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ACTA N.º 04/2006 SESSÃO ORDINÁRIA DE 28-06-2006

ACTA N.º 04/2006 SESSÃO ORDINÁRIA DE 28-06-2006

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

DA<br />

FIGUEIRA DA FOZ<br />

<strong>ACTA</strong> N.<strong>º</strong> <strong>04</strong>/<strong>20<strong>06</strong></strong><br />

<strong>SESSÃO</strong> <strong>ORDINÁRIA</strong> <strong>DE</strong><br />

<strong>28</strong>-<strong>06</strong>-<strong>20<strong>06</strong></strong>


ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

LOCAL - Sala das Sessões dos Paços do Município ---------------------------------<br />

DATA – <strong>28</strong> de Junho de <strong>20<strong>06</strong></strong> ------------------------------------------------------<br />

INICIO - 16 horas e 25 minutos --------------------------------------------------<br />

A sessão iniciou-se com a presença de: ------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE - Vítor Frederico da Silva Figueiredo Pais.....................PPD/PSD<br />

1<strong>º</strong> SECRETÁRIO - Joaquim José da Silva Barraca.............................PPD/PSD<br />

2<strong>º</strong> SECRETÁRIO - Artur Ferreira Mendes.....................................PPD/PSD<br />

MEMBROS - António Simões Martins de Oliveira.................................PPD/PSD<br />

Vítor Manuel de Jesus Jorge..........................................PS<br />

António Francisco Guerra Padrão.................................PPD/PSD<br />

Rui Manuel Marinheiro Carvalheiro....................................PS<br />

João Manuel Pedrosa Russo...........................................PPD/PSD<br />

Victor Manuel Barreto Marinho da Cunha...............................PS<br />

Alberto Pedro Caetano...........................................PPD/PSD<br />

Nelson César Santos Fernandes...................................PCP-PEV<br />

Manuel Simões Mota (em substituição).................................PS<br />

Ilídio Almeida Figueiredo.......................................PPD/PSD<br />

Maria Amélia da Silva Guímaro Saraiva dos Santos......................PS<br />

António João Teixeira Paredes........................................PS<br />

Antonino da Silva Oliveira......................................PPD/PSD<br />

Carlos Ângelo Ferreira Monteiro......................................PS<br />

Bruno Manuel Samagaio dos Reis..................................PPD/PSD<br />

João Carlos Marques e Silva Paulo...........................IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE<br />

Tiago Patrício Cadima Jorge.....................................PPD/PSD<br />

Ana Cristina Gomes de Craveiro Paiva.................................PS<br />

Carlos Alberto da Silveira Cruto................................PPD/PSD<br />

António Francisco Gonçalves Soares Baião (em substituição).......PCP-PEV<br />

Francisco Nuno Costa de Melo Biscaia.................................PS<br />

Carlos Jorge Pires Lourenço.....................................PPD/PSD<br />

Maria dos Prazeres Alves de F. M. e Albergaria (em substituição).....PS<br />

António José Dias de Sousa...........................................PS<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTES <strong>DE</strong> JUNTAS <strong>DE</strong> FREGUESIA<br />

(Alhadas) Jorge Manuel Rocha Oliveira..........................PPD/PSD<br />

(Alqueidão) Maria Caeiro Marques Simão...........................PPD/PSD<br />

(Bom Sucesso) Victor Manuel Andrade Margato........................PPD/PSD<br />

1


ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

(Borda do Campo) José António Carvalho Gaspar.........................PPD/PSD<br />

(Brenha) Fausto Fernando Santos Loureiro..........................PS<br />

(Buarcos) Carlos Fernando Moço Ferreira............................PS<br />

(Ferreira-a-Nova) Euclides Pagaimo de Jesus Frade......................PPD/PSD<br />

(Lavos) Isabel Maria Ferreira Curado de Oliveira.............PPD/PSD<br />

(Maiorca) José António Borges Ligeiro..............................PS<br />

(Marinha das Ondas) António Eduardo São Pedro Almeida....................PPD/PSD<br />

(Moinhos da Gândara) Paulo Manuel Querido Rodrigues.......................PPD/PSD<br />

(Paião) António José das Neves França........................PPD/PSD<br />

(Quiaios) José Augusto Azenha Marques.....................IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE<br />

(Santana) Fernanda do Rosário Oliveira.........................PPD/PSD<br />

(S. Julião) Victor Manuel Silva Coelho...............................PS<br />

(São Pedro) Carlos Manuel Azevedo Simão.....................IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE<br />

(Tavarede) Victor Manuel dos Santos Madaleno........................PS<br />

(Vila Verde) João Filipe Carronda da Silva Antunes....................PS<br />

SUBSTITUIÇÕES<br />

Foram substituídas os seguintes Membros: Sr. João Raul Henriques Sousa Moura<br />

Portugal pelo Sr. Manuel Simões Mota; Sr. Gonçalo Nuno Teixeira Duarte Venâncio<br />

pela Srª Maria dos Prazeres Alves Figueiredo Mendanha Albergaria; e a Srª<br />

Silvina da Silva Fonseca de Queiroz pelo Sr. António Francisco Gonçalves Soares<br />

Baião. --------------------------------------------------------------------------<br />

JUSTIFICAÇÃO <strong>DE</strong> FALTAS<br />

Justificaram as suas faltas à sessão do dia 25 de Abril, os Membros António<br />

Francisco Guerra Padrão, João Raul Henriques Sousa Moura Portugal, António José<br />

das Neves França. ---------------------------------------------------------------<br />

E à sessão do dia <strong>28</strong> de Junho, os Membros Silvina da Silva Fonseca de Queiroz,<br />

João Raul Henriques Sousa Moura Portugal e Gonçalo Nuno Teixeira Duarte<br />

Venâncio. -----------------------------------------------------------------------<br />

Após verificação do quórum, deu-se início à sessão. -----------------------------<br />

1 – PERÍODO ANTES DA OR<strong>DE</strong>M DO DIA<br />

1.1 – INFORMAÇÃO DO PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL E LEITURA<br />

RESUMIDA DO EXPEDIENTE<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, deu a palavra ao Primeiro Secretário para fazer a<br />

leitura do expediente. ----------------------------------------------------------<br />

PRIMEIRO SECRETÁRIO, fez a leitura da correspondência recebida. -----------------<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

1.2 – APRECIAÇÃO DA <strong>ACTA</strong> DA <strong>SESSÃO</strong> <strong>DE</strong> 25 de ABRIL E <strong>DE</strong> 27 <strong>DE</strong> ABRIL<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, colocou à votação a acta da Sessão do dia 25 de Abril.<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por unanimidade aprovar a acta da Sessão do<br />

dia 25 de Abril. ----------------------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, colocou à votação a acta da Sessão do dia 27 de Abril.<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por unanimidade aprovar a acta da Sessão do<br />

dia 27 de Abril. ----------------------------------------------------------------<br />

1.3 – INTERVENÇÕES <strong>DE</strong> CARÁCTER GERAL<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, após ter lido o ponto deu a palavra aos Membros. ------<br />

SUSPENÇÃO DO PLANO <strong>DE</strong> OR<strong>DE</strong>NAMENTO DA ORLA COSTEIRA ENTRE OVAR - MARINHA GRAN<strong>DE</strong><br />

JOÃO RUSSO (PPD/PSD), interveio para ler um documento sobre a não suspensão e<br />

revisão do POOC, documento que constituiu o anexo número um à presente acta. ----<br />

De seguida apresentou uma Moção sobre o POOC, documento que se dá por<br />

integralmente reproduzido constituindo o anexo número dois à presente acta. -----<br />

CARLOS MOÇO (PS), disse que tinha ouvido atentamente o Dr. João Russo, e que há<br />

bem pouco tempo fez uma visita com os responsáveis da CCDR, às instalações da<br />

praia em Buarcos e é do seu conhecimento que aquelas instalações são para ser<br />

substituídas por outras com outra dimensão a partir de Setembro, mas, num local<br />

mais ao lado, ou mais à frente, irá ser aquele. Aquilo que lhe parece que neste<br />

momento estaria em causa seriam as condições em que estas unidades operam. ------<br />

É a favor de que elas lá continuem, de que não sejam destruídas. Contudo,<br />

gostaria que o Plano de POOC fosse revisto, mas que ele fosse colocado em<br />

consulta prévia de uma forma bem clara, para que se pudesse ter acesso a ele.<br />

Parece-lhe que neste momento, a estar como está, só os actuais interessados e<br />

que têm as unidades instaladas é que o conhecem. --------------------------------<br />

AUGUSTO MARQUES (IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE), disse que subscrevia inteiramente a moção. ------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse que em relação ao POOC, todos sabem qual é a posição<br />

da Câmara. Em Fevereiro de 20<strong>04</strong> pediram a suspensão do plano e continuam a<br />

insistir. Acham completamente absurdo esta questão da praia, porque não<br />

conseguem e, obviamente, que é demorado mas estão e vão fazer o Plano de<br />

Pormenor do Areal da Praia. Mas consideram que é um gasto desnecessário estar a<br />

destruir o que lá está para fazer coisas, que embora sejam como as que lá estão,<br />

também são projecto da Câmara, mas que não respondem da mesma maneira e,<br />

entretanto, já se gastou dinheiro. O que lá está é perfeitamente digno, para<br />

além com certeza de alguns melhoramentos das condições de higiene, não está isso<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

em causa. Agora, pode e deve ser melhorado. Não faz sentido, na opinião da<br />

Câmara, e contra isso têm mostrado a sua indignação, mas não têm nenhum meio<br />

físico de impedir que, um dia, como ameaça a Comissão de Coordenação, seja feito<br />

o seu desmantelamento. Recordou a proposta que foi feita na última Assembleia<br />

Municipal relativamente a um equipamento que entendem que deve ser procurada a<br />

sua legalização e não a sua destruição, que é o “Bar Costa”. Independente de<br />

quem ache bem ou não, têm dúvidas em acreditar que ponha em causa a Orla<br />

Costeira, os equipamentos que estão na praia de Buarcos. Portanto, entendem que<br />

há um instrumento e não lhes tem sido dado, até agora, a oportunidade de o<br />

rever. Há de facto uma radicalização e uma insensibilidade por parte de alguns<br />

técnicos que estão ligados a estes processos da Figueira da Foz, que dificultam<br />

a actuação da Câmara. Disse que se os presentes forem ao longo do País e,<br />

designadamente, ao Algarve, vêem instalações, equipamentos de praia que não são<br />

melhores nem mais dignos dos que se tem em Buarcos. Eles estão a funcionar e<br />

ninguém os incomoda. Se andarem no mar, no Algarve, como ele andou à um mês,<br />

vêem edificações em construção em cima das falésias. Porque é que isto acontece<br />

no Algarve e na Figueira da Foz, onde se tem três equipamentos de praia, que<br />

ainda por cima se integram, como ainda há pouco tempo num panfleto turístico de<br />

promoção das praias em Portugal, num dos jornais de maior produção, vinha<br />

anunciada, justamente, a qualidade das construções na praia da Figueira, por<br />

serem construções tradicionais, com pintura às riscas. Tudo o que se tem<br />

procurado fazer é andar, mas tem-se tido dificuldade, não conseguem responder a<br />

tudo, além de que existe um Plano de Praia que o Governo não aceitou suspender.<br />

Porque não é compatível com o que se pretende apresentar para alguns<br />

equipamentos a fazer na praia, e existe, desde logo, uma colisão que dificulta e<br />

que pode levar, a quem aprecie o projecto, a dizer que não o pode fazer porque<br />

colide com o Plano de Pormenor do Areal da Praia. -------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo mais intervenções sobre este ponto<br />

colocou-o à aprovação. ----------------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por maioria com vinte e sete votos a favor<br />

(23 do PPD/PSD, 1 do PS, 2 do PCP-PEV e 2 dos Membros Independentes), e com<br />

catorze abstenções (13 do PS e 1 do Membro Independente), aprovar a moção sobre<br />

a suspensão do Plano de Ordenamento da Orla Costeira. ---------------------------<br />

<strong>DE</strong>CLARAÇÃO <strong>DE</strong> VOTO<br />

JOÃO CARRONDA (PS), fez a seguinte declaração de voto: “eu votei a favor porque<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

entendo que, ou salvaguardando que esta situação não seja para ilibar<br />

determinadas situações que ilegalmente possam ter sido construídas e que,<br />

portanto, esta suspensão, sou a for dela, mas volto a dizer, que ela não seja<br />

para branquear algum tipo de situações que possam ter sido construídas à revelia<br />

da lei e daquilo que legalmente está estabelecido. Mas de qualquer das formas o<br />

meu voto é favorável à suspensão.” ----------------------------------------------<br />

VÍTOR JORGE (PS), fez a seguinte declaração de voto: “genericamente simpatizamos<br />

com a ideia contudo a Figueira da Foz tem sido ao longo dos anos, de algum modo,<br />

causticada com prorrogações, suspensões etc., etc., e também neste caso tivemos<br />

aqui que acautelar a nossa posição e nesse sentido votamos pela abstenção. ------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, referiu que o que se está a votar é a Moção que é<br />

apresentada e não as intenções que se possa julgar que estão por trás da moção.<br />

A moção é objectiva, é específica e, portanto, aquilo que se está a votar em<br />

concreto é a moção apresentada. -------------------------------------------------<br />

VOTO <strong>DE</strong> PESAR PELO FALECIMENTO DO DR. JOSÉ MANUEL ALVES<br />

VÍTOR CUNHA (PS), disse que vinha propor à Assembleia um voto de pesar pelo<br />

falecimento do Dr. José Manuel Alves. -------------------------------------------<br />

O Dr. José Manuel Alves exerceu funções de direcção na Figueira Grande Turismo,<br />

e foi uma pessoa que colocou alguma ordem naquela casa e a Figueira deve-lhe<br />

essa homenagem, no seu ponto de vista. ------------------------------------------<br />

ALBERTO CAETANO (PPD/PSD), disse que relativamente ao assunto que o Sr. Vítor<br />

Cunha trouxe, ele trazia um voto de pesar pelo falecimento do Dr. José Manuel<br />

Alves, documento que se dá por integralmente reproduzido constituindo o anexo<br />

número três à presente acta. ----------------------------------------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (PCP-PEV), disse que uma boa homenagem que lhe podiam prestar<br />

era continuar o trabalho que ele tinha vindo a desenvolver, em relação à<br />

Figueira da Foz e que tem a ver com uma rota do Wellington, agora que se vai<br />

comemorar o aniversário do desembargue dos ingleses na Costa da Figueira da Foz.<br />

Pensa que o turismo perdeu uma grande figura, porque ele era uma pessoa<br />

profundamente conhecedora da realidade turística do País e sobretudo da região<br />

centro. -------------------------------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por unanimidade aprovar o voto de pesar pelo<br />

falecimento do Dr. José Manuel Alves. -------------------------------------------<br />

ENCERRAMENTO <strong>DE</strong> MATERNIDA<strong>DE</strong>S<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (PCP-PEV), interveio lendo um documento sobre o incidente que<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

aconteceu no dia 12 de Junho de <strong>20<strong>06</strong></strong>, quando uma grávida Elvas teve que ser<br />

transportada para a maternidade de Portalegre, documento que constitui o anexo<br />

número quatro à presente acta. --------------------------------------------------<br />

VÍTOR JORGE (PS), disse que o Sr. Nelson Fernandes afirma que o feto morreu ao<br />

ser transferido para o hospital de Portalegre. É curioso que as informações que<br />

surgiram a público, numa primeira fase, apontavam de facto para este infausto<br />

acontecimento, vieram mais tarde a serem clarificadas, pois tratava-se de um<br />

feto de 24 semanas, portanto, não havia ali uma emergência de um parto,<br />

chamemos-lhe normal, e que de facto o feto faleceu depois de ter dado entrada no<br />

hospital de Portalegre após 4 horas. -------------------------------------------<br />

O Sr. Nelson Fernandes na “romaria” que faz relativamente ao Ministério da<br />

Saúde, socorre-se, inclusive, de argumentos falsos. E admira-se perfeitamente<br />

que nesta matéria, como noutras, todos os cidadãos, e nomeadamente todos os<br />

cidadãos que estão politicamente colmatados, defendam as posições que bem<br />

entendem e que elas sejam naturalmente divergentes. O que lhe custa a aceitar é<br />

que se recorram a argumentos falsos na medida em que criaram um clima de<br />

alarmismo, e semearem fantasmas, tentando levar, deste modo, as pessoas a<br />

optarem por uma determinada solução que é aquela que, ao que parece, que mais<br />

convém ao Partido Comunista da Figueira. Lembra-se que o Partido Comunista,<br />

nesta matéria, está a ter uma atitude francamente condenável e isso passou-se<br />

nomeadamente num debate que o PS teve a iniciativa de organizar e de levar a<br />

cabo e para o qual convidou, não só a população, mas todas as forças políticas<br />

da cidade e, particularmente, o movimento Nascer na Figueira. Foi um debate que<br />

se caracterizou por várias tentativas de boicote da parte dos apoiantes do<br />

Partido Comunista, que ao que parece querem em todas estas matérias, ou nas que<br />

eles julgam que lhes podem trazer alguns votos suplementares no futuro, poder<br />

usar todos os argumentos, aqueles que são honestos e os que o são menos. --------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (PCP-PEV), pensa que esta técnica do PS e dos sábios do PS<br />

sobre esta matéria é interessante. Primeiro partem de um pressuposto, que não<br />

está em nenhuma parte do texto, que diz que o feto morreu no transporte.<br />

Partindo desse pressuposto é muito fácil depois dizer que os argumentos são<br />

falsos, mas não se diz quais são os argumentos falsos que aqui estão. É falso<br />

que a parturiente foi mal atendida está aqui demonstrado que foi mal atendida;<br />

que o Ministro mentiu que encerrou a maternidade e encerrou o bloco de partos;<br />

que a doente só foi transportada com um bombeiro, que não foi garantida a<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

segurança e a qualidade neste atendimento; que o Sr. Ministro vai ser absolvido<br />

neste inquérito de averiguações. Portanto, não encontra nenhuma falsidade.<br />

Relativamente às acusações de boicote, pede desculpa, mas não sabia que tinham<br />

de ser concordantes com os “convidados” do PS. E se a não concordância é<br />

boicote, então confessa que boicotou porque não concordou. Se não é, se a<br />

concordância é apenas divergência de opinião, boicotou. -------------------------<br />

VÍTOR JORGE (PS), relativamente à questão do boicote vai passar por cima. Não<br />

importa para aqui neste momento. O Sr. Nelson Fernandes foi apanhado com a pedra<br />

na mão. -------------------------------------------------------------------------<br />

ANTÓNIO PARE<strong>DE</strong>S (PS), referiu que o Partido Comunista já não os surpreendia com<br />

este tipo de populismo. Questionou o que é que o Sr. membro do PCP virá dizer<br />

Será que se se tiver o azar, até ao final do encerramento do bloco de partos da<br />

Figueira da Foz, de acontecer uma situação deste género. ------------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (PCP-PEV), disse que os membros do PS, querem-lhes meter os<br />

dedos pelos olhos dentro ao apoiar o encerramento da maternidade e dizer que<br />

eles ainda deviam agradecer. Têm que aguentar esta situação durante o resto do<br />

mandato nesta Assembleia e em todo o lado onde o PS estiver. Portanto, aguentem<br />

porque de facto são os responsáveis pela perca deste serviço público na Figueira<br />

da Foz. -------------------------------------------------------------------------<br />

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO<br />

JOÃO PAULO (IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE), apresentou uma moção de rejeição ao Ministério da<br />

Educação, documento que se dá por integralmente reproduzido constituindo o anexo<br />

número cinco à presente acta. ---------------------------------------------------<br />

CARLOS MONTEIRO (PS), disse que relativamente à moção, era importante perceber o<br />

contexto da educação no nosso País. Tem-se um ensino básico com instalações<br />

degradadas a nível nacional e, nomeadamente, na Figueira da Foz em que não se<br />

tem, aliás como a carta educativa aponta, condições ideais. Tem-se uma série de<br />

problemas, um insucesso escolar com números elevadíssimos, um abandono que é dos<br />

maiores dos países da comunidade económica. Portanto, existe um conjunto de<br />

situações que, na verdade, os Ministérios da Educação, ao longo dos anos, têm<br />

combatido e têm a obrigação de continuar a combater. A moção centra-se numa<br />

questão que é relativamente à revisão do Estatuto da Carreira Docente. Pensa que<br />

não é o local ideal para se votar moções destas, o que está em causa é a<br />

qualidade da educação do ensino e sobre isso esta Assembleia deve votar.<br />

Relativamente ao Estatuto dos Professores, é uma discussão que acho que deve ser<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

feita através dos seus sindicatos e dirigentes. Portanto, vão votar contra. -----<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo mais intervenções sobre a Moção colocou-a<br />

aprovação. ----------------------------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por maioria com três votos a favor (2 do PCP-<br />

PEV e 1 do Membro Independente) e com quarenta e dois votos contra (23 do<br />

PPD/PSD, 17 do PS e 2 dos Membros Independentes), rejeitar a moção sobre o<br />

Ministério da Educação. ---------------------------------------------------------<br />

PLANO <strong>DE</strong> PORMENOR DA ZONA DO GALANTE<br />

ANTÓNIO PARE<strong>DE</strong>S (PS), interveio dizendo que tinha uma moção para apresentar<br />

sobre o Plano de Pormenor da Zona do Galante da Figueira da Foz, documento que<br />

constitui o anexo número seis à presente acta. ----------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse que ficou sem saber se era uma moção ou se era<br />

um requerimento, para que a Comissão Permanente da Assembleia promova uma<br />

discussão pública. Como é óbvio pensa que tem implicações legais. ---------------<br />

ANTÓNIO PARE<strong>DE</strong>S (PS), disse que se a Assembleia votar favoravelmente, obviamente<br />

que a Comissão Permanente irá ter essa possibilidade. O PS entende que, em<br />

termos daquilo que o assunto merece avaliar, que é supra-partidário. Como tal a<br />

Comissão Permanente, melhor que ninguém, pois tem a representação de todos o<br />

partidos que têm assento nesta Assembleia, têm toda a legitimidade para promover<br />

essa discussão, para que ela seja isenta e, acima de tudo, seja uma mais valia<br />

para a discussão publica e para os figueirenses em particular. ------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (PCP-PEV), disse que a posição do PS sobre o Plano de Pormenor<br />

é extremamente interessante porque, em primeiro lugar, existe efectivamente uma<br />

cumplicidade grande entre o Governo e a Câmara no sentido da aprovação do Plano<br />

de Pormenor. Tanto mais, quando este Plano de Pormenor for aprovado ele põe<br />

dúvidas sobre a sua legalidade. Mas também não é a ele que lhe compete resolver,<br />

já depois de terminadas as medidas de suspensão do Plano Director Municipal. À<br />

partida essa decisão é ilegal, e ele ainda não percebe porque é que depois de<br />

tantos processos em tribunal sobre este assunto, este ainda não apareceu. Depois<br />

aquilo que lhe parece, ao longo destes anos todos é que se está a fazer tudo<br />

para se fingir que se é contra. Este Plano de Urbanização é de facto uma<br />

aberração, sobretudo naquilo que é a sua envolvente externa, isto é reconhecido.<br />

A necessidade de o combater mantém-se presente. Agora é necessário combatê-lo de<br />

uma forma séria, no sentido de que as coisas vão para a frente de outra maneira<br />

e não desta forma atribulada com a desculpabilização do Governo, que lhe parece<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

que está tão comprometido nisto como estão todos os outros. ---------------------<br />

JOÃO RUSSO (PPD/PSD), disse que quanto a esse assunto confessa que o problema do<br />

Pano de Pormenor da Ponte Galante já lhe interessa à muito tempo, nomeadamente,<br />

desde que ele foi aprovado na Assembleia Municipal. Não acordou apenas nos<br />

últimos dias. Não pode deixar de dizer que a proposta apresentada pelo PS, pelo<br />

Sr. António Paredes, é perfeitamente irrelevante, muito embora ele reconheça que<br />

discutir sempre o que quer que seja é positivo. Agora obrigar a Comissão<br />

Permanente da Assembleia Municipal a discutir esse assunto, a fazer uma<br />

discussão pública através da Comissão Permanente é perfeitamente irrelevante e<br />

vai aliás obstaculizar o que quer que seja em relação ao Plano de Pormenor. A<br />

discussão pública já existiu, foi feita, todas as pessoas puderam dar a sua<br />

opinião sobre o Plano de Pormenor, foi amplamente discutido na comunicação<br />

social, houve reuniões. Julga que nunca a Figueira da Foz, salvo no assunto da<br />

maternidade, discutiu tanto um assunto, tão importante para o concelho, como no<br />

caso do Plano de Pormenor. Agora, obrigar a Comissão Permanente a discutir este<br />

assunto, fazer uma discussão pública é perfeitamente irrelevante, porque o Plano<br />

está aprovado e é eficaz. Estranhou profundamente, e já o disse publicamente, a<br />

ratificação deste Plano, na altura em que foi feita. É que as medidas<br />

preventivas foram aprovadas por dois anos, que já passaram e só depois de correr<br />

esses dois anos é que o Plano de Pormenor foi ratificado pelo Governo. Parecelhe,<br />

que há aqui uma irregularidade grave, que pode levar, inclusive, há<br />

anulação deste Plano de Pormenor, se por ventura alguém puser este assunto em<br />

tribunal. É muito mais importante a Comissão Permanente discutir este assunto<br />

através de uma discussão pública. Seria muito mais interessante que o próprio<br />

PS, que é contra o Plano de Pormenor do Galante, e tendo em conta que este<br />

argumento que já foi veiculado pelo Sr. Nelson Fernandes e por si próprio, fosse<br />

discutido em Tribunal, e proposto pelos próprios membros do PS. Seria<br />

interessante porque, no seu entender, há aqui qualquer coisa que não corre bem.<br />

Tendo em conta que este Plano de Pormenor foi ratificado à mais de dois anos,<br />

após o início das suas medidas preventivas, julga que seria interessante que o<br />

PS recorresse aos Tribunais. Quanto à sua discussão pública, através da Comissão<br />

Permanente, é absolutamente contra porque é irrelevante, mas aceita porque é uma<br />

pessoa que gosta de discutir os assuntos. Que isso seja tido como mera<br />

recomendação, aí está bem e depois na Comissão Permanente pode-se discutir o<br />

assunto. ------------------------------------------------------------------------<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

NUNO BISCAIA (PS), referiu que tendo em atenção a intervenção do Sr. Nelson<br />

Fernandes, parece-lhe que o mesmo não terá entendido suficientemente bem a Moção<br />

do PS. Eles tinham todo o prazer em fornecer-lhe uma cópia, e com certeza que<br />

com tempo irá analisá-la com mais atenção. Não considera que seja irrelevante a<br />

proposta feita pelo PS, o que está em causa é um pouco mais do que a legalidade,<br />

do formalismo legal, efectivamente o que está em causa, com a construção de toda<br />

aquela carga de edifícios na Zona do Vale do Galante, a pretexto de um eventual<br />

aparthotel, é que isto determina a falta de definição estratégica e de<br />

objectivos que o executivo camarário tem com o ordenamento do nosso concelho.<br />

Chega de política de “retalho”, chega de política “caso a caso”, no que ao<br />

ordenamento e planeamento diz respeito. É muito fácil que, com medidas<br />

simplificadas, se vão resolvendo, caso a caso, determinadas situações, se calhar<br />

ao agrado de uns e ao desagrado de outros. Há sim que partir para uma revisão do<br />

PDM, para o fundo da questão e não é com estas medidas avulsas que se vai<br />

conseguir um objectivo de coerência de planeamento e de ordenamento no concelho<br />

da Figueira da Foz. -------------------------------------------------------------<br />

ANTÓNIO PARE<strong>DE</strong>S (PS), disse que se existe ilegalidade eles exigem saber. Existe<br />

um pormenor que o seu colega Nuno Biscaia acabou de reforçar, que é a questão do<br />

ponto de vista jurídico-administrativo. Neste momento é o PCP-PEV que está a<br />

dizer que há hipotética ilegalidade, não são eles. ------------------------------<br />

Segundo ponto, o que eles querem dizer é que a questão do Vale do Galante,<br />

nomeadamente a questão do Plano de Pormenor do Vale do Galante, com estratégias<br />

ao aumento da cidade e com a sua imagem e as consequências em termos funcionais<br />

e estéticos, são da inteira responsabilidade deste executivo e deste Presidente.<br />

Outrora, o PS levou com as bandeiras do PSD durante muito tempo através dos<br />

erros urbanísticos que foram cometidos no passado, os quais o PS já os assumiu e<br />

já foi julgado em eleições. E não se pode vir a terreiro, como se tem ouvido por<br />

parte dos responsáveis do PSD, desculpar de um erro com outro erro. Errar é<br />

humano, conhecer o erro é divino. Agora reconheçam que estão a cometer um erro.<br />

Exige informação adequada, em nome da transparência, e do esclarecimento que o<br />

Sr. Presidente da Câmara preste, nomeadamente nestas questões que são centrais. -<br />

Em relação ao Sr. Nelson Fernandes interessa realmente colocar a questão da<br />

aprovação do Governo. O Governo nada mais pode fazer do que aprovar, desde que<br />

os requisitos legais estejam cumpridos, porque respeita o poder local<br />

conquistado em Abril. -----------------------------------------------------------<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (PCP-PEV), disse que só não percebe, porque para manobras de<br />

diversão, basta uma festa de S. João. Rima e é verdade. E relativamente à<br />

confusão, não existe confusão nenhuma. O PS é que anda, neste assunto, a meter<br />

os pés pelas mãos, já pediu um referendo local, parece que já caiu. Agora quer<br />

discutir isso na Comissão Permanente, não se importa nada, até gosta de<br />

discutir. Agora o problema é esse, estavam a discutir o quê. Uma decisão já<br />

aprovada na Assembleia Municipal e que foi entregue à Câmara para execução. Não<br />

há mais nada do que isto. Quer dizer, aquilo que existe neste momento é: ou se<br />

trava uma batalha política relativamente ao Plano de Pormenor do Vale do<br />

Galante, ou então tudo isso é um “cozinhado” para fingir que se não apoia aquilo<br />

que efectivamente se apoia. É isto que pensa que o PS está a fazer porque, se de<br />

facto não apoia, tem que utilizar as armas políticas para contrariar. -----------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse que tinha uma longa exposição para fazer e um dia<br />

deste irá fazê-la sobre a questão da Ponte Galante. Não o ia fazer agora porque<br />

não sabia se isto não ia provocar mais alguma perturbação e confusão. O Plano de<br />

Pormenor foi aprovado pela Assembleia Municipal. Todos os processos que foram<br />

colocados contra a Câmara, não houve um que a Câmara não tivesse ganho. Como o<br />

próprio Sr. António Paredes disse, os requisitos legais do processo estão<br />

cumpridos. Nem lhes passa pela cabeça que o Governo fosse ratificar este plano<br />

sem que os requisitos legais estiverem cumpridos e, com certeza, que não é<br />

porque se trata de nenhuma boa vontade do Governo perante esta Câmara, não tem<br />

sentido nenhum. Por outro lado também os tribunais que se têm pronunciado sempre<br />

a favor da Câmara também não é por nenhuma simpatia especial para com a Câmara<br />

da Figueira da Foz, até porque sabem que é um projecto controverso. E não se tem<br />

dúvidas que o é. Incomodam algumas pessoas, agora o que também é preciso ter em<br />

atenção, é que ao fim de 52 anos que se pretende fazer ali um hotel e até agora<br />

não existia nenhum projecto que chegasse ao ponto de ser licenciado pela Câmara<br />

Municipal da Figueira da Foz. Nunca houve. Se o houve agora é porque se teve de<br />

criar algumas condições para o fazer e, numa altura própria, quando tudo isto<br />

estiver mais calmo, irá fazer uma intervenção de fundo. -------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo mais intervenções sobre este ponto<br />

colocou-o à aprovação. ----------------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por maioria com treze votos a favor do PS,<br />

seis abstenções (4 do PS e 2 do PCP-PEV) e com vinte e cinco votos contra (23 do<br />

PPD/PSD e 2 dos Membros Independentes), rejeitar a moção sobre o Plano de<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

Pormenor da Zona do Galante. ----------------------------------------------------<br />

<strong>DE</strong>MISSÃO DO ADMINISTRADOR DA FIGUEIRA GRAN<strong>DE</strong> TURISMO<br />

NUNO BISCAIA (PS), interveio para ler um documento sobre a demissão do<br />

Administrador Delegado da Figueira Grande Turismo (FGT), documento que se dá por<br />

integralmente reproduzido constituindo o anexo número sete à presente acta. -----<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse que os membros da Assembleia tinham os números e<br />

todos os elementos à disposição deles. Os números são os que são, vai haver uma<br />

auditoria. Com certeza irá à próxima reunião de Câmara. Não sabia se era na<br />

próxima segunda-feira ou na outra a sua adjudicação da proposta. Não tem nada a<br />

ver, acha engraçado os presentes estarem surpreendidos por alterações que são de<br />

inteira responsabilidade da Câmara. Ficou também surpreendido que achassem que<br />

ele lhes fosse perguntar quem é que iria colocar na substituição do<br />

Administrador. Se estavam à espera, então vai ser sempre surpreendidos porque,<br />

com certeza que nenhum Presidente de Câmara o irá perguntar, porque não tem nada<br />

a ver com as responsabilidades de Membro. No seu entender há certas coisas que<br />

não são de anuncio na praça pública. A responsabilidade é dele, assume-a. Podese<br />

dizer que pode ter havido alguma infeliz coincidência nisso. Mas foi por<br />

razões pessoais. O Eng. Encarnação disse-lhe que não podia ficar mais tempo e<br />

estava tudo preparado. Agora é evidente que teria preferido que ele saísse<br />

depois de amanhã, mas por razões da vida pessoal dele era um prejuízo grande,<br />

ele aceitou ter ficado até agora, com algum prejuízo, porque lhe pediu. O<br />

compromisso que ele tinha com eles era que fazia o primeiro mandato. Gostava que<br />

os senhores vissem, e com certeza que vai vir a público, porque vai ser feita<br />

uma auditoria, que quem a fundou ou formou a FGT não foi ele. Manteve-a porque<br />

entende que é útil. Portanto, no início, mas a partir do segundo ano da sua<br />

actividade, assumiu determinados investimentos para se conseguir dar uma<br />

resposta rápida e, fundamentalmente, houve dois equipamentos que pesaram muito<br />

no arranque da FGT: a recuperação do Abrigo da Montanha e da Piscina Mar. Se se<br />

descontar os investimentos que a FGT fez em equipamentos, e designadamente<br />

nesses os encargos da FGT são da mesma ordem ou até ligeiramente inferiores aos<br />

encargos que a Câmara tinha com as actividades do turismo. Nos anos de 1994 a<br />

1999 comparando com 2000 a 2005. Esses números foram distribuídos e, com certeza<br />

que na auditoria todas estas coisas serão perfeitamente clarificadas.<br />

Concluindo, disse que não é por existir a FGT que se aumenta os gastos da<br />

Câmara. Há muitos outros equipamentos e, designadamente, o CAE que hoje em dia é<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

gerido por a FGT e que também traz encargos elevados. Desde que passou a ser<br />

gerido pela FGT, naturalmente que os números apontam para uma eficácia muito<br />

melhor. -------------------------------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo mais intervenções sobre este ponto<br />

colocou-o à aprovação. ----------------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por maioria, com doze votos a favor (11 do PS<br />

e 1 do Membro Independente), dez abstenções (6 do PS, 2 do PCP-PEV e 2 dos<br />

Membros Independentes) e com vinte e três votos contra do PPD/PSD, rejeitar a<br />

recomendação feita à Figueira Grande Turismo. -----------------------------------<br />

REFEIÇÕES ESCOLARES DO 1<strong>º</strong> CICLO<br />

VÍTOR COELHO (PS), disse que tinha uma moção para apresentar relativamente às<br />

refeições escolares do 1<strong>º</strong> Ciclo, documento que se dá por integralmente<br />

reproduzido constituindo o anexo número oito à presente acta. -------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse que em relação à questão das refeições dos alunos do<br />

primeiro ciclo, importa uma estimativa feita rapidamente e que teria um custo de<br />

cerca de 250 mil euros ano. É uma questão de ter capacidade de suportar ou não.<br />

Obviamente que como o Sr. Presidente da Junta sabe, existe um apoio para os<br />

alunos carenciados. O estender a todos os alunos tem um encargo elevado que se<br />

afigura difícil de suportar, mas será um assunto que será analisado. ------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo mais intervenções sobre este ponto<br />

colocou-o à aprovação. ----------------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por unanimidade aprovar a moção sobre as<br />

refeições escolares para alunos do 1<strong>º</strong> Ciclo. ------------------------------------<br />

BAN<strong>DE</strong>IRA AZUL<br />

ISABEL OLIVEIRA (PPD/PSD), interveio para ler um documento sobre a não<br />

atribuição da Bandeira Azul à Praia da Costa de Lavos, documento que constitui o<br />

anexo número nove à presente acta. ----------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo mais intervenções sobre este ponto<br />

colocou-o à aprovação. ----------------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por maioria com trinta votos a favor (23 do<br />

PPD/PSD, 4 do PS, 2 do PCP-PEV e 2 dos Membros Independentes) e treze abstenções<br />

(12 do PS e 1 do Membro Independente), aprovar a moção sobre a Bandeira Azul na<br />

Costa de Lavos. -----------------------------------------------------------------<br />

<strong>DE</strong>CLARAÇÃO <strong>DE</strong> VOTO<br />

VÍTOR JORGE (PS), fez a seguinte declaração de voto: “sempre que um organismo<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

público contraria as nossas expectativas legitimas, é evidente que é fácil<br />

trazer aqui uma proposta de moção e dizer nós protestamos. Agora deve perceber a<br />

srª Presidente de Junta de Freguesia que independentemente das veracidade das<br />

suas palavras, que não colocamos em causa, o texto da moção só por si é<br />

insuficiente para que nomeadamente o PS ou os membros deste grupo parlamentar<br />

tomem posição pública em questões desta natureza. Portanto, se a srª Presidente<br />

de Junta de Freguesia no futuro quiser obter a nossa solidariedade, e dá-la-emos<br />

com todo o gosto, terá que nos fazer chegar antecipadamente o processo<br />

respectivo, os pareceres respectivos e nesse caso analisaremos com todo o<br />

cuidado aquilo que vai ser proposto e obviamente decidiremos com conhecimento de<br />

causa e não digamos por instintos.” ---------------------------------------------<br />

INCÊNDIOS DO ANO <strong>DE</strong> 2005<br />

VÍTOR MADALENO (PS), interveio para ler o documento sobre o incêndio de 2005 e a<br />

falta de limpeza da floresta que ardeu no Verão passado, documento que constitui<br />

o anexo número dez à presente acta. ---------------------------------------------<br />

JOÃO CARRONDA (PS), disse que queria reforçar as palavras do seu colega Vítor<br />

Madaleno, Presidente da Junta de Tavarede, da situação de incêndios que se<br />

verificaram no ano de 2005. Pensa que poderia ter sido aproveitado para qualquer<br />

coisa. Houve boas vontades e participou-se em reuniões, como ele disse nesta<br />

sala, assim como no auditório do Museu Municipal, com a Associação dos<br />

Produtores Florestais do Baixo Mondego, no sentido de que os próprios<br />

Presidentes de Junta dinamizassem os produtores florestais, os proprietários<br />

para a sua integração nessa Associação. E de facto estava completamente<br />

solidário com a Moção, porque teve o azar de as chamas lhe terem passado pela<br />

Freguesia. O que se verifica é um abandono total dos caminhos, que já não eram<br />

bons, o seu mau estado, uma quantidade enorme de massa metida onde eram as<br />

matas. Não estão lá os pinheiros, mas estão no chão. Se acontecer novamente uma<br />

situação de incêndio, com mais facilidade poderá ser combatido, mas poderá vir a<br />

trazer graves riscos. -----------------------------------------------------------<br />

Assim como outra situação, porque vê que se fala muitas vezes em aspectos muito<br />

políticos e não se vê na prática aquilo que as pessoas do município sentem na<br />

pele, no dia a dia, que é a falta de limpeza dos terrenos nos aglomerados<br />

populacionais. Continua esse problema, não se sabe muitas vezes bem a quem<br />

recorrer. Este problema já foi levantado por ele nesta Assembleia Municipal faz<br />

agora um ano, em relação a uma proposta que foi efectuada. Sabe que há um<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

diploma legal que está para ser alterado e que virá talvez ajudar, mas esse<br />

risco mantém-se e acha que é de deixar um alerta aos responsáveis para que algo<br />

mais se possa fazer, no sentido de obrigar à limpeza desses terrenos mormente<br />

nos centros habitacionais. ------------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse que tomou nota em relação à questão que os preocupa<br />

obviamente a questão do estado de limpeza de algumas matas nalgumas das<br />

freguesias. Tiveram uma reunião há dois dias com o representante da Associação<br />

alertando para isso. Vai pedir aos Presidentes de Juntas e, nomeadamente, ao<br />

Presidente de Junta de Tavarede que lhe liste as vias de comunicação que estão<br />

deterioradas para ir visitar com os responsáveis da Associação e ver que<br />

intervenção é que se pode fazer. ------------------------------------------------<br />

INCUBADORA <strong>DE</strong> EMPRESAS DA FIGUEIRA DA FOZ<br />

ILÍDIO FIGUEIREDO (PPD/PSD), interveio para ler um documento sobre a Incubadora<br />

de Empresas da Figueira da Foz, documento que se dá por integralmente<br />

reproduzido constituindo o anexo número onze à presente acta. -------------------<br />

JOÃO CARRONDA (PS), disse que a Incubadora de Empresas era necessária para que<br />

exista desenvolvimento no concelho. ---------------------------------------------<br />

PLANO DIRECTOR MUNICIPAL<br />

JOÃO CARRONDA (PS), disse que já por diversas vezes foi ventilada a falta de<br />

aprovação de um instrumento, que de todo está a estrangular o desenvolvimento do<br />

concelho da Figueira da Foz, e fala do PDM. Tem-se assistido a inúmeras<br />

entrevistas de Presidentes de Junta, quanto aos estrangulamentos e à<br />

desertificação que se verifica nas suas freguesias, pela falta da revisão do<br />

PDM, o qual já não terá nascido de uma análise, de uma regulamentação mais<br />

correcta, do próprio ordenamento. E em nome dos Presidentes de Junta, dado que<br />

todos eles subscreveram o documento, apresentou uma Moção sobre a Revisão do<br />

PDM, documento que constitui o anexo número doze à presente acta. ---------------<br />

Disse ainda que era bom reforçar o teor da moção, e pensa que os seus colegas<br />

não estarão em desacordo, que o PDM faz imensa falta às freguesias. Os<br />

Presidentes de Junta estão a ser constantemente confrontados com situações de<br />

impossibilidade de construção, algumas delas sem qualquer nexo e que fazem com<br />

que as freguesias comecem a ficar desertificadas, o que de facto também não<br />

contribui para o desenvolvimento do concelho. -----------------------------------<br />

Referiu que o documento tem que ser aprovado o mais rapidamente possível. Não<br />

conseguem muitas das vezes responder ao porquê de ainda não se ter essa revisão<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

efectuada. ----------------------------------------------------------------------<br />

AUGUSTO MARQUES (IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE), referiu que subscreve inteiramente a Moção,<br />

assinou-a, mas pensa que nesta altura deveriam estar a pedir um pouquinho mais,<br />

ou seja, já não chega para a Figueira da Foz ter-se um Plano Director revisto,<br />

seria importante ter-se na Figueira da Foz, principalmente nos núcleos urbanos<br />

de maior dimensão, um Plano de Pormenor, de modo que esses núcleos urbanos se<br />

consolidem e se saiba “as linhas com que se cozem” em matéria de urbanismo. -----<br />

NUNO BISCAIA (PS), disse que o PS se mostrou solidário com a Moção apresentada. -<br />

Que não compreende a razão de ainda não se ter aprovado a revisão do PDM e julga<br />

que haverá alguma falta de empenho, mesmo do Executivo, em relação à não<br />

aprovação da sua revisão. Em 4 de Novembro de 1998, foi deliberado pela Câmara a<br />

Revisão do PDM; em 21 de Julho de 1999 procedeu-se à respectiva adjudicação,<br />

deliberou assim em 21 de Julho, alguns princípios para a revisão do PDM, cujo<br />

texto constituiu a base do pedido formal da revisão, o qual viria a obter<br />

despacho favorável da Secretaria de Estado da Tutela e consequente formalização<br />

da respectiva Comissão Técnica de acompanhamento. Após deliberação camarária de<br />

adjudicação dos dois Planos, do PDM e do PU, em 21 de Julho de 1999, a<br />

assinatura dos respectivos contratos, em finais de Novembro desse ano, todos o<br />

dados recolhidos e tratados foram entregues à equipa multidisciplinar,<br />

responsável pela elaboração do Plano, a Risco SA. Aliás houve preocupação da<br />

Câmara em adjudicar a revisão do PDM à empresa que já havia procedido à sua<br />

elaboração, no sentido de acelerar o processo. ----------------------------------<br />

Seguidamente, foi acordado fazer-se uma reunião semanalmente e apresentar um<br />

relatório da actividade desenvolvida, mas não sabe se o acordo foi cumprido e se<br />

ainda está em vigor. Os trabalhos de revisão do PDM, deviam estar concluídos no<br />

final do ano de 2001, segundo o cronograma da altura. Passado hoje cerca de<br />

cinco anos ainda não conseguiram perceber qual a razão de tão grande atraso,<br />

dadas as medidas cautelosas que o município na altura tomou para acelerar o<br />

processo. -----------------------------------------------------------------------<br />

JOÃO RUSSO (PPD/PSD), disse que o PSD também estava solidário com a Moção sobre<br />

a revisão do PDM. ---------------------------------------------------------------<br />

Referiu que se o PDM enferma de alguns erros, ele já foi aprovado à muito tempo.<br />

E foi aprovado pela bancada do PS e não pela do PSD. No entanto, e sobretudo nos<br />

últimos anos, tem sido feito um esforço muito grande, até com algumas alterações<br />

simplificadas, no sentido de o melhorar naquilo que é possível e tudo que for<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

rápido de o fazer tem sido feito. Houve várias alterações simplificadas que<br />

foram feitas que permitiram melhorar o PDM. Ele está a ser revisto, como sabem<br />

existe uma Comissão de Acompanhamento. Não está atrasado. Os PDM’s de todos os<br />

Concelhos estão extraordinariamente atrasados e também ainda não estão feitos.<br />

Se não se engana, existem dois ou três já revistos, se calhar nem três PDM’s se<br />

encontram revistos neste momento, mas as próprias comissões que os estão a<br />

elaborar e que acompanham essa revisão têm tido, ao longo dos anos, e a culpa<br />

não é só deste Governo impedimentos e entraves. Também por causa do que ele já<br />

tinha dito sobre o POOC, por causa da dispersão de competências que infelizmente<br />

continua a reinar neste País, que era típico do antigo regime, mas que continua.<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse que é possível que o Sr. Nuno Biscaia possa andar<br />

distraído, não esteve cá na altura em que foram dadas algumas explicações,<br />

designadamente no que se refere ao PDM e portanto, não pode deixar de intervir.<br />

Como disse o Sr. João Russo, não tem também um número, mas a ideia que tem é que<br />

haverá uma grande quantidade de PDM’s em revisão. Obviamente, que nem todos os<br />

municípios aprovaram o PDM na altura em que se aprovou. No entanto, da revisão,<br />

a ideia que tem, é que no máximo se houver, são dois que já estão aprovados. Mas<br />

também não quer dar aqui uma certeza. Mas a questão é esta: há ano e meio ou<br />

dois anos, talvez, foi feita uma reunião com a presença de todos os Presidentes<br />

de Junta, a Comissão Permanente da Assembleia e toda a Vereação, onde por os<br />

responsáveis da Comissão de Acompanhamento (a Comissão de Acompanhamento não é a<br />

empresa que é consultora da Câmara. A Comissão de Acompanhamento é constituída<br />

por uma série de entidades e como se sabe é coordenada por uma representante do<br />

órgão competente que é alguém da Comissão de Coordenação do Desenvolvimento<br />

Regional do Centro) e a situação da revisão e as razões principais do seu<br />

atraso, foram claramente ditas. Umas prendiam-se com a revisão da RAN, que nessa<br />

altura estava em revisão. Isso era em geral para todo o País, particularmente<br />

aqui no nosso caso tinha a ver com a definição dos corredores das auto-estradas<br />

e mais algumas coisas. O que é facto é que foi feita nessa altura uma previsão,<br />

com poucas garantias, de como é que poderíamos prosseguir e, de facto, essas<br />

previsões falharam tal como outras e não é por falta de empenhamento da Câmara,<br />

porque essa tem todo o interesse. Aliás, é curioso que, em Setembro de 2001,<br />

antes das eleições a que se iam candidatar, perguntaram aos responsáveis do<br />

executivo que estavam a tratar deste assunto, como é que estava o PDM, e o<br />

responsável disse-lhes que o PDM estava quase. De facto a partir daí tem-se<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

vindo sempre a trabalhar e fazer revisões. Também lembrou outro exemplo, que é<br />

extraordinário, há cinco anos ou seis, está para ser aprovado o Plano de<br />

Pormenor do Bairro Novo, que está feito e que foi aprovado nesta Assembleia à um<br />

ano, e de há um ano para cá está fora da alçada da Câmara e isto é para que<br />

vejam que pode haver muito empenhamento da parte da Câmara, mas há coisas que<br />

lhes escapam completamente. Não aceitam que digam que não houve empenhamento,<br />

que houve falta de clareza, porque não fizeram ainda uma nova reunião com a<br />

Comissão de Avaliação. Não querem fazer mais reuniões enquanto não tiverem uma<br />

base mais sólida de uma previsão de acabamento. Não tem nada contra a moção que<br />

está proposta, muito gostaria que a revisão do PDM estivesse feita até ao fim do<br />

ano. Deve já dizer que tem a maior das dúvidas, mas também diz que não depende<br />

deles. Porque feita a proposta de revisão, quando se acabar o trabalho que está<br />

perfeitamente definido, ele tem que ser apresentado à Comissão de Coordenação,<br />

para dar o seu parecer. Feito isto, o que tem que ser aprovado em Câmara é a<br />

abertura da discussão pública que durará 30 dias úteis e depois disso têm que<br />

analisar as propostas, as observações que são feitas e introduzir ou não<br />

introduzir. Depois, volta com a proposta da Câmara para a Comissão de<br />

Coordenação, para a mesma se pronunciar e então levam à Câmara para aprovação e<br />

à Assembleia Municipal. Depois da Assembleia Municipal, volta para a Comissão de<br />

Coordenação, que vê se está tudo em ordem. Se estiver, manda para Direcção Geral<br />

de Ordenamento do Território, Departamento de Urbanismo, que prepara, para levar<br />

à ratificação do Conselho de Ministros. Isto não é nada para desanimar os<br />

apoiantes da moção, mas quer dizer está-se em Junho vai começar o Verão, e não é<br />

possível. Os senhores podem apresentar a moção e exigir até ao fim do ano, só<br />

que não acusem depois a Câmara, se isso não acontecer porque não vê como é que<br />

isso possa acontecer. Aprovaram aqui em Fevereiro de 20<strong>04</strong> a proposta de<br />

suspensão da área do Farrestelo em Foja, que terá cerca 10 hectares e ainda não<br />

foi para o governo para ratificar. Não quer acusar ninguém, só está a constatar<br />

factos e dizer que não é aceitável, por eles, quer pelo executivo anterior, quer<br />

por este, que seja por falta ou por qualquer interesse que não têm ainda os<br />

instrumentos aprovados. Também é preciso ter a noção e julga que os Presidentes<br />

de Junta têm, que o PDM que vier, nalguns casos, vai corrigir situações, é isso<br />

que pretendem. Mas uma coisa é que, de facto, a RAN bruta cresceu. Há imposições<br />

do Estado que podem ser mais gravosas para alguns proprietários do que era<br />

anteriormente. Não se vai conseguir contemplar todos com o que pretendem. Para<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

eles e com a certeza para os Presidentes de Junta percebe que é um alívio,<br />

porque há coisas que podem ser corrigidas, e o serão com certeza, mas há outras<br />

que o não vão ser. Terão aí um instrumento, com o qual pretendem ordenar, e<br />

ordenar não é, seguramente, permitir que se construa onde todos querem<br />

construir. É preciso que as pessoas tenham também um pouco a noção disso, porque<br />

existe na cultura do nosso povo um pouco a vontade de construir, repartir pelos<br />

seus filhos a propriedade que têm e fazer isso normalmente, não em aglomerados<br />

habitacionais, mas onde existe a sua propriedade e por vezes isso vai chocar com<br />

um ordenamento que é pretendido. Isso já não é ele, nem a Câmara que define, a<br />

Câmara procura dar satisfação dentro de uma razoabilidade e dentro de uma certa<br />

lógica de ordenamento às pretensões que tem. Mas não tem meios de conseguir<br />

levar avante tudo o que é pedido. Até porque algumas coisas, de facto, podem não<br />

ser razoáveis e portanto, não serão propostas. Por outro lado, há regras que a<br />

Administração Central impõe e que muito dificilmente conseguem ser<br />

ultrapassadas. Relativamente ao PDM não poderia deixar de dizer isto. -----------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo mais intervenções sobre este ponto<br />

colocou-o à aprovação. ----------------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por unanimidade aprovar a moção sobre a<br />

Revisão do Plano Director Municipal. --------------------------------------------<br />

<strong>DE</strong>CLARAÇÃO <strong>DE</strong> VOTO<br />

JOÃO RUSSO (PPD/PSD), disse que o PSD votou favoravelmente a Moção, mas não pode<br />

deixar de dizer que a aprovação do Plano Director Municipal compete ao Governo<br />

depois de muitas iniciativas, nomeadamente depois do estudo feito pela Comissão<br />

de Acompanhamento, depois da Câmara Municipal, depois da intervenção da CCDR e<br />

de muitas outras instituições que têm intervenções numa revisão do PDM.<br />

Portanto, votaram favoravelmente mas é preciso ter em conta que há várias<br />

entidades que intervêm neste processo, e o processo é longo e termina apenas com<br />

a aprovação, a revisão termina com a aprovação pelo Governo. --------------------<br />

CABO MON<strong>DE</strong>GO<br />

AUGUSTO MARQUES (IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE), disse que tinham recebido a visita da Comissão<br />

Parlamentar do Poder Local e Ambiente, junto ao Cabo Mondego, na sequência de<br />

uma intervenção que foi feita por um Deputado da Nação. Gostaria de saber, junto<br />

do Sr. Presidente da Câmara, se em relação a esta questão houve algum<br />

desenvolvimento porque, até à data, não se vislumbrou da parte dos partidos com<br />

assento nesta Assembleia, qualquer tomada de posição pública em relação ao Cabo<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

Mondego, e fica de alguma forma perplexo com esse silêncio. Gostaria, de saber,<br />

também, obviamente, sobretudo da parte do PS, que às vezes estão preocupados com<br />

questõeszinhas que lhe parecem menores, à beira da questão do Cabo Mondego e<br />

pensa que os figueirenses gostariam de saber também, qual é a opinião dos<br />

respectivos partidos com assento aqui, acerca da questão do Cabo Mondego. -------<br />

ESTRADA FLORESTAL N<strong>º</strong> 1 DAS DUNAS <strong>DE</strong> QUIAIOS<br />

AUGUSTO MARQUES (IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE), disse que foi anunciado pelo Sr. Director<br />

Regional do Ambiente, há cerca de 2 anos, em Março de 20<strong>04</strong>, um investimento de<br />

cerca de um milhão de euros para a limpeza das matas, nomeadamente na Estrada<br />

Florestal N<strong>º</strong> 1, das Dunas de Quiaios, quer a Norte, quer a Sul do concelho, e na<br />

Serra da Boa Viagem. Foi feito o ponto da situação, o Sr. Director considerou<br />

que a Câmara Municipal, no que dizia respeito ao protocolo da Serra da Boa<br />

Viagem, tinha ido já além da sua obrigação. No entanto, constatou-se que se do<br />

lado Sul foi feito algo, à beira das estradas que estavam mencionadas no<br />

referido protocolo, do lado norte e concretamente nas Dunas de Quiaios parecelhe<br />

que nada aconteceu e todo aquele espaço está em perfeito abandono, aliás, em<br />

contraste com aquilo que acontece com as Dunas de Cantanhede, logo ali a seguir.<br />

Dai que propõe à Assembleia que seja elaborado um voto de protesto e dar dele<br />

conhecimento à entidade competente, pelo estado degradado de abandono a que<br />

chegaram as Dunas de Quiaios, o que os deixa de alguma forma envergonhados na<br />

medida em que o Eng. Alberto Rei, em 1936, com os poucos meios que tinha,<br />

conseguiu transformar aquele espaço num espaço que hoje é de laser. Hoje, com<br />

muito mais meios não se consegue conservar. Portanto, isto parece-lhe que<br />

envergonha um pouco a todos. ----------------------------------------------------<br />

ESCOLA PRÁTICA <strong>DE</strong> SERVIÇO <strong>DE</strong> TRANSPORTES<br />

ANTÓNIO BAIÃO (PCP-PEV), interveio para apresentar uma moção sobre o<br />

Encerramento da Escola Prática de Serviço de Transportes, documento que se dá<br />

por integralmente reproduzido constituindo o anexo número treze à presente acta.<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo mais intervenções sobre este ponto<br />

colocou-o à aprovação. ----------------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por unanimidade a moção sobre a Escola<br />

Prática de Serviços de Transportes da Figueira da Foz. --------------------------<br />

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDA<strong>DE</strong> SOCIAL<br />

ANTÓNIO BAIÃO (PCP-PEV), interveio para ler um documento sobre o Ministério do<br />

Trabalho e da Solidariedade Social, documento que constitui o anexo número<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

catorze à presente acta. --------------------------------------------------------<br />

INCLUSÃO <strong>DE</strong> PONTO NA OR<strong>DE</strong>M <strong>DE</strong> TRABALHOS<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, propôs que fosse incluído nos trabalhos da ordem do<br />

dia, um ponto adicional, que é a Eleição de um Presidente de Junta para a<br />

Comissão Municipal da Defesa da Floresta Contra Incêndios. ----------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por unanimidade aprovar a admissibilidade do<br />

pontos referido anteriormente. --------------------------------------------------<br />

2 – PERÍODO DA OR<strong>DE</strong>M DO DIA<br />

2.1 – INFORMAÇÃO DO PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA E APRECIAÇÃO DA INFORMAÇÃO<br />

ESCRITA SOBRE A ACTIVIDA<strong>DE</strong> MUNICIPAL<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, referiu que gostaria de dar conhecimento à Assembleia que<br />

houve um alteração de um dos sócios, na Sociedade Paço de Maiorca. Como estão<br />

recordados, constituiu-se uma sociedade em tempo, foi a 31 de Janeiro de 2005,<br />

entre a FGT e os Hotéis Belver, mais três sócios em nome individual, ligados<br />

também aos Hotéis Belver. Portanto, essa sociedade tem como objectivo a<br />

actividade de gestão de equipamentos hoteleiros e formação de pessoal na área<br />

respectiva, tendo a ver naturalmente com a exploração do Paço de Maiorca, após<br />

ser transformado num “Hotel de Charme”. Esta empresa conseguiu atrair uma outra<br />

da região e que tomou a participação destes sócios, que é a “Sociedade da Quinta<br />

das Lágrimas.” Pelo que o sócio da FGT, neste projecto, a partir da semana<br />

passada é a empresa Quinta das Lágrimas, ligada fundamentalmente à exploração na<br />

Quinta das Lágrimas, de um hotel do mesmo género, embora maior daquilo que se<br />

pretende para o Paço. Para o projecto do Paço de Maiorca, consideram que é uma<br />

vantagem bastante acrescida relativamente ao sócio anterior porque é uma empresa<br />

desta região que tem a funcionar um hotel de qualidade no mesmo segmento de<br />

mercado e que pode criar uma sinergia muito mais favorável para a futura<br />

transformação e exploração deste equipamento, que é, como sabem, um monumento<br />

classificado. A Câmara vê com muito interesse o facto de se conseguir atrair<br />

esta empresa para a gestão do Paço de Maiorca Hotel. ----------------------------<br />

NUNO BISCAIA (PS), disse que lhe tinha surgido uma dúvida ao analisar a<br />

informação do Presidente da Câmara no que diz respeito ao Regulamento Municipal<br />

dos Circuitos Turísticos em Trens com Cavalos. Julga que a aprovação de posturas<br />

e regulamentos compete à Assembleia Municipal, pelo que a esta Assembleia não<br />

devia ser dado conhecimento, mas o regulamento para aprovação. ------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (PCP/PEV), disse que, como todos sabiam, as instalações da<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

Escola Prática dos Serviços de Transportes iam ser desocupadas e eles pensavam<br />

que deviam manter-se no domínio público. Perguntou se a Câmara tinha<br />

conhecimento de alguma utilização prevista por parte do Ministério. Caso<br />

contrário, se eventualmente irá fazer alguma diligência no sentido de saber o<br />

que é que se vai passar com essas instalações. ----------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse que relativamente ao Regulamento Municipal de<br />

Circuitos Turísticos em Trens com Cavalos, o que aprovaram na Câmara foi uma<br />

proposta para colocar em apreciação pública no prazo de 30 dias. Só depois dos<br />

30 dias úteis é que volta à Câmara e depois é que vem à Assembleia para<br />

aprovação definitiva em Setembro. Mas, como se está na época turística, isto<br />

interessa essencialmente no Verão, foi aprovado excepcionalmente, avançarem com<br />

o processo, porque o que tinha interesse era ser agora. -------------------------<br />

Relativamente à questão que colocou o Sr. Nelson Fernandes, a Câmara não tem<br />

nenhuma informação oficial do Ministério da Defesa do que pretende fazer para o<br />

espaço da EPST que é património do Estado. Aquilo que se conhece, e diz isto<br />

porque se fala, que poderá eventualmente servir para um centro ligado à Guarda<br />

Nacional Republicana, para formação e instrução. Mas, isso diz-se e portanto não<br />

se sabe de nada. A intenção da Câmara neste momento é não alterar e aquilo que é<br />

proposto no PDM e no PU. No PU é manter como equipamento de defesa ou militar.<br />

Como teve a oportunidade de dizer a um membro da imprensa, têm a expectativa de<br />

apresentar ou abrir o procedimento de discussão pública do PU, ainda este ano.<br />

Neste momento, não tem nenhuma razão para alterar a classificação pelo que, se<br />

se quiser vender, aquilo só serve, por enquanto, para aquela finalidade. Nada<br />

poderá fazer sem ser em acordo com a Câmara e quando isso for feito a Câmara<br />

analisará. Até agora não se tem nenhuma informação, nem nenhum pedido oficial e<br />

nenhuma vontade expressa de qualquer destino que não seja o que aquele<br />

equipamento está classificado. --------------------------------------------------<br />

2.2 – CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO <strong>DE</strong> ZONAS VER<strong>DE</strong>S - ADITAMENTO AO<br />

PROTOCOLO CELEBRADO EM 16 <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>ZEMBRO <strong>DE</strong> 2002 COM A JUNTA <strong>DE</strong><br />

FREGUESIA <strong>DE</strong> SANTANA<br />

Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi aprovado em reunião<br />

de Câmara de 5 de Junho de <strong>20<strong>06</strong></strong>, fazendo-se acompanhar da proposta de aditamento<br />

ao protocolo celebrado com a Junta de Freguesia, documento que se dá por<br />

integralmente reproduzido constituindo o anexo número quinze à presente acta. ---<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo intervenções colocou o ponto à votação. ---<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por unanimidade aprovar a proposta o<br />

aditamento ao Protocolo de Transferências de Competências e Meios da Câmara<br />

Municipal da Figueira da Foz para a Junta de Freguesia de Santana. --------------<br />

2.3 - FRACÇÃO H DA ESPLANADA SILVA GUIMARÃES - OPERAÇÃO FINANCEIRA <strong>DE</strong><br />

LEASE BACK<br />

Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi presente em reunião<br />

de Câmara de 19 de Junho de <strong>20<strong>06</strong></strong>, acompanhado da informação prestada pelo Chefe<br />

de Divisão Património e Notariado. ----------------------------------------------<br />

VÍTOR JORGE (PS), disse que não estava contemplado no Regimento que uma operação<br />

de “Lease Back” tenha que ir à Assembleia Municipal, o que está contemplado são<br />

as operações de alienação de património, como é o caso. Questionou se será isso<br />

que vai ser aprovado, ou não, nesta Assembleia, porque é o obrigatório.<br />

Portanto, o que vão apreciar é, de facto, a alienação de património, porque só é<br />

essa a parcela que lhes cabe. De outro modo, perguntava porque é que todas as<br />

outras operações de Leasing, e apenas Leasing, não passam pela aprovação da<br />

Assembleia, se não é da competência desta pronunciar-se sobre essa matéria. -----<br />

Referiu que iam apenas apreciar a parte que se refere à alienação do património,<br />

porque, ainda que seja num âmbito de um contrato de “Lease Back”, suscita-lhes<br />

alguns comentários muito breves. O que se pretende é arranjar meios financeiros<br />

imediatos, contornando a lei que regula o financiamento das Autarquias Locais e,<br />

através desta operação, obter alguns apoios financeiros para acudir às imensas<br />

solicitações que a Câmara Municipal tem neste momento. --------------------------<br />

Relativamente às outras questões, o que estava em causa era apenas, como se diz<br />

na gíria o “empurrar com a barriga”, porque o problema estrutural da Câmara não<br />

se resolve com medidas avulsas como esta. Brevemente, vão ser confrontados com<br />

variadíssimas operações destas ou outras semelhantes. O Sr. Presidente da Câmara<br />

parece que não percebe que há coisas que não se podem diferir por muito mais<br />

tempo, que os paliativos são apenas isso e não mais do que isso. Por outro lado,<br />

ainda que alguma informação não tenha sido prestada relativamente às condições<br />

de financiamento, a verdade é que os membros desta Assembleia não tiveram acesso<br />

à totalidade do processo. Foi-lhes entregue apenas informação parcial e, nessa<br />

medida, e por todas essas razões, o PS vai votar contra essa operação financeira<br />

de “Lease Back”. ----------------------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA MUNICIPAL, disse que as Opções do Plano, que foram<br />

aprovadas pela Assembleia para este ano, já vinham do ano passado. Estava<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

prevista a venda das fracções que a Câmara detém na Esplanada, tal como as<br />

outras lojas que têm em frente à Muralha. Portanto, não existe uma acção<br />

isolada, apenas existe a pretensão de dar execução a uma proposta que foi<br />

aprovada pela Câmara e pela Assembleia Municipal, quanto à venda destas<br />

propriedades da Câmara. ---------------------------------------------------------<br />

Acrescentou ainda que a estimativa desta pretensão ultrapassa a competência da<br />

Câmara. Por isso, tem que ser submetido à Assembleia Municipal para autorização<br />

da venda. Relativamente a este espaço, a Câmara tem alguma preocupação por ainda<br />

não ter tido, até ao momento, nenhum empresário que tenha feito uma proposta<br />

para a sua utilização. Em consequência, propôs este método de alienação, porque<br />

com isto consegue controlar a utilização desse espaço, pois não gostava de ver<br />

uma área tão grande ser alienada para qualquer fim. Um dos projectos de que se<br />

pode falar e que se sabe que pode haver interessados, é para um espaço na área<br />

do lazer, da eventual discoteca, “clubes” e restauração. Como todos sabem, é um<br />

risco elevado, esse tipo de actividades. Não gostava de perder o controle deste<br />

espaço, por dificuldade de condução do negócio pelo futuro proprietário. Sendo<br />

assim, com esta operação, a Câmara fica com a possibilidade de subarrendar,<br />

alugar ou concessionar e ao fim de quinze anos, é de novo proprietária plena<br />

daquele espaço. Portanto, esta é uma operação de autorização para vender, só que<br />

é uma venda feita num processo que está perfeitamente explicado. ----------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (PCP-PEV), perguntou se no fim do período da cessação desta<br />

operação o imóvel se mantém na propriedade da Câmara, caso isso se verifique vão<br />

votar favoravelmente. -----------------------------------------------------------<br />

VÍTOR JORGE (PS), afirmou que, de vez em quando, se dizem algumas coisas. Não<br />

põe em causa a palavra de ninguém, mas, a verdade é que sem o contrato “Lease<br />

Back” à frente não sabe, até por força das cláusulas penais que têm esse tipo de<br />

contratos, se o património volta ou não para a Câmara. Não sabe e não pode<br />

garantir, enquanto não estiver escrito em que condições é que volta para a<br />

Câmara, isto é, pode-se ir pagando gradualmente uma parte daquele património<br />

para no final do contrato ele regressar à Câmara. Pode ser assim, pode ser uma<br />

parte mais substancial no final do contrato ou pode haver, inclusive, cláusulas<br />

penais, de tal modo leoninas, que, de um momento para o outro, se perde aquele<br />

património. Portanto, a questão de não estar presente a totalidade do processo<br />

leva-os a suscitar, eventualmente, algumas dúvidas. -----------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA MUNICIPAL, disse que o que estavam a trazer era a<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

autorização numa base que a Câmara propõe, de que vai haver um concurso público<br />

e não pode responder por aquilo que resultar, até pode ficar deserto mas, neste<br />

momento, a proposta e as características da operação financeira, foram por eles<br />

definidas, eram estas que apresentavam. Só depois do concurso é que se pode<br />

saber se responderam de acordo com aquilo que queriam ou não. Só a partir daí é<br />

que podem prosseguir com o processo. O interesse da Câmara é salvaguardar a<br />

propriedade daquela fracção no conjunto da Esplanada. Como partem de uma base<br />

que é superior àquela que a Câmara tem competência para vender, é por isso que o<br />

submetem à Assembleia para autorizar a venda e poderem avançar com a operação.<br />

Agora, se vai ter sucesso ou não, o mercado é que pode responder. ---------------<br />

VÍTOR JORGE (PS), referiu que para quem ainda vai lançar um concurso sobre esta<br />

operação, já têm informação demasiada ou então têm dotes divinatórios, até já<br />

conseguem estabelecer o custo do capital no futuro. -----------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA MUNICIPAL, disse que não sabia se estava a ensinar o “padre<br />

nosso ao cura”, porque o Dr. Vítor Jorge é especialista dessa área. Portanto,<br />

sabe que a Câmara tinha que fazer um estudo económico para organizar este<br />

processo. Mais, informou que esta operação tem que ser visada pelo Tribunal de<br />

Contas. -------------------------------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo intervenções colocou o ponto à votação. ---<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por maioria, com trinta e dois votos a favor<br />

(23 do PPD/PSD, 5 do PS, 2 do PCP-PEV e 2 de Membros Independentes), duas<br />

abstenções (1 do PS e 1 Membro Independente) e dez votos contra do PS, o<br />

seguinte: -----------------------------------------------------------------------<br />

1 - Vender a Fracção H, sita na Esplanada Silva Guimarães, desta cidade,<br />

destinada a comércio ou serviços, inscrita na Matriz Predial Urbana da Freguesia<br />

de S. Julião, sob o art<strong>º</strong> 5842 e descrita na 1ª Conservatória do Registo Predial<br />

da Figueira da Foz, sob a ficha n<strong>º</strong> 2269/S. Julião, no quadro de locação<br />

financeira imobiliária que envolve uma operação de “Lease Back”, pelo valor de<br />

2.321.000,00€ (dois milhões trezentos e vinte e um mil euros); ------------------<br />

2 - Aprovar a abertura de um concurso público, para a contratação de serviços de<br />

locação financeira imobiliária, envolvendo uma operação “Lease Back”. -----------<br />

2.4 - ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO MUNICIPAL <strong>DE</strong> ESTACIONAMENTO E TABELA <strong>DE</strong><br />

TAXAS E TARIFAS<br />

Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi presente em reunião<br />

de Câmara de 19 de Junho de <strong>20<strong>06</strong></strong>, acompanhado de uma informação prestada pelos<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

serviços. -----------------------------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo intervenções colocou o ponto à votação. ---<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por maioria com quarenta e três votos a favor<br />

(23 do PPD/PSD, 17 do PS e 3 dos Membros Independentes) e duas abstenções do<br />

PCP-PEV, aprovar a Alteração aos Regulamentos Municipal de Estacionamento e da<br />

Tabela de Taxas e Tarifas. ------------------------------------------------------<br />

2.5 - ELEIÇÃO <strong>DE</strong> UM PRESI<strong>DE</strong>NTE <strong>DE</strong> JUNTA <strong>DE</strong> FREGUESIA PARA INTEGRAR A<br />

COMISSÃO MUNICIPAL DA <strong>DE</strong>FESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS -<br />

EXTRA-AGENDA<br />

Vítor Jorge (PS), interveio para propor o nome do Presidente de Junta de<br />

Freguesia de Vila Verde, João Filipe Carronda da Silva Antunes, como<br />

representante do Partido Socialista, para integrar a Comissão Municipal da<br />

Defesa da Floresta Contra Incêndios, documento que constitui o anexo número<br />

dezasseis à presente acta. ------------------------------------------------------<br />

JOÃO RUSSO (PPD/PSD), interveio para propor o nome do Presidente de Junta de<br />

Freguesia do Paião, António José Neves da França, como representante do Partido<br />

Social Democrata, para integrar a Comissão Municipal da Defesa da Floresta<br />

Contra Incêndios, documento que constitui o anexo número dezassete à presente<br />

acta. ---------------------------------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo mais nenhuma proposta, passou de seguida à<br />

votação tendo sido atribuída à Lista A, a lista apresentada pelo Grupo Municipal<br />

do PS, João Filipe Carronda da Silva Antunes, Presidente da Junta de Freguesia<br />

de Vila Verde, e como Lista B, a lista apresentada pelo Grupo Municipal do PSD,<br />

António José Neves da França, Presidente de Junta de Freguesia do Paião. --------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por maioria com vinte e três votos na lista<br />

B, dezasseis na Lista A e três votos brancos, aprovar a proposta apresentada<br />

pelo Grupo Municipal do Partido Social Democrata, tendo como representante o<br />

Presidente de Junta de Freguesia do Paião, António José Neves da França, para<br />

integrar a Comissão Municipal da Defesa da Floresta contra Incêndios. -----------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo mais assuntos a tratar, solicitou a<br />

aprovação da acta em minuta. ----------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por unanimidade aprovar a acta em minuta. ----<br />

E não havendo mais assuntos a tratar, foi pelo Presidente da Assembleia<br />

Municipal declarada encerrada a sessão eram dezanove horas e quarenta e cinco<br />

minutos, da qual, para constar, se lavrou a presente acta, que será previamente<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 4 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong> - <strong>06</strong> - <strong>20<strong>06</strong></strong><br />

distribuída a todos os membros da Assembleia Municipal para posterior aprovação<br />

e que vai ser assinada pelo Presidente e pelo Secretário, nos termos da Lei. ----<br />

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