Os impactos da produção de cana no Cerrado e Amazônia ...
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INFRA-ESTRUTURA<br />
Projetos <strong>de</strong> Infra-estrutura na<br />
<strong>Amazônia</strong><br />
O<br />
estudo sobre a expansão <strong>de</strong><br />
mo<strong>no</strong>cultivos na <strong>Amazônia</strong> e a<br />
<strong>de</strong>struição ambiental coinci<strong>de</strong> com a<br />
implantação <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> infra-estrutura para a<br />
exportação <strong>de</strong> commodities agrícolas e energéticas.<br />
Em nível regional, estes projetos estão incluídos na<br />
Integração <strong>da</strong> Infra-estrutura Sul-Ameri<strong>cana</strong> - IIRSA,<br />
que tem sua versão brasileira expressa <strong>no</strong> PAC.<br />
O projeto <strong>da</strong> IIRSA foi apresentado em agosto<br />
<strong>de</strong> 2000, durante uma reunião <strong>de</strong> países Sul-<br />
America<strong>no</strong>s, organiza<strong>da</strong> pelo ex-presi<strong>de</strong>nte<br />
Fernando Henrique Cardoso, em Brasília. A<br />
proposta foi elabora<strong>da</strong> pelo Banco Interamerica<strong>no</strong><br />
<strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
(BID), em parceria com<br />
a Corporação Andina <strong>de</strong><br />
Fomento (CAF) e com o<br />
Fundo para o Desenvolvimento<br />
<strong>da</strong> Bacia do<br />
Prata (Fonplata) e inclui<br />
megaprojetos <strong>de</strong> transporte,<br />
energia e comunicação<br />
na <strong>Amazônia</strong>,<br />
Pantanal, Chaco e<br />
Cordilheira dos An<strong>de</strong>s. O<br />
principal objetivo é<br />
facilitar as exportações<br />
<strong>de</strong> produtos primários<br />
através dos portos do<br />
Atlântico, Pacífico e<br />
Caribe.<br />
A primeira fase <strong>da</strong> IIRSA contém 31 projetos<br />
orçados em US$ 6,921 bilhões <strong>de</strong> dólares, com<br />
previsão <strong>de</strong> chegar a 350 projeto a um custo <strong>de</strong><br />
US$ 38 bilhões <strong>de</strong> dólares. Segundo estudo do<br />
Observatório Lati<strong>no</strong>america<strong>no</strong> <strong>de</strong> Geopolítica, o<br />
eixo Amazonas do projeto seria o mais estratégico<br />
porque “concentra cerca <strong>de</strong> 40% <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
do planeta e entre 15 e 20% <strong>da</strong> água doce<br />
congela<strong>da</strong>. Além do carbo<strong>no</strong> que contém em seu<br />
subsolo, é uma fonte incalculável <strong>de</strong> biomassa.<br />
(...) A via <strong>de</strong> interconexão, portanto, tem como<br />
objetivo penetrar as riquezas <strong>da</strong> selva amazônica,<br />
<strong>Os</strong> <strong>impactos</strong> <strong>da</strong> <strong>produção</strong> <strong>de</strong> <strong>cana</strong> <strong>no</strong> <strong>Cerrado</strong> e <strong>Amazônia</strong> | 69