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Edição 13 - Faculdade Cantareira

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Boa genética<br />

Fazenda experimental está preparando<br />

ovinos de qualidade para atender mercado<br />

Biomassa<br />

“O Brasil é um país predestinado a liderar a<br />

transição mundial da civilização do petróleo<br />

para a civilização moderna da biomassa.”<br />

Administração<br />

Professores escrevem sobre suas<br />

disciplinas e estudantes testemunham<br />

sobre o que aprendem<br />

Exame da OAB<br />

Ex-aluna conta como se preparou para vencer<br />

a prova e estar na lista dos aprovados<br />

FIC nº<br />

<strong>13</strong> – setembro 2006<br />

www.cantareira.br<br />

Ligado!<br />

1º Concurso de violão<br />

Organizado pela <strong>Cantareira</strong>, reúne 63<br />

candidatos de vários cantos do Brasil<br />

Fumar por quê?<br />

Essa é a pergunta que alunos<br />

de Publicidade e Propaganda<br />

estão fazendo pelo ‘campus’<br />

Comunidade<br />

Vila Maria Zélia tem assistência do Núcleo de<br />

Práticas Jurídicas da <strong>Cantareira</strong>


Editorial<br />

A<br />

FICLigado! 2<br />

Cheiro de vida<br />

Por meio deste periódico, a <strong>Cantareira</strong><br />

transmite informações aos seus leitores, de forma<br />

leve e agradável de se ler<br />

circulação desta edição do FIC<br />

Ligado! coincide com o começo<br />

do período de processos seletivos<br />

realizados pelas instituições de Ensino<br />

Superior para a formação das turmas<br />

que iniciarão seus estudos no primeiro<br />

semestre de 2007.<br />

Por meio deste periódico, a<br />

<strong>Cantareira</strong> transmite informações aos<br />

seus leitores, de forma leve e<br />

agradável de se ler, sobre a<br />

necessidade do estudante investir na<br />

educação e complementar os estudos<br />

no nível superior. Assim, procura<br />

realizar um trabalho que vem sendo<br />

feito junto às escolas, empresas e<br />

comunidade onde está inserida.<br />

Trabalho este, acima de tudo, de<br />

responsabilidade social. Estimulando<br />

um relacionamento adequado,<br />

professores e alunos lidam com o<br />

público passando dados e<br />

considerações sobre a profissão<br />

pretendida, ambiente onde ela se<br />

desenvolve, habilidades que são<br />

construídas nos estudantes durante sua<br />

formação, oportunidades imediatas e<br />

estratégicas de cada carreira frente<br />

aos atuais cenários nacional e<br />

internacional, possibilidades de estágio<br />

no mercado de trabalho, programa de<br />

bolsas e convênios para apoiar a<br />

viabilização econômica dos estudos,<br />

participação em iniciação científica,<br />

em feiras e eventos de cada área,<br />

convívio com colegas e com o corpo<br />

docente no Ensino Superior e ações<br />

sociais conduzidas junto à sociedade.<br />

Ao realizar esse investimento, a<br />

<strong>Cantareira</strong> mostra o caminho que o<br />

País tem de seguir para elevar o nível<br />

de escolaridade das novas gerações,<br />

aumentar a participação brasileira no<br />

conhecimento científico mundial e<br />

forjar os quadros de profissionais de<br />

que tanto necessita para crescer. Isso é<br />

acreditar. Isso é entusiasmo. Isso é<br />

cheiro de vida!<br />

A direção<br />

O verdadeiro<br />

sentido da<br />

política<br />

“...Política não se faz com<br />

ódio, pois não é função<br />

hepática. É filha da<br />

consciência, irmã do caráter,<br />

hóspede do coração.<br />

Eventualmente, pode até ser<br />

açoitada pela mesma cólera<br />

com que Jesus Cristo, o<br />

político da Paz e da Justiça,<br />

expulsou os vendilhões do<br />

Templo. Nunca com a raiva dos<br />

invejosos, maledicentes,<br />

frustrados ou ressentidos.<br />

Sejamos fiéis ao Evangelho de<br />

Santo Agostinho: ódio ao<br />

pecado, amor ao pecador.<br />

Quem não se interessa pela<br />

política, não se interessa<br />

pela vida...”<br />

Ulysses Guimarães<br />

FICLigado! Ligado! Ligado! Ligado! Ligado!<br />

Diretor-responsável<br />

Paulo Meinberg<br />

Coordenação editorial<br />

Mariana Meinberg Sousa Pereira<br />

e Roberto José Pinto<br />

Produção editorial<br />

Verbus Comunicação<br />

Editor-responsável<br />

Amorim Leite<br />

Redação<br />

Amorim Leite,<br />

Ana Julia Bongiovani e Mariana Alonso<br />

Editoração eletrônica<br />

Carolina Amorim<br />

Impressão<br />

Copypress<br />

Tiragem desta edição<br />

25.000 exemplares<br />

Rua Marcos Arruda, 729<br />

Tel. (11) 6090-5900<br />

São Paulo, SP, 03020-000<br />

www.cantareira.br<br />

faculdade@cantareira.br<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]


N<br />

Em nome da segurança<br />

e do comprometimento<br />

Professor Paulo Meinberg recebe homenagem<br />

da Guarda Civil Metrolitana de São Paulo<br />

o dia 28 de julho, o diretorgeral<br />

da <strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong>,<br />

professor Paulo Meinberg, foi<br />

homenageado pelo Centro de<br />

Formação em Segurança Urbana<br />

(CFSU) da Guarda Civil Metropolitana<br />

de São Paulo (CFSU/GCM-SP). A<br />

solenidade, batizada como formatura<br />

matinal, foi o modo encontrado pela<br />

corporação para agradecer a<br />

colaboração da <strong>Cantareira</strong> por ceder<br />

espaço físico para capacitação de<br />

inspetores do centro.<br />

Participaram do evento oito<br />

pelotões, além da Banda Musical da<br />

Guarda Civil Metropolitana. Em seu<br />

discurso, o coronel reserva PM José<br />

Koki Kato, em nome de CFSU,<br />

agradeceu à <strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong>,<br />

na pessoa de Paulo Meinberg. Este,<br />

por sua vez, chamou a atenção para<br />

a importância da relação das<br />

instituições de ensino com a<br />

comunidade e reforçou: “A<br />

<strong>Cantareira</strong> sempre estará à<br />

disposição para ajudar no que for<br />

preciso”. Para finalizar a solenidade,<br />

Marcelo Granado Queiroz, aluno do 3º<br />

Pelotão, entregou ao diretor-geral da<br />

<strong>Cantareira</strong> uma placa de<br />

homenagem.<br />

O CFSU<br />

Prestes a completar vinte anos de<br />

existência – no início, com o nome de<br />

Departamento de Ensino –, o CFSU<br />

forma, especializa, capacita e treina<br />

servidores da Guarda Civil.<br />

Subordinado à Coordenadoria de<br />

Segurança Urbana, visa, também, a<br />

formar profissionais com base nos<br />

princípios dos direitos humanos e<br />

participação social, sempre para<br />

garantir a proteção e segurança à<br />

comunidade.<br />

Ao todo, foram capacitadas 255<br />

pessoas na <strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong>,<br />

entre 2003 e 2004. “Na época, o<br />

CFSU estava lotado, preparando<br />

quinhentos guardas”, explica o<br />

Inspetor Pedro Alexandre Ricciard<br />

Ferreira. “Como não tínhamos espaço<br />

suficiente para a capacitação,<br />

conversamos com a direção da<br />

faculdade. Todos nos receberam de<br />

braços abertos.”<br />

A GUARDA<br />

Criada durante a gestão do<br />

prefeito Jânio da Silva Quadros, a<br />

Guarda Civil Metropolitana tem como<br />

finalidade proteger os bens públicos<br />

municipais, como parques, prédios<br />

públicos e monumentos, além de<br />

colaborar na segurança pública.<br />

A GCM é uma corporação armada<br />

e uniformizada, vinculada à<br />

Secretaria do Governo Municipal.<br />

Sentido!<br />

Para ingressar na GCM, é preciso<br />

atender a alguns pré-requisitos. O<br />

primeiro é a nacionalidade. Só podem<br />

integrar a corporação brasileiros natos<br />

ou naturalizados ou, ainda, cidadãos<br />

portugueses a quem tenha sido<br />

concedida a igualdade. Além disso, o<br />

inscrito deve ter idade mínima de 21<br />

anos. Para os homens, a altura mínima<br />

permitida para o ingresso é de 1,68 m.<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]<br />

Formatura matinal: Paulo<br />

Meinberg recebetroféu<br />

das mãos do coronel José Koki<br />

Kato do CSFU em evento<br />

organizado pela Guarda Civil<br />

Metropolitana de São Paulo<br />

M ural<br />

Já para as mulheres, é de 1,60 m.<br />

Encontrar-se em pleno exercício de seus<br />

direitos civis e políticos e possuir<br />

certificado de conclusão acompanhado<br />

do histórico escolar ou diploma<br />

correspondente ao Ensino Médio<br />

também são pré-requisitos necessárias<br />

para quem deseja construir carreira<br />

nessa área. Um detalhe importante: o<br />

inscrito não deve ter antecedentes<br />

criminais.<br />

FICLigado! 3


A dministração<br />

É<br />

FIC<br />

Teorias: histórias<br />

Ao estudar essa disciplina, futuro<br />

administrador passa a ter visão mais crítica<br />

de seu local de trabalho, das pessoas com<br />

quem trabalha e de sua própria atuação profissional<br />

natural que, ao ouvir falar em<br />

teorias, os estudantes torçam<br />

o nariz e comentem: “Teoria<br />

precisa decorar!”; “teoria não é<br />

prática!”, e assim por diante.<br />

Alguns de meus alunos comentam:<br />

“Sua matéria é muito teórica!,<br />

gostaríamos de alguma coisa mais<br />

prática”. Lógico que é teórica – o<br />

nome da disciplina é Teorias da<br />

Administração!<br />

Mas isso não significa que sejam<br />

abordados temas sem a menor<br />

relação com a rotina ou com a<br />

prática das empresas. As teorias de<br />

administração nascem da prática,<br />

da observação constante do<br />

processo de gerenciamento de uma<br />

organização. A partir das práticas<br />

administrativas nas organizações,<br />

bem ou malsucedidas, muitos<br />

autores tentaram (e tentam)<br />

compartilhar suas experiências com<br />

outras pessoas para que estas não<br />

cometam os mesmos erros e<br />

aproveitem a oportunidade de<br />

seguir os caminhos mais adequados<br />

para alcançar bons resultados.<br />

Em Teorias da Administração, o<br />

futuro administrador faz um<br />

passeio pelo túnel do tempo da<br />

administração, aprende como<br />

nasceu a maioria dos conceitos e<br />

práticas atualmente aplicados nas<br />

organizações, como evoluíram e<br />

aonde chegaram.<br />

Ao estudar essa disciplina, o<br />

aluno passa a ter uma visão mais<br />

crítica de seu local de trabalho,<br />

das pessoas com quem trabalha e<br />

de sua própria atuação<br />

profissional. Aprende também<br />

algumas técnicas administrativas<br />

Ligado! 4<br />

de práticas<br />

importantes para o dia-a-dia do<br />

profissional. É o “batismo” dos<br />

administradores.<br />

Não é uma questão de decorar<br />

fatos, nomes e conceitos. É<br />

desenvolver a capacidade de<br />

percepção e análise da realidade<br />

organizacional de modo a torná-la<br />

melhor e mais gratificante para<br />

quem compartilha do mesmo<br />

espaço de trabalho.<br />

Bely Clemente<br />

Camacho Pires<br />

Bacharel e mestre em Administração<br />

de Empresas pela<br />

<strong>Faculdade</strong> de Economia,<br />

Administração e Contabilidade<br />

da Universidade de<br />

São Paulo (FEA-USP). Professora<br />

do curso de Administração<br />

da <strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong><br />

e consultora de projetos<br />

e de ecomercado de trabalho<br />

na Reserva da Biosfera do<br />

Cinturão Verde da Cidade de<br />

São Paulo<br />

TOQUES DE<br />

“A disciplina Teorias<br />

da Administração<br />

me proporcionou<br />

não<br />

só uma visão abrangente<br />

e consistente<br />

do mercado<br />

de trabalho<br />

e das organizações em específico,<br />

como também acentuou<br />

meu senso crítico sobre assuntos<br />

organizacionais. Dessa forma, fui<br />

participante de mudanças em meu<br />

trabalho, incluindo projetos de motivação<br />

e comunicação. O curso traz<br />

grandes descobertas para o futuro<br />

administrador.”<br />

Lílian Rocha Viana, 4 o semestre<br />

“As teorias de<br />

administração<br />

me influenciaam<br />

como organizar<br />

melhor minhas<br />

tarefas sem burocracia,facilitando<br />

minha vida<br />

em alguns aspectos, tanto econômicos<br />

como sociais, obtendo conquistas<br />

no ramo profissional.<br />

Aprendemos administração no interesse<br />

de alcançar objetivos, metas,<br />

qualidade e tempo e a lidar com<br />

pessoas e problemas que circulam<br />

em nosso cotidiano. Assim como as<br />

teorias de Fayol, tudo em administração<br />

é questão de medida, de ponderação<br />

e de bom senso. Tais princípios,<br />

portanto, são maleáveis e<br />

adaptam-se a qualquer circunstância,<br />

tempo ou lugar.”<br />

Paulo F. Silva, 4º semestre<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]


ALUNOS<br />

“Curso Administração<br />

Geral e<br />

estou adorando.<br />

Tenho a certeza<br />

de que fiz a escolha<br />

certa. Já aprendi<br />

muito com<br />

as teorias em sala<br />

de aula. Hoje, enxergo a organização<br />

com outros olhos, principalmente<br />

porque a empresa em que<br />

trabalho está num momento de<br />

transição e com isso estou tendo a<br />

oportunidade de colaborar e apresentar<br />

algumas idéias que podem<br />

ser colocadas em prática. É um desafio!<br />

Mas estou confiante.”<br />

Creusa Oliveira, 4º semestre<br />

“A grade do curso<br />

de Administração<br />

da <strong>Faculdade</strong><br />

<strong>Cantareira</strong><br />

tem sido bem<br />

consistente, pois<br />

há interdisciplinaridade.<br />

Todas<br />

as matérias de alguma forma se<br />

conectam umas com as outras. Em<br />

especial, a disciplina Teorias da<br />

Administração. Apesar do nome, tem<br />

sido ministrada de maneira bem<br />

prática, utilizando estudos de casos<br />

atuais, para que possamos verificar<br />

os problemas e as mudanças<br />

ocorridas em cada empresa e<br />

analisar uma alternativa para cada<br />

questão. Utilizando o conteúdo<br />

aprendido da disciplina, podemos<br />

analisar muitas de nossas decisões<br />

cotidianas a fim de tomarmos as<br />

melhores deci-sões.”<br />

Caio Fittipaldi, 4 o semestre<br />

A<br />

Dinheiro, um produto<br />

Competitividade obriga empresas a se preocupar<br />

cada vez mais com a saúde financeira<br />

tualmente, a informação<br />

gerada pela administração<br />

financeira é usada para tomada de<br />

decisão, aprendizagem,<br />

planejamento e controle. As<br />

informações que as ferramentas da<br />

administração financeira produzem<br />

atendem às necessidades<br />

estratégicas e operacionais da<br />

empresa – medidas da situação<br />

econômica, como custo,<br />

lucratividade, análise dos prazos de<br />

clientes e fornecedores, fluxo de<br />

caixa, análise de risco de<br />

investimento e tempo de retorno.<br />

Se estivéssemos falando da<br />

administração financeira de mais ou<br />

menos quinze anos atrás, talvez<br />

estaríamos vendo essa disciplina<br />

com menos importância do que<br />

vemos hoje. Se partirmos da<br />

premissa que na década de 1980,<br />

no Brasil, não havia tanta<br />

concorrência como há hoje, as<br />

empresas tinham suas fatias de<br />

mercado mais ou menos<br />

preestabelecidas e conheciam<br />

plenamente seus concorrentes.<br />

Pensando assim, existia uma<br />

estabilidade de faturamento, o que<br />

dava maior tranqüilidade para o<br />

muito caro<br />

departamento financeiro.<br />

Hoje, com o aumento da<br />

competitividade de mercado, o<br />

faturamento das empresas acabou<br />

diminuindo e, como conseqüência,<br />

obrigou as empresas a se preocupar<br />

cada vez mais com a saúde<br />

financeira, já que a receita é<br />

incerta e a fatia de mercado está<br />

cada vez mais estreita.<br />

André Guilherme<br />

Rodovalho Silva<br />

TOQUE DE ALUNO<br />

A dministração<br />

Mestre em Administração.<br />

Administrador de empresas.<br />

“Trabalho no setor financeiro de uma empresa de cirurgia<br />

plástica. Como essa área exige um conhecimento<br />

mais específico, a matéria de finanças agregou bastante<br />

no meu dia-a-dia, como, por exemplo, fluxo de caixa,<br />

movimentação financeira, investimentos, intermediação<br />

entre a empresa e instituições financeiras.”<br />

Thiago Ferraz de Moura Garrido, 6º semestre<br />

FIC<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]<br />

FIC Ligado! 5


A dministração<br />

E<br />

stamos vivendo o século 21. E<br />

nos parece, às vezes, pelo que<br />

vemos na mídia, que quem manda<br />

em quase tudo que tocamos é a<br />

tecnologia e o capital. Diariamente,<br />

surgem produtos novos para atender<br />

necessidades que nós mesmos nem<br />

sabíamos que tínhamos. Há vinte<br />

anos, quem pensaria em ter um<br />

telefone celular? Há cinco, quem<br />

pensaria em ouvir música em MP3<br />

num minúsculo aparelho de bolso?<br />

De fato, a evolução das ciências<br />

possibilitou avanços incontestáveis na<br />

tecnologia, enquanto, de outro lado, o<br />

modelo capitalista permitiu a<br />

acumulação de grandes montantes de<br />

capital que, no mundo atual, não têm<br />

mais fronteiras. Ao contrário, as<br />

grandes empresas se tornaram<br />

multinacionais e podem ter<br />

orçamentos maiores que alguns países.<br />

FICLigado! 6<br />

Gestão de pessoas<br />

nas empresas<br />

Organizações e empresas são compostas por seres humanos<br />

que interagem no sentido de cumprir determinados objetivos<br />

TOQUES DE ALUNOS<br />

“Trabalho com uma equipe composta<br />

por quatro pessoas, que atuam no setor<br />

administrativo de um escritório de<br />

advocacia – sou responsável por esse<br />

setor. Posso afirmar que o conteúdo da<br />

disciplina Administração de Recursos<br />

Humanos (ARH) me auxiliou muito não<br />

apenas no momento em que precisei<br />

realizar o recrutamento e seleção de<br />

pessoal, mas também quando foi neces-sário definir e<br />

atribuir as funções de cada integrante da equipe. Além<br />

disso, atualmente, estamos com um projeto de<br />

introdução de avaliação de desempenho, outra ferramenta<br />

vista nas aulas de ARH, voltado não apenas ao setor<br />

administrativo, mas alcançando também os profissionais<br />

da área jurídica.”<br />

Diante desse quadro, encontramos<br />

o desafio de ministrar aulas de<br />

Administração de Recursos Humanos.<br />

Convém ressaltar que, antigamente,<br />

falava-se em “administração de<br />

pessoal” (o antigo departamento de<br />

pessoal). Evolui-se para o conceito de<br />

administração de relações industriais<br />

(mesmo que não fosse numa<br />

indústria), em meados de 1980<br />

passamos a chamar “administração de<br />

recursos humanos” e, ultimamente,<br />

falamos em “gestão de pessoas”.<br />

Então, por que será necessário e<br />

importante estudar gestão de<br />

pessoas?<br />

De vez em quando, um aluno nos<br />

pergunta: “Vou trabalhar com<br />

exportação. Por que tenho de<br />

aprender sobre gestão de pessoas?”.<br />

Quem trabalha com finanças precisa<br />

aprender sobre gestão de pessoas?<br />

Elzita Carneiro Nery, 8º semestre<br />

A resposta a todas essas perguntas<br />

é muito simples: com toda a evolução<br />

que o mundo possa experimentar,<br />

com todo capital e tecnologia que<br />

uma organização possa ter, somente<br />

as pessoas são capazes de<br />

movimentar aqueles sistemas,<br />

aquelas máquinas. São as pessoas que<br />

dão vida aos negócios.<br />

E quando se coloca um robô<br />

fazendo um trabalho numa fábrica?<br />

Da mesma forma, alguém projetou o<br />

robô, alguém faz a manutenção do<br />

robô, etc. E quando o serviço que era<br />

manual passou a ser feito no<br />

computador? Ocorre a mesma coisa:<br />

alguém fez o sistema, alguém dá<br />

suporte técnico ao sistema e alguém<br />

opera o sistema.<br />

TRABALHANDO EM EQUIPE<br />

Por isso, saber lidar com gente é<br />

“O aprendizado adquirido nas aulas<br />

contribuiu muito para o desenvolvimento<br />

de minha vida profissional e<br />

para a elaboração do trabalho de<br />

conclusão de curso (TCC). Fui promovida<br />

pelo meu desempenho em querer<br />

contribuir para melhoria do relacionamento<br />

entre as equipes do departamento<br />

de RH, no qual trabalho. Realizei<br />

workshop para os colegas de serviço sobre a administração,<br />

suas teorias e a importância da gestão de pessoas<br />

tanto para o crescimento da empresa como para evolução<br />

funcional dos colaboradores. Estou realizando meu TCC<br />

sobre plano de cargos e o resultado está sendo muito<br />

satisfatório. Vale a pena investir quatro anos da vida em<br />

algo que nos estimule a crescer profissionalmente.”<br />

Katia Vaqueiro Zacharias, 8º semestre<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]


imprescindível. Nas empresas e<br />

organizações em geral, cada pessoa<br />

precisa saber obter resultado por<br />

meio de pessoas, pois, daqui a<br />

algum tempo, ela pode passar a<br />

responsabilizar-se por uma equipe.<br />

Daí por diante, a produção não sai<br />

mais das suas mãos e sim das mãos<br />

das pessoas que trabalham na sua<br />

equipe.<br />

Mesmo aqueles que optam por<br />

curso superior em outras áreas,<br />

como engenharia, agronomia,<br />

medicina e outros, quando tiverem<br />

de “tomar conta” de um grupo de<br />

pessoas terão de saber como fazê-lo.<br />

Por isso, muitos procuram, depois de<br />

formados, cursos de pós-graduação<br />

na área de administração para<br />

aprender a lidar com gente.<br />

E já que falamos em equipe,<br />

vamos entender que é preciso saber<br />

formar a equipe (significa saber<br />

sobre recrutamento e seleção), é<br />

preciso manter a equipe treinada<br />

para fazer bem o trabalho e<br />

preparar pessoas para serem<br />

promovidas (significa saber sobre<br />

treinamento e desenvolvimento de<br />

pessoas).<br />

Também é preciso saber como<br />

remunerar adequadamente<br />

(administração de cargos e salários),<br />

como motivar as pessoas e como<br />

administrar conflitos (liderança,<br />

motivação e gestão de conflitos).<br />

Isso sem contar que é preciso cuidar<br />

para que as pessoas mantenham boa<br />

saúde e não sofram acidentes do<br />

trabalho (medicina e segurança do<br />

trabalho). E ainda, quando a<br />

organização necessitar alguma<br />

pequena ou grande mudança, são as<br />

pessoas que devem estar preparadas<br />

para fazê-la<br />

(desenvolvimento<br />

organizacional).<br />

Enfim, quem<br />

estuda<br />

administração,<br />

independente da<br />

área ou<br />

especialidade em<br />

que trabalha ou<br />

pretende trabalhar,<br />

será, antes do tudo,<br />

um gestor de<br />

pessoas. Afinal, as<br />

organizações e<br />

empresas são<br />

compostas por seres<br />

humanos que<br />

interagem no sentido<br />

de cumprir<br />

determinados<br />

objetivos. Essa<br />

interação, se for bem<br />

administrada, promoverá ambientes<br />

agradáveis de trabalho com alta<br />

performance de produtividade.<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]<br />

A dministração<br />

Joaquim Fernandes<br />

Filho<br />

Administrador, mestre em<br />

Administração, doutorando<br />

em Ciências Sociais<br />

pela PUC-SP. Atuou por<br />

28 anos na gestão de empresas,<br />

com ênfase em recursos<br />

humanos e leciona<br />

há dez anos no Ensino Superior.<br />

FICLigado! 7


A gronomia<br />

O<br />

mercado de ovinos – carneiro e<br />

ovelha – apresentou<br />

crescimento significativo nos últimos<br />

tempos. Um dos motivos desse<br />

aumento é a grande procura pela<br />

carne, considerada macia e de pouca<br />

gordura. Esse dado, acrescido à<br />

preocupação em preparar os alunos de<br />

Agronomia para as diversas situações<br />

de mercado, fez com que a Fazenda<br />

Experimental da <strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong><br />

iniciasse alguns estudos a respeito da<br />

criação desses animais. Melhoramento<br />

Alimentação: resíduos<br />

sólidos como pães,<br />

bolachas e massas secas<br />

para carneiros e ovelhas<br />

FICLigado! 8<br />

[visite<br />

Fazenda prepara ovinos<br />

de ´boa genética´<br />

Apostando em melhoramento genético e alimentação<br />

adequada, animais poderão ser comercializados<br />

genético e aproveitamento de<br />

resíduos sólidos para a alimentação<br />

são dois deles.<br />

No comando dos sistemas de<br />

criação de ovinos, os professores de<br />

Agronomia Silvio de Paula Mello e Iran<br />

José Oliveira são responsáveis por<br />

orientar os alunos do 1º ao 5º ano. “Os<br />

alunos se reúnem periodicamente e<br />

discutem os resultados da pesquisa na<br />

área. São conhecidos como Grupo de<br />

Produção Animal (GPA)”, explica<br />

Mello. “Resíduos sólidos como pães,<br />

bolachas e massas secas servem de<br />

alimento aos carneiros e ovelhas”, diz<br />

Valmirento Souza Santos,<br />

administrador da fazenda e ex-aluno<br />

do curso de Agronomia.<br />

Quanto ao melhoramento genético,<br />

a técnica se resume na seleção de um<br />

bom reprodutor com boa genética<br />

para cruzar com as ovelhas, obtendose<br />

a partir daí descendentes de alta<br />

linhagem. Esses estudos, além de<br />

ampliar o conhecimento dos alunos e<br />

o leque de opções no mercado de<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]


trabalho também visam à<br />

comercialização. “Pretendemos<br />

atender a demanda do comércio<br />

regional e estadual, distribuindo a<br />

‘boa genética’ da espécie aos<br />

produtores”, esclarece Sílvio.<br />

Além das experiências feitas com<br />

a alimentação e reprodução, o GPA<br />

está desenvolvendo outros estudos.<br />

“Estamos analisando o<br />

comportamento animal e o efeito do<br />

sistema de criação (confinamento e a<br />

campo) em seu desempenho”,<br />

comenta o professor Mello.<br />

Para que o trabalho seja feito nas<br />

condições ideais, a fazenda construiu<br />

galpões (currais) e silos para<br />

armazenar os alimentos. “A idéia é<br />

de que seja feito um manejo<br />

sustentável da produção, mas sem<br />

agredir o meio ambiente”, diz Mello.<br />

A CRIAÇÃO<br />

Ao contrário dos bovinos, a<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]<br />

criação de ovinos demanda menos<br />

espaço. Além disso, os animais<br />

apresentam menor intervalo de<br />

tempo entre o nascimento e o abate,<br />

o que é uma vantagem para a sua<br />

comercialização. “Cerca de 80% da<br />

carne de ovinos consumida no Estado<br />

de São Paulo é importada”, analisa<br />

Valmirento.<br />

O uso da soja na alimentação de<br />

ovinos também está sendo objeto de<br />

estudo dos estudantes de Agronomia<br />

da <strong>Cantareira</strong>. Além disso, a<br />

faculdade está implementando na<br />

fazenda o setor de bovinos de leite,<br />

que irá demandar várias tecnologias<br />

interessantes para os alunos e<br />

produtores.<br />

Recentemente, o GPA participou do<br />

<strong>13</strong>º Simpósio de Iniciação Cientifica da<br />

Universidade de São Paulo, em<br />

Piracicaba. Nesse encontro, os<br />

estudantes mostraram os resultados<br />

de suas pesquisas na Fazenda.<br />

ENQUANTO ISSO, NA FAZENDA...<br />

Encontro<br />

Na primeira semana de agosto, estudantes<br />

vindos de todo o Estado de<br />

São Paulo se reuniram no campus<br />

Belém e na fazenda experimental<br />

para discutir<br />

temas como formação<br />

e futuro profissional.<br />

Batizado como 1º Encontro<br />

Regional dos<br />

Estudantes de Agronomia<br />

(Erea), o evento<br />

contou com a presença<br />

de palestrantes da Pontifícia<br />

Universidade Católica<br />

de São Paulo,<br />

Universidade de São<br />

Paulo, Federação dos<br />

Estudantes de Agronomia<br />

do Brasil e <strong>Faculdade</strong><br />

<strong>Cantareira</strong>.<br />

Parceria<br />

A <strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong> acaba de firmar<br />

parceria com a Universidade<br />

Anhembi Morumbi. Pelo acordo assinado,<br />

a <strong>Cantareira</strong> coloca sua<br />

fazenda experimental à disposição<br />

dos alunos do curso de Veterinária da<br />

universidade, para que tenham aulas<br />

práticas de produção animal. Em troca,<br />

acompanham o desenvolvimento dos<br />

animais da <strong>Cantareira</strong>.<br />

Essa turma promete<br />

Foi criado em agosto, na <strong>Faculdade</strong><br />

<strong>Cantareira</strong>, o Grupo de Pesquisas Agronômicas<br />

(GPAM). Formado por<br />

estudantes do curso de Agronomia,<br />

A gronomia<br />

engenheiros agrônomos, farmacêuticos,<br />

biólogo e técnico em agropecuária,<br />

o grupo é o único do Brasil a<br />

estudar plantas medici-nais com<br />

ação no sistema nervoso central. A<br />

idéia é produzir material<br />

científico de alta qualidade<br />

que possa ser<br />

publicado em revistas<br />

indexadas e congressos<br />

internacionais. “Já<br />

estamos buscando parcerias<br />

com cientistas<br />

engajados na área da<br />

saúde e medicina”, comemora<br />

Daniel Garcia,<br />

um dos membros e aluno<br />

do 2º ano. “Queremos<br />

fazer pesquisa<br />

integrada!”<br />

Fazenda Experimental<br />

da <strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong>,<br />

em Mairiporã, SP<br />

FICLigado! 9


A gronomia<br />

P<br />

odemos constatar com muito<br />

orgulho que o preparo oferecido<br />

pelo curso de Agronomia da<br />

<strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong> permite que<br />

nossos alunos possam atuar em<br />

diversos segmentos do mercado,<br />

incluindo um dos mais promissores,<br />

que é o de energia, por meio do<br />

estágio e trabalho em destilarias e<br />

usinas de cana-de-açúcar.<br />

Esse setor da nossa economia,<br />

historicamente, teve um grande<br />

entusiasta – o Imperador do Brasil D.<br />

Pedro II. Em 1857, a seu mando, foi<br />

elaborado um programa de<br />

modernização da produção de açúcar<br />

e assim surgiram os engenhos<br />

centrais, que deveriam somente<br />

moer a cana e processar o açúcar,<br />

ficando o cultivo por conta dos<br />

fornecedores (Fonte: Machado, F. de<br />

B. P. in: Brasil, a doce terra –<br />

História do setor, 1993). Segundo o<br />

mesmo autor, no final do século 19, o<br />

Brasil vivia a euforia do café (70% da<br />

produção mundial estava aqui) e,<br />

após a abolição da escravatura, o<br />

governo brasileiro incentivou a vinda<br />

de europeus para suprir a mão-deobra<br />

necessária nas fazendas do<br />

interior paulista. Os imigrantes, de<br />

maioria italiana, adquiriram terras e<br />

grande parte optou pela produção de<br />

aguardente a partir da cana.<br />

Inúmeros engenhos se concentraram<br />

em São Paulo, nas regiões de<br />

Campinas, Itu, Mogi-Guaçu e<br />

Piracicaba. Mais ao norte do Estado,<br />

nas vizinhanças de Ribeirão Preto,<br />

novos engenhos também se<br />

formaram.<br />

Na virada do século, com terras<br />

menos adequadas ao café,<br />

Piracicaba, cuja região possuía três<br />

dos maiores engenhos centrais do<br />

Estado e usinas de porte,<br />

FICLigado! 10<br />

Nossos alunos no<br />

mundo da energia<br />

Preparados não só para produzir alimento,<br />

eles serão profissionais muito mais exigidos<br />

rapidamente se tornou o maior<br />

centro produtor de açúcar de São<br />

Paulo. A partir da década de 1910,<br />

impulsionados pelo crescimento da<br />

economia paulista, os engenhos de<br />

aguardente foram rapidamente se<br />

transformando em usinas de açúcar,<br />

dando origem aos grupos produtores<br />

mais tradicionais do Estado na<br />

atualidade. Acompanhando esse<br />

desenvolvimento, as escolas agrícolas<br />

formavam a mão-de-obra<br />

especializada, necessária para o<br />

crescimento do setor.<br />

CITADO POR BUSH<br />

Pode-se dizer que hoje temos um<br />

programa de energia limpa e<br />

renovável reconhecido e elogiado em<br />

todo o mundo – o Proálcool – a ponto<br />

de o atual presidente dos Estados<br />

Unidos, em janeiro deste ano, citá-lo<br />

em discurso. Disse Bush: “Os carros<br />

brasileiros usam uma tecnologia que<br />

permite que funcionem tanto com<br />

gasolina como com álcool. O papel de<br />

governos como o nosso é incentivar<br />

esse tipo de inovação, de forma a nos<br />

tornar menos dependentes de<br />

energia importada” (Fonte: Unicamp<br />

na mídia, janeiro de 2006). Tal<br />

citação surtiu grande efeito no<br />

mundo, como a visão do Monte<br />

Pascoal para os portugueses. O país<br />

foi redescoberto pelas grandes<br />

potências.<br />

Recentemente, o presidente da<br />

Organização dos Países Exportadores<br />

de Petróleo (Opep) e ministro do<br />

Petróleo da Nigéria, Edmund<br />

Daukoru, disse, em Piracicaba, que o<br />

etanol (álcool) pode ter uma<br />

“discreta e moderada” mistura à<br />

gasolina em todo o mundo a longo<br />

prazo. Para ele, o produto extraído<br />

da cana-de-açúcar tem a vantagem<br />

de ser energia limpa e de baixo custo<br />

(Folha de S. Paulo, 18 de agosto de<br />

2006).<br />

O Brasil planta ao redor de 7<br />

milhões de hectares de cana em<br />

menos de 1/3 das suas áreas<br />

cultiváveis (cultivadas e com<br />

potencialmente para). O País é o<br />

maior produtor mundial, seguido por<br />

Índia, Tailândia e Austrália. Planta-se<br />

cana no Centro-Sul e no Norte-<br />

Nordeste, permitindo dois períodos<br />

de safra. Produz-se, portanto, o ano<br />

todo, açúcar, álcool anidro (aditivado<br />

a gasolina) e álcool hidratado para os<br />

mercados interno e externo (Fonte:<br />

União da Agroindústria Canavieira de<br />

São Paulo – Unica, 2006).<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]


CANA, A NOVA ONDA<br />

Hoje são em torno de 306<br />

unidades de produção instaladas em<br />

todo o Brasil (236 no Centro-Sul),<br />

produzindo 17,8 bilhões de litros de<br />

álcool (anidro e hidratado), nas<br />

destilarias, e mais 584,9 milhões de<br />

sacas de 50 quilos nas usinas, ou<br />

seja, 469,8 milhões de toneladas de<br />

cana moída por ano (Fonte: Centro<br />

Tecnológico Canavieiro – CTC, 2006),<br />

ocupando uma extensão de área de 7<br />

milhões de hectares em duas regiões:<br />

Centro-Sul (86,8%) e Norte-Nordeste.<br />

Isso garante abastecimento de uma<br />

frota de 3 milhões de carros movidos<br />

exclusivamente a álcool hidratado e<br />

mais 14 milhões movidos à gasolina<br />

com mistura de álcool anidro.<br />

Criado em 1975, o Proálcool foi e<br />

é um grande projeto (guardados os<br />

problemas políticos). Em menos de<br />

cinco anos, a produção de pouco<br />

mais de 300 milhões de litros<br />

ultrapassou a cifra de 11 bilhões<br />

(1980), caracterizando-o como o<br />

maior programa de energia renovável<br />

já estabelecido em termos mundiais.<br />

Porém, estamos no início de uma<br />

nova onda de progresso pelo interior<br />

do País. Serão construídas até 2012<br />

mais oitenta usinas e destilarias, com<br />

investimentos na ordem de 30 bilhões<br />

de dólares (Fonte: Sociedade Rural<br />

Brasileira, 2006).<br />

Está previsto um incremento de<br />

500 mil hectares de áreas novas<br />

plantadas só no Estado de São Paulo<br />

nos próximos dois anos e será o dobro<br />

nos próximos dez anos em todo o<br />

Brasil, ou seja, em torno de 14<br />

milhões de hectares.<br />

A atual demanda mundial desse<br />

produto está em torno de 54 bilhões<br />

de litros, com projeção para 2010 de<br />

70 bilhões (Fonte: revista Exame,<br />

junho de 2006).<br />

Japão, Estados Unidos, Índia e<br />

União Européia estão garantindo as<br />

suas cotas de importação do álcool<br />

nacional: estamos diante de novas<br />

torres de petróleo incolor.<br />

Temos a energia que deverá suprir<br />

o mundo nos próximos anos. Energia<br />

esta que fará a ponte entre o óleo<br />

mineral e uma nova ou várias novas e<br />

permanentes fontes energéticas.<br />

REVOLUÇÃO DOS COMBUSTÍVEIS<br />

Nossos agrônomos têm de estar<br />

preparados e terão que ser formados<br />

com essa visão mais ampla da<br />

atividade. Serão profissionais muito<br />

mais exigidos e voltados não só para<br />

produzir alimento, mas para produzir<br />

energia para o mundo.<br />

Estão com negócios em<br />

andamento no setor energético<br />

brasileiro personagens conhecidos<br />

mundialmente como o<br />

megainvestidor George Soros; o dono<br />

da Microsoft, Bill Gates; e Sergey Brin<br />

e Larry Page, fundadores do Google.<br />

Como se não fosse suficiente<br />

movermos máquinas com o álcool,<br />

estudos realizados na Unicamp<br />

mostraram que esse produto pode ser<br />

utilizado como fonte de fornecimento<br />

de hidrogênio para motores que serão<br />

movidos por esse elemento químico.<br />

A equipe de Ennio Peres da Silva,<br />

do Laboratório de Hidrogênio da<br />

Unicamp, em parceria com o Centro<br />

Nacional de Referência em Energia<br />

do Hidrogênio (Ceneh), projetou um<br />

aparelho que converte álcool comum<br />

(etanol) em hidrogênio. O gás é um<br />

dos combustíveis de maior potencial<br />

para a indústria automotiva, seja<br />

pelo alto aproveitamento da energia<br />

obtida pela sua queima, seja pelo<br />

fato de que ela tem apenas um<br />

subproduto, a água, que não é<br />

poluente (Fonte: Folha de S. Paulo,<br />

2003). Talvez esse sim seja o grande<br />

marco, a revolução dos combustíveis<br />

em substituição definitiva à maior<br />

parte do combustível fóssil.<br />

A idéia de retirar a energia do<br />

hidrogênio – encontrado na água,<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]<br />

Estágio<br />

A gronomia<br />

álcool, gás, petróleo, carvão etc. –<br />

tem despertado o interesse<br />

internacional, diante da possibilidade<br />

de redução significativa dos custos de<br />

energia. Pesquisas estão em<br />

andamento em vários países. Só o<br />

governo dos Estados Unidos destinou<br />

US$ 1,2 bilhão para os próximos anos,<br />

embalados pela expectativa de<br />

redução da dependência do petróleo<br />

importado. O hidrogênio poderá<br />

alimentar um conjunto de células de<br />

combustível e gerar eletricidade, a<br />

ser usada tanto em sistemas de<br />

propulsão elétrica em veículos como<br />

em toda sorte de equipamentos, do<br />

ar-condicionado a equipamentos de<br />

navegação (Fonte: Unica, 2006).<br />

Agnaldo Scarassati<br />

Professor do curso de<br />

Agronomia da <strong>Faculdade</strong><br />

<strong>Cantareira</strong>. Engenheiro<br />

florestal, mestre em Ciências<br />

Florestais e doutor em<br />

Agronomia<br />

Ricieri Zerbatto, quintanista de<br />

Agronomia, realiza seu estágio<br />

na Usina Santa Maria, do Grupo J.<br />

Pilon Açúcar e Álcool, na área de<br />

manejo e conservação do solo e<br />

plantio. “A empresa está ampliando<br />

suas lavouras, investindo em tecnologia<br />

e mão-de-obra especializada.<br />

De forma estratégica, ela ocupa as<br />

oportunidades de mercado”, informa<br />

Ricieri.<br />

FICLigado! 11


A gronomia<br />

D<br />

Da pesquisa para<br />

congresso científico<br />

Alunos de Agronomia apresentam resultados de<br />

três trabalhos na área da Entomologia, no Recife<br />

epois de muito pesquisar e<br />

analisar os insetos da Região do<br />

Alto Tietê Paulista, no cultivo do<br />

feijão e do pêssego, os alunos de<br />

Agronomia, Celso Camilo Ribeiro e<br />

Marcos Felipe Popitz, levaram os<br />

resultados dos trabalhos científicos<br />

coordenados pelos professores<br />

Adriana Mascarette Labinas e Fabrízio<br />

Carbone Romano até Recife, no 21º<br />

Congresso Brasileiro de Entomologia.<br />

Realizado nos dias 6 a 11 de<br />

agosto, o encontro é considerado um<br />

dos eventos de maior importância<br />

agronômica na América Latina.<br />

“Pesquisas e novas tendências<br />

tecnológicas desenvolvidas a partir<br />

de estudos científicos de graduação e<br />

pós-graduação são apresentadas ali”,<br />

explica Fabrízio. “Além de<br />

instituições de ensino federais e<br />

particulares, alguns institutos de<br />

pesquisa nacionais e internacionais<br />

também participam com freqüência<br />

do congresso”, acrescenta Adriana.<br />

PESQUISA DE CAMPO<br />

Financiados pela <strong>Faculdade</strong><br />

<strong>Cantareira</strong>, os estudos dos dois<br />

alunos tinham o objetivo de<br />

desenvolver técnicas de manejo de<br />

pragas menos impactantes ao meio<br />

ambiente com considerável redução<br />

nos custos de produção e,<br />

principalmente, melhoria da saúde e<br />

qualidade de vida.<br />

Para escrever sobre o estado atual<br />

da tecnologia de aplicação de<br />

defensivos agrícolas na Região do Alto<br />

Tietê Paulista, tema de um dos<br />

trabalhos, os futuros agrônomos<br />

visitaram 205 propriedades,<br />

levantando informações e,<br />

posteriormente, oferecendo<br />

treinamento com 22 horas de<br />

duração.<br />

FICLigado! 12<br />

Outro tema de estudo, a<br />

comparação da ocorrência de insetos<br />

na cultura do feijoeiro cultivado nos<br />

sistemas orgânico e convencional,<br />

trouxe resultados interessantes.<br />

“Pudemos concluir que tanto o<br />

sistema de cultivo como a época de<br />

semeadura interferem de maneira<br />

marcante na distribuição espacial e<br />

temporal dos insetos”, afirma Celso.<br />

“O feijão cultivado no sistema<br />

convencional, no período das águas,<br />

tem populações maiores de um<br />

menor número de espécies do que o<br />

orgânico, enquanto no período da<br />

seca ocorre o inverso”, completa<br />

Marcos.<br />

Ao analisar a flutuação<br />

populacional de grapholita molesta<br />

na cultura do pêssego, na safra de<br />

2005-06, em Mogi das Cruzes (SP),<br />

pôde-se notar que o<br />

acompanhamento da dinâmica<br />

populacional de machos, por meio de<br />

armadilhas com feromônio sexual,<br />

demonstrou ser uma<br />

excelente ferramenta<br />

para tomada de decisão<br />

no controle dessa praga,<br />

diz Marcos. “Com isso,<br />

reduz-se o número de<br />

aplicações de inseticidas<br />

na área”, acrescenta<br />

Celso.<br />

Os estudos não<br />

serviram apenas como<br />

pesquisa científica, mas<br />

também como orientação<br />

útil aos produtores da<br />

região estudada. “Os<br />

sitiantes nos informaram,<br />

inclusive, que as dicas dos<br />

alunos proporcionaram<br />

bons resultados às<br />

colheitas”, destaca o<br />

professor Fabrízio.<br />

Marcos e Celso: a serviço da ciência<br />

Participando também se aprende<br />

Incentivar os universitários a participar<br />

de congressos de iniciação científica<br />

é praxe na <strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong>.<br />

O aluno de Agronomia, Francelino<br />

Pereira Costa, do 5º ano, apresentou<br />

no mês de agosto dois trabalhos<br />

no 39º Congresso Brasileiro de Fitopatologia,<br />

em Salvador. Além disso,<br />

também marcou presença no recente<br />

Congresso de Iniciação Científica do<br />

Instituto Biológico de São Paulo. Vale<br />

ressaltar que Francelino já desenvolveu<br />

16 trabalhos e está participando<br />

de 10, atualmente, somando, portanto,<br />

26 na área de iniciação científica.<br />

Realizado nos dias 29 a 31 de agosto,<br />

a 4ª edição do encontro do Instituto<br />

Biológico incluiu cinco trabalhos de<br />

um grupo de alunos do 1º ao último<br />

ano de Agronomia da <strong>Cantareira</strong>. Bárbara<br />

Vanessa Marrafon, aluna do 4º<br />

ano, teve sua pesquisa escolhida para<br />

ser apresentada oralmente.<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]


P<br />

ara exercer a profissão de<br />

advogado, o bacharel em Direito<br />

tem de prestar o exame da Ordem<br />

dos Advogados do Brasil (OAB) e<br />

provar que tem condições mínimas de<br />

atuar no mercado de trabalho.<br />

Dos 28 mil inscritos em janeiro<br />

deste ano, somente 19,2% dos<br />

candidatos passaram para a segunda<br />

fase da prova. Desses, apenas 3.128<br />

bacharéis foram aprovados, segundo<br />

o site da entidade.<br />

O índice de aprovação,<br />

freqüentemente baixo, não chegou a<br />

assustar a aluna da primeira turma<br />

de Direito da <strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong>,<br />

Rosiney Gláucia Batista Pereira. “Em<br />

nenhum momento, pensei na<br />

reprovação, apesar de saber que<br />

poderia ocorrer pelo próprio histórico<br />

de aprovados no exame”, conta ela.<br />

“Firmei o foco nos estudos, fiz uma<br />

ótima faculdade e tinha a aprovação<br />

como objetivo principal.”<br />

PREPARAÇÃO<br />

Para definir uma estratégia,<br />

Rosiney não hesitou em procurar seus<br />

professores. “Eles me passaram<br />

algumas experiências e deram dicas<br />

para conquistar meu objetivo”,<br />

explica. “O cursinho preparatório me<br />

fazia lembrar de cada aula na<br />

faculdade e dos professores. Então,<br />

pude perceber o quanto todos<br />

aqueles anos tinham valido a pena.”<br />

Decidida a enfrentar todas as<br />

matérias em muitas horas de estudo,<br />

até aprendeu a gostar de Direito<br />

Penal, brinca a advogada.<br />

A superação marcou essa fase de<br />

sua vida. No dia do exame da<br />

primeira fase, completava-se um ano<br />

do falecimento de sua mãe. “Em<br />

meio à dor, consegui reverter a<br />

situação.”<br />

Passar nesta prova<br />

não é para qualquer um<br />

Aprovada no exame da OAB, aluna da <strong>Cantareira</strong>,<br />

conta como se preparou para vencer<br />

A PRÁTICA<br />

Não só a dedicação nos estudos e<br />

a determinação foram essenciais para<br />

a conquista. A experiência também<br />

contou a seu favor. “Já no 2º ano, fiz<br />

estágios em alguns escritórios e em<br />

diversas áreas”, diz. “Quando a<br />

admissão se dava por meio de<br />

avaliação, era aprovada e, dessa<br />

forma, acabei estagiando em locais<br />

bastante interessantes como o<br />

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente<br />

e dos Recursos Naturais Renováveis<br />

(Ibama) e o Núcleo de Prática<br />

Jurídica da <strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong>.<br />

Atualmente, Rosiney faz<br />

especialização em Direito do<br />

Trabalho. “Tenho me esforçado a<br />

cada dia, pois acredito na função<br />

social que nós, operadores do<br />

Direito, exercemos na sociedade.”<br />

Tirando a prova<br />

O exame da OAB, geralmente realizado<br />

três vezes ao ano, tem duas<br />

fases – uma com questões objetivas<br />

e a outra com prova discursiva e de<br />

prática profissional.<br />

As questões incluem assuntos de<br />

Direito Constitucional, Civil, Comercial,<br />

Penal, Trabalhista, Administrativo,<br />

Tributário, Processual Civil, Processual<br />

Penal, Direito Processual do<br />

Trabalho, Estatuto da OAB, Regulamento<br />

Geral e Código de Ética e<br />

Disciplina.<br />

Somente o candidato que obtiver nota<br />

igual ou superior a 5 estará habilitado<br />

para a etapa seguinte, cuja prova será<br />

realizada numa área específica – Civil,<br />

Penal ou Trabalhista – escolhida pelo<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]<br />

Rosiney Gláucia:<br />

foco nos estudos e<br />

aprovação como<br />

objetivo principal<br />

D ireito<br />

candidato na hora da inscrição.<br />

A segunda fase compreende duas<br />

partes distintas – a prova práticoprofissional,<br />

com redação de uma<br />

peça processual em que serão levados<br />

em conta o raciocínio jurídico, a<br />

fundamentação e a sua consistência,<br />

a capacidade de interpretação e<br />

exposição, a correção gramatical e a<br />

técnica profissional demonstrada, e a<br />

parte dissertativa em que são formuladas<br />

até cinco situações-problema<br />

para serem analisadas.<br />

Nessa fase, é permitida consulta à<br />

legislação, doutrina e jurisprudência.<br />

Porém, formulários, modelos e anotações<br />

pessoais, inclusive apostilas, são<br />

proibidos.<br />

FICLigado! <strong>13</strong>


D ireito<br />

O<br />

reconhecimento de curso<br />

superior ministrado por<br />

instituições de ensino particulares<br />

configura certificação pelo Ministério<br />

da Educação (MEC) de que o curso<br />

cumpre os padrões de qualidade<br />

preconizados.<br />

É o reconhecimento do curso pelo<br />

MEC que o torna curso oficial,<br />

habilitando a instituição de ensino a<br />

conferir aos seus formandos o grau de<br />

bacharel, com validade em todo o<br />

território nacional para o exercício<br />

da respectiva profissão em regra.<br />

Trata-se de verdadeira conquista,<br />

previamente esperada, é certo, que<br />

envolve toda a instituição, todo seu<br />

pessoal: direção, coordenação, corpo<br />

docente, pessoal administrativo,<br />

pessoal de apoio, corpo discente e<br />

prestadores de serviços.<br />

A avaliação feita pelo MEC<br />

considera aspectos institucionais, ou<br />

seja, as características, as<br />

qualidades, o planejamento<br />

educacional da Instituição, os<br />

aspectos de infra-estrutura, as<br />

instalações, salas de aula, salas de<br />

leitura e de estudo, bibliotecas,<br />

laboratórios, etc., e os aspectos<br />

pedagógicos propriamente ditos.<br />

Nestes se incluem a estrutura do<br />

curso, a grade curricular com seus<br />

respectivos conteúdos programáticos,<br />

a metodologia do ensino, os<br />

processos de avaliação e nivelamento<br />

e o corpo docente com a respectiva<br />

titulação. Este terceiro aspecto<br />

pertine mais diretamente aos<br />

coordenadores dos cursos.<br />

Todos os dados são transmitidos ao<br />

MEC mediante o preenchimento, pela<br />

Internet, de inúmeros relatórios por<br />

ele disponibilizados dentro do<br />

período de avaliação. Nesse<br />

FICLigado! 14<br />

Nosso curso é<br />

reconhecido pelo MEC<br />

Ele cumpre com os padrões de qualidade, por isso,<br />

acaba de receber a certificação oficial<br />

particular, no processo de<br />

reconhecimento do curso de Direito<br />

contratamos a valiosa ajuda do<br />

professor Renato Wagner de Souza,<br />

cuja experiência na área nos foi de<br />

grande valia, possibilitando<br />

cumprimento de todas as exigências<br />

do MEC.<br />

No quesito reconhecimento de<br />

cursos, a <strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong> vem<br />

trilhando um caminho de sucessos,<br />

pela firme direção do trabalho que<br />

vem desenvolvendo, contribuindo<br />

com a excelência do Ensino Superior.<br />

Aliás, é essa a meta perseguida pelo<br />

diretor-geral, professor Paulo<br />

Meinberg – “um ensino de<br />

qualidade”.<br />

Cursos reconhecidos<br />

O curso de Agronomia, único na Região<br />

Metropolitana da Grande São<br />

Paulo, sob a segura e competente<br />

coordenação do professor Dr. Marcos<br />

Roberto Furlan, coadjuvado pelo<br />

seu qualificado corpo docente, mereceu<br />

o reconhecimento do MEC e<br />

já colocou no mercado três turmas<br />

de agrônomos.<br />

A professora-doutora Jouliana Jordan<br />

Nohara pode ser considerada<br />

entre nós como a campeã dos reconhecimentos<br />

de cursos. Como coordenadora<br />

do curso de Administração,<br />

teve seu trabalho coroado de<br />

êxito com o reconhecimento pelo<br />

MEC de cinco habilitações do curso<br />

de Administração.<br />

A professora Jouliana desenvolve<br />

seu trabalho com o auxílio do corpo<br />

docente qualificado e criteriosamente<br />

selecionado por ela.<br />

O curso de Comunicação Social, ha-<br />

COROAMENTO DE ESFORÇOS<br />

Todos os cursos submetidos à<br />

avaliação do MEC pela instituição<br />

mereceram reconhecimento (veja<br />

quadro). Quanto ao curso de Direito,<br />

a portaria de reconhecimento foi<br />

publicada no Diário Oficial da União<br />

(DOU) em 17 de julho, após a<br />

conclusão do curso pela 1ª Turma de<br />

Formandos – Turma João Meinberg –<br />

em 2005.<br />

Já em 10 de julho de 2005 havia<br />

recebido o parecer favorável da<br />

Comissão de Avaliadores do MEC,<br />

parecer esse que define, por assim<br />

dizer, o reconhecimento. Todavia,<br />

quanto ao curso de Direito, os<br />

trâmites processuais são mais >>><br />

bilitação em Publicidade e Propaganda,<br />

que tem como coordenador<br />

o competente professor Dr. João<br />

Elias Nery, com as qualidades de<br />

grande planejador que lhe são inerentes,<br />

como não podia deixar de<br />

ser, também recebeu o esperado reconhecimento<br />

do MEC, fundado no<br />

excelente trabalho que, junto com<br />

seu qualificado corpo docente, vem<br />

desenvolvendo e nas adequadas instalações<br />

de laboratórios existentes.<br />

O curso de Música encontra-se em<br />

processo de reconhecimento, na<br />

fase de preenchimento dos relatórios<br />

para o MEC e certamente trilhará<br />

o mesmo caminho de sucesso<br />

considerando que foi atribuído conceito<br />

“A” para sua autorização e que<br />

há um corpo docente de reconhecimento<br />

internacional.<br />

Anna Maria Martins<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]


demorados porque prevêem uma<br />

série de formalidades que acabam<br />

postergando a oficialização do<br />

reconhecimento. Além disso, o<br />

excessivo número de cursos de<br />

Direito no País provoca, obviamente,<br />

acúmulo de processos de<br />

reconhecimento nos órgãos do MEC.<br />

Isso exige por parte das instituições<br />

de ensino um acompanhamento in<br />

loco do processo, o que foi feito com<br />

o êxito que se conhece.<br />

O reconhecimento do curso de<br />

Direito causa-nos imensa satisfação,<br />

é o coroamento de nossos esforços.<br />

Falo da colaboração de todos os<br />

envolvidos.<br />

É um curso bem estruturado, cuja<br />

grade curricular cobre as necessidades<br />

de aprendizagem dos alunos para o<br />

exercício profissional nas diversas<br />

áreas do conhecimento jurídico.<br />

Seu corpo docente é integrado por<br />

P<br />

professores qualificados, engajados<br />

no processo educacional, que não<br />

medem esforços no atendimento das<br />

necessidades dos alunos, como de<br />

resto, é a tônica em todos os cursos<br />

da <strong>Cantareira</strong>.<br />

Tive, na qualidade de<br />

coordenadora do curso de Direito, o<br />

feliz privilégio de congregar um<br />

seleto grupo de professores, mestres<br />

e doutores oriundos das mais<br />

conceituadas instituições de Ensino<br />

Superior do País, verdadeiros<br />

responsáveis pelo êxito pedagógico<br />

do curso.<br />

Agradeço toda colaboração, apoio<br />

e trabalho do corpo docente, do<br />

pessoal administrativo, do pessoal de<br />

apoio e, em especial, a confiança da<br />

direção superior, na pessoa do<br />

professor Paulo Meinberg, que tornou<br />

possível mais um êxito no processo<br />

educacional da <strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong>.<br />

Toques de quem já<br />

está passos à frente<br />

Anna Maria Martins<br />

D ireito<br />

Mestre. Coordenadora do<br />

curso de Direito da <strong>Faculdade</strong><br />

<strong>Cantareira</strong>. Professora<br />

na FGV e <strong>Faculdade</strong><br />

de Direito da USP. Coordenadora<br />

da Pós-graduação<br />

do ITE/Bauru-SP<br />

Fernando Capez, falando a alunos da <strong>Cantareira</strong>, trata de temas<br />

da carreira jurídica e de sua própria trajetória como promotor<br />

romotor de Justiça e autor de para o Ministério Público, eram 5 mil Para conseguir uma boa colocação<br />

mais de vinte obras relacionadas candidatos inscritos. Hoje, superam nas provas e o reconhecimento<br />

ao Direito, Fernando Capez, um dos 12 mil”, comparou o promotor. profissional, “é indispensável que os<br />

profissionais mais renomados no Detalhe: Capez classificou-se em 1º estudantes determinem uma meta a<br />

âmbito penal, falou aos alunos da lugar no concurso.<br />

ser alcançada”, alerta o promotor.<br />

<strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong> sobre<br />

Planejar o caminho a ser seguido,<br />

planejamento nos estudos, concurso<br />

evitar planos demasiadamente<br />

público e bases teóricas do Direito<br />

elaborados e estudar com disciplina e<br />

Penal.<br />

dedicação também são quesitos<br />

Organizada pelo Centro<br />

básicos para quem deseja estar<br />

Acadêmico de Direito, a palestra<br />

inserido no mercado.<br />

reuniu cerca de duzentos estudantes<br />

Além das dicas de conduta<br />

do curso. De maneira informal, Capez<br />

profissional, Capez frisou a<br />

contou histórias e experiências de<br />

importância da teoria constitucional<br />

sua vida, deixando nas entrelinhas<br />

do Direito Penal – tema de um de<br />

mensagens de como ter jogo de<br />

seus livros. De acordo com essa<br />

cintura diante dos problemas e como<br />

teoria, cabe ao advogado saber<br />

ser sensato nas decisões. Comentou<br />

interpretar o conteúdo e a forma da<br />

também sobre a competitividade do<br />

lei levando em conta os princípios<br />

mercado e os desafios que o bacharel<br />

constitucionais e praticar o<br />

em Direito vai encontrar na carreira<br />

verdadeiro espírito do ensino<br />

jurídica. “Quando prestei concurso<br />

jurídico.<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br] FIC Ligado! 15


D ireito<br />

A<br />

judar e ao mesmo tempo<br />

aprender. Esse é o lema do<br />

grupo de estagiários do Núcleo de<br />

Práticas Jurídicas da <strong>Faculdade</strong><br />

<strong>Cantareira</strong>. Num projeto especial,<br />

atuando desde 11 de julho deste ano<br />

na Vila Maria Zélia, região do Belém,<br />

o núcleo é responsável por orientar a<br />

comunidade local quanto aos<br />

assuntos jurídicos, mais<br />

especificamente na área de família<br />

(separações e divórcios, inventários,<br />

paternidade, pensão alimentícia,<br />

visitas, etc.).<br />

Todas as terças-feiras, os alunos<br />

do curso de Direito se revezam para<br />

atender os moradores da<br />

comunidade. “Fazemos a triagem dos<br />

casos”, explica Maria Mitie Yasuda,<br />

aluna do último ano do curso de<br />

Direito. “Se o assunto não for<br />

relacionado ao Direito da Família,<br />

encaminhamos para outros locais de<br />

assistência.”<br />

Cercados pelo verde da natureza e<br />

pelo que ainda resta da arquitetura<br />

tradicional dos casarões do bairro, os<br />

estagiários se sentem orgulhosos em<br />

poder ajudar a comunidade. “Essa<br />

parceria da FIC com a vila é boa para<br />

ambos os lados”, diz a futura<br />

advogada Roseli Rodrigues. “Para<br />

nós, alunos, porque exercitamos a<br />

prática da profissão, e para a<br />

comunidade, pela assistência<br />

jurídica”, completa a quintanista.<br />

BOM COMPORTAMENTO<br />

Tidos como exemplos de boa<br />

conduta, tanto os estudantes como os<br />

profissionais de Direito devem, ou<br />

pelo menos deveriam, “andar na<br />

linha”. “Temos uma responsabilidade<br />

muito grande”, assume Paulo<br />

Salomão, estudante do 4º ano do<br />

curso de Direito e presidente da<br />

FICLigado! 16<br />

Na prática também<br />

se aprende muito<br />

Estagiários da <strong>Cantareira</strong> dão suporte<br />

jurídico à comunidade da Vila Maria Zélia<br />

Associação dos Moradores da Vila<br />

Maria Zélia. “Conhecemos as leis. Por<br />

isso, cabe a nós respeitá-las”,<br />

admite. Para Maria Cristina Esquivel<br />

Lopes, também do 4º ano, estudantes<br />

de Direito devem ser referência<br />

numa conduta civilizada.<br />

Mas não é só esse estereótipo que<br />

faz os estagiários serem ainda mais<br />

Casarões da Vila<br />

Maria Zélia:<br />

estagiários sentem-se<br />

orgulhosos em poder<br />

ajudar a comunidade<br />

responsáveis. A preocupação com a<br />

integridade e ética na profissão<br />

também inspira esses alunos a levar<br />

muito a sério o trabalho na Vila Maria<br />

Zélia. “A área jurídica tem muito a<br />

ajudar a comunidade. Estamos aqui<br />

para fazer alguma diferença”,<br />

enfatiza Sérgio Jorge de Freitas,<br />

aluno do 5º ano.<br />

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‘Jingle’ contra<br />

Uma história para contar<br />

A Vila Maria Zélia faz parte da tradição de São Paulo. Foi<br />

construída no início do século 20 pelo empresário Jorge<br />

Street, dono da Tecelagem da Juta. Aos moldes europeus,<br />

abrigou durante muito tempo as famílias dos operários que<br />

trabalhavam em sua indústria.<br />

Com o passar do tempo, a vila, que tinha tudo para dar certo,<br />

começou a seguir o caminho da deterioração. Jorge Street<br />

endividou-se com o Instituto Nacional de Seguridade Social<br />

(INSS). Com isso, algumas construções foram tomadas como<br />

parte do pagamento da dívida.<br />

Atualmente, a estrutura da vila está bem diferente da que<br />

era vista no século passado. As casas foram descaracterizadas<br />

e ganharam um ar de contemporaneidade, rompendo<br />

com a arquitetura original. Nesse contexto, os moradores da<br />

vila se juntaram e formaram, em 1981, a Sociedade de Amigos<br />

da Vila Maria Zélia. Juntos, buscam uma solução para<br />

a degradação dos casarões e se unem para transformar as<br />

ruínas em museus.<br />

Hoje, a vila abriga cerca de seiscentas pessoas em 170 residências<br />

e faz parte do Plano Diretor Regional da Subprefeitura<br />

da Mooca. Além disso, como é considerada zona de<br />

proteção cultural, aguarda rápidas soluções.<br />

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Diretor e<br />

aluno da<br />

<strong>Cantareira</strong><br />

compõem<br />

peça<br />

para<br />

concurso<br />

nacional<br />

D ireito<br />

Paulo Salomão,<br />

presidente da<br />

Associação dos<br />

moradores de Vila<br />

Maria Zélia, e seus<br />

colegas do Núcleo<br />

de Práticas<br />

Jurídicas:<br />

“Conhecemos<br />

as leis. Por isso,<br />

cabe a nós<br />

respeitá-las”<br />

Da esq. p/ dir.: Maria Mitie, Maria Cristina, Luiz Pereira<br />

Lima, Sandra Pelegrini Hirano, Roseli e Sérgio Jorge<br />

FICLigado! 17


Música<br />

V<br />

Concurso organizado pela<br />

<strong>Cantareira</strong> reúne 63 violonistas<br />

indos de diversos pontos do<br />

País, 63 músicos se inscreveram<br />

no 1º Concurso de Violão da<br />

<strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong>. Realizado em<br />

duas fases, dias 12 e <strong>13</strong> de agosto, e<br />

coordenado pelo professor Henrique<br />

Pinto, o concurso teve duas fases –<br />

eliminatória e final.<br />

No primeiro dia – fase eliminatória<br />

–, os candidatos tiveram dez minutos<br />

para apresentar o repertório aos<br />

especialistas da banca examinadora –<br />

Alvise Migotto, Henrique Pinto, Paulo<br />

de Tarso Salles e Ricardo Marui. A<br />

escolha das peças ficou a critério dos<br />

próprios concorrentes. A única<br />

exigência era que as peças<br />

selecionadas deveriam ser de<br />

concerto (eruditas). Mas isso não foi<br />

problema para apaixonados por<br />

violão, como Fábio Lima, estudante<br />

de Música de Curitiba. “A música de<br />

concerto exige de nós, músicos,<br />

muita interpretação. É um exercício<br />

para a concentração”, diz Fábio.<br />

De todos os candidatos, oito<br />

foram selecionados para a final e<br />

somente seis levaram o prêmio para<br />

casa – violões de luthieres famosos e<br />

prêmios em dinheiro. “O nível do<br />

concurso foi muito alto”, destaca<br />

Henrique Pinto. “Até tivemos a<br />

participação de candidatos<br />

profissionais, vencedores de outros<br />

concursos.”<br />

A APRESENTAÇÃO<br />

Além dos candidatos, os fãs<br />

também marcaram presença. Entre<br />

eles, Marilena Gonçalves Alves, mãe<br />

de Peterson Reinan Alves,<br />

concorrente de dezoito anos de<br />

idade. “Sempre acompanho meu<br />

filho, pois acho que o incentivo faz a<br />

diferença”, explica Marilena.<br />

FICLigado! 18<br />

De olho nos prêmios oferecidos aos ganhadores,<br />

até profissionais participaram<br />

Mesmo com o nervosismo e a<br />

ansiedade tomando conta do<br />

ambiente, os músicos não perderam o<br />

ritmo. “O momento crítico da<br />

apresentação é o começo”,<br />

desabafou Hestevan Gomes Prado, 27<br />

anos. “Isso porque não conhece o<br />

som que a sala vai ressoar”,<br />

acrescenta. “Depois, você se solta e<br />

o clima fica mais tranqüilo.”<br />

Classificação<br />

1º lugar – Franciel<br />

Monteiro (SP)<br />

2º lugar – André F. Simão<br />

(SP) e Marcos Víctora<br />

Wagner (RS)<br />

3º lugar – João Paulo<br />

Figueirôa (BA)<br />

Especial – Amadeu da<br />

Rosa Augusto (SP)<br />

Especial – Fabrício José<br />

Prezzuti de Mattos (PR)<br />

AO VENCEDOR, OS APLAUSOS<br />

Franciel Monteiro é o nome do<br />

vencedor. Com 22 anos e estudante<br />

de Música, ele já sabe onde investir<br />

o dinheiro que ganhou no concurso.<br />

“Vou continuar a faculdade”, disse,<br />

emocionado, após receber os parabéns<br />

do público e dos avaliadores.<br />

“Esse prêmio em dinheiro vai me<br />

ajudar a terminar os estudos.” Apaixonado<br />

pela música e pelo violão,<br />

Franciel teve muita cautela para a<br />

escolha do repertório: “Optei por<br />

músicas que já conhecia, que tocava<br />

O júri: Alvise Migotto,<br />

Ricardo Marui,<br />

Henrique Pinto e<br />

Paulo de Tarso Salles<br />

há mais tempo e, também, que<br />

julgava mais adequadas para o<br />

concurso”. Valeu a pena.<br />

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T<br />

alento ele tem de sobra.<br />

Didática, também. No Brasil<br />

desde 1981, o americano Bob Wyatt,<br />

professor de Bateria do curso de Música,<br />

tem procurado passar a seus alunos que<br />

ser músico “é um jeito de viver” e que,<br />

para alcançar o sucesso, o<br />

instrumentista deve ter dedicação,<br />

preparo técnico e paixão pela profissão.<br />

Assim como acontece em muitas<br />

famílias, Bob Wyatt não teve total<br />

aprovação dos pais quando decidiu<br />

seguir a carreira de músico. Mas não<br />

desistiu. Encantado com o som da<br />

bateria, dedicou cada minuto para se<br />

aperfeiçoar no instrumento que um<br />

dia viria a se tornar seu grande<br />

companheiro.<br />

Hoje, depois de ter compartilhado<br />

seu talento com músicos como Hélio<br />

Delmiro (violonista e guitarrista),<br />

Nelson Ayres (pianista, compositor e<br />

arranjador) e o grupo de música<br />

instrumental Pau Brasil, o professor<br />

se prepara para o lançamento de seu<br />

primeiro disco solo – previsto para<br />

este ano ou no início de 2007.<br />

Com muita história e experiência<br />

de vida para contar, Bob não deixa de<br />

compartilhar com seus alunos as<br />

agruras da profissão. “Quem toca um<br />

instrumento é sempre aprendiz”,<br />

comenta. “A manutenção faz parte<br />

do dia-a-dia”, completa. O professor<br />

também chama a atenção de seus<br />

discípulos para a importância de se<br />

conhecer os vários estilos musicais.<br />

“É fundamental saber sobre bossanova,<br />

jazz, samba, maxixe, etc.”,<br />

alerta. “O bom profissional precisa<br />

ter visão diversificada da música e<br />

vê-la como arte, como cultura.”<br />

As dicas não param por aí. As<br />

exigências vão mais além. Para quem<br />

deseja trilhar um caminho de sucesso<br />

e reconhecimento, dedicação e<br />

Trilha do sucesso: muita<br />

bagagem cultural e suor<br />

Professor ensina técnicas de bateria e reforça a<br />

importância de se conhecer os diversos estilos musicais<br />

preparo físico são requisitos básicos<br />

para chegar onde se almeja. “Boa<br />

coordenação, domínio sobre o corpo<br />

e bom ouvido são características<br />

imprescindíveis para um baterista”,<br />

afirma Bob, deixando claro que não<br />

são as únicas a serem levadas em<br />

consideração. “Técnica, treino e<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]<br />

M úsica<br />

bagagem cultural também são itens<br />

significativos”.<br />

Ainda falta um fator importante:<br />

saber ler partitura. Para o professor,<br />

é primordial que o aprendiz<br />

desenvolva essa habilidade. “Ela<br />

acelera a aprendizagem e possibilita<br />

ao aluno ser autônomo.”<br />

FICLigado! 19


Música<br />

U<br />

‘O Homem de La Mancha’, interpretado por alunos da<br />

<strong>Cantareira</strong> conquista júris técnico e popular em Tatuí<br />

m sonhador. Cheio de<br />

questionamentos, crenças em<br />

valores humanos e anseios. Seu<br />

nome, Dom Quixote, fidalgo<br />

espanhol. Assim se iniciam a notável<br />

obra espanhola de Miguel de<br />

Cervantes y Saavedra (1547-1616),<br />

Dom Quixote de La Mancha, e o<br />

musical adaptado por Dale<br />

Wasserman, O Homem de La Mancha.<br />

E foi com esse espetáculo que o<br />

Grupo de Veteranos do Teatro do<br />

Colégio Jardim São Paulo,<br />

juntamente com a Orquestra de<br />

Sopro da <strong>Faculdade</strong> <strong>Cantareira</strong>,<br />

ganhou doze prêmios. A trupe<br />

quixotesca participou do 19º Festival<br />

Estudantil de Teatro do Estado de São<br />

Paulo, no palco do Conservatório<br />

Dramático e Musical Dr. Carlos de<br />

Campos, em Tatuí.<br />

Para a avaliação das peças<br />

estavam presentes dois júris – o<br />

técnico, formado por três<br />

especialistas em teatro e música<br />

(Clóvis Garcia, Gabriela Rabelo e Zé<br />

Renato); e o popular, composto por<br />

trinta pessoas da comunidade local,<br />

incluindo artistas plásticos, atores e<br />

profissionais liberais.<br />

Com as versões musicais de Chico<br />

Buarque e Ruy Guerra, o espetáculo<br />

encantou os espectadores. “Ele é<br />

uma ópera moderna, de linguagem<br />

bem próxima ao nosso cotidiano”, diz<br />

o maestro da orquestra, Edison<br />

Ferreira, assistente de Coordenação<br />

do Curso de Música da <strong>Cantareira</strong>.<br />

Concorrendo com outras peças de<br />

alto nível, O homem de La Mancha<br />

foi o musical que mais recebeu<br />

prêmios no festival. Afinal, ele<br />

retrata com intensidade Dom<br />

Quixote, livro que, por sua vez, em<br />

2002, foi eleito por mais de cem<br />

críticos de várias partes do mundo<br />

FICLigado! 20<br />

Teatro ganha<br />

mais um prêmio<br />

como a melhor obra literária de<br />

todos os tempos.<br />

“O texto é maravilhoso. Com o<br />

talento da orquestra da <strong>Cantareira</strong><br />

ficou ainda melhor”, testemunha a<br />

diretora-geral da peça, Abigail<br />

Wimer. “Trata-se de um grande<br />

espetáculo. Exige atores que<br />

realmente saibam interpretar. E isso<br />

nós temos”, orgulha-se Abigail, que<br />

dirigiu o musical juntamente com<br />

Silen de Castro.<br />

Considerada pelo júri técnico<br />

como a melhor atriz, Helena de<br />

Castro, estudante do 3º ano do curso<br />

de Música da <strong>Cantareira</strong>, interpretou<br />

Aldonza – camponesa analfabeta e<br />

malcheirosa – e Dulcinéia – moça<br />

encantadora. “O personagem que fiz<br />

canta, dança e interpreta”, diz<br />

Helena. “É muito forte. Acho que é<br />

por isso que as pessoas gostam.”<br />

Com o objetivo de integrar<br />

culturalmente as cidades do Estado<br />

de São Paulo, o<br />

festival<br />

estudantil de<br />

Tatuí é um dos<br />

eventos que mais<br />

incentivam o<br />

movimento<br />

teatral. Seja por<br />

meio da<br />

formação de<br />

núcleos teatrais<br />

nas escolas ou<br />

pela realização de<br />

concursos teatrais<br />

e musicais.<br />

Conhecida como a<br />

Capital da Música,<br />

não falta muito<br />

para a cidade se<br />

tornar também<br />

“Capital das<br />

Artes”.<br />

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O Homem de La Mancha<br />

A versão musical tem Miguel de<br />

Cervantes como personagem e<br />

narrador da história. Preso em<br />

um calabouço durante a Inquisição,<br />

por ser considerado um herege<br />

e ter idéias subversivas, ele<br />

é julgado pelos próprios companheiros<br />

de cela – ladrões e assassinos.<br />

Para se defender, conta<br />

a história de Dom Quixote de<br />

La Mancha. O enredo desenha a<br />

trajetória de um homem idoso,<br />

que passa muito tempo lendo e<br />

só consegue ver a injustiça e a<br />

trapaça triunfarem. Cheio de ideais<br />

e na luta contra a estupidez,<br />

torna-se um cavaleiro errante,<br />

conhecido como Dom Quixote de<br />

La Mancha, que decide lutar contra<br />

as injustiças do mundo.<br />

Com adaptação livre de Abigail<br />

Wimer e Silen de Castro, O Homem<br />

de La Mancha será reapresentado<br />

dias 27, 28 e 29 de outubro<br />

e 3, 4 e 5 de novembro no<br />

Teatro Jardim São Paulo (Avenida<br />

Leôncio de Magalhães, 382,<br />

Jardim São Paulo): sextas e sábados,<br />

às 20h30; domingos, às<br />

19h30. Ingresso: 1 kg de alimento<br />

(troque com antecedência pelo<br />

ingresso na bilheteria do teatro).<br />

Nossos prêmios<br />

Júri Técnico<br />

Melhor Espetáculo (2º lugar)<br />

Iluminação<br />

Realização Musical<br />

Melhor atriz (Helena de Castro)<br />

Júri Popular<br />

Melhor Espetáculo<br />

Mérito de Ator (Mário Spaziani)<br />

Mérito de Atriz (Helena de<br />

Castro)<br />

Cenografia<br />

Figurino<br />

Comunicação<br />

Realização musical<br />

Direção<br />

A proveitar<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]<br />

Contribuição mais<br />

P ublicidade<br />

do que saudável<br />

Festival universitário de ´jingle´ tem alunos<br />

da <strong>Cantareira</strong> participando com seis peças<br />

cada oportunidade<br />

que surge no caminho. Como<br />

esse é o pensamento dos alunos<br />

do curso de Publicidade e<br />

Propaganda da <strong>Cantareira</strong>, sempre<br />

que podem participam de<br />

concursos relacionados à área.<br />

Dessa vez, os estudantes do 3º ano<br />

inscreveram seis peças no 12º<br />

Concurso Fest´Up de Jingles,<br />

organizado pela Associação dos<br />

Profissionais de Propaganda (APP)<br />

e realizado durante o 18º Fest´Up.<br />

Os jingles inscritos devem<br />

atender o tema/slogan da<br />

emissora de rádio Multishow FM e<br />

ter duração de, no máximo, trinta<br />

segundos. Como dica aos<br />

participantes, a APP ofereceu<br />

algumas características da<br />

Multishow e indicou os ritmos<br />

musicais que mais se identificam<br />

com a emissora, como hip-hop,<br />

pop e eletrônica. No site do<br />

festival está escrito: “Multishow<br />

FM precisa de um jingle que<br />

contribua para a programação<br />

trazendo o espírito jovem”.<br />

Um dos incentivadores da<br />

participação dos alunos em<br />

festivais, o professor de<br />

Publicidade e Propaganda,<br />

Giovanni Asselta, diz que esse é o<br />

tipo de evento saudável. “Os<br />

alunos passam por uma avaliação<br />

coletiva, muito parecida com a<br />

feita no dia-a-dia do mercado de<br />

trabalho”, analisa. “É uma<br />

exposição sadia.”<br />

Para aumentar a chance de ser<br />

selecionado em concursos, alguns<br />

detalhes são imprescindíveis: “Ter<br />

informações sobre o produto,<br />

concorrência e público-alvo são<br />

quesitos básicos para uma<br />

produção criativa e certeira”,<br />

esclarece Asselta.<br />

Selecionada<br />

Marcela Casado Fragoso,<br />

aluna da <strong>Cantareira</strong>, teve seu<br />

jingle selecionado entre os<br />

dez finalistas. Ouça-o aqui:<br />

www.appbrasil.org.br/<br />

p22.htm.<br />

Logotipo da<br />

emissora e<br />

cartaz de<br />

divulgação do<br />

18º Fest´Up<br />

FICLigado! 21


P ublicidade<br />

N<br />

o início de agosto, os estudantes<br />

do curso de Publicidade e<br />

Propaganda participaram de oficinas<br />

de fotografia e grafite oferecidas nas<br />

salas da própria faculdade. O evento<br />

reuniu jovens com vontade de<br />

aprender as técnicas e macetes dos<br />

dois estilos estéticos e teve como<br />

resultados finais trabalhos<br />

fotográficos criativos e uma parede<br />

grafitada.<br />

Coordenando a oficina de grafite,<br />

André Monteiro, professor de<br />

Publicidade, explicou que, para se<br />

chegar ao resultado desejado, exigese<br />

efetiva expressão artística.<br />

“Utilizamos a técnica do estêncil,<br />

bem difundida nos anos 1980”, diz<br />

Monteiro, grafiteiro há sete anos.<br />

Quem não sabia desenhar também<br />

se deu bem na oficina. A técnica<br />

escolhida pelo professor é simples e<br />

não exige habilidades artísticas do<br />

participante. Primeiro, um desenho –<br />

no caso da <strong>Cantareira</strong>, rostos de<br />

FICLigado! 22<br />

Fotografia e grafite são<br />

tema de oficina de arte<br />

Alunos aprendem a trilhar o caminho das<br />

pedras nesse tipo de expressão artística<br />

pessoas – é projetado na parede. Em<br />

seguida, os alunos copiam a imagem<br />

projetada em um papel cartão e, logo<br />

depois, recortam-na, fazendo uma<br />

máscara. Por último, posicionam o<br />

papel recortado na parede e aplicam<br />

a tinta látex. Pronto! Eis o grafite.<br />

Por ser uma expressão artística<br />

recente – em São Paulo, começou a<br />

se difundir na década de 1970, como<br />

manifestação contra a ditadura<br />

militar –, muitas pessoas confundem<br />

grafitar com pichar, apesar de serem<br />

estilos diferentes. “Existe um senso<br />

comum em dizer que grafite é arte e<br />

pichação, não”, explica o professor.<br />

“Se pensarmos a arte em termos de<br />

expressão, a pichação se torna mais<br />

autêntica do que o grafite”,<br />

completa.<br />

Surgida no século 19, a fotografia,<br />

ao contrário do grafite, que sempre<br />

esteve muito ligado a protestos<br />

populares, teve seu uso inicial<br />

restrito aos nobres. Somente mais<br />

adiante, começou a ser utilizada<br />

pelas classes mais baixas.<br />

Tentando balancear a história da<br />

fotografia com a prática, Luis<br />

Eduardo de Abreu e Silva, técnico de<br />

foto, áudio e vídeo e responsável<br />

pelas oficinas de fotografia, focou no<br />

funcionamento das câmaras.<br />

“Embora hoje tenhamos<br />

equipamentos mais sofisticados, o<br />

processo de formação da imagem é o<br />

mesmo”, esclarece.<br />

Nessa oficina, os alunos puderam<br />

aprender como fotografar em cada<br />

situação – baixa iluminação,<br />

movimento, etc. Ainda ouviram sobre<br />

tipos de lente, velocidade e<br />

obturador e sobre o resultado da<br />

variação de cada um. Como imagem<br />

final, ficou um ensinamento: além de<br />

dominar a técnica, é preciso<br />

fotografar com arte. “Fotografia é<br />

um exercício de decomposição do<br />

olhar. É uma verdadeira obra de<br />

arte”, frisou Luis Eduardo.<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]


N o<br />

Pesquisa na <strong>Cantareira</strong>:<br />

fumar por quê?<br />

Alunos, professores e funcionários<br />

são alvo de estudo sobre o tabagismo<br />

Brasil, a indústria do tabaco<br />

movimenta quase US$ 7 milhões<br />

por ano e gera cerca de 1,6 milhão<br />

de empregos diretos e indiretos. Com<br />

toda essa grandeza e riqueza, as<br />

fábricas utilizam como principal<br />

aliada a propaganda publicitária.<br />

Desde o final dos anos 1990, um<br />

movimento iniciado em países<br />

desenvolvidos restringiu a difusão de<br />

publicidade de cigarros. De grande<br />

anunciante em publicidade, o tabaco<br />

passou a cliente do Ministério da<br />

Saúde, em campanhas de<br />

contrapropaganda. Esse foi um dos<br />

motivos que levaram os alunos do 1º<br />

e 2 º anos do curso de Publicidade e<br />

Propaganda a desenvolver o estudo<br />

quanto aos hábitos dos fumantes. A<br />

atividade é interdisciplinar e leva o<br />

nome de Tabagismo – Cultura,<br />

indústria e comunicação.<br />

Com a intenção de analisar a<br />

contrapropaganda realizada pelo<br />

Ministério da Saúde – os efeitos<br />

sociais e as estratégias de marketing<br />

das peças publicitárias –, os<br />

estudantes irão levantar, no espaço<br />

da faculdade, dados dos alunos,<br />

professores e funcionários tendo<br />

como tema o tabagismo. “O intuito é<br />

conhecer os costumes e o perfil dos<br />

integrantes da comunidade<br />

<strong>Cantareira</strong>”, explica o coordenador<br />

do curso de Publicidade e<br />

Propaganda, João Elias Nery.<br />

Intrínseca nas campanhas<br />

publicitárias tabagistas, a nem<br />

sempre notada mensagem subliminar<br />

é considerada a grande responsável<br />

por atrair novos fumantes e manter<br />

os antigos. A ligação que as<br />

propagandas fazem entre cigarro e<br />

glamour leva, ilusoriamente, o<br />

espectador a pensar que fumar é a<br />

melhor opção para se ter sucesso.<br />

Como se sabe, a história não é bem<br />

essa.<br />

Segundo o Instituto Nacional do<br />

Câncer (Inca), mais de 70 mil mortes<br />

por ano podem ser atribuídas ao<br />

cigarro. Além disso, estima-se que o<br />

Sistema Único de Saúde (SUS) gaste<br />

200 milhões de reais anualmente com<br />

casos de câncer relacionados ao<br />

tabagismo.<br />

EXPOSIÇÃO DE IMAGENS<br />

Os resultados do trabalho sobre o<br />

tabagismo serão expostos na segunda<br />

edição da “galeria virtual”, que, no<br />

ano anterior, teve como tema a<br />

metrópole de São Paulo. Está previsto<br />

para ficar pronta em meado de<br />

novembro. “Serão publicados textos<br />

e fotos”, explica a professora de<br />

Novas Tecnologias da Comunicação,<br />

Ligia Trigo. Entre as imagens,<br />

pretende-se publicar campanhas<br />

publicitárias famosas e gráficos<br />

seguidos da análise da pesquisa e<br />

peças de contrapropaganda criadas<br />

pelos alunos.<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]<br />

P ublicidade<br />

De grande anunciante em<br />

publicidade, o tabaco passou a<br />

cliente do Ministério da Saúde, em<br />

campanhas de contrapropaganda<br />

FICLigado! 23


[visite nosso site: www.cantareira.br]<br />

FICLigado! 24

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