Executive Summary observados. Durante a Expedição III, a turbidez da água decorrente dos efeitos do garimpo no rio Camopi, no território da Guiana Francesa, era claramente observada em sua confluência com o rio Oiapoque. O intenso trânsito de embarcações, a presença de assentamentos humanos e a degradação de alguns trechos das margens do Rio Oiapoque também são decorrentes diretos do garimpo nos rios Camopi e Siquini. É notório e sabido o uso intenso e descontrolado de mercúrio na separação do ouro extraído na Amazônia e seria surpreendente se as águas destes dois rios não apresentarem limites de contaminação acima dos estabelecidos mundialmente. Além de seus efeitos diretos, podem também ser citados os efeitos indiretos do garimpo, como a caça, pesca e derrubada de árvores, além de toda uma problemática social que acompanha o garimpo ilegal na Amazônia. O combate às pistas de pouso clandestinas abertas no interior do Parque é trabalhoso, tem um custo alto e envolve a participação de outras instituições brasileiras, como a Polícia Federal, Exército e Aeronáutica. Mesmo assim, esta atividade também deve ser encarada como prioritária. Entre a equipe que nos acompanhou durante a Expedição I, alguns dos barqueiros conhecem bem a região, visitando-a freqüentemente desde a década de 1960, quando entravam na área que hoje pertence ao parque para a caça de felinos, para a venda do couro destes animais. Tal atividade parece não ser mais executada. Diante do conhecimento prático destes barqueiros sobre a região, da experiência de vivência em ambiente de floresta e do fato deles viverem em Serra do Navio, sugerimos que, com a abertura do parque à visitação pública, estes homens poderiam receber um treinamento formal para atuarem como guias de visitantes. Esta seria uma forma de integração entre a sociedade local e o Parque, e poderia trazer benefícios para ambos os lados. Uma equipe de guias locais bem treinados pode ajudar inclusive em atividades de monitoramento e fiscalização, reportando novas ocorrências de animais, monitorando populações residentes e migratórias, ou ainda informando a equipe do IBAMA sobre a ocorrência de fatos anormais ou atividades ilegais. Pelo lado dos comunitários esta poderia ser uma forma de geração de renda e de engajamento com os propósitos do Parque. A própria dificuldade de acesso faz com que várias das áreas visitadas durante as expedições sejam naturalmente intangíveis. O custo/esforço para que algumas das áreas amostradas seja atingido é proibitivo e estas áreas só foram visitadas porque havia um claro objetivo científico estabelecido, com a disponibilidade de recursos orçamentários para tal. O esforço empregado para se atingir os locais de alguns dos inventários como, por exemplo, o da Expedição II, dificilmente terá similares no Parque. A área é tão remota e o acesso é tão complexo, que já garantem a integridade do local. Algumas das áreas visitadas apresentavam-se muito bem preservadas, com animais mansos e relativamente fáceis de serem avistados Os inventários biológicos conduzidos no Parque foram 20 <strong>Rapid</strong> <strong>Assessment</strong> <strong>Program</strong> pontuais e de curta duração. Seus objetivos foram fornecer subsídios primários para a elaboração do capítulo de biodiversidade do Plano de Manejo da unidade. É evidente que novas atividades de pesquisa devem ser estimuladas e recomendamos que estas sejam reunidas em um <strong>Program</strong>a de Conhecimento e Pesquisa do Parque Nacional Montanhas do Tumucmaque. Dentre os objetivos deste programa poderiam ser incluídos: - definir e orientar as áreas temáticas à serem investigadas, - conhecer detalhadamente os recursos naturais da Unidade de <strong>Conservação</strong>, - mapear áreas críticas para manutenção da biodiversidade, - pesquisar o uso dos habitats pela fauna local, - selecionar indicadores para o monitoramento ambiental, - proporcionar intercâmbio com a comunidade científica, - destinar recursos financeiros e apoio técnico/logístico para a atividade de pesquisa Como exemplo, é bastante recomendável que novas Como exemplo, é bastante recomendável que novas iniciativas de inventários biológicos sejam realizadas. Estas novas iniciativas devem incluir ainda outros grupos que não os já amostrados, e devem visitar outras porções do Parque. Da mesma forma, devem ser estimuladas iniciativas de estudos do meio abiótico do parque como, por exemplo, um mapeamento da composição e análise dos principais cursos d’água, dos processos geológicos e geo-físicos, e de fenômenos climáticos. Existem várias iniciativas que envolvem parceiros nacionais e internacionais para o monitoramento de longo prazo da biodiversidade e meio abiótico da Amazônia. Pela localização e grau de preservação do Parque do Tumucumaque, este poderia se candidatar a receber algumas destas iniciativas. A pesquisa no Parque do Tumucumaque requer o estabelecimento de parcerias e abordagens inovadoras. Neste momento, inicia-se no Amapá um <strong>Program</strong>a de Pós-Graduação em Biodiversidade (PPGBIO), sediado na Universidade Federal do Amapá, em colaboração com o IEPA, com a Embrapa Amapá e com a CI-Brasil. Este programa oferecerá cursos de Mestrado e Doutorado focados no inventário e monitoramento da biodiversidade, sua conservação e uso sustentável. Esta é uma oportunidade ímpar de se estabelecer uma parceria entre o PPGBIO e o Parque Nacional, que pode render muitos frutos positivos para o Parque, na forma do incremento e diversificação das pesquisas que podem ocorrer nesta unidade. Em comum acordo, algumas destas pesquisas podem ser focadas para a abordagem de questões mais urgentes ou importantes para o Parque. Cada Capítulo contém recomendações específicas para os grupos biológicos inventariados.
BIBlIOGRAfIA Hueck, K. 1972. As florestas da América do Sul. Polígono, São Paulo; Haffer, J. 1978. Distribution of Amazon birds. Bonner Zoologischen Beiträgen. Ministério do Meio Ambiente. 2002. Biodiversidade BrasiBrasileira: Avaliação e identificação de áreas e ações prioritárias para conservação, utilização sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade brasileira. Brasília, Brasil. Tyler, H., K. S. Brown Jr. and K. Wilson. 1994. Swallowtail butterflies of the Americas. Scientific Publishers, Gainesville. Inventários Biológicos Rápidos no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, Amapá, Brasil <strong>Rapid</strong> Biological Inventories in the Tumucumaque Mountains National Park, Amapá, Brazil Sumário das Expedições 21
- Page 1 and 2: Programa de Avaliaçâo Rápida Inv
- Page 3 and 4: Rapid Assessment Program Programa d
- Page 5 and 6: Prefácio .........................
- Page 7 and 8: Preface The Amazon Forest represent
- Page 9 and 10: Luiz Antônio Coltro Jr. (Pesquisad
- Page 11 and 12: IEPA Perfis das Organizações O In
- Page 13 and 14: Agradecimentos Estas expedições n
- Page 15 and 16: Report at a Glance Expedition Dates
- Page 17 and 18: - Intensify IBAMA surveillance patr
- Page 19 and 20: ainda são consideradas muito baixa
- Page 21: de Vila Brasil, que conta com uma c
- Page 25 and 26: irds, and has areas in two centers
- Page 27 and 28: forcement be effective enough to gu
- Page 29 and 30: MAPAS/MAPS Expedições I a v - Exp
- Page 31 and 32: Expedição II - Expedition II Expe
- Page 33 and 34: Expedição IV - Expedition IV Expe
- Page 35 and 36: RESuMO A avifauna do Parque Naciona
- Page 37 and 38: (4,5), Glyphorynchus spirurus (4) e
- Page 39 and 40: BIBlIOGRAfIA Austin, O.L. 1953. The
- Page 41 and 42: INTRODuçãO O Amapá, graças a um
- Page 43 and 44: Anfíbios Exp. I Exp. II Exp. III E
- Page 45 and 46: Teiidae Exp. I Exp. II Exp. III Exp
- Page 47 and 48: RESulTADOS Composição e Riqueza d
- Page 49 and 50: Tabela 2.3. Número de espécies de
- Page 51 and 52: BIBlIOGRAfIA Ávila-Pires, T.C.S. 1
- Page 53 and 54: RESuMO Este relatório apresenta os
- Page 55 and 56: pesando entre 21 e 33g quando adult
- Page 57 and 58: Sciurillus pusillis e Sciurus aestu
- Page 59 and 60: facilidade de alcance ao público p
- Page 61 and 62: RESuMO Somadas e com um esforço am
- Page 63 and 64: Inventários biológicos rápidos d
- Page 65 and 66: Número Número de de Espécies Esp
- Page 67 and 68: BIBlIOGRAfIA Bernard, E. 2001. Vert
- Page 69 and 70: Pela localização, extensão, grau
- Page 71 and 72: que as água negras, em que pese o
- Page 73 and 74:
• Proibir e monitorar a possibili
- Page 75 and 76:
É clara a falta de informações s
- Page 77 and 78:
Expedição V Foram identificadas 6
- Page 79 and 80:
Vari, R.P. e A.W. Vari. 1989. Syste
- Page 81 and 82:
com o processo de identificação d
- Page 83 and 84:
most rich in species (23.1 % of tot
- Page 85 and 86:
and Sapotaceae (15), Burseraceae (1
- Page 87 and 88:
I. capitata, I. graciliflora e I. h
- Page 89 and 90:
possa alterar os processos de dinâ
- Page 91 and 92:
Zoneamento Ecológico Econômico. 1
- Page 93 and 94:
Número de árvor No de árvores Ra
- Page 95 and 96:
Leite, P.F., H.P. Veloso e L. Góes
- Page 97 and 98:
Espécie I II III IV V Ocor. Distri
- Page 99 and 100:
Espécie I II III IV V Ocor. Distri
- Page 101 and 102:
Espécie I II III IV V Ocor. Distri
- Page 103 and 104:
Espécie I II III IV V Ocor. Distri
- Page 105 and 106:
Status: Endêmica (en); Exótica (e
- Page 107 and 108:
Lista de espécies de peixes e fam
- Page 109 and 110:
Lista de espécies de peixes e fam
- Page 111 and 112:
Apêndice 3 / Appendix 3 Registros
- Page 113 and 114:
TAXON H I II III IV V Unonopsis sp.
- Page 115 and 116:
TAXON H I II III IV V ASPLENIACEAE
- Page 117 and 118:
TAXON H I II III IV V Tetragastris
- Page 119 and 120:
TAXON H I II III IV V Tovomitidium
- Page 121 and 122:
TAXON H I II III IV V EUPHORBIACEAE
- Page 123 and 124:
TAXON H I II III IV V Aiouea bentha
- Page 125 and 126:
TAXON H I II III IV V Cassia leiand
- Page 127 and 128:
TAXON H I II III IV V Parkia multij
- Page 129 and 130:
TAXON H I II III IV V Indet. x Isch
- Page 131 and 132:
TAXON H I II III IV V Mouriri sp.2
- Page 133 and 134:
TAXON H I II III IV V Myrcia silvat
- Page 135 and 136:
TAXON H I II III IV V Peperomia mac
- Page 137 and 138:
TAXON H I II III IV V Polypodium ly
- Page 139 and 140:
TAXON H I II III IV V Stachyarrhena
- Page 141 and 142:
TAXON H I II III IV V SCHIZAEACEAE
- Page 143 and 144:
TAXON H I II III IV V Rinorea trian
- Page 145 and 146:
Descrição das características ve
- Page 147 and 148:
Descrição das características ve
- Page 149:
CENTRAL AmERICA § Belize: Columbia