15.05.2013 Views

agrotóxicos - Pos.ajes.edu.br

agrotóxicos - Pos.ajes.edu.br

agrotóxicos - Pos.ajes.edu.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Daniel Corral 26/04/2012<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

RISCOS E PREVENÇÃO<<strong>br</strong> />

PROF: JORGE PÉREZ<<strong>br</strong> />

Definições<<strong>br</strong> />

O QUE É UM AGROTÓXICO?<<strong>br</strong> />

Agrotóxico é um tipo de insumo agrícola.<<strong>br</strong> />

Os <strong>agrotóxicos</strong> podem ser definidos como<<strong>br</strong> />

quaisquer produtos de natureza biológica,<<strong>br</strong> />

física ou química que têm a finalidade de<<strong>br</strong> />

exterminar pragas ou doenças que<<strong>br</strong> />

ataquem as culturas agrícolas.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

bem como substâncias e produtos empregados<<strong>br</strong> />

como desfolhantes, dessecantes, estimuladores<<strong>br</strong> />

e inibidores do crescimento." Essa definição<<strong>br</strong> />

exclui fertilizantes e químicos administrados a<<strong>br</strong> />

animais para estimular crescimento ou modificar<<strong>br</strong> />

comportamento reprodutivo.<<strong>br</strong> />

Definições:<<strong>br</strong> />

O QUE É UMA PRAGA?<<strong>br</strong> />

Qualquer população de organismo que cause danos<<strong>br</strong> />

econômicos, lesões ou destruição.<<strong>br</strong> />

FORMAS DE CONTROLE DE PRAGAS:<<strong>br</strong> />

adoção de boas práticas agrícolas;<<strong>br</strong> />

controle biológico;<<strong>br</strong> />

controle físico;<<strong>br</strong> />

controle químico.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Definição: a Lei Federal nº 7.802 de 11/07/89,<<strong>br</strong> />

regulamentada através do Decreto 98.816, no seu<<strong>br</strong> />

Artigo 2º, Inciso I, define o termo AGROTÓXICOS da<<strong>br</strong> />

seguinte forma:<<strong>br</strong> />

"Os produtos e os componentes de processos físicos,<<strong>br</strong> />

químicos ou biológicos destinados ao uso nos setores<<strong>br</strong> />

de produção, armazenamento e beneficiamento de<<strong>br</strong> />

produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de<<strong>br</strong> />

florestas nativas ou implantadas e de outros<<strong>br</strong> />

ecossistemas e também em ambientes urbanos,<<strong>br</strong> />

hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a<<strong>br</strong> />

composição da flora e da fauna, a fim de preservá-la da<<strong>br</strong> />

ação danosa de seres vivos considerados nocivos,<<strong>br</strong> />

Toxidades<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Classe 1 A: Extremamente tóxico. Algumas gotas podem matar<<strong>br</strong> />

uma pessoa.<<strong>br</strong> />

Classe 1 B: Altamente tóxico. De uma pitada a uma colher mata<<strong>br</strong> />

uma pessoa.<<strong>br</strong> />

Classe 2: Regularmente tóxico. Uma colher de chá a duas<<strong>br</strong> />

colheres de sopa pode matar.<<strong>br</strong> />

Classe 3: Pouco tóxico. Duas colheres de sopa a dois copos<<strong>br</strong> />

pode matar uma pessoa.<<strong>br</strong> />

Classe 4: Praticamente atóxicos. De dois copos a um litro podem<<strong>br</strong> />

matar.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS 1


Daniel Corral 26/04/2012<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Tempo de desativação do agrotóxico<<strong>br</strong> />

DDT: 4 a 30 anos<<strong>br</strong> />

Aldrin: 1 a 6 anos<<strong>br</strong> />

Heptacloro: 3 a 5 anos<<strong>br</strong> />

Lindano: 3 a 10 anos<<strong>br</strong> />

Clordano: 3 a 5 anos<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Inseticidas<<strong>br</strong> />

Clorofosforados, fosforados, sistêmicos, carbamatos<<strong>br</strong> />

(sistêmicos e não sistêmicos)<<strong>br</strong> />

Fungicidas<<strong>br</strong> />

Cúpricos, ditiocarbamatos, sulfurados, mercuriais,<<strong>br</strong> />

antibióticos, carbamatos, nitrobenzênicos, derivados da<<strong>br</strong> />

stalimidas (Captan, cancerígeno). Fumigantes: Brometo<<strong>br</strong> />

de metila, óleos emulsionáveis<<strong>br</strong> />

Herbicidas<<strong>br</strong> />

Inorgânicos, orgânicos, uréias, compostos amônicos,<<strong>br</strong> />

fenóis, fenoxiácidos.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Mielominingocele e meningocele - É uma espécie de<<strong>br</strong> />

bolsa, contendo líquido cefaloraquidiano e as meninges,<<strong>br</strong> />

que pode aparecer na região lombar e do pescoço. A<<strong>br</strong> />

cirurgia para retirada da meningocele resolve o<<strong>br</strong> />

problema mas é comum o rompimento da bolsa e a<<strong>br</strong> />

contração de meningite.<<strong>br</strong> />

Anencefalia - Ausência dos ossos do crânio. O cére<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

não se desenvolve. Geralmente o bebê nasce morto ou<<strong>br</strong> />

morre minutos após o parto.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Agrotóxicos de acordo com a origem química<<strong>br</strong> />

inorgânicos<<strong>br</strong> />

orgânicos<<strong>br</strong> />

orgânicos sintéticos<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Anomalias que podem ser causadas pelos <strong>agrotóxicos</strong><<strong>br</strong> />

Hidrocefalia - Doença conhecida por cabeça d'água. Trata-se<<strong>br</strong> />

de uma bolsa com grande quantidade de líquido<<strong>br</strong> />

cefaloraquidiano na cabeça, deixando-a em tamanho<<strong>br</strong> />

desproporcional. A vítima fica com olhos saltados e com<<strong>br</strong> />

aspecto sonolento, efeito da pressão do líquido na cabeça do<<strong>br</strong> />

bebê. Geralmente estas crianças morrem por meningite. O<<strong>br</strong> />

tratamento é a colocação de uma válvula, ligando cére<strong>br</strong>o e<<strong>br</strong> />

aparelho digestivo, na tentativa de eliminar o excesso de<<strong>br</strong> />

líquido.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Microcefalia - Ocorre quando os ossos do crânio<<strong>br</strong> />

são menores que o normal, fazendo com que o<<strong>br</strong> />

bebê tenha um cére<strong>br</strong>o pequeno, devido à<<strong>br</strong> />

r<strong>edu</strong>ção do espaço para o seu desenvolvimento.<<strong>br</strong> />

Isso provoca o retardamento mental da criança.<<strong>br</strong> />

Não há solução cirúrgica.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS 2


Daniel Corral 26/04/2012<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Espinha bífida - Nestes casos a criança tem<<strong>br</strong> />

poucos minutos de vida, pois as meninges ficam<<strong>br</strong> />

expostas. Popularmente esta anomalia é<<strong>br</strong> />

conhecida pelo fato da coluna não ter se<<strong>br</strong> />

fechado.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Subaguda - ocasionada por exposição moderada ou<<strong>br</strong> />

pequena a produtos altamente tóxicos ou medianamente<<strong>br</strong> />

tóxicos. Tem aparecimento mais lento e os principais<<strong>br</strong> />

sintomas são subjetivos e vagos, tais como dor de<<strong>br</strong> />

cabeça, fraqueza, mal-estar, dor de estômago e<<strong>br</strong> />

sonolência.<<strong>br</strong> />

Crônica - caracteriza-se por ser de surgimento tardio,<<strong>br</strong> />

após meses ou anos de exposição pequena ou<<strong>br</strong> />

moderada a produtos tóxicos ou a múltiplos produtos,<<strong>br</strong> />

acarretando danos irreversíveis como paralisias e<<strong>br</strong> />

neoplasias.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

CLASSE DE AGROTÓXICOS: Dada a grande diversidade de produtos, cerca<<strong>br</strong> />

de 300 princípios ativos em 2 mil formulações comerciais diferentes no<<strong>br</strong> />

Brasil, é importante conhecer a classificação dos <strong>agrotóxicos</strong> quanto à sua<<strong>br</strong> />

ação e ao grupo químico a que pertencem. Essa classificação também é útil<<strong>br</strong> />

para o diagnóstico das intoxicações e instituição de tratamento específico.<<strong>br</strong> />

Inseticidas.<<strong>br</strong> />

Fungicidas<<strong>br</strong> />

Herbicidas<<strong>br</strong> />

Acaricidas.<<strong>br</strong> />

Nematicidas<<strong>br</strong> />

Bactericidas<<strong>br</strong> />

Mulosquicidas;<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Tipos de intoxicação causadas pelos <strong>agrotóxicos</strong><<strong>br</strong> />

Aguda - onde os sintomas surgem rapidamente,<<strong>br</strong> />

algumas horas após a exposição excessiva, por curto<<strong>br</strong> />

período, a produtos altamente tóxicos. Podem ocorrer<<strong>br</strong> />

de forma <strong>br</strong>anda, moderada ou grave, dependendo da<<strong>br</strong> />

quantidade do veneno absorvido. Os sinais e sintomas<<strong>br</strong> />

são nítidos e objetivos.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

A mesma lei tem ainda como objetos os componentes<<strong>br</strong> />

e afins, também de interesse à vigilância, assim<<strong>br</strong> />

definidos:<<strong>br</strong> />

Componentes: "Os princípios ativos, os produtos<<strong>br</strong> />

técnicos, suas matérias primas, os ingredientes inertes e<<strong>br</strong> />

aditivos usados na fa<strong>br</strong>icação de <strong>agrotóxicos</strong> e afins".<<strong>br</strong> />

Afins: "Os produtos e os agentes de processos físicos e<<strong>br</strong> />

biológicos que tenham a mesma finalidade dos<<strong>br</strong> />

<strong>agrotóxicos</strong>, bem como outros produtos químicos, físicos<<strong>br</strong> />

e biológicos, utilizados na defesa fitossanitária e<<strong>br</strong> />

ambiental, não enquadrados<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Inseticidas: possuem ação de combate a insetos, larvas e formigas. Os<<strong>br</strong> />

inseticidas pertencem a quatro grupos químicos distintos:<<strong>br</strong> />

Organofosforados: são compostos orgânicos derivados do ácido fosfórico,<<strong>br</strong> />

do ácido tiofosfórico ou do ácido ditiofosfórico. Ex.: Folidol, Azodrin,<<strong>br</strong> />

Malation, Diazinon, Nuvacron, Tamaron, Rhodiatox.<<strong>br</strong> />

Carbamatos: são derivados do ácido carbâmico. Ex.: Carbaril, Temik,<<strong>br</strong> />

Zectram, Furadan.<<strong>br</strong> />

Organoclorados: são compostos à base de carbono, com radicais de cloro.<<strong>br</strong> />

São derivados do clorobenzeno, do ciclo-hexano ou do ciclodieno. Foram<<strong>br</strong> />

muito utilizados na agricultura, como inseticidas, porém seu emprego tem<<strong>br</strong> />

sido progressivamente restringido ou mesmo proibido. Ex.: Aldrin, Endrin,<<strong>br</strong> />

BHC, DDT, Endossulfan, Heptacloro, Lindane, Mirex.<<strong>br</strong> />

Piretróides: são compostos sintéticos que apresentam estruturas<<strong>br</strong> />

semelhantes à piretrina, substância existente nas flores do Chrysanthemum<<strong>br</strong> />

(Pyrethrun) cinenarialfolium. Alguns desses compostos são: aletrina,<<strong>br</strong> />

resmetrina, decametrina, cipermetrina e fenpropanato. Ex.: Decis, Protector,<<strong>br</strong> />

K-Otrine, SBP.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS 3


Daniel Corral 26/04/2012<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Fungicidas: ação de combate a fungos. Existem<<strong>br</strong> />

muitos fungicidas no mercado. Os principais grupos<<strong>br</strong> />

químicos são:<<strong>br</strong> />

Etileno-bis-ditiocarbamatos: Maneb, Mancozeb,<<strong>br</strong> />

Dithane, Zineb, Tiram.<<strong>br</strong> />

Trifenil estânico: Duter e Brestan.<<strong>br</strong> />

Captan: Ortocide e Merpan.<<strong>br</strong> />

Hexaclorobenzeno.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Raticidas (Dicumarínicos): utilizados no combate a<<strong>br</strong> />

roedores.<<strong>br</strong> />

Acaricidas: ação de combate a ácaros diversos.<<strong>br</strong> />

Nematicidas: ação de combate a nematóides.<<strong>br</strong> />

Molusquicidas: ação de combate a moluscos,<<strong>br</strong> />

basicamente contra o caramujo da esquistossomose.<<strong>br</strong> />

Fumigantes: ação de combate a insetos, bactérias:<<strong>br</strong> />

fosfetos metálicos (Fosfina) e <strong>br</strong>ometo de metila.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Existem cerca de 15.000 formulações para 400 <strong>agrotóxicos</strong><<strong>br</strong> />

diferentes, sendo que cerca de 8.000 encontram-se<<strong>br</strong> />

licenciadas no Brasil, que é um dos cinco maiores<<strong>br</strong> />

consumidores de <strong>agrotóxicos</strong> no mundo, as intoxicações<<strong>br</strong> />

por estas substâncias estão aumentando tanto entre os<<strong>br</strong> />

trabalhadores rurais que ficam expostos, como entre<<strong>br</strong> />

pessoas que se contaminam através dos alimentos. Alguns<<strong>br</strong> />

estudos já relataram a presença de <strong>agrotóxicos</strong> no leite<<strong>br</strong> />

materno, o que poderia causar defeitos genéticos nos bebês<<strong>br</strong> />

nascidos de mães contaminadas.<<strong>br</strong> />

Já foram registrados casos de transmissão de leucemia<<strong>br</strong> />

para o feto, por mulheres que estiveram em contato com<<strong>br</strong> />

<strong>agrotóxicos</strong> durante a gravidez.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Herbicidas: combatem ervas daninhas. Nas últimas duas<<strong>br</strong> />

décadas, esse grupo tem tido uma utilização crescente na<<strong>br</strong> />

agricultura. Seus principais representantes são:<<strong>br</strong> />

Paraquat: comercializado com o nome de Gramoxone.<<strong>br</strong> />

Glifosato: Round-up.<<strong>br</strong> />

Pentaclorofenol<<strong>br</strong> />

Derivados do ácido fenoxiacético: 2,4 diclorofenoxiacético<<strong>br</strong> />

(2,4 D) e 2,4,5 triclorofenoxiacético (2,4,5 T). A mistura de<<strong>br</strong> />

2,4 D com 2,4,5 T representa o principal componente do<<strong>br</strong> />

agente laranja, utilizado como desfolhante na Guerra do<<strong>br</strong> />

Vietnan. O nome comercial dessa mistura é Tordon.<<strong>br</strong> />

Dinitrofenóis: Dinoseb, DNOC.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Na tentativa de defender a agricultura contra<<strong>br</strong> />

pragas que atacam as plantações, os <strong>agrotóxicos</strong><<strong>br</strong> />

foram criados. A utilização de <strong>agrotóxicos</strong> teve<<strong>br</strong> />

inicio na década de 20 e, durante a segunda<<strong>br</strong> />

guerra mundial, eles foram utilizados até como<<strong>br</strong> />

arma química.<<strong>br</strong> />

Eles causam muitos problemas tanto para o meio<<strong>br</strong> />

ambiente, quanto para os seres humanos e<<strong>br</strong> />

animais.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária<<strong>br</strong> />

(ANVISA), o uso intenso de <strong>agrotóxicos</strong> levou à<<strong>br</strong> />

degradação dos recursos naturais - solo, água, flora e<<strong>br</strong> />

fauna -, em alguns casos de forma irreversível, levando a<<strong>br</strong> />

desequilí<strong>br</strong>ios biológicos e ecológicos.<<strong>br</strong> />

Além de agredir o ambiente, a saúde também pode ser<<strong>br</strong> />

afetada pelo excesso destas substâncias. Quando mal<<strong>br</strong> />

utilizados, os <strong>agrotóxicos</strong> podem provocar três tipos de<<strong>br</strong> />

intoxicação: aguda, subaguda e crônica. Na aguda, os<<strong>br</strong> />

sintomas surgem rapidamente. Na intoxicação subaguda,<<strong>br</strong> />

os sintomas aparecem aos poucos: dor de cabeça, dor de<<strong>br</strong> />

estômago e sonolência. Já a intoxicação crônica, pode<<strong>br</strong> />

surgir meses ou anos após a exposição e pode levar a<<strong>br</strong> />

paralisias e doenças, como o câncer.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS 4


Daniel Corral 26/04/2012<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

O índice de 15%, antes mencionado, pode parecer baixo, mas a<<strong>br</strong> />

Organização Mundial de Saúde - OMS afirma que apenas 1/6<<strong>br</strong> />

(16,6%) dos acidentes são oficialmente registrados e que 70% dos<<strong>br</strong> />

casos de intoxicação ocorrem em países do terceiro mundo,<<strong>br</strong> />

sendo que os inseticidas organofosforados são os responsáveis<<strong>br</strong> />

por 70% das intoxicações agudas.<<strong>br</strong> />

O manuseio inadequado de <strong>agrotóxicos</strong> é, portanto, um dos<<strong>br</strong> />

principais responsáveis por acidentes de trabalho no campo. A<<strong>br</strong> />

ação das substâncias químicas no organismo humano pode ser<<strong>br</strong> />

lenta e demorar anos para se manifestar.<<strong>br</strong> />

O uso de <strong>agrotóxicos</strong> tem causado diversas vítimas fatais, além de<<strong>br</strong> />

abortos, fetos com má-formação, suicídios, câncer, dermatoses e<<strong>br</strong> />

outras doenças. Segundo a OMS, há 20.000 óbitos/ano em<<strong>br</strong> />

conseqüência da manipulação, inalação e consumo indireto de<<strong>br</strong> />

pesticidas nos países em desenvolvimento.<<strong>br</strong> />

EFEITOS DA EXPOSIÇÃO A AGROTÓXICOS<<strong>br</strong> />

Intoxicações<<strong>br</strong> />

Agudas<<strong>br</strong> />

Crônicas<<strong>br</strong> />

Carcinogênicos<<strong>br</strong> />

Câncer<<strong>br</strong> />

Mutagênicos<<strong>br</strong> />

Mutações genéticas<<strong>br</strong> />

Teratogênicos<<strong>br</strong> />

Anomalias<<strong>br</strong> />

Malformações congênitas<<strong>br</strong> />

INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS<<strong>br</strong> />

AGRICULTORES<<strong>br</strong> />

EXPOSIÇÃO OPERÁRIOS DA INDÚSTRIA DE<<strong>br</strong> />

DIRETA PRODUÇÃO<<strong>br</strong> />

OPERADORES DE EMPRESAS DE<<strong>br</strong> />

DESINSETIZAÇÃO<<strong>br</strong> />

EXPOSIÇÃO ACIDENTES<<strong>br</strong> />

INDIRETA POPULAÇÃO<<strong>br</strong> />

CONTAMINAÇÃO<<strong>br</strong> />

AMBIENTAL<<strong>br</strong> />

GRUPOS QUÍMICOS<<strong>br</strong> />

Agrotóxicos de acordo com<<strong>br</strong> />

a origem química<<strong>br</strong> />

inorgânicos<<strong>br</strong> />

orgânicos<<strong>br</strong> />

orgânicos sintéticos<<strong>br</strong> />

Organoclorados;<<strong>br</strong> />

Organosfosforados;<<strong>br</strong> />

Carbamatos;<<strong>br</strong> />

Piretróides;<<strong>br</strong> />

Fumigantes;<<strong>br</strong> />

Dipiridilos;<<strong>br</strong> />

Fenoxi-acéticos;<<strong>br</strong> />

Difenóis e clorofenóis;<<strong>br</strong> />

Raticidas;<<strong>br</strong> />

Mistura de <strong>agrotóxicos</strong>;<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

ORAL<<strong>br</strong> />

CONTAMINAÇÃO RESPIRATÓRIA<<strong>br</strong> />

DÉRMICA<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS 5<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

DIRETA<<strong>br</strong> />

EXPOSIÇÃO<<strong>br</strong> />

INDIRETA<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

TABELA - DISTRIBUIÇÃO DOS RECÉM-NASCIDOS QUE<<strong>br</strong> />

APRESENTARAM MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS,<<strong>br</strong> />

CUJAS MÃES TIVERAM CONTATO DIRETO COM<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS DURANTE A GESTAÇÃO<<strong>br</strong> />

MALFORMAÇÃO N° / %<<strong>br</strong> />

NEUROLÓGICAS 46 / 38%<<strong>br</strong> />

GÁSTRICAS 41 / 34%<<strong>br</strong> />

ÓSSEAS 33 / 28%<<strong>br</strong> />

TOTAL 120 / 100%


Daniel Corral 26/04/2012<<strong>br</strong> />

TABELA - DISTRIBUIÇÃO DOS RN COM MALFORMAÇÕES<<strong>br</strong> />

NEUROLÓGICAS, CUJAS MÃES FORAM<<strong>br</strong> />

EXPOSTAS A AGROTÓXICOS NA GESTAÇÃO<<strong>br</strong> />

MALFORMAÇÃO N° / %<<strong>br</strong> />

HIDROCEFALIA 21 / 46%<<strong>br</strong> />

MIELOMENINGOCELE/ 20 / 44%<<strong>br</strong> />

MENINGOCELE<<strong>br</strong> />

MICROCEFALIA 02 / 04%<<strong>br</strong> />

ESPINHA BÍFIDA 02 / 04%<<strong>br</strong> />

ANENCEFALIA 01 / 02%<<strong>br</strong> />

TOTAL 46 / 100%<<strong>br</strong> />

Profª. Doutora Mara Regina Calliari Martin - Universidade de Passo Fundo<<strong>br</strong> />

ANENCEFALIA<<strong>br</strong> />

TABELA 6 - DISTRIBUIÇÃO DOS RN COM MALFORMAÇÕES<<strong>br</strong> />

GÁSTRICAS CUJAS MÃES FORAM EXPOSTAS<<strong>br</strong> />

A AGROTÓXICOS NA GESTAÇÃO<<strong>br</strong> />

MALFORMAÇÃO N° / %<<strong>br</strong> />

ATRESIA CONGÊNITA 21 / 51%<<strong>br</strong> />

DO ESÔFAGO<<strong>br</strong> />

LÁBIO LEPORINO/ 12 / 29%<<strong>br</strong> />

PALATOSQUESE<<strong>br</strong> />

LÁBIO LEPORINO 08 / 20%<<strong>br</strong> />

TOTAL 41 / 100%<<strong>br</strong> />

Profª. Doutora Mara Regina Calliari Martin - Universidade de Passo Fundo<<strong>br</strong> />

HIDROCEFALIA<<strong>br</strong> />

ANENCEFALIA<<strong>br</strong> />

LÁBIO LEPORINO/PALATOSQUESE<<strong>br</strong> />

MIELOMENINGOCELE<<strong>br</strong> />

ESPINHA BÍFIDA<<strong>br</strong> />

LÁBIO LEPORINO<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS 6


Daniel Corral 26/04/2012<<strong>br</strong> />

PÉ TORTO CONGÊNITO<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Organofosforados e carbamatos - Modo de ação<<strong>br</strong> />

Inibidores da colinesterase:<<strong>br</strong> />

no Sistema Nervoso Central<<strong>br</strong> />

nos glóbulos vermelhos<<strong>br</strong> />

no plasma<<strong>br</strong> />

em outros órgãos.<<strong>br</strong> />

Não se acumulam no organismo. É possível o<<strong>br</strong> />

acúmulo de efeitos.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Organoclorados - Modo de ação<<strong>br</strong> />

Estimulantes do SNC (em altas doses são indutores das<<strong>br</strong> />

enzimas microssômicas hepáticas)<<strong>br</strong> />

São armazenados no tecido adiposo, em equilí<strong>br</strong>io<<strong>br</strong> />

dinâmico com a absorção.<<strong>br</strong> />

Como manifestações crônicas salientam-se neuropatias<<strong>br</strong> />

periféricas, inclusive com paralisias, discrasias<<strong>br</strong> />

sangüíneas diversas, inclusive aplasia m<strong>edu</strong>lar, lesões<<strong>br</strong> />

hepáticas com alterações das transaminases e da<<strong>br</strong> />

fosfatase alcalina, lesões renais, arritmias cardíacas e<<strong>br</strong> />

dermatoses, como cloroacne.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Inseticidas Inibidores das colinesterases:<<strong>br</strong> />

Organofosforados: esse grupo é o responsável pelo maior<<strong>br</strong> />

número de intoxicações e mortes no país. Ex. Folidol, Azodrin,<<strong>br</strong> />

Malation, Diazinon, Nuvacron, Tamaron, Rhodiatox.<<strong>br</strong> />

Carbamatos: grupo muito utilizado no país. Ex. Carbaril, Temik,<<strong>br</strong> />

Zectram, Furadam, Sevin.<<strong>br</strong> />

Os inseticidas inibidores das colinesterases são absorvidos pela<<strong>br</strong> />

pele, por ingestão ou por inalação. Sua ação se dá pela inibição<<strong>br</strong> />

de enzimas colinesterases, especialmente a acetilcolinesterase,<<strong>br</strong> />

levando a um acúmulo de acetilcolina nas sinapses nervosas,<<strong>br</strong> />

desencadeando uma série de efeitos parassimpaticomiméticos.<<strong>br</strong> />

Diferentemente dos organofosforados, os carbamatos são<<strong>br</strong> />

inibidores reversíveis das colinesterases, porém as intoxicações<<strong>br</strong> />

podem ser igualmente graves.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

• Sintomas de intoxicação aguda - organofosforados e carbamatos<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS 7<<strong>br</strong> />

• Inicialmente:<<strong>br</strong> />

Suor abundante<<strong>br</strong> />

Salivação intensa<<strong>br</strong> />

Lacrimejamento<<strong>br</strong> />

Fraqueza<<strong>br</strong> />

Tontura<<strong>br</strong> />

Primeiramente:<<strong>br</strong> />

Irritabilidade<<strong>br</strong> />

Dor de cabeça<<strong>br</strong> />

Dores e cólicas abdominais<<strong>br</strong> />

Visão turva e embaçada<<strong>br</strong> />

Sensação de cansaço<<strong>br</strong> />

Mal-estar<<strong>br</strong> />

• Depois:<<strong>br</strong> />

Pupilas contraídas - miose<<strong>br</strong> />

Vômitos<<strong>br</strong> />

Dificuldade respiratória<<strong>br</strong> />

Colapso<<strong>br</strong> />

Tremores musculares<<strong>br</strong> />

Convulsões<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

• Sintomas de intoxicação aguda - organoclorados<<strong>br</strong> />

Depois:<<strong>br</strong> />

Tonturas<<strong>br</strong> />

Náuseas<<strong>br</strong> />

Vômitos<<strong>br</strong> />

Colapso<<strong>br</strong> />

Contrações musculares involuntárias<<strong>br</strong> />

Convulsões<<strong>br</strong> />

Coma


Daniel Corral 26/04/2012<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Inseticidas Piretróides: são compostos sintéticos que<<strong>br</strong> />

apresentam estruturas semelhantes à piretrina, substância<<strong>br</strong> />

existente nas flores do Chrysanthemum (Pyrethrum)<<strong>br</strong> />

cinerariaefolium. Sendo pouco tóxicos do ponto de vista<<strong>br</strong> />

agudo, são porém, irritantes para os olhos e mucosas, e<<strong>br</strong> />

principalmente hipersensibilizantes, causando tanto alergias<<strong>br</strong> />

de pele como asma <strong>br</strong>ônquica. Seu uso abusivo nos<<strong>br</strong> />

ambientes domésticos vem causando incremento dos casos<<strong>br</strong> />

de alergia, tanto em crianças como em adultos. Em doses<<strong>br</strong> />

muito altas podem determinar neuropatias, por agir na bainha<<strong>br</strong> />

de mielina, desorganizando-a, além de promover ruptura de<<strong>br</strong> />

axônios.<<strong>br</strong> />

Fungicidas<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Etileno-bis-ditiocarbamatos: Maneb, Mancozeb, Dithane, Zineb,<<strong>br</strong> />

Tiram.<<strong>br</strong> />

Alguns desses compostos contêm manganês na sua composição<<strong>br</strong> />

(Maneb, Dithane), podendo determinar parkinsonismo pela ação do<<strong>br</strong> />

manganês no sistema nervoso central. Outro aspecto importante referese<<strong>br</strong> />

à presença de etileno-etiluréia (ETU) como impureza de fa<strong>br</strong>icação<<strong>br</strong> />

na formulação desses produtos, já se tendo observado efeitos<<strong>br</strong> />

carcinogênico (adenocarcinoma de tireóide), teratogênico e mutagênico<<strong>br</strong> />

em animais de laboratório .<<strong>br</strong> />

As intoxicações por esses compostos freqüentemente ocorrem através<<strong>br</strong> />

das vias oral e respiratória, podendo também ser absorvidos por via<<strong>br</strong> />

cutânea. Nos casos de exposição intensa provocam dermatite, faringite,<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>onquite e conjuntivite.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Herbicidas<<strong>br</strong> />

Esse grupo de <strong>agrotóxicos</strong> tem tido uma utilização crescente na agricultura<<strong>br</strong> />

nas duas últimas décadas. Os herbicidas substituem a mão de o<strong>br</strong>a na capina,<<strong>br</strong> />

diminuindo, conseqüentemente, o nível de emprego na zona rural. Seus<<strong>br</strong> />

principais representantes e produtos mais utilizados são os seguintes:<<strong>br</strong> />

Dipiridilos: Paraquat, comercializado com o nome de Gramoxone.<<strong>br</strong> />

É bem absorvido através da ingestão e da pele irritada ou lesionada, sendo a<<strong>br</strong> />

via respiratória a de menor absorção.<<strong>br</strong> />

Provoca lesões hepáticas, renais e fi<strong>br</strong>ose pulmonar irreversível. Em casos<<strong>br</strong> />

graves, a fi<strong>br</strong>ose pulmonar pode levar à morte por insuficiência respiratória em<<strong>br</strong> />

até duas semanas. Não há tratamento para a fi<strong>br</strong>ose pulmonar.<<strong>br</strong> />

As intoxicações ocupacionais mais importantes são aquelas relacionadas à<<strong>br</strong> />

absorção por via dérmica.<<strong>br</strong> />

Há que fazer referência ainda aos casos de intoxicações acidentais em<<strong>br</strong> />

crianças, que ingerem o produto pensando ser refrigerante, uma vez que tem<<strong>br</strong> />

cor de Coca-Cola. Além disso, tem sido relatados casos de suicídio em<<strong>br</strong> />

adultos.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Estimulantes do SNC.<<strong>br</strong> />

• Piretrinas e Piretróides - Modo de ação<<strong>br</strong> />

Em doses altas podem produzir lesões duradouras ou permanentes no Sistema<<strong>br</strong> />

Nervoso Periférico.<<strong>br</strong> />

Capacidade de produzir alergias.<<strong>br</strong> />

• Primeiramente:<<strong>br</strong> />

Formigamento nas<<strong>br</strong> />

pálpe<strong>br</strong>as e nos lábios<<strong>br</strong> />

Irritação das conjuntivas e<<strong>br</strong> />

mucosas<<strong>br</strong> />

• Sintomas de Intoxicação - Piretrinas e Piretróides<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS 8<<strong>br</strong> />

Espirros<<strong>br</strong> />

• Depois:<<strong>br</strong> />

Coceira intensa<<strong>br</strong> />

Mancha na pele<<strong>br</strong> />

Secreção e obstrução<<strong>br</strong> />

Reação aguda de<<strong>br</strong> />

hipersensibilidade<<strong>br</strong> />

Excitação<<strong>br</strong> />

Convulsões<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Trifenil estânico: Duter e Brestan.<<strong>br</strong> />

Em provas experimentais, esses produtos têm promovido<<strong>br</strong> />

uma r<strong>edu</strong>ção dos anticorpos circulantes em várias espécies<<strong>br</strong> />

de animais.<<strong>br</strong> />

Captan: Ortocide e Merpan.<<strong>br</strong> />

Este produto é considerado muito pouco tóxico, sendo<<strong>br</strong> />

utilizado para tratamento de sementes antes do plantio. Foi<<strong>br</strong> />

observado efeito teratogênico - má formação fetal - em<<strong>br</strong> />

animais de laboratório.<<strong>br</strong> />

Hexaclorobenzeno.<<strong>br</strong> />

Pode causar lesões de pele tipo acne (cloroacne), além de<<strong>br</strong> />

uma patologia grave, a porfiria cutânea tardia.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Modo de ação - Dipiridilos<<strong>br</strong> />

Entre os herbicidas dipiridilos, o Paraquat é altamente tóxico se ingerido.<<strong>br</strong> />

Lesão inicial: irritação grave das mucosas<<strong>br</strong> />

Lesão tardia: após 7-14 dias começa a haver alterações proliferativas e irreversíveis no epitélio<<strong>br</strong> />

pulmonar.<<strong>br</strong> />

Seqüelas: insuficiência respiratória, insuficiência renal, lesões hepáticas.<<strong>br</strong> />

Causa lesões graves nas mucosas (via oral).<<strong>br</strong> />

Causa lesões na pele (via dérmica).<<strong>br</strong> />

Sangramento pelo nariz.<<strong>br</strong> />

Mal-estar, fraqueza e ulcerações na boca.<<strong>br</strong> />

Lesões hepáticas e renais.<<strong>br</strong> />

Torna as unhas que<strong>br</strong>adiças.<<strong>br</strong> />

Sintomas de Intoxicação - Dipiridilos/Paraquat<<strong>br</strong> />

Produz conjuntivite ou opacidade da córnea (contato com os olhos).<<strong>br</strong> />

Fi<strong>br</strong>ose pulmonar e morte.


Daniel Corral 26/04/2012<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Pentaclorofenol e Dinitrofenóis - Modo de ação<<strong>br</strong> />

Estimulam fortemente o metabolismo, com hipertermia, que pode se tornar irreversível.<<strong>br</strong> />

Não se acumulam no organismo, mas as exposições repetidas podem causar uma<<strong>br</strong> />

acumulação de efeitos.<<strong>br</strong> />

Primeiramente:<<strong>br</strong> />

Dificuldade respiratória<<strong>br</strong> />

Temperatura muito alta (hipertermia)<<strong>br</strong> />

Fraqueza<<strong>br</strong> />

• Pentaclorofenol e Dinitrofenóis - Sintomas de Intoxicação<<strong>br</strong> />

Depois:<<strong>br</strong> />

Convulsões<<strong>br</strong> />

Perda da consciência<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Sinais e sintomas de intoxicação por agrotóxico segundo tipo de exposição.<<strong>br</strong> />

Sinais e<<strong>br</strong> />

Sintomas<<strong>br</strong> />

Exposição<<strong>br</strong> />

Única ou por curto período Continuada por longo período<<strong>br</strong> />

Agudos cefaléia, tontura, náusea,<<strong>br</strong> />

vômito, fasciculação<<strong>br</strong> />

muscular, parestesias,<<strong>br</strong> />

desorientação, dificuldade<<strong>br</strong> />

respiratória, coma, morte.<<strong>br</strong> />

Crônicos paresia e paralisias<<strong>br</strong> />

reversíveis, ação<<strong>br</strong> />

neurotóxica retardada<<strong>br</strong> />

irreversível, pancitopenia,<<strong>br</strong> />

distúrbios neuropsicológicos.<<strong>br</strong> />

hemorragias, hipersensibilidade,<<strong>br</strong> />

teratogênese, morte fetal.<<strong>br</strong> />

lesão cere<strong>br</strong>al irreversível, tumores<<strong>br</strong> />

malignos, atrofia testicular, esterilidade<<strong>br</strong> />

masculina, alterações neurocomportamentais,<<strong>br</strong> />

neurites periféricas,<<strong>br</strong> />

dermatites de contato, formação de<<strong>br</strong> />

catarata, atrofia do nervo óptico, lesões<<strong>br</strong> />

hepáticas, etc.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

É importante realçar a ocorrência dos distúrbios comportamentais como<<strong>br</strong> />

efeito da exposição aos <strong>agrotóxicos</strong>, que aparecem na forma de<<strong>br</strong> />

alterações diversas como ansiedade, irritabilidade, distúrbios da<<strong>br</strong> />

atenção e do sono. Por último, vale a pena salientar que sintomas não<<strong>br</strong> />

específicos presentes em diversas patologias, freqüentemente são as<<strong>br</strong> />

únicas manifestações de intoxicação por <strong>agrotóxicos</strong>, razão pela qual<<strong>br</strong> />

raramente se estabelece esta suspeita diagnóstica. Esses sintomas<<strong>br</strong> />

compreendem principalmente os seguintes:<<strong>br</strong> />

Dor de cabeça<<strong>br</strong> />

Vertigens<<strong>br</strong> />

Falta de apetite<<strong>br</strong> />

Falta de forças<<strong>br</strong> />

Nervosismo<<strong>br</strong> />

Dificuldade para dormir<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Fenóxi-acéticos - Modo de ação<<strong>br</strong> />

Baixa ou moderada toxicidade aguda para mamíferos.<<strong>br</strong> />

Lesões degenerativas, hepáticas e renais (em altas doses).<<strong>br</strong> />

Lesões do Sistema Nervoso Central.<<strong>br</strong> />

Neurite periférica retardada.<<strong>br</strong> />

2,4,5-T apresenta dioxina (TCDD - composto teratogênico).<<strong>br</strong> />

Primeiramente:<<strong>br</strong> />

Perda de apetite<<strong>br</strong> />

Irritação da pele exposta<<strong>br</strong> />

Fenóxi-acético - Sintomas de Intoxicação<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS 9<<strong>br</strong> />

Enjôo<<strong>br</strong> />

Irritação do trato gastrintestinal<<strong>br</strong> />

Depois:<<strong>br</strong> />

Esgotamento<<strong>br</strong> />

Vômitos<<strong>br</strong> />

Dores torácicas e abdominais<<strong>br</strong> />

Fasciculação muscular<<strong>br</strong> />

Fraqueza muscular<<strong>br</strong> />

Confusão mental<<strong>br</strong> />

Convulsões<<strong>br</strong> />

Coma<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Órgão/sistema Efeito<<strong>br</strong> />

Sistema<<strong>br</strong> />

nervoso<<strong>br</strong> />

Sistema<<strong>br</strong> />

respiratório<<strong>br</strong> />

Sistema<<strong>br</strong> />

cardiovascular<<strong>br</strong> />

Síndrome asteno-vegetativa, polineurite, radiculite, encefalopatia, distonia<<strong>br</strong> />

vascular, esclerose cere<strong>br</strong>al, neurite retrobulbar, angiopatia da retina<<strong>br</strong> />

Traqueíte crônica, pneumofi<strong>br</strong>ose, enfisema pulmonar, asma <strong>br</strong>ônquica<<strong>br</strong> />

Miocardite tóxica crônica, insuficiência coronária crônica, hipertensão,<<strong>br</strong> />

hipotensão<<strong>br</strong> />

Fígado Hepatite crônica, colecistite, insuficiência hepática<<strong>br</strong> />

Rins Albuminúria, nictúria, alteração do clearance da uréia, nitrogênio e<<strong>br</strong> />

creatinina<<strong>br</strong> />

Trato<<strong>br</strong> />

gastrointestinal<<strong>br</strong> />

Sistema<<strong>br</strong> />

hematopoético<<strong>br</strong> />

Gastrite crônica, duodenite, úlcera, colite crônica (hemorrágica, espástica,<<strong>br</strong> />

formações polipóides), hipersecreção e hiperacidez gástrica, prejuízo da<<strong>br</strong> />

motricidade<<strong>br</strong> />

Leucopenia, eosinopenia, monocitose, alterações na hemoglobina<<strong>br</strong> />

Pele Dermatites, eczemas<<strong>br</strong> />

Olhos Conjuntivite, blefarite<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Eles podem ser encontrados em vegetais<<strong>br</strong> />

(verduras, legumes, frutas e grãos), açúcar, café<<strong>br</strong> />

e mel. Alimentos de origem animal (leite, ovos,<<strong>br</strong> />

carnes e frangos) podem conter substâncias<<strong>br</strong> />

nocivas que chegam a contaminar a<<strong>br</strong> />

musculatura, o leite e os ovos originados do<<strong>br</strong> />

animal, quando ele se alimenta de água ou ração<<strong>br</strong> />

contaminadas.<<strong>br</strong> />

Recentemente (maio de 2004), pesquisa da<<strong>br</strong> />

Agência Nacional de Vigilância Sanitária -<<strong>br</strong> />

ANVISA revelou que as frutas e saladas<<strong>br</strong> />

consumidas pelos <strong>br</strong>asileiros têm alto índice<<strong>br</strong> />

(81,2%) de contaminação por <strong>agrotóxicos</strong>,<<strong>br</strong> />

especialmente a alface, batata, maçã, banana,<<strong>br</strong> />

morango e mamão , so<strong>br</strong>etudo estes dois<<strong>br</strong> />

últimos, comprometidos em boa parte das<<strong>br</strong> />

amostras.


Daniel Corral 26/04/2012<<strong>br</strong> />

Transporte.<<strong>br</strong> />

Armazenamento.<<strong>br</strong> />

Preparo.<<strong>br</strong> />

Aplicação.<<strong>br</strong> />

Descarte.<<strong>br</strong> />

NECESSIDADE DE<<strong>br</strong> />

CONTROLE DE RISCOS:<<strong>br</strong> />

CAUSAS MAIS FREQÜENTES DE<<strong>br</strong> />

ACIDENTES:<<strong>br</strong> />

Vazamento de máquinas aplicadoras e bicos ejetores entupidos.<<strong>br</strong> />

Mistura do agrotóxico com água,diretamente com as mãos.<<strong>br</strong> />

Utilização da mesma roupa impregnada de <strong>agrotóxicos</strong>.<<strong>br</strong> />

Trabalhadores que não tomam banho após a manipulação do<<strong>br</strong> />

agrotóxico.<<strong>br</strong> />

Não uso de E.P.I.<<strong>br</strong> />

Aplicação nas horas mais quentes do dia.<<strong>br</strong> />

Trabalhadores de pouca resistência física.<<strong>br</strong> />

Operadores que trabalham sozinhos na lavoura.<<strong>br</strong> />

Hábito de comer,beber ou fumar durante o trabalho.<<strong>br</strong> />

Agrotóxicos são produtos químicos<<strong>br</strong> />

usados na lavoura, na pecuária e<<strong>br</strong> />

mesmo no ambiente doméstico:<<strong>br</strong> />

inseticidas, fungicidas, acaricidas,<<strong>br</strong> />

nematicidas, herbicidas, bactericidas,<<strong>br</strong> />

vermífugos; além de solventes, tintas,<<strong>br</strong> />

lu<strong>br</strong>ificantes, produtos para limpeza e<<strong>br</strong> />

desinfecção de estábulos, etc<<strong>br</strong> />

O manuseio inadequado de <strong>agrotóxicos</strong><<strong>br</strong> />

é assim, um dos principais responsáveis<<strong>br</strong> />

por acidentes de trabalho no campo. A<<strong>br</strong> />

ação das substâncias químicas no<<strong>br</strong> />

organismo humano, pode ser lenta e<<strong>br</strong> />

demorar anos para se manifestar.<<strong>br</strong> />

CARACTERÍSTICAS DO<<strong>br</strong> />

SETOR PRIMÁRIO:<<strong>br</strong> />

Grandes distâncias.<<strong>br</strong> />

Diversificação de atividades.<<strong>br</strong> />

Mão-de-o<strong>br</strong>a temporária.<<strong>br</strong> />

Dispersão populacional.<<strong>br</strong> />

Resistência a inovações.<<strong>br</strong> />

Portaria nº 3067<<strong>br</strong> />

De 12 de A<strong>br</strong>il de 1988.<<strong>br</strong> />

Aprova NRR previstas no Art.13 da Lei N.º 5.889 de 08 de junho de<<strong>br</strong> />

1973,relativas a SEURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO RURAL.<<strong>br</strong> />

NORMAS REGULAMENTADORAS RURAIS:<<strong>br</strong> />

NRR 1- Disposições Gerais.<<strong>br</strong> />

NRR 2- Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do<<strong>br</strong> />

Trabalho Rural- SEPATR.<<strong>br</strong> />

NRR 3- Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho<<strong>br</strong> />

Rural- CIPATR.<<strong>br</strong> />

NRR 4- Equipamento de Proteção Individual- EPI.<<strong>br</strong> />

NRR 5- Produtos Químicos.<<strong>br</strong> />

O Brasil supera em 7 vezes a média mundial de 0,5<<strong>br</strong> />

kg/hab de veneno. Nossa média, no início dos anos<<strong>br</strong> />

80, era de 3,8 kg/hab, número esse que ficou maior<<strong>br</strong> />

em 1986, com a injeção temporária de recursos do<<strong>br</strong> />

Plano Cruzado. Então, o consumo saltou de 128.000<<strong>br</strong> />

t para 166.000 t/ano.<<strong>br</strong> />

O consumo cresceu, de 1964 para 1979, de 421%,<<strong>br</strong> />

enquanto que a produção das 15 principais culturas<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiras, não ultrapassou o acréscimo de 5%.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS 10


Daniel Corral 26/04/2012<<strong>br</strong> />

A aplicação indiscriminada de <strong>agrotóxicos</strong> afeta tanto a<<strong>br</strong> />

saúde humana quanto os sistemas naturais. Estima-se<<strong>br</strong> />

que esses venenos sejam os responsáveis por mais de<<strong>br</strong> />

20.000 mortes não intencionais por ano, sendo que a<<strong>br</strong> />

maioria ocorre no Terceiro Mundo, onde cerca de 25<<strong>br</strong> />

milhões de trabalhadores agrícolas são intoxicados de<<strong>br</strong> />

forma aguda.<<strong>br</strong> />

Atualmente, o Brasil conta com 32 Centros de Controle<<strong>br</strong> />

de Intoxicação - CCI localizados em 17 Estados, onde<<strong>br</strong> />

são realizados atendimentos das intoxicações agudas<<strong>br</strong> />

ou processo de agudização do fenômeno crônico nos<<strong>br</strong> />

trabalhadores.<<strong>br</strong> />

Pereira, em tese apresentada à ECA/USP<<strong>br</strong> />

em 2003, listou 8 causas importantes<<strong>br</strong> />

relacionadas com a intoxicação por<<strong>br</strong> />

<strong>agrotóxicos</strong>:<<strong>br</strong> />

1 - Falta de treinamento;<<strong>br</strong> />

2 - Não uso de roupa protetora (EPI);<<strong>br</strong> />

3 - Não uso do Receituário Agronômico;<<strong>br</strong> />

4 - Uso excessivo do produto;<<strong>br</strong> />

5 - Uso de produtos proibidos;<<strong>br</strong> />

6 - Presença de crianças e adolescentes;<<strong>br</strong> />

7 - Não fiscalização da aviação agrícola;<<strong>br</strong> />

8 - Ausência de articulação institucional.<<strong>br</strong> />

Sintomas de intoxicação podem não aparecer de imediato. Deve-se prestar atenção à<<strong>br</strong> />

possível ocorrência desses sintomas, para que possam ser relatados com precisão. O<<strong>br</strong> />

agricultor intoxicado pode apresentar as seguintes alterações:<<strong>br</strong> />

irritação ou nervosismo;<<strong>br</strong> />

ansiedade e angústia;<<strong>br</strong> />

fala com frases desconexas;<<strong>br</strong> />

tremores no corpo;<<strong>br</strong> />

indisposição, fraqueza e mal estar, dor de cabeça, tonturas, vertigem, alterações visuais;<<strong>br</strong> />

salivação e sudorese aumentadas;<<strong>br</strong> />

náuseas, vômitos, cólicas abdominais;<<strong>br</strong> />

respiração difícil, com dores no peito e falta de ar;<<strong>br</strong> />

queimaduras e alterações da pele;<<strong>br</strong> />

dores pelo corpo inteiro, em especial nos <strong>br</strong>aços, nas pernas, no peito;<<strong>br</strong> />

irritação de nariz, garganta e olhos, provocando tosse e lágrimas;<<strong>br</strong> />

urina alterada, seja na quantidade ou cor;<<strong>br</strong> />

convulsões ou ataques: a pessoa cai no chão, soltando saliva em grande quantidade, com<<strong>br</strong> />

movimentos desencadeados de <strong>br</strong>aços e pernas, sem entender o que está acontecendo;<<strong>br</strong> />

desmaios, perda de consciência até o coma.<<strong>br</strong> />

Esperamos que esse espaço sirva de orientação aos agricultores,<<strong>br</strong> />

técnicos agrícolas, agrônomos e líderes rurais, responsáveis pela<<strong>br</strong> />

difusão do conhecimento no meio rural. Aos fa<strong>br</strong>icantes,<<strong>br</strong> />

representantes e comerciantes, lançamos um apelo à sua<<strong>br</strong> />

consciência, a fim de que atuem nos limites da ética.<<strong>br</strong> />

Os <strong>agrotóxicos</strong> têm sido identificados como causa importante de<<strong>br</strong> />

intoxicações e morte em todo o Brasil, principalmente nas regiões<<strong>br</strong> />

Sudeste, Sul e Nordeste. O Sistema Nacional de Informações<<strong>br</strong> />

Tóxico-Farmacológicas - SINITOX registra que, em 2001,<<strong>br</strong> />

ocorreram 433 mortes por intoxicação com <strong>agrotóxicos</strong> e raticidas.<<strong>br</strong> />

Os mais comuns são os organofosforados ou inseticidas e os<<strong>br</strong> />

carbamatos. Em razão do seu alto poder letal, são usados até por<<strong>br</strong> />

pessoas que desejam cometer suicídio.<<strong>br</strong> />

A ação dos <strong>agrotóxicos</strong> so<strong>br</strong>e a saúde<<strong>br</strong> />

humana costuma ser deletéria, muitas<<strong>br</strong> />

vezes fatal, provocando desde náuseas,<<strong>br</strong> />

tonteiras, dores de cabeça ou alergias<<strong>br</strong> />

até lesões renais e hepáticas, cânceres,<<strong>br</strong> />

alterações genéticas, doença de<<strong>br</strong> />

Parkinson etc. Essa ação pode ser<<strong>br</strong> />

sentida logo após o contato com o<<strong>br</strong> />

produto (os chamados efeitos agudos)<<strong>br</strong> />

ou após semanas/anos (são os efeitos<<strong>br</strong> />

crônicos) que, neste caso, muitas vezes<<strong>br</strong> />

requerem exames sofisticados para a<<strong>br</strong> />

sua identificação.<<strong>br</strong> />

Teste de Colinesterase. Um valioso<<strong>br</strong> />

indicador da relação entre exposição a<<strong>br</strong> />

<strong>agrotóxicos</strong> e problemas de saúde é o nível<<strong>br</strong> />

da enzima colinesterase no sangue. A<<strong>br</strong> />

inibição da colinesterase por meio dos<<strong>br</strong> />

compostos fosforados ou carbamatos<<strong>br</strong> />

provoca o acúmulo de acetilcolina, e o<<strong>br</strong> />

organismo passa a apresentar uma série de<<strong>br</strong> />

manifestações (efeitos muscarínios,<<strong>br</strong> />

nicotínicos e centrais).<<strong>br</strong> />

É uma enzima cujo papel fundamental é a<<strong>br</strong> />

regulação dos impulsos nervosos através da<<strong>br</strong> />

degradação da acetilcolina na junção<<strong>br</strong> />

neuromuscular e na sinapse nervosa.<<strong>br</strong> />

Existem duas categorias de colinesterases: a<<strong>br</strong> />

acetilcolinesterase (colinesterase<<strong>br</strong> />

verdadeira), que é encontrada nos<<strong>br</strong> />

eritrócitos, no pulmão e no tecido nervoso;<<strong>br</strong> />

e a colinesterase sérica, sintetizada no<<strong>br</strong> />

fígado, também chamada de<<strong>br</strong> />

pseudocolinesterase.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS 11


Daniel Corral 26/04/2012<<strong>br</strong> />

Teste de Colinesterase.<<strong>br</strong> />

Sua determinação é útil na avaliação e no<<strong>br</strong> />

acompanhamento de pacientes com intoxicação por<<strong>br</strong> />

organofosforados (inseticidas) que inibem a<<strong>br</strong> />

colinesterase eritrocitária e diminuem os níveis da<<strong>br</strong> />

colinesterase sérica. A colinesterase sérica está<<strong>br</strong> />

diminuída nas doenças parenquimatosas hepáticas<<strong>br</strong> />

(hepatites virais, cirrose), na insuficiência cardíaca<<strong>br</strong> />

congestiva, nos abscessos e neoplasias.<<strong>br</strong> />

Teste de Colinesterase.<<strong>br</strong> />

O exame médico periódico dos trabalhadores<<strong>br</strong> />

expostos à substâncias tóxicas é indispensável<<strong>br</strong> />

para comprovar a presença de efeitos adversos,<<strong>br</strong> />

conseqüência de medidas de controle<<strong>br</strong> />

insuficientes, práticas de trabalho inapropriadas<<strong>br</strong> />

ou exposição a níveis máximos toleráveis das<<strong>br</strong> />

pessoas expostas. O ideal seria que fosse<<strong>br</strong> />

estudado o tempo real de exposição dos<<strong>br</strong> />

funcionários que aplicam o praguicida, fixando-se<<strong>br</strong> />

os índices de segurança do tempo máximo e<<strong>br</strong> />

mínimo de exposição.<<strong>br</strong> />

O agricultor deverá procurar imediatamente<<strong>br</strong> />

atendimento médico, na presença de quaisquer<<strong>br</strong> />

sintomas que possam indicar um quadro de<<strong>br</strong> />

intoxicação.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

No Brasil, hoje, estima-se que morrem 5.000 trabalhadores/ano, vítimas de<<strong>br</strong> />

<strong>agrotóxicos</strong>. Grande parte dessas mortes poderiam se evitadas se houvesse o uso efetivo de<<strong>br</strong> />

equipamentos de proteção individual - E.P.I. (luvas, máscara, óculos de proteção, avental,<<strong>br</strong> />

outras vestimentas de proteção, botas e chapéu) por parte dos agricultores que manuseiam<<strong>br</strong> />

o produto.<<strong>br</strong> />

Teste de Colinesterase.<<strong>br</strong> />

Os níveis baixos persistentes nos cirróticos têm sido<<strong>br</strong> />

apontados como marcador de mau prognóstico.<<strong>br</strong> />

Valores diminuídos também são encontrados em<<strong>br</strong> />

estados de desnutrição, infecções agudas, anemias,<<strong>br</strong> />

infarto do miocárdio e dermatomiosite. Diversas<<strong>br</strong> />

drogas como estrogênios, testosterona e<<strong>br</strong> />

contraceptivos orais também podem interferir nos<<strong>br</strong> />

níveis da colinesterase sérica.<<strong>br</strong> />

Segundo as estatísticas de<<strong>br</strong> />

2.000, os acidentes com<<strong>br</strong> />

<strong>agrotóxicos</strong> no uso agrícola<<strong>br</strong> />

são mais comuns nas faixas<<strong>br</strong> />

etárias de 20 a 29 anos<<strong>br</strong> />

(1.209 registros) e de 30 a 39<<strong>br</strong> />

anos (1.080 casos). Já nos<<strong>br</strong> />

acidentes domésticos, os<<strong>br</strong> />

mais atingidos são as<<strong>br</strong> />

crianças entre 1 e 4 anos<<strong>br</strong> />

(768 casos), seguidos de<<strong>br</strong> />

adultos de 20 a 29 anos (567<<strong>br</strong> />

registros).<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

Recentemente (maio de 2004), pesquisa da<<strong>br</strong> />

Agência Nacional de Vigilância Sanitária -<<strong>br</strong> />

ANVISA revelou que as frutas e saladas<<strong>br</strong> />

consumidas pelos <strong>br</strong>asileiros têm alto índice<<strong>br</strong> />

(81,2%) de contaminação por <strong>agrotóxicos</strong>,<<strong>br</strong> />

especialmente a alface, batata, maçã, banana,<<strong>br</strong> />

morango e mamão , so<strong>br</strong>etudo estes dois<<strong>br</strong> />

últimos, comprometidos em boa parte das<<strong>br</strong> />

amostras.<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS 12


Daniel Corral 26/04/2012<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS:<<strong>br</strong> />

"O UNIVERSO E A ESTUPIDEZ HUMANA SÃO<<strong>br</strong> />

INFINITOS. TENHO MINHAS DÚVIDAS<<strong>br</strong> />

QUANTO AO PRIMEIRO." Albert Einstein<<strong>br</strong> />

“DEUS PERDOA SEMPRE, OS HOMES<<strong>br</strong> />

ALGUMAS VEZES; POREM A NATUREZA<<strong>br</strong> />

NUNCA PERDOA” Anônimo<<strong>br</strong> />

AGROTÓXICOS 13

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!