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Genis Frederico Schmaltz Neto gfschmaltz@gmail.com Comer da ...

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Processo que se dá por meio do trajeto antropológico do imaginário, no qual os<br />

imperativos bio-psíquico-pulsionais do indivíduo mais as intimações de seu meio social, norteiam<br />

a escolha e a articulação <strong>da</strong>s imagens. De acordo <strong>com</strong> Durand (2002:43):<br />

O imaginário não é mais que esse trajeto no qual a representação do objeto<br />

se deixa assimilar e modelar pelos imperativos pulsionais do sujeito, e no<br />

qual reciprocamente as representações subjetivas do sujeito se explicam<br />

pelas a<strong>com</strong>o<strong>da</strong>ções anteriores ao sujeito ao mero objetivo. [...] Para delimitar<br />

os eixos desse trajeto utiliza-se o método pragmático e relativista de<br />

convergência que tende a mostrar vastas constelações de imagens,<br />

constantes que parecem estrutura<strong>da</strong>s por certo isomorfismo de símbolos<br />

convergentes.<br />

Neste trajeto se evidenciam as constelações de imagens isomórficas, permitindo-se<br />

enxergá-las inseri<strong>da</strong>s em três regimes de imagens: diurno, noturno e crepuscular. No regime<br />

diurno, a imaginação heroica <strong>com</strong>bate os monstros hiperbolizados por meio de símbolos<br />

antitéticos: as trevas são <strong>com</strong>bati<strong>da</strong>s pela luz e a que<strong>da</strong> pela ascensão, acionando imagens de<br />

luta, suscitando ações e temas de luta do herói contra o monstro, do bem contra o mal. No<br />

regime noturno a imaginação sob o signo <strong>da</strong> conversão e do eufemismo, inverte os valores<br />

simbólicos do tempo e o destino não é mais <strong>com</strong>batido, mas assimilado; anima<strong>da</strong> por um caráter<br />

participativo, promove ações assimiladoras, confusionais, e unificadoras. Já no regime<br />

crepuscular, o tempo é domado pela repetição dos instantes temporais; nele, as imagens<br />

antagonistas conservam sua individuali<strong>da</strong>de e potenciali<strong>da</strong>de e se reúnem no tempo, na linha<br />

narrativa, em um sistema, e não numa síntese.<br />

Essa concepção terminológica se deve ao levantamento de imagens em diversas culturas,<br />

mitologias e artes, nas quais Durand percebera que li<strong>da</strong>r <strong>com</strong> a diversi<strong>da</strong>de de imagens se<br />

trataria muito mais de agrupá-las conforme significados fun<strong>da</strong>mentais do que classificá-las.<br />

Portanto, as organizou em torno de núcleos estruturados de acordo <strong>com</strong> o isomorfismo dos<br />

arquétipos, schèmes, e dos símbolos convergentes, formando constelações que se movimentam<br />

de acordo <strong>com</strong> seus dinamismos predominantes, levando assim à percepção <strong>da</strong>s<br />

representações imaginárias, denomina<strong>da</strong>s estruturas: heroica, mística e sintética.<br />

Essas três estruturas são entendi<strong>da</strong>s por Durand <strong>com</strong>o polos ou núcleos atratores, que<br />

organizam semanticamente as imagens, configurando-as em universos míticos, ca<strong>da</strong> qual

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