Edição 13 - Faculdade Cantareira

Música
U
‘O Homem de La Mancha’, interpretado por alunos da
Cantareira conquista júris técnico e popular em Tatuí
m sonhador. Cheio de
questionamentos, crenças em
valores humanos e anseios. Seu
nome, Dom Quixote, fidalgo
espanhol. Assim se iniciam a notável
obra espanhola de Miguel de
Cervantes y Saavedra (1547-1616),
Dom Quixote de La Mancha, e o
musical adaptado por Dale
Wasserman, O Homem de La Mancha.
E foi com esse espetáculo que o
Grupo de Veteranos do Teatro do
Colégio Jardim São Paulo,
juntamente com a Orquestra de
Sopro da Faculdade Cantareira,
ganhou doze prêmios. A trupe
quixotesca participou do 19º Festival
Estudantil de Teatro do Estado de São
Paulo, no palco do Conservatório
Dramático e Musical Dr. Carlos de
Campos, em Tatuí.
Para a avaliação das peças
estavam presentes dois júris – o
técnico, formado por três
especialistas em teatro e música
(Clóvis Garcia, Gabriela Rabelo e Zé
Renato); e o popular, composto por
trinta pessoas da comunidade local,
incluindo artistas plásticos, atores e
profissionais liberais.
Com as versões musicais de Chico
Buarque e Ruy Guerra, o espetáculo
encantou os espectadores. “Ele é
uma ópera moderna, de linguagem
bem próxima ao nosso cotidiano”, diz
o maestro da orquestra, Edison
Ferreira, assistente de Coordenação
do Curso de Música da Cantareira.
Concorrendo com outras peças de
alto nível, O homem de La Mancha
foi o musical que mais recebeu
prêmios no festival. Afinal, ele
retrata com intensidade Dom
Quixote, livro que, por sua vez, em
2002, foi eleito por mais de cem
críticos de várias partes do mundo
FICLigado! 20
Teatro ganha
mais um prêmio
como a melhor obra literária de
todos os tempos.
“O texto é maravilhoso. Com o
talento da orquestra da Cantareira
ficou ainda melhor”, testemunha a
diretora-geral da peça, Abigail
Wimer. “Trata-se de um grande
espetáculo. Exige atores que
realmente saibam interpretar. E isso
nós temos”, orgulha-se Abigail, que
dirigiu o musical juntamente com
Silen de Castro.
Considerada pelo júri técnico
como a melhor atriz, Helena de
Castro, estudante do 3º ano do curso
de Música da Cantareira, interpretou
Aldonza – camponesa analfabeta e
malcheirosa – e Dulcinéia – moça
encantadora. “O personagem que fiz
canta, dança e interpreta”, diz
Helena. “É muito forte. Acho que é
por isso que as pessoas gostam.”
Com o objetivo de integrar
culturalmente as cidades do Estado
de São Paulo, o
festival
estudantil de
Tatuí é um dos
eventos que mais
incentivam o
movimento
teatral. Seja por
meio da
formação de
núcleos teatrais
nas escolas ou
pela realização de
concursos teatrais
e musicais.
Conhecida como a
Capital da Música,
não falta muito
para a cidade se
tornar também
“Capital das
Artes”.
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