uma segregação entre as funções de escrituração de contas a receber,<<strong>br</strong> />

controles de duplicatas e recebimentos por caixa. Alguns aspectos que devem ser<<strong>br</strong> />

considerados nesta área são os seguintes:<<strong>br</strong> />

existência de um controle de duplicatas quanto a sua localização física (em carteira,<<strong>br</strong> />

em bancos, com co<strong>br</strong>adores, etc.);<<strong>br</strong> />

controle das duplicatas em poder de co<strong>br</strong>adores por rneio de borderôs;<<strong>br</strong> />

prestação de contas diárias, se possível, por parte dos co<strong>br</strong>adores externos;<<strong>br</strong> />

confronto periódico entre o razão analítico de contas a receber e o razão geral, e com<<strong>br</strong> />

a existência física de duplicatas;<<strong>br</strong> />

envio de extratos de contas aos clientes por elemento não relacionado com<<strong>br</strong> />

recebimento,de valores; conciliação e análise das divergências, no caso de<<strong>br</strong> />

manifestação do cliente;<<strong>br</strong> />

controle numérico das "Notas de Crédito" e aprovação das mesmas por elemento<<strong>br</strong> />

autorizado não relacionado com vendas ou recebimentos, à vista de documentos<<strong>br</strong> />

comprobatórios que assegurem a procedência de sua emissão;<<strong>br</strong> />

contabilização de adiantamentos recebidos de clientes para entrega futura de<<strong>br</strong> />

mercadorias em contas distintas das de contas a receber;<<strong>br</strong> />

preparação periódica de relações de contas a receber por idade, investigando-se os<<strong>br</strong> />

valores em atraso;<<strong>br</strong> />

baixa de valores considerados inco<strong>br</strong>áveis mediante aprovação por escrito de<<strong>br</strong> />

funcionário autorizado pela diretoria.<<strong>br</strong> />

8.5. Pagamentos<<strong>br</strong> />

Alguns aspectos que devem ser considerados nesta área são os seguintes: -<<strong>br</strong> />

existência de uma política definida de aproveitamento de descontos;<<strong>br</strong> />

pagamentos por cheques nominais, excetuando-se valores de pequena monta que<<strong>br</strong> />

devem ser pagos em dinheiro, de acordo com uso e costumes;<<strong>br</strong> />

controle da seqüência numérica dos cheques emitidos, bem como dos cheques<<strong>br</strong> />

Cancelados;<<strong>br</strong> />

emissão dos cheques somente após aprovação dos processos de pagamento por<<strong>br</strong> />

funcionário autorizado;<<strong>br</strong> />

envio dos cheques para assinatura, acompanhados dos processos de pagamento;<<strong>br</strong> />

assinatura dos cheques por dois funcionários autorizados independentes, examinando<<strong>br</strong> />

e ru<strong>br</strong>icando cada um deles os documentos comprobatórios, por ocasião da<<strong>br</strong> />

assinatura;<<strong>br</strong> />

proibição de pagamentos sem fornecimento de recibo ou quitação pelo favorecido;<<strong>br</strong> />

emissão de resumo de pagamentos para conferência com os comprovantes e cheques<<strong>br</strong> />

emitidos no dia, e posterior contabilização;<<strong>br</strong> />

manutenção de conta bancária específica para depósito do valor líquido da folha de<<strong>br</strong> />

pagamento e pagamento aos funcionários.<<strong>br</strong> />

8.6. Recebimentos<<strong>br</strong> />

O sistema de controle interno para recebimento de numerário deve estabelecer<<strong>br</strong> />

procedimentos que garantam que todos os valores recebidos são contabilizados. O numerário<<strong>br</strong> />

desviado antes da contabilização é muito mais difícil de ser detectado do que aquele que é<<strong>br</strong> />

registrado e posteriormente sonegado. Alguns aspectos de controle nesta área são:<<strong>br</strong> />

política de recebimentos através de bancos, sempre que possível;<<strong>br</strong> />

prática de cruzar os cheques recebidos e apor nos mesmos carimbo de endosso<<strong>br</strong> />

restritivo;<<strong>br</strong> />

depósito intacto dos valores recebidos, não se utilizando valores recebidos para<<strong>br</strong> />

efetuar pagamentos;<<strong>br</strong> />

38


atendimento de clientes pelo setor de crédito e co<strong>br</strong>ança, o qual envia as duplicatas ou<<strong>br</strong> />

recibos ao caixa com protocolo, com o objetivo de dar baixa no controle de duplicatas<<strong>br</strong> />

em carteira e possibilitar posterior confronto, por elemento independente, do total de<<strong>br</strong> />

baixas com « o valor do depósito bancário do dia;<<strong>br</strong> />

envio dos cheques recebidos pelo correio ao caixa através de relação, possibilitando<<strong>br</strong> />

confronto com o valor do depósito bancário dos recebimentos do dia;<<strong>br</strong> />

comparação do valor do depósito dos recebimentos do dia com o valor das notas<<strong>br</strong> />

fiscais emitidas ou ita totalizadora de máquina registradora, no caso de vendas a vista;<<strong>br</strong> />

envio da guia original do depósito bancário, devidamente autenticado pelo banco,<<strong>br</strong> />

junto com « a documentação ao contador, para conferência e contabilização;<<strong>br</strong> />

contabilização de cheques recebidos de outras praças como numerário em trânsito.<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________<<strong>br</strong> />

MÓDULO lV<<strong>br</strong> />

PAPÉIS DE TRABALHO<<strong>br</strong> />

1. CONCEITUAÇÃO<<strong>br</strong> />

Os Papéis de trabalho de <strong>auditoria</strong> constituem um registro permanente do trabalho<<strong>br</strong> />

efetuado pelo auditor, dos fatos e informações obtidos, bem como das suas conclusões so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

os exames. É com base nos Papéis de trabalho que o auditor irá relatar suas opiniões,<<strong>br</strong> />

críticas e sugestões<<strong>br</strong> />

Observamos que diversos autores apresentam conceitos semelhantes so<strong>br</strong>e Papéis<<strong>br</strong> />

de Trabalho, baseados na definição dada pela Resolução CFC n° 321/72, no capítulo das<<strong>br</strong> />

Normas Relativas à Execução do Trabalho .<<strong>br</strong> />

Attie, por exemplo, substituiu alguns termos da Resolução por sinônimos, tais como,<<strong>br</strong> />

coligidos por obtidos e testemunho por evidência, mantendo inalterado o seu<<strong>br</strong> />

conteúdo, a saber:<<strong>br</strong> />

"Entende-se por Papéis de Trabalho o conjunto de formulários e documentos<<strong>br</strong> />

que contém as informações e apontamentos obtidos pelo auditor durante seu exame,<<strong>br</strong> />

bem como as provas e descrição dessas realizações, os quais constituem a evidência<<strong>br</strong> />

do trabalho executado e o fundamento da sua opinião." (Auditoria: Conceitos e<<strong>br</strong> />

Aplicações - Attie, William, Ed. Atlas, 2a Edição, pág. 69).<<strong>br</strong> />

De sua parte, o Instituto dos Auditores Internos do Brasil - AUDIBRA ao tratar o tema,<<strong>br</strong> />

destaca o fato dos Papéis de Trabalho e o seu sistema de referenciação integrarem as<<strong>br</strong> />

Normas Profissionais de Auditoria e de corresponderem "a uma descrição das constatações<<strong>br</strong> />

do auditor, em cumprimento às instruções do programa de <strong>auditoria</strong>, completado por uma<<strong>br</strong> />

compilação das informações que incluem documentos, cópias de dados, listagens e mapas<<strong>br</strong> />

preparados pelo próprio auditor ou pelas áreas, cujos componentes significativos foram<<strong>br</strong> />

examinados pelo auditor." (Procedimentos de Auditoria Interna Organização Básica,<<strong>br</strong> />

AUDIBRA, 1991, pág. 180).<<strong>br</strong> />

Verifica-se que o CFC, devido à idade já avançada da referida Resolução, e o<<strong>br</strong> />

AUDIBRA, talvez por lapso dos redatores, nada mencionaram so<strong>br</strong>e o impacto da informática<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e os Papéis de Trabalho de <strong>auditoria</strong>, os quais estão sendo preparados cada vez mais<<strong>br</strong> />

em microcomputadores (laptops, notebooks, etc.).<<strong>br</strong> />

Ainda que uma <strong>auditoria</strong> seja totalmente informatizada e que alguns profissionais<<strong>br</strong> />

estejam sonhando com "paperless audit" (<strong>auditoria</strong> sem papel), entendemos que se deve<<strong>br</strong> />

manter a denominação de Papéis de Trabalho para os programas e arquivos armazenados<<strong>br</strong> />

em disquetes ou "winchester", bem como observar os mesmos procedimentos para sua<<strong>br</strong> />

preparação e manutenção da sua confidencialidade.<<strong>br</strong> />

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Aliás, so<strong>br</strong>e a confidencialidade dos Papéis de Trabalho, o CFC é claro ao definir que<<strong>br</strong> />

"eles são de propriedade exclusiva e confidencial do auditor", enquanto o AUDIBRA é omisso<<strong>br</strong> />

a respeito, não só na publicação citada, como também nas Normas Brasileiras para o<<strong>br</strong> />

Exercício da Auditoria Interna, por ele editadas.<<strong>br</strong> />

Assim, para nós permanece uma dúvida no ar, quanto à aplicabilidade plena dessa<<strong>br</strong> />

regra pelos auditores internos, menos quanto à confidencialidade, mais pela "propriedade<<strong>br</strong> />

exclusiva", tendo em vista seu vínculo empregatício com a Organização na qual ele prepara<<strong>br</strong> />

seus Papéis de Trabalho, durante seus exames.<<strong>br</strong> />

2.OBJETIVOS<<strong>br</strong> />

2.1. Auxiliar na execução dos exames.<<strong>br</strong> />

2.2. Evidenciar o trabalho feito e as conclusões emitidas.<<strong>br</strong> />

2.3. Servir de suporte aos relatórios.<<strong>br</strong> />

2.4. Constituir um registro que possibilite consultas posteriores, a fim de se obter detalhes<<strong>br</strong> />

relacionados com a <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

2.5. Fornecer um meio de revisão por Superiores, para:<<strong>br</strong> />

determinar se o serviço foi feito de forma adequada e eficaz, bem como julgar so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

solídez das conclusões emitidas;<<strong>br</strong> />

considerar possíveis modificações nos procedimentos de <strong>auditoria</strong> adotados, bem<<strong>br</strong> />

como no programa de trabalho para o exame subseqüente.<<strong>br</strong> />

3.CONTEÚDO<<strong>br</strong> />

Os Papéis de Trabalho devem ser preparados de modo que apresentem os detalhes<<strong>br</strong> />

importantes. Uma <strong>auditoria</strong> envolve tantos detalhes, que itens importantes podem passar<<strong>br</strong> />

despercebidos, como resultado da elaboração imperfeita dos papéis. Por isso, os Papéis de<<strong>br</strong> />

Trabalho devem ser completos quanto a:<<strong>br</strong> />

informações e fatos relevantes;<<strong>br</strong> />

escopo do trabalho efetuado;<<strong>br</strong> />

fonte das informações obtidas;<<strong>br</strong> />

suas opiniões e conclusões.<<strong>br</strong> />

Os Papéis de Trabalho devem ser preparados tendo-se em mente seu completo<<strong>br</strong> />

entendimento por outro auditor que não teve ligação direta com o trabalho. É comum a<<strong>br</strong> />

consulta dos Papéis de Trabalho em anos posteriores para se prestar esclarecimentos ou<<strong>br</strong> />

informações so<strong>br</strong>e algum aspecto a área auditada. Assim, podemos considerar nossos<<strong>br</strong> />

Papéis de Trabalho completos e perfeitos, toda vez que tivermos possibilidade de responder<<strong>br</strong> />

satisfatoriamente às seguintes questões, com relação ao conteúdo:<<strong>br</strong> />

a) os dados, fatos e informações estão colocados de maneira clara, concisa e bem<<strong>br</strong> />

distribuídos?<<strong>br</strong> />

b) todas as informações contidas nos Papéis de Trabalho são importantes para a<<strong>br</strong> />

formação de uma opinião so<strong>br</strong>e a área?<<strong>br</strong> />

c) todas as informações são necessárias para a perfeita visualização da profundídade do<<strong>br</strong> />

exame efetuado?<<strong>br</strong> />

d) na possibilidade de uma revisão futura por um elemento que não participou do exame,<<strong>br</strong> />

foram consideradas todas as informações úteis para permitir um rápido entendimento?<<strong>br</strong> />

e) todos os pontos do relatório possuem adequado suporte nos Papéis de Trabalho?<<strong>br</strong> />

f ) a omissão de alguma informação nos Papéis de Trabalho trará alguma consequência a<<strong>br</strong> />

curto, médio ou longo prazo?<<strong>br</strong> />

4. DIVISÃO E ARQUIVO DOS PAPÉIS DE TRABALHO<<strong>br</strong> />

Os registros dos Papéis de Trabalho, para cada serviço, compreendem duas seções<<strong>br</strong> />

principais: o arquivo Corrente, para cada período coberto pela <strong>auditoria</strong>;<<strong>br</strong> />

40


o arquivo Permanente, que contém informações úteis para um período de anos. Cada seção<<strong>br</strong> />

é parte necessária e integrante dos Papéis de Trabalho referentes a qualquer ano. Os<<strong>br</strong> />

arquivos Correntes são incompletos sem os Permanentes, visto que estes contêm trabalhos<<strong>br</strong> />

de <strong>auditoria</strong> e dados aplicáveis tanto ao ano corrente como a anos anteriores.<<strong>br</strong> />

4.1. Arquivo Permanente<<strong>br</strong> />

De modo geral, o arquivo permanente deve conter assuntos que forem de interesse<<strong>br</strong> />

para consulta sempre que se quiser dados so<strong>br</strong>e o sistema, área ou unidade objeto de<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong>. Os papéis e anexos dessa natureza não devem ser incluídos nos arquivos<<strong>br</strong> />

Correntes, nem duplicados por material neste arquivo, mas devem ser conservados somente<<strong>br</strong> />

no Permanente. Referências cruzadas adequadas e o uso conveniente do arquivo<<strong>br</strong> />

Permanente tornarão tais duplicações desnecessárias.<<strong>br</strong> />

Os anexos juntados ao arquivo Permanente constituem parte integrante dos Papéis de<<strong>br</strong> />

Trabalho para cada serviço e devem ser revistos e atualizados a cada exame. Material<<strong>br</strong> />

obsoleto ou substituído deve ser removido e arquivado a parte, numa pasta Permanente<<strong>br</strong> />

separada, para fins de registro.<<strong>br</strong> />

Como cada serviço tem características próprias, o conteúdo do arquivo Permanente<<strong>br</strong> />

pode, naturalmente, variar. Assim, apresentamos a seguir, exemplos de materiais geralmente<<strong>br</strong> />

nele incluídos:<<strong>br</strong> />

ponto de "pré-<strong>auditoria</strong>" a liquidar<<strong>br</strong> />

ponto de "pré-<strong>auditoria</strong>" liquidados<<strong>br</strong> />

organograma da área;<<strong>br</strong> />

atas de reunião da diretoria<<strong>br</strong> />

atas importantes de reunião dos dirigentes locais;<<strong>br</strong> />

memorandos de procedimentos;<<strong>br</strong> />

modelos de impressos e registros importantes;<<strong>br</strong> />

fluxogramas;<<strong>br</strong> />

manuais;<<strong>br</strong> />

etc.<<strong>br</strong> />

4.2. Arquivos Correntes de Auditoria<<strong>br</strong> />

Os arquivos correntes de Papéis de Trabalho contêm o programa de <strong>auditoria</strong>, o<<strong>br</strong> />

registro dos exames feitos e as conclusões resultantes do trabalho de <strong>auditoria</strong>. Juntamente<<strong>br</strong> />

com o arquivo Permanente, os Papéis de Trabalho Correntes devem constituir um registro<<strong>br</strong> />

claro e preciso do serviço executado.<<strong>br</strong> />

Com exceção de certos casos, não é prática usar modelos padronizados de Pepéis de<<strong>br</strong> />

Trabalho, nem prescrever as informações que devem constar nos papéis.<<strong>br</strong> />

Os Papéis de Trabalho devem ser delineados e elaborados de forma que apresentem<<strong>br</strong> />

detalhes importantes à atenção de quem os use ou examine. Uma <strong>auditoria</strong> envolve tantos<<strong>br</strong> />

detalhes que itens importantes podem passar despercebidos como resultado da elaboração<<strong>br</strong> />

insatisfatória de Papéis de Trabalho.<<strong>br</strong> />

Os papéis devem ser organizados de forma que facilitem o confronto de dados<<strong>br</strong> />

relacionados entre si. Para tanto, a estrutura em que são enquadrados é, em linhas gerais, a<<strong>br</strong> />

seguinte:<<strong>br</strong> />

4.2.1. Folhas Índices<<strong>br</strong> />

São papéis que apenas listam as várias áreas alvo dos exames de <strong>auditoria</strong> e a<<strong>br</strong> />

referência do Papel de Trabalho onde podem ser encontradas as evidências dos exames e<<strong>br</strong> />

dos levantamentos executados.<<strong>br</strong> />

41


4.2.2. Folhas Mestras de Trabalho<<strong>br</strong> />

Usualmente, há uma folha mestra separada para cada área importante dos exames.<<strong>br</strong> />

Essas folhas mestras resumem as áreas individuais de exames e dão informações gerais. Por<<strong>br</strong> />

exemplo, a folha mestra para exame na área de Bancos pode indicar apenas os saldos<<strong>br</strong> />

contábeis por natureza de contas (movimento, arrecadação, pagamentos, etc.)<<strong>br</strong> />

4.2.3. Folhas Subsidiárias<<strong>br</strong> />

Usualmente, há uma ou mais folhas de detalhe em apoio de cada folha mestra, na<<strong>br</strong> />

qual é registrado o trabalho de <strong>auditoria</strong> e se documentam as informações obtidas. Essas<<strong>br</strong> />

folhas contêm o registro da análise e testes efetuados, e devem trazer a opinião do auditor<<strong>br</strong> />

quanto ao resultado alcançado. Sub folhas de detalhes devem ser preparadas quando<<strong>br</strong> />

necessárias para testes dos ' dados que comprovam as transações ou para efetuar outros<<strong>br</strong> />

trabalhos de <strong>auditoria</strong> necessários.<<strong>br</strong> />

4.2.4.Organização<<strong>br</strong> />

Para arquivamento dos Papéis de Trabalho Correntes é aconselhável que as pastas<<strong>br</strong> />

individuais sejam de pequeno volume, de modo a facilitar o manuseio. Por conseguinte, os<<strong>br</strong> />

papéis devem ser distribuídos em tantas pastas quantas forem necessárias, dependendo do<<strong>br</strong> />

vulto do trabalho. A seqüência dos papéis, não obstante o número das pastas individuais,<<strong>br</strong> />

deve ser relativamente uniforme para todos os trabalhos. Sugere-se a seguinte ordem lógica:<<strong>br</strong> />

Relação de pontos de <strong>auditoria</strong> identificador;<<strong>br</strong> />

Rascunho do Relatório<<strong>br</strong> />

Registro das horas aplicadas (Controle de Horas);<<strong>br</strong> />

Folhas de revisão do trabalho, com os pontos levantados a completar/completar;<<strong>br</strong> />

Folhas Índices;<<strong>br</strong> />

Folhas Mestras;<<strong>br</strong> />

Folhas Subsidiárias.<<strong>br</strong> />

4.2.5. Considerações Gerais<<strong>br</strong> />

Cada Papel de Trabalho deve ter um cabeçalho mencionando o nome da área ou<<strong>br</strong> />

sistema, o tipo de exame objeto, a denominação do Papel de Trabalho e a data do exame. É<<strong>br</strong> />

colocado no canto superior direito da folha o número do índice adequado. Se o papel consistir<<strong>br</strong> />

de mais de uma página, isto é indicado numerando-se cada página "1 de 3", "2 de 3", etc.<<strong>br</strong> />

Cada papel deve ser assinado e datado pelo auditor, de tal maneira que fique identificado o<<strong>br</strong> />

seu trabalho.<<strong>br</strong> />

Os Seniores ou Coordenadores de <strong>auditoria</strong> assumem a responsabilidade pelos<<strong>br</strong> />

Papéis de Trabalho preparados pelos auditores sob sua orientação e devem indicar seu<<strong>br</strong> />

exame e aprovação do trabalho, apondo seu visto em cada papel.<<strong>br</strong> />

Nitidez e exatidão são requisitos essenciais no preparo de todos os Papéis de<<strong>br</strong> />

Trabalho, visando que sejam facilmente examináveis e que proporcionem um registro claro do<<strong>br</strong> />

trabalho efetuado. É preferível usar espaço duplo em memorandos e usar várias folhas de<<strong>br</strong> />

papel, a aglomerar muitas informações em uma só folha.<<strong>br</strong> />

Folhas mestras e subsidiárias devem da mesma forma e preferivelmente, ser<<strong>br</strong> />

elaboradas usando-se espaço duplo; deve-se tomar cuidado para não escrever informações<<strong>br</strong> />

entre as linhas e nas margens. A fim de facilitar a reprodução fotográfica, não se devem fazer<<strong>br</strong> />

quaisquer anotações no verso dos Papéis de Trabalho, visto que podem ser omitidas no<<strong>br</strong> />

processo de reprodução.<<strong>br</strong> />

42


5. SISTEMA DE REFERENCIAÇÃO<<strong>br</strong> />

5.1. Uso e Utilidade<<strong>br</strong> />

Como meio de assegurar ordem no arquivamento e facilitar o manuseio dos Papéis de<<strong>br</strong> />

Trabalho e a localização das informações, cada anexo é marcado a lápis vermelho, no canto<<strong>br</strong> />

superior direito, com um número, ou letra, ou combinação de ambos.<<strong>br</strong> />

5.2. Referência Cruzada<<strong>br</strong> />

Toda vez que um valor aparecer em mais de um Papel de Trabalho, em todos eles<<strong>br</strong> />

deve ser anotada essa particularidade. A esse processo dá-se o nome de "Referência<<strong>br</strong> />

Cruzada". Proporciona adequada amarração dos Papéis de Trabalho, evidenciando onde os<<strong>br</strong> />

trabalhos foram realizados ou os valores examinados, sejam em uma mesma área ou que<<strong>br</strong> />

tenham influência em outras áreas em exame.<<strong>br</strong> />

6. SIMBOLOGIA<<strong>br</strong> />

6.1. Definição e Utilidade<<strong>br</strong> />

Para economia de espaço e tempo, geralmente são utilizados símbolos (tiques) nos<<strong>br</strong> />

PTs, indicando, por exemplo, fonte de dados, conferências ou exames efetuados, os<<strong>br</strong> />

quais devem ter uma explicação resumida nos próprios papéis em que forem apostas.<<strong>br</strong> />

Devem ser apostas a lápis de cor para facilitar o exame e visualização dos PTs.<<strong>br</strong> />

Em geral devem ser simples e inconfundíveis.<<strong>br</strong> />

Deve ser evitado o uso de muitos símbolos nos PT's.<<strong>br</strong> />

Para os exames em que os mesmos símbolos (tiques) forem utilizados em diversos<<strong>br</strong> />

Papéis de Trabalho de mesma referência, pode-se adotar a técnica de mencioná-los<<strong>br</strong> />

em uma única folha, capeando aquele conjunto de papéis.<<strong>br</strong> />

6.2. Símbolos a Referências Padrões<<strong>br</strong> />

Considerando que alguns símbolos (tiques) e referência são comumente utilizados,<<strong>br</strong> />

convenciona e chamá-los de "PADRÕES" e, portanto, sua colocação no Papel de Trabalho<<strong>br</strong> />

dispensa a explicação.<<strong>br</strong> />

Indicamos, a seguir, como exemplo, um método de símbolos e referências padrões:<<strong>br</strong> />

6.2.1. Tiques ou Símbolos Padrões<<strong>br</strong> />

T Soma conferida<<strong>br</strong> />

Cálculo Conferido<<strong>br</strong> />

6.2.2. Referências Padrões (exemplo)<<strong>br</strong> />

X - Usada sempre que um aspecto observado foi julgado como ponto de relatório,<<strong>br</strong> />

devendo esse aspecto ser transcrito para uma folha resumo que indicará no final do serviço 1<<strong>br</strong> />

todos os aspectos passíveis de serem relatados no exame.<<strong>br</strong> />

6.2.3. Outras Referências Padrões<<strong>br</strong> />

Números circulados: 1, 2,1 de números ou valores... são utilizados para Referências<<strong>br</strong> />

Cruzadas Internas de números e valores<<strong>br</strong> />

43


Letras maiúsculas circuladas: A , B , ... colocadas na frente de um valor ou título, são<<strong>br</strong> />

utilizadas para referenciar exceções constatadas que deverão fazer parte do relatório,<<strong>br</strong> />

ou simplesmente explicações e comentários adicionais.<<strong>br</strong> />

Não é aconselhável a utilização de: NOTA (S) OBSERVAÇÃO (ÕES)<<strong>br</strong> />

Seu uso deve ser substituído por letras circuladas quando se referir a explicações ou<<strong>br</strong> />

comentários de exceções, ou por Papéis de Trabalho subsidiários.<<strong>br</strong> />

MÓDULO V<<strong>br</strong> />

PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DE AUDITORIA<<strong>br</strong> />

1. CONCEITUAÇÃO<<strong>br</strong> />

Segundo o Novo Dicionário Aurélio, procedimento pode significar processo ou método.<<strong>br</strong> />

Mais ou menos nesse sentido transitam todas as definições que encontramos a respeito de<<strong>br</strong> />

procedimentos de <strong>auditoria</strong>, ou seja, processos/métodos adotados pelo auditor para obter<<strong>br</strong> />

elementos de prova para formar sua opinião quando examina áreas, sistemas e demonstra es<<strong>br</strong> />

financeiras.<<strong>br</strong> />

Para ilustrar o que afirmamos, transcrevemos a seguir os textos pelos quais alguns autos<<strong>br</strong> />

importantes conceituam procedimentos de <strong>auditoria</strong>:<<strong>br</strong> />

a) "São os atos praticados pelo auditor interno para obtenção de evidências que Ihe<<strong>br</strong> />

permitam fundamentar suas conclusões e atingir os objetivos da <strong>auditoria</strong>s. (Normas<<strong>br</strong> />

Brasileiras para o Exercício da Auditoria Interna, AUDIBRA, 1991, pág. 17).<<strong>br</strong> />

b) "Conjunto de investigações técnicas que permitem ao auditor formar opinião so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

as demonstrações contábeis examinadas e que Ihe fornecem base para emitir seu<<strong>br</strong> />

parecer fundamentado." (Curso Básico de Auditoria - Normas e Procedimentos, CRC-SP,<<strong>br</strong> />

Ed. Atlas, 1988, pág. 26).<<strong>br</strong> />

c) "São as investigações técnicas que, tomadas em conjunto, permitem a formação<<strong>br</strong> />

fundamentada da opinião do auditor so<strong>br</strong>e as demonstrações financeiras ou so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

trabalho realizado... são as técnicas, das quais o auditor se utiliza para a realização de<<strong>br</strong> />

seu trabalho,..." (Auditoria: Conceitos e Aplicações - Attie, William, Ed. Atlas, 1991, pág.<<strong>br</strong> />

110).<<strong>br</strong> />

A definição dada pelo CRC-SP corresponde exatamente àquela inserida na Resolução do<<strong>br</strong> />

CFC n° 321/72, razão pela qual limita-se a menciona r como objeto das investigações as<<strong>br</strong> />

Demonstrações contábeis, enquanto os demais autores citados são mais genéricos,<<strong>br</strong> />

reconhecendo que os procedimentos de <strong>auditoria</strong> são aplicáveis em outros campos.<<strong>br</strong> />

2. TESTES, EXAMES E COMPROVAÇÃO<<strong>br</strong> />

"Testes, comprovações e exames é uma expressão genérica que compreende os<<strong>br</strong> />

diversos procedimentos técnicos adotados pelo auditor para obter evidências<<strong>br</strong> />

suficientes para convencer se so<strong>br</strong>e a qualidade e desempenho do universo por ele<<strong>br</strong> />

examinado, visando atingir os objetivos delineados." (Procedimentos de Auditoria Interna<<strong>br</strong> />

Organização Básica AUDIBRA, pág. 243).<<strong>br</strong> />

Além de nos fornecer esse conceito genérico, o AUDIBRA nessa forma o<strong>br</strong>a procura<<strong>br</strong> />

definir cada um dos termos que compõe essa expressão, a saber:<<strong>br</strong> />

44


"Teste de Auditoria é o ato praticado pelo auditor no sentido de certificar se quanto à<<strong>br</strong> />

natureza, características, qualidades e demais atributos de um universo, através de<<strong>br</strong> />

alguns de seus componentes ou de parte do todo.<<strong>br</strong> />

È o ato de apurar e demonstrar, acima de qualquer dúvida, uma situação ou um atributo<<strong>br</strong> />

do universo.<<strong>br</strong> />

“Exames de <strong>auditoria</strong> são o conjunto de atos praticados pelo auditor para<<strong>br</strong> />

realização de trabalho e emissão de um parecer ou opinião”<<strong>br</strong> />

2.1. Levantamento de procedimentos<<strong>br</strong> />

No levantamento de procedimentos e operações de uma determinada área, com o<<strong>br</strong> />

objetivo de avaliação do controle interno e de riscos, que irá determinar a extensão dos<<strong>br</strong> />

exames e técnicas de <strong>auditoria</strong> a serem aplicadas nas circunstâncias.<<strong>br</strong> />

Esse levantamento pode ser de forma descritiva, obtido através de indagações orais,<<strong>br</strong> />

pesquisas de instrumentos normativos e de documentos pertinentes. Deve ser formalizado<<strong>br</strong> />

através de memorando, juntamente com os anexos necessários (cópias de formulários<<strong>br</strong> />

utilizados, etc.) o qual constituir-se-á em papel de trabalho de <strong>auditoria</strong> caracterizado como<<strong>br</strong> />

"Permanente".<<strong>br</strong> />

Outra técnica utilizada é o levantamento dos procedimentos através de representação<<strong>br</strong> />

gráfica, ou seja, de fluxogramas, facilitando a compreensão visual. Não entraremos neste<<strong>br</strong> />

curso em detalhes das técnicas de elaboração de fluxogramas.<<strong>br</strong> />

2.2. Comprovação Documental<<strong>br</strong> />

“Comparar os dados registrados com o(s) respectivos(s) documento(s) que originou (aram) o<<strong>br</strong> />

“, assentamento.<<strong>br</strong> />

As operações de compra e venda,o<strong>br</strong>igam à emissão de uma Nota Fiscal. Dessa<<strong>br</strong> />

forma, a NF é uma das provas disponíveis que o auditor tem para comprovar a autenticidade<<strong>br</strong> />

de uma compra. Na diversidade de documentos existentes, encontramos: notas fiscais,<<strong>br</strong> />

recibos, contratos, duplicatas, guias de recolhimento de impostos, escrituras (públicas e<<strong>br</strong> />

privadas), apólices de seguros, etc.<<strong>br</strong> />

Neste campo, devemos reconhecer, com maior ou menor importância, como prova de<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong> os documentos:<<strong>br</strong> />

emitidos por terceiros ou emitidos pela própria empresa;<<strong>br</strong> />

originais ou cópias;<<strong>br</strong> />

existência ou não de vistos de aprovação;<<strong>br</strong> />

conferidos ou sem conferência (através da evidência de conferências).<<strong>br</strong> />

É óbvio que os documentos mais seguros como prova em <strong>auditoria</strong> são aqueles de emissão<<strong>br</strong> />

de terceiros, contendo vistos de aprovação, revisão e conferência por setores independentes.<<strong>br</strong> />

Para se satisfazer so<strong>br</strong>e a autenticidade de uma determinada operação, o auditor deve exigir<<strong>br</strong> />

o conjunto dos documentos que compõem todas as fases da operação.<<strong>br</strong> />

Exemplo: O auditor pode constatar a autenticidade de uma compra examinando a<<strong>br</strong> />

Nota Fiscal de emissão do fornecedor, onde encontrará vários elementos para sua conclusão,<<strong>br</strong> />

como: descrição do material, valor da operação, etc. Todavia, se examinar de uma mesma<<strong>br</strong> />

compra: a requisição do material emitida pelo setor interessado; o pedido de compra emitido<<strong>br</strong> />

pelo fornecedor ou pelo setor de compras; nota fiscal, a fatura e a duplicata emitida pelo<<strong>br</strong> />

fornecedor e o respectivo recibo, fatalmente suas conclusões estarão muito mais bem<<strong>br</strong> />

fundamentadas.<<strong>br</strong> />

Ainda, o exame de documentação exige que o auditor certifique:<<strong>br</strong> />

45


Se o documento apresentado é coerente com a transação registrada. Uma nota fiscal<<strong>br</strong> />

dificilmente comprovará a aquisição de um terreno;<<strong>br</strong> />

Se está em nome da empresa;<<strong>br</strong> />

Se apresenta emendas ou rasuras;<<strong>br</strong> />

Se está devidamente aprovado, de acordo com a política da empresa;<<strong>br</strong> />

Se a transação realizada é adequada em relação à atividade da empresa. - Se é hábil<<strong>br</strong> />

do ponto de vista fiscal, etc.;<<strong>br</strong> />

2.3. Inspeção Física<<strong>br</strong> />

"Objetiva a obtenção de evidência física, mediante exame e constatação da<<strong>br</strong> />

existência real de ativos e passivos, da realização de o<strong>br</strong>as e serviços e das condições<<strong>br</strong> />

e impactos ambientais." (AUDIBRA)<<strong>br</strong> />

"O exame físico não existe por si só. Ele é um procedimento complementar para o<<strong>br</strong> />

auditor certificar se de que há correspondência contábil." (ATTIE)<<strong>br</strong> />

O auditor vendo pessoalmente o "bem" pode acreditar em sua existência. Essa prova,<<strong>br</strong> />

todavia, encontra sérias limitações na vida prática, senão vejamos:<<strong>br</strong> />

Uma inspeção física no itens de estoque de uma determinada empresa implica no<<strong>br</strong> />

conhecimento técnico do material objeto de exame. O rótulo, por exemplo, colocado numa<<strong>br</strong> />

garrafa indicando se tratar de vinho não prova que, efetivamente, dentro daquela garrafa<<strong>br</strong> />

exista vinho. Em outras palavras, a embalagem não prova nada.<<strong>br</strong> />

Constatar a existência física vai um pouco mais longe do que simplesmente ler as<<strong>br</strong> />

especificações contidas nas embalagens.<<strong>br</strong> />

Além disso, quantos itens de estoque são encontrados normalmente nas dependências das<<strong>br</strong> />

empresas sem qualquer embalagem? Como identificá-los sem um conhecimento técnico?<<strong>br</strong> />

E os produtos semi-acabados? Qual o estágio de acabamento de determinado produto<<strong>br</strong> />

inspecionado?<<strong>br</strong> />

O auditor interno, geralmente, não conhece com profundidade os tipos e<<strong>br</strong> />

especificações técnicas dos bens e produtos da empresa. Quantas vezes poderá ser induzido<<strong>br</strong> />

a acreditar que determinado bem inspecionado era aquele que buscava sem contudo ter<<strong>br</strong> />

encontrado a verdade?<<strong>br</strong> />

Por outro lado, convém ressaltar que inspecionar um determinado bem significa<<strong>br</strong> />

comprovar a detenção de posse pela empresa ou setor. A comprovação da propriedade,<<strong>br</strong> />

quando necessária, exigirá fatalmente a aplicação de outras técnicas de <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

Os aspectos acima abordados não significam que devemos desprezar esta técnica. Ao<<strong>br</strong> />

contrário, é uma das técnicas mais válidas à disposição do auditor, desde que utilizada com a<<strong>br</strong> />

merecida cautela e complementada com outras necessárias nas circunstâncias.<<strong>br</strong> />

Através da inspeção física, o auditor deverá também chegar a conclusões quanto a condições<<strong>br</strong> />

de uso e qualidade dos itens examinados, bem como constatar indícios de morosidade e<<strong>br</strong> />

obsolescência, quando aparentes.<<strong>br</strong> />

Por último, a aplicação deste procedimento de <strong>auditoria</strong> o<strong>br</strong>iga, em determinadas ocasiões,<<strong>br</strong> />

preparativos antecipados, de modo a possibilitar o reconhecimento quantitativo e qualitativo<<strong>br</strong> />

dos , bens. Esta situação se aplica, na maioria dos casos, às contagens físicas de estoques.<<strong>br</strong> />

2.4. Confirmações de Terceiros (Circularização)<<strong>br</strong> />

Há que se fazer uma perfeita distinção entre as informações internas e as informações<<strong>br</strong> />

externas, não somente do ponto de vista de sua diferenciação básica (fonte de obtenção),<<strong>br</strong> />

mas principalmente daquele referente a efetividade de um exame estribado numa e noutra<<strong>br</strong> />

fonte.<<strong>br</strong> />

46


Se é bem verdade que o exame de todas as apólices de seguro da empresa leva o<<strong>br</strong> />

auditor à conclusão so<strong>br</strong>e a adequação da cobertura de seguros (informação interna), melhor<<strong>br</strong> />

seria se o auditor obtivesse diretamente do corretor de seguros (fonte independente) uma<<strong>br</strong> />

demonstração , desta cobertura (informação externa). Há, nesse caso, duas vantagens: a<<strong>br</strong> />

primeira é imediata e diz respeito à economia de tempo que o auditor se propicia por não ter<<strong>br</strong> />

que efetuar o exame de todas as apólices, e a segunda que diz respeito à própria conclusão<<strong>br</strong> />

que o auditor está se propondo a chegar a respeito da adequação da cobertura de seguros,<<strong>br</strong> />

melhor conhecida pelo corretor que é um profissional especializado na matéria.<<strong>br</strong> />

As confirmações mais usuais referem-se à:<<strong>br</strong> />

saldos de operações com bancos e outras entidades financeiras;<<strong>br</strong> />

contas a receber (clientes e outros);<<strong>br</strong> />

contas a pagar (fornecedores e outras);<<strong>br</strong> />

estoques e bens de uso em poder de terceiros;<<strong>br</strong> />

existência de reclamação a favor ou contra a empresa;<<strong>br</strong> />

inscrições de bens ou direitos em registros públicos;<<strong>br</strong> />

apólices de seguro em vigor;<<strong>br</strong> />

aplicações financeiras, respectivos rendimentos e valor patrimonial em determinada<<strong>br</strong> />

data base.<<strong>br</strong> />

2.6. Conferência<<strong>br</strong> />

A conferência de cálculos é, ao mesmo tempo, a mais simples e a mais válida técnica<<strong>br</strong> />

de verificação. Ela é completa por si mesma. Uma vez que uma soma ou multiplicação sejam<<strong>br</strong> />

conferidas pelo auditor, por seus próprios cálculos, ele pode aceitar a exatidão aritmética do<<strong>br</strong> />

resultado sem indagações adicionais.<<strong>br</strong> />

Auditores inexperientes podem às vezes subestimar a necessidade deste tipo de<<strong>br</strong> />

verificação. Até que nos acostumemos à idéia de que qualquer total ou resultado de qualquer<<strong>br</strong> />

combinação de algarismos possa estar incorreto, é difícil lem<strong>br</strong>ar que esses resultados<<strong>br</strong> />

exigem verificação.<<strong>br</strong> />

É freqüente a necessidade de conferência de datas, assinaturas, alçada, identificação,<<strong>br</strong> />

código, endereço e atendimento a requisitos ou elementos formais, em muitos casos de<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igatoriedade legal, que devem constar de documentos, contratos e títulos (Letras de<<strong>br</strong> />

Câmbio, cheques, Debêntures, etc.).<<strong>br</strong> />

2.6. Revisões de Conceitos<<strong>br</strong> />

São aquelas em que o auditor aplica toda a sua experiência e sentido crítico. Não são<<strong>br</strong> />

dirigidas a provas de aspectos específicos, assim como não constituem um fim em si<<strong>br</strong> />

mesmas, senão uma forma para detectar profundas.<<strong>br</strong> />

2.7. Indagação Oral<<strong>br</strong> />

A fim de dar andamento ao seu trabalho, o auditor necessita formular perguntas aos<<strong>br</strong> />

administradores e funcionários do setor em exame.<<strong>br</strong> />

Esclarecimentos de políticas, posições tomadas pelos administradores dos setores,<<strong>br</strong> />

explicações de variações, etc. são obtidas através desta técnica. É natural que a maioria das<<strong>br</strong> />

informações ·obtidas devam ser posteriormente comprovadas por outros meios disponíveis.<<strong>br</strong> />

Respostas coerentes a um conjunto de perguntas relacionadas fornecem prova<<strong>br</strong> />

satisfatória em <strong>auditoria</strong>. A aplicação desta técnica o<strong>br</strong>iga cuidados nas formulações de<<strong>br</strong> />

perguntas. O auditor ' não deve cair no ridículo de fazer perguntas tolas.<<strong>br</strong> />

"Além disso, perguntas cujas respostas não possam ser posteriormente verificadas têm pouco<<strong>br</strong> />

significado como prova.<<strong>br</strong> />

A pessoa a ser inquirida deve ser a mais próxima do assunto. O contador, por<<strong>br</strong> />

exemplo, não é o mais indicado para responder so<strong>br</strong>e especificações técnicas de um produto,<<strong>br</strong> />

muito menos para, explicar variações de vendas, muito embora, pela suas vivência dentro da<<strong>br</strong> />

empresa, poderia responder com eficiência às perguntas desses assuntos.<<strong>br</strong> />

47


2.8. Corte das Operações (Cut-off)<<strong>br</strong> />

O exame de <strong>auditoria</strong> ocorre em um determinado momento e pode a<strong>br</strong>anger as<<strong>br</strong> />

operações acontecidas até então, ou ter como objetivo a análise de um determinado período.<<strong>br</strong> />

O auditor deve ter certeza de que todas as operações ou documentos que estão<<strong>br</strong> />

sendo examinados estão considerados naquele universo previamente definido. Para tanto é<<strong>br</strong> />

adotado como técnica se efetuar o "cut-off' das operações, que consiste em assegurar que<<strong>br</strong> />

todos os documentos pertinentes àquelas operações, tenham sido devidamente<<strong>br</strong> />

considerados.<<strong>br</strong> />

2.9.Testes e Amostragens<<strong>br</strong> />

Os exames são efetuados a base de testes e amostragens, tendo-se sempre em<<strong>br</strong> />

mente: controle interno forte implica em r<strong>edu</strong>ção na extensão do exame e vice-versa.<<strong>br</strong> />

Como exemplo, podemos citar os seguintes exames efetuados em base de testes:<<strong>br</strong> />

Conferência dos apontamentos de horas trabalhadas que deram origem à Folha de<<strong>br</strong> />

Pagamento; - Obtenção de conciliações bancárias numa determinada data, efetuando<<strong>br</strong> />

exame crítico das mesmas;<<strong>br</strong> />

Exame de Contratos de Empréstimos e Financiamentos;<<strong>br</strong> />

Exame documental referente a Ordens de Imobilização;<<strong>br</strong> />

Exame de Processos de Pagamento<<strong>br</strong> />

Auditoria Externa, entre outros processos de seleção, está sendo amplamente<<strong>br</strong> />

utilizada amostragem estatística. Este procedimento é aceito, inclusive, pelo Instituto de<<strong>br</strong> />

Contadores públicos dos Estados Unidos, ao reconhecer que o exame de todas as<<strong>br</strong> />

transações seja inspecionado em uma base seletiva.<<strong>br</strong> />

Em Auditoria Interna a amostragem estatística normalmente não é utilizada, optandose<<strong>br</strong> />

por uma análise mais detalhada das transações, atentando-se sempre para os aspectos de<<strong>br</strong> />

"problema aparente" e de "relevância".<<strong>br</strong> />

2.10. Observação Direta<<strong>br</strong> />

De acordo com o AUDIBRA "A observação direta ou "in loco" destina-se à<<strong>br</strong> />

obtenção de evidência relacionada aos procedimentos, rotinas e comportamentos<<strong>br</strong> />

adotados, bem como à ambiência e aos aspectos de segurança."<<strong>br</strong> />

Complementando essa análise, o autor Antônio de Loureiro Gil em sua o<strong>br</strong>a Auditoria<<strong>br</strong> />

Operacional e de Gestão, pág. 54, esclarece que os objetivos desta técnica é determinar a<<strong>br</strong> />

adequação das operações quanto a:<<strong>br</strong> />

Procedimentos errados ou em duplicidade; - Ausência ou inobservância de<<strong>br</strong> />

procedimentos;<<strong>br</strong> />

Procedimentos executados com dolo, como roubo, furto ou fraudes; e também analisar<<strong>br</strong> />

os métodos de trabalhos empresariais.<<strong>br</strong> />

O AUDIBRA informa ainda que deve ser documentada sob a forma de fluxograma, esquemas,<<strong>br</strong> />

descrições e preenchimento de questionários, que devem ser confirmados pelos auditados.<<strong>br</strong> />

Da pesquisa realizada, concluímos que a observação é uma técnica indispensável à <strong>auditoria</strong><<strong>br</strong> />

que tem relação direta com o senso crítico, argúcia e experiência do auditor, possibilitando a<<strong>br</strong> />

identificação de problemas, bem como a otimização e implementação de sistema de<<strong>br</strong> />

segurança no fluxo dos procedimentos.<<strong>br</strong> />

2.11. Análises<<strong>br</strong> />

Attie conceitua esse procedimento como um exame detalhado cujo propósito é<<strong>br</strong> />

determinar a natureza, função, atividade e relações de suas partes individuais, objetivando<<strong>br</strong> />

identificar as qualidades, causas, defeitos, motivos e possibilidades, servindo como base para<<strong>br</strong> />

uma investigação complementar ou para um julgamento.<<strong>br</strong> />

Num outro trecho o autor comenta com propriedade que "Qualquer que seja a matéria, pela<<strong>br</strong> />

análise o auditor separa, ordena e distribui os elementos individuais que constituem um dado<<strong>br</strong> />

48


e, dessa forma, pode ver quais os elementos significativos e quais necessitam de maior<<strong>br</strong> />

atenção" (Auditoria Interna, Attie, W., Ed. Atlas, pág. 263).<<strong>br</strong> />

Por sua vez, o AUDIBRA, em Procedimentos de Auditoria Interna - Organização Básica, pág.<<strong>br</strong> />

164, tratou de apresentar os diversos métodos de análise a serem documentados em papéis<<strong>br</strong> />

de trabalho, tais como: decomposição, fluxogramação, obtenção de relações e índices,<<strong>br</strong> />

tendência, exame de variações e investigação de transações não habituais.<<strong>br</strong> />

Para não alongarmos muito a discussão deste tema, apresentamos o nosso entendimento de<<strong>br</strong> />

alguns desses métodos, a partir da leitura do AUDIBRA:<<strong>br</strong> />

2.11.1. Análise por Decomposição<<strong>br</strong> />

Consiste na divisão em partes de um todo, permitindo o exame e estudo minucioso de<<strong>br</strong> />

cada parte para que o auditor possa conhecer a sua natureza, o valor e o grau de importância<<strong>br</strong> />

relativa de cada componente.<<strong>br</strong> />

Esse julgamento possibilitará a ponderação do "risco relativo" associado à natureza<<strong>br</strong> />

das operações, bem como a vulnerabilidade dos controles destinados a essas operações.<<strong>br</strong> />

Segundo Attie "O risco de Auditoria resulta da combinação da possibilidade de<<strong>br</strong> />

existência de erros graves e da ocultação dos erros, por meio de procedimentos<<strong>br</strong> />

planejados o risco relativo de Auditoria pode ser afetado pelo controle interno, pela<<strong>br</strong> />

complexibilidade, " subjetividade inerente ou inexatidão..." (grifo nosso).<<strong>br</strong> />

É conveniente lem<strong>br</strong>ar ainda que, ao efetuar a análise por decomposição, o auditor<<strong>br</strong> />

deve estabelecer critérios, evitando assim, divisões em excesso, o que poderia causar não só<<strong>br</strong> />

uma perda de tempo desnecessária, como também fugir ao próprio objetivo do exame<<strong>br</strong> />

2.11.2. Análise por Comparação<<strong>br</strong> />

Conforme conceitua o AUDIBRA, este procedimento é especialmente útil quando se<<strong>br</strong> />

dispõe "de padrões de desempenho, de custos ou de qualidade, ou de uma referência<<strong>br</strong> />

possível de comparação, como por exemplo: o valor de mercado, o preço do concorrente, a<<strong>br</strong> />

capacidade de produção, a meta prevista no planejamento da atividade ou da empresa, a<<strong>br</strong> />

dotação orçamentária, etc." (Procedimentos de Auditoria Interna - Organização Básica, pág.<<strong>br</strong> />

164).<<strong>br</strong> />

Pela definição dada pelo AUDIBRA podemos concluir que esta técnica é de grande<<strong>br</strong> />

importância, principalmente considerando o momento atual em que as grandes<<strong>br</strong> />

organizações viram-se o<strong>br</strong>igadas a revisar seus padrões para atender aos programas de<<strong>br</strong> />

"Qualidade Total" e melhorar a sua performance empresarial, incorporando o<strong>br</strong>igatoriamente<<strong>br</strong> />

a prática de coligir fatos e dados para medir essa performance.<<strong>br</strong> />

2.11.3. Análise de Fluxogramas<<strong>br</strong> />

Simplificando a conceituação dada pelo AUDIBRA, podemos dizer que este método é<<strong>br</strong> />

adequado para o exame de rotinas e procedimentos adotados ou programados, possibilitando<<strong>br</strong> />

a identificação de desvios que possam ocorrer na prática dessas rotinas, bem como<<strong>br</strong> />

evidenciar as deficiências de controle observadas. Salientamos que este procedimento é de<<strong>br</strong> />

grande valia para aquelas empresas cujo ambiente ·organizacional não sofra constantes<<strong>br</strong> />

modificações, visto que o custo seria muito elevado para a atualização freqüente desses<<strong>br</strong> />

fluxogramas pela Auditoria.<<strong>br</strong> />

3. EVIDÊNCIAS DE AUDITORIA<<strong>br</strong> />

Denomina-se evidência "a informação (ou conjunto de informações) para<<strong>br</strong> />

fundamentar os resultados da <strong>auditoria</strong> " (Normas Brasileiras para o Exercício da<<strong>br</strong> />

Auditoria Interna, AUDIBRA, pág. 66).<<strong>br</strong> />

49


“O auditor deverá obter evidências de <strong>auditoria</strong>, que sejam suficientes, pertinentes e<<strong>br</strong> />

fidedignas, para fundamentar suas opiniões, comentários, recomendações e conclusões.”<<strong>br</strong> />

Procedimentos de Auditoria Interna Organização Básica, AUDIBRA, pág. 169).<<strong>br</strong> />

"Todos os fatos relevantes conhecidos a respeito do cliente constituem<<strong>br</strong> />

evidência em maior ou menor grau." (Curso Básico de Auditoria - Normas e Procedimentos,<<strong>br</strong> />

CRC-SP, Ed. atlas, 1988, pág. 135).<<strong>br</strong> />

3.1. Suficiência, Pertinência e Fidedignidade<<strong>br</strong> />

3.1.1. Suficiência<<strong>br</strong> />

Seria a satisfação do auditor quanto à existência de dados factuais completos, adequados e<<strong>br</strong> />

convincentes, na medida dos riscos inerentes à sua avaliação e, que permitam tanto a ele<<strong>br</strong> />

quanto ao destinatário da informação chegarem à mesma conclusão so<strong>br</strong>e o assunto.<<strong>br</strong> />

3.1.2. Pertinência<<strong>br</strong> />

É o grau de concernência e razoabilidade da evidência, a juízo do auditor, ou seja,<<strong>br</strong> />

esta deve se referir diretamente ao objeto sob exame.<<strong>br</strong> />

3.1.3. Fidegnidade<<strong>br</strong> />

Está relacionada com a fonte de obtenção da evidência, a qual Ihe conferirá maior ou<<strong>br</strong> />

menor grau de autenticidade, validade e exatidão.<<strong>br</strong> />

A esse respeito, o AUDIBRA acrescenta um critério para julgar se uma evidência é ou menos<<strong>br</strong> />

fidedigna, o qual vale a pena repetir:<<strong>br</strong> />

"(a) a evidência obtida de fonte independente, externa à organização, mais fidedigna que a<<strong>br</strong> />

obtida dentro da própria entidade;<<strong>br</strong> />

(b) entre evidências obtidas na própria entidade, será mais fidedigna aquela em condições<<strong>br</strong> />

mais satisfatórias de controle interno;<<strong>br</strong> />

(c) a evidência obtida através da observação e inspeção pelo próprio auditor, é preferível à<<strong>br</strong> />

obtida indiretamente por terceiros;<<strong>br</strong> />

(d) a evidência documental é preferível à evidência testemunhal;<<strong>br</strong> />

(e) a confiança na evidência aumentará quando a mesma for obtida por fontes distintas."<<strong>br</strong> />

(Procedimentos de Auditoria Interna Organização Básica, AUDIBRA, pág. 169/170).<<strong>br</strong> />

Não podemos deixar de registrar, também, o que consta na mesma o<strong>br</strong>a (pág. 170), onde o<<strong>br</strong> />

AUDIBRA cita que "o auditor é responsável por comprovar e opinar a respeito de<<strong>br</strong> />

diversos aspectos, tais como: a existência de um dir~eito ou o<strong>br</strong>igação, a integridade<<strong>br</strong> />

da informação, a adequação da apresentação da informação, sua conformidade com os<<strong>br</strong> />

princípios, normas e disposições legais e, a lisura da operação. Entretanto, a<<strong>br</strong> />

responsabilidade final so<strong>br</strong>e a autenticidade e a verdadeira situação em relação a esses<<strong>br</strong> />

aspectos, é da unidade auditada."<<strong>br</strong> />

3.2. Classes de Evidência<<strong>br</strong> />

O CRC-SP classifica as evidências segundo sua natureza, a saber:<<strong>br</strong> />

Evidência de controle é aquela que está "relacionada com o funcionamento " , e<<strong>br</strong> />

Evidência substantiva ou de comprovação, relacionada com "transações ou saldos<<strong>br</strong> />

aspectos que compõem as demonstrações financeiras." (Curso Básico de Auditoria -<<strong>br</strong> />

Normas e Procedimentos, CRC-SP, Ed. Atlas, 1988, pág. 135).<<strong>br</strong> />

Preferimos a classificação do AUDIBRA que se baseia na fonte de ou documental, analítica,<<strong>br</strong> />

testemunhal e por confirmação de terceiros.<<strong>br</strong> />

50


Quanto às três primeiras classes, julgamos desnecessário efetuar maiores comentários, não<<strong>br</strong> />

só porque são auto-explicativas, mas também porque sua origem está explorada neste<<strong>br</strong> />

mesmo "Módulo, no item 2.. Testes, Exames e Comprovação.<<strong>br</strong> />

Já em relação às classes de Evidência Testemunhal e Evidência por Confirmação de<<strong>br</strong> />

Terceiros, achamos oportuno incluir algumas considerações.<<strong>br</strong> />

A evidência testemunhal, segundo o AUDIBRA, obtém-se mediante entrevista direta<<strong>br</strong> />

junto a pessoas de dentro e de fora da organização, recomendando-se, caso seja formulada<<strong>br</strong> />

oralmente, que seja testemunhada por mais de um auditor.<<strong>br</strong> />

A classe Evidência por Confirmação de Terceiros foi quase desprezada pelo<<strong>br</strong> />

AUDIBRA, que se limitou a mencionar que "consiste na corroboração verbal ou por escrito de<<strong>br</strong> />

terceiros em relação a determinadas informações de interesse...", levando o leitor a não<<strong>br</strong> />

perceber sequer qual a diferença entre ela e a evidência testemunhal.<<strong>br</strong> />

O procedimento para se alcançar esse tipo de evidência, é também conhecido como<<strong>br</strong> />

"circularização", termo traduzido do inglês, para o qual não encontramos significado no<<strong>br</strong> />

Dicionário AURÉLIO.<<strong>br</strong> />

Tendo em vista o desprezo do AUDIBRA pelo tema, sugerimos consulta à o<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />

Auditoria Interna, de William Attie, Ed. Atlas, 1992, pág. 173 a 176, onde encontramos ampla<<strong>br</strong> />

abordagem so<strong>br</strong>e o procedimento de confirmação, ressaltando-se os tipos possíveis (negativo<<strong>br</strong> />

e positivo) e os controles necessários na sua utilização, muito comum na confirmação de<<strong>br</strong> />

contas a receber, empréstimos, estoques em poder de terceiros, fornecedores, etc.<<strong>br</strong> />

4. CONTEÚDO E PREPARAÇÃO DO RELATÓRIO<<strong>br</strong> />

4.1. Conteúdo<<strong>br</strong> />

4.1.1. Relatório por exceção<<strong>br</strong> />

A idéia de administração por exceção pode ser aplicada à redação de relatórios de <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

Desde que as operações sejam efetuadas de acordo com os planos, não há necessidade de<<strong>br</strong> />

consideração à alta administração. O executivo recebe relatórios apenas so<strong>br</strong>e assuntos<<strong>br</strong> />

excepcionais, relacionados com sumários dos resultados das operações. Dessa maneira, ele<<strong>br</strong> />

presumirá que as atividades estão correndo normalmente, a não ser que receba um relatório<<strong>br</strong> />

em contrário.<<strong>br</strong> />

Ao relatar por exceção, tenha cuidado para não desenvolver uma atitude negativa. Comente<<strong>br</strong> />

ligeiramente so<strong>br</strong>e itens que estão excepcionalmente bem geridos. Não é suficiente deixar de<<strong>br</strong> />

criticar os itens falhos para indicar uma condição satisfatória.<<strong>br</strong> />

4.1.2. Informações Introdutória<<strong>br</strong> />

As informações introdutórias indicam a natureza dos assuntos contidos no relatório.<<strong>br</strong> />

Consistem, basicamente, em :<<strong>br</strong> />

destinatário;<<strong>br</strong> />

título do relatório;<<strong>br</strong> />

componente organizacional auditado;<<strong>br</strong> />

período auditado;<<strong>br</strong> />

data da última <strong>auditoria</strong>;<<strong>br</strong> />

Um índice é bastante útil no caso de um relatório longo. Inclua uma seção dando um <strong>br</strong>eve<<strong>br</strong> />

relato das modificações operacionais ocorridas desde a última <strong>auditoria</strong>. Em primeiras<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong> inclua alguns informes históricos. Esta seção auxiliará o leitor a avaliar melhor o<<strong>br</strong> />

conteúdo do relatório. Quando o relatório for de uma <strong>auditoria</strong> operacional, dê uma <strong>br</strong>eve<<strong>br</strong> />

descrição das atividades do departamento. Descreva o objetivo do departamento, quantidade<<strong>br</strong> />

de empregados e gastos anuais.<<strong>br</strong> />

51


4.1.3. Escopo dos Exames<<strong>br</strong> />

Nesta seção a convença o leitor de que ele pode confiar no relatório, mas faça-o sem dar<<strong>br</strong> />

satisfação detalhada de cada passo dos procedimentos de <strong>auditoria</strong>. Uma <strong>br</strong>eve descrição<<strong>br</strong> />

das áreas auditadas é o suficiente para as <strong>auditoria</strong>s correntes. Mais detalhes são<<strong>br</strong> />

necessários para primeiras <strong>auditoria</strong>s. O relatório não precisa, geralmente, referir-se à<<strong>br</strong> />

extensão da verificação ou aos procedimentos de <strong>auditoria</strong>. A administração geralmente não<<strong>br</strong> />

conhece em profundidade os princípios de <strong>auditoria</strong> e portanto não está em posição de julgar<<strong>br</strong> />

a adequação da extensão da <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

4.2. Preparação<<strong>br</strong> />

Com preparação apropriada faz-se o relatório menor e mais fácil. Assegura, também, que o<<strong>br</strong> />

relatório esteja completo e exato. Faça a preparação no campo, antes de redigir o relatório.<<strong>br</strong> />

Se precisar de informações adicionais, estas serão obtidas mais facilmente. Os passos a<<strong>br</strong> />

serem seguidos, são:<<strong>br</strong> />

A qualquer momento que uma exceção é encontrada durante a <strong>auditoria</strong>, anote-a em<<strong>br</strong> />

ume folha de resumo. Ao lado ou abaixo de cada exceção, coloque sua<<strong>br</strong> />

recomendação.<<strong>br</strong> />

No final do serviço de campo revise as exceções e recomendações. Esteja seguro de<<strong>br</strong> />

que possui os dados completos de cada exceção nos papéis de trabalho.<<strong>br</strong> />

Esteja seguro dos fatos. Nada diminui mais a confiança da administração na <strong>auditoria</strong><<strong>br</strong> />

interna, como a apresentação de fatos distorcidos no relatório.<<strong>br</strong> />

Marque uma reunião com a administração local. Apresente seus pontos e<<strong>br</strong> />

recomendações. Cite alguns pontos de elogio juntamente com os de falhas apuradas.<<strong>br</strong> />

Peça-Ihe recomendações. Se aceitá-las, dê-Ihes crédito no relatório.<<strong>br</strong> />

Esta discussão com a. administração local pode alterar suas idéias. A ligação íntima da<<strong>br</strong> />

administração com os assuntos pode revelar imperfeições em suas opiniões ou demonstrar<<strong>br</strong> />

fatos adicionais que façam impraticáveis suas recomendações.<<strong>br</strong> />

Tente chegar a uma conclusão de qual a melhor recomendação para cada exceção. Se não<<strong>br</strong> />

conseguir isto, apresente os pontos de vista da administração e os seus no relatório.<<strong>br</strong> />

Anote nos papéis de trabalho os resultados da discussão.<<strong>br</strong> />

5. TÉCNICAS APLICÁVEIS À REDAÇÃO<<strong>br</strong> />

5.1.1. Use Linguagem Simples<<strong>br</strong> />

Você está escrevendo para alguém que conhece e que o conhece. Seja autêntico. Escreva do<<strong>br</strong> />

modo como você fala. Dite o relatório se for possível. Mantenha o palavreado simples,<<strong>br</strong> />

específico e forte.<<strong>br</strong> />

Palavras compridas não são objetáveis porque são longas, assim como palavras incomuns.<<strong>br</strong> />

Porém, quando elas se sucedem constantemente, cansam. Não tenha receio de repetir uma<<strong>br</strong> />

certa palavra, se ela Ihe parece ser a única que expressará simples e claramente a sua idéia.<<strong>br</strong> />

Evite a utilização de termos contábeis e de <strong>auditoria</strong> que possam confundir o leitor. Nunca<<strong>br</strong> />

presuma que os relatórios enviados à administração serão lidos por pessoas que são tão<<strong>br</strong> />

familiares a termos contábeis/técnicos como você. Quantas pessoas fora do Departamento de<<strong>br</strong> />

Auditoria sabem o que é tecnicamente "passo", "circularização" e "controle interno"? Oriente<<strong>br</strong> />

seus relatórios na direção do leitor com menor conhecimento de linguagem técnica.<<strong>br</strong> />

Não utilize palavras vagas, seja específico. A expressão, "O Almoxarifado da Unidade X<<strong>br</strong> />

parece excessivo", é vaga. A maioria dos executivos tem consciência de custo. Interprete a<<strong>br</strong> />

situação sob o aspecto de economia que sua recomendação poderia causar, se seguida. Diga<<strong>br</strong> />

52


"uma r<strong>edu</strong>ção no Almoxarifado da Unidade X aumentará o capital de giro em R$ 100.000,00 e<<strong>br</strong> />

propiciará 5.000 de espaço adicional para armazenagem".<<strong>br</strong> />

Não faça rodeios. Evite expressões do tipo "parece" e "os testes indicaram". Elas soam como<<strong>br</strong> />

se você não estivesse seguro de si. Use "constatamos" ou "acreditamos".<<strong>br</strong> />

Tenha um bom dicionário. Não se constranja em usá-lo. Ele o auxiliará a use palavras que<<strong>br</strong> />

reflitam os seus pensamentos com precisão.<<strong>br</strong> />

5.1.2. Use sentenças curtas<<strong>br</strong> />

Mantenha curtas suas sentenças. Elas não deveriam exceder a média de 18 a 20 palavras.<<strong>br</strong> />

Você provavelmente não fala através de sentenças longas. Por que escrevê-las? Às Vezes as<<strong>br</strong> />

sentenças longas são necessárias. Contudo, é mais fácil manter a clareza de expressão<<strong>br</strong> />

usando duas ou três sentenças curtas. A sentença curta tem mais forma.<<strong>br</strong> />

Acorda o leitor. Formule suas idéias ao leitor, uma de cada vez. Quando você tiver muitas<<strong>br</strong> />

idéias para relatar, resista à terìtação de ligar uma às outras por palavras com "e", "mas",<<strong>br</strong> />

"ou", "contudo". Muitos conectivos confundem o leitor. Quando você concluir uma idéia,<<strong>br</strong> />

encerre o período e inicie outra sentença. Sentenças longas para explicar outras confundem o<<strong>br</strong> />

leitor. Uma longa expressão entre o sujeito e o verbo que<strong>br</strong>a a continuidade e força o leitor a<<strong>br</strong> />

voltar e reler a sentença para captar a idéia.<<strong>br</strong> />

Divida o relatório em parágrafos curtos. Parágrafos curtos e <strong>br</strong>eves . Permitem interrupções<<strong>br</strong> />

na leitura, sem que<strong>br</strong>a do entendimento geral.<<strong>br</strong> />

5.1.3. Use Palavras Pessoais e Ativas<<strong>br</strong> />

Use a voz ativa no lugar da passiva. Use pronomes pessoais e os verbos ativos virão em<<strong>br</strong> />

conseqüência. Isto auxiliará a humanizar a redação. A voz passiva faz com que o leitor<<strong>br</strong> />

converse com a parede em vez de alguém. No lugar de "é recomendável" tente<<strong>br</strong> />

"recomendamos" e para "referência é feita a", use "referimo-nos a".<<strong>br</strong> />

5.1.4. Adapte sua Redação ao Leitor<<strong>br</strong> />

Desenvolva a habilidade de se conscientizar da maneira como as palavras soarão ao leitor.<<strong>br</strong> />

Esclareça as áreas em que você sinta que o leitor terá dificuldades para entender ou para se<<strong>br</strong> />

convencer de seus argumentos. Redija seus relatórios com tato e de maneira digna. A<<strong>br</strong> />

finalidade principal da <strong>auditoria</strong> é fornecer dados para melhoria. Assim, não bata demais nos<<strong>br</strong> />

assuntos que reflitam alguma fraqueza. Não dê a idéia de que todas as operações auditadas<<strong>br</strong> />

são ineficientes, a não ser que o sejam.<<strong>br</strong> />

A crítica, mesmo a construtiva, deve ser expressa em linguagem diplomática. A crítica sem<<strong>br</strong> />

cuidado faz surgir um antagonismo indesejável.<<strong>br</strong> />

A <strong>auditoria</strong> pode constatar que uma recomendação feita no relatório anterior não foi adotada.<<strong>br</strong> />

Pense duas vezes antes de usar uma linguagem mais vigorosa para reiterar a recomendação.<<strong>br</strong> />

Revise o relatório anterior, pois possivelmente a recomendação não tenha sido clara ou<<strong>br</strong> />

convincente; veja se a recomendação merece ser reiterada.<<strong>br</strong> />

Quando redigir um relatório de <strong>auditoria</strong>, lem<strong>br</strong>e-se que o leitor, como o (ciente, sempre tem<<strong>br</strong> />

razão. Se o leitor achar que o relatório é inócuo e desinteressante, então ele será inócuo e<<strong>br</strong> />

desinteressante.<<strong>br</strong> />

5.2 Técnicas para Redigir<<strong>br</strong> />

Comece a escrever o relatório enquanto ainda estiver no serviço. Tente decidir quais<<strong>br</strong> />

exceções e recomendações você deseja colocar no relatório antes de sair do campo. A exata<<strong>br</strong> />

redação do relatório poderá ser aperfeiçoada depois.<<strong>br</strong> />

53


5.2.1. Pense<<strong>br</strong> />

Delineie o relatório proposto. Distribua os títulos das seções do relatório. Sob cada título<<strong>br</strong> />

coloque descrições de cada idéia que você pretende incluir naquela seção.<<strong>br</strong> />

5.2.2. Pesquise<<strong>br</strong> />

Depois que voltar para o escritório revise suas recomendações novamente. Estude outros<<strong>br</strong> />

relatórios de <strong>auditoria</strong> para ver como problemas similares foram tratados. Consulte as<<strong>br</strong> />

bibliotecas da <strong>auditoria</strong> e da companhia, se necessário.<<strong>br</strong> />

5.2.3. Escreva o Primeiro Rascunho<<strong>br</strong> />

Escreva o primeiro rascunho do relatório tão logo você termine a <strong>auditoria</strong>. Os problemas<<strong>br</strong> />

surgidos no decorrer da <strong>auditoria</strong> ainda estarão frescos em sua mente.<<strong>br</strong> />

5.2.4. Reescreva<<strong>br</strong> />

0 primeiro rascunho raramente é um bom relatório. O bom relatório resulta do desejo do autor<<strong>br</strong> />

em editar e reescrever tantas vezes quantas necessárias para se convencer que a versão<<strong>br</strong> />

final é a melhor. Esteja atento para que o relatório esteja com os cinco "C's" da boa redação 1<<strong>br</strong> />

correção, conclusão, clareza, concisão e cortesia.<<strong>br</strong> />

5.2.5. Edição<<strong>br</strong> />

· Submeta o seu rascunho final ao supervisor somente após estar na forma final. Ele poderá<<strong>br</strong> />

fazer algumas sugestões que modificarão o relatório.<<strong>br</strong> />

5.2.6. Digitação do relatório<<strong>br</strong> />

Tenha o relatório digitado em papel de boa qualidade. Coloque os relatórios mais extensos<<strong>br</strong> />

em uma espécie de pasta.<<strong>br</strong> />

5.2.7. Revisão<<strong>br</strong> />

Leia o relatório depois digitado e assegure-se que não existem erros tipográficos. A e<<strong>br</strong> />

eficiência de um relatório de <strong>auditoria</strong> pode ser diminuída por erros de digitação que distraem<<strong>br</strong> />

a atenção do leitor.<<strong>br</strong> />

5.2.8. Geral<<strong>br</strong> />

A redação de bons relatórios não é algo que possa ser conseguido pela memorização de<<strong>br</strong> />

algumas regras. A boa redação exige muita aplicação. Quanto mais relatórios você escrever,<<strong>br</strong> />

mais fácil fica escrevê-los bem.<<strong>br</strong> />

6. OUTRAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O RELATÓRIO<<strong>br</strong> />

6.1. Distribuição<<strong>br</strong> />

A distribuição do relatório é tão importante como o próprio relatório. Embora o autor do<<strong>br</strong> />

relatório geralmente não determine quem receberá as cópias do mesmo, ele pode fazer uma<<strong>br</strong> />

parte importante terminando-o prontamente.<<strong>br</strong> />

6.2. Rapidez<<strong>br</strong> />

Entregue o relatório tão rápido quanto possível. Force, com isto, a ação por parte do leitor<<strong>br</strong> />

antes que o relatório perca o interesse.<<strong>br</strong> />

54


Quando algum procedimento falho ou algum empregado estiver custando dinheiro para<<strong>br</strong> />

companhia, relate o fato durante o serviço no campo, logo que seja constatado.<<strong>br</strong> />

7 - NORMAS DO PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES<<strong>br</strong> />

Generalidades<<strong>br</strong> />

11.3.1.1 – O “Parecer dos Auditores Independentes”, ou “Parecer do Auditor<<strong>br</strong> />

Independente”, é o documento mediante o qual o auditor expressa sua<<strong>br</strong> />

opinião, de forma clara e objetiva, so<strong>br</strong>e as demonstrações contábeis<<strong>br</strong> />

nele indicadas.<<strong>br</strong> />

11.3.1.2 – Como o auditor assume, através do parecer, responsabilidade técnicoprofissional<<strong>br</strong> />

definida, inclusive de ordem pública, é indispensável que<<strong>br</strong> />

tal documento obedeça às características intrínsicas e extrínsicas<<strong>br</strong> />

estabelecidas nas presentes normas.<<strong>br</strong> />

11.3.1.3 – Em condições normais, o parecer é dirigido aos acionistas, cotistas, ou<<strong>br</strong> />

sócios, ao conselho de administração ou à diretoria da entidade, ou a<<strong>br</strong> />

outro órgão equivalente, segundo a natureza desta. Em circunstâncias<<strong>br</strong> />

próprias, o parecer é dirigido ao contratante dos serviços.<<strong>br</strong> />

11.3.1.4 – O parecer deve identificar as demonstrações contábeis so<strong>br</strong>e as quais o<<strong>br</strong> />

auditor está expressando sua opinião, indicando, outrossim, o nome da<<strong>br</strong> />

entidade, as datas e período a que correspondem.<<strong>br</strong> />

11.3.1.5 – O parecer deve ser datado e assinado pelo contador responsável pelos<<strong>br</strong> />

trabalhos e conter seu número de registro no Conselho Regional de<<strong>br</strong> />

Contabilidade.<<strong>br</strong> />

11.3.1.6 – Caso o trabalho tenha sido realizado por empresa de <strong>auditoria</strong>, o nome<<strong>br</strong> />

e o número de registro cadastral no Conselho Regional de<<strong>br</strong> />

Contabilidade também devem constar do parecer.<<strong>br</strong> />

11.3.1.7 – A data do parecer deve corresponder ao dia do encerramento dos<<strong>br</strong> />

trabalhos de <strong>auditoria</strong> na entidade.<<strong>br</strong> />

11.3.1.8 – O parecer deve expressar, clara e objetivamente, se as demonstrações<<strong>br</strong> />

contábeis auditadas, em todos os aspectos relevantes, na opinião do<<strong>br</strong> />

auditor, estão adequadamente representadas ou não, consoantes as<<strong>br</strong> />

disposições contidas no item 11.1.1.1.<<strong>br</strong> />

11.3.1.9 – O parecer classifica-se, segundo a natureza da opinião que contém, em:<<strong>br</strong> />

a) parecer sem ressalva;<<strong>br</strong> />

b) parecer com ressalva;<<strong>br</strong> />

c) parecer adverso; e<<strong>br</strong> />

d) parecer com abstenção de opinião.<<strong>br</strong> />

Parecer sem Ressalva<<strong>br</strong> />

11.3.2.1 – O parecer sem ressalva indica que o auditor está convencido de que as<<strong>br</strong> />

demonstrações contábeis foram elaboradas consoante as disposições<<strong>br</strong> />

contidas no item 11.1.1.1 em todos os aspectos relevantes.<<strong>br</strong> />

55


11.3.2.2 – O parecer sem ressalva implica afirmação de que, tendo havido<<strong>br</strong> />

alterações na observância das disposições contidas no item 11.1.1.1,<<strong>br</strong> />

elas tiveram seus efeitos avaliados e aceitos e estão devidamente<<strong>br</strong> />

revelados nas demonstrações contábeis.<<strong>br</strong> />

11.3.2.3 – O parecer sem ressalva deve obedecer ao seguinte modelo:<<strong>br</strong> />

MODELO<<strong>br</strong> />

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES<<strong>br</strong> />

Destinatário<<strong>br</strong> />

(1) Examinamos os balanços patrimoniais da Empresa ABC, levantados<<strong>br</strong> />

em 31 de dezem<strong>br</strong>o de 19X1 e de 19X0, e as respectivas demonstrações do<<strong>br</strong> />

resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de<<strong>br</strong> />

recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob a<<strong>br</strong> />

responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar<<strong>br</strong> />

uma opinião so<strong>br</strong>e essas demonstrações contábeis.<<strong>br</strong> />

(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong> e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a<<strong>br</strong> />

relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles<<strong>br</strong> />

internos da entidade; (b) a constatação, com bases em testes, das evidências e dos<<strong>br</strong> />

registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a<<strong>br</strong> />

avaliação das práticas e das estimativas mais representativas adotadas pela<<strong>br</strong> />

administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações<<strong>br</strong> />

contábeis tomadas em conjunto.<<strong>br</strong> />

(3) Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas<<strong>br</strong> />

representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição<<strong>br</strong> />

patrimonial e financeira da Empresa ABC em 31 de dezem<strong>br</strong>o de 19X1 e de<<strong>br</strong> />

19X0, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as<<strong>br</strong> />

origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas<<strong>br</strong> />

datas, de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade.<<strong>br</strong> />

Local e data<<strong>br</strong> />

Assinatura<<strong>br</strong> />

Nome do auditor responsável técnico<<strong>br</strong> />

Contador N° de registro no CRC<<strong>br</strong> />

Nome da empresa de <strong>auditoria</strong><<strong>br</strong> />

N° de registro cadastral no CRC<<strong>br</strong> />

Circunstâncias que Impendem a Emissão do Parecer sem Ressalva<<strong>br</strong> />

11.3.3.1 – O auditor não deve emitir parecer sem ressalva quando existir qualquer<<strong>br</strong> />

das circunstâncias seguintes, que, na sua opinião, tenham efeitos<<strong>br</strong> />

relevantes para as demonstrações contábeis:<<strong>br</strong> />

a) discordância com a administração da entidade a respeito do<<strong>br</strong> />

conteúdo e/ou forma de apresentação das demonstrações<<strong>br</strong> />

contábeis; ou<<strong>br</strong> />

b) limitação na extensão do seu trabalho.<<strong>br</strong> />

56


11.3.3.2 – A discordância com a administração da entidade a respeito do conteúdo<<strong>br</strong> />

e forma de apresentação das demonstrações contábeis deve conduzir à<<strong>br</strong> />

opinião com ressalva ou à opinião adversa, com os esclarecimentos<<strong>br</strong> />

que permitam a correta interpretação dessas demonstrações.<<strong>br</strong> />

11.3.3.3 – A limitação na extensão do trabalho deve conduzir à opinião com<<strong>br</strong> />

ressalva ou à abstenção de opinião.<<strong>br</strong> />

11.3.3.4 – Na <strong>auditoria</strong> independente das demonstrações contábeis das entidades,<<strong>br</strong> />

públicas ou privadas, sujeitas a regulamentação específica quanto à<<strong>br</strong> />

adoção de normas contábeis próprias ao segmento econômico,<<strong>br</strong> />

quando elas forem significativamente conflitantes com as disposições<<strong>br</strong> />

contidas no item 11.1.1.1, o auditor deve emitir parecer com ressalva.<<strong>br</strong> />

11.3.3.5 – Quando o auditor emitir parecer com ressalva, adverso ou com<<strong>br</strong> />

abstenção de opinião, deve ser incluída descrição clara de todas as<<strong>br</strong> />

razões que fundamentaram o seu parecer e, se praticável, a<<strong>br</strong> />

quantificação dos efeitos so<strong>br</strong>e as demonstrações contábeis. Essas<<strong>br</strong> />

informações devem ser apresentadas em parágrafo específico do<<strong>br</strong> />

parecer, precedendo ao da opinião e, se for o caso, fazer referência a<<strong>br</strong> />

uma divulgação mais ampla pela entidade em nota explicativa às<<strong>br</strong> />

demonstrações contábeis.<<strong>br</strong> />

Parecer com Ressalva<<strong>br</strong> />

11.3.4.1 – O parecer com ressalva é emitido quando o auditor conclui que o efeito<<strong>br</strong> />

de qualquer discordância ou restrição na extensão de um trabalho não<<strong>br</strong> />

é de tal magnitude que requeira parecer adverso ou abstenção de<<strong>br</strong> />

opinião.<<strong>br</strong> />

11.3.4.2 – O parecer com ressalva deve obedecer ao modelo do parecer sem<<strong>br</strong> />

ressalva, com a utilização das expressões “exceto por”, “exceto<<strong>br</strong> />

quanto” ou “com exceção de” referindo-se aos efeitos do assunto<<strong>br</strong> />

objeto da ressalva.<<strong>br</strong> />

Parecer Adverso<<strong>br</strong> />

11.3.5.1- No parecer adverso, o auditor emite opinião de que as demonstrações<<strong>br</strong> />

contábeis não estão adequadamente representadas, nas datas e<<strong>br</strong> />

períodos indicados, de acordo com as disposições contidas no item<<strong>br</strong> />

11.1.1.1.<<strong>br</strong> />

11.3.5.2 – O auditor deve emitir parecer adverso quando verificar que as<<strong>br</strong> />

demonstrações contábeis estão incorretas ou incompletas, em tal<<strong>br</strong> />

magnitude que impossibilite a emissão do parecer com ressalva.<<strong>br</strong> />

Parecer com abstenção de opinião<<strong>br</strong> />

11.3.6.1 – O parecer com a abstenção de opinião é aquele em que o auditor deixa<<strong>br</strong> />

de emitir opinião so<strong>br</strong>e as demonstrações contábeis, por não ter<<strong>br</strong> />

obtido comprovação suficiente para fundamentá-la.<<strong>br</strong> />

11.3.6.2 – A abstenção de opinião em relação às demonstrações contábeis<<strong>br</strong> />

tomadas em conjunto não elimina a responsabilidade do auditor de<<strong>br</strong> />

mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante que possa<<strong>br</strong> />

influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações.<<strong>br</strong> />

57


Incerteza<<strong>br</strong> />

11.3.7.1 – Quando ocorrer incerteza em relação a fato relevante, cujo desfecho<<strong>br</strong> />

poderá afetar significativamente a posição patrimonial e financeira da<<strong>br</strong> />

entidade, bem como o resultado das suas operações, deve o auditor<<strong>br</strong> />

adicionar um parágrafo de ênfase em seu parecer, após o parágrafo de<<strong>br</strong> />

opinião, fazendo referência à nota explicativa da administração, que<<strong>br</strong> />

deve descrever de forma mais extensa a natureza e, quando possível, o<<strong>br</strong> />

efeito da incerteza.<<strong>br</strong> />

11.3.7.2 – Na hipótese do emprego de parágrafo de ênfase, o parecer permanece<<strong>br</strong> />

na condição de parecer sem ressalva.<<strong>br</strong> />

11.3.7.3 – Se o auditor concluir que a matéria envolvendo incerteza relevante não<<strong>br</strong> />

está adequadamente divulgada nas demonstrações contábeis, de<<strong>br</strong> />

acordo com as disposições contidas no item 11.1.1.1, seu parecer deve<<strong>br</strong> />

conter ressalva ou opinião adversa, pela omissão ou inadequação da<<strong>br</strong> />

divulgação.<<strong>br</strong> />

Informações relevantes nas demonstrações contábeis<<strong>br</strong> />

11.3.8.1 – O auditor deve incluir no seu parecer informações consideradas<<strong>br</strong> />

relevantes para adequada interpretação das demonstrações contábeis,<<strong>br</strong> />

ainda que divulgadas pela entidade.<<strong>br</strong> />

Parecer quando demonstrações contábeis de controladas e/ou coligadas são auditadas por<<strong>br</strong> />

outros auditores<<strong>br</strong> />

11.3.9.1 – O auditor deve assegurar-se de que as demonstrações contábeis das<<strong>br</strong> />

controladas e/ou coligadas, relevantes, utilizadas para fins de<<strong>br</strong> />

consolidação ou contabilização dos investimentos pelo valor do<<strong>br</strong> />

patrimônio líquido na controladora e/ou investidora, estão de acordo<<strong>br</strong> />

com as disposições contidas no item 11.1.1.1.<<strong>br</strong> />

11.3.9.2 – Quando houver participação de outros auditores independentes no<<strong>br</strong> />

exame das demonstrações contábeis das controladas e/ou coligadas<<strong>br</strong> />

relevantes, o auditor da controladora e/ou investidora deve destacar<<strong>br</strong> />

esse fato no seu parecer.<<strong>br</strong> />

11.3.9.3 – Nessas circunstâncias, o auditor da controladora e/ou investidora deve<<strong>br</strong> />

expressar sua opinião so<strong>br</strong>e as demonstrações contábeis como um<<strong>br</strong> />

todo, baseando-se exclusivamente no parecer de outro auditor com<<strong>br</strong> />

respeito às demonstrações contábeis de controladas e/ou coligadas.<<strong>br</strong> />

Esse fato deve ser destacado no parecer, indicando os valores<<strong>br</strong> />

envolvidos.<<strong>br</strong> />

Parecer so<strong>br</strong>e demonstrações contábeis condensadas<<strong>br</strong> />

11.3.10.1 – O auditor poderá expressar opinião so<strong>br</strong>e demonstrações contábeis<<strong>br</strong> />

apresentadas de forma condensada, desde que tenha emitido opinião<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e as demonstrações contábeis originais.<<strong>br</strong> />

11.3.10.2 – O parecer so<strong>br</strong>e as demonstrações contábeis condensadas deve indicar<<strong>br</strong> />

que elas estão preparadas segundo os critérios utilizados originalmente<<strong>br</strong> />

e que o perfeito entendimento da posição da entidade depende da<<strong>br</strong> />

leitura das demonstrações contábeis originais.<<strong>br</strong> />

11.3.10.3 – Toda informação importante, relacionada com ressalva, parecer<<strong>br</strong> />

adverso, parecer com abstenção de opinião e/ou ênfase, constante do<<strong>br</strong> />

58


parecer do auditor so<strong>br</strong>e as demonstrações contábeis originais, deve<<strong>br</strong> />

estar incluída no parecer so<strong>br</strong>e as demonstrações contábeis<<strong>br</strong> />

condensadas.<<strong>br</strong> />

Demonstrações contábeis não auditadas<<strong>br</strong> />

11.3.11.1 – Sempre que o nome do auditor estiver, de alguma forma, associado<<strong>br</strong> />

com demonstrações ou informações contábeis que ele não auditou,<<strong>br</strong> />

estas devem ser claramente identificadas como “não auditadas” em<<strong>br</strong> />

cada folha do conjunto.<<strong>br</strong> />

11.3.11.2 – Em havendo emissão de relatório, este deve conter a indicação de que<<strong>br</strong> />

o auditor não está expressando opinião so<strong>br</strong>e as referidas<<strong>br</strong> />

demonstrações contábeis.<<strong>br</strong> />

PARECER DE AUDITORIA<<strong>br</strong> />

Objetivo da <strong>auditoria</strong> externa<<strong>br</strong> />

O objetivo da <strong>auditoria</strong> externa ou independente é expressar a opinião so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

propriedade das demonstrações financeiras, bem como se estas representam, de fato, a situação<<strong>br</strong> />

patrimonial e financeira e o resultado da empresa sob auditagem.<<strong>br</strong> />

O parecer é a instrumentação pelo qual o auditor expressa sua opinião, em observância<<strong>br</strong> />

às normas de <strong>auditoria</strong>, uma vez realizado todo o trabalho de campo devidamente documentado<<strong>br</strong> />

com provas e evidências so<strong>br</strong>e as demonstrações financeiras.<<strong>br</strong> />

Divisão do parecer de <strong>auditoria</strong><<strong>br</strong> />

O parecer de <strong>auditoria</strong>, via de regra, é composto por três parágrafos:<<strong>br</strong> />

Primeiro parágrafo<<strong>br</strong> />

Neste parágrafo é destacado o propósito de trabalho do auditor bem como evidencia a<<strong>br</strong> />

responsabilidade por ele assumida. É denominado de parágrafo de introdução, onde o auditor<<strong>br</strong> />

identifica o objeto do trabalho.<<strong>br</strong> />

De conformidade com a Resolução CFC 820/97, de 17/12/97, o Parecer dos Auditores<<strong>br</strong> />

Independentes destaca da seguinte forma o primeiro parágrafo:<<strong>br</strong> />

Segundo parágrafo<<strong>br</strong> />

“(1)Examinamos os balanços patrimoniais da Empresa<<strong>br</strong> />

ABC, levantados em 31 de dezem<strong>br</strong>o de 19X1 e 19X0, e as<<strong>br</strong> />

respectivas demonstrações do resultado, das mutações do<<strong>br</strong> />

patrimônio líquido e das origens e aplicações recursos<<strong>br</strong> />

correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas<<strong>br</strong> />

sob a responsabilidade de sua administração. Nossa<<strong>br</strong> />

responsabilidade é a de expressar uma opinião so<strong>br</strong>e essas<<strong>br</strong> />

demonstrações contábeis.”<<strong>br</strong> />

Neste parágrafo é abordada a a<strong>br</strong>angência do trabalho de <strong>auditoria</strong> e a forma pelo qual o<<strong>br</strong> />

trabalho foi conduzido.<<strong>br</strong> />

59


De conformidade com a Resolução CFC 820/97, de 17/12/97, o Parecer dos Auditores<<strong>br</strong> />

Independentes destaca da seguinte conteúdo no segundo parágrafo:<<strong>br</strong> />

Terceiro parágrafo<<strong>br</strong> />

“(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as<<strong>br</strong> />

normas de <strong>auditoria</strong> e compreenderam (a) o planejamento dos<<strong>br</strong> />

trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de<<strong>br</strong> />

transações e o sistema contábil e de controles internos da<<strong>br</strong> />

entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e<<strong>br</strong> />

dos registros que suportam os valores e as informações<<strong>br</strong> />

contábeis divulgados; (e) a avaliação das práticas e das<<strong>br</strong> />

estimativas contábeis mais representativas adotadas pela<<strong>br</strong> />

administração da entidade, bem como da apresentação das<<strong>br</strong> />

demonstrações contábeis tomadas em conjunto.”<<strong>br</strong> />

Neste parágrafo é determinado a opinião do auditor so<strong>br</strong>e o trabalho executado.<<strong>br</strong> />

De conformidade com a Resolução CFC 820/97, de 17/12/97, o Parecer dos Auditores<<strong>br</strong> />

Independentes destaca da seguinte conteúdo no terceiro parágrafo:<<strong>br</strong> />

Tipos de parecer de <strong>auditoria</strong><<strong>br</strong> />

Os pareceres de <strong>auditoria</strong> mais usuais são:<<strong>br</strong> />

a) Parecer sem ressalva;<<strong>br</strong> />

b) Parecer com ressalva<<strong>br</strong> />

c) Parecer adverso, e<<strong>br</strong> />

d) Parecer com abstenção de opinião.<<strong>br</strong> />

Parecer sem ressalva<<strong>br</strong> />

“(3) Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima<<strong>br</strong> />

referidas representam adequadamente, em todos os aspectos<<strong>br</strong> />

relevantes, a posição patrimonial e financeira da Empresa ABC<<strong>br</strong> />

em 31 de dezem<strong>br</strong>o de 19X1 e de 19X0, o resultado de suas<<strong>br</strong> />

operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e<<strong>br</strong> />

aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos<<strong>br</strong> />

naquelas datas, de acordo com os Princípios Fundamentais de<<strong>br</strong> />

Contabilidade.”<<strong>br</strong> />

O parecer sem ressalva indica que o auditor está convicto de que as demonstrações<<strong>br</strong> />

contábeis foram elaboradas consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as<<strong>br</strong> />

Normas Brasileiras de Contabilidade.<<strong>br</strong> />

Parecer com ressalva<<strong>br</strong> />

O parecer com ressalva é emitido quando o auditor conclui que o efeito de qualquer<<strong>br</strong> />

discordância ou restrição na extensão de um trabalho não é de tal magnitude que requeira<<strong>br</strong> />

parecer adverso ou abstenção de opinião.<<strong>br</strong> />

60


O parecer com ressalva deve obedecer ao modelo do parecer sem ressalva, com a<<strong>br</strong> />

utilização das expressões “exceto por”, “exceto quanto” ou “com exceção de” referindo-se aos<<strong>br</strong> />

efeitos do assunto objetivo da ressalva.<<strong>br</strong> />

Parecer adverso<<strong>br</strong> />

No parecer adverso, o auditor emite opinião de que as demonstrações contábeis não<<strong>br</strong> />

estão adequadamente representadas, nas datas e períodos indicados consoantes aos Princípios<<strong>br</strong> />

Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade.<<strong>br</strong> />

O auditor deve emitir parecer adverso quando verificar que as demonstrações contábeis<<strong>br</strong> />

estão incorretas e incompletas, em tal magnitude que impossibilite a emissão do parecer com<<strong>br</strong> />

ressalva.<<strong>br</strong> />

Parecer com abstenção de opinião.<<strong>br</strong> />

O parecer com a abstenção de opinião é aquele em que o auditor deixa de emitir opinião<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e as demonstrações contábeis, por não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá-<<strong>br</strong> />

la.<<strong>br</strong> />

A abstenção de opinião em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto<<strong>br</strong> />

não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante<<strong>br</strong> />

que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações.<<strong>br</strong> />

Modelos de Pareceres:<<strong>br</strong> />

Ilmos Srs.<<strong>br</strong> />

Diretores e acionistas da...<<strong>br</strong> />

PARECER SEM RESSALVA 1<<strong>br</strong> />

(1) Examinamos os balanços patrimoniais da empresa Cia. ALFA levantados em 31 de<<strong>br</strong> />

dezem<strong>br</strong>o de 19X0 e 19X1, e as respectivas demonstrações do resultado, das<<strong>br</strong> />

mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos<<strong>br</strong> />

correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob a<<strong>br</strong> />

responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar<<strong>br</strong> />

uma opinião so<strong>br</strong>e essas demonstrações contábeis.<<strong>br</strong> />

(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de <strong>auditoria</strong> e<<strong>br</strong> />

compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos<<strong>br</strong> />

saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da<<strong>br</strong> />

entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros<<strong>br</strong> />

que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação<<strong>br</strong> />

das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela<<strong>br</strong> />

administração da entidade, bem como, da apresentação das demonstrações<<strong>br</strong> />

contábeis tomadas em conjunto.<<strong>br</strong> />

1 Modelo de conformidade com a Resolução n.º 830/98, do C.F.C. – APROVA A NBC T 11-IT-05-PARECER<<strong>br</strong> />

DOS AUDIOTORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS<<strong>br</strong> />

61


(3) Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam<<strong>br</strong> />

adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e<<strong>br</strong> />

financeira da empresa Cia. ALFA em 31 de dezem<strong>br</strong>o de X0 e X1; o resultado de<<strong>br</strong> />

suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações<<strong>br</strong> />

de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com<<strong>br</strong> />

os Princípios Fundamentais de Contabilidade.<<strong>br</strong> />

Cuiabá, 20 de Março de 19X2.<<strong>br</strong> />

PEDRO CAMPOS - Contador – CRC/MT n.º 00.000-SP<<strong>br</strong> />

AUDICIC AUDITORES INDEPENDENTES S/C. LTDA-<<strong>br</strong> />

CRC 00.0020-MT<<strong>br</strong> />

PARECER COM RESSALVA<<strong>br</strong> />

Ilmos Srs.<<strong>br</strong> />

Diretores e acionistas da...<<strong>br</strong> />

(1) Examinamos os balanços patrimoniais da empresa Cia. ALFA levantados em<<strong>br</strong> />

31 de dezem<strong>br</strong>o de 19X0 e 19X1, e as respectivas demonstrações do resultado, das<<strong>br</strong> />

mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes<<strong>br</strong> />

aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua<<strong>br</strong> />

administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião so<strong>br</strong>e essas<<strong>br</strong> />

demonstrações contábeis.<<strong>br</strong> />

(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de <strong>auditoria</strong> e<<strong>br</strong> />

compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos,<<strong>br</strong> />

o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a<<strong>br</strong> />

constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e<<strong>br</strong> />

as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas<<strong>br</strong> />

contábeis mais representativas adotadas pela administração da entidade, bem como, da<<strong>br</strong> />

apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.<<strong>br</strong> />

(3) De acordo com suas instruções, não solicitamos a nenhum cliente que confirmasse<<strong>br</strong> />

seus saldos, relativos à débitos acumulados de contas a receber. Como conseqüência, não<<strong>br</strong> />

expressamos opinião so<strong>br</strong>e as contas a receber acumuladas, no total de R$..., as quais, pelo seu<<strong>br</strong> />

montante, têm influência na determinação da posição patrimonial e financeira e na<<strong>br</strong> />

demonstração do resultado.<<strong>br</strong> />

(4) Em nossa opinião, exceto quanto ao fato comentado no parágrafo anterior, as<<strong>br</strong> />

demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1° representam adequadamente, em<<strong>br</strong> />

todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da empresa Cia. ALFA<<strong>br</strong> />

em 31 de dezem<strong>br</strong>o de X0 e X1; o resultado de suas operações, as mutações de seu<<strong>br</strong> />

patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios<<strong>br</strong> />

findos naquelas datas, de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade.<<strong>br</strong> />

Cuiabá, 20 de Março de 19X2.<<strong>br</strong> />

PEDRO CAMPOS - Contador – CRC/MT n.º 00.000-SP<<strong>br</strong> />

AUDICIC AUDITORES INDEPENDENTES S/C. LTDA-<<strong>br</strong> />

CRC 00.0020-MT<<strong>br</strong> />

62


Ilmos. Srs.<<strong>br</strong> />

Diretores e acionistas da...<<strong>br</strong> />

PARECER ADVERSO<<strong>br</strong> />

(1) Examinamos os balanços patrimoniais da empresa Cia. ALFA levantados em<<strong>br</strong> />

31 de dezem<strong>br</strong>o de 19X0 e 19X1, e as respectivas demonstrações do resultado, das<<strong>br</strong> />

mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes<<strong>br</strong> />

aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua<<strong>br</strong> />

administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião so<strong>br</strong>e essas<<strong>br</strong> />

demonstrações contábeis.<<strong>br</strong> />

(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de <strong>auditoria</strong> e<<strong>br</strong> />

compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância<<strong>br</strong> />

dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos<<strong>br</strong> />

da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos<<strong>br</strong> />

registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a<<strong>br</strong> />

avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas<<strong>br</strong> />

pela administração da entidade, bem como, da apresentação das demonstrações<<strong>br</strong> />

contábeis tomadas em conjunto.<<strong>br</strong> />

(3) No exercício de 19X1, a companhia deixou de contabilizar depreciações do<<strong>br</strong> />

imobilizado no montante aproximado de R$... .<<strong>br</strong> />

(4) No exercício de 19X0, a companhia deixou de contabilizar em regime de competência<<strong>br</strong> />

o valor de R$... relativos à juros so<strong>br</strong>e empréstimos, que foram reconhecidos<<strong>br</strong> />

neste exercício. Os juros devidos no exercício de 19X1, no valor de R$... não<<strong>br</strong> />

foram contabilizados pela companhia neste exercício.<<strong>br</strong> />

(5) A companhia não procedeu à contabilização da amortização do ativo diferido, que, se<<strong>br</strong> />

calculada à taxa máxima permitida pela legislação do imposto de renda relativo<<strong>br</strong> />

ao exercício de 19X1, seria de R$... .<<strong>br</strong> />

(6) As atividades industriais não estão proporcionando resultados suficientes para a<<strong>br</strong> />

cobertura dos custos e despesas incorridos, principalmente dos encargos<<strong>br</strong> />

financeiros, e para a amortização do ativo diferido. Para a continuidade das<<strong>br</strong> />

atividades da companhia, é necessário aporte de recursos na forma de capital de<<strong>br</strong> />

giro.<<strong>br</strong> />

(7) Em nossa opinião, em decorrência do mencionado nos parágrafos 3 a 5 e sujeito aos<<strong>br</strong> />

possíveis efeitos relacionados ao disposto no parágrafo 6, as demonstrações<<strong>br</strong> />

financeiras acima referidas, tomadas em conjunto, não representam<<strong>br</strong> />

adequadamente, a posição patrimonial e financeira da empresa Cia. ALTA em 31<<strong>br</strong> />

de dezem<strong>br</strong>o de X0 e X1; o resultado de suas operações, as mutações de seu<<strong>br</strong> />

patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos<<strong>br</strong> />

exercícios findos naquelas datas, de acordo com os Princípios Fundamentais de<<strong>br</strong> />

Contabilidade.<<strong>br</strong> />

Cuiabá, 20 de Março de 19X2.<<strong>br</strong> />

PEDRO CAMPOS = Contador – CRC/MT n.º 00.000-SP<<strong>br</strong> />

AUDICIC AUDITORES INDEPENDENTES S/C. LTDA-<<strong>br</strong> />

CRC 00.0020-MT<<strong>br</strong> />

63


PARECER COM ABSTENÇÃO DE OPINIÃO<<strong>br</strong> />

(1) Examinamos os balanços patrimoniais da empresa Cia. ALFA levantados em 31 de<<strong>br</strong> />

dezem<strong>br</strong>o de 19X0 e 19X1, e as respectivas demonstrações do resultado, das<<strong>br</strong> />

mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos<<strong>br</strong> />

correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob a<<strong>br</strong> />

responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar<<strong>br</strong> />

uma opinião so<strong>br</strong>e essas demonstrações contábeis.<<strong>br</strong> />

(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de <strong>auditoria</strong> e<<strong>br</strong> />

compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância<<strong>br</strong> />

dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos<<strong>br</strong> />

da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos<<strong>br</strong> />

registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a<<strong>br</strong> />

avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas<<strong>br</strong> />

pela administração da entidade, bem como, da apresentação das demonstrações<<strong>br</strong> />

contábeis tomadas em conjunto.<<strong>br</strong> />

(3) De acordo com instruções recebidas da administração da Cia. ALFA, não estivemos<<strong>br</strong> />

presentes à contagem física do inventário realizada em 31 de dezem<strong>br</strong>o de 19X1.<<strong>br</strong> />

Como conseqüência, não podemos expressar qualquer opinião com respeito a<<strong>br</strong> />

esse inventário, que monta R$... .<<strong>br</strong> />

(4) Em virtude do inventário de 31 de dezem<strong>br</strong>o de 19X1 ter importância substancial na<<strong>br</strong> />

determinação da posição patrimonial e financeira e do resultado das operações<<strong>br</strong> />

da Cia. ALFA, não podemos expressar opinião so<strong>br</strong>e as demonstrações<<strong>br</strong> />

financeiras anexas, tomadas em conjunto.<<strong>br</strong> />

Cuiabá, 20 de Março de 19X2.<<strong>br</strong> />

PEDRO CAMPOS - Contador – CRC/MT n.º 00.000-SP<<strong>br</strong> />

AUDICIC AUDITORES INDEPENDENTES S/C. LTDA-<<strong>br</strong> />

CRC 00.0020-MT<<strong>br</strong> />

64


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<<strong>br</strong> />

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. São Paulo:<<strong>br</strong> />

Saraiva, 1984.<<strong>br</strong> />

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1984.<<strong>br</strong> />

BOYNTON, William C.; JOHNSON, Raymond N.; KELL, Walter G. Tradução José Evaristo<<strong>br</strong> />

dos Santos. Auditoria. São Paulo: Atlas, 2002.<<strong>br</strong> />

Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo. Curso Básico de Auditoria:<<strong>br</strong> />

normas e procedimentos. São Paulo: Atlas, 1988.<<strong>br</strong> />

Conselho Regional de Contabilidade. Normas de Auditoria. 2. ed. Rio de Janeiro: CFC,<<strong>br</strong> />

1991.<<strong>br</strong> />

CRUZ, Flávio da. Contabilidade e Movimentação Patrimonial do Setor Público. Rio de<<strong>br</strong> />

Janeiro: Ed. do autor, 1988.<<strong>br</strong> />

CRUZ, Flávio da. Auditoria Governamental. São Paulo: Atlas, 1997.<<strong>br</strong> />

Instituto dos Auditores Internos do Brasil. Normas Brasileiras para o Exercício da Auditoria<<strong>br</strong> />

Interna. 2. ed. São Paulo: 1992.<<strong>br</strong> />

JUND, Sérgio. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimentos. 7. ed. Rio de<<strong>br</strong> />

Janeiro: Elsevier, 2005.<<strong>br</strong> />

MACHADO, Célio Maciel. Sistema de Controle Interno Para o T.C.E. Florianópolis: 1994.<<strong>br</strong> />

EXERCÍCIO Nº 001/2011<<strong>br</strong> />

01) Por "papeis de trabalho" entende-se o conjunto de formulários e documentos que contem<<strong>br</strong> />

as informações e apontamentos coletados pelo auditor na execução do exame e testes de<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong>. Os "papeis de trabalho" são de propriedade:<<strong>br</strong> />

a) Exclusiva e confidencial do auditor ou da empresa de <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

b) Da empresa auditada, pois registram dados confidenciais relativos a suas atividades.<<strong>br</strong> />

c) Do auditor e da empresa auditada.<<strong>br</strong> />

d) Da diretoria da empresa auditada.<<strong>br</strong> />

e) Pública.<<strong>br</strong> />

02) Os papeis de trabalho são conjunto de documentos que evidenciam o trabalho do auditor<<strong>br</strong> />

independente; assim sendo,<<strong>br</strong> />

a) Devem ser entregues a empresa auditada ao termino do trabalho para justificar o parecer<<strong>br</strong> />

emitido e os honorários co<strong>br</strong>ados.<<strong>br</strong> />

b) Devem ser entregues a Comissão de Valores Mobiliários para revisão e aprovação.<<strong>br</strong> />

c) São propriedades do auditor que e responsável por sua guarda e sigilo, podendo ser<<strong>br</strong> />

solicitados e revisados pela Comissão de Valores Mobiliários ou por perito contador<<strong>br</strong> />

nomeado pela Justiça.<<strong>br</strong> />

d) São propriedades da empresa auditada, mas ficam a disposição da Comissão de Valores<<strong>br</strong> />

Mobiliários.<<strong>br</strong> />

e) São propriedades do auditor, mas ficam a disposição da Comissão de Valores Mobiliários,<<strong>br</strong> />

da Receita Federal e da <strong>auditoria</strong> interna.<<strong>br</strong> />

03) Os papeis de trabalho devem seguir um padrão definido e claro.<<strong>br</strong> />

Com base nessa afirmação, assinale a opção que não se constitui numa regra básica que<<strong>br</strong> />

deve ser observada na elaboração dos papeis de trabalho.<<strong>br</strong> />

a) Os papeis de trabalho devem ser limpos, claros e evidenciar a obediência as normas de<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

b) Os papeis de trabalho devem incluir todos os dados pertinentes, inclusive os irrelevantes.<<strong>br</strong> />

c) Os papeis de trabalho devem ser limpos, claros e corretos, e ainda sem erros matemáticos.<<strong>br</strong> />

d) Os papeis de trabalho devem ser concisos, limpos, claros, sem erros matemáticos e<<strong>br</strong> />

objetivos.<<strong>br</strong> />

e) Os papeis de trabalho devem ser limpos, claros, corretos e elaborados de forma sistemática<<strong>br</strong> />

e racional.<<strong>br</strong> />

05) Segundo a NBC-P-I - Normas Profissionais do Auditor Independente -, o conjunto de<<strong>br</strong> />

documentos que comp6e os papeis de trabalho desse profissional deve ser guardado<<strong>br</strong> />

pelo prazo de:<<strong>br</strong> />

a) 4 anos, a partir da data-base da <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

b) 5 anos, a partir da data-base da <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

c) 3 anos, a partir da data da emissão do parecer.<<strong>br</strong> />

d) 4 anos, a partir da data da assembléia de acionistas.<<strong>br</strong> />

e) 5 anos, a partir da data da emissão do parecer.<<strong>br</strong> />

65


06) Assinale a opção que não se relacione com os papeis de trabalho utilizados pelo auditor<<strong>br</strong> />

no transcorrer dos seus trabalhos:<<strong>br</strong> />

a) Os papeis de trabalho são o conjunto de documentos e apontamentos do auditor.<<strong>br</strong> />

b) Os papeis de trabalho, por serem confidenciais, são propriedade da empresa auditada.<<strong>br</strong> />

c) Os papeis de trabalho constituem a evidencia do trabalho executado pelo auditor.<<strong>br</strong> />

d) Os papeis de trabalho devem ser mantidos em arquivo, no mínimo, por 3 anos.<<strong>br</strong> />

e) Os papeis de trabalho contem informações e provas coligidas pelo auditor.<<strong>br</strong> />

07) Por quanto tempo a <strong>auditoria</strong> externa deve guardar em seu poder os papeis de trabalho<<strong>br</strong> />

de uma <strong>auditoria</strong> realizada, de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade?<<strong>br</strong> />

a) 5 anos.<<strong>br</strong> />

b) 10 anos.<<strong>br</strong> />

c) 3 anos<<strong>br</strong> />

d) 1 ano<<strong>br</strong> />

08) Assinale as alternativas que contém os papeis de trabalho do auditor que devem fazer<<strong>br</strong> />

parte da pasta permanente:<<strong>br</strong> />

a) Anotação da comparação dos balanços dos últimos 3 anos para acompanhar a tendência<<strong>br</strong> />

dos índices financeiros e econômicos da empresa.<<strong>br</strong> />

b) Anotações dos detalhes de inspeções de títulos e o<strong>br</strong>igações ao portador guardados em<<strong>br</strong> />

cofre de bancos.<<strong>br</strong> />

c) Confirmações de saldos e copias das cartas enviadas aos bancos, clientes, advogados,<<strong>br</strong> />

fornecedores, seguradoras, contas mantidas no exterior etc.<<strong>br</strong> />

d) Anotações so<strong>br</strong>e o acompanhamento do inventario físico.<<strong>br</strong> />

e) Analise da declaração do Imposto de Renda da pessoa jurídica, para verificação da provisão<<strong>br</strong> />

para o Imposto de Renda e outros tributos.<<strong>br</strong> />

09) Para o auditor, um exemplo de papel de trabalho permanente é:<<strong>br</strong> />

a) Estatuto Social.<<strong>br</strong> />

b) Patrimônio Liquido.<<strong>br</strong> />

c) Ajustes de Auditoria.<<strong>br</strong> />

d) Revisão Analítica.<<strong>br</strong> />

10) Todas as práticas abaixo indicadas fazem parte das rotinas do auditor independente,<<strong>br</strong> />

exceto:<<strong>br</strong> />

a) A escolha de provas seletivas, testes e amostragem.<<strong>br</strong> />

b) Denunciar ao fisco as empresas que não cumprem adequadamente a legislação tributaria<<strong>br</strong> />

ou que sonegam impostos.<<strong>br</strong> />

c) A elaboração de papeis de trabalho a cada tipo de serviço.<<strong>br</strong> />

d) O estudo e a avaliação do sistema contábil e de controle interno, bem como a analise dos<<strong>br</strong> />

riscos de <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

e) Elaborar planejamento de <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

11) A principal função dos papeis de trabalho do auditor e:<<strong>br</strong> />

a) Ajudar o auditor independente no preparo das demonstrações contábeis e do relatório do<<strong>br</strong> />

Conselho de Administração.<<strong>br</strong> />

b) Fornecer dados para a empresa elaborar as demonstrações financeiras.<<strong>br</strong> />

c) Servir como base e sustentação da opinião do auditor.<<strong>br</strong> />

d) Registrar o lucro ou prejuízo da entidade no período.<<strong>br</strong> />

12) 0 tempo em que a <strong>auditoria</strong> externa deve guardar em seu poder os papeis de trabalho de<<strong>br</strong> />

uma <strong>auditoria</strong> realizada de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade e de:<<strong>br</strong> />

a) 1 ano.<<strong>br</strong> />

b) 3 anos.<<strong>br</strong> />

c) 5 anos.<<strong>br</strong> />

d) 10 anos.<<strong>br</strong> />

13) De acordo com as Normas Profissionais de Auditor Independente, o Auditor deve<<strong>br</strong> />

observar o sigilo profissional, exceto quando:<<strong>br</strong> />

a) Autorizado por escrito pela entidade auditada, contendo os limites das informações a serem<<strong>br</strong> />

fornecidas.<<strong>br</strong> />

b) Solicitado pela Comissão de Valores Mobiliários, no caso de Sociedades por Ações de<<strong>br</strong> />

Capital.<<strong>br</strong> />

c) Solicitado pelo Auditor Independente que o suceder, apos o termino de compromissos<<strong>br</strong> />

contratuais.<<strong>br</strong> />

d) Terminados os trabalhos e compromissos contratuais.<<strong>br</strong> />

14) Uma das finalidades dos papeis de trabalho em <strong>auditoria</strong> e:<<strong>br</strong> />

a) Ajudar a empresa na maximização de seus lucros.<<strong>br</strong> />

b) Ajudar o auditor independente na elaboração das Demonstrações Contábeis e do relatório<<strong>br</strong> />

do Conselho de Administração.<<strong>br</strong> />

c) Fornecer dados para a empresa elaborar as Demonstrações Contábeis.<<strong>br</strong> />

d) Registrar as descobertas realizadas e comprovar o cumprimento do trabalho de <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

66


15) Os papeis de trabalho de <strong>auditoria</strong> correntes são utilizados em:<<strong>br</strong> />

a) Urn exercicio social.<<strong>br</strong> />

b) Dois exercicios sociais.<<strong>br</strong> />

c) Três exercicios sociais.<<strong>br</strong> />

d) Mais de um exercício social.<<strong>br</strong> />

16) Entre as normas de <strong>auditoria</strong> relativas à execução do trabalho, indique a que representa o<<strong>br</strong> />

conjunto de investigações técnicas que permite ao auditor formar opinião so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />

demonstrações contábeis examinadas e lhe fornece base para emitir seu parecer<<strong>br</strong> />

fundamentado:<<strong>br</strong> />

a) Treinamento e competência técnico-profissional.<<strong>br</strong> />

b) Procedimentos de <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

c) Planejamento.<<strong>br</strong> />

d) Papel de trabalho.<<strong>br</strong> />

17) Os procedimentos de revisão analítica permitem:<<strong>br</strong> />

a) Identificar saldos ou operações anormais.<<strong>br</strong> />

b) Lançamentos contábeis sem documentos válidos.<<strong>br</strong> />

c) Operações não escrituradas contabilmente.<<strong>br</strong> />

d) Falhas de controle interno.<<strong>br</strong> />

e) Saldos contábeis não conciliados.<<strong>br</strong> />

18) As características básicas do procedimento de <strong>auditoria</strong> de exame físico são:<<strong>br</strong> />

a) Quantidade, existência física, identificação, autenticidade e qualidade.<<strong>br</strong> />

b) Quantidade, existência física, seguro, documento idôneo e identificação.<<strong>br</strong> />

c) Quantidade, seguro, qualidade, autenticidade, propriedade e identificação.<<strong>br</strong> />

d) Qualidade, existência física, seguro, identificação e autenticidade.<<strong>br</strong> />

e) Qualidade, existência física, propriedade, seguro e quantidade.<<strong>br</strong> />

19) Das opções a seguir, assinale a que não corresponde a um procedimento usual de<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong>:<<strong>br</strong> />

a) Exame físico, inspeção e conferência de cálculo.<<strong>br</strong> />

b) Conferência de cálculo e exame da escrituração.<<strong>br</strong> />

c) Exames dos documentos originais e confirmação.<<strong>br</strong> />

d) Análise do balanço e análise do fluxo de caixa.<<strong>br</strong> />

e) Inspeção, investigação minuciosa e observação.<<strong>br</strong> />

20) Assinale a opção que represente alguns dos procedimentos técnicos básicos de<<strong>br</strong> />

<strong>auditoria</strong>, conforme as normas de <strong>auditoria</strong> independente das demonstrações contábeis:<<strong>br</strong> />

a) Inspeção, observação, investigação e confirmação.<<strong>br</strong> />

b) Inspeção, observação e composição de saldos contábeis.<<strong>br</strong> />

c) Revisão analítica, cálculo e conciliação bancária.<<strong>br</strong> />

d) Investigação e confirmação, inventario de estoques;<<strong>br</strong> />

e) Composição e conciliação de saldos de fornecedores<<strong>br</strong> />

21) Considere a seguinte composição do saldo contábil das disponibilidades de caixa da<<strong>br</strong> />

Companhia VASCO DA GAMA “O trem bala”, em 30.11.2009, que foi objeto de contagem<<strong>br</strong> />

efetuada pela <strong>auditoria</strong> e assinale a alternativa correta:<<strong>br</strong> />

Empresa: VASCO DA GAMA - Composição do caixa em 30.11.2009<<strong>br</strong> />

Numerário em moeda corrente 5.000<<strong>br</strong> />

Cheques descontados pelos funcionários, que foram d<strong>edu</strong>zidos dos<<strong>br</strong> />

salários de novem<strong>br</strong>o, pagos em 05.12.X2009 22.000<<strong>br</strong> />

Vales de funcionários, para viagens já efetuadas a serviço da empresa,<<strong>br</strong> />

durante o mês de novem<strong>br</strong>o. 10.000<<strong>br</strong> />

Cheques recebidos de clientes, relativos às vendas a vista dos dias<<strong>br</strong> />

29 e 30.11.2009, ainda não depositados, contabilizadas corretamente<<strong>br</strong> />

como receitas de novem<strong>br</strong>o. 60.000<<strong>br</strong> />

Comprovantes de gastos com despesas administrativas, efetuados<<strong>br</strong> />

pelo caixa durante o mês de novem<strong>br</strong>o, pendentes de reembolso pela tesouraria 25.000,00<<strong>br</strong> />

Total das disponibilidades em caixa. 122.000<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

67


a) Apresenta-se corretamente escriturado e demonstrado.<<strong>br</strong> />

b) Não está correto, visto que as disponibilidades totalizam R$ 15.000, compostos dos<<strong>br</strong> />

numerários em moeda corrente e vales de funcionários.<<strong>br</strong> />

c) Apresenta-se corretamente escriturado e demonstrado, com exceção dos R$ 25.000 de<<strong>br</strong> />

gastos que devem ser reembolsados e contabilizados corno despesas do mês de novem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

de 2009.<<strong>br</strong> />

d) Apresenta-se corretamente escriturado e demonstrado, com exceção dos R$ 25.000 de<<strong>br</strong> />

gastos que devem ser reembolsados e contabilizados corno despesas do mês de novem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

de 2009 e dos R$ 60.000 de cheques recebidos dos clientes.<<strong>br</strong> />

e) Nenhuma das alternativas anteriores. ..<<strong>br</strong> />

22) Com base na composição de caixa da questão anterior, assinale a alternativa que<<strong>br</strong> />

corresponde ao saldo correto das disponibilidades em 30.11.2009:<<strong>br</strong> />

a) R$ 27.000,00.<<strong>br</strong> />

b) R$ 5.000,00...<<strong>br</strong> />

c) R$ 37.000,00.<<strong>br</strong> />

d) R$ 65.000,00.<<strong>br</strong> />

e) Nenhuma das alternativas anteriores.<<strong>br</strong> />

23) Com base na composição de caixa da questão anterior, assinale a alternativa que<<strong>br</strong> />

corresponde ao ajuste contábil que deve ser efetuado em 30.11.2009 para os vales e<<strong>br</strong> />

cheques de funcionários e clientes, não depositados até aquela data:<<strong>br</strong> />

a) Débito de cheques a receber R$ 60.000, débito de despesas de viagens R$ 10.000, débito<<strong>br</strong> />

de salários a pagar R$ 22.000 e crédito do caixa R$ 92.000...<<strong>br</strong> />

b) Débito de contas e cheques a receber $ 82.000 e crédito da conta-corrente bancária R$<<strong>br</strong> />

82.000.<<strong>br</strong> />

c) Débito da conta-corrente bancária R$ 92.000 e crédito de contas e cheques a receber R$<<strong>br</strong> />

92.000.<<strong>br</strong> />

d) Débito da conta caixa R$ 92.000, crédito de contas de adiantamentos e cheques a receber<<strong>br</strong> />

R$ 60.000, crédito de despesas com viagens R$ 10.000 e crédito de salários a pagar R$<<strong>br</strong> />

22.000.<<strong>br</strong> />

e) Nenhuma das anteriores.<<strong>br</strong> />

24) Com base na composição de caixa da questão anterior, assinale a alternativa que<<strong>br</strong> />

corresponde ao ajuste contábil que deve ser efetuado em 30.11.2009 para a apuração<<strong>br</strong> />

correta do resultado contábil do mês de novem<strong>br</strong>o:<<strong>br</strong> />

a) Débito de contas e cheques a receber R$ 57.000, crédito de despesas com viagens R$<<strong>br</strong> />

10.000, crédito de despesas administrativas R$ 25.000 e crédito de salários de funcionários<<strong>br</strong> />

R$ 22.000.<<strong>br</strong> />

b) Débito de despesas com viagens R$ 10.000, débito de despesas administrativas R$ 25.000,<<strong>br</strong> />

débito de despesas com salários R$ 22.000 e crédito de caixa R$ 57.000.<<strong>br</strong> />

c) Débito de despesas com viagens R$ 10.000, débito de despesas administrativas R$ 25.000<<strong>br</strong> />

e crédito de caixa R$ 35.000...<<strong>br</strong> />

d) Débito de contas e cheques a receber R$ 35.000 e crédito de caixa R$ 35.000.<<strong>br</strong> />

e) Nenhuma das anteriores.<<strong>br</strong> />

25) Na <strong>auditoria</strong> da área financeira, pode-se detectar:<<strong>br</strong> />

a) A existência de processo fiscal contra a empresa.<<strong>br</strong> />

b) A baixa qualidade dos produtos vendidos.<<strong>br</strong> />

c) Erro na classificação contábil de bens adquiridos para o ativo permanente.<<strong>br</strong> />

d) Necessidade da constituição de uma provisão de juros para atender a dívidas em atraso<<strong>br</strong> />

com fornecedores.<<strong>br</strong> />

e) Que há graves contingências trabalhistas, não reconhecidas pela contabilidade, em<<strong>br</strong> />

conseqüência da falta de equipamentos de segurança na fá<strong>br</strong>ica de pólvora da empresa.<<strong>br</strong> />

26) O objetivo da <strong>auditoria</strong> da conta caixa, entre outros, é:<<strong>br</strong> />

a) Determinar que os saldos das contas do razão representam numerário disponível em<<strong>br</strong> />

bancos.<<strong>br</strong> />

b) Determinar se a contabilidade está registrando as operações bancárias de acordo com as<<strong>br</strong> />

normas da empresa.<<strong>br</strong> />

c) Determinar se a empresa está movimentando adequadamente as contas bancárias.<<strong>br</strong> />

d) Determinar se os procedimentos estabelecidos para pagamentos, recebimentos e reposição<<strong>br</strong> />

do caixa estão sendo seguidos.<<strong>br</strong> />

e) Verificar se o controle interno so<strong>br</strong>e a documentação é satisfatório para assegurar a<<strong>br</strong> />

escrituração dos registros auxiliares de contas a receber.<<strong>br</strong> />

27) Assinale a opção abaixo que não corresponde a um procedimento geralmente empregado<<strong>br</strong> />

na <strong>auditoria</strong> das disponibilidades financeiras das entidades:<<strong>br</strong> />

a) Confirmação de assinaturas autorizadas.<<strong>br</strong> />

b) Análise do fluxo de caixa projetado.<<strong>br</strong> />

c) Contagem de fundo fixo de caixa.<<strong>br</strong> />

68


d) Confirmação de contas bancárias paralisadas.<<strong>br</strong> />

e) Exame documental dos avisos bancários.<<strong>br</strong> />

28) Para a realização da contagem de caixa, o auditor deverá tomar os cuidados necessários<<strong>br</strong> />

para que o resultado seja válido. Indique uma opção que não representa uma atitude de<<strong>br</strong> />

zelo do auditor:<<strong>br</strong> />

a) Realização de contagem sem prévio aviso.<<strong>br</strong> />

b) Obter declaração formal de devolução dos numerários contados.<<strong>br</strong> />

c) Anotações da contagem em papel de trabalho.<<strong>br</strong> />

d) Certificar-se do número de caixas existentes na empresa.<<strong>br</strong> />

e) Dispensa da presença do responsável pelo caixa, no ato da contagem.<<strong>br</strong> />

29) São procedimentos a serem observados em um programa de <strong>auditoria</strong> das<<strong>br</strong> />

disponibilidades, exceto:<<strong>br</strong> />

a) Contagem de caixa.<<strong>br</strong> />

b) Verificação das contas inco<strong>br</strong>áveis.<<strong>br</strong> />

c) Circularização dos saldos bancários.<<strong>br</strong> />

d) Cut-off de cheques.<<strong>br</strong> />

30) A não-contabilização habitual de parte das vendas de mercadorias ("omissão de vendas")<<strong>br</strong> />

e de seus respectivos recebimentos resulta na existência de recursos financeiros sem<<strong>br</strong> />

origem contábil ("caixa 2"). Se todas as outras operações forem devidamente<<strong>br</strong> />

contabilizadas, a conta caixa do razão apresentará, normalmente, saldo credor (evidência<<strong>br</strong> />

de fraude). Por isso, o auditor deve estar atento a manipulações contábeis destinadas a<<strong>br</strong> />

evitar ou enco<strong>br</strong>ir a insuficiência escritural do saldo de caixa, tais como:<<strong>br</strong> />

a) <strong>Pos</strong>tergação da contabilização de pagamentos; antecipação da contabilização de<<strong>br</strong> />

recebimentos; existência de "ativo intangível"; existência de falsos suprimentos de caixa<<strong>br</strong> />

geralmente apresentados como empréstimos de diretores ou de empresas interligadas; nãocontabilização<<strong>br</strong> />

de parte das compras de mercadorias e de seus respectivos pagamentos;<<strong>br</strong> />

não-contabilização de parte das despesas e de seus respectivos pagamentos.<<strong>br</strong> />

b) Existência de falsos suprimentos de caixa geralmente apresentados como empréstimos de<<strong>br</strong> />

diretores ou de empresas interligadas; não-contabilização de parte das despesas e de seus<<strong>br</strong> />

respectivos pagamentos; contabilização de falsas receitas por prestação de serviços ou por<<strong>br</strong> />

vendas de mercadorias com tratamento tributário mais favorável e de seus respectivos<<strong>br</strong> />

recebimentos; não-contabilização de algumas compras de bens destinados a integrarem o<<strong>br</strong> />

ativo imobilizado e de seus respectivos pagamentos.<<strong>br</strong> />

c) Não-contabilização de parte das despesas e de seus respectivos pagamentos;<<strong>br</strong> />

contabilização de falsas receitas por prestação de serviços ou por vendas de mercadorias<<strong>br</strong> />

com tratamento tributário mais favorável e de seus respectivos recebimentos; amortização<<strong>br</strong> />

subestimada dos gastos de implantação; não-contabilização de algumas compras de bens<<strong>br</strong> />

destinados a integrarem o ativo imobilizado e de seus respectivos pagamentos; postergação<<strong>br</strong> />

de contabilização de pagamentos; antecipação da contabilização de recebimentos.<<strong>br</strong> />

d) Não-contabilização de algumas compras de bens destinados a integrarem o ativo<<strong>br</strong> />

imobilizado e de seus respectivos pagamentos; postergação da contabilização de<<strong>br</strong> />

pagamentos; existência de "passivo-fictício", antecipação da contabilização de<<strong>br</strong> />

recebimentos; existência de falsos suprimentos de caixa geralmente apresentados como<<strong>br</strong> />

empréstimos de diretores ou de empresas interligadas de mercadorias e de seus<<strong>br</strong> />

respectivos pagamentos.<<strong>br</strong> />

e) Antecipação da contabilização de recebimentos; existência de falsos suprimentos de caixa<<strong>br</strong> />

geralmente apresentados como empréstimos de diretores ou de empresas interligadas;<<strong>br</strong> />

existência de "ações em tesouraria"; não-contabilização de parte das despesas e de seus<<strong>br</strong> />

respectivos pagamentos; contabilização de falsas receitas por prestaçãn de serviços ou por<<strong>br</strong> />

vendas de mercadorias com tratamento tributário mais favorável e de seus respectivos<<strong>br</strong> />

recebimentos; não-contabilização de parte das compras e mercadorias e de seus<<strong>br</strong> />

respectivos pagamentos.<<strong>br</strong> />

////////////////<<strong>br</strong> />

“Prudência é saber distinguir as coisas desejáveis das que convém evitar.”<<strong>br</strong> />

(Cícero)<<strong>br</strong> />

69


CASO Nº 02/2011 - CASOS PRÁTICOS DE AUDITORIA<<strong>br</strong> />

1.1 PLANEJAMENTO DA AUDITORIA - UM EXEMPLO PRÁTICO<<strong>br</strong> />

EMPRESA GAMA S/A<<strong>br</strong> />

Você foi indicado como gerente responsável pelo trabalho de <strong>auditoria</strong> da empresa<<strong>br</strong> />

GAMA S/A; sua responsabilidade é preparar o planejamento dos trabalhos para o exercício<<strong>br</strong> />

de 2009 e documentá-lo.<<strong>br</strong> />

Para esse exercício, foi estabelecido que os trabalhos terão como objetivos:<<strong>br</strong> />

• A revisão dos controles internos.<<strong>br</strong> />

• O exame das demonstrações contábeis.<<strong>br</strong> />

O seu antecessor já elaborou parte do planejamento; sua tarefa é complementá-la<<strong>br</strong> />

quanto aos seguintes aspectos:<<strong>br</strong> />

a) Avaliar os riscos inerentes e de controle para cada componente significativo e o risco<<strong>br</strong> />

global.<<strong>br</strong> />

b) Definir os procedimentos de <strong>auditoria</strong> com base na avaliação de riscos.<<strong>br</strong> />

c) Elaborar plano de rotação de ênfase de <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

d) Definir a equipe de auditores por categoria.<<strong>br</strong> />

O planejamento deverá ser documentado e conter os seguintes itens:<<strong>br</strong> />

1. Termos de referência<<strong>br</strong> />

2. A empresa e os riscos inerentes e correlatos<<strong>br</strong> />

3. O ambiente de controle<<strong>br</strong> />

4. Práticas contábeis<<strong>br</strong> />

5. Determinação dos segmentos de negócios<<strong>br</strong> />

6. Riscos inerentes e ambiente de controle para segmentos de negócios<<strong>br</strong> />

7. Decisões de planejamento para componentes<<strong>br</strong> />

8. Expectativas do cliente<<strong>br</strong> />

9. Políticas contábeis relevantes<<strong>br</strong> />

10. Limite de materialidade<<strong>br</strong> />

11. Administração do trabalho<<strong>br</strong> />

12. Natureza, conteúdo e oportunidade do parecer e relatórios a serem emitidos<<strong>br</strong> />

13. Aprovação do memorando de planejamento<<strong>br</strong> />

Memorando de planejamento - EMPRESA GAMA S/A<<strong>br</strong> />

Conteúdo<<strong>br</strong> />

1. Termos de referência<<strong>br</strong> />

2. A empresa e os riscos inerentes e correlatos<<strong>br</strong> />

3. O ambiente de controle<<strong>br</strong> />

4. Práticas contábeis<<strong>br</strong> />

5. Determinação dos segmentos de negócios<<strong>br</strong> />

6. Riscos inerentes e ambiente de controle para segmentos de negócios<<strong>br</strong> />

7. Decisões de planejamento para componentes<<strong>br</strong> />

8. Expectativas do cliente<<strong>br</strong> />

9. Políticas contábeis relevantes<<strong>br</strong> />

10. Limite de materialidade<<strong>br</strong> />

11. Administração do trabalho<<strong>br</strong> />

12. Natureza, conteúdo e oportunidade do parecer e relatórios a serem emitidos<<strong>br</strong> />

13. Aprovação do memorando de planejamento<<strong>br</strong> />

70


EMPRESA GAMA S/A<<strong>br</strong> />

1. TERMOS DE REFERÊNCIA<<strong>br</strong> />

Este memorando resume nosso plano de <strong>auditoria</strong> em relação ao exame das<<strong>br</strong> />

demonstrações contábeis da EMPRESA GAMA S/A. do exercício a findar em 31 de dezem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

de 2009.<<strong>br</strong> />

1.1 Objetivo de nosso trabalho<<strong>br</strong> />

Emitir parecer so<strong>br</strong>e as demonstrações contábeis do exercício a findar em 31 de<<strong>br</strong> />

dezem<strong>br</strong>o de 2009, elaboradas segundo as praticas contábeis adotadas no Brasil<<strong>br</strong> />

complementado por Memorando de Avaliação dos Controles Internos.<<strong>br</strong> />

2. A EMPRESA E OS RISCOS INERENTES E CORRELATOS<<strong>br</strong> />

2.1 Origem e participação no capital social<<strong>br</strong> />

É uma empresa de origem <strong>br</strong>asileira constituída em janeiro de 1980. Em março de<<strong>br</strong> />

2008, foram vendidos 85% do capital para o Grupo SERRAS S/A, ficando seu capital<<strong>br</strong> />

distribuído como segue:<<strong>br</strong> />

Acionistas % de Participação<<strong>br</strong> />

SERRAS S/A (Brasil) 57<<strong>br</strong> />

SERRAS Corporation (UK) 28<<strong>br</strong> />

Outros acionistas 15<<strong>br</strong> />

Total 100<<strong>br</strong> />

2.2 Atividades operacionais<<strong>br</strong> />

Sua atividade é uma complementação dos serviços das siderúrgicas; é um centro de<<strong>br</strong> />

serviços e comércio de aços laminados, onde são feitos processamentos (cortes,<<strong>br</strong> />

principalmente) dos materiais das usinas, visando atender às necessidades específicas dos<<strong>br</strong> />

clientes.<<strong>br</strong> />

A empresa atende ao mercado através da matriz localizada em São Paulo e de uma<<strong>br</strong> />

filial localizada em Cubatão, a qual contribuiu com participação de 17% das vendas do<<strong>br</strong> />

período e 25% dos serviços prestados.<<strong>br</strong> />

Comercialização dos produtos:<<strong>br</strong> />

• Mercado Interno<<strong>br</strong> />

Representa 95% do faturamento da empresa; as vendas são efetuadas por<<strong>br</strong> />

vendedores internos, que contribuem com 97%, e representantes, com 3% das vendas.<<strong>br</strong> />

• Mercado externo<<strong>br</strong> />

Participa com 5% no faturamento da empresa; as vendas são efetuadas por<<strong>br</strong> />

representantes no exterior.<<strong>br</strong> />

2.3 Resultados operacionais preliminares<<strong>br</strong> />

Os primeiros três meses do exercício foram considerados fracos para a empresa, tanto<<strong>br</strong> />

em nível de volume (61.000 toneladas) quanto em nível de preços, pois houve necessidade<<strong>br</strong> />

de r<strong>edu</strong>ção de preços de vendas após o plano de estabilização econômica e, para os nove<<strong>br</strong> />

meses restantes, não há previsão de melhorias.<<strong>br</strong> />

As vendas do período alcançaram $ 2.321 mil.<<strong>br</strong> />

Os custos dos produtos vendidos foram de $ 1.006 mil no período.<<strong>br</strong> />

As despesas operacionais totalizaram $ 718 mil.<<strong>br</strong> />

71


O lucro antes do IR foi de $ 72 mil.<<strong>br</strong> />

Esses dados foram extraídos do demonstrativo do resultado de março de 2009.<<strong>br</strong> />

2.4 Demonstrações contábeis<<strong>br</strong> />

2.4.1. Balanço patrimonial<<strong>br</strong> />

ATIVO<<strong>br</strong> />

Circulante 31.03.2009 % 31.12.2008 %<<strong>br</strong> />

Caixa e bancos 6,54 0,32 8,45 1,99<<strong>br</strong> />

Aplicações financeiras 19,00 0,92 100,12 23,58<<strong>br</strong> />

Contas a receber de clientes 588,18 28,55 68,74 16,19<<strong>br</strong> />

Saques exportação (9,25) (0,45) (5,77) (1,36)<<strong>br</strong> />

Estoques 581,39 28,22 126,73 29,85<<strong>br</strong> />

Adiantamentos a fornecedores 9,13 0,44 7,12 1,68<<strong>br</strong> />

Impostos a recuperar 0,50 0,02 8,94 2,11<<strong>br</strong> />

Outros créditos 63,29 3,07 1,75 0,41<<strong>br</strong> />

Despesas do exercício seguinte 1,19 0,06 0,61 0,14<<strong>br</strong> />

1.259,97 61,15 316,69 74,60<<strong>br</strong> />

Realizável a longo prazo<<strong>br</strong> />

Depósitos judiciais 101,86 4,94 4,88 1,15<<strong>br</strong> />

Empréstimos compulsórios 8,26 0,40 0,80 0,19<<strong>br</strong> />

Depósitos para investimentos 1,08 0,05 0,15 0,04<<strong>br</strong> />

Imposto de renda diferido 6,19 0,30 -<<strong>br</strong> />

117,39 5,70 5,83 1,37<<strong>br</strong> />

Permanente<<strong>br</strong> />

Investimentos 82,97 4,03 8,96 2,11<<strong>br</strong> />

Imobilizados 599,38 29,09 92,84 21,87<<strong>br</strong> />

Diferido 0,73 0,04 0,19 0,04<<strong>br</strong> />

683,08 33,15 101,99 24,03<<strong>br</strong> />

2.060,44 100,00 424,51 100,00<<strong>br</strong> />

PASSIVO 31.03.2009 % 31.12.2008 %<<strong>br</strong> />

Circulante<<strong>br</strong> />

Fornecedores 233,25 11,32 55,34 13,04<<strong>br</strong> />

Financiamentos 12,68 0,62 13,59 3,20<<strong>br</strong> />

Salários e encargos sociais 182,73 8,87 8,52 2,01<<strong>br</strong> />

Impostos a pagar 68,29 3,31 20,14 4,74<<strong>br</strong> />

Adiantamentos de clientes 9,63 0,47 16,70 3,93<<strong>br</strong> />

Contas a pagar 83,25 4,04 9,09 2,14<<strong>br</strong> />

Provisão para tributos so<strong>br</strong>e lucros 61,30 2,98 61,38 14,46<<strong>br</strong> />

Outras o<strong>br</strong>igações - 6,67 1,57<<strong>br</strong> />

651,13 31,60 191,43 45,09<<strong>br</strong> />

Exigível a longo prazo<<strong>br</strong> />

Financiamentos 66,01 3,20 10,52 2,48<<strong>br</strong> />

Outras o<strong>br</strong>igações 6,19 0,30 -<<strong>br</strong> />

72,20 3,50 10,52 2,48<<strong>br</strong> />

Patrimônio líquido<<strong>br</strong> />

Capital social 70,50 3,42 4,40 1,04<<strong>br</strong> />

Reservas de capital 401,43 19,48 66,04 15,56<<strong>br</strong> />

Reservas de lucros 83,12 4,03 13,69 3,22<<strong>br</strong> />

Lucros acumulados 731,97 35,52 138,43 32,61<<strong>br</strong> />

Lucro do período antes dos tributos 50,09 2,43 -<<strong>br</strong> />

1.337,11 64,89 222,56 52,43<<strong>br</strong> />

2.060,44 100,00 424,51 100,00<<strong>br</strong> />

2.4.2 Demonstração do resultado<<strong>br</strong> />

Contas 31.03.2009 % 31.12.2008 %<<strong>br</strong> />

Receita <strong>br</strong>uta de vendas 2.321,49 127,86 462,05 117,07<<strong>br</strong> />

Impostos e d<strong>edu</strong>ções de vendas (504,44) (27,76) (67,38) (17,07)<<strong>br</strong> />

Receita líquida das vendas 1.817,05 100,00 394,67 100,00<<strong>br</strong> />

Custo dos produtos vendidos (1,006,62) (55,40) (207,86) (52,67)<<strong>br</strong> />

Lucro <strong>br</strong>uto 810,43 44,60 186,81 47,33<<strong>br</strong> />

Despesas operacionais<<strong>br</strong> />

Despesas com vendas (220,84) (12,15) (34,93) (8,85)<<strong>br</strong> />

72


Despesas administrativas (293,62) (16,16) (22,63) (5,73)<<strong>br</strong> />

Receitas (despesas) financeiras (203,58) (11,20) 59,89 15,17<<strong>br</strong> />

(718,04) (39,52) 2,33 0,59<<strong>br</strong> />

Lucro operacional 92,39 5,08 189,14 47,92<<strong>br</strong> />

Despesas não operacionais (42,53) (2,34) (47,21) (11,96)<<strong>br</strong> />

Receitas não operacionais 23,00 1,27 (3,00) (0,76)<<strong>br</strong> />

Lucro líquido antes dos tributos 72,86 4,01 138,93 35,20<<strong>br</strong> />

Contribuição social - (12,69) (3,22)<<strong>br</strong> />

Imposto de renda - (48,69) (12,34)<<strong>br</strong> />

Lucro líquido do exercício 72,86 4,01 77,55 19,65<<strong>br</strong> />

2.5 Análises de índices, tendências, posição e condições financeiras<<strong>br</strong> />

2.5.1 Situação financeira<<strong>br</strong> />

Principais indicadores 31.03.2009 31.12.2008<<strong>br</strong> />

Índice de liquidez imediata 0,04 0,57<<strong>br</strong> />

Índice de liquidez seca 1,03 0,95<<strong>br</strong> />

Índice de liquidez corrente 1,94 1,65<<strong>br</strong> />

Índice de liquidez geral 1,90 1,60<<strong>br</strong> />

Prazo médio de faturamento – dias 39 28<<strong>br</strong> />

Atraso médio de recebimento - dias 4<<strong>br</strong> />

Rotatividade dos estoques – dias 134 65<<strong>br</strong> />

Prazo médio de pagamento - dias 35 18<<strong>br</strong> />

(*) Situação financeira sólida, melhor do que a observada no ano anterior.<<strong>br</strong> />

2.5.2. Circunstâncias econômicas e tendências do negócio<<strong>br</strong> />

A EMPRESA GAMA S/A divide o mercado com cerca de cem concorrentes. No<<strong>br</strong> />

entanto, sua participação no mercado é significativa em relação a esses concorrentes.<<strong>br</strong> />

Os preços praticados foram liberados após a decretação do plano econômico “Brasil<<strong>br</strong> />

Novo”; em decorrência desse reajuste de preços, ocorreu uma queda significativa nas<<strong>br</strong> />

vendas.<<strong>br</strong> />

2.6 Transações significativas<<strong>br</strong> />

Vendas e contas a receber de clientes.<<strong>br</strong> />

Compras e contas a pagar a fornecedores.<<strong>br</strong> />

Estoques.<<strong>br</strong> />

Aplicações financeiras.<<strong>br</strong> />

2.7 Políticas e práticas financeiras<<strong>br</strong> />

Principais operações financeiras segundo as instituições envolvidas:<<strong>br</strong> />

Banco / Operações Financeiras I II III IV<<strong>br</strong> />

América do Sul X X<<strong>br</strong> />

Do Brasil X X X<<strong>br</strong> />

Bradesco X X X<<strong>br</strong> />

Crédito Nacional X X X<<strong>br</strong> />

Econômico X X X<<strong>br</strong> />

Banespa X X<<strong>br</strong> />

Francês e Brasileiro X X X<<strong>br</strong> />

Operações financeiras<<strong>br</strong> />

I – Aplicações financeiras<<strong>br</strong> />

II – Conta Corrente<<strong>br</strong> />

III – Co<strong>br</strong>ança simples<<strong>br</strong> />

IV – Descontos de cambiais<<strong>br</strong> />

73


3. O AMBIENTE DE CONTROLE<<strong>br</strong> />

Em discussão com o Gerente de Divisão Contábil e ainda com base nas<<strong>br</strong> />

características dos administradores das diversas divisões com as quais tivemos contatos,<<strong>br</strong> />

existem evidências de que a alta administração reconhece a importância de a companhia<<strong>br</strong> />

possuir bons controles internos.<<strong>br</strong> />

Há uma estrutura organizacional claramente definida que caracteriza uma adequada<<strong>br</strong> />

segregação de funções, o que vem minimizar o conflito de interesses nas várias áreas da<<strong>br</strong> />

empresa.<<strong>br</strong> />

As diversas divisões e departamentos preparam análises e relatórios mensalmente, os<<strong>br</strong> />

quais são encaminhados para os superintendentes, que, posteriormente, os reportam à<<strong>br</strong> />

diretoria para que as decisões sejam tomadas.<<strong>br</strong> />

4. PRÁTICAS CONTABEIS<<strong>br</strong> />

O cliente adota as práticas contábeis de acordo com os princípios contábeis<<strong>br</strong> />

geralmente aceitos no Brasil.<<strong>br</strong> />

5. DETERMINAÇÃO DOS SEGMENTOS DE NEGÓCIOS<<strong>br</strong> />

Nossos trabalhos serão desenvolvidos na matriz, na cidade de São Paulo, onde está<<strong>br</strong> />

localizado o centro administrativo da companhia. Para a filial de Cubatão, não efetuaremos<<strong>br</strong> />

nenhum serviço.<<strong>br</strong> />

6. RISCOS INERENTES E AMBIENTE DE CONTROLE PARA SEGMENTOS DE<<strong>br</strong> />

NEGÓCIOS<<strong>br</strong> />

Para definição do risco de <strong>auditoria</strong>, aplicamos os seguintes conceitos:<<strong>br</strong> />

Risco inerente é a susceptibilidade da ocorrência de erros ou irregularidades relevantes antes<<strong>br</strong> />

de se conhecer a eficácia dos sistemas de controle. Essa susceptibilidade varia de um<<strong>br</strong> />

componente para outro em função da:<<strong>br</strong> />

Natureza do negócio.<<strong>br</strong> />

Natureza dos componentes.<<strong>br</strong> />

Natureza dos sistemas de informações e contábeis.<<strong>br</strong> />

Por exemplo, se uma empresa centraliza seus créditos em poucos clientes ou<<strong>br</strong> />

entidades governamentais, o risco inerente, na realização dos seus ativos, pode ser<<strong>br</strong> />

considerado alto.<<strong>br</strong> />

Risco de controle é o risco de que os sistemas de controle possam falhar na prevenção ou<<strong>br</strong> />

detecção, em tempo hábil, de erros ou irregularidades relevantes.<<strong>br</strong> />

Com base nos assuntos explanados nos tópicos 3 e 5, concluímos que o risco inerente<<strong>br</strong> />

e o risco de controle para o presente exercício são de nível médio.<<strong>br</strong> />

Essa conclusão foi obtida após mensurarmos os seguintes assuntos com suas respectivas<<strong>br</strong> />

particularidades:<<strong>br</strong> />

Tipo de negócios.<<strong>br</strong> />

Situação de mercado.<<strong>br</strong> />

Resultados preliminares obtidos.<<strong>br</strong> />

Situação financeira.<<strong>br</strong> />

Ambiente de controle.<<strong>br</strong> />

74


7. DECISÕES DE PLANEJAMENTO PARA COMPONENTES<<strong>br</strong> />

Componentes<<strong>br</strong> />

específicos de<<strong>br</strong> />

riscos<<strong>br</strong> />

Caixa, bancos e<<strong>br</strong> />

aplicações<<strong>br</strong> />

financeiras<<strong>br</strong> />

$ 25,54 = 1%<<strong>br</strong> />

Contas a receber<<strong>br</strong> />

de clientes<<strong>br</strong> />

$ 588,18 = 29%<<strong>br</strong> />

Saques de<<strong>br</strong> />

exportação<<strong>br</strong> />

-$ 9,25<<strong>br</strong> />

Estoques<<strong>br</strong> />

$ 581,39 = 28%<<strong>br</strong> />

FATORES ESPECÍFICOS<<strong>br</strong> />

DE RISCOS<<strong>br</strong> />

• Opera com sete contas<<strong>br</strong> />

Correntes;<<strong>br</strong> />

• Conciliações bancárias são<<strong>br</strong> />

preparadas pela Contabilidade;<<strong>br</strong> />

• Aplicações financeiras –<<strong>br</strong> />

departamento financeiro efetua<<strong>br</strong> />

controle diário das aplicações;<<strong>br</strong> />

não é conciliado o saldo do<<strong>br</strong> />

mapa de aplicação do<<strong>br</strong> />

financeiro com a contabilidade.<<strong>br</strong> />

A contabilidade confia nos<<strong>br</strong> />

registros feitos com base nos<<strong>br</strong> />

documentos bancários.<<strong>br</strong> />

• Provisão para devedores<<strong>br</strong> />

duvidosos constituída por<<strong>br</strong> />

ocasião do balanço com base<<strong>br</strong> />

na expectativa de perdas com<<strong>br</strong> />

clientes nacionais. As<<strong>br</strong> />

exportações têm garantias de<<strong>br</strong> />

carta de crédito;<<strong>br</strong> />

• Reajustes de preços de acordo<<strong>br</strong> />

com o mercado;<<strong>br</strong> />

O departamento financeiro<<strong>br</strong> />

emite os relatórios, aging list,<<strong>br</strong> />

tie-up; a contabilidade não<<strong>br</strong> />

recebe cópias desses relatórios.<<strong>br</strong> />

• No balanço patrimonial, não<<strong>br</strong> />

existe a conta “Estoques” de<<strong>br</strong> />

produtos em processo e<<strong>br</strong> />

acabados; o processo de<<strong>br</strong> />

beneficiamento é rápido, além<<strong>br</strong> />

de ser por encomenda. No final<<strong>br</strong> />

do mês, pode existir algum<<strong>br</strong> />

estoque físico de produtos<<strong>br</strong> />

acabados que não tenha sido<<strong>br</strong> />

Risco<<strong>br</strong> />

Inerente<<strong>br</strong> />

Risco<<strong>br</strong> />

de<<strong>br</strong> />

controle<<strong>br</strong> />

Baixo Baixo<<strong>br</strong> />

Médio Médio<<strong>br</strong> />

Médio Médio<<strong>br</strong> />

PROCEDIMENTOS DE<<strong>br</strong> />

AUDITORIA<<strong>br</strong> />

• Circularização bancária<<strong>br</strong> />

na base de 100%, para<<strong>br</strong> />

31 de dezem<strong>br</strong>o, e<<strong>br</strong> />

análise das<<strong>br</strong> />

conciliações bancárias;<<strong>br</strong> />

• Teste de transferências<<strong>br</strong> />

bancária; teste<<strong>br</strong> />

específico de taxas<<strong>br</strong> />

obtidas em<<strong>br</strong> />

determinadas<<strong>br</strong> />

aplicações financeiras.<<strong>br</strong> />

Análise de saldos<<strong>br</strong> />

bancários não<<strong>br</strong> />

aplicados.<<strong>br</strong> />

• Análise de<<strong>br</strong> />

razoabilidade de taxas<<strong>br</strong> />

obtidas em relação aos<<strong>br</strong> />

montantes aplicados;<<strong>br</strong> />

• Análise de flutuações.<<strong>br</strong> />

• Análise da adequação<<strong>br</strong> />

contábil da provisão<<strong>br</strong> />

para devedores<<strong>br</strong> />

duvidosos com base no<<strong>br</strong> />

aging list,<<strong>br</strong> />

• Circularização e<<strong>br</strong> />

respectivo follow-up de<<strong>br</strong> />

saldos de contas a<<strong>br</strong> />

receber em aberto e<<strong>br</strong> />

saques de exportações<<strong>br</strong> />

para 30 de outu<strong>br</strong>o;<<strong>br</strong> />

• Análise do tie-up;<<strong>br</strong> />

• Teste de recebimentos<<strong>br</strong> />

subseqüentes, se<<strong>br</strong> />

necessário, para<<strong>br</strong> />

obtenção de satisfação<<strong>br</strong> />

de <strong>auditoria</strong>;<<strong>br</strong> />

• exame da<<strong>br</strong> />

documentação<<strong>br</strong> />

correspondente a<<strong>br</strong> />

saques de exportação<<strong>br</strong> />

existentes;<<strong>br</strong> />

• teste de vendas;<<strong>br</strong> />

• trabalho de revisão<<strong>br</strong> />

analítica dos saldos e<<strong>br</strong> />

das transações<<strong>br</strong> />

(vendas, devoluções,<<strong>br</strong> />

despesas de vendas,<<strong>br</strong> />

descontos, custos dos<<strong>br</strong> />

produtos vendidos,<<strong>br</strong> />

margem <strong>br</strong>uta etc);<<strong>br</strong> />

• análise de flutuações.<<strong>br</strong> />

• teste de custo;<<strong>br</strong> />

• revisão analítica dos<<strong>br</strong> />

custos de produções<<strong>br</strong> />

mensais, bem como<<strong>br</strong> />

variação das<<strong>br</strong> />

quantidades produzidas<<strong>br</strong> />

/ vendidas<<strong>br</strong> />

mensalmente;<<strong>br</strong> />

• acompanhamento e<<strong>br</strong> />

75


Despesas do<<strong>br</strong> />

exercício<<strong>br</strong> />

seguinte<<strong>br</strong> />

$ 1,19<<strong>br</strong> />

Demais contas a<<strong>br</strong> />

receber<<strong>br</strong> />

$ 63,29 = 3%<<strong>br</strong> />

Realizável a<<strong>br</strong> />

longo prazo<<strong>br</strong> />

$ 117,39 = 6%<<strong>br</strong> />

Investimentos<<strong>br</strong> />

$ 82,97 = 4%<<strong>br</strong> />

Imobilizado<<strong>br</strong> />

$ 599,38 = 29%<<strong>br</strong> />

faturado; no entanto, o<<strong>br</strong> />

montante envolvido não deve<<strong>br</strong> />

ser relevante;<<strong>br</strong> />

• o giro médio dos estoques é de<<strong>br</strong> />

60 dias;<<strong>br</strong> />

• a empresa trabalha com<<strong>br</strong> />

programação de compras;<<strong>br</strong> />

• o custo mensal dos estoques é<<strong>br</strong> />

composto pela matéria-prima<<strong>br</strong> />

consumida, valorizada ao custo<<strong>br</strong> />

médio global dos materiais,<<strong>br</strong> />

mais mão-de-o<strong>br</strong>a da fá<strong>br</strong>ica e<<strong>br</strong> />

gastos gerais de fa<strong>br</strong>icação.<<strong>br</strong> />

• basicamente, refere-se a<<strong>br</strong> />

despesas do exercício seguinte<<strong>br</strong> />

com prêmios de seguros e<<strong>br</strong> />

despesas financeiras;<<strong>br</strong> />

• a contabilidade prepara<<strong>br</strong> />

conciliação<<strong>br</strong> />

mensalmente.<<strong>br</strong> />

das contas<<strong>br</strong> />

• as conciliações são preparadas<<strong>br</strong> />

mensalmente<<strong>br</strong> />

contabilidade;<<strong>br</strong> />

pela<<strong>br</strong> />

• o maior saldo está<<strong>br</strong> />

representando pelo grupo<<strong>br</strong> />

Contas Correntes devedoras,<<strong>br</strong> />

das quais as<<strong>br</strong> />

coligadas/controladas<<strong>br</strong> />

parte.<<strong>br</strong> />

fazem<<strong>br</strong> />

• depósitos judiciais – referentes<<strong>br</strong> />

a ações trabalhistas e<<strong>br</strong> />

contribuição social,<<strong>br</strong> />

empréstimos compulsórios e<<strong>br</strong> />

contas a receber de clientes a<<strong>br</strong> />

cargo do departamento jurídico.<<strong>br</strong> />

• participação em controladas e<<strong>br</strong> />

em outras empresas; imóveis a<<strong>br</strong> />

venda.<<strong>br</strong> />

• Todo controle passou a ser feito<<strong>br</strong> />

por processamento eletrônico<<strong>br</strong> />

de dados.<<strong>br</strong> />

Baixo Baixo<<strong>br</strong> />

Médio Baixo<<strong>br</strong> />

Baixo Baixo<<strong>br</strong> />

Baixo Baixo<<strong>br</strong> />

Baixo Baixo<<strong>br</strong> />

follow-up de inventários<<strong>br</strong> />

físicos (31.12.2009)<<strong>br</strong> />

• circularização dos<<strong>br</strong> />

estoques com terceiros<<strong>br</strong> />

ou de terceiros em<<strong>br</strong> />

poder da empresa;<<strong>br</strong> />

• análise da rentabilidade<<strong>br</strong> />

de alguns produtos em<<strong>br</strong> />

conexão como teste de<<strong>br</strong> />

custo x mercado;<<strong>br</strong> />

• testes de comprovação<<strong>br</strong> />

para importações em<<strong>br</strong> />

andamento, se<<strong>br</strong> />

significativos;<<strong>br</strong> />

• análise de flutuação<<strong>br</strong> />

dos preços das<<strong>br</strong> />

principais matérias<<strong>br</strong> />

primas;<<strong>br</strong> />

• análise da flutuação<<strong>br</strong> />

dos saldos.<<strong>br</strong> />

• análise das<<strong>br</strong> />

conciliações<<strong>br</strong> />

preparadas pela<<strong>br</strong> />

contabilidade;<<strong>br</strong> />

• análise das flutuações.<<strong>br</strong> />

• análise das<<strong>br</strong> />

conciliações<<strong>br</strong> />

preparadas pela<<strong>br</strong> />

contabilidade;<<strong>br</strong> />

• análise das flutuações.<<strong>br</strong> />

• cálculo global da<<strong>br</strong> />

correção monetária;<<strong>br</strong> />

• teste de custo x<<strong>br</strong> />

mercado para os<<strong>br</strong> />

depósitos<<strong>br</strong> />

ELETROBRAS;<<strong>br</strong> />

• análise da realização<<strong>br</strong> />

dos depósitos judiciais;<<strong>br</strong> />

• teste de adições<<strong>br</strong> />

significativas;<<strong>br</strong> />

• análise de flutuações.<<strong>br</strong> />

• Cálculo global de<<strong>br</strong> />

correção monetária;<<strong>br</strong> />

• Análise da necessidade<<strong>br</strong> />

de aplicação do método<<strong>br</strong> />

de equivalência<<strong>br</strong> />

patrimonial;<<strong>br</strong> />

• Teste de custo x<<strong>br</strong> />

mercado;<<strong>br</strong> />

• Teste de adições, se<<strong>br</strong> />

significativas;<<strong>br</strong> />

• Análise de flutuações.<<strong>br</strong> />

• Cálculo global de<<strong>br</strong> />

correção monetária;<<strong>br</strong> />

• Cálculo global de<<strong>br</strong> />

depreciação;<<strong>br</strong> />

• Teste de adições;<<strong>br</strong> />

• Teste de baixas;<<strong>br</strong> />

76


Fornecedores<<strong>br</strong> />

$ 233,25 = 11%<<strong>br</strong> />

Financiamentos<<strong>br</strong> />

$ 12,68 = 1%<<strong>br</strong> />

Provisão para o<<strong>br</strong> />

Imposto de<<strong>br</strong> />

Renda<<strong>br</strong> />

$ 61,3 = 2,98%<<strong>br</strong> />

Impostos a pagar<<strong>br</strong> />

$ 68,29 = 3%<<strong>br</strong> />

Salários e<<strong>br</strong> />

contribuições<<strong>br</strong> />

sociais<<strong>br</strong> />

$ 182,73 = 8%<<strong>br</strong> />

Demais contas a<<strong>br</strong> />

pagar<<strong>br</strong> />

$ 83.25 = 4%<<strong>br</strong> />

• Principais fornecedores,<<strong>br</strong> />

Usiminas, COSIPA, CSN,<<strong>br</strong> />

representavam 86% do saldos<<strong>br</strong> />

de fornecedores em 30 de<<strong>br</strong> />

março;<<strong>br</strong> />

• são compras programadas de<<strong>br</strong> />

acordo com as de vendas e<<strong>br</strong> />

cotas de fornecimento das<<strong>br</strong> />

usinas.<<strong>br</strong> />

• um financiamento de ativo<<strong>br</strong> />

permanente atualizado com<<strong>br</strong> />

base na variação cambial.<<strong>br</strong> />

• constantes mudanças na<<strong>br</strong> />

legislação;<<strong>br</strong> />

• a provisão é revisada pelo<<strong>br</strong> />

departamento jurídico.<<strong>br</strong> />

• conciliações preparadas pela<<strong>br</strong> />

contabilidade.<<strong>br</strong> />

• existência, de<<strong>br</strong> />

aproximadamente, 607<<strong>br</strong> />

funcionários entre horistas e<<strong>br</strong> />

mensalistas;<<strong>br</strong> />

• provisão para férias constituída<<strong>br</strong> />

mensalmente por estimativa e<<strong>br</strong> />

ajustada por ocasião do<<strong>br</strong> />

encerramento do exercício.<<strong>br</strong> />

• conciliações são preparadas<<strong>br</strong> />

pela contabilidade;<<strong>br</strong> />

• o maior saldo está representado<<strong>br</strong> />

pelo grupo Contas correntes<<strong>br</strong> />

credores, das quais as<<strong>br</strong> />

coligadas/controladas fazem<<strong>br</strong> />

parte.<<strong>br</strong> />

Baixo Baixo<<strong>br</strong> />

Baixo Baixo<<strong>br</strong> />

Médio Baixo<<strong>br</strong> />

Baixo Baixo<<strong>br</strong> />

Baixo Baixo<<strong>br</strong> />

Baixo Baixo<<strong>br</strong> />

• Análise de flutuações.<<strong>br</strong> />

• circularização e<<strong>br</strong> />

respectivo follow-up do<<strong>br</strong> />

saldo de fornecedores<<strong>br</strong> />

em 30 de outu<strong>br</strong>o;<<strong>br</strong> />

• teste de compras;<<strong>br</strong> />

• teste de importações,<<strong>br</strong> />

se significativas;<<strong>br</strong> />

• análise de flutuações;<<strong>br</strong> />

teste de liquidação<<strong>br</strong> />

subseqüente, se<<strong>br</strong> />

necessário, para<<strong>br</strong> />

obtenção de satisfação<<strong>br</strong> />

de <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

• circularização e<<strong>br</strong> />

respectivo follow-up;<<strong>br</strong> />

• teste das<<strong>br</strong> />

movimentações<<strong>br</strong> />

ocorridas no exercício;<<strong>br</strong> />

• teste de divisão entre<<strong>br</strong> />

curto de longo prazos;<<strong>br</strong> />

• discriminação das<<strong>br</strong> />

garantias fornecidas<<strong>br</strong> />

• cruzamento dos papéis<<strong>br</strong> />

de trabalho do<<strong>br</strong> />

departamento de<<strong>br</strong> />

impostos com os<<strong>br</strong> />

nossos;<<strong>br</strong> />

• aplicação de<<strong>br</strong> />

questionário so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

Imposto de Renda a ser<<strong>br</strong> />

fornecido pelo<<strong>br</strong> />

departamento de<<strong>br</strong> />

impostos.<<strong>br</strong> />

• revisão das<<strong>br</strong> />

conciliações;<<strong>br</strong> />

• testes de liquidação<<strong>br</strong> />

subseqüente pra saldos<<strong>br</strong> />

significativos;<<strong>br</strong> />

• análise de flutuação.<<strong>br</strong> />

• teste de provisão de<<strong>br</strong> />

férias;<<strong>br</strong> />

• testes de liquidação<<strong>br</strong> />

subseqüente de<<strong>br</strong> />

encargos sociais;<<strong>br</strong> />

• analise de flutuação.<<strong>br</strong> />

• circularização e<<strong>br</strong> />

respectivo follow-up de<<strong>br</strong> />

saldos de adiantamento<<strong>br</strong> />

de clientes;<<strong>br</strong> />

• análise das<<strong>br</strong> />

conciliações<<strong>br</strong> />

preparadas pela<<strong>br</strong> />

contabilidade;<<strong>br</strong> />

• testes de liquidação<<strong>br</strong> />

subseqüente de saldos<<strong>br</strong> />

significativos;<<strong>br</strong> />

77


Patrimônio<<strong>br</strong> />

líquido<<strong>br</strong> />

$ 1.337,11 = 63%<<strong>br</strong> />

Demonstração do<<strong>br</strong> />

resultado antes<<strong>br</strong> />

do IR<<strong>br</strong> />

$ 72,86 = 4%<<strong>br</strong> />

• remessa de dividendos Baixo Baixo<<strong>br</strong> />

• neste saldo serão refletidos<<strong>br</strong> />

muitos dos efeitos levantados<<strong>br</strong> />

nas áreas.<<strong>br</strong> />

8. EXPECTATIVAS DO CLIENTE<<strong>br</strong> />

Médio Baixo<<strong>br</strong> />

• análise da adequação<<strong>br</strong> />

das provisões<<strong>br</strong> />

• cálculo global da<<strong>br</strong> />

correção monetária;<<strong>br</strong> />

• movimentação do<<strong>br</strong> />

patrimônio líquido.<<strong>br</strong> />

• voucher de receitas e<<strong>br</strong> />

despesas;<<strong>br</strong> />

• voucher de despesas<<strong>br</strong> />

de diretores;<<strong>br</strong> />

• Análise de flutuações.<<strong>br</strong> />

Com base em nossa experiência do exercício anterior, entendemos que as<<strong>br</strong> />

expectativas do cliente com relação a nossos trabalhos sejam:<<strong>br</strong> />

• Identificação de aspectos que possam das origem a economias fiscais para a<<strong>br</strong> />

empresa;<<strong>br</strong> />

• Relatório contendo recomendações de controle interno.<<strong>br</strong> />

9. POLÍTICAS CONTÁBEIS RELEVANTES<<strong>br</strong> />

Destacamos, a seguir, assuntos que requererão especial atenção durante a execução de<<strong>br</strong> />

nossos trabalhos:<<strong>br</strong> />

a) Devemos ficar atentos para o volume de produtos acabados e estocados por ocasião<<strong>br</strong> />

do encerramento do balanço. A empresa não possui, em seus registros, conta de<<strong>br</strong> />

produtos acabados, pois o processo produtivo é muito rápido e o faturamento ocorre<<strong>br</strong> />

imediatamente após esse processo. Por essa razão, teoricamente não existem<<strong>br</strong> />

estoques de produtos em elaboração e acabados que não estejam faturados; no<<strong>br</strong> />

entanto, os seguintes aspectos devem merecer nossa atenção no final do período:<<strong>br</strong> />

• Comprovar que a produção do último dia foi efetivamente faturada;<<strong>br</strong> />

• Verificar que as mercadorias faturadas e não entregues até o fechamento<<strong>br</strong> />

foram embarcadas dentro do prazo permitido pelo fisco e estão suportadas por<<strong>br</strong> />

pedidos. Avaliar, também, o tratamento contábil dado a essas operações.<<strong>br</strong> />

b) Os estoques de matérias-primas são valorizados com base no custo médio de<<strong>br</strong> />

aquisição; de forma global, seu custo é, aproximadamente, 50% inferior ao de<<strong>br</strong> />

mercado. Devemos analisar a situação e verificar o volume de estoques antigos.<<strong>br</strong> />

c) A empresa possui estoques de terceiros em seu poder, destinados a beneficiamento, e<<strong>br</strong> />

de sua propriedade em poder de terceiros. Esses estoques são controlados extra<<strong>br</strong> />

contabilmente.<<strong>br</strong> />

Em março, existia a seguinte posição:<<strong>br</strong> />

Descrição Toneladas<<strong>br</strong> />

Estoques de terceiros -<<strong>br</strong> />

Estoques em poder de terceiros 312<<strong>br</strong> />

d) A provisão para créditos com devedores duvidosos é constituída por ocasião do<<strong>br</strong> />

encerramento do balanço com base na expectativa de perdas com clientes nacionais.<<strong>br</strong> />

e) A empresa não constitui provisão para perda com os depósitos e ações Eletro<strong>br</strong>ás.<<strong>br</strong> />

78


10. LIMITE DE MATERIALIDADE<<strong>br</strong> />

Será determinado com base nos limites a seguir, qual seja maior, por ocasião dos<<strong>br</strong> />

trabalhos de pré-balanço e final.<<strong>br</strong> />

• Até 2% do lucro do exercício antes do Imposto de Renda;<<strong>br</strong> />

• 1,0% do total do patrimônio líquido.<<strong>br</strong> />

Esses valores são referências para a ênfase dos trabalhos. Entretanto, deverá ser<<strong>br</strong> />

observada a relevância dos valores envolvidos.<<strong>br</strong> />

11. ADMINISTRAÇÃO DO TRABALHO<<strong>br</strong> />

11.1 Época das visitas e distribuição de horas por visita:<<strong>br</strong> />

Descrição Pessoal envolvido Período da visita Horas<<strong>br</strong> />

Planejamento detalhado Gerente e Sênior<<strong>br</strong> />

Teste so<strong>br</strong>e operações, controles internos e<<strong>br</strong> />

visita à fá<strong>br</strong>ica (São Paulo)<<strong>br</strong> />

Sênior e 2 assistentes<<strong>br</strong> />

10 a 12.05.2009 –<<strong>br</strong> />

3 dias<<strong>br</strong> />

05 a 09.10.2009 –<<strong>br</strong> />

5 dias<<strong>br</strong> />

Total de horas planejadas para visita ínterim 144<<strong>br</strong> />

Pré-balanço, data-base 31 de setem<strong>br</strong>o de<<strong>br</strong> />

2009<<strong>br</strong> />

Sênior e 2 assistentes<<strong>br</strong> />

12 a 16.11.09 – 5<<strong>br</strong> />

Revisão de impostos Sênior (fiscal) (1) 12 a 13.12.09 16<<strong>br</strong> />

Inventário físico (São Paulo) (2) Sênior e 2 assistentes<<strong>br</strong> />

Visita final Sênior e 2 assistentes<<strong>br</strong> />

dias<<strong>br</strong> />

02 a 03.01.10 – 2<<strong>br</strong> />

dias<<strong>br</strong> />

04 a 08.02.10 – 5<<strong>br</strong> />

Revisão da provisão para Imposto de Renda Sênior (fiscal) (1) 08.03.10 8<<strong>br</strong> />

Horas de campo 456<<strong>br</strong> />

Supervisão do gerente Gerente 56<<strong>br</strong> />

Supervisão do sócio Sócio 32<<strong>br</strong> />

Horas da equipe 544<<strong>br</strong> />

Administração do escritório 52<<strong>br</strong> />

Total 596<<strong>br</strong> />

1) Essas data foram comunicadas ao departamento jurídico para que efetuasse a<<strong>br</strong> />

programação dos respectivos trabalhos.<<strong>br</strong> />

2) Reunião para planejamento do inventário (a confirmar).<<strong>br</strong> />

11.2 Detalhe e análise das horas planejadas<<strong>br</strong> />

Planejamento Horas<<strong>br</strong> />

Planejamento de trabalho 24<<strong>br</strong> />

Ínterim – Avaliação dos Controles Internos<<strong>br</strong> />

Teste de operações e controles internos<<strong>br</strong> />

Vendas/contas a receber 24<<strong>br</strong> />

Compras/contas a pagar 16<<strong>br</strong> />

Adições e baixas de bens do imobilizado 12<<strong>br</strong> />

Teste so<strong>br</strong>e a formação dos custos 16<<strong>br</strong> />

Contagem de caixa, em base de surpresa 4<<strong>br</strong> />

Revisão sumária dos controles so<strong>br</strong>e co<strong>br</strong>ança de títulos em carteira 2<<strong>br</strong> />

dias<<strong>br</strong> />

24<<strong>br</strong> />

120<<strong>br</strong> />

120<<strong>br</strong> />

48<<strong>br</strong> />

120<<strong>br</strong> />

79


Preparação da carta de controles internos 10<<strong>br</strong> />

Treinamento em campo 12<<strong>br</strong> />

Circularizações 8<<strong>br</strong> />

Outros 16<<strong>br</strong> />

120<<strong>br</strong> />

Pré-balanço Horas<<strong>br</strong> />

Análise dos saldos:<<strong>br</strong> />

Bens numerários – revisão analítica 1<<strong>br</strong> />

Bancos – revisão das conciliações bancárias 5<<strong>br</strong> />

Teste so<strong>br</strong>e as aplicações financeiras 4<<strong>br</strong> />

Contas a receber de clientes<<strong>br</strong> />

Prazo médio de vendas x rotação de contas a receber 2<<strong>br</strong> />

Teste so<strong>br</strong>e aging list 2<<strong>br</strong> />

Teste so<strong>br</strong>e tie-up 5<<strong>br</strong> />

Adequação da provisão para devedores duvidosos 2<<strong>br</strong> />

Verificar e explicar as variações de preço x volume em relação ao ano anterior 2<<strong>br</strong> />

Testar o saldo e o princípio contábil adotado no caso dos Saques Exportação descontados 4<<strong>br</strong> />

Estoques<<strong>br</strong> />

Testar consistência de valorização e4m relação ao ano anterior 4<<strong>br</strong> />

Calcular rotação ou verificar cálculo da contabilidade, atentando para sua adequação 1<<strong>br</strong> />

Observar se existem estoques obsoletos em volume relevante 1<<strong>br</strong> />

Demais contas do circulante e do realizável a longo prazo<<strong>br</strong> />

Proceder a uma revisão analítica 12<<strong>br</strong> />

Permanente<<strong>br</strong> />

Investimentos<<strong>br</strong> />

Teste de operações 3<<strong>br</strong> />

Analisar as contas 4<<strong>br</strong> />

Pré-balanço<<strong>br</strong> />

Ativo imobilizado<<strong>br</strong> />

Horas<<strong>br</strong> />

Confrontar, para alguns bens, físico x fichas individuais e vice-versa 4<<strong>br</strong> />

Movimentação 4<<strong>br</strong> />

Testar depreciação<<strong>br</strong> />

Diferido<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

Revisão analítica<<strong>br</strong> />

Fornecedores<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

Cálculo de rotação<<strong>br</strong> />

Financiamentos<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Análise dos encargos, garantias, prazo e finalidade 5<<strong>br</strong> />

Segregação de curto e longo prazo<<strong>br</strong> />

Outras contas<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Revisão analítica 8<<strong>br</strong> />

Provisão para férias<<strong>br</strong> />

Patrimônio líquido<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

Movimentação 2<<strong>br</strong> />

Resultados (teste de outras contas que não vendas, custo vendas, receitas e despesas<<strong>br</strong> />

12<<strong>br</strong> />

financeiras)<<strong>br</strong> />

Flutuações em relação a 31 de dezem<strong>br</strong>o de 2009 8<<strong>br</strong> />

Carta de controle interno 8<<strong>br</strong> />

Total pré-balanço<<strong>br</strong> />

Departamento de Impostos<<strong>br</strong> />

120<<strong>br</strong> />

Revisão de IPI e ICMS com relatório 16<<strong>br</strong> />

Inventário físico de estoques<<strong>br</strong> />

Visita Final<<strong>br</strong> />

48<<strong>br</strong> />

Horas<<strong>br</strong> />

Exame de flutuações em relação ao pré-balanço, inclusive com relação à rotação de contas a<<strong>br</strong> />

16<<strong>br</strong> />

receber, fornecedores e outras relevantes<<strong>br</strong> />

Eventuais verificações relacionadas com flutuações mais significativas, contas novas etc. 20<<strong>br</strong> />

Follow-up dos inventários físicos e do cut-off de vendas e de compras 16<<strong>br</strong> />

Follow-up da circularização 24<<strong>br</strong> />

Complementação dos mapas de movimentação das contas do:<<strong>br</strong> />

• Permanente 8<<strong>br</strong> />

80


• Patrimônio líquido 4<<strong>br</strong> />

• Empréstimos 8<<strong>br</strong> />

Revisão da provisão para férias 8<<strong>br</strong> />

Relatório 16<<strong>br</strong> />

Total 120<<strong>br</strong> />

Departamento de impostos<<strong>br</strong> />

- Provisão para Imposto de Renda 8<<strong>br</strong> />

11.3 Circularização<<strong>br</strong> />

Contas / Áreas<<strong>br</strong> />

Database<<strong>br</strong> />

Bancos 31.12<<strong>br</strong> />

Clientes 30.10<<strong>br</strong> />

Fornecedores 30.10<<strong>br</strong> />

Adiantamentos a fornecedores 31.12<<strong>br</strong> />

Adiantamentos de clientes 31.12<<strong>br</strong> />

Estoques em poder de terceiros 31.12<<strong>br</strong> />

Estoques de terceiros em poder da empresa 31.12<<strong>br</strong> />

Comissões a pagar 31.12<<strong>br</strong> />

Seguros 31.12<<strong>br</strong> />

Advogados<<strong>br</strong> />

11.4 Pessoal envolvido<<strong>br</strong> />

(a) Administração da empresa auditada<<strong>br</strong> />

31.12<<strong>br</strong> />

Jose Carlos Garcia Diretor administrativo – financeiro<<strong>br</strong> />

Pedro Parente Superintendente administrativo<<strong>br</strong> />

Antônio Xavier Superintendente de exportação<<strong>br</strong> />

Luiz Souza Superintendente comercial<<strong>br</strong> />

Eduardo Santos Gerente de divisão contábil<<strong>br</strong> />

Maria Amélia<<strong>br</strong> />

(b) Auditoria<<strong>br</strong> />

Supervisora contábil<<strong>br</strong> />

Sócio JHP<<strong>br</strong> />

Gerente LEH<<strong>br</strong> />

Sênior HS<<strong>br</strong> />

Assistente A JPF<<strong>br</strong> />

Assistente B PUV<<strong>br</strong> />

Departamento de impostos<<strong>br</strong> />

Gerente JTB<<strong>br</strong> />

12. NATUREZA, CONTEÚDO E OPORTUNIDADE DO PARECER E RELATÓRIOS A<<strong>br</strong> />

SEREM EMITIDOS<<strong>br</strong> />

Serão emitidos os seguintes relatórios:<<strong>br</strong> />

Descrição Data prevista para entrega ao cliente<<strong>br</strong> />

Relatório de controles internos 30.10.2009<<strong>br</strong> />

Relatório de inventário físico 15.01.2010<<strong>br</strong> />

Parecer so<strong>br</strong>e as demonstrações contábeis de 31<<strong>br</strong> />

de dezem<strong>br</strong>o de 2009<<strong>br</strong> />

13. Aprovação do memorando de planejamento<<strong>br</strong> />

20.02.2010<<strong>br</strong> />

Esse plano foi preparado no mês de a<strong>br</strong>il de 2009 e está baseado em informações e<<strong>br</strong> />

dados apurados em nossas reuniões e levantamento prévio.<<strong>br</strong> />

Esse plano de <strong>auditoria</strong> será modificado quando for necessário, de acordo com os resultados<<strong>br</strong> />

de nossos trabalhos e outros fatos que o afetem, nesse caso, emitiremos os respectivos<<strong>br</strong> />

“memorandos so<strong>br</strong>e as mudanças no escopo posteriores ao planejamento”.<<strong>br</strong> />

São Paulo, 05 de maio de 2009.<<strong>br</strong> />

Jose Carlos dos Santos<<strong>br</strong> />

Diretor -Auditoria – KPLM<<strong>br</strong> />

81


CASO Nº 03/2011 - CASOS PRÁTICOS DE AUDITORIA<<strong>br</strong> />

1.1 RECONCILIAÇÃO BANCÁRIA<<strong>br</strong> />

a) Com base nas informações, razão contábil e extrato bancário disponíveis, você foi<<strong>br</strong> />

contratado para assessorar o contador da empresa auditada para:<<strong>br</strong> />

i) Elaborar a reconciliação bancária para 31 de dezem<strong>br</strong>o de 2009 antes dos<<strong>br</strong> />

lançamentos de ajustes contábeis.<<strong>br</strong> />

ii) Preparar o(s) lançamento(s) contábil (eis) para ajustar o razão analítico e diminuir<<strong>br</strong> />

as possibilidades de questionamentos do auditor.<<strong>br</strong> />

iii) Elaborar a reconciliação bancária ara 31 de dezem<strong>br</strong>o de 2009 após os<<strong>br</strong> />

lançamentos de ajustes contábeis.<<strong>br</strong> />

b) Em decorrência dos testes e revisões de <strong>auditoria</strong> efetuada so<strong>br</strong>e as demonstrações<<strong>br</strong> />

contábeis do exercício encerrado em 31 de dezem<strong>br</strong>o de 2009, o auditor constatou, em 20 de<<strong>br</strong> />

fevereiro de 2010, os seguintes fatos, relacionados com a movimentação da conta bancária<<strong>br</strong> />

da SERRAS S/A:<<strong>br</strong> />

i) Desde setem<strong>br</strong>o de 2009, o contadora, Sr. Eliane Rondon, não prepara as<<strong>br</strong> />

reconciliações bancárias, por falta de tempo.<<strong>br</strong> />

ii) Consta no extrato bancário em 1º de outu<strong>br</strong>o de 2009, um débito bancário de $<<strong>br</strong> />

20.000, não contabilizado até 20 de fevereiro de 2010. O gerente financeiro<<strong>br</strong> />

informou ao auditor que se refere aos encargos bancários pelo desconto de<<strong>br</strong> />

duplicatas, liquidadas no próprio mês de outu<strong>br</strong>o. Informou também que acha que<<strong>br</strong> />

o valor não está correto, mas nenhum funcionário confere as taxas e encargos<<strong>br</strong> />

debitados pelo banco, por falta de tempo e de conhecimento em matemática<<strong>br</strong> />

financeira.<<strong>br</strong> />

iii) Os cheques n os 13412 e 13413, incluídos no extrato no mês de dezem<strong>br</strong>o, foram<<strong>br</strong> />

corretamente contabilizados, sendo examinados e localizados pelo auditor no<<strong>br</strong> />

razão contábil analítico no mês de novem<strong>br</strong>o.<<strong>br</strong> />

iv) O cheque nº 13419 foi emitido para adiantamento de salário a um funcionário.<<strong>br</strong> />

Entretanto, até 20 de fevereiro de 2010 não foi contabilizado e descontado do<<strong>br</strong> />

salário de funcionário, por falha de comunicação entre os setores envolvidos. O<<strong>br</strong> />

responsável pela preparação da folha de pagamento desconhecia a existência<<strong>br</strong> />

desse adiantamento, aprovado pelo Diretor Comercial.<<strong>br</strong> />

v) Os cheques n os 13421, 13422 e 13423 foram emitidos e corretamente<<strong>br</strong> />

contabilizados em 31 de dezem<strong>br</strong>o de 2009, mas foram apresentados no extrato<<strong>br</strong> />

somente em 2 de janeiro de 2010.<<strong>br</strong> />

vi) O cheque nº 13424, no valor de $ 8.500, refere-se ao pagamento de uma compra<<strong>br</strong> />

de mercadorias para revenda, adquiridas a prazo, em 28.11.2009. Foram<<strong>br</strong> />

revendidas durante o mês de dezem<strong>br</strong>o, sendo contabilizados corretamente as<<strong>br</strong> />

receitas e os tributos so<strong>br</strong>e as vendas. A compra não foi contabilizada, visto que a<<strong>br</strong> />

responsável pela escrituração fiscal esqueceu de incluir a nota fiscal na relação<<strong>br</strong> />

enviada para a contabilidade. O ICMS recuperável nessa compra foi de $ 1.530,<<strong>br</strong> />

estando corretos os saldos apurados nos livros fiscais, que são conferidos com os<<strong>br</strong> />

saldos contábeis.<<strong>br</strong> />

vii) O auditor constatou um depósito de $ 18.000 que consta no extrato bancário em<<strong>br</strong> />

18 de novem<strong>br</strong>o de 2009, não contabilizado. Em decorrência dessa constatação,<<strong>br</strong> />

em 22 de fevereiro 2010, o gerente financeiro manteve contato com o gerente do<<strong>br</strong> />

banco e concluiu que o crédito efetuado pelo banco refere-se à liquidação de um<<strong>br</strong> />

duplicata emitida contra o cliente Paga Em Dia Ltda., também não contabilizada<<strong>br</strong> />

por falha de comunicação entre os setores. O gerente financeiro informou o auditor<<strong>br</strong> />

que a duplicata estava em poder do advogado para co<strong>br</strong>ança, indevidamente, visto<<strong>br</strong> />

que o cliente pagou o vencimento.<<strong>br</strong> />

viii) Em 31.12, foram descontadas duplicatas, no total de $ 30.000. O banco efetuou<<strong>br</strong> />

dois avisos de crédito em conta corrente, no total de $ 29.000, sendo que a<<strong>br</strong> />

diferença refere-se aos encargos bancários co<strong>br</strong>ados pelo desconto dos títulos,<<strong>br</strong> />

que venceram durante o mês de fevereiro. Tais encargos financeiros não foram<<strong>br</strong> />

contabilizados até 20 de fevereiro de 2010.<<strong>br</strong> />

82


EXTRATO BANCÁRIO – BANCO ABC S/A<<strong>br</strong> />

EMPRESA SERRAS - Período de 01 de 31 Dezem<strong>br</strong>o de 2010<<strong>br</strong> />

DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO<<strong>br</strong> />

30.11.2009 Saldo transportado 121.500<<strong>br</strong> />

01.12 Cheque nº 13415 4.300 117.200<<strong>br</strong> />

Cheque nº 13412 7.000 110.200<<strong>br</strong> />

Cheque nº 13413 6.500 103.700<<strong>br</strong> />

Cheque nº13416 5.000 98.700<<strong>br</strong> />

02.12 Depósito 7.000 105.700<<strong>br</strong> />

Cheque nº 13417 3.000 102.700<<strong>br</strong> />

Cheque nº 13418 2.000 100.700<<strong>br</strong> />

10.12 Depósito 5.000 105.700<<strong>br</strong> />

Depósito 3.000 108.700<<strong>br</strong> />

20.12 Cheque nº 13419 1.500 107.200<<strong>br</strong> />

Cheque nº 13420 3.500 103.700<<strong>br</strong> />

28.12 Depósito 14.300 118.000<<strong>br</strong> />

Cheque nº 13424 8.500 109.500<<strong>br</strong> />

Depósito 17.000 126.500<<strong>br</strong> />

31.12 Aviso de crédito 9.000 135.500<<strong>br</strong> />

Cheque nº 13425 2.000 133.500<<strong>br</strong> />

Cheque nº 13428 7.500 126.000<<strong>br</strong> />

Aviso de crédito 20.000 146.000<<strong>br</strong> />

31.12 Saldo conforme extrato 146.000<<strong>br</strong> />

RAZÃO CONTÁBIL ANALÍTICO Conta 01234 - Disponibilidades – BANCO ABC S.A.<<strong>br</strong> />

DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO<<strong>br</strong> />

30.11.2009 Saldo transportado 110.000<<strong>br</strong> />

01.12 Cheque nº 13415 4.300 105.700<<strong>br</strong> />

Cheque nº 13416 5.000 100.700<<strong>br</strong> />

02.12 Depósito 7.000 107.700<<strong>br</strong> />

Cheque nº 13417 3.000 104.700<<strong>br</strong> />

Cheque nº 13418 2.000 102.700<<strong>br</strong> />

10.12 Depósito 8.000 110.700<<strong>br</strong> />

20.12 Cheque nº 13420 3.500 107.200<<strong>br</strong> />

28.12 Depósito 14.300 121.500<<strong>br</strong> />

Cheque nº 13421 5.500 116.000<<strong>br</strong> />

Depósito 17.000 133.000<<strong>br</strong> />

31.12 Cheque nº 13425 2.000 131.000<<strong>br</strong> />

Aviso de crédito 30.000 161.000<<strong>br</strong> />

Cheque nº 13422 1.500 159.500<<strong>br</strong> />

Cheque nº 13423 2.500 157.000<<strong>br</strong> />

Cheque nº 13428 7.500 149.500<<strong>br</strong> />

31.12 Saldo Contábil 149.500<<strong>br</strong> />

1.2 RECONCILIAÇÃO BANCÁRIA – SOLUÇÃO<<strong>br</strong> />

1. Reconciliação bancária de 31 de dezem<strong>br</strong>o de 2009, antes dos lançamentos de<<strong>br</strong> />

ajustes contábeis<<strong>br</strong> />

EMPRESA SERRAS S/A<<strong>br</strong> />

Reconciliação bancária do mês de dezem<strong>br</strong>o de 2009<<strong>br</strong> />

Conta 01234 – Disponibilidades bancárias<<strong>br</strong> />

Conta Corrente Banco ABC S/A.<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

A – Saldo conforme razão contábil 149.500,00<<strong>br</strong> />

83


G- 31.12.2009 – Saldo conforme extrato 146.000,00<<strong>br</strong> />

Feita por: Srª Eliana Rondon – Contador<<strong>br</strong> />

Aprovada por: Dr. José Mendes – Diretor Administrativo Financeiro<<strong>br</strong> />

2. Lançamentos de ajustes contábeis<<strong>br</strong> />

a) Registro contábil dos encargos financeiros debitados pelo banco R$<<strong>br</strong> />

Débito<<strong>br</strong> />

Crédito<<strong>br</strong> />

b) Registro contábil do adiantamento para o funcionário<<strong>br</strong> />

Débito<<strong>br</strong> />

Crédito<<strong>br</strong> />

c) Registro contábil da compra de mercadorias para revenda<<strong>br</strong> />

Débito<<strong>br</strong> />

Crédito<<strong>br</strong> />

d) Registro contábil do custos das mercadorias revendidas<<strong>br</strong> />

Débito<<strong>br</strong> />

Crédito<<strong>br</strong> />

84


e) Registro contábil do recebimento da duplicata 18.11.2009<<strong>br</strong> />

Débito<<strong>br</strong> />

Crédito<<strong>br</strong> />

f) Registro contábil dos encargos financeiros pelo banco em 31.12<<strong>br</strong> />

Débito<<strong>br</strong> />

Crédito<<strong>br</strong> />

3. Reconciliação bancária de 31 de dezem<strong>br</strong>o de 2009, após os lançamentos de<<strong>br</strong> />

ajustes contábeis<<strong>br</strong> />

EMPRESA SERRAS S/A<<strong>br</strong> />

Reconciliação bancária do mês de dezem<strong>br</strong>o de 2009<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

Conta 01234 – Disponibilidades bancárias<<strong>br</strong> />

Conta Corrente BANCO ABC S/A<<strong>br</strong> />

A – Saldo conforme razão contábil 136.500,00<<strong>br</strong> />

B – menos – avisos de débitos não contabilizados<<strong>br</strong> />

C – menos – cheques não contabilizados<<strong>br</strong> />

D – mais – depósitos bancários não contabilizados<<strong>br</strong> />

E – mais – cheques contabilizados e não compensados (+)<<strong>br</strong> />

F – mais – aviso de créditos não contabilizados<<strong>br</strong> />

G-31.12.2009 – Saldo conforme extrato 146.000,00<<strong>br</strong> />

Feita por: Srª Eliana Rondon – Contadora<<strong>br</strong> />

Aprovada por: Dr. José Mendes – Diretor Administrativo Financeiro<<strong>br</strong> />

85


1.3 RECONCILIAÇÃO BANCÁRIA – II<<strong>br</strong> />

SERRAS S/A. – continuação<<strong>br</strong> />

Resumo das falhas nos sistemas contábeis e de controles internos.<<strong>br</strong> />

Com base nas informações do caso prático anterior, efetue um resumo das falhas nos<<strong>br</strong> />

sistemas contábeis e de controles interno constatado pelo auditor.<<strong>br</strong> />

1.3 RECONCILIAÇÃO BANCÁRIA II – SOLUÇÃO PROPOSTA - RESOLVIDO<<strong>br</strong> />

A) Atraso na reconciliação da conta corrente bancária<<strong>br</strong> />

B) falhas no fluxo de informações entre os diversos setores da SERRAS<<strong>br</strong> />

C) falhas nos controles do setor de contas a receber<<strong>br</strong> />

86


D) falta de reconciliação dos saldos dos livros fiscais com os saldos contábeis<<strong>br</strong> />

___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

CASO Nº 04/2011 - CASOS PRÁTICOS DE AUDITORIA - RESOLVER<<strong>br</strong> />

1.3 DUPLICATAS A RECEBER – CIRCULARIZAÇÃO<<strong>br</strong> />

Companhia ABC<<strong>br</strong> />

I – Com base nas informações disponíveis, efetue um resumo das falhas nos sistemas<<strong>br</strong> />

contábeis e de controles internos, destacando os seguintes aspectos:<<strong>br</strong> />

a. As possibilidades de fraudes e desvios de bens e valores da empresa auditada.<<strong>br</strong> />

b. A falta de segregação de determinadas funções e trabalhistas.<<strong>br</strong> />

c. A existência de contingências fiscais e trabalhistas.<<strong>br</strong> />

d. As deficiências do sistema de contabilidade e escrituração fiscal.<<strong>br</strong> />

e. Demais falhas no sistema de controles internos.<<strong>br</strong> />

II – Opine so<strong>br</strong>e os procedimentos para constituição da provisão para créditos de<<strong>br</strong> />

liquidação duvidosa. O saldo contábil da provisão em 31.12.2009 é suficiente para fazer<<strong>br</strong> />

face às possíveis inadimplências?<<strong>br</strong> />

III – Em virtude das falhas e problemas constatados, é possível a emissão de um<<strong>br</strong> />

parecer de <strong>auditoria</strong> sem ressalva, considerando que o saldo de duplicatas a receber é<<strong>br</strong> />

um dos mais relevantes do ativo? Considere também os possíveis efeitos nos<<strong>br</strong> />

estoques, nas vendas, custo das mercadorias vendidas, resultado do exercício,<<strong>br</strong> />

existência de contingências fiscais e trabalhistas.<<strong>br</strong> />

Informações disponíveis<<strong>br</strong> />

Em decorrência da <strong>auditoria</strong>, efetuada pela primeira vez, das demonstrações contábeis de<<strong>br</strong> />

31.12.2009, da Companhia ABC, o auditor obteve as seguintes informações so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />

duplicatas a receber e venda a prazo:<<strong>br</strong> />

a) Saldo contábil em 31.12.2009 das duplicatas a receber, conforme razão sintético: R$<<strong>br</strong> />

3.800.000,00<<strong>br</strong> />

b) Saldo na mesma data conforme listagens e demais controle do setor de crédito e<<strong>br</strong> />

co<strong>br</strong>ança, responsável pelo faturamento e contas a receber: R$ 3.520.000,00.<<strong>br</strong> />

87


c) O auditor não obteve explicações para a diferença, visto que não são feitas<<strong>br</strong> />

reconciliações dos saldos contábeis com os controles físicos das contas a receber.<<strong>br</strong> />

d) De acordo com o contador, Sr. Francisco da Gama, não é possível efetuar as<<strong>br</strong> />

reconciliações, visto que não há contas analíticas na contabilidade.<<strong>br</strong> />

e) A provisão contábil para créditos de liquidação duvidosa foi efetuada de maneira<<strong>br</strong> />

consistente em relação aos exercícios anteriores, na base de 1% do saldo contábil das<<strong>br</strong> />

duplicatas a receber.<<strong>br</strong> />

f) O contador não sabe se esta provisão é suficiente, visto que não recebe dos<<strong>br</strong> />

advogados relações periódicas dos saldos dos clientes inadimplentes.<<strong>br</strong> />

g) Durante os três últimos anos, foram contabilizadas baixas como devedores<<strong>br</strong> />

inco<strong>br</strong>áveis de diversas duplicatas, no total de R$ 2.700.000,00 e pelo menos 90% são<<strong>br</strong> />

duplicatas de valor inferior a R$ 10.000,00. O total de R$ 2.700.000,00 representa 2%<<strong>br</strong> />

das vendas a prazo nesses três anos.<<strong>br</strong> />

h) Tais perdas foram contabilizadas como operacionais e consideradas como d<strong>edu</strong>tíveis<<strong>br</strong> />

para fins de apuração do lucro tributável. O contador não sabe se foram esgotados<<strong>br</strong> />

todos os recursos legais e judiciais para a co<strong>br</strong>ança de tais duplicatas.<<strong>br</strong> />

i) Devido a tratar-se de informações confidenciais do setor comercial, a contabilidade<<strong>br</strong> />

não recebe a relação detalhada dos clientes devedores. Os lançamentos contábeis<<strong>br</strong> />

das baixas são efetuados com base em memorandos internos assinados pelo gerente<<strong>br</strong> />

de crédito e pelo Diretor Comercial.<<strong>br</strong> />

j) As baixas das duplicatas inco<strong>br</strong>áveis são aprovadas e autorizadas pelo gerente de<<strong>br</strong> />

crédito e co<strong>br</strong>ança. Para as duplicatas de valor superior a R$ 10.000,00 há<<strong>br</strong> />

necessidade também da aprovação do Diretor Comercial.<<strong>br</strong> />

k) Por falta de tempo dos seus funcionários, o setor de crédito e co<strong>br</strong>ança não dispõe de<<strong>br</strong> />

um demonstrativo de contas a receber agrupado por vencimento das duplicatas.<<strong>br</strong> />

l) Os controles do setor de crédito e co<strong>br</strong>ança são todos informatizados. O acesso ao<<strong>br</strong> />

sistema pode ser efetuado pelo gerente desse setor mais três funcionários antigos e<<strong>br</strong> />

de confiança da Companhia ABC Ltda., sendo dois do próprio setor, além da<<strong>br</strong> />

secretária do Diretor Comercial.<<strong>br</strong> />

m) Tais pessoas têm autorização para modificar as informações cadastrais, bem como os<<strong>br</strong> />

dados de entradas e saídas pelas baixas. Usam a mesma senha, para facilitar a<<strong>br</strong> />

memorização de todos, principalmente da secretária, Dona Matusalém, a funcionária<<strong>br</strong> />

mais antiga da companhia.<<strong>br</strong> />

n) O gerente do setor de crédito e co<strong>br</strong>ança é o responsável pela aprovação dos limites<<strong>br</strong> />

de créditos nas vendas a prazo. Para facilitar o fluxo de informações e o trâmite dos<<strong>br</strong> />

processos, seu setor está subordinado diretamente ao Diretor Comercial, Dr Albino<<strong>br</strong> />

Dias. As vendas a prazo representaram, em média, nos últimos cinco anos, 70% do<<strong>br</strong> />

total de vendas.<<strong>br</strong> />

o) As vendas a vista são realizadas e recebidas pelo almoxarife da filial, que não dispõe<<strong>br</strong> />

de uma relação de emitentes de cheques com insuficiência de fundos. No final do dia,<<strong>br</strong> />

os valores recebidos – cheques ou dinheiro – são entregues para a tesouraria.<<strong>br</strong> />

p) Nunca foi efetuada uma circularização de clientes, para a conferência dos saldos.<<strong>br</strong> />

Diretoria da Companhia ABC Ltda. acha desnecessário tal procedimento, visto que os<<strong>br</strong> />

clientes são de confiança.<<strong>br</strong> />

q) São pagas comissões so<strong>br</strong>e as vendas de 2% para os vendedores e de 5% para o<<strong>br</strong> />

gerente de vendas da filial e para o Diretor Comercial. As vendas são realizadas em<<strong>br</strong> />

todo território nacional por 23 antigos vendedores, que não são funcionários da<<strong>br</strong> />

empresa, sendo que a maioria não possui o registro de autônomo, para diminuir a<<strong>br</strong> />

burocracia, de acordo com informações da Diretora de Recursos Humanos, Dra.<<strong>br</strong> />

Marisa Melo.<<strong>br</strong> />

r) Todos os produtos vendidos são despachados pela filial localizada na cidade de São<<strong>br</strong> />

Paulo, no mesmo prédio da matriz. A fá<strong>br</strong>ica localiza-se em uma aprazível cidade do<<strong>br</strong> />

interior, distante cerca de 300 quilômetros da capital.<<strong>br</strong> />

s) As comissões so<strong>br</strong>e as vendas de um mês são pagas no quinto dia útil do mês<<strong>br</strong> />

seguinte. A contabilidade não provisiona tais gastos, para evitar problemas com a<<strong>br</strong> />

tributação do imposto de renda so<strong>br</strong>e o lucro do exercício.<<strong>br</strong> />

88


Em decorrência da constatação das falhas nos controles internos, o auditor selecionou, para<<strong>br</strong> />

circularização, os dez clientes com saldos superiores a R$ 50.000,00 com base nos controles<<strong>br</strong> />

analíticos do setor de crédito e co<strong>br</strong>ança, como segue:<<strong>br</strong> />

Companhia ABC<<strong>br</strong> />

Saldo<<strong>br</strong> />

Clientes selecionados pela <strong>auditoria</strong> para circularização de saldos 31.12.2009<<strong>br</strong> />

Artefatos Metálicos ArtMetal Ltda. 500.000<<strong>br</strong> />

Benedito Francisco & Irmãos S.A. 145.200<<strong>br</strong> />

Companhia Paga Bem Em Dia Ltda. 225.000<<strong>br</strong> />

Esquadrias Industriais Belo Horizonte S.A. 250.000<<strong>br</strong> />

Fá<strong>br</strong>ica de Aparelhos Especiais Ltda. 300.050<<strong>br</strong> />

Fá<strong>br</strong>ica de Artefatos Industriais Grande São PauloLtda. 97.000<<strong>br</strong> />

Irmãos Esperança S.A. 458.000<<strong>br</strong> />

Justino Justus Ca<strong>br</strong>al & Associados Ltda. 172.800<<strong>br</strong> />

Maior do Sertão Indústrias reunidas S.A. 50.080<<strong>br</strong> />

Pedro Pedreira Indústria e Comércio S.A. 370.000<<strong>br</strong> />

Clientes não circularizados – são 234 clientes, com saldos inferiores a $<<strong>br</strong> />

951.870<<strong>br</strong> />

50.000<<strong>br</strong> />

Saldo conforme controles do setor de crédito e co<strong>br</strong>ança 3.520.000<<strong>br</strong> />

Como conseqüências da circularização de saldos efetuadas pela <strong>auditoria</strong> em 20 de janeiro<<strong>br</strong> />

de 2010 foram obtidas seguintes repostas:<<strong>br</strong> />

A) Oito clientes responderam às circularizações da <strong>auditoria</strong>.<<strong>br</strong> />

a. Três confirmaram os saldos de 31.12.2009, como segue:<<strong>br</strong> />

1) Benedito Francisco & Irmãos - $ 145.200.<<strong>br</strong> />

2) Justino Justus Ca<strong>br</strong>al & Associados - $ 172.800<<strong>br</strong> />

3) Maior do Sertão Indústrias Reunidas - $ 50.080<<strong>br</strong> />

b. Cinco contestaram o saldo, conforme detalhes a seguir:<<strong>br</strong> />

Circularização de saldo: Cliente: Artefatos Metálicos Art Metal Ltda.<<strong>br</strong> />

Composição do saldo em 31.12.X0 Informações do cliente circularizado<<strong>br</strong> />

Duplicata Vencimento Valor $<<strong>br</strong> />

1.305 05.12.09 170.000<<strong>br</strong> />

A duplicata foi paga em 26.12.10, com juros de $<<strong>br</strong> />

8.000. Cheque entregue para a Sra. Perla Mendes, do<<strong>br</strong> />

setor financeiro.<<strong>br</strong> />

1.450 27.12.09 220.000<<strong>br</strong> />

A duplicata não foi paga até 26.01.10.<<strong>br</strong> />

Em 20.12.09 houve uma devolução de parte das<<strong>br</strong> />

mercadorias, no total de $ 30.000, em virtude de<<strong>br</strong> />

defeitos de fa<strong>br</strong>icação.<<strong>br</strong> />

1.746 20.01.10 110.000 A duplicata não foi paga até 26.01.10<<strong>br</strong> />

Total do Saldo 500.000<<strong>br</strong> />

Circularização de saldo: Cliente: Companhia Paga Bem Em Dia Ltda.<<strong>br</strong> />

Composição do saldo em 31.12.09 Informações do cliente circularizado<<strong>br</strong> />

Duplicata Vencimento Valor $<<strong>br</strong> />

740 15.09.09 70.000<<strong>br</strong> />

A duplicata foi paga em 12.10.2010, em dinheiro,<<strong>br</strong> />

diretamente para o Sr. Paulo Ribeiro, Gerente de<<strong>br</strong> />

Vendas da Filial, conforme recibo 2745.<<strong>br</strong> />

1.250 20.11.09 20.000<<strong>br</strong> />

A duplicata foi paga em 19.11.2010, em cheque,<<strong>br</strong> />

diretamente para a tesoureira, Sra. Maria da Penha,<<strong>br</strong> />

conforme recibo 3.837.<<strong>br</strong> />

1298 25.11.09 5.000 A compra foi efetuada a vista.<<strong>br</strong> />

1.545 10.01.10 40.000 Não foi paga até 25.01.2010<<strong>br</strong> />

1.660 15.01.10 30.000 Não foi paga até 25.01.2010.<<strong>br</strong> />

1.812 23.01.10 60.000<<strong>br</strong> />

Total do saldo 225.000<<strong>br</strong> />

Não efetuamos ao pedido, sendo que não recebemos<<strong>br</strong> />

as mercadorias até 25.01.2010<<strong>br</strong> />

89


Circularização de saldo: Fá<strong>br</strong>ica de Aparelhos Especiais Ltda.<<strong>br</strong> />

Composição de saldo em 31.12.2009 Informações do cliente circularizado<<strong>br</strong> />

Duplicata Vencimento Valor $<<strong>br</strong> />

125 25.05.09 78.000 A duplicata foi paga em 12.01.2010<<strong>br</strong> />

950 12.10.09 125.000 A duplicata será paga em fevereiro<<strong>br</strong> />

1.530 05.01.10 97.050<<strong>br</strong> />

Total do saldo 300.050<<strong>br</strong> />

As mercadorias foram devolvidas em 03.01.2010, em<<strong>br</strong> />

razão da falta de dinheiro para pagamento. Fomos<<strong>br</strong> />

orientados para devolver toda mercadoria, sob<<strong>br</strong> />

alegação de defeitos de fa<strong>br</strong>icação, para evitar<<strong>br</strong> />

problemas fiscais com ICMS e IPI.<<strong>br</strong> />

Circularização de Saldo: Cliente: Irmão Esperança S.A<<strong>br</strong> />

Composição do saldo em 31.12.09 Informações do cliente circularizado<<strong>br</strong> />

Duplicata Vencimento Valor $<<strong>br</strong> />

1.257 25.11.09 40.000<<strong>br</strong> />

A duplicata foi paga em 12.12.2009 diretamente para o<<strong>br</strong> />

Sr. Paulo Ribeiro, Gerente de vendas da Filial,<<strong>br</strong> />

conforme recibo 2802, nosso cheque 2424 – Banco do<<strong>br</strong> />

Brasil.<<strong>br</strong> />

1.550 12.01.10 120.000 A duplicata foi paga no vencimento.<<strong>br</strong> />

1.698 20.01.10 105.000 A duplicata foi paga no vencimento.<<strong>br</strong> />

1.745 20.01.10 193.000<<strong>br</strong> />

Total de saldo 458.000<<strong>br</strong> />

Não foi paga até 25.01.2010. Efetuamos devolução de<<strong>br</strong> />

parte das mercadorias, em 28.12.2009, devido a<<strong>br</strong> />

defeitos de fa<strong>br</strong>icação. Valor da devolução $ 23.000,<<strong>br</strong> />

diretamente para a filial.<<strong>br</strong> />

Circularização de saldo: Cliente: Pedro Pedreira Indústria e Comércio S.A.<<strong>br</strong> />

Composição do saldo em 31.12.09 Informações do cliente circularizado<<strong>br</strong> />

Duplicata Vencimento Valor $<<strong>br</strong> />

1.275 23.11.2009 37.000<<strong>br</strong> />

A duplicata foi paga em 02.12.2009, com cheque prédatado<<strong>br</strong> />

entregue para Maria da Penha, da tesouraria.<<strong>br</strong> />

1.535 06.01.2010 140.000 A duplicata foi paga no vencimento<<strong>br</strong> />

1.678 23.01.2010 105.000<<strong>br</strong> />

Não efetuamos o pedido. Fomos orientados para<<strong>br</strong> />

devolver toda a mercadoria, sob a alegação de efeitos<<strong>br</strong> />

de fa<strong>br</strong>icação, para evitar problemas fiscais com ICMS<<strong>br</strong> />

e IPI.<<strong>br</strong> />

1.845 27.01.2010 88.000 A duplicata será paga no vencimento.<<strong>br</strong> />

Total do saldo 370.000<<strong>br</strong> />

B) Clientes que não responderam à circularização da <strong>auditoria</strong><<strong>br</strong> />

Como dois clientes não responderam, o auditor aprofundou seus testes e<<strong>br</strong> />

pesquisas, obtendo as seguintes informações:<<strong>br</strong> />

i) Esquadrias Industriais Belo Horizonte S.A. - $ 250.000<<strong>br</strong> />

As duplicatas estão vencidas desde 31.01.09, sendo que o cliente faliu e não possui bens que<<strong>br</strong> />

garantam a recuperação do crédito da Companhia ABC Ltda. A empresa pertence ao genro<<strong>br</strong> />

do Diretor Comercial, que também era sócio da Comércio e Indústria Compra Sempre,<<strong>br</strong> />

também falida, sendo que a falência foi solicitada pela Companhia ABC Ltda<<strong>br</strong> />

ii) Fá<strong>br</strong>ica de Artefatos Industriais Grande São Paulo Ltda. - $ 97.000<<strong>br</strong> />

As duplicatas estão vencidas desde 02.03.09. Na realidade, a empresa nunca exerceu suas<<strong>br</strong> />

atividades, sendo aberta em 15.01.09 apenas para dar um golpe no mercado, pelo<<strong>br</strong> />

estelionatário Nicolau, velho conhecido da polícia como Lalau. O crédito foi aprovado pelo<<strong>br</strong> />

Diretor Comercial, com base em recomendação do Gerente de Vendas da Filial, Sr. Paulo<<strong>br</strong> />

90


Ribeiro. Não houve investigação das informações cadastrais, em virtude de o cliente ter<<strong>br</strong> />

pressa na aquisição de mercadorias.<<strong>br</strong> />

C) Outras informações<<strong>br</strong> />

a. O Gerente de Vendas da Filial, Sr. Paulo Ribeiro, informou ao auditor que o<<strong>br</strong> />

valor das duplicatas por ele recebidas, em dinheiro ou em cheques, são<<strong>br</strong> />

normalmente entregues ao Gerente Financeiro, que não mantém controles<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e tais fatos.<<strong>br</strong> />

b. Ninguém sabe quem autorizou as saídas de mercadorias não solicitadas por<<strong>br</strong> />

alguns clientes nas respostas às circularizações. O responsável pelo<<strong>br</strong> />

almoxarifado afirmou ao auditor que não há necessidade de autorização por<<strong>br</strong> />

escrito para saídas de mercadorias relacionadas com vendas a prazo, desde<<strong>br</strong> />

que o cliente esteja cadastrado, que o limite de crédito esteja previamente<<strong>br</strong> />

aprovado e que a nota fiscal tenha sido emitida.<<strong>br</strong> />

c. A tesoureira, Sr. Maria Penha, informou que é comum o cliente liquidar uma<<strong>br</strong> />

duplicata com cheques pré-datados, para até 60 dias apões a data de<<strong>br</strong> />

vencimento da duplicata. Tais cheques permanecem em seu poder até a data<<strong>br</strong> />

dos depósitos, efetuados por ela mesma. Nunca tais cheques foram conferidos<<strong>br</strong> />

por funcionário de outros setores. A maioria desses cheques é recebida ‘’ao<<strong>br</strong> />

portador’’, permanecendo assim até a data do depósito.<<strong>br</strong> />

d. Em 23.01.10 havia em seu poder o total de $ 367.000 relativos a cheques<<strong>br</strong> />

emitidos pelos clientes, para futuros depósitos, conforme inspeção física do<<strong>br</strong> />

auditor. Alguns desses cheques foram entregues pelo Gerente Financeiro.,<<strong>br</strong> />

outros foram recebidos diretamente pelos clientes. As baixas das duplicatas<<strong>br</strong> />

são informadas para a contabilidade somente após a compensação dos<<strong>br</strong> />

cheques. A tesoureira não tinha a relação dos cheques que estavam em seu<<strong>br</strong> />

poder em 31.12.09<<strong>br</strong> />

e. Além dos cheques “bons para depósitos futuros”, havia ainda em poder da Sra.<<strong>br</strong> />

Maria da Penha o total de $ 147.000 de cheques depositados duas vezes e<<strong>br</strong> />

devolvidos por insuficiência de fundos, alguns decorrentes de vendas a vista.<<strong>br</strong> />

Desse total havia cheques no total de $ 94.650 devolvidos pelo banco há mais<<strong>br</strong> />

de 120 dias, sendo que a tesoureira não teve tempo de relacioná-las para o<<strong>br</strong> />

envio ao advogado que cuida as co<strong>br</strong>anças judiciais.<<strong>br</strong> />

f. As baixas dos cheques inco<strong>br</strong>áveis, decorrentes das vendas a vista, são<<strong>br</strong> />

aprovadas pela tesoureira, depois de transcorrido um ano da data da<<strong>br</strong> />

devolução pela segunda vez. Nos últimos três anos, o auditor constatou que foi<<strong>br</strong> />

contabilizado o total de $ 156.000 de cheques baixados nessas circunstâncias.<<strong>br</strong> />

Os cheques baixados permanecem em poder da tesoureira, que envia para a<<strong>br</strong> />

contabilidade de apenas uma relação para a contabilização, com a assinatura<<strong>br</strong> />

do gerente financeiro.<<strong>br</strong> />

g. De acordo como gerente da filial, Sr. Paulo Ribeiro, boa parte dos produtos<<strong>br</strong> />

devolvidos por defeito de fa<strong>br</strong>icação é destruída e não são efetuados os<<strong>br</strong> />

devidos registros contábeis e fiscais da devolução, para evitar problemas<<strong>br</strong> />

tributários. Os demais produtos devolvidos são revendidos de imediato para<<strong>br</strong> />

outros clientes, com descontos de até 30%, de acordo com a sua autorização.<<strong>br</strong> />

Não são emitidos os devidos documentos fiscais para documentar a<<strong>br</strong> />

devolução e as novas vendas, para diminuir o pagamento de tributos nessas<<strong>br</strong> />

operações. Os recebimentos dessas vendas são entregues para o Gerente<<strong>br</strong> />

Financeiro.<<strong>br</strong> />

h. Os produtos devolvidos, seja qual for o motivo, são entregues para o<<strong>br</strong> />

almoxarifado da filial. O almoxarife é um antigo funcionário, contratado pelo Sr.<<strong>br</strong> />

Paulo Ribeiro, sendo seu fiel subordinado há mais de cinco anos. Ambos são<<strong>br</strong> />

responsáveis pela certificação dos defeitos nos produtos devolvidos e pela<<strong>br</strong> />

autorização para destruição dos materiais considerados imprestáveis.<<strong>br</strong> />

91


1.4 DUPLICATAS A RECEBER – CIRCULARIZAÇÃO<<strong>br</strong> />

Companhia ABC Ltda.<<strong>br</strong> />

I – resumo das falhas nos sistemas contábeis e de controles internos, destacando,<<strong>br</strong> />

entre outros aspectos:<<strong>br</strong> />

a) <strong>Pos</strong>sibilidade de fraudes e desvios de bens e valores da empresa auditada;<<strong>br</strong> />

(SOLUÇÃO ELABORADO PELO PROFESSOR)<<strong>br</strong> />

a1) Procedimentos inadequados para a aprovação das baixas de duplicatas e cheques<<strong>br</strong> />

considerados inco<strong>br</strong>áveis.<<strong>br</strong> />

• No caso das duplicatas, é o próprio gerente de crédito e co<strong>br</strong>ança que aprova e<<strong>br</strong> />

autoriza as baixas, sendo que esse executivo também tem acesso aos controles<<strong>br</strong> />

informatizados, tendo liberdade para modificar os dados;<<strong>br</strong> />

• Quanto aos cheques devolvidos por insuficiência de fundos, ficam em poder da<<strong>br</strong> />

tesoureira, que tem poder para autorizar as baixas como inco<strong>br</strong>áveis;<<strong>br</strong> />

a2) acesso aos controles informatizados do setor de crédito e co<strong>br</strong>ança;<<strong>br</strong> />

• Auditor contatou que quatro funcionários podem acessar o sistema e modificar os<<strong>br</strong> />

dados e informações cadastradas. Como agravante, usam a mesma senha, o que<<strong>br</strong> />

impossibilita a correta contribuição de responsabilidade em casos de fraudes nas<<strong>br</strong> />

contas a receber;<<strong>br</strong> />

a3) as vendas a vista são realizadas e recebidas pelo almoxarife da filial, o que facilita<<strong>br</strong> />

possíveis desvios de recursos recebidos de clientes. Facilitam também as saídas de<<strong>br</strong> />

mercadorias se4m os correspondentes ingressos financeiros, visto que as devoluções não<<strong>br</strong> />

são documentadas;<<strong>br</strong> />

a4) o almoxarife recebe cheques de clientes, mas não dispõe de uma relação – ou cadastro –<<strong>br</strong> />

de emitentes de cheques sem insuficiência de saldos;<<strong>br</strong> />

a5) parte das vendas a prazo foi paga em dinheiro ou cheques, diretamente para o gerente da<<strong>br</strong> />

filial. Não há comprovação de que tais valores foram entregues ao gerente financeiro para o<<strong>br</strong> />

depósito na conta da Companhia ABC Ltda.<<strong>br</strong> />

a6) não há controles so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

s cheques em poder da tesoureira, emitidos pelos clientes para liquidação de suas compras a<<strong>br</strong> />

prazo a vista;<<strong>br</strong> />

• Dessa maneira, é fácil o desvio de alguns desses documentos ou a substituição por<<strong>br</strong> />

cheques de emitentes que não são clientes, visto que boa parte deles são recebidos<<strong>br</strong> />

“ao portador”.<<strong>br</strong> />

a7) procedimentos inadequados para o recebimento de mercadorias em devoluções, bem<<strong>br</strong> />

como para posteriores revendas desses materiais;<<strong>br</strong> />

• As devoluções e posteriores revendas não são devidamente documentadas, para fins<<strong>br</strong> />

contábeis e fiscais;<<strong>br</strong> />

• Não há controle so<strong>br</strong>e as mercadorias destruídas e so<strong>br</strong>e as que foram revendidas;<<strong>br</strong> />

• Alguns clientes foram orientados indevidamente para justificar as devoluções como<<strong>br</strong> />

sendo decorrentes de produtos com defeitos;<<strong>br</strong> />

• A certificação dos defeitos nos produtos devolvidos é de responsabilidade do<<strong>br</strong> />

almoxarife e do gerente da filial;<<strong>br</strong> />

a8) foram aprovados créditos para clientes sem uma criteriosa análise do cadastro;<<strong>br</strong> />

92


• Foram aprovadas vendas a prazo para um cliente de propriedade do genro do Diretor<<strong>br</strong> />

Comercial, que era sócio de outra empresa falida, que não pagou a totalidade das<<strong>br</strong> />

duas compras a prazo junto a Companhia ABC Ltda. Tal fato caracteriza um conflito<<strong>br</strong> />

de interesses entre o Diretor da empresa auditada e um dos clientes;<<strong>br</strong> />

• Houve vendas a prazo para empresa recém – constituída, sem que fosse efetuada<<strong>br</strong> />

uma criteriosa pesquisa de cadastro. Também não houve a solicitação de garantias<<strong>br</strong> />

reais para a concessão do crédito;<<strong>br</strong> />

a9) houve saídas não autorizadas de mercadorias faturadas para alguns clientes que<<strong>br</strong> />

contestaram o débito, sob a alegação de que não efetuaram o pedido e não receberam a<<strong>br</strong> />

mercadoria;<<strong>br</strong> />

b) Falta de segregação de determinadas funções e atividades; CONTINUAR...<<strong>br</strong> />

c) Existência de contingência tributárias, fiscais e trabalhistas;<<strong>br</strong> />

93


d) Deficiências do sistema de contabilidade e procedimentos fiscais;<<strong>br</strong> />

e) Demais falhas no sistema de controles internos;<<strong>br</strong> />

94


II – Opinião so<strong>br</strong>e os procedimentos para constituição da provisão para créditos de<<strong>br</strong> />

liquidação duvidosa.<<strong>br</strong> />

III – Em virtude das falhas e problemas constatados, é possível a emissão de um<<strong>br</strong> />

parecer de <strong>auditoria</strong> sem ressalva, considerando que o saldo de duplicatas a receber é<<strong>br</strong> />

um dos mais relevantes do ativo? Considerar também os efeitos nas vendas, custo das<<strong>br</strong> />

mercadorias vendidas, resultado do exercício etc.<<strong>br</strong> />

95


EXERCÍCIO Nº 005/2011<<strong>br</strong> />

RECONCILIAÇÃO BANCÁRIA – PARA RESOLVER<<strong>br</strong> />

(CFC-I-2003) Uma empresa de <strong>auditoria</strong>, durante o desenvolvimento de seu trabalho numa<<strong>br</strong> />

determinada companhia de capital aberto, examinou os documentos comprobatórios das<<strong>br</strong> />

transações na conta corrente de um banco. Mereceram ressalvas as seguintes anotações:<<strong>br</strong> />

• Os cheques de números 22.919 e 22.920, incluídos no extrato no mês de dezem<strong>br</strong>o ,<<strong>br</strong> />

foram examinados e localizados no razão analítico no mês de novem<strong>br</strong>o.<<strong>br</strong> />

• O Cheque número 22.926 foi emitido para adiantamento de salário a um funcionário,<<strong>br</strong> />

sem o devido registro na conta analítica correspondente.<<strong>br</strong> />

• O depósito de R$ 31.000,00 em 28.12.2002 foi creditado pelo banco indevidamente na<<strong>br</strong> />

conta corrente da companhia, já que pertencia à outra companhia e encontra-se<<strong>br</strong> />

estornado no dia 02.01.2002.<<strong>br</strong> />

• Os cheques de números 22.928, 22.932 e 22.933 e o depósito de R$ 47.000,00<<strong>br</strong> />

efetuado em 30.12.2002 foram apresentados no extrato em 02.01.2003, uma vez que<<strong>br</strong> />

eles foram depositados após as 18 horas no caixa eletrônico.<<strong>br</strong> />

• O cheque número 22.929 foi cancelado conforme documentação apresentada.<<strong>br</strong> />

• O cheque número 22.924 foi contabilizado por R$ 4.000,00 sendo seu valor pago pelo<<strong>br</strong> />

banco corretamente por R$ 12.000,00.<<strong>br</strong> />

EXTRATO CONTA BANCARIA<<strong>br</strong> />

Data Histórico Débito Crédito Saldo<<strong>br</strong> />

30.11.2002 Saldo Transportado 171.000<<strong>br</strong> />

1º.12.2002 Cheque 22.922 11.000 160.000<<strong>br</strong> />

Cheque 22.919 6.000 154.000<<strong>br</strong> />

02.12.2002 Cheque 22.920 14.000 140.000<<strong>br</strong> />

Cheque 22.923 7.000 133.000<<strong>br</strong> />

02.12.2002 Depósito 22.000 155.000<<strong>br</strong> />

Cheque 22.924 12.000 143.000<<strong>br</strong> />

10.12.2002 Cheque 22.925 8.000 135.000<<strong>br</strong> />

20.12.2002 Depósito 26.000 161.000<<strong>br</strong> />

Depósito 31.000 192.000<<strong>br</strong> />

Cheque 22.926 2.500 189.500<<strong>br</strong> />

23.12.2002 Cheque 22.927 17.000 172.500<<strong>br</strong> />

28.12.2002 Depósito 70.000 242.500<<strong>br</strong> />

Cheque 22.930 18.500 224.000<<strong>br</strong> />

Depósito 31.000 25.000<<strong>br</strong> />

30.12.2002 Depósito 32.000 287.000<<strong>br</strong> />

96


Depósito 45.000 332.000<<strong>br</strong> />

Cheque 22.931 22.000 310.000<<strong>br</strong> />

Cheque 22.934 27.000 283.000<<strong>br</strong> />

31.12.2002 Saldo Final 283.000<<strong>br</strong> />

RAZÃO ANALITICO DESTA CONTA BANCÁRIA<<strong>br</strong> />

Data Histórico Débito Crédito Saldo<<strong>br</strong> />

30.11.2002 Saldo Transportado 151.000<<strong>br</strong> />

01.12.2002 Cheque 22.922 11.000 140.000<<strong>br</strong> />

Cheque 22.923 7.000 133.000<<strong>br</strong> />

02.12.2002 Depósito 22.000 155.000<<strong>br</strong> />

Cheque 22.924 4.000 151.000<<strong>br</strong> />

08.12.2002 Cheque 22.925 8.000 143.000<<strong>br</strong> />

20.12.2002 Depósito 26.000 169.000<<strong>br</strong> />

Depósito 31.000 200.000<<strong>br</strong> />

21.12.2002 Cheque 22.927 17.000 183.000<<strong>br</strong> />

28.12.2002 Depósito 70.000 253.000<<strong>br</strong> />

Cheque 22.928 12.000 241.000<<strong>br</strong> />

Cheque 22.930 18.500 222.500<<strong>br</strong> />

30.12.2002 Depósito 47.000 269.500<<strong>br</strong> />

Depósito 32.000 301.500<<strong>br</strong> />

Depósito 45.000 346.500<<strong>br</strong> />

Cheque 22.931 22.000 324.500<<strong>br</strong> />

Cheque 22.932 8.000 316.500<<strong>br</strong> />

Cheque 22.933 21.000 295.500<<strong>br</strong> />

Cheque 22.934 27.000 268.500<<strong>br</strong> />

31.12.2002 Saldo Final 268.500<<strong>br</strong> />

97


1.7 RECONCILIAÇÃO BANCÁRIA – CFC – SOLUÇÃO – PARA RESOLVER<<strong>br</strong> />

CONCILIAÇÃO BANCARIA<<strong>br</strong> />

Saldo Contábil 268.500<<strong>br</strong> />

Saldo do extrato<<strong>br</strong> />

bancário<<strong>br</strong> />

R$<<strong>br</strong> />

283.000<<strong>br</strong> />

98


ANEXOS<<strong>br</strong> />

99


QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO CONTROLE INTERNO<<strong>br</strong> />

Nota: 1- Comentar; 2- N/A-não aplicável.<<strong>br</strong> />

GERAL:<<strong>br</strong> />

1) Os relatórios internos preparados e as demonstrações contábeis são:S<<strong>br</strong> />

a) informativos?<<strong>br</strong> />

b) emitidos em tempo hábil?<<strong>br</strong> />

.....c) realmente utilizados e por quem de direito?<<strong>br</strong> />

2) As rotinas em vigor são eficientes?<<strong>br</strong> />

3) Na conjuntura atual se faz necessário a aplicação de um sistema mecanizado ou<<strong>br</strong> />

através de computador?<<strong>br</strong> />

4) Existem programas que simplifiquem os trabalhos?<<strong>br</strong> />

5) É praxe da empresa a solicitação de sugestões dos empregados?<<strong>br</strong> />

6) O sistema de arquivo de papéis e documentos é adequado?<<strong>br</strong> />

7) O plano de contas em vigor é adequado?<<strong>br</strong> />

Está atualizado com a legislação?<<strong>br</strong> />

8) A empresa efetuou algum estudo visando obter economia através da centralização dos<<strong>br</strong> />

registros de suas filiais?<<strong>br</strong> />

9) Os seguros são efetuados pelo mais baixo custo?<<strong>br</strong> />

(No caso de prédios, os terrenos são eliminados)<<strong>br</strong> />

10- É praxe a empresa efetuar seguro de fidelidade?<<strong>br</strong> />

(O seguro de fidelidade é feito para aqueles funcionários que manuseiam valores)<<strong>br</strong> />

11- As coberturas de seguro são suficientes:<<strong>br</strong> />

a) adequadas<<strong>br</strong> />

b) super avaliadas ou<<strong>br</strong> />

.......c) sub-avaliadas.<<strong>br</strong> />

12- Existe uma política de crédito definida e está em vigor?<<strong>br</strong> />

13- A empresa elaborou um organograma mostrando áreas de responsabilidade e<<strong>br</strong> />

subordinação?<<strong>br</strong> />

14) Foi elaborado um Manual de Procedimentos?<<strong>br</strong> />

(Rotinas de compras, de faturamento, política de capitalização de compras)<<strong>br</strong> />

GERAL:<<strong>br</strong> />

15- È norma o uso de lançamentos padronizados?<<strong>br</strong> />

(O sistema de lançamentos padronizados consiste no seguinte: a empresa prepara<<strong>br</strong> />

lançamentos padronizados de recebimentos, pagamentos, depreciação, compras,<<strong>br</strong> />

honorários da diretoria, folhas de pagamento-provisão e distribuição das contas com<<strong>br</strong> />

históricos padronizados. Há inclusive impressos para esses lançamentos. Basta no fim do<<strong>br</strong> />

mês colocar apenas a data e os valores)<<strong>br</strong> />

16- Qual a porcentagem do mercado que a empresa domina?<<strong>br</strong> />

(Objetivo: qual a estratégica que a empresa adota em relação aos seus concorrentes:<<strong>br</strong> />

preços, qualidade etc.)<<strong>br</strong> />

17) A empresa mantém empréstimo com o exterior?<<strong>br</strong> />

O contrato se acha registrado no Banco Central?<<strong>br</strong> />

.......(O registro no Banco Central diz respeito à autorização das remessas. O mesmo<<strong>br</strong> />

ocorre para contratos de “royalties”, de assistência técnica etc)<<strong>br</strong> />

18) As o<strong>br</strong>igações são corrigidas no final do período, aos índices oficiais?<<strong>br</strong> />

19) A empresa está subordinada a uma legislação específica?<<strong>br</strong> />

Usufrui de incentivos fiscais? Comente.<<strong>br</strong> />

20) Existem contingências fiscais não refletidas nos livros?<<strong>br</strong> />

(Relacione-se e arquive os dados na pasta permanente}<<strong>br</strong> />

21) Existem restrições que possam paralisar as atividades operacionais?<<strong>br</strong> />

(Poluição ambiental etc.)<<strong>br</strong> />

100


22) Está sujeita a regime de controle de preços? (Comente)<<strong>br</strong> />

23).............................................................................................<<strong>br</strong> />

CAIXA E BANCOS<<strong>br</strong> />

1) É prática em uso na empresa a assinatura de cheques isoladamente?<<strong>br</strong> />

2) É comum a emissão de cheques ao portador ou são proibidos?<<strong>br</strong> />

3) É adotado algum sistema de Fundo Fixo?<<strong>br</strong> />

4) Foram fixados limites em dinheiro para pagamento através do Fundo Fixo?<<strong>br</strong> />

5) Com que freqüência são feitos os reembolsos de Fundo Fixo em nome de quem são<<strong>br</strong> />

emitidos os cheques?<<strong>br</strong> />

(Obs: os cheques deverão ser emitidos em nome do seu responsável)<<strong>br</strong> />

6) Os comprovantes que integram os relatórios de reembolso do Fundo Fixo são<<strong>br</strong> />

inspecionados e aprovados?<<strong>br</strong> />

7) O numerário existente nos bancos está r<strong>edu</strong>zido ao mínimo necessário visando<<strong>br</strong> />

proteger a desvalorização da moeda?<<strong>br</strong> />

8) São feitas conciliações bancárias mensais?<<strong>br</strong> />

9) As Pendências antigas são devidamente investigadas?<<strong>br</strong> />

(Exemplo: quais as providências que a empresa toma para cheques com mais de 60<<strong>br</strong> />

dias pendentes)<<strong>br</strong> />

10) Os comprovantes de pagamento são cancelados de forma a evitar a sua<<strong>br</strong> />

reapresentação de maneira fraudulenta?<<strong>br</strong> />

Isto ocorre em empresa que tem por hábito a emissão de cheques ao portador e<<strong>br</strong> />

Apenas uma pessoa assina os cheques individualmente. (Se o documento não é também<<strong>br</strong> />

inutilizado no ato, o funcionário pode após um determinado período preparar novo cheque<<strong>br</strong> />

para a mesma operação)<<strong>br</strong> />

11-É prática em uso a emissão de recibos pré-numerados tipograficamente?<<strong>br</strong> />

12-O numerário existente na caixa é contado de surpresa por parte de algum funcionário<<strong>br</strong> />

da empresa?<<strong>br</strong> />

13- Os documentos apensos aos processos de pagamento são feitos pelo sistema de<<strong>br</strong> />

“Vouchers. Cópia do cheque com indicação da contabilização, nota fiscal original, fatura,<<strong>br</strong> />

duplicata, relatório de recebimento dos materiais, pedido de compra e carimbo nos<<strong>br</strong> />

documentos de controle de entrada dos materiais, de qualidade, de aproveitamento dos<<strong>br</strong> />

impostos e contabilização)<<strong>br</strong> />

14-Os depósitos são feitos com cópias contendo a descrição analítica dos cheques<<strong>br</strong> />

depositados?<<strong>br</strong> />

(No caso de uma contagem de caixa, se existir um cheque do próprio caixa fazendo<<strong>br</strong> />

parte de contagem, a descrição analítica do depósito permitirá observar se aquele cheque<<strong>br</strong> />

foi depositado ou se foi substituído)<<strong>br</strong> />

15)...............................................................<<strong>br</strong> />

16)...............................................................<<strong>br</strong> />

COMPRAS: INVENTÁRIOS E ALMOXARIFADO<<strong>br</strong> />

1) As compras de materiais são feitas levando-se em conta o planejamento da produção<<strong>br</strong> />

ou são feitas de forma indiscriminada?<<strong>br</strong> />

2) Os produtos terminados são feitos em função da perspectiva de venda?<<strong>br</strong> />

3) Existem estoques absoletos em quantidades razoáveis?<<strong>br</strong> />

4) Que providências são tomadas para evitar a obsolescência dos estoques?<<strong>br</strong> />

5) As condições de armazenagem são adequadas?<<strong>br</strong> />

101


As mercadorias se encontram em boas condições?<<strong>br</strong> />

6) Há problemas de insalu<strong>br</strong>idade que afetam a durabilidade dos materiais?<<strong>br</strong> />

7) Os custos dos estoques são razoáveis e determinados em bases consistentes?<<strong>br</strong> />

8) É prática em uso a eliminação dos registros de estoques de valores insignificantes?<<strong>br</strong> />

9) Há indicação de excesso de estoques?<<strong>br</strong> />

.... (Comentar as razões)<<strong>br</strong> />

10) A sucata é separada por tipo: co<strong>br</strong>e, ferro, níquel etc, para obtenção de melhores<<strong>br</strong> />

preços?<<strong>br</strong> />

11) É prática na empresa o uso de concorrência para venda de material de sucata?<<strong>br</strong> />

12) A sucata existente é razoável em função da produção?<<strong>br</strong> />

......(O auditor deverá investigar a razoabilidade da sucata, pois alguém poderá fazer<<strong>br</strong> />

sucata propositadamente e obter vantagens)<<strong>br</strong> />

13) O sistema de custo está integrado nos livros?<<strong>br</strong> />

.......(Descreva se o sistema é por absorção, direto ou padrão)<<strong>br</strong> />

14) Os critérios de rateio de gastos são razoáveis?<<strong>br</strong> />

15) Se o custo adotado é o padrão, como a empresa contabiliza a variação de custo?<<strong>br</strong> />

Descreva<<strong>br</strong> />

Obs: a variação de custo deve ser incorporada ao estoque. O fisco não permite lançar em<<strong>br</strong> />

despesa se a unidade não foi vendida.<<strong>br</strong> />

16) Há proteção adequada do recinto da empresa: cercas, guardas, para impedir a saída<<strong>br</strong> />

de produtos indevidamente?<<strong>br</strong> />

COMPRAS: INVENTÁRIOS E ALMOXARIFADO<<strong>br</strong> />

17) As diferenças entre inventários físicos e contábeis são investigadas?<<strong>br</strong> />

18) Os controles existentes nos almoxarifados no tocante a entradas e saídas são<<strong>br</strong> />

satisfatórios?<<strong>br</strong> />

19) É prática em uso na empresa efetuar o controle de qualidade de materiais entrados<<strong>br</strong> />

ou produtos fa<strong>br</strong>icados?<<strong>br</strong> />

20) Antes das contagens físicas é feita uma amarração completa das últimas notas físicas<<strong>br</strong> />

de vendas e de compras?<<strong>br</strong> />

21) A empresa efetua inventários rotativos ou somente no final do período?<<strong>br</strong> />

22) Para todas as compras são feitas concorrências em pelo menos 3 fornecedores?<<strong>br</strong> />

......(O auditor deverá estar atento para pedidos feitos por telefone: poderá ser uma<<strong>br</strong> />

acomodação do comprador). Ele alega que em unção da urgência não teve tempo de<<strong>br</strong> />

efetuar a coleta de preços por escrito. Isso pode ser (possibilidade) que esteja recebendo<<strong>br</strong> />

“bola” do fornecedor)<<strong>br</strong> />

23)....................................................................................<<strong>br</strong> />

24)...................................................................................<<strong>br</strong> />

ATIVO FIXO<<strong>br</strong> />

1) Existe uma política de capitalização, manutenção e reparos definindo quando o bem<<strong>br</strong> />

deve ser ativado ou ser considerado um gasto?<<strong>br</strong> />

2) Para todos os bens adquiridos é feito um controle através de chapeamento?<<strong>br</strong> />

3) É prática em uso efetuar levantamentos físicos dos bens do Ativo Imobilizado?<<strong>br</strong> />

4) Quais os critérios de depreciação em uso:<<strong>br</strong> />

a) linha reta<<strong>br</strong> />

b) soma dos dígitos<<strong>br</strong> />

c) método decrescente<<strong>br</strong> />

d) unidades produzidas etc<<strong>br</strong> />

e) taxas em vigor para cada classe de bem<<strong>br</strong> />

f) se está em uso, depreciação acelerada e turnos de fa<strong>br</strong>icação.<<strong>br</strong> />

5) Há um registro de bens patrimoniais que permite acompanhar a vida útil do bem, os<<strong>br</strong> />

valores de custo e de correção e respectivas depreciações para no caso de baixa se<<strong>br</strong> />

Q<<strong>br</strong> />

u<<strong>br</strong> />

ai<<strong>br</strong> />

s<<strong>br</strong> />

102


determinar o valor residual?<<strong>br</strong> />

ATIVO FIXO<<strong>br</strong> />

6) As correções monetárias são feitas de conformidade com a lei ou a empresa tem por<<strong>br</strong> />

prática corrigir os bens com índices diferentes da lei?<<strong>br</strong> />

Qual o método: direto ou por razão de ORTN?.................................................<<strong>br</strong> />

7) Ocorrendo venda ou baixa de bens do ativo, esta é autorizada por pessoal<<strong>br</strong> />

responsável?<<strong>br</strong> />

8) Para o bem vendido é feita uma concorrência visando a obtenção do melhor preço?<<strong>br</strong> />

9) A empresa tem unidades (prédios) que não estão em uso na atividade operacional<<strong>br</strong> />

(simplesmente sem uso e não alocadas a terceiros)?<<strong>br</strong> />

(Neste caso, não é permitida a depreciação)<<strong>br</strong> />

10).....................................................................................<<strong>br</strong> />

11)....................................................................................<<strong>br</strong> />

103


PESSOAL<<strong>br</strong> />

1) Há uma satisfatória divisão de funções na área de pessoal?<<strong>br</strong> />

............(Quem admite; quem é responsável pelos registros, quem prepara a folha, quem<<strong>br</strong> />

confere, quem paga e quem se responsabiliza pelos salários não reclamados)<<strong>br</strong> />

Obs: Se a empresa for de porte médio para grande e apenas um funcionário executa<<strong>br</strong> />

esses serviços sem que um terceiro (ou inexistência-de <strong>auditoria</strong> interna),<<strong>br</strong> />

Examine e confira esses trabalhos, há uma possibilidade muito grande de inclusão de<<strong>br</strong> />

funcionários fantasmas.<<strong>br</strong> />

2) A gerência e o pessoal administrativo da área executam suas funções com eficiências?<<strong>br</strong> />

3) As folhas são preparadas através do computador?<<strong>br</strong> />

4) A distribuição contábil é satisfatória?<<strong>br</strong> />

5) As folhas são pagas em dinheiro, por cheque ou depositadas em contas correntes<<strong>br</strong> />

bancárias (individuais)? (Descreva o sistema)<<strong>br</strong> />

6) Há um posto bancário no recinto da empresa que se encarrega do pagamento aos<<strong>br</strong> />

funcionários?<<strong>br</strong> />

(A empresa prepara a folha e entrega ao banco para pagamento)<<strong>br</strong> />

PESSOAL<<strong>br</strong> />

7) O movimento de entrada e saída do pessoal é razoável?<<strong>br</strong> />

8) É investigado o motivo de uma rotação elevada?<<strong>br</strong> />

9) A empresa tem uma política salarial definida e por escrito?<<strong>br</strong> />

10) É satisfatório o controle so<strong>br</strong>e férias para evitar o seu pagamento em do<strong>br</strong>o no caso<<strong>br</strong> />

de mais de um período de férias vencido e não pago?<<strong>br</strong> />

11) São atendidos de forma satisfatória todos os compromissos da legislação trabalhista?<<strong>br</strong> />

12) A empresa mantém uma Comissão de Prevenção de Acidentes (CIPA) no caso de ter<<strong>br</strong> />

mais de 50 empregados?<<strong>br</strong> />

13) É adotado o provisionamento de férias vencidas e não pagas até a data do balanço e<<strong>br</strong> />

inclusive os encargos? (Permitido por lei)<<strong>br</strong> />

14) O procedimento para recrutamento, seleção e admissão de funcionários é<<strong>br</strong> />

satisfatório?O<<strong>br</strong> />

15).........................................................................................<<strong>br</strong> />

CONTAS A PAGAR EM GERAL<<strong>br</strong> />

1) É prática em uso na empresa o provisionamento de despesas ocorridas e não pagas?<<strong>br</strong> />

2) A empresa utiliza os prazos máximos concedidos por fornecedores?<<strong>br</strong> />

3) As taxas de juros e comissões pagas aparentam ser razoáveis?l<<strong>br</strong> />

4} As contas de fornecedores são conciliadas com o razão?<<strong>br</strong> />

5) É prática em uso a obtenção de confirmações de saldos de fornecedores?<<strong>br</strong> />

6) Os impostos a pagar conforme saldos do razão são conciliados com o registros fiscais?<<strong>br</strong> />

7) Os compromissos de curto prazo estão separados e indicados daqueles a longo prazo?<<strong>br</strong> />

8) etc................................................................................<<strong>br</strong> />

LUCROS E PERDAS<<strong>br</strong> />

1) A empresa tem por prática efetuar a elaboração de análises de lucratividade por linha<<strong>br</strong> />

de produtos?<<strong>br</strong> />

104


2) São elaborados quadros estatísticos de receitas e despesas, comparando-se à sua<<strong>br</strong> />

evolução?<<strong>br</strong> />

3) A contabilização de Lucro Inflacionário, se existente, está de conformidade com a lei?<<strong>br</strong> />

4) É feito o controle do Lucro Inflacionário, no Livro de Apuração do Lucro Real?<<strong>br</strong> />

5) O diferimento do Imposto de Renda so<strong>br</strong>e o Lucro inflacionário está sendo feito<<strong>br</strong> />

corretamente?<<strong>br</strong> />

6) É feita qualquer reserva de natureza técnica para garantia de produtos? Descreva os<<strong>br</strong> />

critérios.<<strong>br</strong> />

7) Ocorrendo pagamento de despesas com royalties, estes estão dentro dos limites<<strong>br</strong> />

fixados em lei?<<strong>br</strong> />

8) As despesas operacionais são comparadas com os orçamentos?<<strong>br</strong> />

9) A empresa aloca serviços de terceiros para pagamento de transporte de seus<<strong>br</strong> />

funcionários? (Descreva o sistema)<<strong>br</strong> />

10) A empresa tem refeitório próprio para fornecimento de refeições a seus empregados<<strong>br</strong> />

ou se utiliza de serviços de terceiros. Neste caso, utiliza os incentivos<<strong>br</strong> />

fiscais? (Descreva os procedimentos)<<strong>br</strong> />

11) As reclamações so<strong>br</strong>e a qualidade dos produtos vendidos são investigadas no tocante<<strong>br</strong> />

à irregularidade que efetuou a qualidade dos mesmos?<<strong>br</strong> />

12) Há evidência de desperdício de mão-de-o<strong>br</strong>a?<<strong>br</strong> />

13) É feito algum controle so<strong>br</strong>e a adequação da quilometragem dos veículos em uso?<<strong>br</strong> />

14) O plano interno de manutenção dos equipamentos é satisfatório?<<strong>br</strong> />

15) As receitas e despesas estão classificadas corretamente? (e segregadas das não<<strong>br</strong> />

operacionais)<<strong>br</strong> />

16) As despesas de propaganda e <strong>br</strong>indes são razoáveis em função das vendas?<<strong>br</strong> />

LUCROS E PERDAS<<strong>br</strong> />

17) Há indícios de despesas particulares de diretores lançadas como encargo da<<strong>br</strong> />

empresa? (Principalmente viagens de recreio ao exterior do diretor e seus familiares)<<strong>br</strong> />

18) As despesas de operações de “leasing” (aluguel de equipamentos etc.) estão sendo<<strong>br</strong> />

contabilizadas de conformidade com os contratos?<<strong>br</strong> />

19) Como são contabilizadas as receitas com venda de sucatas? (A crédito de receitas<<strong>br</strong> />

não operacionais ou a crédito dos centros de produção)<<strong>br</strong> />

20) As receitas ou despesas de períodos subseqüentes estão corretamente segregadas<<strong>br</strong> />

das correspondentes ao período?<<strong>br</strong> />

21) As despesas de fretes so<strong>br</strong>e compras são incorporadas ao custo dos materiais?<<strong>br</strong> />

22) É feito algum controle paralelo so<strong>br</strong>e a razoabilidade do pagamento de horas extras?<<strong>br</strong> />

Há certeza de que as mesmas são necessárias e realmente consumidas na execução dos<<strong>br</strong> />

trabalhos?<<strong>br</strong> />

23) Os gastos com prestação de serviços médicos são efetivos e dão um atendimento<<strong>br</strong> />

satisfatório?<<strong>br</strong> />

24) Como é feita a análise das despesas de viagens? ( Descreva adiantamentos,<<strong>br</strong> />

reembolsos, prazos de restituição de parcelas não utilizadas e comprovação?<<strong>br</strong> />

25) Os descontos comerciais são razoáveis?<<strong>br</strong> />

26) Os procedimentos para contabilização de receitas e despesas têm sido consistentes?<<strong>br</strong> />

27).........................................................................<<strong>br</strong> />

28).........................................................................<<strong>br</strong> />

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