ana barbara aparecida pederiva - ANPUH-SP - XXI Encontro ...
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sociais, etnias, gêneros, oriundos de localidades diversas lotam as “baladas” que apresentam<br />
este gênero musical.<br />
[...] Estamos unidos as classes sociais. Se, até algum tempo atrás, o [gênero]<br />
sertanejo era música consumida só pelas classes C, D e E, ele agora chegou ao<br />
público A e B. Todo mundo – rico ou pobre – ouve a mesma coisa. [...]. (MESSIAS;<br />
PRETO, Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/956942 - novos -<br />
sertanejos – viram – trilha – sonora – de – pegacao –em – baladas –a – e – b. shtml,<br />
Acesso em: 06 de maio de 2012)<br />
Poderíamos pensar que é mais uma moda passageira, mais um gênero fabricado pela<br />
Indústria Cultural e que rapidamente desapareceria do mercado fonográfico com a mesma<br />
rapidez que surgiu. Mas, mesmo que isso posteriormente apresente-se como verdade, algumas<br />
questões são importantes para refletirmos sobre a relação História, Música e Juventude. Nesse<br />
sentido, cabe uma apresentação inicial do que vem a ser este “novo gênero musical”.<br />
Analisando as informações oferecidas pela imprensa sobre este novo sertanejo, pode-<br />
se verificar que não há um consenso sobre suas origens e também, uma definição exata sobre<br />
o gênero. Mesmo assim, em muitas reportagens o sertanejo universitário aparece como sendo<br />
o terceiro movimento da música sertaneja brasileira 3 e ainda, que por ser praticada e<br />
consumida por jovens, muitas vezes que cursam uma faculdade, foi considerada “música<br />
universitária”.<br />
Em algumas reportagens a dupla de Mato Grosso do Sul, João Bosco e Vinícius,<br />
aparecem como precursores do movimento, pois iniciaram sua carreira no início de 1990<br />
tocando em bares freqüentados por universitários na capital Campo Grande. Cabe ressaltar<br />
que a própria dupla era composta por estudantes universitários. Neste mesmo contexto, outra<br />
dupla divide as opiniões, pois também são apontados como precursores do movimento, César<br />
Menotti e Fabiano. Segundo César,<br />
[...] quando a gente começou a cantar em Belo Horizonte, nós cantávamos numa<br />
casa noturna na Zona Sul, e lá os universitários abraçaram nosso trabalho e foram os<br />
maiores divulgadores nossos. E até hoje eles são nossos maiores divulgadores.[...].<br />
(Disponível em: http://www.abril.com.br/noticia/diversao/no 307163.shtml de<br />
23/09/2008. Acesso em: 06 de maio de 2012.)<br />
3 Segundo os críticos da imprensa contemporânea, o primeiro movimento de música sertaneja no Brasil pode ser<br />
considerada a música de raiz, que possui como temáticas principais o regionalismo e situações cotidi<strong>ana</strong>s do<br />
homem do campo, o “caipira”. O segundo movimento é o sertanejo romântico, que incluiu em suas letras, além<br />
das vivências do interior, situações cotidi<strong>ana</strong>s do meio urbano e ainda, instrumentos musicais antes utilizados<br />
somente por outros gêneros musicais, como a guitarra elétrica, o baixo elétrico, a bateria, entre outros. Cabe<br />
ressaltar, que para alguns críticos de música e artistas do movimento, os movimentos da música sertaneja podem<br />
ser divididos em 4 fases, são elas: Música Caipira (1930-1950), Música Sertaneja (1970-1980), Sertanejo<br />
Moderno (1980-1990) e Sertanejo Universitário (contemporâneo).<br />
Anais do <strong>XXI</strong> <strong>Encontro</strong> Estadual de História –<strong>ANPUH</strong>-<strong>SP</strong> - Campinas, setembro, 2012.<br />
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