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Os impactos da produção de cana no Cerrado e Amazônia ...

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E XPANSÃO<br />

ARQUIVO SPM<br />

Não existe <strong>cana</strong> na <strong>Amazônia</strong>?<br />

Em 29 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2007, o Ministro <strong>da</strong> Agricultura,<br />

Reinhold Stephanes, <strong>de</strong>clarou ao<br />

jornal O Globo que, “Não existe <strong>cana</strong> na<br />

<strong>Amazônia</strong>. Não temos conhecimento <strong>de</strong> nenhum<br />

projeto na região, nem recente nem antigo.” Essa<br />

afirmação tem sido repeti<strong>da</strong> constantemente<br />

pelo presi<strong>de</strong>nte Lula, com o objetivo <strong>de</strong> evitar<br />

críticas, principalmente <strong>de</strong> países que preten<strong>de</strong>m<br />

importar o eta<strong>no</strong>l brasileiro. Em junho <strong>de</strong> 2008,<br />

em seu discurso na Conferência <strong>da</strong> Organização<br />

<strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s para Agricultura e Alimentação<br />

(FAO), o presi<strong>de</strong>nte Lula afirmou que não havia<br />

<strong>produção</strong> <strong>de</strong> <strong>cana</strong> na <strong>Amazônia</strong>.<br />

Porém, a própria Companhia Nacional <strong>de</strong><br />

Abastecimento (CONAB) - órgão ligado ao<br />

Ministério <strong>da</strong> Agricultura - registrou um aumento<br />

na <strong>produção</strong> <strong>de</strong> <strong>cana</strong> na <strong>Amazônia</strong> <strong>de</strong> 17,6 milhões<br />

A expansão do<br />

cultivo <strong>de</strong> <strong>cana</strong> na<br />

AMAZÔNIA<br />

para 19,3 milhões <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s entre 2007 e 2008. 44<br />

No Tocantins, a expansão será <strong>de</strong> 13% (<strong>de</strong> 4,5 mil<br />

para 5,1 mil hectares), seguido do Mato Grosso,<br />

com um aumento <strong>de</strong> 10%, e do Amazonas, com 8%<br />

(<strong>de</strong> 4,8 mil para 5,2 mil hectares). No Pará, a área<br />

planta<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve ficar em tor<strong>no</strong> <strong>de</strong> 10,5 mil hectares.<br />

Segundo pesquisa <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

(USP), o Pará é visto como uma <strong>da</strong>s principais áreas<br />

<strong>de</strong> expansão para <strong>produção</strong> <strong>de</strong> eta<strong>no</strong>l. 45<br />

Em 2006, a CONAB constatou que a região Norte<br />

apresentou os maiores índices <strong>de</strong> aumento <strong>da</strong><br />

<strong>produção</strong> <strong>de</strong> <strong>cana</strong> <strong>no</strong> País. A expansão foi <strong>de</strong> 68,9%<br />

<strong>no</strong> Tocantins, <strong>de</strong> 55,1% <strong>no</strong> Amazonas e <strong>de</strong> 34,3%<br />

<strong>no</strong> Pará. A <strong>produção</strong> dos três estados foi <strong>de</strong> 1,6<br />

milhão <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s, representando um aumento<br />

<strong>de</strong> 46,8% em relação à safra anterior. 46<br />

Estes <strong>da</strong>dos têm gerado gran<strong>de</strong> preocupação,<br />

tanto <strong>no</strong> Brasil quanto <strong>no</strong> exterior. Segundo o<br />

pesquisador Écio Rodrigues, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Acre (Ufac), “O carbo<strong>no</strong> <strong>da</strong> <strong>de</strong>struição<br />

<strong>Os</strong> <strong>impactos</strong> <strong>da</strong> <strong>produção</strong> <strong>de</strong> <strong>cana</strong> <strong>no</strong> <strong>Cerrado</strong> e <strong>Amazônia</strong> | 25

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