20.04.2013 Views

ana barbara aparecida pederiva - ANPUH-SP - XXI Encontro ...

ana barbara aparecida pederiva - ANPUH-SP - XXI Encontro ...

ana barbara aparecida pederiva - ANPUH-SP - XXI Encontro ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

identidades sociais. Mas, cabe destacar que, na contemporaneidade, o ritmo da sociedade<br />

mudou, tornou-se mais acelerado. Com isso, surgiram novas subjetividades e sensibilidades<br />

nas cidades, novas culturas diversificadas e pluralizadas, desestabilizando as identidades<br />

estáticas, produzindo identidades múltiplas, fragmentadas.<br />

Nas canções, a construção em primeira pessoa fornece a todos que cantam a<br />

possibilidade da subjetivação da mensagem, uma identificação com o compositor, um<br />

sentimento que passa a ser coletivo, ou seja, uma interpretação individual passa a ser uma<br />

sensação geral.<br />

A ironia, o bom humor, as metáforas sexuais e o sarcasmo das canções também são<br />

atrativos para os jovens. Numa análise das canções do novo sertanejo, notou-se que as letras<br />

continuam falando de amor, relacionamentos, noite e mulheres (permanência das temáticas<br />

clássicas da Música Popular Brasileira), mas, alguns assuntos aparecem com muita<br />

freqüência, por exemplo, a bebida relacionada à balada e a noite. Pinga e cachaça e ainda, a<br />

necessidade destas para a diversão e conquistas amorosas, são freqüentes nas canções. A<br />

dupla George Henrique e Rodrigo cantam “[...] Se eu te trai, Não lembro de nada, A culpa é<br />

da cachaça [...]. (GEORGE HENRIQUE E RODRIGO. Culpa da cachaça, 2011(?))<br />

A “balada” como uma “necessidade principal da vida” também é muito cantada por<br />

estes novos artistas, que em boa parte das canções e também em entrevistas, explicam que<br />

toda balada começa com o esquenta, ou seja, os jovens que participam deste universo, antes<br />

de saírem para noite, reúnem-se em casas de amigos, postos de gasolina ou ainda, em bares e<br />

carrinhos de rua, para ingerir bebidas alcoólicas em grande quantidade, para chegar nos shows<br />

e nas casas de espetáculo alterados, “alegres”. Gustavo Lima em “Balada Boa” canta “Eu já<br />

lavei o meu carro, regulei o som, Já tá tudo preparado, vem que o brega é bom [...] Gata me<br />

liga, mais tarde tem balada, Quero curtir com você na madrugada, Dançar pular até o sol raiar<br />

[...](LIMA, Balada boa, 2011 (?)). Jeann e Julio em “Amigos de Balada” falam sobre os<br />

amores de balada e deixam claro que tudo é passageiro na noite “[...] Pare de ligar pra mim de<br />

madrugada, Achando que eu sou seu novo amor, Só porque a gente ficou lá na balada, Você<br />

pode até estar afim mas eu não tô [...](Jeann e Julio, Amigos de balada, 2011 (?)). A balada<br />

também aparece nas canções de Michel Teló como na internacional “Ai Se Eu Te Pego”,<br />

quando ele fala de conquista na balada de sábado (TELÓ, Ai se eu te pego, 2011(?)). Notou-<br />

Anais do <strong>XXI</strong> <strong>Encontro</strong> Estadual de História –<strong>ANPUH</strong>-<strong>SP</strong> - Campinas, setembro, 2012.<br />

4

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!