a utilização de técnicas nucleadoras na restauração ecológica do ...
a utilização de técnicas nucleadoras na restauração ecológica do ...
a utilização de técnicas nucleadoras na restauração ecológica do ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
materiais orgânicos, visan<strong>do</strong> sustentar a muda e fornecer-lhe nutrientes para seu a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong><br />
crescimento.<br />
A produção <strong>de</strong> mudas é realizada, preferencialmente, através <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> sexual, via semente,<br />
e em alguns casos per méto<strong>do</strong>s assexua<strong>do</strong>s, como estaquias e divisão <strong>de</strong> touceiras. Dá-se<br />
preferência a semeadura direta nos recipientes visan<strong>do</strong> a elimi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> confecção <strong>do</strong>s canteiros <strong>de</strong><br />
sombreamento para as mudas recém-repicadas, a redução <strong>do</strong> prazo para produção da muda, a<br />
formação <strong>de</strong> mudas mais vigorosas, a diminuição das perdas por <strong>do</strong>enças e produção <strong>de</strong> mudas com<br />
sistema radicular <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong>. Para os casos em que o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> semeadura direta nos<br />
recipientes não é possível, é realizada a semeadura em canteiros, com posterior repicagem. Nos <strong>do</strong>is<br />
casos cita<strong>do</strong>s acima, as sementes <strong>de</strong>verão ser cobertas <strong>de</strong> substrato com a profundida<strong>de</strong><br />
proporcio<strong>na</strong>l a sua espessura. As mudas permanecem no viveiro por um tempo variável <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />
da espécie.<br />
As espécies que serão produzidas no viveiro são as ocorrentes origi<strong>na</strong>lmente <strong>na</strong> região,<br />
típicas <strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong> e estão <strong>de</strong>scritas <strong>na</strong>s Tabelas 1, 2 e 3, indicadas pelo PROGRAMA 11 <strong>do</strong> PBA:<br />
PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADAS DA USINA HIDRELÉTRICA<br />
SERRA DO FACÃO.<br />
Quanto mais diversificadas forem as <strong>técnicas</strong> <strong>nuclea<strong>do</strong>ras</strong> utilizadas, também maiores são as<br />
probabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>. Essas áreas em <strong>restauração</strong> servirão como<br />
trampolins ecológicos entre os fragmentos florestais existentes <strong>na</strong> região, possibilitan<strong>do</strong> o fluxo<br />
gênico entre as comunida<strong>de</strong>s anteriormente isoladas. A <strong>utilização</strong> <strong>de</strong> <strong>técnicas</strong> <strong>nuclea<strong>do</strong>ras</strong> <strong>na</strong><br />
<strong>restauração</strong> <strong>ecológica</strong> <strong>do</strong> canteiro <strong>de</strong> obras da UHE Serra <strong>do</strong> Facão está trazen<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s muito<br />
superiores <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista ecológico e econômico quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com outros projetos <strong>de</strong><br />
recuperação que utilizam ape<strong>na</strong>s o plantio <strong>de</strong> mudas como ferramenta <strong>de</strong> ação. Essas <strong>técnicas</strong> estão<br />
atrain<strong>do</strong> a fau<strong>na</strong> <strong>na</strong>tiva para as áreas <strong>de</strong>gradadas, que auxiliam <strong>na</strong> dispersão <strong>na</strong>tural <strong>de</strong> sementes.<br />
BIBLIOGRAFIA<br />
An<strong>de</strong>rson, M.L. 1953. Spaced-group planting. U<strong>na</strong>sylva 7(2).<br />
Arruda, MB. 2005. “Representativida<strong>de</strong> <strong>ecológica</strong> com base <strong>na</strong> biogeografia <strong>de</strong> biomaa, ecótonos e<br />
ecorregiões continentais <strong>do</strong> Brasil – o caso <strong>do</strong> bioma cerra<strong>do</strong>”. Tese <strong>de</strong> Doutora<strong>do</strong>, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília, Brasília.<br />
Derpsch, R.; Roth, C.H., Sidiras, N; Köpke. 1991. “Controle da erosão no Paraná, Brasil: Sistemas <strong>de</strong><br />
cobertura <strong>do</strong> solo, plantio direto e preparo conservacionista <strong>do</strong> solo”. Deutsche Gesellschaft für Technische<br />
Zusamme<strong>na</strong>rbeit (GTZ) GmbH.<br />
Damasceno, A.C.F. 2005. “Macrofau<strong>na</strong> edáfica, regeneração <strong>na</strong>tural <strong>de</strong> espécies arbóreas, lia<strong>na</strong>s e epífitas em<br />
florestas em processo <strong>de</strong> <strong>restauração</strong> com diferentes ida<strong>de</strong>s no Pontal <strong>do</strong> Para<strong>na</strong>panema”. 107p. Disseração<br />
(Mestra<strong>do</strong>). ESALQ, USP.<br />
Di Stasi, LC. 1996. (organiza<strong>do</strong>r). “Plantas Medici<strong>na</strong>is: arte e ciência. Um guia <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> interdiscipli<strong>na</strong>r”. São<br />
Paulo: Unesp. 230 p.<br />
Dobson, AP. 1995. “Conservation and biodiversity”. Scientific American Library, New York. 264 p.<br />
FAO. 1996. The State of the world´s plant genetic resources for food and agriculture. Roma.<br />
Ferretti, A. R. 2002. “Fundamentos ecológicos para o planejamento da <strong>restauração</strong> florestal”. In: GALVÃO,<br />
A. P. M. e MEDEIROS, A. C. S. (eds.) Restauração da Mata Atlântica em áreas <strong>de</strong> sua primitiva ocorrência <strong>na</strong>tural.<br />
Embrapa Florestas, Colombo: 21-26.<br />
Gentry, A.H. 1993. “Tropical Forest Biodiversity and the pontencial for New Medici<strong>na</strong>l Plants”. Human<br />
Medici<strong>na</strong>l Agents From Plants.<br />
Kageyama, P. Y.; Gandara, F. B. 2000. “Recuperação <strong>de</strong> áreas ciliares”. In: RODRIGUES, R. R. e LEITÃO-<br />
FILHO, H. F. (eds). Matas ciliares: conservação e recuperação. Edusp, São Paulo: p. 249-270.<br />
Kageyama, P. Y.; Gandara, F. B.; Oliveira, R. E.;Moraes, L. F. D. 2002. “Restauração da mata ciliar –<br />
manual para recuperação <strong>de</strong> áreas ciliares e microbacias”. Projeto PLANÁGUA SEMADS/GTZ, Rio <strong>de</strong> Janeiro. Série<br />
SEMADS, 13: 104p.<br />
Kiehl, E. J. 1985. “Fertilizantes orgânicos”. Piracicaba: Ed. Agronômica Ceres Ltda.<br />
Mariot, A. 2005. “Projeto executivo <strong>de</strong> <strong>restauração</strong> e recuperação das áreas da obra da Usi<strong>na</strong> Hidrelétrica<br />
Campos Novos”. 67p.<br />
14