Curso: Motricidade Humana e Recreação - Pos.ajes.edu.br - AJES
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<strong>Curso</strong>: Psicopedagogia<<strong>br</strong> />
Disciplina: PSICOMOTRICIDADE E APRENDIZAGEM<<strong>br</strong> />
Professora: TATIANE FERREIRA GARCIA
Instituto Superior de Educaçaçãodo Vale do Juruena<<strong>br</strong> />
Associação Juinense de Ensino Superior do Vale do Juruena<<strong>br</strong> />
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA<<strong>br</strong> />
Prof. ESP. TATIANE FERREIRA GARCIA<<strong>br</strong> />
A Psicomotricidade é uma prática pedagógica que visa contribuir para<<strong>br</strong> />
desenvolvimento integral da criança no processo de ensino/aprendizagem,<<strong>br</strong> />
favorecendo os aspectos físicos, mental, afetivo emocional<<strong>br</strong> />
e sócio-cultural, buscando estar sempre condizente com a<<strong>br</strong> />
realidade dos <strong>edu</strong>candos.<<strong>br</strong> />
Segundo Le Bouche (1969), a Psicomotricidade se dá através de ações<<strong>br</strong> />
<strong>edu</strong>cativas de movimentos espontâneos e atitudes corporais da<<strong>br</strong> />
criança, proporcionando-lhe uma imagem do corpo contribuindo para<<strong>br</strong> />
a formação de sua personalidade.<<strong>br</strong> />
Av. Ga<strong>br</strong>iel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000<<strong>br</strong> />
www.<strong>ajes</strong>.<strong>edu</strong>.<strong>br</strong> – <strong>ajes</strong>@<strong>ajes</strong>.<strong>edu</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.<<strong>br</strong> />
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.<<strong>br</strong> />
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APRESENTAÇÃO<<strong>br</strong> />
Este módulo propõe-se à analisar a psicomotricidade, os objetivos, a<<strong>br</strong> />
estrutura, a importância para o professor de <strong>edu</strong>cação e possibilidades de <strong>edu</strong>cação<<strong>br</strong> />
nas diferentes condutas motoras da criança em idade pré-escolar e em idade<<strong>br</strong> />
escolar.<<strong>br</strong> />
Apostila extraída abaixo disponível em: acesso em: 12 maio 2012<<strong>br</strong> />
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I – PSICOMOTRICIDADE<<strong>br</strong> />
Introdução<<strong>br</strong> />
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“Psicomotricidade é a ciência do Homem em movimento, das relações<<strong>br</strong> />
consigo e com o mundo, com o corpo, através do corpo e de sua corporeidade” –<<strong>br</strong> />
Freinet.<<strong>br</strong> />
O estudo da psicomotricidade permite compreender a forma como a criança<<strong>br</strong> />
toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio desse<<strong>br</strong> />
corpo, é um dos aspectos que o trabalho psicomotor assumirá durante o período<<strong>br</strong> />
escolar será, precisamente, o de fazer com que a criança passe da etapa<<strong>br</strong> />
perspectiva à fase da representação mental de um espaço orientado tanto no<<strong>br</strong> />
espaço como no tempo.<<strong>br</strong> />
Ao estudarmos o comportamento de uma criança, percebemos como é o seu<<strong>br</strong> />
desenvolvimento. O comportamento e a conduta são termos adequados para todas<<strong>br</strong> />
as suas reações, sejam elas reflexas, voluntárias e espontâneas, ou aprendidas.<<strong>br</strong> />
Assim como o corpo cresce, o comportamento evolui. No processo de<<strong>br</strong> />
desenvolvimento a criança evolui tanto física, quanto intelectual e emocionalmente.<<strong>br</strong> />
As primeiras evidências de um desenvolvimento normal mental são as<<strong>br</strong> />
manifestações motoras.<<strong>br</strong> />
À medida que ocorre a maturação do sistema nervoso, o comportamento se<<strong>br</strong> />
diferencia e também se modifica. Inicialmente a criança apresenta uma coordenação<<strong>br</strong> />
global ampla, que são realizadas por grandes feixes de músculos. À medida que os<<strong>br</strong> />
feixes de músculos mais específicos são usados, a criança desenvolve sua<<strong>br</strong> />
coordenação fina.<<strong>br</strong> />
Para que ocorra um desenvolvimento motor adequado, é necessário um<<strong>br</strong> />
amadurecimento neural, ósseo, muscular, além de crescimento físico, juntamente<<strong>br</strong> />
com o aprendizado.<<strong>br</strong> />
O desenvolvimento motor percentual se completa ao redor de 07 anos, o<<strong>br</strong> />
correndo, posteriormente, um refinamento da integração perceptiva-motora com o<<strong>br</strong> />
desenvolvimento do processo intelectual propriamente dito.<<strong>br</strong> />
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1.1 - O que é Psicomotricidade?<<strong>br</strong> />
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É o controle mental so<strong>br</strong>e a expressão motora. Objetiva obter uma<<strong>br</strong> />
organização que pode atender, de forma consciente e constante, às necessidades<<strong>br</strong> />
do desenvolvimento do corpo. Esse tipo de Educação é justificado quando qualquer<<strong>br</strong> />
defeito localiza o indivíduo à margem das normas mentais, fisiológicas, neurológicas<<strong>br</strong> />
ou afetivas. É a percepção de um estímulo, a interpretação da elaboração de uma<<strong>br</strong> />
resposta adequada. É uma harmonia de movimentos, um bom controle motor, uma<<strong>br</strong> />
boa adaptação temporal, espacial, boa coordenação viso-motora, boa atenção e um<<strong>br</strong> />
esquema corporal bem estruturado.<<strong>br</strong> />
Psicomotricidade é a ciência da <strong>edu</strong>cação que <strong>edu</strong>ca o movimento ao mesmo<<strong>br</strong> />
tempo em que põe em jogo as funções da inteligência. Movimento é o deslocamento<<strong>br</strong> />
de qualquer objeto, mas a ação corporal em si, a mesma unidade bio-psicomotora<<strong>br</strong> />
em ação.<<strong>br</strong> />
A psicomotricidade está associada à afetividade e à personalidade, porque o<<strong>br</strong> />
indivíduo utiliza o seu corpo para demonstrar o que sente, e uma pessoa com<<strong>br</strong> />
problemas motores passa a ter problemas de expressão. A re<strong>edu</strong>cação psicomotora<<strong>br</strong> />
lida com a pessoa como um todo, porém, com um enfoque maior na motricidade. A<<strong>br</strong> />
re<strong>edu</strong>cação psicomotora deverá ser efetuada por um psicólogo com especialização<<strong>br</strong> />
em psicomotricidade (psicomotrista), pois não será apenas uma mera aplicação de<<strong>br</strong> />
exercícios, mas será desenvolvida uma adaptação de toda a personalidade da<<strong>br</strong> />
criança.<<strong>br</strong> />
1.2 - O que busca?<<strong>br</strong> />
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1.3 - Como se estrutura?<<strong>br</strong> />
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· No desenvolvimento do seu “eu” corporal;<<strong>br</strong> />
· Na sua localização e orientação no espaço;<<strong>br</strong> />
· Na sua orientação temporal.<<strong>br</strong> />
1.4 - Como se fundamenta?<<strong>br</strong> />
Em Atividades:<<strong>br</strong> />
• Motoras - São as atividades globais de todo o corpo.<<strong>br</strong> />
• Sensório-motoras - É a percepção de diversas lições através da manipulação dos<<strong>br</strong> />
objetos.<<strong>br</strong> />
• Percepto-motoras – É uma análise profunda das funções intelectuais, motoras,<<strong>br</strong> />
tais como a análise perceptiva, a precessão de representação mental, determinação<<strong>br</strong> />
de pontos de referência. Destaca-se: percepção visual.<<strong>br</strong> />
1.5 - Objetivos da Psicomotricidade<<strong>br</strong> />
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processos:<<strong>br</strong> />
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As atividades psicomotoras visam propiciar a ativação dos seguintes<<strong>br</strong> />
• Vivenciar estímulos sensoriais para discriminar as partes do próprio corpo e<<strong>br</strong> />
exercer um controle so<strong>br</strong>e elas;<<strong>br</strong> />
• Vivenciar, através da percepção do próprio corpo em relação aos objetos, a<<strong>br</strong> />
organização espacial e temporal;<<strong>br</strong> />
• Vivenciar situações que levem a aquisição dos pré-requisitos necessários para<<strong>br</strong> />
aprendizagem da leitura escrita.<<strong>br</strong> />
Para entender tais objetivos, é necessário considerar que durante a primeira<<strong>br</strong> />
infância, motricidade e psiquismo estão estreitamente ligados, da mesma forma<<strong>br</strong> />
como sabemos que o desenvolvimento motor, o afetivo e o intelectual encontram-se<<strong>br</strong> />
inseparáveis no homem.<<strong>br</strong> />
A <strong>edu</strong>cação psicomotora, antes utilizada somente como recurso re<strong>edu</strong>cativo,<<strong>br</strong> />
atualmente é parte integrada de toda a atuação passiva do aluno, frente à atitude<<strong>br</strong> />
expositiva e controladora do professor. A psicomotricidade tem como ponto de<<strong>br</strong> />
partida o desenvolvimento psicobiológico da criança, na medida em que acompanha<<strong>br</strong> />
as leis do amadurecimento do sistema nervoso através da mielinização.<<strong>br</strong> />
A psicomotricidade não deve ser considerada como uma matéria entre outras.<<strong>br</strong> />
Isto é, não deve dispor apenas de um momento ou um ambiente específico na<<strong>br</strong> />
programação escolar.<<strong>br</strong> />
Qualquer que seja a atividade ou tema utilizado, a psicomotricidade vai estar<<strong>br</strong> />
presente. O pensamento se constrói a partir da atividade motora que permite à<<strong>br</strong> />
criança a exploração do ambiente externo, proporcionando-lhe experiências<<strong>br</strong> />
concretas indispensáveis ao seu desenvolvimento intelectual. A liberdade deve<<strong>br</strong> />
explorar e conhecer o espaço físico e o mundo é muito importante para o seu<<strong>br</strong> />
desenvolvimento afetivo. Como fazer para oferecer condições que permitiam esse<<strong>br</strong> />
desenvolvimento? Antes de tudo a criança precisa ter um conhecimento adequado<<strong>br</strong> />
de seu corpo, porque é o corpo o intermediário o<strong>br</strong>igatório entre a criança e o<<strong>br</strong> />
mundo. Esse conhecimento a<strong>br</strong>ange três aspectos que são: a imagem do corpo, o<<strong>br</strong> />
conceito do corpo e a elaboração do esquema corporal.<<strong>br</strong> />
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1.6 - Elementos Básicos da Psicomotricidade<<strong>br</strong> />
A imagem do corpo é a própria experiência que a pessoa tem de seu corpo e<<strong>br</strong> />
se revela frequentemente através do desenho, da modelagem e que demonstra o<<strong>br</strong> />
nível de elaboração do esquema corporal.<<strong>br</strong> />
O conceito do corpo desenvolve-se posteriormente à imagem do corpo, sendo<<strong>br</strong> />
mais o conhecimento intelectual dele e de cada função de seus órgãos.<<strong>br</strong> />
O esquema corporal, segundo Pierre Vayer, é definido como organização das<<strong>br</strong> />
sensações relativas aos dados do mundo exterior, notando-se aí dois sentidos na<<strong>br</strong> />
atividade motora cinética, dirigida para o mundo exterior.<<strong>br</strong> />
A construção do Esquema Corporal elabora-se progressivamente com o<<strong>br</strong> />
desenvolvimento e o amadurecimento do Sistema Nervoso e é, ao mesmo tempo,<<strong>br</strong> />
paralela a evolução sensório-motora. A <strong>edu</strong>cação do Esquema Corporal é, então, o<<strong>br</strong> />
ponto-chave de toda prática <strong>edu</strong>cativa. Dos 02 aos 05 anos, toda <strong>edu</strong>cação é<<strong>br</strong> />
baseada na estrutura do Esquema Corporal.<<strong>br</strong> />
Dos 05 aos 07 anos a psicomotricidade passa a ser a base so<strong>br</strong>e a qual se<<strong>br</strong> />
constroem as primeiras relações lógicas e a decorrente aprendizagem escolar. Toda<<strong>br</strong> />
aprendizagem deve ser feita através de experiências concretas e vivenciadas com o<<strong>br</strong> />
corpo inteiro.<<strong>br</strong> />
Voltando ao primeiro objetivo, temos que trabalhar os seguintes aspectos:<<strong>br</strong> />
· Percepção e controle do corpo;<<strong>br</strong> />
· Equilí<strong>br</strong>io;<<strong>br</strong> />
· Lateralidade;<<strong>br</strong> />
· Independência dos mem<strong>br</strong>os em relação ao tronco e entre si;<<strong>br</strong> />
· Controle muscular;<<strong>br</strong> />
· Controle de respiração.<<strong>br</strong> />
a) Percepção e controle do corpo<<strong>br</strong> />
A criança adquire primeiro a sensação, depois o uso, e finalmente, o controle<<strong>br</strong> />
de seu corpo. Ponto de partida o conhecimento do corpo, partes do corpo, através<<strong>br</strong> />
de estímulos sensoriais – superfície, temperatura, unidade, peso etc. – referenciará<<strong>br</strong> />
as partes do corpo e suas sensibilidades. Numa segunda etapa fará uso e controlará<<strong>br</strong> />
as partes independentemente uma das outras.<<strong>br</strong> />
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Como? – Brincando com água, tinta, areia, barro, blocos, sucata; usando determina<<strong>br</strong> />
das partes do corpo em jogos ou em movimentos propostos; dramatizando.<<strong>br</strong> />
b) O equilí<strong>br</strong>io<<strong>br</strong> />
É condição indispensável para qualquer ação diferenciada. As ações serão<<strong>br</strong> />
tanto coordenadas quanto mais à criança conseguir em posição ereta, sem precisar<<strong>br</strong> />
esforçar-se ou ficar tensa. A sensibilidade da planta do pé é muito importante para<<strong>br</strong> />
desenvolver qualquer equilí<strong>br</strong>io, por isso é essencial que as crianças se<<strong>br</strong> />
movimentem e <strong>br</strong>inquem, tanto na areia como na sala de aula, de pé no chão. O<<strong>br</strong> />
contato do corpo com o chão deve estender-se a todo o corpo, rolando,deitando,<<strong>br</strong> />
sentando, rastejando, ajoelhando. Em movimentos de repouso a criança deverá,<<strong>br</strong> />
sempre que possível, relaxar seu corpo em direto contato com o chão que oferece<<strong>br</strong> />
sensação de segurança.<<strong>br</strong> />
Como? – Andar so<strong>br</strong>e linhas de várias maneiras, so<strong>br</strong>e beiradas de canteiros,<<strong>br</strong> />
bancos de diferentes alturas, trilhos de madeira, tijolos. Imitar animais e posições<<strong>br</strong> />
estáticas. Lançar e recebera bola.<<strong>br</strong> />
c) Lateralidade<<strong>br</strong> />
O homem, por natureza, tem um lado do corpo dominante. Quer dizer que usa<<strong>br</strong> />
melhores olhos, ouvidos, pé e mão de um determinado lado. Normalmente, a<<strong>br</strong> />
lateralidade se define entre os 05 e os 07 anos. As crianças que, a partir dessa<<strong>br</strong> />
idade apresentam uma lateralidade não definida ou cruzada, facilmente encontrarão<<strong>br</strong> />
dificuldades na aprendizagem escolar.<<strong>br</strong> />
Como? – Atividade que exijam o uso de todo corpo com objetos grandes<<strong>br</strong> />
(pneus, bolas, caixas, blocos) e pequenos, desenvolvendo a coordenação funcional<<strong>br</strong> />
da mão e dos dedos (contas, sementes, pinos, clips, tampinhas, pregadores, cartas).<<strong>br</strong> />
Atividades em que ordena a mão a ser usada (com bolas, saquinhos de areia/feijão).<<strong>br</strong> />
d) Independência dos mem<strong>br</strong>os em relação ao tronco e entre si<<strong>br</strong> />
Para a criança é mais fácil fazer movimentos simétricos e simultâneos, pois<<strong>br</strong> />
só numa segunda etapa é que ela virá a movimentar os mem<strong>br</strong>os separadamente<<strong>br</strong> />
um do outro.<<strong>br</strong> />
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Como? – Macaco mandou – de início pedindo movimentos simétricos,<<strong>br</strong> />
aumentando a dificuldade, na medida em que as crianças puderem realizar<<strong>br</strong> />
naturalmente, movimentos assimétricos e não simultâneos.<<strong>br</strong> />
e) Controle muscular<<strong>br</strong> />
É muito difícil para uma criança interromper um movimento, mas esse<<strong>br</strong> />
controle da inibição é indispensável para que ela venha a adquirir, mais tarde, não<<strong>br</strong> />
só uma caligrafia, mas também a concentração necessária para a aprendizagem<<strong>br</strong> />
escolar.<<strong>br</strong> />
Como? – Inibição dos movimentos globais que envolvem todo o corpo como o<<strong>br</strong> />
andar, o correr – “Batatinha Frita”. <strong>Recreação</strong> com o uso de música. Trabalhar os<<strong>br</strong> />
movimentos segmentários – jogos cantados “O meu chapéu tem 03 pontas”, “ A<<strong>br</strong> />
galinha e o seu Kara Kara”, jogo de estátua.<<strong>br</strong> />
f) Controle da respiração<<strong>br</strong> />
O controle respiratório contribui na formação de hábitos de se concentrar,<<strong>br</strong> />
relaxar, se acalmar.<<strong>br</strong> />
Como? – Bolhas de sabão, bolas de encher, pintura com canudo de soprar,<<strong>br</strong> />
corridas de soprar. Dramatização de aspirar e soprar. Relaxamento sentido o próprio<<strong>br</strong> />
corpo ou do companheiro.<<strong>br</strong> />
II - EDUCAÇÃO PSICOMOTORA<<strong>br</strong> />
2.1 - Desenvolvimento Psicomotor<<strong>br</strong> />
A psicomotricidade caracteriza-se por uma intervenção <strong>edu</strong>cativa que se<<strong>br</strong> />
centra no movimento e auxilia a atingir outras aquisições mais elaboradas, como as<<strong>br</strong> />
intelectuais.<<strong>br</strong> />
O desenvolvimento psicomotor da criança, e as dificuldades de aprendizagem<<strong>br</strong> />
estão intimamente ligados. Há uma série de questões so<strong>br</strong>e as causas da<<strong>br</strong> />
dificuldade na aprendizagem de alguns alunos, sendo que muitas vezes, essas<<strong>br</strong> />
decorrem de dificuldades seriam decorrentes de problemas relacionados com o<<strong>br</strong> />
trabalho do professor em sala de aula?<<strong>br</strong> />
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Como melhorar a qualidade do trabalho docente? Como eles são preparados<<strong>br</strong> />
pra isso? Le Boulch, “enfatiza a necessidade da <strong>edu</strong>cação psicomotora baseada no<<strong>br</strong> />
movimento, pois acredita ser preventiva, assegurando que muitos dos problemas de<<strong>br</strong> />
alunos detectam dosposteriormente e tratados pela re<strong>edu</strong>cação, não ocorreriam se a<<strong>br</strong> />
escola prestasse mais atenção à <strong>edu</strong>cação psicomotora, juntamente com a leitura, a<<strong>br</strong> />
escrita e a aritmética”. O autor considera a psicomotricidade um importante elemento<<strong>br</strong> />
<strong>edu</strong>cativo, como um instrumento indispensável para aguçar a percepção,<<strong>br</strong> />
desenvolver formas de estimular a atenção e estimular processos mentais.<<strong>br</strong> />
A <strong>edu</strong>cação psicomotora deve ser uma formação de base indispensável para<<strong>br</strong> />
toda criança, pois oferece uma melhor capacitação ao aluno para uma maior<<strong>br</strong> />
assimilação das aprendizagens escolares. Um bom desenvolvimento psicomotor<<strong>br</strong> />
proporciona ao aluno algumas capacidades básicas para um bom desempenho<<strong>br</strong> />
escolar.<<strong>br</strong> />
2.2 - Funcionamento do Desenvolvimento Psicomotor<<strong>br</strong> />
Para que possamos compreender melhor a importância da psicomotricidade<<strong>br</strong> />
no desempenho escolar das crianças, é preciso entender como esse processo<<strong>br</strong> />
acontece.<<strong>br</strong> />
• Sistema Nervoso:<<strong>br</strong> />
O movimento e a integração do homem às condições do meio ambiente,<<strong>br</strong> />
dependem do sistema nervoso. Esse sistema coordena e controla todas as<<strong>br</strong> />
atividades do organismo, integra sensações e ideias, interpreta os estímulos vindos<<strong>br</strong> />
da superfície do corpo, e de todas as funções é selecionar e procurar informações,<<strong>br</strong> />
canalizando-as para as regiões motoras correspondentes do cére<strong>br</strong>o, para que<<strong>br</strong> />
depois sejam emitidas respostas adequadas, de acordo com cada indivíduo. As<<strong>br</strong> />
células que compõe o sistema nervoso são os neurônios, que possuem a função de<<strong>br</strong> />
condutibilidade e excitabilidade.<<strong>br</strong> />
A maturação nervosa é um dos fatores relevantes no desenvolvimento<<strong>br</strong> />
mental, sendo importante considerar fatores como interação do indivíduo com o<<strong>br</strong> />
meio. A psicomotricidade pode auxiliar o aluno a alcançar um desenvolvimento<<strong>br</strong> />
integral, que o preparará para uma aprendizagem mais satisfatória.<<strong>br</strong> />
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Algumas habilidades são muito importante no desenvolvimento psicomotor da<<strong>br</strong> />
criança. Essas habilidades permitem, por exemplo, que uma pessoa manipule<<strong>br</strong> />
objetos da cultura em que vive. Para que essa pessoa se movimente no espaço com<<strong>br</strong> />
desenvoltura, equilí<strong>br</strong>io e coordenação é preciso ter o domínio do gesto e do<<strong>br</strong> />
instrumento. A coordenação e o equilí<strong>br</strong>io são elementos de base para qualquer<<strong>br</strong> />
movimento.<<strong>br</strong> />
2.3 - Desenvolvimento Psicomotor e a Interação Escolar<<strong>br</strong> />
Os argumentos geralmente invocados para justificar a <strong>edu</strong>cação psicomotora<<strong>br</strong> />
na escola primária colocam em evidência a superação de dificuldades escolares.<<strong>br</strong> />
Na tentativa de uma verdadeira preparação para a vida é que entra o papel da<<strong>br</strong> />
escola, e os métodos pedagógicos renovados tendem a ajudar as crianças a se<<strong>br</strong> />
desenvolverem da melhor maneira possível. O desenvolvimento psicomotor auxilia a<<strong>br</strong> />
criança para a vida, desde a fase escolar até a fase profissional. Como por exemplo,<<strong>br</strong> />
para as crianças com difusões da memória, o cavalgar auxilia porque exige planejar<<strong>br</strong> />
e criar estratégias, que são progressivamente, memorizadas. Isto não é fácil de ser<<strong>br</strong> />
executado e é necessário vincular pela repetição, memória, e pela cuidadosa<<strong>br</strong> />
explanação para completar tarefas cotidianas. Crianças com dificuldades viso-<<strong>br</strong> />
espaciais podem aprender com adornos e objetos dispostos no picadeiro, so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
outras relações e entre eles e o espaço.<<strong>br</strong> />
Cavalgar auxilia na aquisição e desenvolvimento de cognições de ordem<<strong>br</strong> />
superior, que se referem a sofisticadas habilidades: formação de conceitos, solução<<strong>br</strong> />
de problemas, pensamento crítico e criatividade. Enquanto anda a cavalo, a criança<<strong>br</strong> />
necessita desenvolver habilidades e atitudes conceituais diversas. Ajuda a manter<<strong>br</strong> />
um comportamento social adequado, enquanto em atividade de grupos na<<strong>br</strong> />
equitação.<<strong>br</strong> />
É com programa <strong>edu</strong>cacionais, de ensino e de aprendizagem centrados na<<strong>br</strong> />
criança e integrados com os princípios e fundamentos da psicomotricidade, podem<<strong>br</strong> />
ser tratadas crianças com dificuldades de aprendizagem por uma equipe<<strong>br</strong> />
multiprofissional e interdisciplinar, devendo estar sempre em parceria e coordenação<<strong>br</strong> />
com a família e com os outros professores da escola em que a criança estiver<<strong>br</strong> />
estudando.<<strong>br</strong> />
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III - PSICOMOTRICIDADE E EDUCAÇÃO FÍSICA<<strong>br</strong> />
A finalidade da <strong>edu</strong>cação psicomotora não é a aquisição de habilidades<<strong>br</strong> />
gestuais. Entretanto, o trabalho psicomotor, resulta numa melhor aptidão para a<<strong>br</strong> />
aprendizagem, dentro do respeito ao desenvolvimento da criança.<<strong>br</strong> />
Sendo que, a Educação Física deve ser considerada uma disciplina <strong>edu</strong>cativa<<strong>br</strong> />
como outra qualquer, que se preocupa e procura ao mesmo tempo o desa<strong>br</strong>ochar<<strong>br</strong> />
das aptidões da criança e a aquisição das capacidades extraídas do comportamento<<strong>br</strong> />
humano, utilizando uma pedagogia de desenvolvimento associada a uma pedagogia<<strong>br</strong> />
de formação, onde uma se preocupa com aquilo que a criança traz em si, e a outra<<strong>br</strong> />
em lhe proporcionar mais controle e conhecimento so<strong>br</strong>e si próprio e so<strong>br</strong>e o mundo.<<strong>br</strong> />
É necessária que se faça à utilização da Educação Física como instrumento<<strong>br</strong> />
para a prática do movimento. Desenvolvendo com a criança atividades como: jogos<<strong>br</strong> />
de expressão livre, exercícios rítmicos, exercícios perceptivos, coordenação global,<<strong>br</strong> />
sessões de jogos etc.,chegando assim, ao controle do próprio corpo, com<<strong>br</strong> />
movimentos controlados, coordenados, que influenciam no desenvolvimento<<strong>br</strong> />
satisfatório da leitura, e de todas as atividades escolares que são necessárias para a<<strong>br</strong> />
formação da criança.<<strong>br</strong> />
O professor deve dedicar uma atenção especial ao desenvolvimento<<strong>br</strong> />
psicomotor da criançada Educação Infantil, em suscitar todas as formas de<<strong>br</strong> />
expressão, em favorecer, no decorrer dos jogos, as experiências relacionadas à<<strong>br</strong> />
relação das crianças entre si para atraí-las progressivamente à cooperação.<<strong>br</strong> />
Assegurando o desenvolvimento harmonioso dos componentes corporais, afetivos,<<strong>br</strong> />
intelectuais da personalidade da criança.<<strong>br</strong> />
O trabalho com Educação Física nas séries iniciais do Ensino Fundamental é<<strong>br</strong> />
importante, pois possibilita aos alunos terem, desde cedo à oportunidade de<<strong>br</strong> />
desenvolver habilidades corporais e participar de atividades culturais, como jogos,<<strong>br</strong> />
esportes, lutas, ginásticas e danças, com finalidade de lazer, expressão de<<strong>br</strong> />
sentimentos, afetos e emoções.<<strong>br</strong> />
É preciso que o aluno se aproprie do processo de construção de<<strong>br</strong> />
conhecimentos relativos ao corpo e ao movimento e construa uma possibilidade<<strong>br</strong> />
autônoma de utilização de seu potencial gestual. O trabalho com as habilidades<<strong>br</strong> />
motoras e capacidade física devem estar contextualizado em situações significantes<<strong>br</strong> />
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com o recurso para o professor poder olhar, analisar e criar intervenções que<<strong>br</strong> />
auxiliem de modo integral.<<strong>br</strong> />
Sabe-se que o desinteresse pela matéria escolar pode ser de origem efetiva e<<strong>br</strong> />
corresponder assim a problemas de organização da personalidade. Por outro lado o<<strong>br</strong> />
desinteresse pode estar ligado aos problemas de organização da imagem do corpo,<<strong>br</strong> />
daí a necessidade de um trabalho de psicomotricidade.<<strong>br</strong> />
A Educação Física é indispensável tanto no processo de alfabetização<<strong>br</strong> />
estruturando a criança como um ser total, quanto na complementação da <strong>edu</strong>cação<<strong>br</strong> />
geral, onde as atividades psicomotoras, recreativas e esportivo-<strong>edu</strong>cacionais têm<<strong>br</strong> />
papel relevante na formação integral do <strong>edu</strong>cando.<<strong>br</strong> />
A <strong>edu</strong>cação psicomotora ou psicomotricidade vem oferecer ao<<strong>br</strong> />
desenvolvimento de nossas crianças uma bagagem infinita de situações de<<strong>br</strong> />
atividades naturais, possibilitando um melhora justamento aos ambientes e às<<strong>br</strong> />
situações novas; aperfeiçoando os mecanismos da leitura, escrita, cálculos,<<strong>br</strong> />
abstrações etc., bem como favorecendo o desenvolvimento da sua auto-estima,<<strong>br</strong> />
autoconfiança e capacidade de sua socialização, evitando o surgimento de vários<<strong>br</strong> />
distúrbios de aprendizagem e contribuindo de maneira significativa na diminuição<<strong>br</strong> />
dos índices de repetência nas escolas.<<strong>br</strong> />
Criar condições para a criança:<<strong>br</strong> />
• Sentir-se aceita;<<strong>br</strong> />
• Expressar seus sentimentos, pensamentos e emoções;<<strong>br</strong> />
• Ser curiosa, criativa e responsável;<<strong>br</strong> />
• Ampliar seu vocabulário;<<strong>br</strong> />
• Desenvolver e aprimorar os aspectos motores, cognitivos e afetivo-sociais;<<strong>br</strong> />
• Desenvolver atividades que permitem a sua convivência com situações sociais<<strong>br</strong> />
dentro da realidade cultural;<<strong>br</strong> />
• Desenvolver hábitos saudáveis e higiênicos.<<strong>br</strong> />
3.1 - O Papel do Professor na Psicomotricidade<<strong>br</strong> />
Deve-se ressaltar, no trabalho da psicomotricidade, o papel do professor, que<<strong>br</strong> />
será de maior relevância se este, ao invés de ensinar, de transmitir conhecimentos<<strong>br</strong> />
já estabelecidos, assumir o papel de facilitador do desenvolvimento da capacidade<<strong>br</strong> />
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de aprender, dando à criança tempo para as suas próprias descobertas, oferecendo<<strong>br</strong> />
situações e estímulos cada vez mais variados, proporcionando experiências<<strong>br</strong> />
concretas e plenamente vividas com o corpo inteiro; nunca transmitidas apenas<<strong>br</strong> />
verbalmente, para que ela própria possa construir seu desenvolvimento global.<<strong>br</strong> />
O professor não deverá esquecer que o material de seu trabalho é o seu<<strong>br</strong> />
aluno. Portanto, não deverá preocupar-se apenas em preparar o ambiente escolar<<strong>br</strong> />
com cartazes, painéis, faixas. Mas em preparar a si mesmo. É necessário que ele<<strong>br</strong> />
conheça seus alunos, torne-se seu amigo.<<strong>br</strong> />
Para que haja intercâmbio entre professor X aluno X aprendizagem, o<<strong>br</strong> />
trabalho da psicomotricidade é da mais valiosa função, tanto no maternal como na<<strong>br</strong> />
pré-escola e alfabetização, por haver um estreito paralelismo entre o<<strong>br</strong> />
desenvolvimento das funções psíquicas que são as principais responsáveis pelo<<strong>br</strong> />
bom comportamento social e acadêmico do homem.<<strong>br</strong> />
3.2 - O Lúdico como Sinalizador do Desenvolvimento Psicomotor<<strong>br</strong> />
“Cada vez que ensinamos algo a uma criança estamos impedindo que ela descu<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />
por si mesma. Por outro lado, aquilo que permitimos que descu<strong>br</strong>a por si mesma,<<strong>br</strong> />
permanecerá com ela” (Jean Piaget).<<strong>br</strong> />
O <strong>br</strong>inquedo é oportunidade de desenvolvimento. Brincando, a criança<<strong>br</strong> />
experimenta, desco<strong>br</strong>e, inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a<<strong>br</strong> />
curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da<<strong>br</strong> />
linguagem, do pensamento e da concentração e atenção.<<strong>br</strong> />
Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. Irá<<strong>br</strong> />
contribuir, no futuro, para a eficiência e o equilí<strong>br</strong>io do adulto.<<strong>br</strong> />
Brincar é um momento de auto-expressão e auto-realização. As atividades<<strong>br</strong> />
livres com blocos e peças de encaixe, as dramatizações, a música e as construções<<strong>br</strong> />
desenvolvem a criatividade, pois exige que a fantasia entra em jogo. Já o <strong>br</strong>inquedo<<strong>br</strong> />
organizado, que tem uma proposta e requer desempenho, como os jogos (que<strong>br</strong>a-<<strong>br</strong> />
cabeça, dominó e outros) constituem um desafio que promove a motivação e facilita<<strong>br</strong> />
escolhas e decisões à criança.<<strong>br</strong> />
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O <strong>br</strong>inquedo traduz o real para a realidade infantil. Suaviza o impacto<<strong>br</strong> />
provocado pelo tamanho e pela força dos adultos, diminuindo o sentimento de<<strong>br</strong> />
impotência da criança.<<strong>br</strong> />
Brincando, sua inteligência e sua sensibilidade estão sendo desenvolvidas. A<<strong>br</strong> />
qualidade de oportunidades que estão sendo oferecidas à criança através de<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>incadeiras e <strong>br</strong>inquedos garantem que suas potencialidades e sua afetividade se<<strong>br</strong> />
harmonizem. A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano é um<<strong>br</strong> />
espaço que merece atenção dos pais e <strong>edu</strong>cadores, pois “é o espaço para<<strong>br</strong> />
expressão mais genuína do ser”, é o espaço e o direito de toda criança para o<<strong>br</strong> />
exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos.<<strong>br</strong> />
Um bichinho de pelúcia pode ser um bom companheiro. Uma bola é um<<strong>br</strong> />
convite ao exercício motor, um que<strong>br</strong>a-cabeça desafia a inteligência e um colar faz a<<strong>br</strong> />
menina sentir-se bonita e importante como a mamãe. Enfim, todos são como<<strong>br</strong> />
amigos, servindo de intermediários para que a criança consiga integrar-se melhor.<<strong>br</strong> />
As situações problemas contidas na manipulação dos jogos e <strong>br</strong>incadeiras<<strong>br</strong> />
fazem a criança crescer através da procura de soluções e de alternativas.<<strong>br</strong> />
O desempenho psicomotor da criança enquanto <strong>br</strong>inca alcança níveis que só<<strong>br</strong> />
mesmo a motivação intrínseca consegue. Ao mesmo tempo favorece a<<strong>br</strong> />
concentração, a atenção, o engajamento e a imaginação. Como consequência a<<strong>br</strong> />
criança fica mais calma, relaxada e aprende apensar, estimulando sua inteligência.<<strong>br</strong> />
Para que o <strong>br</strong>inquedo seja significativo para a criança é preciso que tenha<<strong>br</strong> />
pontos de contato com a suas realidades. Através da observação do desempenho<<strong>br</strong> />
das crianças com seus “<strong>br</strong>inquedos podemos avaliar o nível de seu desenvolvimento<<strong>br</strong> />
motor e cognitivo”. No lúdico, manifestam-se suas potencialidades e ao observá-las<<strong>br</strong> />
poderemos enriquecer sua aprendizagem, fornecendo através dos <strong>br</strong>inquedos os<<strong>br</strong> />
nutrientes só seu desenvolvimento.<<strong>br</strong> />
3.3 - A relação criança X <strong>br</strong>inquedo X adulto<<strong>br</strong> />
A criança trata os <strong>br</strong>inquedos conforme os receberam. Ela sente quando está<<strong>br</strong> />
recebendo por razões subjetivas do adulto, que muitas vezes, compra o <strong>br</strong>inquedo<<strong>br</strong> />
que gostaria de ter tido, ou que lhe do status, ou ainda para comprar afeto e outras<<strong>br</strong> />
vezes para servir como recurso para livrar-se da criança por um bom espaço de<<strong>br</strong> />
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tempo. É indispensável que a criança sinta-se atraída pelo <strong>br</strong>inquedo e cabe-nos<<strong>br</strong> />
mostrar a ela as possibilidades de exploração que ele oferece, permitindo tempo<<strong>br</strong> />
para observar e motivar-se.<<strong>br</strong> />
A criança deve explorar livremente o <strong>br</strong>inquedo, mesmo que a exploração não<<strong>br</strong> />
seja a que esperávamos. Não nos cabe interromper o pensamento da criança ou<<strong>br</strong> />
atrapalhar a simbolização que está fazendo. Devemos nos limitar a sugerir, a<<strong>br</strong> />
estimular, a explicar, sem impor nossa forma de agir, para que a criança aprenda<<strong>br</strong> />
desco<strong>br</strong>indo e motivá-la a falar, pensar e inventar.<<strong>br</strong> />
Brincando, a criança desenvolve seu senso de companheirismo. Jogando<<strong>br</strong> />
com amigos, aprende a conviver, ganhando ou perdendo, procurando aprender<<strong>br</strong> />
regras e conseguir uma participação satisfatória.<<strong>br</strong> />
No jogo, ela aprende a aceitar regras, esperar sua vez, aceitar o resultado,<<strong>br</strong> />
lidar com frustrações e elevar o nível de motivação.<<strong>br</strong> />
Nas dramatizações, a criança vive personagens diferentes ampliando sua<<strong>br</strong> />
compreensão so<strong>br</strong>e os diferentes papéis e relacionamentos humanos.<<strong>br</strong> />
As relações cognitivas e afetivas da interação lúdica propiciam<<strong>br</strong> />
amadurecimento emocional e vão pouco a pouco construindo a sociabilidade infantil.<<strong>br</strong> />
O momento em que a criança está absorvida pelo <strong>br</strong>inquedo é um momento mágico<<strong>br</strong> />
e precioso, em que está sendo exercitada a capacidade de observar e manter a<<strong>br</strong> />
atenção concentrada e que irá inferir na sua eficiência e produtividade quando<<strong>br</strong> />
adulto.<<strong>br</strong> />
Vamos Brincar?<<strong>br</strong> />
Brincar junto reforça os laços afetivos. É uma manifestação do nosso amor à<<strong>br</strong> />
criança. Todas as crianças gostam de <strong>br</strong>incar com os pais, com a professora. Com<<strong>br</strong> />
os avós ou com os irmãos. A participação do adulto na <strong>br</strong>incadeira da criança eleva<<strong>br</strong> />
o nível de interesse, enriquece e contribui para o esclarecimento de dúvidas durante<<strong>br</strong> />
o jogo. Ao mesmo tempo, a criança sente-se prestigiada e desconfiada, desco<strong>br</strong>indo<<strong>br</strong> />
e vivendo experiências que tornam o <strong>br</strong>inquedo recurso mais estimulante e mais rico<<strong>br</strong> />
em aprendizado. Guardar os <strong>br</strong>inquedos com cuidado pode ser desenvolvido através<<strong>br</strong> />
da participação da criança na arrumação feita pelo adulto. O hábito constante e<<strong>br</strong> />
natural dos pais e da professora ao guardar com zelo o que utilizou, faz com que a<<strong>br</strong> />
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criança adquira automaticamente o mesmo hábito, ocorrendo inclusive satisfação<<strong>br</strong> />
tanto no guardar como no <strong>br</strong>incar.<<strong>br</strong> />
3.4 - A Importância da Psicomotricidade na Educação Infantil<<strong>br</strong> />
Tentar definir o ser humano é frustrante, já que a complexidade humana, com<<strong>br</strong> />
seu constante apelo à transcendência, a sua incessante busca de sentido, forma um<<strong>br</strong> />
todo indizível. No entanto, se a pretensão é pesquisar a motricidade humana, é<<strong>br</strong> />
preciso ter presente uma noção de homem que favoreça a eclosão do conhecimento<<strong>br</strong> />
que se pretende analisar. Ora se o ser humano é um ser aberto à transcendência e,<<strong>br</strong> />
como tal, um ser práxico e essa sua praxidade é simultaneamente motricidade –<<strong>br</strong> />
motricidade humana é o tropismo imparável à transcendência, que tanto pode<<strong>br</strong> />
revelar-se no movimento como, por exemplo, na meditação transcendental.<<strong>br</strong> />
A psicologia busca compreender e solucionar o desenvolvimento da criança<<strong>br</strong> />
na medida em que a criança cresce e amadurece fisicamente, pois sua inteligência<<strong>br</strong> />
também se desenvolve e muda seu comportamento social e emocional,<<strong>br</strong> />
influenciando sua inteligência.<<strong>br</strong> />
O desenvolvimento inicial da criança depende da maneira pela qual o corpo<<strong>br</strong> />
da criança foi investido com qualidade e quantidade, com a intencionalidade que<<strong>br</strong> />
constitui a base do domínio afetivo.<<strong>br</strong> />
Ora a psicologia indica o estudo do comportamento do organismo e a<<strong>br</strong> />
motricidade corresponde a toda resposta motora composta de elementos, tais como<<strong>br</strong> />
perceber um estímulo, processar a informação que tal estímulo proporciona,<<strong>br</strong> />
elaborar um padrão motor, estruturar uma ordem motora que será conduzida pelos<<strong>br</strong> />
nervos periféricos e que enervará músculos, articulações e ossos que configuram o<<strong>br</strong> />
aparelho locomotor. So<strong>br</strong>e esse prisma, psicomotricidade corresponde à ciência ou<<strong>br</strong> />
área de estudo dos ritmos e movimentos do corpo humano.<<strong>br</strong> />
Nesse sentido, o objetivo central da <strong>edu</strong>cação pelo movimento é contribuir<<strong>br</strong> />
com o desenvolvimento psicomotor da criança, de quem depende a evolução de sua<<strong>br</strong> />
personalidade e o sucesso escolar, além de fazer do corpo um instrumento perfeito<<strong>br</strong> />
de adaptação do individuo ao meio físico e social.<<strong>br</strong> />
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Considerar o movimento de um ponto de vista funcional é considerá-lo não<<strong>br</strong> />
como um processo tendo sua razão de ser nele mesmo, mas ao contrário, como<<strong>br</strong> />
tendo um significado em relação à conduta do ser na sua totalidade.<<strong>br</strong> />
O movimento nessa perspectiva é o fio condutor do desenvolvimento em<<strong>br</strong> />
torno do qual se cria unidade da pessoa corporal e mental. Não é, portanto, um<<strong>br</strong> />
elemento facultativo que se acrescenta à <strong>edu</strong>cação intelectual. O organismo,<<strong>br</strong> />
sistema autônomo, só pode ser desenvolvido de maneira equili<strong>br</strong>ada por meio de<<strong>br</strong> />
uma interação ativa com o seu meio ambiente; a autonomia do pensamento passa<<strong>br</strong> />
pela autonomia motora e, separado de suas raízes corporais, o pensamento corre<<strong>br</strong> />
risco de ser tonalizado.<<strong>br</strong> />
A <strong>edu</strong>cação infantil tem por princípio básico o desenvolvimento de ações que<<strong>br</strong> />
venham suprir as necessidades das crianças e busca estabelecer uma atuação<<strong>br</strong> />
<strong>edu</strong>cacional qualitativa, que respeita o tempo da infância e promove a construção de<<strong>br</strong> />
novas práticas e concepções, através de propostas pedagógicas fundamentais, que<<strong>br</strong> />
promovam o seu desenvolvimento integral (físico, cognitivo, social e emocional).<<strong>br</strong> />
A psicomotricidade na <strong>edu</strong>cação infantil tem por objetivo a <strong>edu</strong>cação pelo<<strong>br</strong> />
movimento e contribui para a evolução da personalidade da criança como o seu<<strong>br</strong> />
sucesso escolar, pois a imagem do corpo não é uma função, mas um conceito útil no<<strong>br</strong> />
plano teórico, na medida em que serve de guia para compreender melhor o<<strong>br</strong> />
desenvolvimento psicomotor através de diversas etapas.<<strong>br</strong> />
Na primeira infância, a realidade interior e a exterior são confundidas e<<strong>br</strong> />
estabelecem o equilí<strong>br</strong>io entre duas forças: o ímpeto pulsional (tradução das<<strong>br</strong> />
necessidades do indivíduo) e a pressão do mundo exterior, das quais dependerá a<<strong>br</strong> />
satisfação ou a frustração. É mais importante nessa fase à experiência subjetiva e a<<strong>br</strong> />
maneira pela qual o corpo é unido. A primeira infância é uma fase de grandes<<strong>br</strong> />
significas mudanças na vida do ser humano. O indivíduo deve alcançar razoável<<strong>br</strong> />
nível de ajustamento para que seu desenvolvimento ocorra satisfatoriamente.<<strong>br</strong> />
As principais tarefas evolutivas dessa idade são: aprender a andar, aprender<<strong>br</strong> />
a tomar alimentos sólidos, aprender a falar, aprender a controlar o processo de<<strong>br</strong> />
eliminação de produtos excretórios, aprender a diferença básica entre os sexos,<<strong>br</strong> />
alcançar certa estabilidade fisiológica, formar conceitos da realidade física e social,<<strong>br</strong> />
aprender a relacionar-se emocionalmente com pessoas próximas, aprender a<<strong>br</strong> />
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distinguir entre o certo e o errado, formando assim a base de uma consciência<<strong>br</strong> />
moral.<<strong>br</strong> />
Durante a primeira infância o ser humano experimenta extraordinário<<strong>br</strong> />
desenvolvido motor, sendo de natureza sequencial. A idade em que uma criança<<strong>br</strong> />
desenvolve certa habilidade motora pode variar ligeiramente, em função das<<strong>br</strong> />
inevitáveis diferenças individuais, mas a ordem do desenvolvimento motor é<<strong>br</strong> />
constante para todos os indivíduos. Há duas habilidades motoras fundamentais que<<strong>br</strong> />
devem ser desenvolvidas durante a primeira infância.<<strong>br</strong> />
A primeira é a postura ereta e a locomoção. A segunda é a capacidade<<strong>br</strong> />
depreensão e manipulação de objetos. Em todo esse complexo processo do<<strong>br</strong> />
desenvolvimento sensório motoro córtex cere<strong>br</strong>al desempenha papel grande<<strong>br</strong> />
relevância. Em função do córtex, no processo de evolução sensório-motora,<<strong>br</strong> />
observam-se os padrões típicos de desenvolvimento céfalo-caudal e próximo-distal.<<strong>br</strong> />
Percepção corresponde a um processo cognitivo através do qual os vários<<strong>br</strong> />
sentidos se tornam conscientes dos estímulos internos e externos a que são<<strong>br</strong> />
expostos, e pelo qual se transmitem esses estímulos ao sistema nervoso central,<<strong>br</strong> />
onde eles recebem a devida interpretação.<<strong>br</strong> />
O desenvolvimento dos aspectos motores dos mecanismos da percepção<<strong>br</strong> />
constitui a base dos processos cognitivos. Sem o adequado desenvolvimento motor,<<strong>br</strong> />
o processo perceptivo e conceitual da criança pode ser prejudicado.<<strong>br</strong> />
Sendo assim, o desenvolvimento satisfatório de habilidades motoras e<<strong>br</strong> />
perceptivas depende do desenvolvimento simétrico do mecanismo de postura e de<<strong>br</strong> />
equilí<strong>br</strong>io do indivíduo. Através do desenvolvimento dos órgãos sensoriais o<<strong>br</strong> />
indivíduo começa a perceber e a sentir o mundo que o cerca. Começa a conhecer as<<strong>br</strong> />
coisas e a si mesmo.<<strong>br</strong> />
Piaget foi o primeiro a investigar a criança, compreendendo-a como tendo<<strong>br</strong> />
uma lógica diferente da lógica do adulto. Era de seu interesse compreender a<<strong>br</strong> />
construção ontogenética da razão numa perspectiva finalista. Os limites desta<<strong>br</strong> />
perspectiva têm deixado suas marcas nas produções cientificas e nas práticas<<strong>br</strong> />
pedagógicas de intervenção. Trabalhamos com o desenvolvimento lógico sustentado<<strong>br</strong> />
no paradigma da ciência ocidental e r<strong>edu</strong>zimos as diferentes formas de estrutura de<<strong>br</strong> />
compreensão do mundo presentes na criança e noutras culturas a uma menoridade<<strong>br</strong> />
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cognitiva a ser superada na infância pelo seu processo de socialização e<<strong>br</strong> />
desenvolvimento.<<strong>br</strong> />
Para Piaget o desenvolvimento mental cognitivo se realiza em estágios, ou<<strong>br</strong> />
seja, a natureza ou caracterização da inteligência muda significativamente com o<<strong>br</strong> />
passar do tempo. Assim Piaget esquematiza o desenvolvimento intelectual em:<<strong>br</strong> />
estágio sensório-motor (0 a 2 anos), estágio pré-operacional (2 a 6 anos), estágio de<<strong>br</strong> />
operações concretas (7 a 11 anos) e estágio de operações formais (12 anos em<<strong>br</strong> />
diante).<<strong>br</strong> />
No estágio sensório-motor, a atividade intelectual é de natureza sensorial e<<strong>br</strong> />
motora: a criança percebe o ambiente e age so<strong>br</strong>e ele.<<strong>br</strong> />
No estágio pré-operacional, o principal progresso é o desenvolvimento da<<strong>br</strong> />
capacidade simbólica.<<strong>br</strong> />
Em relação ao estágio das operações concretas, as operações mentais da<<strong>br</strong> />
criança ocorrem em resposta a objetos e situações reais.<<strong>br</strong> />
Finalmente, no estagio das operações formais, o pensamento não mais<<strong>br</strong> />
depende tanto da percepção ou da manipulação de objetos concretos.<<strong>br</strong> />
O desenvolvimento do indivíduo quer do ponto de vista físico, quer do ponto<<strong>br</strong> />
de vista cognitivo e emocional, ocorre dentro de um contexto psicossocial que lhe dá<<strong>br</strong> />
significação. O processo de socialização do indivíduo começa muito cedo na vida e<<strong>br</strong> />
é através desse processo que ele adquire as características que distinguem o ser<<strong>br</strong> />
humano de outros animais. Esse processo é extremamente complexo e é através<<strong>br</strong> />
dele que se desenvolvem os padrões típicos de comportamento do indivíduo que<<strong>br</strong> />
constituem aquilo a que se chama sua personalidade.<<strong>br</strong> />
Na primeira infância o ser humano adquire, através da aprendizagem social,<<strong>br</strong> />
os elementos básicos da linguagem articulada.<<strong>br</strong> />
Entre 9 e 10 meses de idade a criança começa a repetir os sons que ouve<<strong>br</strong> />
dos seres humanos que a cercam. Ordinariamente estes sons emitidos pela criança<<strong>br</strong> />
são repetidos por alguém com quem se relaciona. Essa repetição da parte das<<strong>br</strong> />
pessoas que constituem o mundo significativo da criança.<<strong>br</strong> />
É interessante ressaltar que a criança compreende a linguagem de outras<<strong>br</strong> />
pessoas mesmo antes de ser capaz de usar sua própria linguagem.<<strong>br</strong> />
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A palavra emoção, no contexto da psicologia, significa algo de natureza<<strong>br</strong> />
afetiva e envolve um elemento consciente de sentimento. A emoção está<<strong>br</strong> />
relacionada com a motivação, como elemento energizante do comportamento; ela<<strong>br</strong> />
também se sujeita à aprendizagem do seu processo evolutivo.<<strong>br</strong> />
No desenvolvimento emocional do ser humano a figura materna desempenha<<strong>br</strong> />
importante papel, bem como o contato físico, a excitação e a família. O senso moral<<strong>br</strong> />
de cada indivíduo não é algo geneticamente determinado, e sim, relativo ao meio<<strong>br</strong> />
que o produziu.<<strong>br</strong> />
Em princípio o comportamento moral da criança é de caráter imitativo e mais<<strong>br</strong> />
ou menos guiado pelos impulsos. Nessa fase da vida, a criança age em função de<<strong>br</strong> />
suas necessidades e é basicamente orientada pelo princípio de prazer.<<strong>br</strong> />
O desenvolvimento da personalidade de um indivíduo não é um processo que<<strong>br</strong> />
se possa observar do mesmo modo como se observa seu desenvolvimento físico,<<strong>br</strong> />
cognitivo ou até mesmo seu desenvolvimento emocional. Mas, de alguma forma,<<strong>br</strong> />
todos esses aspectos do seu desenvolvimento constituem a base desse conceito<<strong>br</strong> />
maior que chamamos personalidade.<<strong>br</strong> />
O desenvolvimento da personalidade, portanto, é um processo de<<strong>br</strong> />
socialização através do qual interagem os fatores biológicos e os fatores culturais.<<strong>br</strong> />
Enfim, a primeira infância é a fase da vida em que as estruturas básicas da<<strong>br</strong> />
personalidade são lançadas. É possível dar expressão diferente e modificar<<strong>br</strong> />
elementos dessa estrutura básica, mas não há dúvida de que aqui se encontram os<<strong>br</strong> />
alicerces so<strong>br</strong>e os quais esse edifício é construído.<<strong>br</strong> />
A idade pré-escolar é considerada a fase áurea da vida, em termos da<<strong>br</strong> />
psicologia evolutiva, e por isso mesmo, tem sido objeto de extensas formulações<<strong>br</strong> />
teóricas.<<strong>br</strong> />
Segundo a teoria de Piaget, a fase pré-escolar corresponde ao período pré-<<strong>br</strong> />
operacional do desenvolvimento cognitivo. As operações mentais da criança nessa<<strong>br</strong> />
idade se limitam aos significados imediatos do mundo infantil. A primeira fase desse<<strong>br</strong> />
estágio é caracterizada pelo pensamento egocêntrico. Na segunda fase a criança<<strong>br</strong> />
começa a ampliar o seu mundo cognitivo, o que constitui o chamado pensamento<<strong>br</strong> />
intuitivo.<<strong>br</strong> />
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Na fase pré-escolar o mundo é representado para a criança de modo<<strong>br</strong> />
“icônico”, ou seja, de modo viso perceptivo. Do ponto de vista é o processo de<<strong>br</strong> />
“descentralização” que possibilita à criança a percepção de mais de um aspecto de<<strong>br</strong> />
lado objeto de uma só vez.<<strong>br</strong> />
Um dos aspectos mais importantes do processo evolutivo do ser humano é a<<strong>br</strong> />
aquisição da linguagem articulada. Não se sabe, porém, como o homem aprendeu a<<strong>br</strong> />
falar. Ao que tudo indica, a linguagem humana resulta de fatores biológicos<<strong>br</strong> />
combinados com elementos do meio e um que o homem vive. Do ponto de vista<<strong>br</strong> />
histórico, as teorias místicas, imitativas e interjetivas procuram explicar a origem da<<strong>br</strong> />
linguagem articulada, mas nenhuma delas oferece explicação satisfatória.<<strong>br</strong> />
A psicologia evolutiva do desenvolvimento submeteu a infância a uma lógica<<strong>br</strong> />
adulterada onde a existência da vivência toma significado como preparação para a<<strong>br</strong> />
vida adulta.<<strong>br</strong> />
Ao ministrarmos uma atividade na <strong>edu</strong>cação infantil, precisamos saber como<<strong>br</strong> />
a criança é e se está madura para aquela atividade, como poderá ser motivada e<<strong>br</strong> />
quais os melhores meios de ensiná-la, para que a aprendizagem se torne duradoura.<<strong>br</strong> />
O jogo simbólico prossegue ao longo do período escolar e estabelece a<<strong>br</strong> />
realidade traduzida e a evolução da relação corpo espaço, resultando numa<<strong>br</strong> />
organização egocêntrica do universo.<<strong>br</strong> />
A <strong>edu</strong>cação pelo movimento na escola fundamental coloca em evidencia seu<<strong>br</strong> />
papel na prevenção de dificuldades escolares, pois possui virtudes que possibilitam<<strong>br</strong> />
o desenvolvimento total da criança. Portanto, prepara a criança para a vida escolar<<strong>br</strong> />
através de métodos pedagógicos renovados, ajudando a mesma a desenvolver-se<<strong>br</strong> />
da melhor maneira possível e tirando melhor partido de recursos que a preparem<<strong>br</strong> />
para a vida social.<<strong>br</strong> />
O compromisso político social com a inclusão social e com o processo<<strong>br</strong> />
<strong>edu</strong>cacional, orientado pelo paradigma da qualidade em <strong>edu</strong>cação, se expressa na<<strong>br</strong> />
compreensão, da <strong>edu</strong>cação como constituição cultural de sujeitos livres. Desse<<strong>br</strong> />
modo, torna-se necessário viabilizarmos forma se inovações que efetivamente<<strong>br</strong> />
produzam um resultado de elevação da capacidade de intervenção de <strong>edu</strong>cadores e<<strong>br</strong> />
de <strong>edu</strong>candos no processo de construção de uma sociedade justa e igualitária.<<strong>br</strong> />
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A atuação da <strong>edu</strong>cação infantil precisa fundamentar-se em amplas áreas de<<strong>br</strong> />
conhecimento para que consiga trabalhar de forma integrada os três eixos que a<<strong>br</strong> />
fundamentam: <strong>br</strong>incar, cuidar e <strong>edu</strong>car.<<strong>br</strong> />
A aprendizagem se dá em um complexo de inter-relações entre os diversos<<strong>br</strong> />
aspectos que compõe a criança como pessoa que tem direito a viver o presente<<strong>br</strong> />
como a criança que é, que se encontra em constante processo de aprendizagem, de<<strong>br</strong> />
descobertas e de constituição como sujeito histórico social.<<strong>br</strong> />
O movimento de renovação pedagógica da <strong>edu</strong>cação básica vem buscando<<strong>br</strong> />
um novo estilo de inovação <strong>edu</strong>cativa que surge com a prática cotidiana de<<strong>br</strong> />
professores a alunos que pensam e fazem a <strong>edu</strong>cação, pois reconhecem o aluno<<strong>br</strong> />
como sujeito sócio cultural e assim sujeito da inovação, compreendendo o ato<<strong>br</strong> />
<strong>edu</strong>cativo como ação humana formadora de caráter flexível.<<strong>br</strong> />
A construção histórica da infância é compreendida como um momento<<strong>br</strong> />
específico, distinto do adulto, não apenas biológica, mas cognitiva e socialização da<<strong>br</strong> />
criança nos diferentes espaços sociais: a família, a escola, a cidade, definindo o que<<strong>br</strong> />
é a criança, como esta deve ser tratada, através de que estratégias de socialização.<<strong>br</strong> />
Portanto, na <strong>edu</strong>cação infantil, é necessário se conhecer a psicologia da<<strong>br</strong> />
criança para compreender seu comportamento, prevê-lo e, em alguns casos,<<strong>br</strong> />
modificá-lo de forma significativa. Educar uma criança, ensiná-la, evitando<<strong>br</strong> />
perturbações em seu comportamento, exige do <strong>edu</strong>cador, além de amor e<<strong>br</strong> />
dedicação, o conhecimento das características infantis em cada fase do<<strong>br</strong> />
desenvolvimento: seus interesses, necessidades, motivações e possibilidades. Daí a<<strong>br</strong> />
importância de trabalhar a psicomotricidade na <strong>edu</strong>cação infantil.<<strong>br</strong> />
3.5 - A Importância da Psicomotricidade na Aprendizagem da Criança na Fase<<strong>br</strong> />
Escolar<<strong>br</strong> />
A <strong>edu</strong>cação pelo movimento deveria ter um espaço reservado, principalmente<<strong>br</strong> />
na escola primária. O programa de desenvolvimento motor é preciso ter atividades<<strong>br</strong> />
recreativas compensatórias. No currículo da escola primária é necessário também<<strong>br</strong> />
como básica a <strong>edu</strong>cação pelo movimento. As crianças que possuem dislexia e<<strong>br</strong> />
disgrafia devem superar estas dificuldades. A dislexia, por exemplo, é consequência<<strong>br</strong> />
de uma perturbação específica da relação em um determinado momento da<<strong>br</strong> />
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evolução pessoal. Na realidade, vários problemas de re<strong>edu</strong>cação não aconteceriam<<strong>br</strong> />
junto à leitura, escrita e matemática se a psicomotricidade fosse utilizada como<<strong>br</strong> />
principal meio <strong>edu</strong>cativo, associada a exercícios gráficos e de manipulação. A<<strong>br</strong> />
<strong>edu</strong>cação básica, através do movimento.<<strong>br</strong> />
Associada a jogos e atividades esportivas que deveria ocupar um lugar de<<strong>br</strong> />
destaque no ensino da criança de 6 a 12 anos. Dessa forma, a psicomotricidade<<strong>br</strong> />
contribui para <strong>edu</strong>cação por se utilizar o movimento para atingir o desenvolvimento<<strong>br</strong> />
motor e a formação do esquema corporal da criança.<<strong>br</strong> />
3.6 - As Áreas da Psicomotricidade<<strong>br</strong> />
Didaticamente a psicomotricidade está subdividida em áreas que facilitam a<<strong>br</strong> />
compreensão e o trabalho do dia-a-dia do professor em sala de aula contribuindo<<strong>br</strong> />
assim para a eficiência do processo ensino-aprendizagem. Todas as atividades de<<strong>br</strong> />
prática psicomotora visam estimular as várias áreas mencionadas a seguir:<<strong>br</strong> />
a) Comunicação e Expressão<<strong>br</strong> />
A linguagem é função de expressão e comunicação do pensamento e função<<strong>br</strong> />
de socialização. Permite ao indivíduo trocar experiências e atuar – verbal e<<strong>br</strong> />
gestualmente – no mundo. Por ser a linguagem verbal intimamente dependente da<<strong>br</strong> />
articulação e da respiração, incluem-se nesta área os exercícios fonoarticulatórios e<<strong>br</strong> />
respiratórios.<<strong>br</strong> />
b) Percepção<<strong>br</strong> />
Percepção é a capacidade de reconhecer e compreender estímulos<<strong>br</strong> />
recebidos. A percepção está ligada à atenção, à consciência e a memória. Os<<strong>br</strong> />
estímulos que chegam até nós, provoca numa sensação que possibilita a percepção<<strong>br</strong> />
e a discriminação. Primeiramente sentimos, através dos sentidos: tato, visão,<<strong>br</strong> />
audição, olfato e paladar. Em seguida, percebemos, realizamos uma mediação entre<<strong>br</strong> />
o sentir e o pensar. E, por fim, discriminamos – reconhecemos as diferenças e<<strong>br</strong> />
semelhanças entre estímulos e percepções. A discriminação é que nos permite<<strong>br</strong> />
saber, por exemplo, o que é verde e o que é azul, e a diferença entre o 1 e o 7. As<<strong>br</strong> />
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atividades propostas para esta área devem auxiliar o desenvolvimento da percepção<<strong>br</strong> />
e da discriminação.<<strong>br</strong> />
c) Coordenação<<strong>br</strong> />
A coordenação motora é mais ou menos instintiva e ligada ao desenvolvimento<<strong>br</strong> />
físico. Entendida com a união harmoniosa de movimentos, a coordenação supõe<<strong>br</strong> />
integridade e maturação do sistema nervoso. A coordenação motora pode ser<<strong>br</strong> />
subdividida em coordenação dinâmica global ou geral, visomanual ou fina e visual.<<strong>br</strong> />
• A coordenação dinâmica global envolve movimentos amplos com todo o corpo<<strong>br</strong> />
(cabeça, om<strong>br</strong>os, <strong>br</strong>aços, pés, tornozelos, quadris etc.) e desse modo “coloca<<strong>br</strong> />
grupos musculares diferentes em ação simultânea, com vistas à execução de<<strong>br</strong> />
movimentos voluntários mais ou menos complexos”.<<strong>br</strong> />
• A coordenação viso manual engloba movimentos dos pequenos músculos em<<strong>br</strong> />
harmonia, na execução de atividades utilizando dedos, mãos e pulsos.<<strong>br</strong> />
• A coordenação visual refere-se a movimentos específicos com os olhos nas mais<<strong>br</strong> />
variadas direções.<<strong>br</strong> />
d) Orientação<<strong>br</strong> />
A orientação ou estruturação espacial/temporal é importante no processo de<<strong>br</strong> />
adaptação do indivíduo ao ambiente, já que todo corpo, animado ou inanimado,<<strong>br</strong> />
ocupa necessariamente um espaço em um dado momento. A orientação espacial e<<strong>br</strong> />
temporal corresponde à organização intelectual do meio e está ligada à consciência,<<strong>br</strong> />
à memória e às experiências vivenciadas pelo indivíduo.<<strong>br</strong> />
e) Conhecimento Corporal e Lateralidade<<strong>br</strong> />
A criança percebe seu próprio corpo por meio de todos os sentidos. Seu<<strong>br</strong> />
corpo ocupa um espaço no ambiente em função do tempo, capta imagens, recebe<<strong>br</strong> />
sons, sente cheiros e sabores, dor e calor, movimenta-se. A entidade corpo é centro,<<strong>br</strong> />
o referencial. A noção do corpo está no centro do sentimento de mais menos<<strong>br</strong> />
disponibilidade e adaptação que temos de nosso corpo e está no centro de relação<<strong>br</strong> />
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entre o vivido e o universo. É nosso espelho afetivo somático ante uma imagem de<<strong>br</strong> />
nós mesmos, do outro e dos objetos.<<strong>br</strong> />
O esquema corporal, da maneira como se constrói e se elabora no decorrer<<strong>br</strong> />
da evolução da criança, não tem nada a ver com uma tomada de consciência<<strong>br</strong> />
sucessiva de elementos distintos, os quais, como num que<strong>br</strong>a-cabeça, iriam pouco a<<strong>br</strong> />
pouco se encaixar uns aos outros para compor um corpo completo a partir de um<<strong>br</strong> />
corpo desmem<strong>br</strong>ado.<<strong>br</strong> />
O esquema corporal revela-se gradativamente à criança da mesma forma que<<strong>br</strong> />
uma fotografia revelada na câmara escura mostra-se pouco a pouco para o<<strong>br</strong> />
observador, tomando contorno, forma e colocação cada vez mais nítidos. A<<strong>br</strong> />
elaboração e o estabelecimento deste esquema parecem ocorrer relativamente<<strong>br</strong> />
cedo, uma vez que a evolução está praticamente terminada por volta dos quatro ou<<strong>br</strong> />
cinco anos. Isto é, ao lado da construção de um corpo “objetivo”, estruturado e<<strong>br</strong> />
representado como um objeto físico, cujos limites podem ser traçados a qualquer<<strong>br</strong> />
momento, existe uma experiência precoce, global e inconsciente do esquema<<strong>br</strong> />
corporal, que vai pesar muito no desenvolvimento ulterior da imagem e da<<strong>br</strong> />
representação de si.<<strong>br</strong> />
O conceito corporal, que é conhecimento intelectual so<strong>br</strong>e partes e funções; e<<strong>br</strong> />
o esquema corporal, que em nossa mente regula a posição dos músculos e partes<<strong>br</strong> />
do corpo. O esquema corporal é inconsciente e se modifica com o tempo. Quando<<strong>br</strong> />
tratamos de conhecimento corporal, inserimos a lateralidade, já que é a bússola de<<strong>br</strong> />
nosso corpo e assim possibilita nossa situação no ambiente. A lateralidade diz<<strong>br</strong> />
respeito à percepção dos lados direito e esquerdo e da atividade desigual de cada<<strong>br</strong> />
um desses lados visto que sua distinção será manifestada ao longo do<<strong>br</strong> />
desenvolvimento da experiência.<<strong>br</strong> />
Para perceber o corpo possui dois lados e que é um mais utilizado do que<<strong>br</strong> />
outro é o início da discriminação entre a esquerda e direita. De início, a criança não<<strong>br</strong> />
distingue os dois lados do corpo; num segundo momento, ela compreende que os<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>aços encontram-se um em cada lado de seu corpo, embora ignore que sejam<<strong>br</strong> />
“direito” e “esquerdo”. Aos cinco anos, aprende a diferenciar uma mão da outra e um<<strong>br</strong> />
pé do outro. Em seguida, passa a distinguir um olho do outro. Aos seis anos, a<<strong>br</strong> />
criança tem noção de suas extremidades direita e esquerda e noção dos órgãos<<strong>br</strong> />
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pares, apontando sua localização em cada lado de seu corpo (ouvidos,<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>ancelhas, mamilos etc.). Aos sete anos, sabem com precisão quais são as<<strong>br</strong> />
partes direita e esquerda de seu corpo.<<strong>br</strong> />
As atividades psicomotoras auxiliam a criança a adquirir boa noção de espaço<<strong>br</strong> />
e lateralidade e boa orientação com relação a seu corpo, aos objetos, às pessoas e<<strong>br</strong> />
aos sinais gráficos. Alguns estudiosos preferem tratar a questão da lateralidade<<strong>br</strong> />
como parte da orientação espacial e não como parte do conhecimento corporal.<<strong>br</strong> />
f) Habilidades Conceituais<<strong>br</strong> />
A matemática pode ser considerada uma linguagem cuja função é expressar<<strong>br</strong> />
relações de quantidade, espaço, tamanho, ordem, distância etc. A medida em que<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>inca com formas, que<strong>br</strong>a-cabeças, caixas ou panelas, a criança adquire uma visão<<strong>br</strong> />
dos conceitos pré-simbólicos de tamanho, número e forma. Ela enfia contas no<<strong>br</strong> />
barbante ou coloca figuras em quadro e aprende so<strong>br</strong>e sequencia e ordem; aprende<<strong>br</strong> />
frases: acabou, não mais, muito que amplia suas ideias de quantidade.<<strong>br</strong> />
A criança progride na medida do conhecimento físico (referente à cor, peso<<strong>br</strong> />
etc.), a criança necessita ter uns sistemas de referência lógico-matemático que lhe<<strong>br</strong> />
possibilite relacionar novas observações com o conhecimento já existente, por<<strong>br</strong> />
exemplo: para perceber que um peixe é vermelho, ela necessita um esquema<<strong>br</strong> />
classificatório para distinguir o vermelho de todas as outras cores e outro esquema<<strong>br</strong> />
classificatório para distinguir o peixe de todos os demais objetos que conhece.<<strong>br</strong> />
g) Habilidades Psicomotoras e Processo de Alfabetização<<strong>br</strong> />
As habilidades psicomotoras são essenciais ao bom desempenho no<<strong>br</strong> />
processo de alfabetização. A aprendizagem da leitura e da escrita exige habilidades<<strong>br</strong> />
tais como:<<strong>br</strong> />
• Dominância manual já estabelecida (área de lateralidade);<<strong>br</strong> />
• Conhecimento numérico suficiente para saber, por exemplo, quantas voltas<<strong>br</strong> />
existem nas letras m e n, ou quantas sílabas formam uma palavra (área de<<strong>br</strong> />
habilidades conceituais);<<strong>br</strong> />
• Movimentação dos olhos da esquerda para a direita, domínio de movimentos<<strong>br</strong> />
delicados adequados à escrita, acompanhamento das linhas de uma página com os<<strong>br</strong> />
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olhos ou dedos, preensão adequada para segurar lápis e papel e para folhear (área<<strong>br</strong> />
de coordenação visual e manual);<<strong>br</strong> />
• Discriminação de sons (área de percepção auditiva);<<strong>br</strong> />
• Adequação da escrita às dimensões do papel, reconhecimento das diferenças dos<<strong>br</strong> />
pares b/d, q/d, p/q etc., orientação da leitura e da escrita da esquerda para a direita,<<strong>br</strong> />
manutenção da proporção de altura e largura das letras, manutenção de espaço<<strong>br</strong> />
entre as palavras e escrita orientada pelas pautas (áreas de percepção visual,<<strong>br</strong> />
orientação espacial, lateralidade, habilidade conceituais);<<strong>br</strong> />
• Pronúncia adequada de vogais, consoantes, sílabas, palavras (área de<<strong>br</strong> />
comunicação e expressão);<<strong>br</strong> />
• Noção de linearidade da disposição sucessiva de letras, sílabas e palavras (área<<strong>br</strong> />
de orientação têmporo-espacial);<<strong>br</strong> />
• Capacidade de decompor palavras em sílabas e letras (análise);<<strong>br</strong> />
• <strong>Pos</strong>sibilidade de reunir letras e silabas para formar novas palavras (síntese).<<strong>br</strong> />
Atividades...<<strong>br</strong> />
1 - Descreva uma atividade para o desenvolvimento de cada item abaixo:<<strong>br</strong> />
a) Coordenação motora fina (manual- digital)<<strong>br</strong> />
b) Esquema corporal<<strong>br</strong> />
c) Percepção auditiva<<strong>br</strong> />
d) Coordenação viso motora<<strong>br</strong> />
Praticando...<<strong>br</strong> />
1- Elabore uma aula de Educação Física para a pré-escola, utilizando atividades<<strong>br</strong> />
para o desenvolvimento da percepção visual.<<strong>br</strong> />
- Parte inicial:<<strong>br</strong> />
- Parte principal<<strong>br</strong> />
1-<<strong>br</strong> />
2-<<strong>br</strong> />
- Volta à calma<<strong>br</strong> />
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Construindo...<<strong>br</strong> />
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Organizar um circuito com 9 estações com objetivo de desenvolver a<<strong>br</strong> />
psicomotricidade ampla ou motricidade fina, para 3ª série do ensino fundamental.<<strong>br</strong> />
BIBLIOGRAFIA<<strong>br</strong> />
COSTE, J. C. A. Psicomotricidade. Tradução: A Ca<strong>br</strong>al, Rio de Janeiro, Editora<<strong>br</strong> />
Guanabara, 1992.FONSECA, Vitor da – Psicomotricidade; 2ª Ed.: São Paulo:<<strong>br</strong> />
Martins Fontes, 1988.<<strong>br</strong> />
GUILHERME, Jean Jacques. Educação e Re<strong>edu</strong>cação Psicomotora. Porto Alegre:<<strong>br</strong> />
Artes Médicas, 1983.LE BOULCH, J. O Desenvolvimento Psicomotor: do<<strong>br</strong> />
Nascimento até os 6 anos. Tradução: A GBrizolara, Porto Alegre, Editora Artes<<strong>br</strong> />
Médicas, 1986.<<strong>br</strong> />
______. Educação Psicomotora na Idade Escolar. Porto Alegre: Artes Médicas,<<strong>br</strong> />
1988.<<strong>br</strong> />
MOURÃO, Márcia Souto M. Sá. A Formação do Educador para a Pré-Escola Revista<<strong>br</strong> />
Criança.<<strong>br</strong> />
Ministério da Ed. E Desporto, p. 15-17, nº 27, 1994.<<strong>br</strong> />
NASCIMENTO, Lúcia S. e MACHADO, M. Therezinha C. Psicomotricidade a<<strong>br</strong> />
Aprendizagem, 2ª Ed.Rio de Janeiro: Ene Livros, 1986.<<strong>br</strong> />
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APOSTILA DE PSICOMOTRICIDADE<<strong>br</strong> />
Ementa: Psicomotricidade - histórico e conceito. Os aspectos instrumentais do<<strong>br</strong> />
desenvolvimento: aprendizagem, linguagem, o <strong>br</strong>incar, os processos práticos de<<strong>br</strong> />
socialização. O <strong>br</strong>incar psicomotor. Os subfatores que interferem na aprendizagem:<<strong>br</strong> />
tônus, lateralidade, estruturação espaço-temporal, equilí<strong>br</strong>io, percepções sensoriais,<<strong>br</strong> />
esquema e imagem corporal, praxias globais e finas. A <strong>edu</strong>cação psicomotora e<<strong>br</strong> />
suas implicações na aprendizagem.<<strong>br</strong> />
Os fundamentos teóricos básicos; observação e avaliação do<<strong>br</strong> />
desenvolvimento psicomotor; distúrbios psicomotores; áreas de intervenção da<<strong>br</strong> />
psicomotricidade; avaliação psicomotora; a prática psicomotora, articulando o campo<<strong>br</strong> />
psicomotor e psicopedagógico. Os princípios e as práticas da <strong>edu</strong>cação<<strong>br</strong> />
psicomotora. Objetivos específicos: aprofundar articulações entre a psicomotricidade<<strong>br</strong> />
e os processos de aprendizagem propiciando experiências práticas neste sentido.<<strong>br</strong> />
Conceitos da psicomotricidade segundos diversos autores:<<strong>br</strong> />
Ajuriaguerra, médico psiquiatra, considerado pela comunidade científica como<<strong>br</strong> />
o “Pai da Psicomotricidade”, define assim: “Psicomotricidade se conceitua como<<strong>br</strong> />
ciência da saúde e da <strong>edu</strong>cação, pois indiferentes das diversas escolas, psicológica,<<strong>br</strong> />
condutista, evolutista, genética, e etc, ela visa à representação e a expressão<<strong>br</strong> />
motora, através da utilização psíquica e mental do indivíduo”.<<strong>br</strong> />
Dalila M. M. de Costallat, “A Psicomotricidade como Ciência de Síntese, que<<strong>br</strong> />
com a pluralidade de seus enfoques, procura elucidar os problemas que afetam as<<strong>br</strong> />
inter-relações harmônicas, que constituem a unidade do ser humano e sua<<strong>br</strong> />
convivência com os demais”.<<strong>br</strong> />
Germaine Rossel, “A Educação Psicomotora é a <strong>edu</strong>cação de controle mental<<strong>br</strong> />
e da expressão motora”.<<strong>br</strong> />
Giselle B. Soubiran “Psicomotricidade e Relaxação, bases fundamentais da<<strong>br</strong> />
estrutura psico corporal, estática e em movimento, precedente e condicionante a<<strong>br</strong> />
toda atividade psíquica”.<<strong>br</strong> />
Vítor da Fonseca, “A psicomotricidade visa privilegiar a qualidade da relação<<strong>br</strong> />
afetiva, a mediatização, a disponibilidade tônica, a segurança gravitacional e o<<strong>br</strong> />
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controle postural, à noção do corpo, sua lateralização e direcionalidade e a<<strong>br</strong> />
planificação práxica, enquanto componentes essenciais e globais da aprendizagem<<strong>br</strong> />
e do seu ato mental concomitante. Nela o corpo e a motricidade são abordados<<strong>br</strong> />
como unidade e totalidade do ser. O seu enfoque é, portanto, psico somático, psico<<strong>br</strong> />
cognitivo, psiquiátrico, somato-analítico, psico neurológico e psico terapêutico”.<<strong>br</strong> />
P. Vayer, “É a <strong>edu</strong>cação da integridade do ser, através do seu corpo”.<<strong>br</strong> />
Beatriz Loureiro, “Psicomotricidade é a otimização corporal dos potenciais<<strong>br</strong> />
neuro, psico-cognitivo funcionais, sujeitos às leis de desenvolvimento e maturação,<<strong>br</strong> />
manifestadas pela dimensão simbólica corporal própria, original e especial do ser<<strong>br</strong> />
humano”.<<strong>br</strong> />
Hurtado (1983), diz que a psicomotricidade é a <strong>edu</strong>cação dos movimentos, ou<<strong>br</strong> />
através dos movimentos, visando a melhor utilização das capacidades psicofísicas<<strong>br</strong> />
da criança. Neste caso utiliza-se o movimento como meio e não como fim a ser<<strong>br</strong> />
atingida. A Psicomotricidade é o suporte básico que auxilia a criança a adquirir tanto<<strong>br</strong> />
sensações e percepções como conceitos, os quais lhe darão o conhecimento de seu<<strong>br</strong> />
corpo e, através desse, do mundo que o rodeia.<<strong>br</strong> />
Coste (1981), define a Psicomotricidade como uma técnica em que cruzam e<<strong>br</strong> />
se encontram múltiplos pontos de vista, e que utiliza numerosas ciências<<strong>br</strong> />
constituídas, entre a biologia, psicologia, psicanálise, sociologia e linguística. É<<strong>br</strong> />
considerada como uma terapia, “a terapia psicomotriz” a qual desenvolve a<<strong>br</strong> />
capacidade de expressão do indivíduo, fazendo com que haja um novo<<strong>br</strong> />
conhecimento do corpo.<<strong>br</strong> />
Schinca (1992), o controle e conhecimento do próprio corpo são essenciais<<strong>br</strong> />
para o estabelecimento da ligação entre o indivíduo e o meio externo. A relação<<strong>br</strong> />
entre cada ser e o exterior se manifesta através de atos e comportamentos motores,<<strong>br</strong> />
adaptados e ajustados mediante as sensações e percepções.<<strong>br</strong> />
Meur e Staes (1984), relatam que o estudo da psicomotricidade é recente<<strong>br</strong> />
sendo que só no início deste século abordou-o assunto ainda que superficialmente.<<strong>br</strong> />
Em uma primeira fase, a pesquisa teórica fixou-se, so<strong>br</strong>etudo no<<strong>br</strong> />
desenvolvimento motor da criança. Depois se estudou a relação entre o atraso no<<strong>br</strong> />
desenvolvimento motor e o atraso intelectual da criança.<<strong>br</strong> />
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Seguiram-se estudos so<strong>br</strong>e o desenvolvimento da habilidade manual e<<strong>br</strong> />
aptidões motoras em função da idade. Hoje em dia os estudos ultrapassam os<<strong>br</strong> />
problemas motores, pesquisandotambém as ligações com a lateralidade, à<<strong>br</strong> />
estruturação espacial e a orientação temporal por um lado e, por outro, as<<strong>br</strong> />
dificuldades escolares de crianças com inteligência normal. Faz também com que se<<strong>br</strong> />
tome consciência das relações existentes entre o gesto e a afetividade.<<strong>br</strong> />
Para De Meur (1984), a psicomotricidade quer justamente destacar a relação<<strong>br</strong> />
existente entre a motricidade, a mente e a afetividade e facilitar a abordagem global<<strong>br</strong> />
da criança por meio de uma técnica. A psicomotricidade baseia-se em princípios a<<strong>br</strong> />
partir da vivência do corpo no espaço e no tempo, desenvolvendo a consciência de<<strong>br</strong> />
si mesmo, como um ser capaz de sentir expressar e o mais importante, ser capaz de<<strong>br</strong> />
partilhar e comunicar-se com os demais.<<strong>br</strong> />
O estudo da psicomotricidade envolve cinco temas distintos: tomada de<<strong>br</strong> />
consciência do corpo, a formação da personalidade da criança, isto é<<strong>br</strong> />
desenvolvimento do esquema corporal, através do qual a criança toma consciência<<strong>br</strong> />
do seu próprio corpo e das possibilidades de expressar-se por meio desse corpo;<<strong>br</strong> />
tomada de consciência da lateralidade, a criança percebe que seus mem<strong>br</strong>os não<<strong>br</strong> />
reagem da mesma forma, percebe uma maior dominância dos movimentos de um<<strong>br</strong> />
hemicorpo do que no outro (assimetria funcional); tomada de consciência do espaço,<<strong>br</strong> />
tomada de consciência da situação do seu próprio corpo em um meio ambiente,<<strong>br</strong> />
tomada de consciência da situação das coisas entre si, possibilidade do sujeito se<<strong>br</strong> />
organizar perante o mundo que o cerca, de organizar as coisas entre si; tomada de<<strong>br</strong> />
consciência do tempo, que diz respeito a como a criança se localiza no tempo,<<strong>br</strong> />
capacidade de situar-se em função da sucessão dos acontecimentos (antes,<<strong>br</strong> />
durante, após), da duração dos acontecimentos (longo, curto), da sequencia (dias da<<strong>br</strong> />
semana, meses ano), caráter irreversível do tempo (ontem, hoje, amanhã) e<<strong>br</strong> />
renovação cíclica do tempo (orientação temporal); tomada de consciência da relação<<strong>br</strong> />
corpo-espaço-tempo, como a criança se expressa também através do desenho,<<strong>br</strong> />
completa com o domínio progressivo do desenho e do grafismo.<<strong>br</strong> />
Sociedade Brasileira de Psicomotricidade - “a ciência que tem como objeto de<<strong>br</strong> />
estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo<<strong>br</strong> />
interno e externo”, a psicomotricidade é um assunto que todos os profissionais de<<strong>br</strong> />
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Educação Física devem tomar conhecimento. O site da SBP vale uma visita com<<strong>br</strong> />
calma e atenção. A lista de cursos de formação, especialização e pós-graduação é<<strong>br</strong> />
bastante detalhada, assim como a programação de eventos que acontecem em todo<<strong>br</strong> />
o Brasil.<<strong>br</strong> />
Para quem se interessar pelo assunto, antes de ir à livraria adquirir as<<strong>br</strong> />
indicações da seção “publicações” deve visitar a seção “glossário”, para inteirar-se<<strong>br</strong> />
dos termos técnicos mais usados.<<strong>br</strong> />
Elementos da psicomotricidade<<strong>br</strong> />
A psicomotricidade envolve os seguintes elementos: esquema e imagem<<strong>br</strong> />
corporal,coordenação global, equilí<strong>br</strong>io, dominância lateral, orientação espacial e<<strong>br</strong> />
latero-espacial, orientação temporal, coordenação dinâmica das mãos.<<strong>br</strong> />
Estes elementos são considerados básicos para o desenvolvimento global da<<strong>br</strong> />
criança, são pré-requisitos necessários para a criança adquirir à aprendizagem da<<strong>br</strong> />
leitura e da escrita; vivenciar a percepção do seu corpo com relação aos objetos,<<strong>br</strong> />
saber discriminar partes do seu corpo e ter controle so<strong>br</strong>e elas e obter organização<<strong>br</strong> />
de espaço e tempo.<<strong>br</strong> />
Esquema corporal<<strong>br</strong> />
É um elemento básica indispensável para a formação da personalidade da<<strong>br</strong> />
criança. É a representação da imagem que a criança tem de seu próprio corpo. A<<strong>br</strong> />
criança se sentirá bem na medida em seu corpo lhe obedece, em que o conhece<<strong>br</strong> />
bem, em que pode utiliza-lo não somente para movimentar-se, mas também para<<strong>br</strong> />
agir. Uma criança cujo esquema corporal é mal constituído não coordena bem os<<strong>br</strong> />
movimentos, na escola a grafia é feia, e a leitura expressiva, não harmoniosa: a<<strong>br</strong> />
criança não segue o ritmo da leitura ou então para no meio de uma palavra.<<strong>br</strong> />
Segundo De Meur (1989), uma criança que se sinta à vontade significa que ele<<strong>br</strong> />
domina o seu corpo, utiliza-o com desenvoltura e eficácia, proporcionando-lhe bem<<strong>br</strong> />
estar, tornando fáceis e equili<strong>br</strong>ados seus contatos com os outros.<<strong>br</strong> />
A organização do corpo no espaço (organização espacial)<<strong>br</strong> />
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É a capacidade de movimentar o próprio corpo de forma integrada, dentro de<<strong>br</strong> />
um ambiente contendo obstáculos, passando por eles. Movimentos com rastejar,<<strong>br</strong> />
engatinhar, e andar, irão propiciar a criança o desenvolvimento das primeiras noções<<strong>br</strong> />
espaciais: perto, longe, dentro, fora. Para De Meur (1989), os problemas quanto à<<strong>br</strong> />
orientação temporal e espacial, como por exemplo, com a noção “antes-depois”,<<strong>br</strong> />
acarretam principalmente confusão na ordenação dos elementos de uma sílaba. A<<strong>br</strong> />
criança sente dificuldade em reconstruir uma frase cujas palavras estejam<<strong>br</strong> />
misturadas, sendo a analise gramatical um que<strong>br</strong>a-cabeça para ela.<<strong>br</strong> />
Uma má organização espacial ou temporal acarreta fracasso em matemática.<<strong>br</strong> />
Com efeito, para calcular a criança deve ter pontos de referência, colocar os<<strong>br</strong> />
números corretamente, possuir noção de “fileira”, de “coluna”; deve conseguir<<strong>br</strong> />
combinar as formas para fazer construções geométricas. Diante de problemas de<<strong>br</strong> />
percepção espacial uma criança não é capaz de distinguir um “b” de um “d”, um “p”<<strong>br</strong> />
de um “q”, “21” de “12”, caso não perceba a diferença entre a esquerda e a direita.<<strong>br</strong> />
Se não se distingue bem o alto e o baixo, confunde o “b” e o “p”, o “n” e o “u”, o “ou”<<strong>br</strong> />
e o “on”.<<strong>br</strong> />
A dominância lateral<<strong>br</strong> />
Refere-se ao esquema do espaço interno do indivíduo, que o capacita utilizar<<strong>br</strong> />
um lado do corpo com melhor desembaraço do que outro, em atividades que<<strong>br</strong> />
requeiram habilidade, caracterizando-se por uma assimetria funcional. A definição<<strong>br</strong> />
da lateralidade ocorre à medida que a criança se desenvolve. A lateralidade na<<strong>br</strong> />
criança não deve ser estimulada até que não tenha sido definida, quando a criança é<<strong>br</strong> />
forçada a usar um lado do corpo torna-se prejudicial para a lateralidade, devido a<<strong>br</strong> />
fatores culturais os mais antigos acham que não é correto a criança escrever com a<<strong>br</strong> />
mão esquerda, forçando-a a utilizar a mão direita par tal ação, os pais devem<<strong>br</strong> />
favorecer a escolha feita pelas crianças. Na idade onde ainda prevalece a<<strong>br</strong> />
bilateralidade, se ainda a criança tiver tendência para o sinestrismo e os pais tentar<<strong>br</strong> />
fazer algo para que impeça, pode levar a criança a apresentar danos na motricidade<<strong>br</strong> />
e contribuir para o surgimento de problemas de aprendizagem.<<strong>br</strong> />
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O equilí<strong>br</strong>io<<strong>br</strong> />
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É a função na qual os indivíduos mantém sua estabilidade corporal durante os<<strong>br</strong> />
movimentos e quando em estado de imobilidade (Masson,1985). Shinca (1992)<<strong>br</strong> />
relata que o bom equilí<strong>br</strong>io é essencial para a conquista da locomoção assim como a<<strong>br</strong> />
independência dos mem<strong>br</strong>os superiores. A dificuldade de equili<strong>br</strong>ar-se produz<<strong>br</strong> />
estados de ansiedade e insegurança, pois a criança não consegue manter um<<strong>br</strong> />
estado estático ou de movimento e isto atrapalha a relação entre equilí<strong>br</strong>io físico e<<strong>br</strong> />
psíquico. Picq e Vayer (1985), diz que na presença de algum distúrbio do equilí<strong>br</strong>io<<strong>br</strong> />
pode-se observar uma indisponibilidade imediata dos movimentos, desequilí<strong>br</strong>io<<strong>br</strong> />
corporal global, marcha não harmoniosa, tensões musculares locais,<<strong>br</strong> />
desalinhamentos anatômicos e imprevisibilidade de atitudes. Socialmente a criança<<strong>br</strong> />
pode apresentar tendência à inibição ou desejo de esconder, e falta de confiança em<<strong>br</strong> />
si mesmo.<<strong>br</strong> />
A organização latero-espacial<<strong>br</strong> />
Desenvolve da seguinte maneira, aos 6 anos a criança tem conhecimento do<<strong>br</strong> />
lado direito e esquerdo do seu corpo, aos 7 anos reconhece a posição relativa entre<<strong>br</strong> />
dois objetos, aos 8 anos reconhece o lado direito e esquerdo em outra pessoa, aos 9<<strong>br</strong> />
anos consegue imitar movimentos realizados por outras pessoas com o mesmo lado<<strong>br</strong> />
do corpo no qual a pessoa realiza o movimento, isto é transpõe o lado da pessoa<<strong>br</strong> />
para o seu, aos 10 anos reproduz movimentos de figuras esquematizadas, e aos 11<<strong>br</strong> />
anos consegue identificar a posição relativa entre 3 objetos.<<strong>br</strong> />
A coordenação dinâmica<<strong>br</strong> />
A coordenação dinâmica geral da criança um bom domínio do corpo suprindo<<strong>br</strong> />
a ansiedade habitual, diminui as sincinesias e as tensões trazendo um controle<<strong>br</strong> />
satisfatório e confiança com relação ao próprio corpo.<<strong>br</strong> />
Com relação à coordenação dinâmica das mãos Le Boulch (1982) diz que a<<strong>br</strong> />
habilidade manual ou destreza constitui um aspecto particular da coordenação<<strong>br</strong> />
global. Reveste muita importância nas praxias, no grafismo, pelo que deve dar se<<strong>br</strong> />
muita atenção particular. A criança quando apresenta algum distúrbio no<<strong>br</strong> />
desenvolvimento da coordenação (tanto global como da dinâmica das mãos), poderá<<strong>br</strong> />
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apresentar dificuldades escolares com disgrafia, ultrapassa linhas e margens do<<strong>br</strong> />
caderno, pode ter dificuldades na apreensão de dedos e nos gestos.<<strong>br</strong> />
Os potenciais humanos, são apoiados nas áreas básicas da<<strong>br</strong> />
Psicomotricidade, seu estudo e pesquisa constantes do esquema e da imagem<<strong>br</strong> />
corporal, da lateralização, da tonicidade, da equili<strong>br</strong>ação e coordenação, são<<strong>br</strong> />
enriquecidos instrumentalmente, estimulando o sentimento de competência, de auto-<<strong>br</strong> />
estima, entendendo o ser humano em constantes e complexas adaptações, fazendo-<<strong>br</strong> />
o concluir que é amado e aceito, tornando-o transformador e produtor social.<<strong>br</strong> />
Sintetizando, a Psicomotricidade subtende uma concepção holística de<<strong>br</strong> />
aprendizagem e de adaptação do ser humano, que tem por finalidade, associar<<strong>br</strong> />
dinamicamente, o ato ao pensamento, o gesto à palavra, o símbolo ao conceito.<<strong>br</strong> />
A História da Psicomotricidade no Brasil<<strong>br</strong> />
A história da Psicomotricidade no Brasil, segue os passos da escola francesa.<<strong>br</strong> />
Era clara e nítida a influência marcante da Escola Francesa de Psiquiatria Infantil e<<strong>br</strong> />
da Psicologia na época da 1ª guerra em todo mundo. O Brasil foi também invadido,<<strong>br</strong> />
ainda que tardiamente, pelos primeiros ventos da Pedagogia e da Psicologia. Nos<<strong>br</strong> />
países europeus, pesquisadores se organizavam em grupos de trabalho: era preciso<<strong>br</strong> />
responder as aspirações e necessidades da sociedade industrial, que levava as<<strong>br</strong> />
mulheres ao trabalho formal, deixando as crianças em creches.<<strong>br</strong> />
Os franceses se conscientizavam so<strong>br</strong>e a importância do gesto e<<strong>br</strong> />
pesquisavam profundamente os temas corporais. André Thomas e Saint-Anné<<strong>br</strong> />
Dargassie, iniciavam suas pesquisas so<strong>br</strong>e tônus axial. A maturação, os reflexos<<strong>br</strong> />
tônicos arcaicos do nascimento dos primeiros anos de vida, produziram as primeiras<<strong>br</strong> />
palavras-chave da Psicomotricidade.<<strong>br</strong> />
No entanto, Henri Wallon ousou falar em Tônus e Relaxamento e Dr.<<strong>br</strong> />
Ajuriaguerra combinou às suas pesquisas, a importância do tônus falada por Wallon<<strong>br</strong> />
em seus escritos so<strong>br</strong>e o diálogo tônico. Dra. Giselle Soubiran iniciou sua prática de<<strong>br</strong> />
relaxação psicotônica e fez seguidores. Empenhada cada vez mais em mostrar ao<<strong>br</strong> />
mundo, a importância do tônus no dia a dia, ela apontou aos pesquisadores,<<strong>br</strong> />
caminhos a serem seguidos e estudados e deixou clara a sintomatologia tônica<<strong>br</strong> />
corporal do século. No Brasil, Antonio Branco Lefévre buscou junto às o<strong>br</strong>as de<<strong>br</strong> />
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Ajuriaguerra e Ozeretski, influenciado por sua formação em Paris, a organização da<<strong>br</strong> />
primeira escala de avaliação neuromotora para crianças <strong>br</strong>asileiras.<<strong>br</strong> />
3.1 A evolução da Psicomotricidade<<strong>br</strong> />
1790 – Maine de Brian, primeiro a valorizar o movimento como componente<<strong>br</strong> />
essencial da estruturação do “eu”. Para ele, é na ação que o EU toma consciência<<strong>br</strong> />
de si mesmo e do mundo. O “eu” não pensa, vive-se;<<strong>br</strong> />
1874 – C. Koupernik foi o principal indicador do que poderíamos chamar de<<strong>br</strong> />
Psicomotricidade do adulto;<<strong>br</strong> />
1885 – Jean M. Charcot a partir do estudo so<strong>br</strong>e o mem<strong>br</strong>o fantasma, histeria,<<strong>br</strong> />
evidência as interferências do psiquismo so<strong>br</strong>e o corpo e do corpo so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
psiquismo, encaminhando uma mudança progressiva da visão dualista;<<strong>br</strong> />
1890 – Freud ressalta a noção do inconsciente, do corpo pulsão, do corpo<<strong>br</strong> />
relação, ouseja, o corpo passa a desempenhar um papel importante nas formações<<strong>br</strong> />
inconscientes;<<strong>br</strong> />
1900 – Karl Wernicke usou pela primeira vez o termo psico-motricidade;<<strong>br</strong> />
1901 – Phillipe Tisié falou que por Educação Física não se deve entender<<strong>br</strong> />
apenas exercício muscular do corpo, mas também e principalmente o treinamento<<strong>br</strong> />
dos centros psicomotores pelas associações múltiplas e repetidas entre movimento<<strong>br</strong> />
e pensamento;<<strong>br</strong> />
1906 – Dupré publicou na Revue de Neurologie o resultado dos estudos so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
a Psicomotricidade, nos quais define a síndrome da debilidade motora, para<<strong>br</strong> />
evidenciar o paralelismo psicomotor, ou seja, a associação estreita entre<<strong>br</strong> />
desenvolvimento da motricidade, da inteligência e da afetividade;<<strong>br</strong> />
1909 – Ajuriaguerra foi considerado o iniciador da psicomotricidade da criança<<strong>br</strong> />
com o relatório so<strong>br</strong>e a debilidade motora. A psicomotricidade seria a experiência do<<strong>br</strong> />
corpo, como diálogo tônico, podendo ser lida como uma linguagem. Ajuriaguerra que<<strong>br</strong> />
afirmou que o papel da função tônica não é apenas o de servir de pano de fundo da<<strong>br</strong> />
ação corporal, mas é também um modo de relação com o outro;<<strong>br</strong> />
1925 – Dupré retoma o termo psicomotricidade na o<strong>br</strong>a Pathologie de<<strong>br</strong> />
l’imagination etde l’émotivité, empregado, também, na mesma época, por Wernicke;<<strong>br</strong> />
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Henri Wallon apresenta a famosa classificação das síndromes psico-motoras<<strong>br</strong> />
e sustenta um paralelismo das manifestações motoras e psíquicas, impregnado do<<strong>br</strong> />
r<strong>edu</strong>cionismo neurológico, fruto do dualismo corpo-alma;<<strong>br</strong> />
1930 – H. Wallon distingue dois tipos de atividades motoras e faz uma escala<<strong>br</strong> />
de desenvolvimento da criança, além de relacionar diretamente o movimento com o<<strong>br</strong> />
desenvolvimento psíquico;<<strong>br</strong> />
1935 – E. Guillmain, além de montar um teste psicomotor, analisou o<<strong>br</strong> />
paralelismo entre o comportamento geral da criança e o teste psicomotor e desco<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
três funções essenciais: atividades tônica, relacional e intelectual;<<strong>br</strong> />
1937 – Jean Piaget demonstra a importância do movimento, com base de<<strong>br</strong> />
toda a estruturação da inteligência humana. Reafirma que a atividade motora é o<<strong>br</strong> />
ponto de partida para o desenvolvimento das inteligências. A partir daí, a função<<strong>br</strong> />
tônica e a coordenação dos esquemas serão reconhecidos pelas psicologias como<<strong>br</strong> />
objeto de estudo;<<strong>br</strong> />
1948 – Heuyer fala da psicomotricidade como a associação estreita entre o<<strong>br</strong> />
desenvolvimento da motricidade, da inteligência e da afetividade;<<strong>br</strong> />
1960 – 1º edição da o<strong>br</strong>a “Educação Psicomotora e Retardo Mental” de Picq e<<strong>br</strong> />
Vayer, que significa o ponto em que a <strong>edu</strong>cação psicomotora ganha<<strong>br</strong> />
verdadeiramente uma autonomia, e se converte em uma atividade <strong>edu</strong>cativa original<<strong>br</strong> />
e com objetivos próprios;<<strong>br</strong> />
1963 – No quadro universitário do Hospital Salpétrière, na França, expediu-se<<strong>br</strong> />
um certificado de Re<strong>edu</strong>cação da Psicomotricidade;<<strong>br</strong> />
1963-1973 –Institucionalização e dispersão das doutrinas e do método;<<strong>br</strong> />
1974 – Existe, na França, o diploma de Estado de Psicomotricista, obtido<<strong>br</strong> />
através dos Ministérios da Saúde e da Família, envolvendo três anos de estudos,<<strong>br</strong> />
após o Bacharelado;<<strong>br</strong> />
1980 – Com o incentivo de Françoise Desobeau, foi criada a SOCIEDADE<<strong>br</strong> />
BRASILEIRA DE TERAPIA PSICOMOTORA (SBTP), integrada à sociedade<<strong>br</strong> />
Internacional de Terapia Psicomotora (SITP), num encontro em Araruama, onde<<strong>br</strong> />
estiveram presentes 40 profissionais de oito profissões diferentes e de oito Estados<<strong>br</strong> />
do Brasil.<<strong>br</strong> />
1982 – I Congresso Brasileiro de Psicomotricidade;<<strong>br</strong> />
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Foram iniciadas as primeiras publicações na área de Psicomotricidade<<strong>br</strong> />
através dos Anais do congresso, dos exemplares IPERA, da própria Sociedade,<<strong>br</strong> />
além de revistas como CONTINUIDADE, do CESIR e CORPO E LINGUAGEM, da<<strong>br</strong> />
Editora Jacobé, que era dirigida por um dos mem<strong>br</strong>os da Sociedade;<<strong>br</strong> />
1983 – Foram criados cursos de Pós-graduação de Psicomotricidade, na<<strong>br</strong> />
Universidade Estácio de Sá e no Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação<<strong>br</strong> />
(IBMR), constituindo um passo importante na história da Psicomotricidade;<<strong>br</strong> />
1985 – Decreto 85.188, de 7.02.1985, rebatizou o diploma de Estado de<<strong>br</strong> />
Psicomotricidade;<<strong>br</strong> />
1989 – em Julho foi aberto, no IBMR, o curso de formação de<<strong>br</strong> />
Psicomotricidade com duração de 4 anos, a nível de graduação;<<strong>br</strong> />
Sinopse do Reconhecimento da Psicomotricidade<<strong>br</strong> />
Primeiro com Tissié (1894), com Dupré (1925), depois com Janet (1928), e<<strong>br</strong> />
fundamentalmente com Wallon (1925, 1932 e 1934), a Psicomotricidade ganha<<strong>br</strong> />
definitivamente o reconhecimento institucional.<<strong>br</strong> />
4 - DESENVOLVIMENTO MOTOR<<strong>br</strong> />
O desenvolvimento motor é o resultado da maturação de certos tecidos<<strong>br</strong> />
nervosos, aumento em tamanho e complexidade do sistema nervoso central,<<strong>br</strong> />
crescimento dos ossos e músculos. São, portanto comportamentos não aprendidos<<strong>br</strong> />
que surgem espontaneamente desde que a criança tenha condições adequadas<<strong>br</strong> />
para exercitar-se. Esses comportamentos não se desenvolverão caso haja algum<<strong>br</strong> />
tipo de distúrbio ou doença. Podemos notar que crianças que vivem em creches e<<strong>br</strong> />
que ficam presas em seus berços sem qualquer estimulação não desenvolverão o<<strong>br</strong> />
comportamento de sentar, andar na época adequada que futuramente apresentarão<<strong>br</strong> />
problemas de coordenação e motricidade.<<strong>br</strong> />
As principais funções psicomotoras é um bom desenvolvimento da<<strong>br</strong> />
estruturação do esquema corporal que mostre a evolução da apresentação da<<strong>br</strong> />
imagem do corpo e o reconhecimento do próprio corpo, evolução de preensão e da<<strong>br</strong> />
coordenação óculo-manual que nos proporciona a fixação ocular e prensão e olhar e<<strong>br</strong> />
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desenvolvimento da função tônico e da postura em pé e reflexos arcaicos da<<strong>br</strong> />
estruturação espaço-temporal (tempo, espaço, distância e retina).<<strong>br</strong> />
Um perfeito desenvolvimento de nosso corpo ocorre não somente<<strong>br</strong> />
mecanicamente, mas sim que são aprendidos e vivenciados junto a família, onde a<<strong>br</strong> />
criança aprende a formar a base da noção de seu 'eu corporal'.<<strong>br</strong> />
Não podemos esquecer de citar a importância dos sentimentos da criança na<<strong>br</strong> />
fase do conhecimento de seu próprio corpo, pois um esquema corporal mal<<strong>br</strong> />
estruturado pode determinar na criança um certo desajeitamento e falta de<<strong>br</strong> />
coordenação, se sentindo insegura e isso poderá desencadear uma série de<<strong>br</strong> />
reações negativas como: agressividade, mal humor, apatia que às vezes parece ser<<strong>br</strong> />
algo tão simples poderá originar sérios problemas de motricidade que serão<<strong>br</strong> />
manifestados através do comportamento.<<strong>br</strong> />
5. AS ÁREAS DA PSICOMOTRICIDADE<<strong>br</strong> />
Para fins didáticos subdividiremos a psicomotricidade em áreas que, embora<<strong>br</strong> />
citadas isoladamente, agirão quase sempre vinculadas umas às outras;<<strong>br</strong> />
entenderemos por "Prática Psicomotora" todas as atividades que visam estimular as<<strong>br</strong> />
várias áreas que mencionaremos a seguir:<<strong>br</strong> />
5.1. ÁREAS PSICOMOTORAS<<strong>br</strong> />
5.1.1. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO<<strong>br</strong> />
A linguagem é função de expressão e comunicação do pensamento e função<<strong>br</strong> />
de socialização. Permite ao indivíduo trocar experiências e atuar - verbal e<<strong>br</strong> />
gestualmente – no mundo.<<strong>br</strong> />
Por ser a linguagem verbal intimamente dependente da articulação e da<<strong>br</strong> />
respiração, incluem-se nesta área os exercícios fono articulatórios e respiratórios.<<strong>br</strong> />
5.1.2. PERCEPÇÃO<<strong>br</strong> />
Percepção é a capacidade de reconhecer e compreender estímulos<<strong>br</strong> />
recebidos. A percepção está ligada à atenção, à consciência e a memória.<<strong>br</strong> />
Os estímulos que chegam até nós provocam uma sensação que possibilita a<<strong>br</strong> />
percepção e a discriminação. Primeiramente sentimos, através dos sentidos: tato,<<strong>br</strong> />
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visão, audição, olfato e degustação. Em seguida, percebemos, realizamos uma<<strong>br</strong> />
mediação entre o sentir e o pensar. E, por fim, discriminamos - reconhecemos as<<strong>br</strong> />
diferenças e semelhanças entre estímulos e percepções. A discriminação é que nos<<strong>br</strong> />
permite saber, por exemplo, o que é verde e o que é azul, e a diferença entre o 1 e o<<strong>br</strong> />
7.<<strong>br</strong> />
As atividades propostas para esta área devem auxiliar o desenvolvimento da<<strong>br</strong> />
percepção e da discriminação.<<strong>br</strong> />
5.1.3. COORDENAÇÃO<<strong>br</strong> />
A coordenação motora é mais ou menos instintiva e ligada ao<<strong>br</strong> />
desenvolvimento físico. Entendida como a união harmoniosa de movimentos, a<<strong>br</strong> />
coordenação supõe integridade e maturação do sistema nervoso.<<strong>br</strong> />
Subdividiremos a coordenação motora em coordenação dinâmica global ou<<strong>br</strong> />
geral, visomanual ou fina e visual.<<strong>br</strong> />
A coordenação dinâmica global envolve movimentos amplos com todo o<<strong>br</strong> />
corpo (cabeça, om<strong>br</strong>os, <strong>br</strong>aços, pernas, pés, tornozelos, quadris etc.) e desse modo<<strong>br</strong> />
'coloca grupos musculares diferentes em ação simultânea, com vistas à execução de<<strong>br</strong> />
movimentos voluntários mais ou menos complexos".<<strong>br</strong> />
A coordenação visomanual engloba movimentos dos pequenos músculos em<<strong>br</strong> />
harmonia, na execução de atividades utilizando dedos, mãos e pulsos.<<strong>br</strong> />
A coordenação visual refere-se a movimentos específicos com os olhos nas<<strong>br</strong> />
mais variadas direções.<<strong>br</strong> />
As atividades psicomotoras propostas para a área de coordenação estão<<strong>br</strong> />
subdivididas nessas três áreas.<<strong>br</strong> />
5.1.4. ORIENTAÇÃO<<strong>br</strong> />
A orientação ou estruturação espacial/temporal é importante no processo de<<strong>br</strong> />
adaptação do indivíduo ao ambiente, já que todo corpo, animado ou inanimado,<<strong>br</strong> />
ocupa necessariamente um espaço em um dado momento.<<strong>br</strong> />
A orientação espacial e temporal corresponde à organização intelectual do<<strong>br</strong> />
meio e está ligada à consciência, à memória a às experiências vivenciadas pelo<<strong>br</strong> />
indivíduo.<<strong>br</strong> />
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5.1.5. CONHECIMENTO CORPORAL E LATERALIDADE<<strong>br</strong> />
A criança percebe seu próprio corpo por meio de todos os sentidos. Seu<<strong>br</strong> />
corpo ocupa um espaço no ambiente em função do tempo, capta imagens, recebe<<strong>br</strong> />
sons, sente cheiros e sabores, dor e calor, movimenta-se. A entidade corpo é centro,<<strong>br</strong> />
o referencial. A noção do corpo está no centro do sentimento de mais ou menos<<strong>br</strong> />
disponibilidade e adaptação que temos de nosso corpo e está no centro da relação<<strong>br</strong> />
entre o vivido e o universo. É nosso espelho afetivo somático ante uma imagem de<<strong>br</strong> />
nós mesmos, do outro e dos objetos.<<strong>br</strong> />
O esquema corporal, da maneira como se constrói e se elabora no decorrer<<strong>br</strong> />
da evolução da criança, não tem nada a ver com uma tomada de consciência<<strong>br</strong> />
sucessiva de elementos distintos, os quais, como num que<strong>br</strong>a-cabeça, iriam pouco a<<strong>br</strong> />
pouco encaixar-se uns aos outros para compor um corpo completo a partir de um<<strong>br</strong> />
corpo desmem<strong>br</strong>ado. O esquema corporal revela-se gradativamente à criança da<<strong>br</strong> />
mesma forma que uma fotografia revelada na câmara escura mostra-se pouco a<<strong>br</strong> />
pouco para o observador, tomando contorno, forma e coloração cada vez mais<<strong>br</strong> />
nítidos. A elaboração e o estabelecimento deste esquema parecem ocorrer<<strong>br</strong> />
relativamente cedo, uma vez que a evolução está praticamente terminada por volta<<strong>br</strong> />
dos quatro ou cinco anos. Isto é, ao lado da construção de um corpo 'objetivo',<<strong>br</strong> />
estruturado e representado como um objeto físico, cujos limites podem ser traçados<<strong>br</strong> />
a qualquer momento, existe uma experiência precoce, global e inconsciente do<<strong>br</strong> />
esquema corporal, que vai pesar muito no desenvolvimento ulterior da imagem e da<<strong>br</strong> />
representação de si.<<strong>br</strong> />
O conceito corporal, que é o conhecimento intelectual so<strong>br</strong>e partes e funções;<<strong>br</strong> />
e o esquema corporal, que em nossa mente regula a posição dos músculos e partes<<strong>br</strong> />
do corpo. O esquema corporal é inconsciente e se modifica com o tempo.<<strong>br</strong> />
Quando tratamos de conhecimento corporal, inserimos a lateralidade, já que é<<strong>br</strong> />
a bússola de nosso corpo e assim possibilita nossa situação no ambiente. A<<strong>br</strong> />
lateralidade diz respeito à percepção dos lados direito e esquerdo e da atividade<<strong>br</strong> />
desigual de cada um desses lados visto que sua distinção será manifestada ao<<strong>br</strong> />
longo do desenvolvimento da experiência. Perceber que o corpo possui dois lados e<<strong>br</strong> />
que um é mais utilizado do que o outro é o início da discriminação entre a esquerda<<strong>br</strong> />
e direita. De início, a criança não distingue os dois lados do corpo; num segundo<<strong>br</strong> />
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momento, ela compreende que os dois <strong>br</strong>aços encontram-se um em cada lado de<<strong>br</strong> />
seu corpo, embora ignore que sejam "direito" e "esquerdo". Aos cinco anos, aprende<<strong>br</strong> />
a diferenciar uma mão da outra e um pé do outro. Em seguida, passa a distinguir um<<strong>br</strong> />
olho do outro. Aos seis anos, a criança tem noção de suas extremidades direita e<<strong>br</strong> />
esquerda e noção dos órgãos pares, apontando sua localização em cada lado de<<strong>br</strong> />
seu corpo (ouvidos, so<strong>br</strong>ancelhas, mamilos, etc.). Aos sete anos, sabe com precisão<<strong>br</strong> />
quais são as partes direita e esquerda de seu corpo.<<strong>br</strong> />
As atividades psicomotoras auxiliam a criança a adquirir boa noção de espaço<<strong>br</strong> />
e lateralidade e boa orientação com relação a seu corpo, aos objetos, às pessoas e<<strong>br</strong> />
aos sinais gráficos.<<strong>br</strong> />
Alguns estudiosos preferem tratar a questão da lateralidade como parte da<<strong>br</strong> />
orientação espacial e não como parte do conhecimento corporal.<<strong>br</strong> />
5.1.6. HABILIDADES CONCEITUAIS<<strong>br</strong> />
A matemática pode ser considerada uma linguagem cuja função é expressar<<strong>br</strong> />
relações de quantidade, espaço, tamanho, ordem, distância, etc.<<strong>br</strong> />
A medida em que <strong>br</strong>inca com formas, que<strong>br</strong>a-cabeças, caixas ou panelas, a<<strong>br</strong> />
criança adquire uma visão dos conceitos pré-simbólicos de tamanho, número e<<strong>br</strong> />
forma. Ela enfia contas no barbante ou coloca figuras em quadros e aprende so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
sequencia e ordem; aprende frases: acabou, não mais, muito, o que amplia suas<<strong>br</strong> />
ideias de quantidade. A criança progride na medida do conhecimento lógico-<<strong>br</strong> />
matemático, pela coordenação das relações que anteriormente estabeleceu entre os<<strong>br</strong> />
objetos. Para que se construa o conhecimento físico (referente a cor, peso, etc.), a<<strong>br</strong> />
criança necessita ter um sistema de referência lógico-matemático que lhe possibilite<<strong>br</strong> />
relacionar novas observações com o conhecimento já existente; por exemplo: para<<strong>br</strong> />
perceber que um peixe é vermelho, ela necessita um esquema classificatório para<<strong>br</strong> />
distinguir o vermelho de todas as outras cores e outro esquema classificatório para<<strong>br</strong> />
distinguir o peixe de todos os demais objetos que conhece.<<strong>br</strong> />
5.1.7. HABILIDADES PSICOMOTORAS E PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO<<strong>br</strong> />
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As habilidades psicomotoras são essenciais ao bom desempenho no<<strong>br</strong> />
processo de alfabetização. A aprendizagem da leitura e da escrita exige habilidades<<strong>br</strong> />
tais como:<<strong>br</strong> />
• dominância manual já estabelecida (área de lateralidade);<<strong>br</strong> />
• conhecimento numérico suficiente para saber, por exemplo, quantas voltas existem<<strong>br</strong> />
nas letras m e n, ou quantas sílabas formam uma palavra (área de habilidades<<strong>br</strong> />
conceituais);<<strong>br</strong> />
• movimentação dos olhos da esquerda para a direita, domínio de movimentos<<strong>br</strong> />
delicados adequados à escrita, acompanhamento das linhas de uma página com os<<strong>br</strong> />
olhos ou os dedos, preensão adequada para segurar lápis e papel e para folhear<<strong>br</strong> />
(área de coordenação visual e manual);<<strong>br</strong> />
• discriminação de sons (área de percepção auditiva);<<strong>br</strong> />
• adequação da escrita às dimensões do papel, reconhecimento das diferenças dos<<strong>br</strong> />
pares b/d, q/d, p/q etc., orientação da leitura e da escrita da esquerda para a direita,<<strong>br</strong> />
manutenção da proporção de altura e largura das letras, manutenção de espaço<<strong>br</strong> />
entre as palavras e escrita orientada pelas pautas (áreas de percepção visual,<<strong>br</strong> />
orientação espacial, lateralidade, habilidades conceituais);<<strong>br</strong> />
• pronúncia adequada de vogais, consoantes, sílabas, palavras (área de<<strong>br</strong> />
comunicação expressão);<<strong>br</strong> />
• noção de linearidade da disposição sucessiva de letras, sílabas e palavras (área de<<strong>br</strong> />
orientação têmporo-espacial);<<strong>br</strong> />
• capacidade de decompor palavras em sílabas e letras (análise);<<strong>br</strong> />
• possibilidade de reunir letras e sílabas para formar novas palavras (síntese).<<strong>br</strong> />
6. Distúrbios Psicomotores<<strong>br</strong> />
"O que não percebeu, negais que exista; o que não calculastes, é mentira; o<<strong>br</strong> />
que vós não pensastes, não tem peso, metal que não cunhais, dizeis que é falso."<<strong>br</strong> />
(Goethe) Que há com ela? O que acontece com essa criança desajeitada? Porque,<<strong>br</strong> />
apesar de sua aparência cheia de torpor e inabilidade, quando consegue aproximar-<<strong>br</strong> />
se, mostra-se com encanto e interesse?<<strong>br</strong> />
O que há com ela? Andou tarde, caiu quantas vezes... precipitava-se pelas<<strong>br</strong> />
escadas ao invés de desce-las, ou morria de medo como se fosse um grande<<strong>br</strong> />
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empreendimento... escalá-las e não apenas subi-las. E vestir-se... O que seria a<<strong>br</strong> />
manga, onde estariam os <strong>br</strong>aços, as pernas das calças? Enfiam-se pela cabeça?<<strong>br</strong> />
Por que existem laços de sapato? Para atormentar crianças? Ou talvez, a sua mãe<<strong>br</strong> />
que, desoladamente, contempla sua dificuldade? E um caderno? Começa-se de que<<strong>br</strong> />
lado? Por que as coisas são assim? Que estranho é este mundo de lados que não<<strong>br</strong> />
tem lados... O que há com esta criança?<<strong>br</strong> />
Seus movimentos são desajeitados, lentos e pesados. Quando andam,<<strong>br</strong> />
apoiam duramente o calcanhar no solo. Quando crianças custam a aprender a subir<<strong>br</strong> />
e descer escadas, nas escolas, evitam participar de jogos, nas quais geralmente são<<strong>br</strong> />
ridicularizadas e afastadas: tê-las como parceiras é perder na certa.<<strong>br</strong> />
Tal ser é uma questão e uma dificuldade para seus pais, para seus mestres,<<strong>br</strong> />
para todos nós. Como entendê-lo. Como ajudá-lo?<<strong>br</strong> />
DEFINIÇÃO DE DISTÚRBIO PSICOMOTOR<<strong>br</strong> />
A criança descrita na história acima apresenta um distúrbio de motricidade:<<strong>br</strong> />
uma dispraxia.<<strong>br</strong> />
Praxias: São sistemas de movimentos coordenados em função de um<<strong>br</strong> />
resultado ou de uma intenção. Não são nem reflexos, nem automatismos, nem<<strong>br</strong> />
movimentos involuntários. O estudo so<strong>br</strong>e os distúrbios das praxias foram<<strong>br</strong> />
primeiramente, sistematizados em adultos. Estas perturbações consistiam em perda<<strong>br</strong> />
ou alterações do ato voluntário, como de lesão no sistema nervoso central. São as<<strong>br</strong> />
apraxias.<<strong>br</strong> />
Pesquisas foram desenvolvidas com crianças que mostraram serem algumas<<strong>br</strong> />
delas portadoras de um determinado distúrbio cujos sintomas assemelhavam-se aos<<strong>br</strong> />
adultos. Por outro lado mesmo existindo a lesão, ela incidia so<strong>br</strong>e um cére<strong>br</strong>o ainda<<strong>br</strong> />
em desenvolvimento e portanto em condições diferentes a dos adultos.<<strong>br</strong> />
A partir destas considerações e da preocupação em estabelecer-se uma<<strong>br</strong> />
psicopatologia diferencial da criança e do adulto passa-se a encontrar, na literatura,<<strong>br</strong> />
a denominação de dispraxia ou apraxia de evolução quando se trata de distúrbios<<strong>br</strong> />
das praxias na criança.<<strong>br</strong> />
Apraxia aparece referindo-se ao distúrbio infantil.<<strong>br</strong> />
Classificação das apraxias. Distinguem três variedades:<<strong>br</strong> />
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a) Apraxia sensório-cinética - que se caracteriza pela alteração da síntese sensório<<strong>br</strong> />
motora como a desautomatização do gesto. Não há nela distúrbios de representação<<strong>br</strong> />
do ato.<<strong>br</strong> />
b) Apracto-somato-gnosia espacial - caracterizada por uma desorganização do<<strong>br</strong> />
esquema corporal e do espaço.<<strong>br</strong> />
c) Apraxia de formulação simbólica que se caracteriza por uma desorganização da<<strong>br</strong> />
atividade simbólica e da compreensão da linguagem.<<strong>br</strong> />
A finalidade é de estabelecer os diferentes tipos de distúrbios.<<strong>br</strong> />
ESTUDOS INICIAIS SOBRE O DISTÚRBIO PSICOMOTOR<<strong>br</strong> />
Debilidade Motora é uma condição patológica da mobilidade, às vezes<<strong>br</strong> />
hereditária e familiar, caracterizada pela exageração dos reflexos tendinosos, uma<<strong>br</strong> />
perturbação do reflexo plantar, um desajeito dos movimentos voluntários<<strong>br</strong> />
intencionais que levam a impossibilidade de realizar voluntariamente a ação<<strong>br</strong> />
muscular.<<strong>br</strong> />
Distúrbio Psicomotor: significa um transtorno que atinge a unidade<<strong>br</strong> />
indissociável, formada pela inteligência, pela afetividade e pela motricidade.<<strong>br</strong> />
Paratonia: É a possibilidade que apresentam certas crianças de relaxar<<strong>br</strong> />
voluntariamente um músculo.<<strong>br</strong> />
Sincinesias: São fenômenos normais em crianças.<<strong>br</strong> />
Catalepsia: É uma aptidão anormal para a conservação de uma atitude.<<strong>br</strong> />
Outros sinais são marcados como certas epilepsias, espasmos dos músculos<<strong>br</strong> />
lisos, alguns estados de excitação e de agitação e a instabilidade.<<strong>br</strong> />
Assim muitos anos, os distúrbios de psicomotricidade e portanto, as<<strong>br</strong> />
dispraxias, foram vistos sob o nome de debilidade motora que é uma insuficiência de<<strong>br</strong> />
imperfeição das funções motoras consideradas do ponto de vista da sua adaptação.<<strong>br</strong> />
Os distúrbios da Psicomotricidade é definido sob o nome de Disfunções<<strong>br</strong> />
Psicomotoras.<<strong>br</strong> />
Pesquisas feitas com crianças deficientes mentais focalizando os processos<<strong>br</strong> />
que estariam na base das deficiências da aprendizagem. Adotaram a classificação<<strong>br</strong> />
das deficiências mentais, proposta por Straus (1933) em endógenas aquelas<<strong>br</strong> />
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crianças com antecedentes familiares de distúrbios mentais; em exógenas as<<strong>br</strong> />
crianças portadoras de lesão cere<strong>br</strong>al.<<strong>br</strong> />
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