Edição 13 - Faculdade Cantareira
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A gronomia<br />
P<br />
odemos constatar com muito<br />
orgulho que o preparo oferecido<br />
pelo curso de Agronomia da<br />
<strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong> permite que<br />
nossos alunos possam atuar em<br />
diversos segmentos do mercado,<br />
incluindo um dos mais promissores,<br />
que é o de energia, por meio do<br />
estágio e trabalho em destilarias e<br />
usinas de cana-de-açúcar.<br />
Esse setor da nossa economia,<br />
historicamente, teve um grande<br />
entusiasta – o Imperador do Brasil D.<br />
Pedro II. Em 1857, a seu mando, foi<br />
elaborado um programa de<br />
modernização da produção de açúcar<br />
e assim surgiram os engenhos<br />
centrais, que deveriam somente<br />
moer a cana e processar o açúcar,<br />
ficando o cultivo por conta dos<br />
fornecedores (Fonte: Machado, F. de<br />
B. P. in: Brasil, a doce terra –<br />
História do setor, 1993). Segundo o<br />
mesmo autor, no final do século 19, o<br />
Brasil vivia a euforia do café (70% da<br />
produção mundial estava aqui) e,<br />
após a abolição da escravatura, o<br />
governo brasileiro incentivou a vinda<br />
de europeus para suprir a mão-deobra<br />
necessária nas fazendas do<br />
interior paulista. Os imigrantes, de<br />
maioria italiana, adquiriram terras e<br />
grande parte optou pela produção de<br />
aguardente a partir da cana.<br />
Inúmeros engenhos se concentraram<br />
em São Paulo, nas regiões de<br />
Campinas, Itu, Mogi-Guaçu e<br />
Piracicaba. Mais ao norte do Estado,<br />
nas vizinhanças de Ribeirão Preto,<br />
novos engenhos também se<br />
formaram.<br />
Na virada do século, com terras<br />
menos adequadas ao café,<br />
Piracicaba, cuja região possuía três<br />
dos maiores engenhos centrais do<br />
Estado e usinas de porte,<br />
FICLigado! 10<br />
Nossos alunos no<br />
mundo da energia<br />
Preparados não só para produzir alimento,<br />
eles serão profissionais muito mais exigidos<br />
rapidamente se tornou o maior<br />
centro produtor de açúcar de São<br />
Paulo. A partir da década de 1910,<br />
impulsionados pelo crescimento da<br />
economia paulista, os engenhos de<br />
aguardente foram rapidamente se<br />
transformando em usinas de açúcar,<br />
dando origem aos grupos produtores<br />
mais tradicionais do Estado na<br />
atualidade. Acompanhando esse<br />
desenvolvimento, as escolas agrícolas<br />
formavam a mão-de-obra<br />
especializada, necessária para o<br />
crescimento do setor.<br />
CITADO POR BUSH<br />
Pode-se dizer que hoje temos um<br />
programa de energia limpa e<br />
renovável reconhecido e elogiado em<br />
todo o mundo – o Proálcool – a ponto<br />
de o atual presidente dos Estados<br />
Unidos, em janeiro deste ano, citá-lo<br />
em discurso. Disse Bush: “Os carros<br />
brasileiros usam uma tecnologia que<br />
permite que funcionem tanto com<br />
gasolina como com álcool. O papel de<br />
governos como o nosso é incentivar<br />
esse tipo de inovação, de forma a nos<br />
tornar menos dependentes de<br />
energia importada” (Fonte: Unicamp<br />
na mídia, janeiro de 2006). Tal<br />
citação surtiu grande efeito no<br />
mundo, como a visão do Monte<br />
Pascoal para os portugueses. O país<br />
foi redescoberto pelas grandes<br />
potências.<br />
Recentemente, o presidente da<br />
Organização dos Países Exportadores<br />
de Petróleo (Opep) e ministro do<br />
Petróleo da Nigéria, Edmund<br />
Daukoru, disse, em Piracicaba, que o<br />
etanol (álcool) pode ter uma<br />
“discreta e moderada” mistura à<br />
gasolina em todo o mundo a longo<br />
prazo. Para ele, o produto extraído<br />
da cana-de-açúcar tem a vantagem<br />
de ser energia limpa e de baixo custo<br />
(Folha de S. Paulo, 18 de agosto de<br />
2006).<br />
O Brasil planta ao redor de 7<br />
milhões de hectares de cana em<br />
menos de 1/3 das suas áreas<br />
cultiváveis (cultivadas e com<br />
potencialmente para). O País é o<br />
maior produtor mundial, seguido por<br />
Índia, Tailândia e Austrália. Planta-se<br />
cana no Centro-Sul e no Norte-<br />
Nordeste, permitindo dois períodos<br />
de safra. Produz-se, portanto, o ano<br />
todo, açúcar, álcool anidro (aditivado<br />
a gasolina) e álcool hidratado para os<br />
mercados interno e externo (Fonte:<br />
União da Agroindústria Canavieira de<br />
São Paulo – Unica, 2006).<br />
[visite nosso site: www.cantareira.br]