ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE: Estudo de caso em ... - Engema

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Problema: Falta de planejamento de rotas de entrega dos produtos O que? Planejar os locais onde os produtos serão distribuídos. Por quê? A fim de reduzir o tempo de entrega, diminuindo o consumo de combustível. Quando? Durante as entregas aos clientes. Onde? Na cidade e áreas do entorno. Quem? O produtor ou motorista. Como? Planejando, diariamente, os locais de entregas dos produtos, dividindo-os por regiões e clientes, e não de acordo com a necessidade de cada produtor. Quanto custa? Uma vantagem deste problema é que não existe custo para implantar esta ação, apenas tempo e organização para torná-la realidade. Problema: Falta de reaproveitamento de água para lavagem dos produtos O que? Reaproveitar a água para lavagem das conchas. Por quê? Para diminuir o consumo de água potável. Quando? Sempre que for necessário lavar as conchas. Onde? Na área da lavagem. Quem? Produtores. Como? Buscando parceiros, como a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Prefeitura de Florianópolis, Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), entre outros; para dar início a um estudo de viabilidade de reaproveitamento da água do mar para a lavagem das conchas, a fim de diminuir o consumo de água doce. Quanto custa? Valor não orçado. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após a identificação dos resultados, e dadas as limitações da pesquisa, resgata-se a questão problema, que consistiu em identificar qual o grau de sustentabilidade de uma cooperativa maricultora de Florianópolis, identificado em 53,57%. À luz da forma de interpretação sugerida pelo SICOGEA – Geração 2, pode-se considerar este resultado como sendo “Regular”, em que a cooperativa tem suas ações voltadas para a prática do mínimo desejável, atendendo somente a legislação pertinente aos seus processos. Oportuno citar que utilizando-se o SICOGEA Geração 1, salvo as particularidades da pesquisa de Cabezas, Bitencourt e Pfitscher (2010), chegou-se ao resultado “Adequado”. Foi possível ainda identificar que o processo da “Produção” foi o que mais contribuiu para a redução do grau de sustentabilidade total, seguido do grupo-chave “Distribuição” e finalmente “Descarte de Resíduos”. Ainda buscando atender ao objetivo geral, foram analisados os principais problemas de cada grupo, detectados por meio do checklist. Esta análise foi possível com auxílio da ferramenta 5W2H, que permitiu sugerir a prática de melhores ações dos colaboradores e clientes, a fim de reduzir os impactos de seus processos no meio ambiente. Durante a proposta de melhorias utilizando-se o 5W2H, percebe-se que o maior problema é o alto consumo de água potável para lavagem dos produtos, bem como a sua falta de reaproveitamento. As soluções propostas não são de caráter imediato, mas é o primeiro passo para tornar tanto a cooperativa em estudo quanto a atividade maricultora de forma geral, mais sustentável e responsável ambientalmente. Afinal, resgatando o conceito de Kraemer (2001), deve-se levar em consideração que atualmente, os processos produtivos não são mais as únicas preocupações das empresas, tendo em vista a cobrança dos clientes e governo por práticas sustentáveis. 14
Porém, o resultado “Regular” da sustentabilidade geral, remete-nos ao pensamento de que nem sempre a preocupação com práticas sustentáveis estão firmemente implantadas nas organizações, podendo limitar-se apenas ao atendimento da legislação a fim de evitar sanções fiscais. Apesar disso, percebe-se que é viável ao menos o início de um estudo de novos métodos que podem contribuir não apenas para a melhora do grau de sustentabilidade da cooperativa estudada, mas se estendendo a outras, podendo, quem sabe um dia, tornarem-se práticas obrigatórias. Assim, saem ganhando a sociedade, os produtores e o governo. Para pesquisas futuras, sugere-se: (i) a aplicação de SICOGEA – Geração 2 de forma integral; (ii) Realização de estudo multi-caso; (iii) Estudo comparativo entre cooperativas localizadas em Florianópolis e em outras cidades ou países com tradição na atividade maricultora, tal como a França. REFERÊNCIAS ALBERTON, Anete; SILVA, Anielson Barbosa da; CANCELLIER, Éverton Luís Pellizzaro de Lorenzi; MARCON, Rosilene. A decisão e seleção de investimentos na perspectiva dos gestores de micro e pequenas empresas. In: ASEMBLEA ANUAL DE CLADEA, XXXIX, 2004, Puerta Plata. Anais... Puerta Plata, República Dominicana: Pontifícia Universidad Catholica Madre y Maestra, 2004. BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providencias. Disponível em: < http://www.apasfa.org/leis/9605.shtml> Acesso em: 08 set. 2011 BEUREN, Ilse Maria; LONGARY, André Andrade; RAUPP, Fabiano Maury; SOUSA, Marco Aurélio Batista de; COLAUTO, Romualdo Douglas; PORTON, Rosimere Alves de Bona. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade: teoria e prática. São Paulo, Atlas, 2003. CABEZAS, C. V; BITENCOURT, L; PFITSCHER, E. D. Análise de sustentabilidade ambiental: Estudo de caso em u ma cooperativa maricultora do sul da ilha de Florianópolis. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, XIII, 2010, São Paulo. Anais... São Paulo: FEA-USP, 2010 CASTRO, C. M. A prática da Pesquisa. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977. DALMORO, M. et al. Marketing Verde: responsabilidade social e ambiental integradas na envolvente de marketing. Revista Brasileira de Gestão e Negócios. v. 11, n. 30, p. 38-52, jan/mar. São Paulo, 2009. FREITAS, C. L.; RICHARTZ, F; PFITSCHER, E. D. Análise de Sustentabilidade Ambiental em uma indústria de bebidas: um enfoque no processo produtivo. Revista Contemporânea de Contabilidade., v.1, n. 12, p. 35-52, Jul./Dez., 2009. KRAEMER, M. E. P. Contabilidade ambiental como sistema de informações. Contabilidade Vista e Revista. v. 12, n. 3, p. 71-92, dez. 2001. 15
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